EMPREGO e iniciativa
Start Me Up na Universidade Nova ISCTE-IUL MIT Portugal Venture Competition. P. 07
QUERES SER DJ NO MUSICBOX? Se tens veia musical inscreve-te já no MU DJ Contest. P. 11
CAMPEONATOS UNIVERSITÁRIOS
Directora: Laura Alves | Segunda-feira, 14 de Março de 2011 | N.º 180 | Quinzenal | Distribuição gratuita | www.mundouniversitario.pt
Entre 21 e 24 de março, todos ao Estádio Universitário de Lisboa! P. 14
Retratos de rua
O último sábado fica marcado pelo Protesto da Geração à Rasca, que levou à rua milhares de pessoas, jovens e menos jovens, estudantes, recém-licenciados, bolseiros, trabalhadores precários, falsos recibos verdes e quem mais se quis juntar ao protesto. O MU tirou-lhes o retrato. P. 08 e 09 Publicidade
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EDIÇÃO 180 de 14 a 28 de Março 2011
Não pe rc a próx as ima edição 4 de Ab ril
» Editorial A lata de ir para a luta Eram precisamente 18h48 quando as primeiras gotas de chuva caíram no ecrã do meu telemóvel. Pensei que agora é que era, que ia cair uma carga de água que iria dispersar a multidão que permanecia em diversos pontos do centro de Lisboa – Avenida da Liberdade, Rossio, Largo de Camões, Praça do Comércio... Mas não. Os pingos não passaram de uma ameaça e as nuvens deram uma ajudinha aos organizadores do Protesto da Geração à Rasca, durante a tarde do passado sábado. O protesto, inédito por ter surgido na rede social Facebook, poderia ter corrido mal por isso mesmo. Estou em crer que, tivessem os pingos de chuva caído mais cedo e com maior intensidade, muita gente teria ficado em casa, a acompanhar as movimentações pela televisão – ou mesmo pela Internet, pois enquanto decorria o protesto não faltavam os updates e as fotos no já referido Facebook, como que a fazer prova do ‘estou aqui!’. Mas o sol brilhou e fez com que, ultrapassando as expectativas das 60 mil, pela Avenida da Liberdade desfilassem perto de 200 mil pessoas. Os números são inconclusivos, pois enquanto a organização fala em 200 mil, a PSP argumenta que não terão estado mais de
100 mil. Mas mais milhar, menos milhar, a verdade é que a dimensão da coisa impressionou bastante. O que não impressionou – pelo menos a mim – foi a falta de organização ou objectivo definido. Afinal onde começava? E para onde era suposto seguir depois? E porque é que, enquanto os organizadores tentavam ler o seu manifesto a todos os que enchiam o Rossio, procurando apoio e vozes em coro, havia quem, de megafone em punho, insistisse em sobrepor a sua voz à deles? Creio que faltou acertar algumas agulhas para que, ao menos, houvesse um consenso nas estratégias. Mas fica registado em acta que o Protesto da Geração à Rasca mobilizou mais do que uma geração. Aliás, desde o início, as causas advogadas revelaram-se transversais a várias faixas etárias, pois as dificuldades e a precariedade não escolhem idade, raça ou credo. E foi isso mesmo que se viu na manifestação de sábado passado em Lisboa – filhos, pais, avós e netos, todos juntos numa manifestação que só pode ser considerada um importante exercício de democracia. As intenções dos organizadores, creio, terão sido cumpridas. O protesto foi laico, apartidário e pacífico. Não iam todos pelo
mesmo, é certo, mas foram. Porque é que estava presente um grupo de extrema--direita a par com malta de esquerda? Porque é que havia homens e mulheres de 60 e mais anos ao lado de estudantes universitários? Porque é que havia queixas muito sérias disfarçadas de piadas e suaves ironias? Porque, tenham sido 200 mil ou apenas 100 mil – até poderiam ser apenas 10 gatos-pingados a percorrer a Avenida da Liberdade – há lutas que só se fazem tendo a lata de aparecer. Se todos os que lá estavam tinham boas razões para estar na rua? Se calhar não. Se calhar foram só ver as vistas, beber uma cerveja e dar umas passas. Se calhar foram só fazer a foto da praxe. Como dizia ao meu lado, a dada altura, um rapaz para o amigo: «Estás cansado? A luta dá trabalho...» Mas se houve gente a dar-se ao trabalho de levantar o rabo do sofá, isso já é um sintoma de qualquer coisa. O que é que vai acontecer agora? Que importância é que isto vai ter efectivamente na vida futura de quem está agora a estudar? Isso também eu quero saber.
Laura Alves • Directora lalves@mundouniversitario.pt
©Renata Lobo
CONVERSA DE CORREDOR O Mundo Universitário não pretende ser panfleto, no entanto, não podemos senão sorrir ao ver o uso que alguns estudantes deram à capa da nossa última edição na manifestação de dia 12 de Março. Não deixes, entretanto, de espreitar as fotos na nossa página do Facebook. Quem sabe não estás lá também.
vê as novidades que temos para ti na página de fãs do mu no FACEBOOK ficHa TécNicA: Título registado no I.C.S. sob o n.º 124469 | Propriedade: Moving Media Publicações Lda | Empresa n.º 223575 | Matrícula n.º 10138 da C.R.C. de Lisboa | NIPC 507159861 | Conselho de Gerência: António Stilwell Zilhão, Francisco Pinto Barbosa, Gonçalo Sousa Uva | Directora: Laura Alves | Redacção: Andreia Arenga | Estagiário: André Mateus | Online: Graziela Costa | Colaboradores: João Tomé, Luís Magalhães, Mónica Moitas, Renata Lobo | Projecto Gráfiico: Joana Túlio | Paginação: Filipa Andrade | Revisão: Catarina Poderoso | Marketing: Vanda Filipe | Publicidade: Margarida Rêgo (Directora Comercial), Elsa Tomé (Account Sénior), Mariana Jesus (Account Júnior) | Distribuição: José Magalhães | Sede Redacção: Estrada da Outurela n.º 118 Parque Holanda Edifício Holanda, 2790-114 Carnaxide | Tel: 21 420 13 50 | Periodicidade: Quinzenal | Distribuição: Gratuita | Impressão: Grafedisport; Morada: Casal Sta. Leopoldina – Queluz de Baixo 2745 Barcarena; ISSN 1646-1649.
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[17 jan 2011]
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» 150 milhões de euros para pagar os estudos
» Jornadas de Engenharia Electrotécnica no Técnico
Quase 13 mil estudantes universitários foram obrigados a recorrer a empréstimos bancários para pagar o curso. De acordo com dados da SPGM – Sociedade de Investimentos, a linha de crédito a estudantes universitários criada há quatro anos já emprestou 150 milhões de euros a quase 13 mil alunos do ensino superior. Uma situação que tem sido agravada devido aos cortes nas bolsas e nos apoios sociais.
