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˙n.º 55˙ABRIL.MAIO.JUNHO Boletim trimestral do Ecomuseu Municipal do Seixal
ecomuseu informação MAIO PATRIMÓNIO 15 A 18 MAIO 2010 Sérgio Godinho actuará no Moinho de Maré de Corroios, na Noite dos Museus (15 de Maio) Mais informação na pág.9
© Rita Carmo.
Consulte o programa no site do ecomuseu
DIA NACIONAL DOS MOINHOS 7 ABRIL 2010 Mais informação na pág.9
Núcleo do Moinho de Maré de Corroios do EMS © EMS/CDI, João Almeida, 2009.
VISITE O ECOMUSEU NÚCLEOS NAVAL, MUNDET E MOINHO DE MARÉ DE COrROIOS
Núcleo Naval do EMS © EMS/CDI, Rosa Reis, 2005.
Exposições e Programa de Iniciativas de Serviço Educativo consulte págs. 3 e 4 e em www.cm-seixal.pt/ecomuseu
2 ˙ECOMUSEU INFORMAÇÃO˙n.º 55˙ABR.MAI.JUN
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ÍNDICE 2 EDITORIAL
Nova etapa de um percurso com história, na dinâmica do presente e com o olhar no futuro . Jorge Raposo 3˙4 exposições
Programa de iniciativas de serviço educativo DESTAQUES:
5˙6 ˙7˙8 9
Dia Nacional dos Moinhos | Maio Património Encontro Património Cultural, a Cortiça e os Museus | 7.º Congresso do European Maritime Heritage 10˙11
CENTRO DE DOCUMENTAÇÃO E INFORMAÇÃO
Sugestões bibliográficas de periódicos especializados em Museologia . Ana Machado 12˙13˙14˙15
conhecer
Pioneiros da aviação em Portugal: experiências aeronáuticas no concelho do Seixal . João Paulo Santos 16˙17˙18
carta do património do concelho do seixal
A Quinta do Castelo, um legado de Nuno Álvares Pereira . Ana Cláudia Silveira
Agenda Núcleos e serviços do EMS
19˙ 20˙
EDITORIAL NOVA ETAPA DE UM PERCURSO COM HISTÓRIA, NA DINÂMICA DO PRESENTE E COM O OLHAR NO FUTURO Inesperadamente, a transição entre os anos 2009 e 2010
mas também a público juvenil e adulto, isoladamente ou
marcou o percurso histórico e institucional do Ecomuseu
em contexto familiar.
Municipal do Seixal (EMS), que agora inicia nova etapa,
Alguns eventos particulares são anunciados, nomeada-
onde se procurarão manter e melhorar as condições de
mente os que celebrarão o Dia Nacional dos Moinhos,
cumprimento da sua missão de identificar, documentar,
a 7 de Abril, e os complementares Dias dos Moinhos
estudar, preservar, valorizar e divulgar o património mate-
Abertos (10 e 11 de Abril), ou o conjunto da Noite dos
rial e imaterial relacionado com o território do Seixal, per-
Museus, do Dia Internacional das Histórias de Vida e do
mitindo que o mesmo seja um factor de desenvolvimento
Dia Internacional dos Museus, que coincide com a data
equilibrado e ganhe relevo no contexto da permanente
de aniversário do EMS, todos inseridos no programa Maio
transformação e recriação das identidades locais.
Património, que se desenrolará entre 15 e 18 de Maio.
Sem alienar o elevado capital simbólico entretanto gran-
Preparam-se também encontros internacionais sobre o
jeado a nível nacional e internacional, o EMS manter-
universo cultural corticeiro, em Julho, e o património flu-
-se-á fiel aos princípios e práticas de intervenção que
vial e marítimo, em Setembro, no âmbito da participação
justificaram essa distinção, procurando rentabilizar da
municipal na Rede Europeia de Territórios Corticeiros e no
melhor forma os recursos colocados à sua disposição
European Maritime Heritage, respectivamente.
pela Câmara Municipal do Seixal, quer do ponto de vista
O debate e actualização destas e de outras temáti-
financeiro e orgânico, quer dos recursos humanos e da
cas é também proporcionado, tanto à equipa do EMS
rica experiência nestes acumulada, essencial para que
como aos utilizadores do seu Centro de Documentação
se mantenham padrões de qualidade nas várias funções
e Informação, pela incorporação regular de monografias
museais.
e periódicos especializados, fundamentais para acompa-
Nos primeiros meses de 2010, desenvolveram-se e
nhar a actualidade museológica nacional e internacional.
conheceram novo impulso processos tendentes a refor-
Por outro lado, a investigação multidisciplinar realizada
çar a equipa técnica permanente do EMS, e também a
no EMS permite dar agora a conhecer a relação do conce-
requalificar a sua estrutura descentralizada, no âmbito da
lho do Seixal com algumas das experiências pioneiras da
programação museológica associada aos vários núcleos
aviação em Portugal (1912-1913), envolvendo o construtor
e extensões e da oferta que estes poderão futuramente
amador e modelista João Gouveia e o aviador D. Luís de
disponibilizar a públicos diversificados.
Noronha, falecido na sequência de trágico acidente ocor-
Os resultados daí decorrentes terão tradução regular
rido sobre a Ponta dos Corvos.
nas páginas deste boletim, onde, para já, se divulgam as
Permite ainda divulgar mais um dos imóveis integrados na
ofertas mais imediatas, com realce para as exposições
Carta do Património do Seixal, no caso a Quinta do Castelo
de longa duração e temporárias patentes no Núcleo
(Corroios), com fortes ligações a Frei Nuno de Santa Maria,
da Mundet, no Núcleo Naval e no Moinho de Maré de
o Condestável recentemente canonizado. Doada por este
Corroios. Merecem ainda realce a exposição temporária
ao Convento do Carmo, em 1404, viria a ser vendida em
sobre a olaria romana da Quinta do Rouxinol (Corroios),
hasta pública em 1834, sendo desde então propriedade
resultante de parceria entre o EMS e o Museu Nacional
privada. Integra elementos arquitectónicos e escultóri-
de Arqueologia e exposta neste último, já com mais de
cos relevantes, incluindo a capela dedicada a N.ª Sr.ª do
100 mil visitantes, bem como a itinerância da exposição
Carmo, lagares de vinho e de azeite e outras estruturas
Moinhos de Maré do Ocidente Europeu, em Portugal e em
de uso agrícola. Infelizmente, encontra-se em estado de
França, na sequência de projecto internacional coordena-
abandono e de ruína parcial. É, no entanto, testemunho
do pelo Ecomuseu.
material de memória que importa conhecer e registar,
A comunicação expositiva é devidamente acompanhada
principalmente se o futuro a condenar ao desaparecimen-
por intenso e sistemático programa de iniciativas de
to, na voragem das transformações contemporâneas.
serviço educativo, dirigido a público escolar, ATL e outros grupos organizados, não apenas do concelho do Seixal,
Jorge Raposo
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EXPOSIÇÕES
ECOMUSEU INFORMAÇÃO
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Veja horários na página 20. Para mais informações, consulte também o site www.cm-seixal.pt/ ecomuseu. Todas as exposições são complementadas por iniciativas de interpretação e exploração didáctica (ver Programa de Iniciativas de Serviço Educativo, pp. 5-8).
Núcleo da MUNDET do EMS Exposição de longa duração
Quem diz cortiça diz Mundet, quem diz Mundet diz cortiça Edifício das Caldeiras Babcock & Wilcox A produção de vapor para a fábrica Edifício das Caldeiras Cozer Cortiça A cortiça na fábrica: a preparação As Caldeiras Babcock & Wilcox integravam a oficina de produção do vapor necessário à preparação e à transformação da matéria-prima. Noutro edifício, as Caldeiras dos Moços permitiam cozer pranchas de cortiça, operação indispensável ao processamento da matéria-prima para as suas várias aplicações, desde a laminagem para papel, ao fabrico de rolhas. Exposição temporária
Cortiça ao milímetro Edifício das Caldeiras Babcock & Wilcox Exposição do Ecomuseu Municipal do Seixal sobre um dos produtos de referência da Mundet, o papel de cortiça, que mobilizou centenas de trabalhadores na fábrica do Seixal, principalmente ao longo da época em que era largamente utilizado pela indús-
Núcleo da Mundet do EMS, Edifício das Caldeiras de Cozer Cortiça © EMS/CDI, António Silva, 2008.
tria tabaqueira. A exposição Cortiça ao Milímetro interpreta o funcionamento da oficina de fabrico desse tipo de papel, com base nas máquinas e nas memórias dos antigos trabalhadores, e apresenta aos visitantes a grande diversidade dos produtos elaborados na Mundet, a partir de finíssimas folhas de cortiça laminada.
Núcleo NAVAL do EMS
Exposição de longa duração
Barcos, Memórias do Tejo Uma colecção de modelos dá a conhecer as principais embarcações tradicionais do estuário do Tejo, tanto para pesca como para tráfego local de pessoas e bens. Para além da apresentação detalhada das diversas tipologias de embarcações e das suas funções, os contextos de trabalho são documentados e interpretados através de recursos museográficos diversos, incluindo multimédia.
Exposição temporária na Oficina do Núcleo Naval
Modelismo naval no Ecomuseu Municipal do Seixal Como e por que se constrói um modelo? O programa do Ecomuseu Municipal do Seixal no âmbito do modelismo naval assenta no equipamento da Oficina do Núcleo Naval, com várias ferramentas de precisão, na integração na sua equipa científica e técnica de um especialista e formador neste campo (Carlos Montalvão) e num plano de iniciativas abarcando a formação. Aqui pode aprender mais sobre os barcos do
Núcleo Naval do EMS © EMS/CDI, António Silva, 2008.
