EXPOSIÇÃO 19 de gravura “Riscar até nascer” de Teresa Cabrita
Inauguração
3 de maio 18h00 participação musical.
Matt Lester
Biblioteca Municipal de Silves 3 a 31 de maio´14
Exposição Gravura de Teresa Cabrita Sobre a exposição A gravura permite criar um universo de soluções plásticas de íntima originalidade. Descrever situações ou passagens requer sérias reflexões. No registo da memória as imagens postas são as que melhor referenciam essa vivência. A técnica da gravura é um desafio constante para a representação de formas e ideias que permanecem em nós. Cria emoções ao nível da sensibilidade, recuando ao passado, desperta e desenvolve capacidades. Mais do que qualquer outra coisa, a gravura pode ser realizada em diversos materiais, como linóleo, madeira ou metal. Ao longo da execução da composição o suporte vai permitindo todo um tipo de incisões que compõem a dita obra. Desse modo, a organização das formas, linhas, pontos e texturas depende do projeto inicial em articulação com o resultado final. Esta mostra resulta da procura interior de uma identidade em que as raízes, memórias e afetos são abraçados artisticamente num diálogo feito de mistérios, histórias, sonhos, desejos e outras inquietações. Silves, lugar de memórias, surge como um cordão imaginário que liga o passado ao presente e a interioridade à criatividade. São 17 trabalhos que acompanham o percurso estético da criadora, elaborados num arco cronológico compreendido entre 1976 e 2013/14, os quais apresentam várias técnicas mistas, como a fotogravura e a “ponta seca”, entre outras.
Sobre a artista Maria Teresa Cabrita Fernandes Cadete nasceu em Lisboa em Setembro de 1943. Órfã de mãe aos 2 anos. Vocacionada para as Artes, ingressa cedo na Escola de Artes Decorativas António Arroio, onde cursa Cerâmica Decorativa. Em 1973 termina o Curso de Pintura na Escola Superior de Belas Artes de Lisboa. Em 1975/76 obteve uma Bolsa do INIC para desenvolver estudos de gravura na Academia de Belas Artes de Bruxelas. Torna-se professora de Arte e História no Ensino Secundário (12.º ano). Entre 1980 e 1982, com uma bolsa da Fundação Calouste Gulbenkian, realiza trabalhos de pesquisa sobre estilos de pintura em várias bibliotecas e museus da Europa. Em 1984, defendeu um Mestrado em pintura mural (sécs. XV/XVI) na Universidade Nova de Lisboa. Apresentou vários estudos sobre pintura mural do século XV aos finais do Renascimento em congressos, nomeadamente em Portugal, Espanha, França, Itália e Brasil. Dedicou-se à investigação em História do Património na Galiza, onde realizou o Doutoramento na Universidade de Santiago de Compostela.