O Instituto Superior Técnico recebe a partir de hoje, e até dia 16, no Campus da Alameda, as XI Jornadas de Engenharia Electrotécnica e de Computadores (JEEC). As jornadas têm como principal objectivo dinamizar a partilha de experiências e conhecimento entre alunos, professores e personalidades do mundo empresarial, apresentando ainda diversos projectos desenvolvidos pelos alunos.
RUC. Rádio Universidade de Coimbra celebra um quarto de século
Um amor que dura há 25 anos É a única rádio universitária a ser emitida em frequência FM desde 1986 e acompanhou a implementação da Lei da Rádio em Portugal. No passado dia 1 de Março, a Rádio Universidade de Coimbra (RUC) celebrou os 25 anos de emissão e mantém o carácter experimental que a define como única no panorama nacional.
Há uma rede social só para Erasmus A ErasmusU.com é uma nova plataforma na Internet dirigida especialmente aos estudantes Erasmus. O objectivo desta nova rede social é ajudar os estudantes que queiram ir estudar para fora a preparar esta nova etapa das suas vidas. Através desta página, os estudantes podem entrar em contacto com outros estudantes Erasmus, obter informações sobre quase qualquer cidade e universidade do mundo através de experiências e fotografias partilhadas, procurar ou oferecer quartos, entre outras funcionalidades. A plataforma conta já com mais de 21 mil utilizadores registados e foi criada no final de 2008 por quatro jovens espanhóis com formação em engenharia informática e programação apaixonados pelo Erasmus. Descobre mais em www.erasmusu.com.
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[14 MAR 2011]
Parte da equipa da RUC a fazer uma emissão da manhã a partir do Largo D. Dinis, em Coimbra
Andreia Arenga aarenga@mundouniversitario.pt
Começou por ser, na década de 40, o Centro Experimental de Rádio. Era essencialmente destinada aos estudantes, e apenas transmitida nas cantinas da Universidade de Coimbra. Hoje, 25 anos depois, a Rádio Universitária de Coimbra (RUC) é a rádio local de Coimbra e pode ser ouvida em qualquer lado. Em casa, no carro, no iPod ou na Internet. «A RUC começou as emissões em FM em 1986. Tornou-se desde logo a primeira rádio-escola de Portugal», conta José Santiago, actual presidente de administração da RUC. Espaço para a experimentação sonora Desde então, a RUC tem-se assumido como uma rádio experimental, que dá espaço a novas formas de criatividade radiofónica, sem esquecer, claro, a informação sobre os temas da actualidade. Mas é precisamente essa vertente mais experimental que
distingue a RUC das outras rádios. «Tem sido uma rádio completamente diferente daquilo que são os moldes normais de qualquer rádio quer seja nacional, local, ou mesmo universitária. Como não estamos dependentes de qualquer financiamento externo, temos oportunidade de experimentar um pouco mais do que as outras rádios, passar música que não passa nas outras rádios. Acho que somos verdadeiramente únicos a nível nacional.» Aguçar o apetite aos ouvintes A equipa é movida, sobretudo, por uma vontade enorme de partilhar bons programas de rádio e boa música. Aliás, parece ser esse o papel das rádios universitárias: criar novas formas de fazer rádio e formar os seus ouvintes. «As rádios universitárias fazem ainda todo o sentido porque são rádios que têm essa liberdade e hipótese de experimentar, e têm um papel na formação dos seus
RUC, a minha escola para a vida Durante os cinco anos em que tive participação activa na RUC, um dos slogans dos famosos indicativos da estação era: ‘Uma escola para a vida’. E é de facto. Nos notíciários, nos programas, nas entrevistas, nos magazines, nos relatos da bola, todos trabalhávamos por amor, por brio, por vaidade da boa. As histórias dos corredores, dos directos das queimas das fitas, das gravações de programas, das noites de spots, da troca de conhecimentos na sala de discos são incontáveis. E incontáveis são os amigos e amigas que arrecadei nesse período doido, acabando por delinear todo o meu trajecto profissional e me deixou com uma das minhas maiores paixões: fazer rádio. Se é verdade que passei mais tempo nos corredores e salas da RUC do que nas minhas aulas? Provavelmente (sim, provavelmente) é verdade. Mas se aprendi tanto ou mais? Sem dúvida! Cláudia Duarte, DJ e autora do programa Casa Cláudia da rádio Radar
ouvintes. Muitas vezes as pessoas não gostam de pesquisar e de procurar coisas novas e nós fazemos esse trabalho. E a partir daí aguçamos o apetite dos ouvintes, tentamos oferecer tudo aquilo que é de qualidade e que de outra forma não chega às pessoas.» A RUC também tem sido uma escola para muitos que hoje são conhecidos
do grande público. Miguel Guedes, vocalista dos Blind Zero, chegou a ser director de programação; Ana Drago, deputada do Bloco de Esquerda, coordenou o departamento de informação; e até o famoso Bruno Aleixo colaborou, e continua a colaborar pontualmente, com a RUC, entre outros. Mas qualquer pessoa que goste de rádio pode encontrar na
RUC um espaço de expressão. «Todos os anos abrimos cursos de formação de rádio que têm três vertentes: programação, informação e técnica. Em qualquer um dos cursos qualquer pessoa pode inscrever-se, mesmo que não seja estudante universitário. É apresentada uma proposta que passa para o director de informação para ser aceite ou não.»
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Marketing em Aveiro
Ideias inovadoras na Casa da Música Pela segunda vez, o empreendedor social Manuel Forjaz organiza o TEDx O’Porto. Um conjunto de conferências em que artistas, empreendedores e pessoas com ideias inovadoras vão partilhar as suas experiências com o público. O tema ‘Being Blue’ vai servir de mote para a edição deste ano que decorre a 21 de Março na Casa da Música no Porto. Confirmadas já estão as presenças dos portugueses Marta Mira, vocalista dos OqueStrada, José Bento dos Santos, presidente da Academia Internacional de Gastronomia, e os internacionais Mark Boyle, Julian Treasure e Peter Joseph, criador do polémico filme ‘Zeitgeist: Moving Forward’, entre outros.
Organizada pela MarkTeam, uma associação sem fins lucrativos composta por alunos da Universidade de Aveiro, a edição deste ano do ‘actUAliza-te!’ vai discutir temas como sports marketing – as lições do desporto para as empresas; marketing social; as redes sociais: a nova forma de networking, entre outros. O objectivo das conferências é aproximar os estudantes dos profissionais desta área fazendo uma ponte para a partilha de experiências entre uns e outros. O ‘actUAliza-te!’ conta com a presença de reputados oradores tais como Luís Rasquilha, Pedro Camarez, Ana Côrte-Real, Daniel Sá, Rui Ventura, João Tavares, Paulo Morais, Alexandra Sousa, Ricardo Peixe, Nuno Peixinho e Adelino Cunha.
IADE expõe portfólio de alunos FAP dá subsídio a estudantes A FAP – Federação Académica do Porto – lançou um programa de apoio a actividades desenvolvidas por estudantes. O apoio é financeiro e abrange a organização de eventos culturais ou desportivos, conferências, eventos científicos ou outros do interesse dos estudantes e comunidade universitária. A primeira análise de candidaturas será na última semana de Março, sendo que o período de pedidos de apoio se encontra ininterruptamente aberto. Consulta o regulamento em www.fap.pt.