Tejo e a sua construção, frequentando um dos cursos de formação em modelismo naval. A exposição documenta as três fases de construção de um modelo: 1.ª, do papel à madeira; 2.ª, o domínio da forma; 3.ª, a execução do convés e dos aprestos. Pode também obter mais informação sobre o tema através da Internet: www.cm-seixal.pt/ecomuseu ou http://curso-enviada-do-seixal.blogspot.com/
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Núcleo do moinho de maré de corroios do ems
Exposição de longa duração
600 anos de moagem no moinho de Maré de corroios O Moinho de Maré de Corroios, edificado em 1403 por iniciativa do Santo Condestável Nuno Álvares Pereira, constitui um exemplo do aproveitamento da energia das marés, cuja aplicação à actividade moageira no estuário do Tejo teve lugar a partir do século XIII. Através da exposição, que integra diversos recursos multimédia, interpretam-se a história deste edifício e a relação com o espaço geográfico em que se insere, assim como os princípios tecnológicos que regem o seu funcionamento, exemplificado através de um modelo virtual animado, em 3D.
Núcleo do Moinho de Maré de Corroios do EMS © EMS/CDI, António Silva, 2009.
no museu nacional de arqueologia, em lisboa Exposição temporária
Quinta do Rouxinol: uma olaria romana no estuário do Tejo [Corroios, Seixal] Ainda pode visitar no Museu Nacional de Arqueologia (Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa), uma exposição que resulta de parceria entre este museu e o Ecomuseu Municipal do Seixal, com o apoio do Instituto dos Museus e da Conservação, IP. Contextualizado o sítio arqueológico e a investigação nele realizada, são interpretadas e apresentadas as estru-
turas detectadas na olaria romana da Quinta do Rouxinol (séculos II-V), as respectivas produções cerâmicas e os materiais exógenos que ilustram a sua integração nos circuitos comerciais de longa distância, à época. Com uma forte componente etnográfica e antropológica sobre a olaria tradicional portuguesa, a exposição integra ainda proposta de restituição, à escala natural, de um dos fornos cerâmicos da olaria do Rouxinol, a par de animação virtual tridimensional sobre os seus aspectos construtivos e modo de funcionamento.
em circulação pela europa Exposição itinerante
Moinhos de Maré do Ocidente Europeu
MOINHOS DE MARÉ
no Ocidente Europeu www.cm-moita.pt
21 DE FEVEREIRO a 2 DE MAIO DE 2010
Domingos das 14:30h - 18:30h | Moinho de Maré - ALHOS VEDROS
A exposição “Moinhos de Maré no Ocidente Europeu” foi organizada no âmbito do Programa Cultura 2000 da Comissão Europeia, sob a coordenação do Ecomuseu Municipal do Seixal e com a colaboração de mais 20 instituições.
Nº 71/10 - DIRP/CMM
No decurso deste trimestre, a exposição itinerante Moinhos de Maré do Ocidente Europeu, resultante de uma parceria internacional desenvolvida pelo Ecomuseu Municipal do Seixal, continuará em circulação, encontrando-se agendada a sua apresentação no Moinho de Maré de Alhos Vedros (Moita, Portugal, até 2 de Maio), no Centro de Ciência Viva de Lagos (Algarve, Portugal, entre 7 de Maio e 7 de Junho), e no Palais des Arts, em Vannes (Bretanha, França, durante o mês de Abril). Mais informações sobre a exposição e o projecto que a enquadra encontram-se disponíveis no site www.moinhosdemare-europa.org.
Exposição
© Câmara Municipal da Moita, 2010.
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programa de iniciativas dE serviço educativo No Núcleo do Moinho de Maré de Corroios do EMS
ECOMUSEU INFORMAÇÃO
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Pode obter mais informações ou inscrever-se no Programa de Iniciativas de Serviço Educativo pelo telefone,
por
correio
electrónico,
nomeadamente
através do site do Ecomuseu (secção Serviço Educativo / Iniciativas) – ver contactos e horário de atendimento na última página –, ou através da ficha distribuída como anexo à edição impressa deste boletim.
Visitas temáticas UM PERNA-LONGA NO MOINHO Um perna-longa, D. Nuno Álvares Pereira, um moleiro e a sua neta são as personagens de um teatro de fantoches. Querem descobrir com eles o Moinho de Maré de Corroios? Destinatários: Pré-escolar e 1.º ciclo do ensino básico Datas e horários: às 4.as e 5.as feiras, das 10h às 12h
ou das 14.30h às 16.30h Destinatários: público juvenil e adulto /famílias Datas e horários: 25 de Abril e 15 de Maio, às 15h
© EMS/CDI, Dulce Ferreira, 2009.
Ateliês O TEU POSTAL ILUSTRADO A partir de fotografias existentes no Centro de Documentação e Informação do Ecomuseu, convidamos os participantes a elaborar um postal ilustrado para comemorar o Dia Nacional dos Moinhos. Destinatários: Pré-escolar e 1.º ciclo do ensino básico Datas e horários: 7 de Abril, das 10h às 12h ou das 14.30h às 16h
Palestras do Moinho CORROIOS: UM MOINHO ABERTO AO FUTURO O Dia Nacional dos Moinhos será assinalado no Moinho de Maré de Corroios através da apresentação pública dos projectos em curso no imóvel e na sua envolvente, por iniciativa municipal e com o apoio do Instituto Hidrográfico (ver programa em www.cm-seixal.pt/ecomuseu). Destinatários: técnicos municipais, comunidade
educativa, amigos e doadores do Ecomuseu Datas e horários: 7 de Abril, às 17.30h
Ateliês QUEM AO MOINHO VAI, A PINTAR SAI Garças, flamingos, mouchões, arcos, mós, rodízios, cereais… Visitar o moinho e observar a paisagem que o rodeia são inspiração para pintar num mural de papel. Destinatários: Pré-escolar e 1.º e 2.º ciclos do
No Núcleo da Olaria Romana da Quinta do Rouxinol
ensino básico Datas e horários: às 4as e 5as feiras, das 10h às 12h
ou das 14.30h às 16.30h Destinatários: público juvenil e adulto / famílias Datas e horários: 27 de Junho, às 17h © EMS/CDI, Ana Machado, 2010.
Visitas temáticas DOMINÓ DOS CEREAIS O trigo, o milho, o centeio e muitos outros são cereais para ver, tocar e conhecer, jogando ao dominó na exposição 600 Anos de Moagem no Moinho de Maré de Corroios. Destinatários: 1.º e 2.º ciclos do ensino básico Datas e horários: às 4.as e 5.as feiras, das 10h às 12h ou das 14.30h às 16.30h
Visitas temáticas BARRO, LENHA E ÁGUA: OS FORNOS ROMANOS DA QUINTA DO ROUXINOL Visita guiada aos fornos romanos da Quinta do Rouxinol, classificados como Monumento Nacional, no âmbito da Feira das Plantas 2010, a decorrer no Viveiro Municipal, por iniciativa da Divisão de Espaços Verdes da Câmara Municipal do Seixal. Destinatários: público juvenil e adulto/famílias Datas e horários: 10 de Abril, às 14h e às 16h
6 ˙ECOMUSEU INFORMAÇÃO˙n.º 55˙ABR.MAI.JUN No Núcleo da Mundet do EMS
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No Núcleo Naval do EMS
Ateliês FAZER UM ÁLBUM FOTOGRÁFICO Um álbum fotográfico guarda momentos e recordações e tem muitas histórias para contar. Vamos fazer um com fotografias do concelho do Seixal e ficar a conhecer um pouco mais do seu património.
Ateliês ESTALEIRO DE BRINCADEIRAS Num antigo estaleiro naval, pequenos carpinteiros, calafates, pintores e mestres de velas procuram, experimentam e arrumam as suas ferramentas num loto. Destinatários: Pré-escolar e 1.º ciclo do ensino
Destinatários: Pré-escolar e 1.º ciclo do ensino básico
básico Datas e horários: às 4.as e 5.as feiras, das 10h às 11h ou das 14.30h às 15.30h
Datas e horários: 14 e 15 de Abril, 5 e 6 de Maio, 2
de Junho, das 10h às 12h ou das 14.30h às 16.30h
Ateliês HOJE É DIA DE FESTA: UM POSTAL PARA O MUSEU A partir de fotografias existentes no Centro de Documentação e Informação do Ecomuseu, convidamos os participantes a elaborar um postal ilustrado para comemorar o Dia Internacional dos Museus e o 28.º aniversário do Ecomuseu Municipal do Seixal. Destinatários: Pré-escolar e 1.º ciclo do ensino básico Datas e horários: 18 de Maio, das 10h às 12h ou
das 14.30h às 16h
© EMS/CDI, João Martins, 2005.
Ateliês DANÇA DOS BARCOS Ateliês DESCOBERTAS MATEMÁTICAS NA MUNDET Exploração de espaços e recursos museológicos na antiga fábrica de cortiça Mundet (mata e edifício das caldeiras Babcock), realizando actividades matemáticas, como, por exemplo, calcular o diâmetro do tronco ou a área da copa de um sobreiro, ordenar as fases de transformação da cortiça ou classificar as formas geométricas de produtos corticeiros. Destinatários: 1.º ciclo (só 4.os anos) e 2.º ciclo do
ensino básico Datas e horários: às 4.as e 5.as feiras, das 10h às 12h ou das 14.30h às 16.30h
Vamos descobrir quantos mastros tem uma fragata, para que servia um bote-de-tartarenha, quantos triângulos há nas velas de um catraio, pintando e dançando ao som da canção Que Linda Falua? Destinatários: 1.º e 2.º ciclo do ensino básico Datas e horários: às 4.as e 5.as feiras, das 10h às 12h ou das 14.30h às 16.30h
Visitas temáticas QUIZ DE BARCOS Exploração lúdica e didáctica da exposição Barcos, Memórias do Tejo, através de fichas–questionário (tipo quiz) que abordam vários dos seus núcleos temáticos. Destinatários: 3.º ciclo do ensino básico Datas e horários: às 4.as e 5.as feiras, das 10h às
12h ou das 14.30h às 16.30h
Visitas temáticas JOGANDO A PARES Exploração da exposição Barcos, Memórias do Tejo, a partir de um jogo de pista realizado a dois e com o objectivo de encontrar os pares de objectos, de palavras e de conceitos relacionados com a construção naval e as embarcações tradicionais do estuário do Tejo. © EMS/CDI, Carla Costa, 2009.
