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obras
Ciclovia de Torres Novas – 1ª Fase (1) Reabilitação dos fogos de habitação social do Bairro Calçada António Nunes (1) Construção e Requalificação do Pavilhão Desportivo de Riachos (2ª Fase) (1) Reabilitação da Avenida José Loureiro Rosa e um Troço da EM 557-3 entre a Povoação de Zibreira e a Fábrica da Renova 1 (1) Zona Industrial de Riachos - Cova do Minhoto II (1) Beneficiação da E.M. 538 – Olaia – Árgea (1) Eficiência Energética - Piscinas Municipais de Torres Novas (1) Instalação da Loja do Cidadão, na Avenida Dr. João Martins de Azevedo em Torres Novas (1) Recuperação do sistema de videovigilância do Almonda Parque (4) Instalação do sistema de climatização de apoio no Convento do Carmo (4) Aluguer de máquinas para limpeza e desobstrução do Rio Almonda (4)
processos em fase de projeto
Rua da Várzea/acesso ao Nersant Novo acesso ao Centro Escolar de Olaia Ligação da rotunda de Sto. António à rotunda do Cerejal Construção da estrada do Lavradio – Brogueira Pavimentação da EM 557-3 entre a EN 243 e a povoação de Almonda Unidade de Saúde Familiar Cardillium – Torres Novas Projeto de reconstrução de muro de suporte e de construção de um anexo na margem do rio Almonda Nova instalação das oficinas do Município Balneários, campo sintético de 7 e acessibilidades no campo sintético de Torres Novas Lagar de Árgea Pista de atletismo do Estádio Municipal Percurso acessível - Rodoviária – Museu – Castelo Miradouro de S. Pedro Reabilitação do Nogueiral Terreiro de Santa Maria, Rua António Cesar Vasconcelos Correia, Largo do Salvador e acessos ao museu Habitação e áreas exteriores - gaveto da Rua Atriz Virgínia com a Rua dos Ferreiros Edifícios do Largo das Forças Armadas e travessa da Palha Apoio técnico ao projeto de musealização do Prédio Alvarenga Pavimentação da estrada da Azulada Reabilitação de Coreto na Lamarosa – Olaia Centro Escolar Sta. Maria II Fase Envolvente a Estacão Elevatória da Ribeira Ruiva - Torres Novas Orçamento Participativo - Arranjos Exteriores e Parque de Merendas - União das Freguesias de Brogueira, Parceiros de Igreja e Alcorochel - Torres Novas Pavimentação da Rua do Vale Podão entre Brogueira e Casal dos Ramos Demolição de Edifícios em Ruínas nas Lapas, junto às Grutas das Lapas Substituição do fibrocimento da cobertura dos Lourenços por chapa sandwich e outros melhoramentos Substituição dos vãos em madeira por PVC, no edifício dos Pacos do Concelho
Reparação/requalificação da fachada sul do Teatro Virgínia Reparação da antiga telescola em Pedrógão Trabalhos de manutenção de taludes do rio Almonda
(1) Empreitadas (2) Administração direta (3) Fornecimentos (4) Prestação de serviços
a voz da oposição
2021 devia ser o ano da transparência
Helena Pinto
Vereadora do Bloco de Esquerda
Este Boletim Municipal refere-se ao primeiro trimestre do ano de 2021. Em Janeiro deste ano escrevi aqui que este era o ano das interrogações e desafios. É certo que a maior interrogação continua a ser a pandemia e o desafio é ultrapassá-la e a todas as suas consequências. Não tem sido fácil, como sabemos. A vacinação avança devagar e com muitos percalços, os apoios às pessoas são insuficientes e tardam em chegar, o povo está farto de confinamento, a frustração e o desgaste instalam-se aumentando a descrença em quase tudo. A extrema-direita aguarda o momento de descontentamento mais propício para o seu aparecimento e, sem escrúpulos e utilizando os meios mais torpes, incluindo a mentira, apontar o caminho do retrocesso e a receita mais antiga – o autoritarismo, o ódio ao que é diferente, a culpa ao mais fraco. E o nosso concelho não é excepção. Este também é o ano do final do mandato autárquico e de eleições. Não se estranhe portanto que as inaugurações (chamem-se assim ou não), apareçam em todas as esquinas. Que exista um afã desproporcional do PS em mostrar trabalho. Estranha-se mesmo que durante 4 anos não tenha existido uma política regular de prestação de contas e agora exista um afã tão grande de publicar “fotografias da obra feita”. Pelo contrário, se há coisa que marcou este mandato foi o incómodo face às perguntas, a ausência de resposta a pedidos de informação, o “esquecimento” de obrigações de informação constantes da Lei, nomeadamente na área do urbanismo.... É tempo de prestar contas. Da minha parte assim farei, embora, ao longo do mandato, tenha sempre divulgado as posições que assumi em nome do Bloco de Esquerda. Foi com agrado que sempre recebi as reações positivas e de apoio, assim como as críticas. Fomos aprendendo. Para mim, neste ano, é fundamental que exista avaliação do que se fez, do que não se fez, assunção das prioridades que os partidos defenderam e das propostas que apresentaram. Só assim o debate acontece e se confrontam os projectos para o concelho. Têm surgido casos a mais sobre a falta de transparência nos procedimentos dentro da Câmara Municipal, nos ajustes directos e mesmo em concursos públicos. Existem suspeitas a precisar de serem esclarecidas. Bem sabemos que é ano de eleições e pode ser muito fácil escrever num papel uma denúncia. Bem sabemos que existe o “diz que disse” e que muitas situações são exageradas por passarem de “boca em boca”. Sabemos tudo isso. Mas também sabemos que quem não deve não teme. Também sabemos que a corrupção é uma realidade no nosso país e que a percepção das pessoas aponta o dedo a quem exerce cargos políticos. Por isso só existe um caminho – abrir as portas, tornar tudo transparente, responder a todas as perguntas. Se o ano de 2021, último ano do mandato, fosse o ano da transparência, ganhávamos todos, mas sobretudo a Democracia.