É a mostra final dos trabalhos realizados pelos estudantes do IADE na 3.ª edição da Oficina de Portfólio e está agora aberta a todos aqueles que se interessam por design, publicidade e marketing. ‘One Step Beyond’ é o nome da exposição interactiva e os portfólios podem ser vistos em ecrãs tácteis até ao dia 18 de Março, na sala Lounge do IADE, em Lisboa. Entretanto, a coordenação do curso relançou o concurso ‘Oficina® for free’ em que, através de uma aplicação do Facebook, está a oferecer um curso grátis ao candidato mais votado. A votação termina a 18 de Março e as inscrições para a 4.ª edição fecham no dia 25, entrando apenas 18 das dezenas de candidatos já inscritos. A 4.ª edição inicia-se a 29 de Março e termina a 11 de Julho.
Empreendedorismo para profissionais de saúde A Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC) organiza, no próximo dia 18 de Março, o 4.º Fórum de Empreendedorismo. A iniciativa é organizada pelo Gabinete de Empreendedorismo da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra e procura incentivar estudantes da licenciatura e profissionais de saúde a serem dinâmicos e engenhosos na procura de novas saídas profissionais e de oportunidades de negócio. ‘Abertura ao empreendedorismo’, ‘Empreendedorismo na saúde’, ‘Empreendedorismo: os desafios para o novo século’, ‘Incentivos e financiamento ao empreendedorismo’ e ‘Das ideias aos projetos de empreendedorismo’ são os temas do evento que acontece a partir das 9h30 no Pólo A da ESEnfC. As inscrições online são gratuitas e devem ser feitas em www.esenfc.pt.
Cortes salariais na U. Católica do Porto
O Centro Regional do Porto da Universidade Católica Portuguesa (UCP) está a despedir funcionários e decidiu cortar 5 por cento nos salários de todos os seus trabalhadores já a partir deste mês. Em entrevista à Agência Lusa, Joaquim Azevedo, presidente do Centro Regional do Porto da UC, disse que esta é uma medida que permite à universidade tornar-se sustentável. Joaquim Azevedo referiu ainda que os despedimentos decorrem da decisão tomada em 2009 de extinguir quatro actividades da instituição: um externato, uma escola tecnológica, o pólo das Caldas da Rainha e vários outros projectos existentes no âmbito do Programa Operacional Potencial Humano. O responsável adiantou que, à partida, estes cortes não serão aplicados a funcionários ou professores que recebam menos de 1.500 euros por mês, pelo que cerca de 550 pessoas serão abrangidas.
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centro de Emprego
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EMPREENDEDORISMO. Estudantes da Universidade Nova de Lisboa criam Clube de Empreendedores
Risco é não arriscar Criar uma plataforma unificadora entre todos os estudantes das diversas faculdades da Universidade Nova de Lisboa que tenham ideias empreendedoras e queiram desenvolvê-las. É esse o ponto de partida para a criação do ENOVA – Clube de Empreendedores da Nova. O projecto vai ser lançado oficialmente no dia 16 com o Start Me Up, uma conferência e um concurso que oferece ao melhor projecto um prémio monetário de 500 euros.
Andreia Arenga aarenga@mundouniversitario.pt
A ideia nasceu no ano passado quando Pedro Fonseca e João Menano assistiam a uma conferência do MIT em Reiquiavique, na Islândia. O evento deu-lhes a possibilidade de estar em contacto com outros empreendedores, nomeadamente com o Clube de Empreendedores da Universidade do Porto, o CedUP, que também estava presente. Chegaram a Portugal cheios de ideias e resolveram avançar com a formação de uma equipa para a criação do ENOVA – Clube de Empreendedores da Universidade Nova de Lisboa. «A ideia é pegar em projectos que nascem na universidade, ajudar estudantes que tenham ideias, formar equipas multidisciplinares e dar-lhes valor. É como se funcionássemos como uma plataforma unificadora que congrega em si um pouco de todas as faculdades.»
Correr riscos e empreender Para os estudantes responsáveis por esta iniciativa, ser empreendedor é criar alguma coisa de novo, uma oportunidade de criarem o seu próprio emprego, e responder a desafios. Mas não é um caminho fácil, Por isso, a equipa do ENOVA quer ajudar outros universitários a lançar as suas ideias. «Um empre-
endedor é um ‘risk taker’, é uma pessoa que gosta de correr riscos», observa João, ao que Pedro acrescenta: «Mas o maior risco de todos é não arriscar. Há imensos jovens que são empreendedores mas não vêem que há oportunidade.» E um dos motivos, dizem, é não existir ainda uma plataforma como a que estão agora a criar. «Uma
equipa que se forme com uma ideia e com alguém que saiba como transformá-la numa empresa, como por exemplo, alguém de economia, com alguém que saiba comunicá-la e defendê-la, está a criar uma solução na criação do próprio emprego.» Contactar com os melhores Para marcar o lançamento do
ENOVA, a equipa está a organizar uma conferência sobre empreendedorismo. O Start Me Up vai ter como tema central ‘Da Ideia à Empresa’ e haverá convidados de várias empresas de sucesso que vão partilhar com os alunos as suas experiências. Nuno Artur Silva da Produções Ficticias, Manuel Forjaz da Ideiateca, e Miguel Pina da Scinse4You são alguns dos convidados de destaque. No final, os mais empreendedores podem participar no ’60 Seconds Elevator Pitch’, um concurso para ver quem consegue vender melhor a sua ideia. O vencedor ganha um prize money de 500 euros. O evento decorre no dia 16 de Março na Reitoria da Universidade Nova de Lisboa, é aberto a todos, e a entrada é grátis para professores e alunos da Nova. Todos os outros pagam 25 euros. As inscrições estão abertas na página de Facebook do grupo em www.facebook.com/enova.unl e em www.facebook. com/enova.startmeup.
Feira de emprego no Porto De 15 a 17 de Março, a Faculdade de Economia do Porto (FEP) acolhe a XI edição do Porto de Emprego. A iniciativa é organizada pela FEP Júnior Consulting, empresa constituída e gerida por estudantes com o objectivo de promover a valorização profissional e inserção de recém-licenciados no mercado de trabalho. A edição deste ano conta com 33 empresas, entre as quais se destacam a PriceWaterHouseCoopers, Santander, Deloitte, EDP, Galp e Sonae.