Destinatários: 2.º e 3.º ciclos do ensino básico Datas e horários: às 4.as e 5.as feiras, das 10h às
Visitas temáticas O RATINHO DE CORTIÇA
12h ou das 14.30h às 16.30h
Um ratinho mágico e outras personagens de um teatro de fantoches andam à solta na antiga fábrica Mundet. Juntem-se a eles para descobrir de onde vem, como se trabalha e para que serve a cortiça.
Destinatários: Pré-escolar e 1.º ciclo do ensino básico Datas e horários: às 4.as e 5.as feiras, das 10h às 12h ou das 14.30h às 16.30h Destinatários: público juvenil e adulto/famílias Datas e horários: 11 de Abril, às 15h
Ateliês APRENDER A FAZER… PINTURA TRADICIONAL DE BARCOS DO TEJO No âmbito do programa MAIO PATRIMÓNIO, as decorações que ainda hoje se vêem nos barcos do Tejo serão a inspiração para criarem e pintarem os vossos próprios motivos decorativos. Destinatários: público juvenil e adulto/famílias Datas e horários: 16 de Maio, às 15h
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No bote-de-fragata Baía do Seixal
ECOMUSEU INFORMAÇÃO
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Ateliês NÓS E O RIO Passeios no Tejo em embarcação tradicional à vela, onde, com o apoio da tripulação, os jovens participantes aprendem a fazer diversos nós de marinheiro: nó direito, nó de trempe, nó de pescador, entre outros.
Passeio temático DE BARCO, DO SEIXAL AO BARREIRO Passeio no Tejo a bordo do bote-de-fragata Baía do Seixal, com um percurso entre o Seixal e o Barreiro, incluindo uma visita a pé pelo centro histórico desta cidade. Esta iniciativa conta com o apoio da Câmara Municipal do Barreiro.
Destinatários: Ensinos básico e secundário
Destinatários: público juvenil e adulto/famílias
Datas e horários: 8, 13, 14, 22, 23 e 27 de Abril; 7,
Data e horário: 11 de Abril, das 9h às 15.30h
13, 14, 19, 20, 27 e 28 de Maio; 2, 15, 17, 18, 21 e 25 de Junho, em diversos horários
Ateliês DESCOBERTAS MATEMÁTICAS NO BOTE-DE-FRAGATA Exploração matemática de passeio num barco tradicional do Tejo, focando aspectos relacionados com a navegação e realizando actividades com base nos motivos decorativos, moitões, cadernais e outros elementos existentes a bordo.
Passeio temático DE BARCO, DO SEIXAL AO PARQUE DAS NAÇÕES (LISBOA) Passeio no Tejo a bordo do bote-de-fragata Baía do Seixal, com um percurso entre o Seixal e Lisboa, onde os participantes poderão assistir ao Festival do Parque das Nações, a decorrer na marina. Destinatários: público juvenil e adulto/famílias Data e horário: 22 de Maio, das 9h às 12h
Destinatários: 1.º ciclo do ensino básico
(só 4.os anos) Datas e horários: 8, 13, 14, 22, 23 e 27 de Abril; 7,
13, 14, 19, 20, 21, 27 e 28 de Maio; 2, 15, 17, 18, 21 e 25 de Junho, em diversos horários
Passeios temáticos PERNA-LONGA VOA, VOA, DO SEIXAL A CORROIOS Um perna-longa perdeu-se na Baía do Seixal e não consegue encontrar o caminho de volta até ao Moinho de Maré de Corroios. Vamos ajudá-lo e mostrar-lhe o caminho até lá, fazendo um passeio no bote-de-fragata? Destinatários: Pré-escolar, 1.º e 2.º ciclos do
ensino básico Datas e horários: 28 e 29 de Abril, em diversos horários
© EMS/CDI, João Martins, 2008.
Passeio temático DE BARCO, DO SEIXAL AO GINJAL Passeio no Tejo a bordo do bote-de-fragata Baía do Seixal, com um percurso entre o Seixal e Cacilhas, visitando a pé a zona ribeirinha do Ginjal e o Museu Naval, em Olho de Boi. Esta iniciativa conta com os apoios da Câmara Municipal de Almada e do Centro de Arqueologia de Almada. Destinatários: público juvenil e adulto/famílias Data e horário: 30 de Maio, das 10.30h às 17h
No varino Amoroso © EMS/CDI, António Silva, 2005.
Passeios temáticos MMC – MAIS MOINHOS PARA CONHECER Passeio de barco pela Baía do Seixal, para observação e interpretação dos moinhos de maré existentes no concelho, terminado com desembarque e visita ao Moinho de Maré de Corroios. Destinatários: 3.º ciclo do ensino básico e ensino
secundário Datas e horários: 28 e 29 de Abril, em diversos
horários
Passeios temáticos TRIPULAR UMA EMBARCAÇÃO TRADICIONAL DO TEJO Passeios no Tejo em embarcação tradicional à vela, podendo os participantes experimentar diversas manobras a bordo, com o apoio da tripulação. Destinatários: público juvenil e adulto/famílias Datas e horários: 24 de Abril, das 11h às 14h; 26 de Junho, das 14.30h às 17.30h
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Passeios temáticos HISTÓRIAS DE VIDA A BORDO DE UM VARINO Antigos arrais, construtores navais, moleiros e operários irão partilhar as suas memórias, num passeio no Tejo que comemora o Dia Internacional das Histórias de Vida. Destinatários: público juvenil e adulto/famílias
Visitas temáticas A PÉ PELO SEIXAL Percurso a pé pelo núcleo urbano antigo do Seixal, para observação, exploração e interpretação dos testemunhos mais relevantes da sua história e património.
Datas e horários: 16 de Maio, das 15h às 18h
ciclos do ensino básico Datas e horários: de 3.ª a 6.ª feira, das 10h às 12h ou das 14.30h às 16.30h
Na Extensão do EMS na antiga Fábrica de Pólvora de Vale de Milhaços
Local: Núcleo urbano antigo do Seixal Destinatários: 1.º ciclo (só 4.os anos), 2.º e 3.º
Fora do Concelho
Visitas temáticas AO SOM DO APITO, PIQUENIQUE NA FÁBRICA Ao som do apito, e no âmbito do programa MAIO PATRIMÓNIO 2010, visita ao Circuito da Pólvora Negra da antiga Fábrica de Pólvora de Vale de Milhaços e piquenique à sombra das suas árvores centenárias. Destinatários: Escolas e população do concelho Datas e horários: dia 17 de Maio, das 14.30h às 16.30h
Visitas temáticas CIRCUITO DA PÓLVORA NEGRA Exploração e interpretação do Circuito da Pólvora Negra da antiga Fábrica de Pólvora de Vale de Milhaços,
© EMS/CDI, Carla Costa, 2009.
incluindo o edifício das caldeiras e da máquina a vapor, funcionamento por antigos operários, no âmbito do pro-
Visitas temáticas OLARIA ROMANA DA QUINTA DO ROUXINOL
grama de preservação e de musealização deste espaço
Exploração lúdica e didáctica da exposição Quinta
industrial entretanto desactivado.
do Rouxinol: uma olaria romana no Estuário do Tejo
Destinatários: Ensinos básico e secundário
(Corroios, Seixal), dedicada à produção de cerâmica
cujos equipamentos são conservados em estado de
Datas e horários: às
4.as
e
5.as
feiras, das 10h às 12h
ou das 14.30h às 16.30h Destinatários: público juvenil e adulto/famílias Datas e horários: 18 de Abril (comemoração do Dia Internacional dos Monumentos e Sítios) e 29 de Maio, às 15h; 20 de Junho, às 17h Nos Núcleos Urbanos Antigos de Amora, de Arrentela e do Seixal
em Época Romana. Local: Museu Nacional de Arqueologia (Lisboa) Destinatários: Ensinos básico e secundário Datas e horários: às 3.as feiras, em diversos
horários
Percurso a pé pelo núcleo urbano antigo Amora, para
Visitas temáticas MUSEU DE MARINHA Visitas à exposição permanente do Museu de Marinha, para conhecer o valioso e diversificado acervo relacionado com o passado marítimo português e com as actividades humanas ligadas ao mar.
observação, exploração e interpretação dos testemu-
Local: Museu de Marinha (Lisboa)
nhos mais relevantes da sua história e património.
Destinatários: Ensinos básico e secundário
Local: Núcleo urbano antigo de Amora
Datas e horários: às 3.as feiras, em diversos
Visitas temáticas A PÉ PELA AMORA
4.osanos),
Destinatários: 1.º ciclo (só 2.º e 3.º ciclos do ensino básico Datas e horários: de 3.ª a 6.ª feira, das 10h às 12h ou das 14.30h às 16.30h
horários
Local: Núcleo urbano antigo de Arrentela
Visita temática O DESCORTIÇAMENTO DOS SOBREIROS EM S. BRÁS DE ALPORTEL A realizar no âmbito das exposições e actividades oferecidas no Núcleo da Mundet, para observar e conhecer o trabalho de descortiçamento de sobreiros, o Museu do Traje e fábricas de cortiça de S. Brás de Alportel. A iniciativa conta com o apoio da Associação Rota da Cortiça.
Destinatários: 1.º ciclo (só 4.os anos), 2.º e 3.º ciclos
Local: S. Brás de Alportel
do ensino básico Datas e horários: de 3.ª a 6.ª feira, das 10h às 12h ou das 14.30h às 16.30h
Destinatários: público juvenil e adulto/famílias
Visitas temáticas A PÉ PELA ARRENTELA Percurso a pé pelo núcleo urbano antigo de Arrentela, para observação, exploração e interpretação dos testemunhos mais relevantes da sua história e património.
