Suplemento Cultura Diário do Minho: Festas Antoninas

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Cultura

> Camilo António Freitas

QUARTA-FEIRA • 07 DE JUNHO DE 2017

Diário do Minho Este suplemento faz parte da edição n.º 31422 de 07 de junho de 2017, do jornal Diário do Minho, não podendo ser vendido separadamente


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QUARTA-FEIRA, 07 de junho de 2017

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Festas Antoninas de POR

FRANCISCO DE ASSIS

É já na próxima sexta-feira que tem início as “Antoninas Famalicenses 2017”, as festas concelhias de Vila Nova de Famalicão. É, sem dúvida, um dos acontecimentos mais marcantes do concelho, aguardado com enorme expetativa pelos famalicenses residentes, mas também pelos seus filhos espalhados pelo país e pelo mundo, que aproveitam a efeméride para revisitarem o torrão natal. O cartaz é rico sob todos os pontos de vista, com atividades para todos os gostos, idades e condições sociais. Assim, para além do lado festivo, desportivo e religioso, há o lado etnográfico e cultural que fica como herança para todos os famalicenses. As antoninas são hoje um evento cultural, turístico e religioso que atrai milhares de pessoas a Famalicão. Para além do lado histórico, é sobretudo a vertente cultural que Diário do Minho quer explorar neste suplemento, com destaque para Camilo Castelo Branco, figura cimeira da cultura famalicense e nacional. Assim, a Caminhada Camiliana, marcada para a manhã de sábado, serve-nos de mote para falar um pouco sobre Camilo e algumas das suas obras relacionadas com o concelho de Vila Nova de Famalicão. Um escritor cujas obras devem ser «degustadas como se bebe vinho fino e não às goladas», citando o saudoso Aníbal Pinto de Castro, antigo diretor da Casa de Camilo, recordado pelo atual timoneiro da instituição sediada em Seide S. Miguel. Um vento que, além da parte cultural, envolvendo diversas associações culturais, é encarado também como desporto e lazer, com direita a “Orchata”.

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907 20.Maio. 07. JUNHO. 2015 2017

Festas ressurgiram em 1959 As festas antoninas de Vila Nova de Famalicão terão nascido em finais do século XIX, mas é no início do século XX, mais concretamente por volta de 1906 que começam a ganhar projeção. Pelo menos são dessa data os registos mais antigos, não só

pela decoração das ruas de Famalicão, como dos cartazes das festas, alguns estavam para ser expostos na Biblioteca Camilo Castelo Branco. Exposição essa que entretanto foi, anulada. Curiosamente, num dos cartazes se pode ler, “Centenário das

Festas Antoninas – 1895-1995”, que vem confirmar que terão sido iniciadas em 1895. No entanto, por motivos desconhecidos, estiveram interrompidas cerca de meio século e só foram retomadas em 1959, graças ao «fervor bairrista» de alguns entusiastas famalicenses, mas também pela intervenção da Câmara Municipal de Famalicão. As informações são reveladas no livro, “Famalicão – Uma vila que se inova”, de João Afonso Machado. Na publicação, depois de falar do «estrondoso sucesso» das festas de Santa Catarina no Monte do Facho, em 1958, o autor escreve: «talvez fosse já o prenúncio do ressurgimento, no ano seguinte, das Festas Antoninas que Famalicão aferrolhara, há meio século, no sótão das inutilidades». E acrescenta: «Aí são buscadas, já há muito, em vésperas do 13 de junho, “graças à congregação de esforços de um grupo de inflamados bairristas e da Câmara Municipal do concelho”». Segundo o autor, entre aqueles que se empenharam «especialmente» para o ressurgimento das antoninas famalicenses estiveram o presidente da Câmara, João Pinto de Oliveira; e o vereador José Mário Machado Ruivo. ◗

Envio de trabalhos para publicação neste suplemento Diário do Minho / Secção Cultural Rua de S.tata Margarida, 4 – 4710-306 Braga; Fax: 253609469. E-mail: cultura@diariodominho.pt


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Famalicão Cartaz cada vez mais rico