“Todos devemos desejar que os equipamentos culturais ainda em fase de obra e os demais já existentes sejam no futuro centros de cidadania, de conhecimento, de aprendizagem e de divulgação”.
O atual mandato autárquico aproxima-se do fim. Como é natural, obras de maior grandeza em curso no município de Torres Novas, aproximam-se igualmente da sua fase final. Assim e muito em breve a comunidade de Torres Novas bem como toda as outras que nos rodeiam terão disponíveis dois novos equipamentos – Central do Caldeirão e o denominado Prédio Alvarenga – cuja envergadura pode potenciar a afirmação de Torres Novas como importante pólo regional em múltiplas vertentes de cultura. Torres Novas com cerca de 35 000 habitantes é de acordo com classificação publicada no Anuário Financeiro dos Municípios Portugueses, um município de média dimensão, isto é, com população superior a 20 000 habitantes e inferior ou igual a 100 000 habitantes. Ainda assim, longe em termos populacionais de outros Municípios, muitos dos quais capitais de distrito. Mas na verdade, e sem prejuízo de nesta classificação sermos um “pequeno” município de média dimensão, ficaremos em termos de equipamentos culturais dotados de uma capacidade única de afirmação no panorama regional. É fundamental, por isso, pensar, consolidar e construir, novas ideias para o aproveitamento de todos os equipamentos culturais do concelho de Torres Novas. Uma discussão que envolva todos os partidos políticos representados na autarquia torrejana, que envolva todos os agentes culturais, toda a comunidade.
Conseguir, após tal discussão, afirmar uma cidade e um concelho que acolha e desenvolva as diferentes e múltiplas vertentes culturais, não negligenciando a definição de um espaço próprio para a divulgação daquilo que é nosso e da nossa terra.
Na prática deixar aqui expresso o desejo de que se possa assumir em Torres Novas, possibilitando-se a contribuição de todos, de uma política cultural mais abrangente. João Quaresma Oliveira
Vereador do PSD
Para além dos próprios equipamentos haverá que identificar com critério, e acolher, com abertura, iniciativas e projetos de mérito, apoiando os diversos agentes culturais do nosso concelho. Há também que apostar nas redes colaborativas e nas parcerias que racionalizam recursos, potenciam sinergias e promovem contactos e oportunidades, a exemplo do que o Museu Municipal Carlos Reis fez ao aderir recentemente às associações APOM (Associação Portuguesa de Museologia) e NEMO (Network of Museum Organisation). Tudo isto para ser acessível ao maior número de pessoas, pois esta é uma boa e nova oportunidade para, através de todos os equipamentos culturais integrados na comunidade Torrejana, se poder incrementar a oferta de novos projetos educativos, ambiciosos e inovadores, apostar nos agentes culturais do concelho e fazer de Torres Novas um importante e grande município no panorama regional e nacional na área da cultura.
Para tanto e de futuro há igualmente que pensar na forma de investir, articulando a câmara municipal, as freguesias e as entidades associativas. Será fundamental apoiar o trabalho desenvolvido por artistas, curadores, produtores entre outros, o qual deve ser valorizado. Concluindo, o concelho de Torres Novas, tem um passado e um presente que nestes novos equipamentos se podem encontrar e que neste encontro podem contribuir para um futuro bem melhor.
Haja vontade nesse sentido e que todos nós possamos contribuir.
Espaço editorial disponibilizado às forças políticas representadas nos órgãos municipais
(Diretiva 1/2008 – sobre publicações periódicas autárquicas – da Entidade Reguladora para a Comunicação Social)
Estar preparado para a mudança é estar preparado para o futuro.