Datas e horários: 29 de Junho, das 8h às 20h
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ECOMUSEU INFORMAÇÃO
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DESTAQUES 7 de Abril de 2010
O programa a desenvolver pela Câmara Municipal do
DIA NACIONAL DOS MOINHOS
Seixal no Moinho de Maré de Corroios inclui ateliês,
Programa de actividades a desenvolver
visitas (ver Agenda) e a sessão Palestras no Moinho –
no Moinho de Maré de Corroios
Corroios: Um Moinho Aberto ao Futuro, com início às 17.15 horas e intervenções técnicas da responsabiliCriado com o objectivo
dade do Ecomuseu Municipal do Seixal e do Instituto
de sensibilizar para o
Hidrográfico (ver programa detalhado em www.cm-
inestimável valor pa-
seixal.pt/ecomuseu).
trimonial dos moinhos
Tendo em conta o importante investimento municipal
tradicionais, o Dia Na-
na conservação e valorização deste valioso património
cional dos Moinhos é
concelhio, serão apresentados os projectos em curso
assinalado por todo o país, numa iniciativa que conta
no imóvel e na sua envolvente, fundamentais para um
com o envolvimento activo de proprietários, moleiros,
melhor conhecimento do percurso histórico do conce-
autarquias, entusiastas e amigos dos moinhos.
lho e para a recuperação paisagística da Baía do Seixal.
15 a 18 de Maio de 2010
No dia 16, a acção é centralizada em ateliês no Núcleo
MAIO PATRIMÓNIO
Naval do Ecomuseu (Arrentela) e na evocação do Dia In-
Noite dos Museus | Dia Internacional das Histórias de
ternacional das Histórias de Vida, através de passeio no
Vida | Dia Internacional dos Museus | 28.º Aniversário
Tejo subordinado ao tema «Histórias de Vida a Bordo de
do Ecomuseu Municipal do Seixal
Um Varino» e destinado a propiciar o diálogo com con-
© EMS/CDI, António Silva, 2009
vidados com interessantes percursos pessoais e profisMantendo uma prática iniciada em 2006, a Câmara
sionais.
Municipal do Seixal volta a organizar o programa Maio
A tarde do dia 17 pode ser passada em visita e pique-
Património, que integra vários eventos e envolve multi-
nique na extensão do Ecomuseu na antiga Fábrica de
disciplinarmente a equipa técnica e a estrutura orgânica
Pólvora de Vale de Milhaços, onde decorre o processo de
do Ecomuseu Municipal
musealização do Circuito da Pólvora Negra.
do Seixal.
Por fim, no dia 18 o palco é o Núcleo da Mundet, no Sei-
As celebrações iniciam-
xal, a propósito de dois eventos que coincidem nessa
-se no Moinho de Maré
data: o Dia Internacional dos Museus, celebrado pelo
de Corroios, com acti-
Conselho Internacional dos Museus desde 1977, e o 28.º
vidades na tarde do dia
aniversário do Ecomuseu Municipal do Seixal. O núcleo
15 e abertura excepcio-
museológico abrirá excepcionalmente até às 23 horas,
nal até à uma da manhã
para acolher a sessão comemorativa do aniversário e
do dia 16, no âmbito da Noite dos Museus, pontuada
um concerto do trio TGB (Sérgio Carolino, Mário Delga-
internacionalmente por acções de animação diversa
do e Alexandre Frazão), que associa inteligentemente a
para além do horário regular. O programa nocturno in-
música clássica ao jazz.
clui desfile dos Tocá Rufar e concerto de Sérgio Godinho,
O programa detalhado do Maio Património pode ser
referência incontornável da música popular portuguesa.
consultado em www.cm-seixal.pt/ecomuseu.
2 e 3 de Julho de 2010
23 a 25 de Setembro de 2010
ENCONTRO PATRIMÓNIO CULTURAL,
7.º Congresso do European Maritime Heritage
A CORTIÇA E OS MUSEUS
Auditório Municipal – Fórum Cultural do Seixal
© EMS/CDI, António Silva, 2006.
Auditório Municipal – Fórum Cultural do Seixal Realiza-se no Seixal o 7.º Congresso do European MaNo âmbito da sua participação na RETECORK – Rede
ritime Heritage (EMH – The European association for
Europeia de Territórios Corticeiros, e no contexto da
traditional ships in operation), de que a Câmara Muni-
atenção que vem dedicando ao universo cultural cor-
cipal do Seixal é advisory member, integrando ainda o
ticeiro e ao património técnico e industrial com ele
Conselho Cultural.
relacionado, a Câmara Municipal do Seixal organiza o
O Congresso terá por tema «Are we able to hand over
encontro internacional Património Cultural, a Cortiça e
maritime heritage to future generations?» e trará a
os Museus.
Portugal especialistas de vários países europeus.
Numa abordagem histórica, patrimonial, natural e eco-
O programa e informações complementares serão
nómica, o Encontro procurará estreitar as relações de
oportunamente divulgados em www.cm-seixal.pt/eco-
cooperação e a partilha de experiências entre museus e
museu.
outras entidades ligadas à temática. O programa estará brevemente disponível em www.cm-seixal.pt/ecomuseu, integrando a apresentação da obra Quem Diz Cortiça, Diz Mundet, editada pela CMS.
10 ˙ECOMUSEU INFORMAÇÃO˙n.º 55˙ABR.MAI.JUN
CDI
2010
Centro de Documentação e Informação
Sugestões bibliográficas de periódicos especializados em Museologia
MUSÉES ET COLLECTIONS PUBLIQUES DE FRANCE Musées et Collections Publiques de France, organizada pela Association Générale des Con-
No trimestre em que se celebram o Dia Internacional dos Museus e os 28 anos do Ecomuseu Municipal do Seixal, a 18 de Maio, sugerem-se algumas revistas dedicadas à temática da Museologia. Neste âmbito, a colecção de periódicos do Centro de Documentação e Informação do EMS é bastante significativa e diversificada, integrando títulos que abrangem não só a realidade museológica portuguesa, mas também a internacional, com particular expressão para os de origem francesa, inglesa e americana. Todos estes periódicos estão disponíveis para consulta presencial no CDI do EMS
servateurs des Collections Publiques de France,
EDIÇÕES EM DESTAQUE MUSEOLOGIA.PT Revista de referência no panorama museológico
é uma referência incontornável para quem pre-
português, editada pelo Instituto dos Museus e
tende conhecer a actualidade dos museus em
da Conservação (IMC), a Museologia.pt, conta já
França. Nesse sentido, a revista apresenta dos-
com três números. Nela são divulgadas práticas
siês temáticos com enfoques direccionados para
inovadoras que reflectem linhas e tendências
determinados serviços e realidades museológi-
culturais contemporâneas, apresentando dossi-
cas, como é o caso dos serviços educativos, da
ês centrais dedicados a temas que aprofundam
conservação, do tratamento de colecções, das
a reflexão museológica em Portugal, como é o
tecnologias e das acessibilidades, entre outros
caso de Museus e Arquitectura (n.º 1), Gestão de
temas. Nas suas rubricas evidenciam-se projec-
Museus (n.º 2), Museus e Inovação Tecnológica
tos inovadores, informações e práticas relativas
(n.º 3). Além dos temas centrais, a revista inclui
à profissão de conservador, notícias, notas de
ainda rubricas fixas que dão a conhecer projec-
imprensa, textos legislativos e jurídicos, assim
tos e experiências desenvolvidos pelos museus
como sugestões bibliográficas.
portugueses, exposições, e divulgam memórias da Museologia portuguesa, através de entrevis-
CULTURE & MUSÉES
tas a profissionais conceituados, assim como
A revista científica Culture & Musées, publicada
estudos e projectos internacionais.
com o apoio da Direction des Musées de France e da Région Provence-Alpes-Côte d’Azur, apre-
MUSEUM ANTHROPOLOGY
senta trabalhos de pesquisa inéditos sobre pú-
Museum Anthropology é uma publicação da res-
blicos, instituições e mediadores culturais. As
ponsabilidade do Council for Museum Anthropo-
contribuições são organizadas em torno de dos-
logy, editada no Departamento de Folclore e Et-
siês temáticos ou de problemáticas relevantes
nomusicologia da Universidade de Indiana, nos
para a Museologia, de acordo com as directrizes
EUA. Trata-se de uma revista especializada em
de uma direcção editorial. Uma segunda parte
cultura material e em estudos museológicos,
é constituída por artigos propostos à revista por
com artigos e ensaios direccionados para as te-
outros autores, e por rubricas dedicadas à par-
máticas da Antropologia e da Museologia, com
tilha de experiências e projectos e à divulgação
colaboração de vários especialistas na recensão
de novidades bibliográficas, nomeadamente de
de obras e na sugestão de livros, catálogos, ex-
trabalhos académicos, estudos e pesquisas.
posições e produções digitais.
2010
ECOMUSEU INFORMAÇÃO
˙n.º 55˙ABR.MAI.JUN˙ 11
Centro de Documentação e Informação
MUSEUMS JOURNAL
logia, a História, a História de Arte, entre outras. Do
Com números desde Janeiro de 2008, é possível
mesmo modo, é uma publicação essencial no que
consultar no Centro de Documentação e Informa-
diz respeito ao enunciado de boas práticas para a
ção do Ecomuseu Municipal do Seixal a publicação
salvaguarda do património cultural, referindo con-
inglesa Museums Journal, especializada em Mu-
ferências internacionais, encontros e outros fóruns
seologia. Trata-se de uma revista mensal, editada
de discussão internacional desenvolvidos por este
pela Museums Association, crucial para quem é
organismo, bem como convenções e recomenda-
estudante ou profissional de museus, apresentan-
ções centrados na temática da protecção cultural.
do apontamentos actuais e variados sobre a Museologia no Reino Unido, incluindo a divulgação de
RDM. REVISTA DE MUSEOLOGÍA
exposições temporárias e de obras literárias dedi-
Esta publicação espanhola é organizada pela Aso-
cadas a este tema.