Paulo Cunha revelou-se um entusiasta das antoninas

As festas de Santo António de Vila Nova de Famalicão são, atualmente, um dos grandes cartazes turísticos do concelho. Como vimos na página anterior, o seu ressurgimento, em finais da década de 50 do século XX, deu-se graças ao entusiasmo do presidente da Câmara Municipal de então, João Pinto de Oliveira; e do vereador José Mário Machado Ruivo, bem como de outros fervorosos famalicences. A verdade é que, à semelhança do antigo autarca, o atual presidente da Câmara Municipal de Famalicão, Paulo Cunha, revelou-se, igualmente, um grande entusiasta das antoninas, fazendo tudo para a sua valorização. Não só como elemento aglutinador dos famalicenses, mas também como forma de promover a cultura e o associativismo em Famalicão. De facto, são cada vez mais as pessoas e instituições, designadamente escolas e associações culturais. Recreativas e desportivas a envolverem-se nas festividades, contribuindo

para o perpetuar das tradições antoninas. Efetivamente, acaba por ser uma espécie de encontro de gerações, em que os mais velhos transmitem o conhecimento e o saber aos mais novos, enraizando e perpetuando os acontecimentos. O entusiasmo de Paulo Cunha nota-se não são nó pela programação e ações promocionais das festas, como pelas declarações sobre as festas. «Casamenteiro e protetor dos pobres, Santo António é um dos santos preferidos dos portugueses e é aquele que abençoa as nossas Festas Concelhias. As Antoninas que, desde finais do século XIX, unem, mobilizam e honram os famalicenses são, por excelência, as festas do concelho de Vila Nova de Famalicão. São o grande momento de afirmação da identidade da nossa terra e das nossas gentes, mas são também as festas que atraem mais turistas à nossa cidade», referiu o autarca, a propósito das Antoninas 2017.

Paulo Cunha fala dos cinco dias repletos de tradição com a redescoberta e o reencontro de costumes populares, sentimentos e sabores ancestrais. «As Marchas Antoninas e as Rusgas mantêm o esplendor tradicional, espalhando cor e alegria pelas ruas da cidade, numa grande festa popular. As Antoninas conservam ainda a sua vertente religiosa, com a distribuição do Pão de Santo António e a Procissão Solene», salientou. Ainda a propósito da programação, Paulo Cunha não se esqueceu dos grandes concertos com Camané e Tiago Bettencout, bem como da animação com os saltos às fogueiras, as petiscadas, os arraiais e «o divertimento típico de um povo orgulhoso das suas tradições, que faz a festa livremente em toda a cidade. Por tudo isto, espero que as Antoninas 2017 sejam mais um motivo de orgulho para todos os famalicenses e um evento atrativo para os turistas que nos visitam», desejou. ◗

Evolução/ /diferenciação “batalha das flores” João Afonso Machado revela ainda alguns detalhes da festa, nomeadamente a duração, de 9 a 14 de junho, isto é, seis dias ininterruptos. Um dado interessante de registar no programa é a “batalha das flores”. «Sob a orientação do Grémio da Lavoura, realiza-se o concurso de pecuária, a que se segue a solenidade do sermão na capela de Santo António e uma gincana de automóveis, mais o espetáculo da Banda Musical de Vigo e um arraial popular na rua Alves Roçadas , literalmente incendiada de fogueiras e rusgas, da criatividade dos pirotécnicos, obra proeza no firmamento da nossa terra e, cá em baixo, espraia-se a beleza da “Batalha das Flores” e dança-se ao ritmo dos cantares minhotos na parada dos Ranchos Folclóricos». Um olhar mais atento ao programa divulgado na obra “Famalicão – Uma vila que se inova”, é possível constatar que há muitos pontos de contacto entre as antoninas de 1959 e as de 2017, como veremos mais adiante. De realçar que o item “As Marchas que Lisboa”, que terão inspirado as marchas Antoninas de Famalicão. «Gente alfacinha calejada nestas andanças que desfila e dança pelas ruas». No entanto, refira-se, no entanto, que, enquanto as marchas antoninas de Lisboa ficam-se pelo desfile, as antoninas famalicenses evoluíram para um aspeto teatral, para além dos trajes e adereços tipicamente minhotos e famalicenses em particular. Um cunho local que cativa famalicenses e turistas portugueses e estrangeiros que cada vez mais aproveitam as Festas Antoninas para se deslocarem a Famalicão. E nos últimos anos, não são só os adultos que encantam com as Marchas Noturnas, também as crianças tem a sua marcha “As Antoninas dos pequeninos”, que despertam ternura nos espectadores. Uma dinâmica associativa e cultural que proporciona um verdadeiro cartaz turístico, com impacto importante na economia local e na divulgação do concelho. ◗

