ROTEIROS GRÂNDOLA 7 DE JUNHO DE 2014
XIII ENCONTRO NACIONAL UNIVERSIDADES DA 3ª IDADE ROTEIRO 1 CASA FRAYÕES METELLO
Exemplar da arquitetura civil do século XVIII, é considerada uma das mais importantes casas nobres da vila de Grândola. De feição senhorial, foi residência de várias famílias da governança local. Desde 1780 ostenta na sua frontaria o brasão de armas de família que foi concedido a Francisco de Paula Frayão Metello. Em 1867 a Câmara Municipal de Grândola adquiriu este edifício, por 1 conto de réis, para nele estabelecer a Administração do Concelho, a Conservatória do Registo Civil e Predial, a Repartição da Fazenda Pública e as Escolas de Ensino Primário de ambos os sexos. Desde 2004 está aqui instalado o Sector de Museu e Património Cultural do Município de Grândola. Neste momento é possível visitar na Casa Frayões Metello a exposição História Arqueológica de Grândola: vestígios e artefactos, duas salas de reservas museológicas e a reconstituição e uma sala do Ensino Primário de meados do século XX.
ROTEIRO 2 ANTIGOS PAÇOS DO CONCELHO, CADEIA DO SÉCULO XVIII E SOCIEDADE MUSICAL FRATERNIDADE OPERÁRIA GRANDOLENSE
Em 1719 os grandolenses obtiveram provisão régia e arremataram a construção dos novos Paços do Concelho, que incluíam cadeia masculina e feminina no piso térreo. A obra teve início em 1725, por ordem do corregedor da Comarca e foi custeada pelos sobejos das sisas. Contudo, os maus materiais utilizados e a imperícia dos artífices provocaram problemas graves na frontaria do edifício que, em 1729, ameaçava ruína. Verificou-se a necessidade do seu reparo, para o que obtiveram provisão régia em 1736, mas as parcas receitas do Concelho prolongaram a obra até 1743. O terramoto de 1755 provocou diversos danos no imóvel que ficou bastante arruinado. Mais uma vez, o Concelho teve dificuldade em suportar financeiramente a sua recuperação
que foi bastante morosa pois, só em 1779, mediante contribuição da Coroa, no valor 664.397 réis, se procedeu ao seu restauro. Em 1919, na sequência do restauro da Comarca de Grândola, a Câmara deliberou ceder os Paços do Concelho para a instalação do Tribunal e serviços anexos, tendo entrado num período de itinerância. Por fim, em 1937, foi adquirida a antiga residência do Dr. José Jacinto Nunes, para aí serem instalados os Paços do Concelho de Grândola. Neste espaço é possível visitar, para além das suas instalações, no âmbito das comemorações dos 50 anos da canção Grândola, vila morena e dos 40 anos do 25 de Abril, a exposição José Afonso: andarilho, poeta e cantor. Ao optar por esta visita, poderá também conhecer a sede da Sociedade Musical Fraternidade Operária Grandolense, onde José Afonso atuou em 1964. Simbolicamente fundada no 1º de Maio de 1912. De acordo com os estatutos, aprovados pela Assembleia Geral em 1928, tinha como missão a elevação cultural dos sócios, o fomento do ensino, da prática musical e a participação em actividades de recreio. Durante o período do Estado Novo foram desenvolvidas iniciativas que visavam a promoção da Liberdade e da Democracia.
ROTEIRO 3 IGREJA MATRIZ DE GRÂNDOLA E MERCADO MUNICIPAL
A construção da Igreja Matriz remonta ao séc. XV, tendo sido primeiramente dedicada a Nossa Senhora da Abendada. O imóvel encontra-se classificado como Imóvel de Interesse Público. Em 1513, na Visitação do Mestre da Ordem de Santiago, D. Jorge, é referido que a igreja era “pobre, pequena e velha” e em 1548 este ordenou a sua reconstrução e ampliação, dedicando-a a Nossa Senhora da Assunção. Igreja de estilo chão, pela simplicidade e limpidez das formas, e parcimónia de aberturas. No interior destacam-se o coro alto, a azulejaria do século XVII, os retábulos em talha dourada e a capela-mor em estilo neoclássico.
O Mercado Municipal cuja construção foi aprovada a 7 de Janeiro de 1914 por proposta do vereador João Rodrigues Pablo e que decorreu durante o ano de 1921 e prolongouse até 1936, ano em que foi arrematada a feitura da sua estrutura metálica e cobertura, embora já se encontrasse em funcionamento desde 1928. Sofreu obras de requalificação, tendo sido inaugurado em Abril de 2013.
ROTEIRO 4 MUSEU DE ARTE SACRA, UNIVERSIDADE SÉNIOR E MONUMENTO À LIBERDADE
Instalado na igreja de São Sebastião (fundada em 1578), abriu ao público em 2011 e apresenta uma exposição permanente, constituída por pintura, escultura e artes decorativas. Esta exposição, da responsabilidade do Departamento do Património Histórico e Artístico da Diocese de Beja, da Câmara Municipal e da Paróquia de Grândola, integra cerca de uma centena de obras de arte, oriundas da Igreja Matriz, das igrejas das freguesias de Azinheira dos Barros e de Santa Margarida da Serra e da Irmandade da Santa Casa da Misericórdia. Edifício datado do último quartel do século XIX, foi residência de Luís Alves Serrano (presidente da Câmara Municipal de Grândola entre 1914 e 1916), tendo no ano de 1919 servido de Paços do Concelho. O edifício onde funciona a Universidade Sénior de Grândola apresenta na sua decoração interior marmoreados e trabalhos em estuque, característicos da época e realizados por artífices locais. Este edifício foi adquirido pela Câmara Municipal na década de 1980 e desde 2008 que se encontra aqui instalada a Universidade Sénior de Grândola. O Monumento à Liberdade da autoria de Jorge vieira e inaugurado no dia 25 de Abril de 1999 é um dos monumentos evocativos desta efeméride na vila de Grândola.
ROTEIRO 5 ATUAIS PAÇOS DO CONCELHO E JARDINS DR. JACINTO NUNES E DR. JÚLIO DO ROSÁRIO COSTA
Edifício da primeira metade do séc. XVII, mandado edificar pelo Prior Barnabé Afonso Barradas, foi habitação da família Barradas de Macedo, conhecida por Morgados do Rossio. D. Maria da Natividade Paes e Vasconcelos herdou este imóvel e ao casar, em 1869, com o Dr. Jacinto Nunes transformou esta casa na residência do casal. Em 1937 foi adquirido o edifício para aí ficarem instalados os Paços do Concelho.
ROTEIRO 6 ATUAÇÃO DO GRUPO DE TEATRO DA UNIVERSIDADE SÉNIOR DE GRÂNDOLA, NO AUDITÓRIO MUNICIPAL CINE GRANADEIRO, COM A PEÇA “D. BELTRÃO QUER CASAR”
Original e encenação da professora Anália Rocha. A peça de teatro “D. Beltrão quer casar”, tenta representar o ambiente que se vivia numa aldeia em Portugal no reinado de D. Sebastião. Época conturbada pelos descobrimentos, pelo fato dos homens partirem nas caravelas e abandonarem os campos e as suas mulheres à sua sorte. Esta peça recria de uma forma cómica, as dificuldades de uma mãe, que tem uma filha em idade de casar, mas sem dote. A peça está escrita na forma de Trágico-Comédia e aproxima-se na sua representação no estilo – Gil Vicentino, referenciando também o poeta Camões.