ciación Española de Museólogos, contando já com
MUSEUM MANAGEMENT AND CURATORSHIP
dos números desde 1999, os quais apresentam ar-
45 números. No CDI do EMS podem ser consultaMuseum Managment and Curatorship é uma re-
tigos, projectos de investigação e dossiês temáticos
vista editada quadrianualmente, com um conselho
dedicados a temas diversos na museologia. Entre
editorial internacional, que apresenta contributos
estes, salientam-se o dossiê dedicado ao ensino e
de investigadores que desenvolvem pesquisas re-
investigação da Museologia em Portugal, com artigos de especialistas portugueses, e o dossiê sobre museus do México, América Central e Caribe. O último número, 44, correspondente ao ano de 2009, apresenta, entre outros aspectos, artigos sobre formas de ingresso dos fundos museográficos, gestão e inovação dos museus europeus, a educação e os museus na Polónia, as novas tecnologias de gestão e de consulta documental no Museu do Prado. A revista apresenta ainda espaços dedicados à divulgação de exposições e de publicações especializadas. JOURNAL OF MUSEUM EDUCATION O Centro de Documentação e Informação integrou na sua colecção documental o periódico Journal of Museum Education, possuindo números desde 2008. Trata-se de uma revista muito direccio-
lacionadas com a prática museológica, de todas as
nada para a temática da educação museológica,
partes do mundo. Nela podemos encontrar artigos
apresentando artigos teóricos sobre esta matéria
fundamentais sobre gestão, administração e arqui-
e exemplos práticos de actividades desenvolvi-
vos de colecções, conservação, comunicação, ser-
das por serviços educativos em diversos museus
viço público, novas tecnologias digitais, responsa-
americanos. Cada revista apresenta um tema es-
bilidade social, entre outros aspectos relacionados
pecífico relacionado com a educação nos museus,
com os museus.
destacando-se números dedicados à aprendizagem de adultos, ao ensino de ciências em contextos
MUSEUM INTERNATIONAL
museológicos e à relação dos museus com as es-
A revista Museum International, publicada pela
colas. Neste sentido, é uma revista com particular
UNESCO desde 1948, constitui um instrumento
interesse para profissionais de serviço educativo de
fundamental para o diálogo internacional sobre
museus, educadores e professores, investigadores
museus e património cultural, promovendo a circu-
e museólogos, entre outros.
lação de informação técnica e científica interdisciplinar entre áreas como a Antropologia, a Arqueo-
Ana Machado
Horário de consulta de Inverno (Outubro-Maio):
CDI
Centro de Documentação e Informação
3.as, 4.as e 5.as feiras, das10h às 17h Horário de consulta de Verão (Junho-Setembro): 3.as, 4.as e 5.as feiras, das 10h às 12.30h e das 14h às 17h E-mail: ecomuseu.cdi@cm-seixal.pt
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O avião Gouveia no Campo do Seixal © Imagem cedida pelo Arquivo Histórico da Força Aérea.
CONHECER
Pioneiros da aviação em Portugal: experiências aeronáuticas no concelho do Seixal Introdução A capacidade de voar é um dos mais antigos sonhos do Homem. Mas essa possibilidade estava reservada aos deuses, a alguns heróis (no sentido original da palavra, designando os filhos de deuses e humanos), aos pássaros e aos insectos. O domínio dos ares parece interdito aos homens, mas o progresso da Humanidade resulta, antes de tudo o mais, da concretização de sonhos, por mais irrealizáveis que estes possam parecer. As primeiras tentativas serão provavelmente tão antigas que a sua memória já há muito se desvaneceu. A História ainda não existia para as registar, pelo que as vagas e tantas vezes confusas recordações só encontraram os mitos e lendas para as acolher. Será caso para lamentar? Recorda-nos Lord Dunsany, no seu Livro do Deslumbramento, que «nem todos temos a possibilidade de nos sentarmos aos pés de um Historiador, mas já todos ouvimos contar mitos, sentados nos joelhos das nossas mães». Os primeiros registos de projectos de aeronaves remontam ao início do século XVIII, embora o grande Leonardo da Vinci já lhes tivesse dedicado atenção e esboços quase dois séculos antes. Após inúmeras tentativas, que variaram do fracasso total aos resultados apenas esperançosos, os primeiros sucessos ocorreriam nos finais do século XIX.
A alvorada do século XX traria os grandes êxitos. Nos Estados Unidos, os irmãos Orville e Wilbur Wright lograriam os primeiros voos; no entanto, o seu aparelho não se elevava por meios próprios, mas apenas com recurso a catapultas. Tal feito apenas seria conseguido pouco depois, em 1906, pelo franco-brasileiro Alberto Santos-Dumond. O desenvolvimento dos aviões seria imenso nos anos seguintes. Embora o seu potencial como arma de guerra tenha sido encarado com cepticismo e até mesmo desdém pelos sectores militares mais tradicionalistas, a utilidade do avião como meio de observação das forças inimigas e do terreno foi de imediato reconhecida. Este foi o principal uso dado aos aeroplanos nos anos iniciais da 1.ª Guerra Mundial (1914-1918), sendo que apenas em finais de 1916 ou inícios de 1917 se viria a revelar toda a capacidade do avião como arma ofensiva. Um pormenor curioso: a maioria dos aviadores de combate da 1.ª Guerra Mundial, independentemente da facção beligerante, eram oficiais voluntários, provenientes da Arma de Cavalaria, tradicionalmente associada a uma condição de nobreza, mesmo que não titulada. Este facto contribuiu decisivamente para a génese da expressão «Cavaleiros do Ar», apodo dos aviadores, surgido no período da 1.ª Guerra Mundial.
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ECOMUSEU INFORMAÇÃO
˙n.º 55˙ABR.MAI.JUN˙ 13
Pioneiros da aviação em Portugal: experiências aeronáuticas no concelho do Seixal
Voisin 1. Foi aos comandos de um avião deste modelo que D. Luiz de Noronha se despenhou na Ponta dos Corvos © EMS/CDI, disponível a partir de http://www.ctie.monash.edu.au/hargrave/voisin.html.
Os ensaios no Campo do Seixal À semelhança do que acontecia em outros países, o Ministério da Guerra da jovem República Portuguesa reconheceu de imediato as enormes potencialidades do avião como meio de observação. Assim, depois de numa primeira fase apoiar logística e financeiramente tentativas de construção de um avião português, viria a diligenciar
Retrato de João Gouveia © EMS/CDI
João Gouveia De seu nome completo João da Mata Camacho Pina de Gouveia, nasceu no Funchal, em 1880 e faleceu em Lisboa, em 1947. Poeta, dramaturgo, cientista e apaixonado pelas actividades aeronáuticas. Na área das letras, foi autor de considerável sucesso, tendo publicado Breviário (1900), Atlante (1903), na poesia; Almas do Outro Mundo: hypnotismo e espiritismo (1908). Como dramaturgo, foi autor da peça Engano da Alma (1904) e co-autor, com o seu conterrâneo Jorge Santos, de Mar de Lágrimas, ambas representadas no Teatro Nacional, em 1904 e 1908, respectivamente. Adoptou o pseudónimo de João Zarco. Foi um dos pioneiros da aviação experimental e da construção aeronáutica (amadora) em Portugal.
a aquisição de alguns aparelhos produzidos em França. À semelhança do que acontecia um pouco por toda a Europa e América, a conquista do ar granjeava novos entusiastas. Em Portugal, a figura mais destacada no campo da aviação experimental e da construção de aeronaves terá sido João Gouveia.
Desenvolveu as suas investigações na área da aeronáutica a partir de 1909. Construiu os primeiros modelos na sua oficina da Rua António Pedro, em Lisboa, com a colaboração do seu amigo D. Tomás de Almeida. Ainda em 1909, registou a patente do sistema de equilíbrio automático de aeroplanos, que ensaiou com modelos reduzidos. A 20 de Janeiro de 1910, durante a 1.ª Assembleia-Geral do Aero Club de Portugal, apresentou um pedido para ser submetido à apreciação da direcção o projecto de um aeroplano por si inventado. No ano seguinte, diligenciou a construção, no Seixal, de um hangar improvisado, para apoio à realização de experiências de voo, financiadas pelo Ministério da Guerra. Em Janeiro de 1912, realizou tentativas no Seixal, com um monoplano por si construído, com 9 m de envergadura, 300 kg de peso e um motor de 26 CV de potência, que foi baptizado com o nome de Gouveia. Em 1912, publicou um livro de divulgação da aeronáutica, intitulado Balões e Aeroplanos. Em 1944, ainda havia notícia das suas actividades, nomeadamente no campo do aeromodelismo, tendo realizado ensaios na zona da Trafaria.
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CONHECER Artigos publicados na imprensa do início do século XX indicam que o seu entusiasmo e dedicação à actividade aeronáutica eram partilhados pelos seus irmãos e por outros membros da alta sociedade portuguesa. Em 1911, o Governo, através do Ministério da Guerra, concedeu verbas e apoio técnico a João Gouveia, para desenvolvimento de um aeroplano. O aparelho começou a ser construído no Arsenal da Marinha, à data com instalações em Lisboa, mas foi decidido que seria transferido para o Campo do Seixal, sito na zona da Azinheira, para acabamentos e realização de ensaios. Aqui, as autoridades militares e o próprio João Gouveia diligenciaram a construção de um hangar e uma pista de aviação improvisados, tendo as experiências de voo começado em Janeiro de 1912. No entanto, as contrariedades inerentes a um qualquer projecto inovador e complexo não se coadunavam com a impaciência dos altos comandos militares, que optaram pela aquisição de um aparelho aos fabricantes franceses Ga-
Retrato de D. Luiz de Noronha © EMS-CDI, reproduzida a partir do n.º 512 (1913) da Revista Tiro e Sport.