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Terá escrito mais de 60 mil páginas de livros e não só

Obras de Camilo são imortais e retratam sentimentos e caráter do povo português «Se acontecesse alguma catástrofe que destruísse o povo português e sobrassem algumas obras de Camilo Castelo Branco, seriam suficientes para reescrever como era o povo português. Dariam um belíssimo postal para refazer ou para voltar a descrever o povo português». As palavras são de José Manuel Oliveira, diretor da Casa de Camilo. Reconhece que não são exclusivamente suas, tendo sido ditas por diferentes estudiosos camilianos e com as quais concorda. A afirmação surgiu na sequência da pergunta sobre o segredo da intemporalidade e imortalidade das obras de Camilo, José Manuel Oliveira lembrou que o século XIX produziu uma série de escritores. No entanto, com exceção de Eça de Queirós e Almeida Garret, a maioria caiu no esquecimento. E, como se sabe, quem não é lido é esquecido. De facto, alguns só sobrevivem porque são lecionados nas escolas. «A verdade é que no meio daquele conjunto de escritores oitocentistas, Camilo surge com uma narrativa muito atrativa. Apesar de muitas histórias serem parecidas, a maneira de as contar é diferente. Creio que é isso que torna Camilo um escritor especial. Porque tem uma criatividade narrativa verdadeiramente extraordinária», afirmou. O responsável da Casa de Camilo entende que, apesar de a literatura camiliana estar circunscrito praticamente a um Portugal nortenho, de Porto a Bragança; e de Aveiro a Viana do Castelo; mesmo sendo um “alfacinha de nascimento, «Camilo acaba por retratar

às cartas, mas também para ouvir “estórias”, que depois lhe serviam de inspiração. QUANTOS JOVENS AINDA MORREM POR AMOR? O responsável da Casa de Camilo contou um episódio com um grupo de jovens que lhe questionava sobre a atualidade da obra “Amor de Perdição”. Fez questão de lhes esclarecer, com perguntas pertinentes. «Quantos milhões de jovens no mundo inteiro ainda hoje não podem casar com quem querem e com quem gostam; quantos jovens, mesmo em países ocidentais, ainda hoje se suicidam por amor, porque as famílias que se odeiam, ou porque pais ricos não permitem que os

quase fielmente, algumas das caraterísticas da nossa nação. Da maneira de ser e de estar dos portugueses, a nossa maneira de se entreter. É impossível conhecer o povo português sem ler Camilo Castelo Branco», disse, para sublinhar a ideia de que os livros de Camilo davam, em caso de uma indesejável destruição, dariam para redescrever o povo. E traçou um paralelismo com os paleontólogos e arqueólogos que, com um osso, conseguem reconstruir a história de um povo ou de um animal. Assim seria com os livros de Camilo. UM ESCRITOR QUE ESCREVEU AQUILO QUE VIVEU E SENTIU Na opinião de José Manuel Oliveira, uma das razões para a escrita de Camilo marcar a diferença pode estar no facto de escrever sobre aquilo que viveu ou sentiu de perto. Entre os temas recorrentes

na obra camiliana estão a orfandade, a bastardia, as relações familiares, o amor e o anticlericalismo. É basta conhecer não só a infância, mas também a juventude e vida adulta do escritor para se perceber o porquê dos temas. Recorde-se que Camilo ficou órfão de mãe quando tinha apenas um ano de idade e de pai quando tinha 10. Foi acolhido por familiares, educado por padres, mas foi quase sempre um revoltado e insatisfeito. Daí as questões de bastardia e de orfandade. Assim como as questões do “coração, que o levaram a escrever várias obras relacionadas com o tema, sendo a maior “O amor de perdição”.