INOVAÇÃO. Concurso de empreendedorismo ISCTE-IUL e MIT Portugal Venture Competition com inscrições abertas
Empregos na Futurália
Procuram-se projectos inovadores Pelo segundo ano consecutivo, o ISCTE-IUL e MIT Portugal abrem o Venture Competition. Um concurso de empreendedorismo que premeia novos projectos na área das tecnologias com um milhão de euros. As inscrições para a próxima edição já estão abertas. Andreia Arenga aarenga@mundouniversitario.pt
À semelhança da primeira edição do ISCTE-IUL MIT Portugal Venture Competition, a iniciativa visa premiar os quatro melhores projectos e equipas, em quatro áreas distintas: ciências naturais e da vida, tecnologias da informação e Internet, produtos e serviços e energias sustentáveis. E os apoios financeiros podem chegar até um milhão de euros. As inscrições estão abertas a projectos de politécnicos, univer-
sidades ou outras instituições, mas também a empreendedores de start-ups dedicadas ao desenvolvimento de soluções empresariais de base tecnológica. As inscrições para a edição deste ano decorrem até 15 de Maio e a apresentação final dos melhores projectos está agendada para 17 de Novembro de 2011. Inscrições e informações em www.mitportugaliei.org. O empurrão necessário A edição do ano passado rece-
beu cerca de 100 candidaturas e contou com a participação de mais de 300 pessoas (entre estudantes, professores, investigadores e empresários). Mas o prémio foi para a equipa de investigadores da Universidade do Porto com o projecto BIPS (um sistema para medir o posicionamento das pessoas em espaços interiores em tempo real). O projecto valeu aos investigadores um prémio de 400 mil euros e permitiu-lhes arrancar com a sua empresa, a Around Knowledge. Seis meses depois da vitória na primeira
No ano passado o 1.º prémio foi para uma equipa da Universidade do Porto
edição, a equipa está feliz com os resultados e a preparar-se para a fase de internacionalização do negócio. «A nossa ideia é entrar no mercado americano. Já temos contactos com empresas no sentido
de implementar o produto ao nível da monotorização de tráfego nas estradas. Portanto, ter ganho o prémio foi mesmo a alavanca que precisávamos para crescer», diz Diana Almeida, membro da equipa.
De 16 a 19 de Março, a Futurália apresenta mais um pacote de ofertas de educação e emprego na FIL – Feira Internacional de Lisboa. Dirigida a alunos do ensino secundário, jovens universitários, profissionais à procura de oportunidades de qualificação, professores e encarregados de educação, a iniciativa é uma oportunidade para os estudantes de todo o País recolherem informação que lhes permita planear e definir os seus percursos formativos ou profissionais. Informação em www.avidaetuafuturalia.com.
[14 MAR 2011]
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12 de Março 2011. Com protestos espalhados por diversas cidades portuguesas – Lisboa, Porto, Faro, Castelo Branco, Leiria, funchal... – e ainda outras cidades europeias como Barcelona ou Berlim, a maior concentração deu-se em Lisboa com cerca de 200 mil pessoas na rua (número avançado pela organização). As razões? Eis algumas delas, pela mão de estudantes, recém-licenciados e bolseiros. Texto: Laura Alves | Fotos: Mónica Moitas
LIVROS
ESTREIA. Companhia do Chapitô celebra 15 anos com o espectáculo ‘Cemitério dos Prazeres’
Humor de cemitério A Ilha do Tesouro Autor: Robert Stevenson Editora: Clube do Autor É um dos clássicos da literatura e tem vindo a preencher o nosso imagináro desde sempre. Quem é que nunca sonhou encontrar o mapa para um tesouro escondido? ‘A Ilha do Tesouro’ chega-nos agora numa edição renovada.
Metade do Céu Autor: Nicholas D.Kristof e Sheryl Wudunn Editora: Bertrand Na ressaca do Dia Internacional da Mulher, recomendamos ‘Metade do Céu’. Um conjunto de relatos de coragem de mulheres que lutaram pelo sucesso, apesar de todas as adversidades com que se depararam. Uma denúncia feroz da desigualdade de género que ainda existe nos dias de hoje.
Deus Não Gosta de Nós Autor: Hank Moody Editora: Marcador É o livro que inspirou a série ‘Californication’. O narrador e autor Hank Moody, desempenhado na série pelo actor David Duchovny, procura insessantemente um escape para todas as suas frustrações do dia-a-dia. O resultado é o que se vê na série, aqui contado em livro.
Dois coveiros conversam sobre a rotina dos seus dias. Mas coisas estranhas começam a acontecer. Com um sentido de humor negro e bizarro, ‘Cemitério dos Prazeres’, o novo espectáculo da Companhia do Chapitô, reflecte sobre a vida e a morte, a comédia e a tragédia da condição humana. O espectáculo estreia a 17 de Março no Chapitô. Andreia Arenga aarenga@mundouniversitario.pt
Quando: De 17 de Março a 24 de Abril Onde: Chapitô, Costa do castelo, Lisboa Bilhetes: 12 euros (7,50 euros com desconto)
Os clientes chegam todos os dias e não há mãos a medir. A terra confunde-se com as roupas velhas usadas por aqueles que agora estão mortos. E os familiares já não se importam. Agora, só trazem flores de plástico para enfeitar as campas dos seus entes queridos. As únicas almas vivas para contar a história são os dois coveiros que trabalham ali há uma eternidade. Vivos ou mortos? Mas entre as pás que cavam a terra para abrir novas sepulturas, coisas estranhas começam a acontecer e eles próprios não sabem muito bem se estão mortos ou vivos. «Tentámos criar um mundo bizarro. Os temas foram surgindo por si. Mas a ideia da morte está sempre presente tal como a rotina da própria vida», explica Tiago Viegas, um dos actores. Ao longo da peça vão-se levantando
do chão várias personagens. Cada uma delas conta a história que a levou até ali ao ‘Cemitério dos Prazeres’. «Estas personagens acabam por reviver na morte aquilo que viveram em vida. É o per-
pétuar de certas situações que aconteceram em vida e que se vão repetir na morte.» Condenados à vida eterna A partir do teatro físico e do gesto que caracteriza o tra-
FATAL com casting para universitários O Festival Anual de Teatro Académico de Lisboa (FATAL) abriu candidaturas para um novo espectáculo criado no âmbito das Comemoração do Centenário da Universidade de Lisboa. O texto será de Miguel Castro Caldas sobre a Universidade e a encenação fica a cargo de André E. Teodósio. Os dois artistas vão construir o espectáculo com estudantes do ensino superior em duas fases: a primeira entre 5 e 10 de Abril onde o texto será terminado e a segunda (de ensaios) entre 19 de Abril e 12 de Maio. O espectáculo será apresentado na 12.ª edição do FATAL. Os interessados em participar nesta produção devem enviar CV para fatal@reitoria.ul.pt até ao próximo dia 28 de Março.
balho da companhia, ‘Cemitério dos Prazeres’ constrói um jogo com a ideia da vida e da morte, e brinca com isso. Neste ambiente macabro e horripilante, mas ao mesmo tempo cómico e
divertido, nunca sabemos muito bem quem são aquelas personagens, de onde vieram, para onde vão, se são pessoas, se se são fantasmas, se estão vivos ou mortos.