D. Luiz de Noronha D. Luiz Bernardo de Noronha e Távora nasceu em 22 de Junho de 1874 e faleceu em 24 de Junho de 1913, no hospital, das sequelas do acidente no rio Tejo (Ponta dos Corvos, freguesia de Amora, concelho do Seixal), onde se despenhou com um biplano Voisin, propriedade do Ministério da Guerra. Era filho de D. Lourenço Carlos Bernardo de Noronha e Távora (n. a 4 de Dezembro de 1843) e de Veridiana Amália da Cunha Lobato de Faria. Casou, em Marco de Canavezes, com Maria da Glória Crispiniano de Almeida (n.c. 1875), de quem não teve descendência e, em 5 de Julho de 1902, em Santo Ildefonso, Porto, com Laura Teixeira Botelho do Vale de Vessadas (n.c. 1880), de quem teve os filhos D. Luís Vessadas de Noronha e Távora (n. 31 de Março de 1905) e D. Laura de São José Vessadas de Noronha e Távora (n. 19 de Março de 1903). D. Luiz de Noronha foi o segundo aviador português formalmente brevetado (o primeiro, de
briel e Charles Voisin, dois irmãos que entretanto haviam sido mais bem sucedidos com os modelos que desenvolveram, suspendendo os apoios ao inventor português. Sendo o segundo piloto português brevetado (ou seja, devidamente licenciado, através dos cursos de pilotagem frequentados com aprovação em França), D. Luiz de Noronha era natural e habitualmente solicitado para ensaios aeronáuticos. Foi o que aconteceu a 10 de Junho de 1913, quando realizou diversos voos experimentais, no Campo do Seixal, com um aparelho concebido e construído por João Gouveia. O artigo publicado no dia 15 na revista Tiro e Sport refere que D. Luiz de Noronha fez diversas ascensões, tendo sucessivamente como passageiros o próprio João Gouveia, uma irmã e ainda um irmão deste. O mesmo artigo relata ainda com algum pormenor a tentativa de travessia do rio Tejo no dia seguinte (11 de Junho), que culminaria com um acidente de consequências fatais.
acordo com Edgar Cardoso, foi Óscar da Costa Blanck, residente em Paris, que detinha a licença n.º 8 da Fédération Aéronautique Internationale, obtida a 12 de Julho de 1909), tendo tirado o curso em França, sendo--lhe atribuído, em 26 de Dezembro de 1912, o brevet civil n.º 1187 e, posteriormente, o brevet militar em Chalons. Um artigo publicado na revista Tiro e Sport, em 15 de Junho de 1913, que noticia o supra citado acidente, refere que à data D. Luiz de Noronha contava já no seu currículo com 92 ascensões bem sucedidas em França e mais 11 em Portugal. Membro de algumas das famílias mais destacadas e abastadas da aristocracia portuguesa, mantinha presença assídua nos salões lisboetas, em especial nas tardes dançantes do Clube Estefânia, tendo até causado grande impacto na época a sua súbita e entusiástica dedicação a uma actividade tão perigosa como a de piloto aviador, principalmente na altura, quando a aviação ainda se encontrava nos seus primórdios. De acordo com as diversas fontes consultadas, D. Luiz de Noronha foi a primeira vítima mortal de um acidente aéreo em Portugal.
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˙n.º 55˙ABR.MAI.JUN˙ 15
Pioneiros da Aviação em Portugal: experiências aeronáuticas no Concelho do Seixal
Pelas 5.45 horas, D. Luiz de Noronha levantou voo do Campo do Seixal, tripulando um biplano Voisin Type 1 (também designado como Voisin 1912 Type ou Voisin Type L), de hélice impulsora (ou seja, com o motor posicionado atrás do piloto e a hélice voltada para a cauda do aeroplano), com motor Gnôme de 50 CV, propriedade do Ministério da Guerra. O piloto era já um conhecedor deste modelo de avião, que havia usado em França. O objectivo do ensaio era a travessia do rio Tejo, até Lisboa. No entanto, cerca de cinco minutos após a descolagem, o aparelho sofreu uma avaria no motor. Como na época os pilotos ainda não dispunham de pára-quedas, cujo uso só viria a ser adoptado pela Força Aérea Alemã no decurso da 1.ª Guerra Mundial, D. Luiz de Noronha dirigiu o avião para o rio, na tentativa de salvar a própria vida, tendo-se despenhado entre a Ponta dos Corvos e a Ponta do Mato, num local com cerca de 1,90 m de profundidade da água. O relógio do piloto parou nas 5.55, hora que ficou oficialmente registada para o acidente. O piloto sofreu uma fractura no braço esquerdo, lesões internas e uma submersão prolongada, que acabariam por se revelar fatais. Transportado para o Hospital de S. José, onde foi visitado por algumas personalidades, com destaque para o Presidente da República, D. Luiz de Noronha ainda viria a ter alta no dia 20, mas sobreveio novo agravamento do seu estado de saúde, vindo a falecer no dia 24 de Junho.
Fontes documentais Bibliografia ARAÚJO, Alferes Yann (2009) – “100 Anos da Aviação em Portugal: 17 de Outubro de 1909, o primeiro voo motorizado de um mais-pesado-que-o-ar em Portugal”. Mais Alto. Amadora: Força Aérea Portuguesa. 381: 13-23. CORREIA, Mário Mota (2009) – “1909, o Triunfo da Aviação”. Mais Alto. Amadora: Força Aérea Portuguesa. 381: 7-12. “D. LUIZ de Noronha, o primeiro aviador português” (1913) – Tiro e Sport. Lisboa: Revista Tiro e Sport. 512: [12]. HENRIQUES-MATEUS, Lourenço Henrique (2009) – Portugal na Aventura de Voar: 2. Precursores e aviadores (1909-2009). Lisboa: Público - Comunicação Social, S.A. “JOÃO Gouveia, Pioneiro da Construção Aeronáutica” (2000) – Mais Alto. Amadora: Força Aérea Portuguesa. 323. LOPES, Mário Canongia e COSTA, José Manuel Rodrigues (1989) – Os Aviões da Cruz de Cristo. Lisboa: Dinalivro. “O AVIADOR D. Luís de Noronha” – O Occidente. Lisboa: Revista O Occidente. 1242: 194. “UM INVENTO Portuguez: João Gouveia e o seu aeropla-
Conclusão Sempre que o estimado leitor tiver a oportunidade de voar, aprecie o momento exacto em que o avião levanta as rodas do solo. Lembrese que essa acção, hoje tão banalizada, é a concretização de um dos mais antigos sonhos da Humanidade. Milhares de homens deram as suas vidas e muitos mais trabalharam para que esse sonho fosse possível. Os pioneiros que referimos no artigo supra foram apenas um pequeno grupo de entre tantos, alguns poucos laureados e uma multidão de anónimos. Sobre o arrojo, por vezes se podendo dizer mesmo temeridade, dos primeiros aviadores, ocorre-me sempre ao espírito uma frase impressa no verso das carteirinhas de uma colecção de cromos, intitulada Cavaleiros do Ar, editada pela extinta Editorial Globo, de Queluz, no final da década de 70 do século XX, dedicando-a «à memória daqueles que nos seus aviões, frágeis como brinquedos de criança, viveram aventuras que só os mais fortes ousam sonhar».
no” (1911) – O Século. Lisboa: Jornal O Século. 10609: 1.
Internet (consultas actualizadas em 14-03-2010) http://www.ex-ogma.blogspot.com/2008_09_01_archive.html http://www.clubeaerolisboa.no.sapo.pt/historia.htm ht tp: // w w w.monte -abr aao - queluz .blo gsp ot. com/2007/08/rua-joo-pina-gouveia.html http://www.ex-ogma.blogspot.com/2008/09/os-primeiros-avies-em-portugal.html http://www.ctie.monash.edu.au/hargrave/houdini_bio. html http://www.ctie.monash.edu.au/hargrave/voisin.html
João Paulo Santos
16 ˙ECOMUSEU INFORMAÇÃO˙n.º 55˙ABR.MAI.JUN
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Vista aérea da Quinta do Castelo © EMS/CDI, António Silva, 2005.
CARTA DO PATRIMÓNIO Do seixal
A Quinta do Castelo, um legado de Nuno Álvares Pereira Assinala-se a 26 de Abril o primeiro aniversário da canonização de Frei Nuno de Santa Maria, figura que se notabilizou pelo desempenho de funções militares no decurso da crise sucessória de 1383-1385, ao assumir, enquanto Condestável, o comando dos exércitos do Mestre de Avis, futuro rei D. João I (1385-1433).
Edifício residencial da Quinta do Castelo © EMS/CDI, Jorge Raposo, 2006.
Atendendo à profunda relação que Nuno Álvares Pereira manteve com o território hoje compreendido nos concelhos de Almada e do Seixal, evocamos a sua figura através de um imóvel que, não obstante constituir actualmente propriedade privada, se insere no património imóvel do concelho do Seixal. Trata-se da Quinta do Castelo, propriedade situada em Corroios, nas imediações do Moinho de Maré de Corroios, ao qual, aliás, se manteve associada durante vários séculos.
De facto, na sequência do apoio militar concedido ao futuro rei D. João I, o Condestável Nuno Álvares Pereira foi agraciado com a doação de vastos domínios territoriais, entre os quais se contam diversos bens e fazendas no concelho de Almada e no seu termo, que no século XIV integrava o actual concelho do Seixal. Os referidos bens haviam sido expropriados a David Negro, tesoureiro régio, que, por ter tomado o partido da rainha Leonor Teles, acompanhando-a inclusivamente na sua fuga para Castela, se vira expropriado dos seus pertences. Esta concessão de propriedades, de acordo com as práticas em vigor à época, fez-se acompanhar da concessão de poderes de carácter fiscal e jurídico, conferindo ao Condestável a jurisdição senhorial sobre todo o território de Almada e seu termo, o que se materializava na capacidade de receber imposições de carácter contributivo, na detenção do monopólio de meios de produção como lagares, moinhos e fornos, na nomeação de oficiais a nível local e na aplicação da justiça. Foi neste contexto que Nuno Álvares Pereira promoveu a construção em Corroios de um moinho de maré, a qual já se encontrava em curso em 1403, edifício que ainda hoje subsiste e que então se integrava numa propriedade mais vasta que detinha na zona, uma quintã, referenciada ainda no século XV, cujo usufruto concedeu em 1413 a Pedro Afonso do Casal, seu cunhado, a quem doou igualmente as rendas que possuía em Rio Maior e Porto de Mós. A existência de uma torre nesta propriedade revela tratar-se de uma cons-
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ECOMUSEU INFORMAÇÃO
˙n.º 55˙ABR.MAI.JUN˙ 17
A Quinta do Castelo, um legado de Nuno Álvares Pereira
Edifício residencial e capela da Quinta do Castelo © EMS/CDI, Jorge Raposo, 2006.