A propósito de vivência, José Manuel Oliveira lembrou que Camilo frequentava a “Feira do gado de Famalicão”, não porque era vendedor ou comprador de gado; mas sim para falar com os comerciantes, verdadeiros contadores de história, perceber aquela vivência para depois transpor para livro. Frequentava, igualmente, o Café do Gado, no atual edifício da Farmácia Valongo, em Famalicão, para jogar

filhos casam com pobres. «O cenário é oitocentista, mas a essência e a alma da obra estão sempre presentes. Acho que é isso que torna as obras de Camilo imortais». Outro dos aspetos da escrita camiliana que marca a diferença é a proximidade aos leitores. A forma como se dirige aos «estimados leitores» e «estimadas leitoras». ◗


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Diretor da Casa de Camilo revela objetivos desta 12.ª edição

Caminhada Camiliana proporciona momentos de cultura e lazer A Caminhada Camiliana é já um clássico das festas antoninas de Famalicão. Esta é já a 12 edição e está cada vez mais aprimorado. Em conversa com o Diário do Minho, José Manuel Oliveira explicou que, ao fazer a Caminhada Camiliana consegue-se vários objetivos como proporcionar momentos de cultura, mais propriamente literatura e teatro, ao mesmo tempo que pratica desporto, num ambiente de descontração e lazer. Este responsável explicou que a iniciativa começou com o objetivo de divulgar a obra de Camilo, fazendo o percurso desde a estação de Caminhos de Ferro de Famalicão, de onde Camilo desembarcou tantas vezes, até à sua casa em Seide, S. Miguel. Só mais tarde é que, dada a sua centralidade, escolheu-se a Pra-

ça D. Maria II, junto à Fundação Cupertino de Miranda para local de concentração. A ideia é, durante o percurso, incluir representações de textos de Camilo Castelo Branco. São textos surpresa, o que quer dizer que os participantes não sabem o que vai acontecer, o que desperta sempre muito interesse», disse. Por isso, José Manuel Oliveira

preferiu manter a tradição e não revelar o conteúdo dos textos a serem lidos durante a caminhada. Ainda assim, abriu um pouco o véu, revelando que uma das obras é “A Brasileira de Prazins”, uma vez que há uma parte da obra que decorre junto à igreja de Requião. Trata-se de uma caraterização bastante jocosa acerca daquilo que gravitava à volta da religiosidade

popular, mas também de quatro padres que vinham de Cabeceiras de Bastos pregar em Requião; bem como a venda de santos e santinhos na igreja, e que Camilo acaba por caricaturar. «Isto é, os padres quem estava à sua volta estavam mais preocupados em vender santinhos para obter dinheiro do que na salvação de almas e na propagação da fé». Apesar de não revelar muito, o diretor da Casa de Camilo recordou que há muitas obras de Camilo inspiradas naquelas localidades e que podem ser utilizadas e teatralizadas no percurso. Entre elas está “O Senhor do Paço de Ninães, “o Comendador”, que faz parte das Novelas do Minho, “O Cego de Landim”, “Maria Moisés”, inspirada numa senhora que vivia muito perto da Casa de Camilo,

embora depois tenha transposto a história para Ribeira de Pena; “A Morgada de Romariz”, entre outras.

mais sedentárias e a olhar para ecrãs, acho que juntamos o útil ao agradável, o que é importante», considera o diretor da Casa de Camilo

GRUPOS E ASSOCIAÇÕES COLABORAM NA INICIATIVA Esta edição vai ter a colaboração do Grupo de Teatro Amador Camiliano, Grupo de Caminheiros de Montanha, Associação Cultural de Vermoim, Amarcultura, Grupo Recreativo e Cultural de Lemenhe e União de Freguesia de Seide. «No início temos cantares ao desafio, com dois cantadores, introduzindo alguma dimensão picante, não ultrapassando certos limites. Temos figurantes, vários grupos de teatro e associações. A ideia é agregar o máximo possível de associações que possam valorizar a iniciativa. E naturalmente que não queremos apenas ajudar a promover o obra camiliana através da representação dos textos, mas também promover a prática desportiva. É uma caminhada simpática de sete quilómetros. Num período em que as pessoas estão cada vez