Chillout Session regressa à Universidade Técnica O ‘Chillout Session’ está de regresso à Faculdade de Arquitectura da Universidade Técnica de Lisboa. Esta é a quinta edição do Festival Universitário de Música Electrónica e acontece no dia 1 de Abril. Este ano o evento é especial, já que celebra o 20.º aniversário da Associação de Estudantes da Faculdade de Arquitectura da Universidade Técnica de Lisboa. O ‘line up’ do festival vai estar disponível em www.chilloutsession.net.
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CONCURSO. O Mundo Universitário, o MusicBox e a Match Your Sound procuram o melhor DJ entre os melhores. Participa!
19 de Março São Jorge (Lisboa) 21 de Março Casa da Música (Porto) Falámos com a banda antes das actuações, para saber que surpresas reservam aos fãs.
A ‘Utopia’ continua a fazer sentido? Os vossos próximos trabalhos irão seguir a mesma linha? Claro que sim. Neste disco encontrámos o nosso caminho, sem querer dizer que amanhã não possamos estar a fazer um disco rock, isto porque não pomos regras ao que sentimos. Mas acho muito difícil, porque encontrámos a nossa luz com o ‘Utopia.
Laura Alves lalves@mundouniversitario.pt
Terás tu o que é preciso? De acordo com Alex Cortez, programador do Musicbox, esta é uma excelente oportunidade para todos aqueles que desejam ser DJ profissionais terem um empurrãozinho na carreira. «Este concurso irá servir para tentar captar aquelas pessoas que, provavelmente, não iriam ter tantas possibilidades de chegar à cabina de som do Musicbox. Esta é uma forma que encontrámos de dar uma oportunidade a quem está à procura dela.» Quem tem o ‘bichinho’ da música pode, assim, provar o seu valor enquanto DJ e, se vencer o concurso, contar no seu currículo com a reputação que o Musicbox já construiu no panorama da animação nocturna. Isto porque o vencedor irá ficar como DJ residente do clube durante um ano, uma enorme mais-valia profissional. «Procuramos um DJ que revele um certo estilo, o estilo do público do Musicbox. Além do sentido estético e do conhecimento da actualidade e das novas tendências da música, é necessária uma certa competência do ponto de vista técnico», observa Alex. E o que faz um bom DJ é, na maior parte das vezes, a capacidade de perceber a atitude do público. «Tem de haver uma forte cumplicidade. Um bom DJ só se pode considerar digno desse nome se souber entender o público. Tem a ver com a escolha certa no momento certo, a forma como agarra o público e o mantém a dançar, se consegue que este reaja e responda.»
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Até agora qual foi o local onde o público mais vos surpreendeu e porquê? Acho que não temos ‘aquele’… Felizmente são todos diferente e tornam-se especiais mas… Se calhar a Festa do Avante, no ano passado. Esse concerto marcou-nos por ter sido às 4 da tarde. Estava um lindo dia de sol e, ainda assim, tivemos um público muito forte que fez uma festa maravilhosa!
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O que podemos esperar destes dois concertos? Vão ser diferentes de tudo o que já fizemos até hoje. Primeiro, por serem uma produção nossa e, segundo, porque vamos fazer um apanhado dos nossos 11 anos de carreira, durante os quais editámos três álbuns. E também porque vão ser muito mais intimistas.
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Se nunca te colocaste esta questão, está na hora de o fazeres. O Mundo Universitário, o MusicBox e a Match Your Sound têm um desafio à tua altura, que além de celebrar o teu gosto pela música te dá a oportunidade de seres o DJ residente do clube durante um ano. As inscrições para o MU DJ Contest já estão abertas. Só tens de enviar uma mixtape e participar nas eliminatórias semanais. A grande final disputa-se a 12 de Maio. E já se sente o ‘vibe’ do teu público… Ouves?
PR O
EXPENSIVE SOUL EM CONCERTO
Serás tu o melhor DJ do mundo?
Regulamento e inscrições
queremos: Um DJ que entenda a linguagem e o público do Musicbox; Alguém que seja capaz de criar um set musical enquadrado no estilo do clube; Um DJ que consiga dialogar musicalmente com o público.
Consulta o regulamento em
www.mundouniversitario.pt e em www.musicbox.pt
Apoio:
As inscrições decorrem até 30 de Março!
Inscreve-te já Está, portanto, na hora de mostrares ao mundo como és bom (ou boa, que as meninas também podem concorrer, claro está) a sacar dos teus CD ou vinis e capaz de fazer um alinhamento bem catita. As inscrições decorrem entre 15 e 30 de Março, através do envio de um e-mail para programacao@musicboxlisboa. com, no qual terás obrigatoriamente de incluir a seguinte informação: nome, data de nascimento, localidade, telefone e contactos. Deves ainda juntar uma mixtape em formato MP3 com uma duração entre 25 e 30 minutos, um pequeno texto descritivo das
tuas influências musicais e, claro, uma foto da tua carinha laroca, para te reconhecermos quando fores disputar o lugar de DJ. Após a recepção das inscrições o júri irá seleccionar 12 candidatos, que terão de prestar provas ao vivo no Musicbox, nas eliminatórias que decorrem nos dias 6, 13, 20 e 27 de Abril (sempre uma quarta-feira). Em cada sessão participam três concorrentes, que terão de dar tudo por tudo em dois sets de 15 minutos cada, podendo usar diversos tipos de suporte (CD, vinil, iPod, software de djing, etc, desde que a música neles contida seja legal...). O vencedor de cada sessão,
escolhido por um júri composto por representantes do Musicbox, Mundo Universitário e Match Your Sound, passará para a fase final, que se disputa a 12 de Maio, com os quatro vencedores das quatro sessões. Mas como o voto do público também importa, o candidato mais votado pelos espectadores em cada noite fará as honras da casa e será responsável pelo DJ set até à hora de fecho, com direito a remuneração no valor de 50 euros. Prémios suculentos Na sessão final, os quatro finalistas deverão apresentar, cada um, um set de 15 mi-
nutos. Os dois mais votados farão um set de 20 minutos que decidirá o grande vencedor – que no dia seguinte terá oportunidade de actuar durante uma hora durante a festa PANIC! no Musicbox. E depois, claro, ficará como DJ residente do Musicbox durante um ano. Bem bom, hã? O público também terá direito a um prémio especial. Em cada sessão (à excepção da final) serão distribuídas fichas de inscrição em que os participantes terão que criar uma frase com os elementos: Mundo Universitário e Segurança Máxima. Objectivo? Ganhar uma carta de condução! Queres melhor que isto?
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[27 SET 2010]
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Tecnologias
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gadgets. ipad 2, mais fino, leve e cheio de acessórios
O que é que o iPad 2 tem?
João Tomé info@mundouniversitario.pt
A segunda geração do tablet que vendeu 15 milhões de unidades em 2010 promete ser uma espécie de Messias tecnológico de 2011, pelo menos é o que garante o ‘mágico’ da Apple, Steve Jobs. A ajudar à experiência já existem 65 mil aplicações especiais para iPad. A magia chega a Portugal a 25 de Março.