trução de prestígio, individualizada na paisagem, constituindo possivelmente local de recepção de encargos fiscais referentes à exploração agrária do território envolvente. Além da faceta militar, Nuno Álvares Pereira notabilizou-se igualmente pelo fervor da sua devoção religiosa. Por sua iniciativa, teve início em 1389, em Lisboa, a edificação de um convento que dedicou a Santa Maria, ao qual viria a doar, em 1404, as propriedades que possuía no termo de Almada, entre as quais o moinho de maré e a quintã de Corroios, embora com reserva de usufruto, no caso da propriedade de Corroios, em vida de Pedro Afonso do Casal e de sua mulher, Inês Pereira. Quando, em 1423, os conventos portugueses da Ordem do Carmo se autonomizaram da Província de Castela, constituindo-se uma Província em Portugal, D. Nuno Álvares Pereira doou o convento de Santa Maria que havia edificado em Lisboa à Ordem do Carmo, sendo a partir de então referido como sede da Província de Portugal. Desta forma, ao Convento do Carmo de Lisboa coube administrar a propriedade de Corroios durante vários séculos, optando a comunidade monástica por fazê-lo de forma indirecta, promovendo a celebração de contratos de emprazamento em vida como o celebrado em 1455 com Álvaro Borges, então almoxarife do rei na alfândega de Lisboa. No século XVIII, a quintã de Corroios permanecia integrada no património do Convento do Carmo de Lisboa, possuindo uma capela dedicada a Nossa Senhora do Carmo, a qual foi decorada com algum cuidado, de acordo com o que actualmente ainda é possível observar. Após a extinção das ordens religiosas masculinas em Portugal, em 1834, os bens do Convento do
Carmo de Lisboa foram vendidos em hasta pública. Deste modo, o Moinho de Maré de Corroios foi adquirido por João Luís Lourenço, cujos descendentes viriam a aparecer igualmente ligados à Quinta do Castelo até meados do século XX. Foi uma das suas descendentes, Maria Gertrudes Afonso, que celebrou o contrato de arrendamento que, em 1936, viria a permitir a instalação no local de uma escola primária, a qual se manteve em funcionamento até meados dos anos cinquenta do século XX. Paralelamente, entre 1942 e 1952, a Quinta do Castelo serviu igualmente de sede do comando do 4.º Grupo Misto da Defesa Antiaérea de Lisboa, um dos quatro grupos que, dispostos em anel na periferia de Lisboa, foram responsáveis por assegurar a defesa antiaérea da capital delineada no decurso da II Guerra Mundial. A sua instalação neste local incluía uma central de transmissões, uma arrecadação de material de guerra, parque auto e respectiva oficina mecânica, enfermaria, cozinha, messe de oficiais e sargentos e caserna dormitório dos praças. Nos anos sessenta do século XX, a Quinta do Castelo foi vendida por Maria Gertrudes Afonso à Companhia Portuguesa de Pesca, vindo posteriormente a ser adquirida pela sociedade Reis & Marques, tendo em vista a urbanização dos seus terrenos, projecto esse que aguarda desenvolvimento. A evocação de um percurso histórico de seis séculos e a ligação deste imóvel a uma figura incontornável da história nacional merecem um olhar mais atento em relação a este local, que permita ver para além das ruínas que hoje subsistem. Ana Cláudia Silveira
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CARTA DO PATRIMÓNIO Do seixal A Quinta do Castelo, um legado de Nuno Álvares Pereira
INVENTÁRIO DO PATRIMÓNIO CULTURAL IMÓVEL
Bibliografia: A RESERVA Ecológica Nacional do Concelho do Seixal
Referência do sítio: CPS.00046
(1997) – Seixal: Câmara Municipal do Seixal. AGRICULTURA e Espaços Rurais no Concelho do Sei-
Designação: Quinta do Castelo
xal (1992) – Seixal: Câmara Municipal do Seixal, Ecomuseu Municipal.
Localização administrativa: Corroios
CARTA Histórica do Concelho do Seixal (1985) – Seixal: Câmara Municipal do Seixal, Ecomuseu Municipal.
Localização geográfica: Ortofotomapa n.º 442.1/4.5
GUINOTE, Paulo Jorge Alves (1993) – SEIXAL, uma
Coordenadas UTM (PC 1973): X = -88450; Y = -113718
Trabalho do Ministério da Educação para as Comemo-
História de Descobertas, um guia. Lisboa: Grupo de rações dos Descobrimentos Portugueses. Categoria de sítio: Arquitectura civil
LIMA, Manuel (2001) – Corroios: minha terra co(m a)r-roios. [Lisboa]: Plátano, 2001.
Tipo de construção: Quinta
NABAIS, António J. (1982) – Cronologia. 2.ª ed. Seixal: Câmara Municipal do Seixal.
Cronologia: Séculos XV-XXI
PAULO, Eulália de Medeiros e GUINOTE, Paulo Jorge Alves (2000) – A BANDA d’Além do Tejo na História:
Descrição sumária do imóvel:
roteiro histórico da margem sul do estuário do Tejo
Casa senhorial com capela dedicada a Nossa Se-
das origens ao fim do antigo regime. Lisboa: Grupo de
nhora do Carmo e instalações de carácter agrícola,
Trabalho do Ministério da Educação para as Comemo-
incluindo um lagar de vinho (lagar de vara), com
rações dos Descobrimentos Portugueses.
duas lagariças e cantaria, duas varas e dois fusos
PEREIRA, Rosa Gertrudes Longo Cameira (2002) –
de cantaria, casa para caldeira de destilação, ade-
Nuno Álvares Pereira na Corte de D. João I: poder
ga, um lagar de azeite possivelmente datado do
senhorial / poder real. Lisboa. Tese de Mestrado apre-
século XVI, casa de malta, casa para caseiro, abe-
sentada à Faculdade de Letras da Universidade de
goaria, pátio com entrada pela antiga Estrada Real,
Lisboa (policopiada).
poço com água nativa tendo montada uma nora à
PIMENTEL, Alberto (1908) – A Extremadura Portugue-
antiga, um tanque e fonte com carranca.
za. Lisboa.
Noutros tempos, integrava vinhedos, árvores de
SANTA ANNA, Frei Joseph Pereira de (1745) – Chro-
fruto, brejos, um porto para embarque de lenha e
nica dos Carmelitas da Antiga e Regular Observancia
terrenos agrícolas.
Nestes Reynos de Portugal, Algarves e Seus Domí-
Encontram-se ainda no local elementos arquitectó-
nios. Lisboa: Oficina dos Herdeiros de Antonio Pedrozo
nicos de interesse, tais como capitéis esculpidos e
Galram. 2 vols.
uma carranca em mármore. No interior da casa senhorial subsistem frescos
Inventariante: Ana Cláudia Silveira
pintados nalgumas das paredes. Apesar do mau estado de conservação, considera-se que este local
Data de inventariação: Dezembro 2007
encerra um elevado potencial histórico e arqueológico.
Quinta do Castelo © EMS/CDI, Jorge Raposo, 2006.