Gonçalo Reis
Eleito pelo CDS na Assembleia Municipal
Um ano após o início da pandemia, situação nova para todos, continuamos com um futuro incerto oriundo de uma total falta de estratégia em termos de mudança e com uma postura e um comportamento reativo que nos inibe de acompanharmos e adaptarmos à nova realidade. Que futuro queremos para o nosso concelho? O que temos definido como objetivos estratégicos? Que planeamento existe para tentar mitigar os impactos futuros? De uma forma global acabamos por ter mais ameaças que oportunidades, em parte devido a sermos desprovidos de capacidade de projetar ideias para o futuro, de decisões executadas em espaços de tempo cada vez mais reduzidos e de tempo de resposta ser cada vez menor. Como podemos dar resposta, em tempo útil, às solicitações dos munícipes se não mudarmos a forma de trabalhar, de comunicar, de apoiar? Que processos e procedimentos foram agilizados? Continuamos a utilizar, repetidamente, os mesmos métodos, no mesmo tempo, nos mesmos canais e num contexto completamente desconhecido e esperamos resultados diferentes. Mahatma Gandhi dizia “temos de nos tornar na mudança que queremos ver” Mais que ideias avulsas e impulsivas, necessitamos que sejam definidos objetivos concretos e sustentáveis para aproximar os munícipes das opções políticas locais incentivando uma cidadania participativa, ativa e responsável voltada para as pessoas. O importante não é a cor ou partido, mas sim as pessoas. Da análise do orçamento municipal para este ano concluímos que não existe dotação orçamental específica voltada para a resposta económica, social, cultural que se exige em virtude das consequências da pandemia. No que diz respeito à Saúde veremos se as verbas estão ajustadas. O que fazer com as matérias que não são do foro local (hoje), mas são fundamentais, no futuro, para o desenvolvimento do concelho? Estaremos preparados quando a transferência de competências for uma realidade? Teremos planeado antecipadamente e de forma proactiva, ou teremos novamente uma postura reativa ou até mesmo de negação? O que está definido/projetado/equacionado por exemplo para mitigar o impacto do desemprego? Temos alguma estratégia para a requalificação profissional? Como vamos garantir que as coletividades, os clubes, o associativismo no geral consegue manter a sua preciosa atividade? Muitas outras perguntas ficam por fazer, mas existe uma resposta inequívoca, o município e os munícipes não vivem só de obras de um qualquer programa eleitoral ou orçamento municipal. “Não há nada de errado com aqueles que não gostam de política, simplesmente serão governados por aqueles que gostam.” Platão
Nuno Guedelha e Cristina Tomé
Eleitos pela CDU na Assembleia Municipal
Dias úteis mesmo se a dor nos fizer frente a alegria é de repente transparente quem a não receberia?
Sérgio Godinho
A realidade mundial neste último ano tem sido dominada pela pandemia do COVID–19 que veio alterar, de forma significativa, a forma como vivemos em sociedade. Não é novidade que em Torres Novas, ao longo deste último ano, foram muitos os constrangimentos que se colocaram às atividades económicas, sociais, políticas e culturais. A vida mudou.
O Município viu as suas atividades condicionadas por esta nova realidade e a vida teve que se adaptar às recomendações da Direção Geral de Saúde, às imposições decorrentes dos Planos de Confinamento e dos sucessivos Estados de Emergência que têm vindo a ser decretados. Perante este cenário a maioria que governa o executivo municipal tem optado, muitas vezes, por ir além das regras impostas. Lamentavelmente, na ótica da CDU, a opção de quem gere o Município tem sido de encerrar o que não é preciso encerrar; limitar a ocupação de equipamentos públicos além do que as normas exigem; abdicar de desenvolver atividades que nesta fase (mais do que nunca) seriam essenciais para ajudar alguns pilares a exercer o seu papel social.
Não se nega o carácter da doença nem a necessidade das medidas sanitárias para evitar o contágio e manter o controle da situação. Mas a resposta municipal à doença não pode ser o encerramento dos seus equipamentos públicos nem a demissão do seu papel dinamizador na economia, na cultural, no desporto e no recreio. Ao fazê-lo desta forma, subordinando-se à palavra de ordem de “é tudo para fechar”, quem gere os destinos do Município está a somar novos problemas ao problema da doença, contribuindo para agravar as consequências da pandemia. A realização, no verão passado, de algumas atividades culturais que tiveram lugar em Torres Novas só aconteceu porque alguns agentes culturais tiveram o arrojo de demonstrar que era possível a sua concretização respeitando, ao mesmo tempo, todas as normas de segurança. Infelizmente a maioria que governa o Município parece continuar tolhida pelo medo. A programação cultural não se pode ficar pela mera transmissão online de espetáculos que foram realizados no Teatro Virgínia antes da pandemia. Nada impede o Município de retomar a sua programação fazendo, por exemplo, transmissões ao vivo das atividades de diferentes agentes culturais locais em diferentes auditórios. Pode fazê-lo até de forma descentralizada pelas diferentes freguesias do concelho. Vem aí a Primavera. Se houver vontade, com imaginação, criatividade e também trabalho é possível ao Município assumir o seu importante papel na dinamização social de Torres Novas. Se houver vontade é possível retomar com segurança a vida cultural, desportiva, recreativa e associativa. Há inúmeras formas seguras de concretizar essa vontade. O Município de Torres Novas encontrará sempre na CDU e nos seus eleitos a disponibilidade para a apresentação das propostas que devolvam aos Torrejanos de todo o concelho o direito a retomar a vida.
Viver de novo? Sim, pelo direito comum à alegria!