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outubro
16.º aniversário da remodelação do atual edifício — 65.º aniversário da inauguração do atual edifício
Publicado por George Orwell em 1945, A Quinta dos Animais é um texto político e satírico, mas também uma fábula sobre o modo como nos relacionamos com o outro, aqui entendido como qualquer criatura, qualquer ser com o qual se estabelece uma relação. Soma-se, a isso e em pano de fundo, o velho tema do poder, de como o poder pode ser irresistível e, em última análise, de como o poder corrompe. Nada mais atual. E nada mais transversal. Porque a luta pelo poder — do mais pequeno ao maior dos palcos — é, de facto, de todos os tempos, e porque ela começa na infância, se intensifica na adolescência e se concretiza na idade adulta, faz sentido perguntar aos mais novos: quem manda aqui? E se as crianças, que viessem ver a história de Orwel, acabassem por lhe roubar a história, e aproveitando-se do teatro, se apropriassem dessa mesma história? E se triunfassem? E se por momentos se tornassem os donos da quinta e, nós, porcos que obedecem? Foi com estas ideias que surgiu a vontade de construir um espetáculo, construído pelas crianças todos os dias, para questioná-las sobre o modo como vivemos juntos, de como nos organizamos e quais os seus perigos.
3 € (público geral) | 2 € (escolas)
50 min
M12 anos
teatro
Direção Tónan Quito Texto Inês Fonseca Santos, a partir de A Quinta dos Animais de George Orwell Interpretação Cláudia Gaiolas Cenografia F. Ribeiro Desenho de luz Daniel Worm Desenho de som Pedro Costa Produção executiva Cláudia Teixeira Produção HomemBala Coprodução LU.CA, Teatro Virgínia Parceiro institucional Garantir Cultura, Fundo de Fomento Cultural
SESSÕES ESCOLAS PÁG. Lab 42 criativo
2/OUT. SÁB. 11H00
A Quinta dos Animais
a partir de A Quinta dos Animais de George Orwell — de Tónan Quito
9/OUT. SÁB. 21H30
Rui Massena
[inserido na programação Caminhos da Pedra]
Piano Rui Massena “Preciso de voltar a ouvir as minhas canções ao piano. Já lá vão 3 álbuns e cinco anos desde que comecei este novo caminho. (…) Quero agora ouvir como o silêncio mudou, como se alterou a visão da minha própria música, como a minha alma mudou. Quanto tempo tem agora cada música, cada gesto, cada reação, cada aplauso. Senti-lo. Percebê-lo e deixar-me ir. “
Em palco, Rui Massena aborda o seu reportório de forma intimista, através de uma seleção pessoal de temas dos seus quatro discos editados, abrindo também a porta à apresentação de novas canções.
música M6 anos 75 min entrada gratuita mediante levantamento prévio de bilhete (limitado a 4 por pessoa)
Bio Maestro e diretor artístico durante 12 anos da Orquestra Clássica da Madeira, destaca-se o facto de ter sido maestro convidado principal da Orquestra Sinfónica de Roma entre 2007 e 2009 e o primeiro maestro português a dirigir na mítica sala Carnegie Hall em Nova Iorque. Depois de se ter afirmado durante anos como maestro e diretor de orquestra, Massena tem vindo a construir uma sólida carreira como compositor e pianista, traduzida nos trabalhos Solo (2015), Ensemble (2016), III (2018) e 20 PERCEPTION (2021).
16/OUT SÁB. 21H30
teatro M6 anos 90 min entrada gratuita mediante levantamento prévio de bilhete (limitado a 4 por pessoa)
Prestes a acontecer
— Auto dos Cantarinhos de António Prestes [inserido na programação VOLver]
O Auto dos Cantarinhos conta a história de um caso de bigamia. Em Lisboa, um escudeiro, omitindo ser casado, seduz uma jovem cujos pais, levados pela ambição, aceitam de bom grado o casamento que o escudeiro propõe à filha. Efetuado o matrimónio, o escudeiro decide que a única forma de se libertar da situação de bigamia que criou é assassinar a primeira mulher, para o que contará com os serviços de um seu antigo amo. No entanto, o plano é malogrado, resultando na prisão do escudeiro. Contudo, a primeira mulher decide salvar o marido, vestindo-se de homem para, numa ação transgressora, o poder libertar. Numa cena final, em que intervêm também a Justiça e a Razão, o casal é desculpado e convidado a reunir-se, celebrando o amor.
Texto António Prestes Encenação Eduardo Dias Apoio à Análise do Texto José Camões Interpretação Amélia Maia, Ângelo Castanheira, António Paixão, Dília Cunha, Hélder Azevedo, Manuela Fazenda, Matilde De Oliveira, Miguel Nunes, Nicole Cordeiro, Pedro Escarameia, Pedro Marujo, Sérgio Rodrigues, Alda Lopes Música Gonçalo do Carmo Fotografia e Vídeo Rui Bué
Bio Eduardo Dias é natural de Avanca, Aveiro. Formou-se e iniciou o seu percurso teatral com Victor Valente em 1999 na Companhia do Jogo a par de uma licenciatura em Psicologia onde aprofundou estudos em Arte-Terapia. Colaborou e colabora como ator e encenador em diversas estruturas. Atualmente dá formação em Teatro e dirige artisticamente o Alavanca, festival de teatro de Avanca a par de um mestrado em Estudos de Teatro na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.