Ser ou não ser fino A dieta pode não ter sido muito grande – o iPad2 tem agora 600 gramas –, mas a nova coqueluche da Apple, que Steve Jobs diz ser um aparelho ‘mágico’ na chamada era pós-PC, está muito mais fino. Perdeu uns impressionantes 33 por cento de espessura, o que o torna mais fino do que vários cadernos A4 – lá para 2020 é capaz de já ter a espessura de uma folha de papel.
iPad no televisor A indústria dos tablets tenta seguir a tendência do iPad e o adaptador AV digital promete ser uma revolução nas salas de aulas. Este adaptador vendido em separado permite mostrar num televisor tudo o que fazemos no iPad, como se fosse um espelho.
Capa inteligente Chamam-lhe a Smart Cover e está para o iPad 2 como a Olivia Palito está para o Popeye, perfeitos um para o outro. A Apple redesenhou o iPad ao mesmo tempo que criou esta capa muito fina que se ‘agarra’ através de imans e é facilmente removível – só cobre o monitor. O objectivo é não aumentar peso nem tamanho ao iPad. Funciona também como suporte ao iPad para ver filmes. Existem 10 cores diferentes e cinco opções em pele.
Câmaras & FaceTime Era um dos maiores desejos dos utilizadores do iPad original e a Apple cumpriu. O iPad 2 tem duas câmaras, uma frontal e outra traseira, concebidas para fazer videochamadas FaceTime, mas também para gravar vídeos de alta definição, HD. Também se pode tirar fotografias e para isso a Apple disponibilizou uma aplicação, a Photo Booth, em que as caretas ganham uma nova dimensão.
Processador Dual Core O novo chip A5 é uma espécie de motor do iPad, agora com dois núcleos, o que permite que este novo modelo seja duas vezes mais capaz e rápido a desempenhar as tarefas. Para jogar, os gráficos estão nove vezes mais rápidos, o que permitirá aos criadores de jogos apresentarem produtos mais entusiasmantes. Apesar de toda a rapidez, a Apple garante que a bateria continua a ter 10 horas de autonomia.
GarageBand & iMovie iPad Quem mantiver o antigo iPad já pode, desde 11 de Março, ter o novo sistema operativo, 4.3, que tem algumas melhorias no Safari, iTunes e no Airplay. Mais do que isso, surgem duas novas aplicações pagas da Apple, o GarageBand (em que é possível criar e gravar música a partir de vários instrumentos) e o novo iMovie iPad, para editar vídeos à profissional. Aliciante.
» 5.ª Dimensão KILLZONE 3. Cenário de guerra ao pormenor
Sobreviver em Helgan Como uma forma de arte na sua infância, os jogos ainda têm algumas crises de identidade, e uma das mais recorrentes é quando tentam ser filmes. Killzone 3 cai na mesma armadilha, mas é preciso admitir que o faz com estilo. Luís Magalhães luis.falcao.magalhaes@gmail.com
O novo blockbuster da Sony revela uma luta interna entre o contar da história como um jogo e como um filme. Quando opta pela primeira forma, está em grande – no início do jogo, controlando um soldado dos fascistas Helgast patrulhando a sua base, podemos apreciar a aspereza do seu estilo de vida, a brutalidade com que tratam os seus prisioneiros. Mais tarde, na pele dos soldados ISA forçados a encontrar abrigo num planeta inóspito, vemos com os nossos próprios olhos o mundo terrível que forjou tão impiedosa e fria raça. Prós e contras Livre de absorver e contemplar o cenário, o jogador ad-
quire e interpreta a informação à sua maneira, conforme o seu interesse, coisa que só é possível porque os criadores do jogo construíram este mundo com uma fantástica atenção ao detalhe. É uma pena, então, que quando passa às sequências cinematográficas – e o jogo fá-lo como se não houvesse amanhã – o nível desça bastante; são soldados a ralhar uns com os outros através de palavrões berrados, ou mesquinhas lutas de poder entre a liderança Helgast que perdem o pouco interesse que teriam face a terríveis actuações vocais. Se a parte jogável do jogo nos faz compreender este mundo, o seu temível povo, e a dura posição dos soldados ISA nesta guerra, a parte cinematográfica faz-
Killzone 3
-nos não querer saber de nada disso e desejar apenas chegar ao próximo tiroteio. E essa parte é competente quanto baste. Os Helgast são oponentes agressivos que raramente deixam o jogador ficar impávido atrás de cobertura a descarregar balas quando vê uma abertura. São adversários que tentam flanquear, usam granadas
para fazer o jogador fugir dos abrigos, e até arriscam um ataque corpo-a-corpo se virem oportunidade para tal. As armas são, é claro, as estrelas de qualquer shooter, e estas são todas agradáveis de manejar e com um feedback muito táctil, especialmente para quem tem um comando com função de vibração; só pecam por
alguma falta de variedade. Se tivesse investido mais em manternos imersos no mundo e menos em ser um filme de acção sem inteligência, Killzone 3 poderia ter sido uma das estrelas do género. Assim como está é uma aventura sólida e muito bem produzida, mas que claramente ainda não encontrou a sua voz.
Uma nota acerca dos modos online Como todo o ‘shooter’ militar, Killzone 3 tem uma extensa panóplia de modos para jogar com outras pessoas através da Internet. Vai um pouco além da maioria, com a possibilidade de treinar nos mapas multi-jogador com adversários controlados pelo computador, uma grande variedade nos mapas oferecidos, ferramentas para facilitar jogos em equipa, e outras coisas que tornam o pacote multi-jogador muito completo. A questão é que, sendo o jogo tão recente, é muito difícil de avaliar a saúde da comunidade de jogadores, e em última análise é a comunidade que dita se o jogo online terá longevidade ou não. O jogo tem todas as ferramentas e qualidade para se tornar um verdadeiro desporto electrónico entre os possuidores de PS3, mas se a moda pegará, apenas o tempo o dirá.
FESTIVAL. Monstra volta a invadir a capital
Histórias holandesas animam Lisboa
NAS SALAS
Filmes novos, antigos, alguma competição, uma pitada de convidados de peso com uma ‘chávena’ de masterclasses e workshops. Esta é a receita, agora com muitos ingredientes holandeses, que a MONSTRA – Festival de Animação de Lisboa volta a trazer à capital na sua 10.ª edição a partir de dia 21 de Março. João Tomé
nacionais (foram recebidas 700) e, este ano, há ainda a competição de ‘Curtíssimas’, curtas de animação até dois minutos e a já tradicional programação da Monstrinha, para o público infantil. Nas masterclasses destacamos a presença de Jacques Drouin, o único realizador no mundo a fazer animação com uma técnica chamada ‘pin screen’ ou ecrã de alfinetes, e cujos filmes poderão ser vistos na Fundação Gulbenkian. Fora da tela haverá ainda várias exposições no Cinema São Jorge e no Museu da Marioneta. Neste último será possível fazer uma viagem aos bastidores do cinema de animação de Marc Ménager e Mino Malan.