BEBER ORCHATA E SORTEIO DE CABAZES Para além da prática desportiva e da representação teatral com textos camilianos, os participantes na Caminhada Camiliana, podem degustar “Orchata”, um refresco feito de melancia e de açúcar Amarelo, muito apreciado por Camilo. Por outro lado, à semelhança dos anos anteriores, a Primor e a Vieira de Castro, duas empresas famalicenses de bens alimentares, vão oferecer produtos para fazer dez ou 20 cabazes que serão sorteados entre os participantes. «Durante o trajeto é distribuído um bilhete a cada participante e no final da caminhada fazemos um sorteio. Há 10 ou 20 pessoas que levam um cabaz de alimentos para casa», explicou José Manuel Oliveira, sublinhado a ideia de mais um incentivo à participação. ◗


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Trabalho feito por 20 grupos que vão protagonizar 12 quadros

Desfile Etnográfico valoriza história e cultura popular A par das marchas, o Desfile Etnográfico é um dos momentos mais apreciados das Antoninas de Vila Nova de Famalicão. Não só pelo aspeto pitoresco, que valoriza e enaltece a história e raizes da cultura popular de Famalicão, mas sobretudo pela dimensão verdadeiramente local, por um lado, por ter representações locais, de cada uma das freguesias; mas ao mesmo tempo concelhia, tendo em conta que engloba todo o concelho. De facto, esta é uma iniciativa protagonizada por ranchos e grupos folclóricos provenientes de todo o concelho e em cujo teor das mensagens os famalicenses, independentemente da sua condição social, se identificam. Aliás, por ser um evento de cariz popular, com grupos de quase todas as freguesias do concelho, arrasta familiares e amigos dos participantes, bem como outros que comungam “apenas” o sentimento de pertença da freguesia, mas também do concelho de Vila Nova de Famalicão. Com o título “Antoninas Revisitadas”, esta quarta edição do Desfile Etnográfico, que acontece juntamente com o “Tocá Bombar” está marcada para dia 10, sábado, a partir das 16h00. Como o nome indica, o objetivo é revisitar alguns dos momentos da história e cultura popular de Famalicão. O cortejo inicia-se na Praça Álvaro Marques, percorrendo a Rua Adriano Pinto Basto, Ala-

meda D. Maria II, Rua Lourenço da Silva Oliveira, Praça D. Maria II, Rua de Santo António e Praça 25 de Abril. E depois dos bombos, o primeiro quadro é precisamente o “Brasão do município”, aquele que une todos os famalicenses. Seguem-se as “Cascatas de Santo António”, com miúdos a pedir tostão ao santo padroeiro. Depois vem as “Contradeiras”, a “Capela de Santo António”, com distribuição do Pão de Santo António; “As mordomias”, a “Taberna”, as “Fogueiras de Santo

António”; com rapazes a saltar a fogueira, o “Arraial”/romaria”, com grupos a cantar e a dançar durante o desfile. PARTICIPANTES NO DESFILE ETNOGRÁFICO Grupo Etnográfico As Lavradeiras Santa Maria da Oliveira; Grupo Etnográfico Rusga de Joane, Grupo Folclórico Danças e Cantares de Joane, Grupo Folclórico de Nine, Grupo Folclórico Santa Leocádia de Fradelos, Grupo Etnográfico S. Tiago da Cruz; Grupo Infan-

til e Juvenil Danças e Cantares de Joane; Grupo Infantil e Juvenil Santiago de Gavião, Rancho Folclórico de São Julião de Calendário, Rancho Etnográfico de Ribeirão, Rancho Folclórico da Associação Cultural de Gondifelos, Rancho Folclórico de São Martinho de Brufe, Rancho Folclórico da Casa Povo de Calendário, Rancho Folclórico da Casa do Povo de Ruivães, Rancho Folclórico Divino Salvador de Deles, Rancho Folclórico Flor Monte, da Carreira; Rancho