23/OUT SÁB. 21H30
PERCUSSÃO [OFICINA] PÁG. Lab 43 criativo
Nos Tempos de Gungunhana
— Klemente Tsamba
Criação/Interpretação Klemente Tsamba Textos originais Ungulani Ba Ka Khosa Figueiredo, Apoio/assistência criativa Filipa Paulo Cintrão e Ricardo Karitsis Adereços e Figurinos Klemente Tsamba Fotografia Margareth Leite e Danilo Ferrara Produção Carla Margarida Cardoso teatro M16 anos 60 min 7,5 € (descontos aplicáveis)
Bio Klemente Tsamba nasceu em Maputo, participando desde cedo em projetos de artes performativas, integrando bandas de música tradicional africana, grupos de dança hip-hop e teatro de rua. Dedicado à pesquisa do fazer teatral antropológico, participou em vários festivais nacionais e internacionais de teatro. Ator, músico e artista-plástico, é também formado em Educação e Comunicação Multimédia e colabora há mais de duas décadas em instituições socioeducativas.
Nos Tempos de Gungunhana é uma peça baseada na tradição oral dos contadores de histórias africanos, onde um único elemento se desdobra em vários personagens e com a cumplicidade do público, retrata alguns dos episódios mágicos paralelos à vida do célebre rei tribal moçambicano Gungunhana. «Era uma vez um guerreiro da tribo Tsonga chamado Umbangananamani, que fora em tempos casado com uma linda mulher da tribo Macua, de nome Malice. Não tiveram filhos. Mas tentaram muito» este é o mote que dá início a uma série de histórias onde se relatam aspetos curiosos ligados ao reinado de Gungunhana.
27/OUT
QUARTA 21H30
música M6 anos 60 min entrada gratuita mediante levantamento prévio de bilhete (limitado a 4 por pessoa)
André Henriques
— Cajarana
Neste primeiro disco a solo, Cajarana, lançado em 2020, André Henriques estende a sua identidade, partindo sempre do texto para criar um universo musical muito próprio recheado de histórias que nos prendem até à última sílaba. Apresentado no final de 2020, no Capitólio em Lisboa, o álbum foi considerado um dos melhores de 2020 por meios como Observador, Radar, Correio da Manhã, Antena 3, entre outros.
Voz e guitarra André Henriques Baixo e Teclado Baixo, Teclado Ricardo Dias Gomes Bateria Ivo Costa Técnico de Som Ângelo Lourenço Técnico de Luz Diogo Mendes Roadie Pedro Borges
Bio Com uma carreira consistente com a sua banda «Linda Martini», André Henriques tem-se destacado pelo cuidado na escrita de canções, pela forma como subverte os alicerces da música pop, o seu constante namoro com o fado e a canção portuguesa e pelas suas letras emotivas e contundentes que encontraram eco numa geração que se apaixonou novamente pela música portuguesa.
30/OUT SÁB. 21H30
Diálogos
— Henrique Furtado Vieira
Projeto financiado por:
Bio Engenheiro em Energia e Meio Ambiente, bailarino, performer e coreógrafo, Henrique Furtado Vieira efetuou a sua formação artística em várias instituições europeias, colaborando como intérprete com artistas nacionais e internacionais. Colabora atualmente com Aloun Marchal e Chiara Taviani na criação de espetáculos/performances onde os estilos e os géneros se sobrepõem, e onde a presença vocal e a imaginação têm um lugar de destaque.
Conceção e direção artística Henrique Furtado Vieira Performance e cocriação Catarina Vieira, Leonor Mendes, Sérgio Diogo Matias Desenho de luz, direção técnica e espaço cénico Hugo Coelho – Aldeia da Luz Sonoplastia João Bento Figurinos Rita Álvares Pereira Assistente de figurinos Ana Sofia Vicente Execução de cenografia Rita Pico Olhar exterior Joclécio Azevedo Coordenação e produção Cátia Mateus Administração Vítor Alves Brotas | Agência 25 Coprodução CCB – Centro Cultural de Belém Residência de coprodução Espaço do Tempo Residências e apoio Forum Dança, O Rumo do Fumo, Pro.dança, Câmara Municipal de Lisboa/Polo Cultural Gaivotas | Boavista Agradecimentos Maria Antónia Matias, Marta Ramos, Marta Vieira, Miguel Pereira, Sofia Dias, Tânia Guerreiro, Tiago Barbosa, Tomás Mendes, Vera Mantero, Vítor Roriz
Em Diálogos, a ação dos corpos encontra múltiplas formas de organização que põem em vibração uma «conversa de chacha», dando assim visibilidade à dimensão sociológica, mas sobretudo existencial, absurda, trágico-cómica, do desempenho performativo que sustentamos na vida de todos os dias, no nosso quotidiano mais trivial. O corpo abre rachas nas palavras e mergulhamos nos abismos, nas fúrias, nos monstros, nos silêncios, nos buracos negros, nas utopias e nas distopias que palpitam dentro destes diálogos que nos parecem querer dizer «está tudo bem».