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Há muitos, muitos anos, num país onde a moeda oficial era o escudo e a gasolina custava metade do que custa agora, era criado o Festival de Animação de Lisboa, a Monstra. Foi em 2000 que um pintor, um antropólogo, uma professora, uma corista e um realizador criaram um dos mais antigos festivais da capital e, 11 anos depois, o Monstra cumpre a sua 10.ª edição com a variedade habitual. Começa na próxima segunda-feira, 21 de Março, e prolonga-se até ao domingo seguinte, tendo como palco principal o Cinema São Jorge. O país convidado deste ano é a Holanda. Será assim possível conhecer a diversidade da animação holandesa em 12 programas diferentes. Fernando Galrito, director artístico do festival, sugere as retrospectivas dedicadas a Dudok de Wit, que ganhou um Óscar pelo filme ‘Father and Daughter’, em 2001, e de Gerrit van Dijk e Paul Driessen. O cinema de animação japonês também vai ser digno de retrospectivas dos novos talentos e dos antigos, com a estreia em Portugal de duas longas-metragens de Miyazaki, autor de ‘A Viagem de Chihiro’.
Da competição às exposições
E como ano ímpar é ano de competição de longas-metragens, serão oito que estarão a concurso, de oito países diferentes. A juntar a isso há competição de 85 curtas-metragens de estudantes inter-
Época das Bruxas O filme que encerrou o Fantasporto já está nas salas nacionais e é uma aventura repleta de fantasia, passada no século XIV, com Nicolas Cage no principal papel. O filme de Dominic Sena (autor de Kalifornia e Operação Swordfish) conta a história de um cavaleiro da Ordem dos Cruzados (Cage) que chega à sua terra Natal, devastada pela peste negra, e é obrigado a levar uma rapariga, suspeita de bruxaria, até a um mosteiro para ser julgada pelos monges. Mas a viagem vai trazer muitos desafios.
Estreia a 17 Março
Mindscape, de Jacques Drouin
Homens de Negócios Chico & Rita, de Javier Mariscal, Fernando Trueba, Tono ErrandoDrouin
MONSTRA – FESTIVAL DE ANIMAÇÃO DE LISBOA Quando? 21 a 27 de Março O quê? Longas e curtas-metragens de animação em estreias e retrospectivas; workshops; exposições; Monstrinha (público infantil)
Onde? Cinema São Jorge; Cinema City Alvalade; Museu da Marioneta; Fundação Calouste Gulbenkian; Museu Nacional de Etnologia Teatro Meridional; Escola Secundária D. Dinis; Auditórios FNAC Chiado e Colombo Programação www.monstrafestival.com/2011
I move So I am, de Gerrit van Dijk
Nesta história actual três homens são confrontados com a crise económica quando a sua empresa começa a reduzir drasticamente de trabalhadores. Quando nada o fazia esperar, as suas vidas e das suas famílias vão mudar radicalmente, à medida que eles se habituam a viver as consequências na sociedade actual de não ter trabalho. O filme é protagonizado por Ben Affleck, Chris Cooper e Tommy Lee Jones e tem ainda Maria Bello e Kevin Costner. Publicidade
GANHA
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© 2010 SCARED PRODUCTIONS, INC.
CONVITES DUPLOS 17 MARÇO NOS CINEMAS 15 [31 JAN 2011]
Desporto
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FASES FINAIS. Campeonatos Universitários de Lisboa disputam-se entre 21 e 24 de Março
Atenção, estudantes em competição! É já de 21 a 24 de Março que o Estádio Universitário acolhe os Campeonatos Universitários de Lisboa, organizados pela ADESL – Associação Desportiva do Ensino Superior de Lisboa. As fases finais irão apurar os vencedores para rumar aos campeonatos nacionais e Vanda Guerra, presidente da ADESL, afirma que o mais importante é haver espírito de fair-play e convívio saudável entre os desportistas.
Força nas canetas!! É já no próximo dia 18 de Março, na Universidade Lusófona em Lisboa, às 14h, que começa a qualificação para o Red Bull TUM TUM PA, a primeira competição de batida freestyle para estudantes. Qualifica a tua equipa, que pode ter até três elementos, usando esferográficas, lápis, réguas, borrachas ou computadores portáteis para criar ritmos com estilo. As melhores performances vão ser premiadas pelo júri e poderão chegar à grande final no Rio de Janeiro. Mais informações e regulamento em www. redbull.pt/tumtumpa.
Laura Alves
lalves@mundouniversitario.pt
Com cerca de 3.500 atletas envolvidos durante todo o processo, os Campeonatos Universitários de Lisboa vêem agora aproximar-se a derradeita fase em que os desportistas terão de dar tudo por tudo. De 21 a 24 de Março, os diversos espaços do Estádio Universitário de Lisboa (Pavilhão 1 e 2, Relvado 2 e Estádio de Honra) recebem as equipas que irão competir pelo título em modalidades como basquetebol, futsal, andebol, voleibol ou râguebi. O Mundo Universitário, como não poderia deixar de ser, vai lá estar a apoiar as equipas. «Haja inscrições e atletas interessados» De acordo com Vanda Guerra, presidente da ADESL, a associação tem, ao longo dos anos, procurado aumentar o leque de modalidades, além dos desportos colectivos. «Temos tentado abrir algumas moda-
lidades individuais tal como o atletismo, o ténis de mesa, o ténis, e temos mesmo previsto para este ano uma série de outras modalidades como o judo, o badminton.» Actualmente, os Campeonatos Universitários movimentam mais de 3.500 estudantes, o que dá cerca de 200 equipas. «Haja inscrições e atletas interessados, e nós vamos tentar abranger mais modalidades.» A ADSEL, enquanto representante dos atletas-estudantes de 46 instituições de ensino superior de Lisboa, tem como missão promover a prática desportiva e, sobretudo, estimular a competição saudável junto dos universitários. «As pessoas participam com gosto e a sério. Às vezes até a sério demais», revela Vanda Guerra, que jogou voleibol durante os tempos de estudante de Educação Física, na Faculdade de Motricidade Humana da Universidade Técnica de Lisboa. A frequen-
tar actualmente um curso de mestrado, acredita que os atletas têm um bom espírito desportivo e estão motivados para dar o seu melhor em campo. «Vêm com espírito de competição, até porque nas modalidades colectivas depois há acesso às competições nacionais.» Homens preferem futsal, as mulheres o voleibol Abertos à competição tanto masculina como feminina, os Campeonatos Universitários de Lisboa vivem do entusiasmo dos atletas. A modalidade com maior representação masculina, observa a presi-
dente da ADESL, é o futsal. Já no caso das raparigas, é o voleibol que reúne mais adeptas. E de 21 a 24 de Março, espera-se que muito do entusiasmo venha também do público, e que as associações de estudantes com as quais a ADESL contac-
Vanda Guerra, presidente da ADESL «Acho que, acima de tudo, o que é importante é jogar com espírito de competição saudável, fair play e, sobretudo, aproveitar o espaço, o convívio com outras pessoas. E, para quem conseguir chegar longe, ao primeiro lugar que dás depois acesso aos nacionais: tenham orgulho de representar Lisboa. E se conseguirem ainda representar Portugal, melhor ainda!»