Folclórico de Oliveira Santa Maria, Rancho Folclórico de Santa Marinha de Lousado, Rancho Folclórico de S. Miguel-o-Anjo, de Calendário; Rancho Folclórico S. Pedro de Bairro e o Rancho Regional de Fradelos. Participam ainda os grupos de bombos “Lacs Bum”, de Lagoa; “Os Vilacondenses”, Os Bombos de Santa Maria de Jazente, Amarante; “Rosas de Santa Maria de Jazente, também de Amarante; e os Zés P’reiras Delaenses, de Delães. ◗


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Cinco dias e mil razões para visitar Famalicão

Das marchas à religiosidade passando pelos galgos As Antoninas de Vila Nova de Famalicão arrancam na próxima sexta-feira, dia 9 e prolongam-se até ao dia 13, terça-feira. Vão ser “apenas” cinco dias de festa mas a programação oferece mil razões para visitar Famalicão. Desde o desfile dos pequeninos no dia 9, passando pelo desporto, com a Corrida de Atletismo e pela Corrida de Galgos, que atrai muita gente; bem como a Caminhada Camiliana o Desfile Etnográfico e termina com as Marchas Antoninas na noite de Santo António. De facto, o primeiro grande momento das Antoninas 2017 é protagonizado pelos mais novos, a quem cabe a honra de abrir as festas, «com toda a ternura e a criatividade das Marchas Infantis. Ao todo, são cerca de 2200 crianças provenientes de 30 instituições educativas do concelho que vão bailar sob o tema de “Santo António e o Património Local”. Recorde-se que, para além dos prémios de participação atribuídos a todas as instituições educativas participantes, serão também premiados o “Melhor Guarda-Roupa e Arcos” e a “Melhor Marcha”. Na manhã do dia 9, na Praça 9 de Abril, às 10h00, serão inauguradas as “Cascatas Antoninas”. Meia hora depois, no mesmo local, realiza-se um workshop de olaria intitulado “Estatuetas de Santo António”, com participação de crianças do 1.º e 2.º ciclos. Na tarde do mesmo dia, às 18h00, será inaugurada a exposição de cartazes “Fes-

no Machado. Mas é também no domingo que começam as cerimónias religiosas, com missa, benção de Santo António dos Animais e procissão. No entanto, em termos religiosos, as cerimónias centrais são no dia 13, terça-feira, com missa solene, às 10h00; na Capela de Santo António; na rua Alves Roçadas. Ao meio dia, no mesmo local, decorre a tradicional distribuição do Pão de Santo António. À tarde, às 17h00, realiza-

tas Antoninas”, na Biblioteca Camilo Castelo Branco. DESPORTO, CAMINHADA CAMILIANA E SARDINHADA Na manhã do dia 10, o desporto vai estar em destaque, com o Open de Portugal Alex Ryu Jitsu, no Pavilhão das Lameiras, das 08h00 às 20h00. No Parque de jogos do Operário F. Clube, realiza-se a Primavera Desportiva. É também no sábado de manhã, na Quinta de Queimados, em Esmeriz , que decorre a 8.ª Corrida de Galgos. Um evento que normalmente atrai muita gente. Outro dos destaques da manhã de sábado é a Caminhada Camiliana – Famalicão a Seide”, um momento de evo-

cação da obra de Camilo. A tarde é marcada pelo desfile etnográfico, às 16h00. Nessa noite, Tiago Bettencourt é o protagonista do segundo concerto das Antoninas 2017. A primeira atuação da noite é do

grupo Terra Batida. No que diz respeito a concertos, Camané é o grande destaque do dia 9, às 23h00, no anfiteatro do Parque da Devesa. Antes atua o grupo Hot Hair Baloon No domingo, o desporto volta a estar em destaque, com o grande prémio Bernardi-

-se a Procissão em Honra de Santo António. A grande noite é de 12 para 13 de junho, com as marchas antoninas, a partir das 21h30. Este ano, entre as novidades está a “Sardinhada de Santo António”, no topo Sul da Praça D. Maria II. Uma forma de preparar o estômago para a noite das marchas antoninas. ◗


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