Lisboa recebe campanha European Action on Drugs
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[14 MAR 2011]
ta sejam capazes de levar os estudantes universitários até às bancadas do Estádio Universitário para fazer claque. «O facto de vir público ao estádio tem muito a ver com a dinâmica desportiva de cada associação. Mas nós também vamos divulgando as actividades, quer através do site, quer através da página no Facebook.» Consciente de que a prática desportiva ainda não atinguiu níveis ideais – até porque a sociedade moderna nos leva a ser cada vez mais comodistas, com tanto elevador e escada rolante... – Vanda Guerra considera que o facto de fazer desporto «estar na moda» não é suficiente. «Há dez anos não éramos tão sedentários. Sinto que as pessoas estão mais preocupadas com as questões de saúde, mas os miúdos acabam por estar muito tempo em casa, não há espaço para brincadeiras na rua. E isso, obviamente, vai passando de geração em geração.» Para ires acompanhando as novidades dos Campeonatos Universitários de Lisboa vai a www.adesl.pt ou à página de fãs da ADESL no Facebook.
Depois de Roma em 2009, e Berlim, Londres ou Varsóvia em 2010, é a vez de Lisboa receber o evento nacional European Action on Drugs (EAD), já amanhã, 15 de Março, das 9h às 14h, no Centro Jean Monnet, as instalações da Representação da Comissão Europeia em Lisboa. Esta iniciativa visa envolver a comunidade em campanhas de sensabilização relacionadas com o combate à droga, tendo como objectivo concreto a criação de medidas para combater este problema. A conferência irá contar com a presença de actuais entidades signatárias como a OIKOS ou a PSP e também com novos signatários como a GNR, o Gabinete de Apoio ao Aluno e à Família SOS Criança ou a Associação Portugal Livre de Drogas. Para mais informações e o programa completo das actividades vai a www.euactiondrugs-lisbon.net. Dados pouco animadores: • A cada hora morre um cidadão da União Europeia vítima de overdose; • Na União Europeia, cerca de 13 milhões de pessoas consomem, ou já consumiram em algum momento da sua vida, cocaína; • Na Europa, 4 por cento das mortes de pessoas entre os 15 e os 39 anos estão ligadas ao consumo de drogas; • Todos os anos se registam na Europa 3 mil novos casos de VIH relacionados com o consumo de drogas.
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Uma estrelícia na Mega Hits
entrevista
Letícia Pinheiro
Animadora Mega Hits – 18h às 22h
Ó Letícia, ouvimos dizer que às vezes te chamam Patrícia, delícia, estrelícia... Não me digas que os teus pais sofrem do complexo de Luciana e Djaló! Porque é que te chamaram Letícia? A verdade é que os antepassados da minha família estiveram muitos anos no Brasil, onde o nome Letícia é muito comum! A minha bisavó chamava-se Letícia. E como a minha mãe era muito ligada à minha bisavó resolveu dar o mesmo nome ao seu pequeno rebento! :) Acontece que, principalmente quando eu era miúda, ainda ninguém em Portugal tinha ouvido falar em tal nome e eu sofria muito! Hehehe…. Mas depois de uma tal Princesa das Astúrias aparecer, tudo mudou! :)
Gostavas de ter outro nome? Ou já defendes a tua ‘marca’ com unhas e dentes? Naaaa!!! Adoro o meu nome!! Quando era miúda não gostava nada, mas como grande parte das coisas de que não gostamos em miúdos, por birra, por falta de maturidade ou por capricho, passam a ser das nossas favoritas quando crescemos! Tenho um nome original, numa sociedade em que toda a gente quer marcar a diferença. Isso parece-me bom. Tenho um nome que vem do latim e quer dizer ‘alegria’. Sendo que a minha profissão passa por criar sorrisos na rádio... isso parece-me profético! :)
Também tens nome de princesa. Será que já beijaste algum sapo? Huummm... Ora, há sempre um ou outro sapo na vida, mas beijar sapos, sapos nunca beijei. No entanto, confesso que já conheci aspirantes ao trono de outros reinos além de Portugal. Mas só digo que nome de realeza atrai realeza… :)
Aqui na foto não dá para ver mas... És uma rapariga alta e espadaúda, não és? Sim claro! 1,70m!! Quer dizer, menos um bocadinho... 1,68m... Vá... 1,64m... Pronto, um metro e meio, tá?! Mas a sério que aos 18 anos chegava ao 1,70m, mas um dia veio uma tempestade muito grande... Lembras-te da famosa tempestade tropical de Julho de 1991 que assolou o território nacional, não te lembras? E choveu tanto nessa altura que eu, que estava na rua a beber um pacote de leite achocolatado e como eu não gosto muito de leite, a chuva fez uma reacção com o leite e o meu corpo sofreu uma mutação. Daí que hoje a minha altura seja orgulhosamente 1,50m! A verdade é que ainda hoje me sinto com 1,70m! :)
Nesta edição do MU temos uma mega fotoreportagem do Protesto da Geração à Rasca que decorreu no sábado na Avenida da Liberdade. Achas que o pessoal tem razão em protestar ou não? Creio que nunca Portugal teve uma geração tão qualificada. A prova é que a nossa emigração passou de uma geração de empregadas domésticas (actividade muito dignificante e honrosa) em França, para uma emigração de bioquímicos e investigadores em França, na Holanda, em Bruxelas, no Reino Unido, nos EUA, etc. Tenho amigos nessa situação e penso que um Portugal de oportunidades era aquele em que estes investigadores tivessem condições de exercer a sua actividade sem ter que abandonar o País. Mas as oportunidades também são, em parte, criadas por nós. Não é tudo, mas é também parte do trabalho. É preciso fazer coisas! É preciso gente que esteja viva e atenta. Portugal precisa de novo de uma geração que lute por algo em que acredita. Uma geração que não se acomode com o que é adquirido. Precisamos de gente que pense, que tenha objectivos, lute por eles e os concretize. Protestar não é a única forma de fazer as coisas, mas é o primeiro passo. É um sinal de vitalidade na sociedade!
E o que é que a Mega Hits anda a preparar para os próximos tempos para animar o pessoal? Andamos sempre a prepará-las! E desta vez tomámos de assalto a FIL no Parque das Nações, em Lisboa! A partir de quarta-feira (16) e até Sábado (19) vamos estar na Futurália a ajudar o pessoal a escolher o caminho certo no que toca ao futuro profissional! E no fim-de-semana convidamos-te a aparecer também na FIL para o Festival do Estudante com Diego Miranda ao vivo, Deolinda, tunas académicas e tudo aquilo que um festival que é do estudante pede: festarola e a MEGA HITS por perto!
LISBOA 92.4 PORTO 90.6 COIMBRA 90.0
SINTRA 88.0 AVEIRO 105.6 BRAGA 92.9 WWW.MEGA.FM
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[17 jan 2011]
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