Data da actualização: Março 2010
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ECOMUSEU INFORMAÇÃO
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AGENDA Abril
VISITAS TEMÁTICAS na Fábrica da Pólvora (2) ¬ Circuito da Pólvora Negra ATELIÊS no Núcleo do Moinho de Maré de Dia 18, às 15h Corroios (1) VISITAS TEMÁTICAS Núcleo do Moinho ¬ Quem ao Moinho Vai, a Pintar Sai as as de Maré de Corroios (2) Às 4. e 5. feiras, em diversos horários ¬ Um Perna-Longa no Moinho ¬ O Teu Postal Ilustrado Dia 25, às 15h Dia 7, em diversos horários ATELIÊS no Núcleo da Mundet (1) ¬ Descobertas Matemáticas na Mundet as as Às 4. e 5. feiras, em diversos horários ¬ Fazer Um Álbum Fotográfico Dias 14 e 15, em diversos horários
Maio
ATELIÊS no Núcleo Naval (1) ¬ Dança dos Barcos ¬ Estaleiro de Brincadeiras as as Às 4. e 5. feiras, em diversos horários
ATELIÊS no Núcleo do Moinho de Maré de Corroios (1) ¬ Quem ao Moinho Vai, a Pintar Sai Às 4.as e 5.as feiras, em diversos horários ¬ Hoje É Dia de Festa: Um Postal para o Ecomuseu Dia 18, em diversos horários
ATELIÊS no Bote-de-Fragata (1) ¬ Descobertas Matemáticas no Bote-de-Fragata ¬ Nós e o Rio Dias 8, 13, 14, 22, 23 e 27, em diversos horários
ATELIÊS no Núcleo da Mundet (1) ¬ Descobertas Matemáticas na Mundet Às 4.as e 5.as feiras, em diversos horários ¬ Fazer Um Álbum Fotográfico Dias 5 e 6, em diversos horários
PALESTRAS Núcleo do Moinho de Maré de ATELIÊS no Núcleo Naval (1) Corroios (3) ¬ Dança dos Barcos ¬ Corroios: Um Moinho Aberto ao Futuro ¬ Estaleiro de Brincadeiras Dia 7, às 17.30h Às 4.as e 5.as feiras, em diversos horários PASSEIOS no Bote-de-Fragata (2) ¬ De Barco, do Seixal ao Barreiro Dia 11, das 9 às 15.30h
ATELIÊS no Núcleo Naval (2) ¬ Aprender a Fazer… Pintura Tradicional de barcos do Tejo Dia 16, às 15.00h
PASSEIOS no Bote-de-Fragata (1) ¬ Perna-Longa Voa, Voa do Seixal a Corroios ATELIÊS no Bote-de-Fragata (1) ¬ Moinho de Maré de Corroios: Mais Moinhos ¬ Descobertas Matemáticas no Bote-de-Fragata para Conhecer ¬ Nós e o Rio Dias 28 e 29, em diversos horários Dias 7, 13, 14, 19, 20, 27 e 28, em diversos horários PASSEIOS no Varino (2) ¬ Tripular Uma Embarcação Tradicional do Tejo PASSEIOS no Varino (2) Dia 24, das 11 às 14h ¬ Histórias de Vida a Bordo de Um Varino VISITAS TEMÁTICAS no Núcleo do Moinho Dia 16, das 15h às 18h de Maré de Corroios (1) PASSEIOS no Bote-de-Fragata (2) ¬ Dominó dos Cereais ¬ De Barco, do Seixal ao Parque das Nações ¬ Um Perna-Longa no Moinho as as (Lisboa) Às 4. e 5. feiras, em diversos horários Dia 22, das 9h às 12h VISITAS TEMÁTICAS no Núcleo da Mundet (1) ¬ De Barco, do Seixal ao Ginjal Dia 30, das 10.30 às 17h ¬ O Ratinho de Cortiça as as Às 4. e 5. feiras, em diversos horários VISITAS TEMÁTICAS no Núcleo do Moinho de Maré de Corroios (1) VISITAS TEMÁTICAS no Núcleo Naval (1) ¬ Dominó dos Cereais ¬ Quiz de Barcos ¬ Um Perna-Longa no Moinho ¬ Jogando a Pares no Núcleo Naval as as Às 4. e 5. feiras, em diversos horários Às 4.as e 5.as feiras, em diversos horários VISITAS TEMÁTICAS na Fábrica da Pólvora (1) ¬ Circuito da Pólvora Negra as as Às 4. e 5. feiras, em diversos horários
VISITAS TEMÁTICAS no Núcleo da Mundet (1) ¬ O Ratinho de Cortiça Às 4.as e 5.as feiras, em diversos horários
VISITAS TEMÁTICAS nos Núcleos Urbanos Antigos (1) ¬ A Pé pela Amora ¬ A Pé pela Arrentela ¬ A Pé pelo Seixal De 3.ª a 6.ª feira, em diversos horários
VISITAS TEMÁTICAS no Núcleo Naval (1) ¬ Quiz de Barcos ¬ Jogando a Pares no Núcleo Naval Às 4.as e 5.as feiras, em diversos horários
VISITAS TEMÁTICAS na Fábrica da Pólvora (1) ¬ Circuito da Pólvora Negra VISITAS TEMÁTICAS no Museu Nacional de Às 4.as e 5.as feiras, em diversos horários Arqueologia (1) ¬ Ao Som do Apito, Piquenique na Fábrica ¬ Olaria Romana da Quinta do Rouxinol Dia 17, das 14.30 às 16.30h Às 3.as feiras, em diversos horários VISITAS TEMÁTICAS no Museu de Marinha (1) ¬ Museu de Marinha Às 3.as feiras, em diversos horários
VISITAS TEMÁTICAS no Museu de Marinha (1) ¬ Museu de Marinha as Às 3. feiras, em diversos horários VISITAS TEMÁTICAS na Fábrica da Pólvora (2) ¬ Circuito da Pólvora Negra Dia 29, às 15h
Junho ATELIÊS no Núcleo do Moinho de Maré de Corroios (1) ¬ Quem ao Moinho Vai, a Pintar Sai Às 4.as e 5.as feiras, em diversos horários ATELIÊS no Núcleo da Mundet (1) ¬ Descobertas Matemáticas na Mundet Às 4.as e 5.as feiras, em diversos horários ¬ Fazer um Álbum Fotográfico Dia 2, em diversos horários ATELIÊS no Núcleo Naval (1) ¬ Dança dos Barcos ¬ Estaleiro de Brincadeiras Às 4.as e 5.as feiras, em diversos horários ATELIÊS no Bote-de-Fragata (1) ¬ Descobertas Matemáticas no Bote-de-Fragata ¬ Nós e o Rio Dias 2, 15, 17, 18, 21 e 25, em diversos horários PASSEIOS no Varino (2) ¬ Tripular Uma Embarcação Tradicional do Tejo Dia 26, das 14.30 às 17.30h VISITAS TEMÁTICAS no Núcleo do Moinho de Maré de Corroios (1) ¬ Dominó dos Cereais ¬ Um Perna-Longa no Moinho Às 4.as e 5.as feiras, em diversos horários VISITAS TEMÁTICAS no Núcleo da Mundet (1) ¬ O Ratinho de Cortiça Às 4.as e 5.asfeiras, em diversos horários VISITAS TEMÁTICAS no Núcleo Naval (1) ¬ Quiz de Barcos ¬ Jogando a Pares no Núcleo Naval Às 4.as e 5.as feiras, em diversos horários VISITAS TEMÁTICAS na Fábrica da Pólvora (1) ¬ Circuito da Pólvora Negra Às 4.as e 5.as feiras, em diversos horários VISITAS TEMÁTICAS nos Núcleos Urbanos Antigos (1) ¬ A Pé pela Amora ¬ A Pé pela Arrentela ¬ A Pé pelo Seixal De 3.ª a 6.ª feira, em diversos horários VISITAS TEMÁTICAS no Museu Nacional de Arqueologia (1) ¬ Olaria Romana da Quinta do Rouxinol Às 3.as feiras, em diversos horários VISITAS TEMÁTICAS no Museu de Marinha (1) ¬ Museu de Marinha Às 3.as feiras, em diversos horários
ATELIÊS no Núcleo do Moinho de Maré de Corroios (2) ¬ Quem ao Moinho Vai, a Pintar Sai VISITAS TEMÁTICAS nos Núcleos Urbanos Dia 27, às 17h Antigos (1) VISITAS TEMÁTICAS na Fábrica da Pólvora (2) ¬ A Pé pela Amora ¬ Circuito da Pólvora Negra ¬ A Pé pela Arrentela Dia 20, às 17h ¬ A Pé pelo Seixal
VISITAS TEMÁTICAS no Núcleo da Olaria De 3.ª a 6.ª feira, em diversos horários Romana da Quinta do Rouxinol (2) ¬ Barro, Lenha e Água: os Fornos Romanos VISITAS TEMÁTICAS no Museu Nacional da Quinta do Rouxinol de Arqueologia (1) Dia 10, às 14h e às 16h ¬ Olaria Romana da Quinta do Rouxinol as VISITAS TEMÁTICAS no Núcleo da Mundet (2) Às 3. feiras, em diversos horários
VISITAS TEMÁTICAS fora do concelho (2) ¬ O Descortiçamento dos Sobreiros em S. Brás de Alportel Dia 29, das 8h às 20h
¬ O Ratinho de Cortiça Dia 11, às 15h (1) Público escolar/ATL/Grupos organizados (*) (2) Público juvenil e adulto/Famílias (*) (3) Entrada livre
(*) Iniciativas que carecem de inscrição prévia, pelo telefone, por correio electrónico, através do site do Ecomuseu (secção Serviço Educativo/Iniciativas) – ver contactos e horário de atendimento na última página –, ou preenchendo a ficha distribuída com a edição impressa deste boletim.
museu da rede portuguesa de museus NÚCLEOS E SERVIÇOS Núcleo da Mundet
NÚCLEO DA QUINTA DA TRINDADE
Praça 1.º de Maio, 1 2840-485 Seixal
Av. MUD Juvenil, Seixal
SERVIÇOS CENTRAIS – Edifício dos Escritórios Telefone: 210976112 – Fax: 210976113 E-mail: ecomuseu@cm-seixal.pt Horário de atendimento geral: De 2.ª a 6.ª feira, das 9h às 12.30h e das 14h às 17.30h CENTRO DE DOCUMENTAÇÃO E INFORMAÇÃO Horário de consulta de Inverno (Outubro-Maio): 3.as, 4.as e 5.as feiras, das10h às 17h Horário de consulta de Verão (Junho-Setembro): 3.as, 4.as e 5.as feiras, das 10h às 12.30h e das 14h às 17h E-mail: ecomuseu.cdi@cm-seixal.pt SERVIÇO EDUCATIVO Horário de atendimento telefónico: 2.as feiras, das 9h às 12.30h e das 14h às 17h E-mail: ecomuseu.se@cm-seixal.pt
Imóvel Classificado de Interesse Público Acesso condicionado
Núcleo dA Olaria Romana da Quinta do Rouxinol Quinta do Rouxinol, Corroios Sítio Classificado Monumento Nacional Fornos de Cerâmica Romanos (séc. II-V) Acesso condicionado
Núcleo do Moinho de Maré de Corroios Quinta do Rouxinol, Corroios Sítio Classificado de Interesse Público EXPOSIÇão (ver horários em destaque)
Extensão do Ecomuseu na ANTIGA Fábrica de Pólvora de Vale de Milhaços
EXPOSIÇÕES Edifícios das Caldeiras Badcock & Wilcox e das Caldeiras de Cozer (ver horário em destaque)
NÚCLEO NAVAL Av. da República — Arrentela EXPOSIÇÕES (ver horário em destaque) Oficina de construção de modelos de barcos do tejo (Horário consoante cursos a decorrer)
Embarcações Tradicionais do Tejo
Vale de Milhaços, Corroios Sítio em vias de classificação Acesso condicionado Informação sobre visitas, além da programação divulgada: Serviço Educativo do EMS
Extensão do Ecomuseu na Quinta de S. Pedro Quinta de S. Pedro, Corroios Campo arqueológico: necrópole medieval-moderna (séc. XIII-XVIII) Acesso condicionado
Cais principal de apoio: Seixal bote-de-fragata Baía do Seixal E varino amoroso Realização de passeios no Tejo, entre Abril e Outubro Informações sobre programação de actividades: Serviço Educativo do Ecomuseu Bote-de-fragata Gaivotas Em estaleiro
¬ Horários de EXPOSIÇÕES Núcleos da Mundet, Naval e do Moinho de Maré de Corroios Horário de Inverno (Outubro - Maio): De 3.ª a 6.ª feira, das 9h às 12h e das 14h às 17h Sábados e domingos, das 14h às 17h Horário de Verão (Junho - Setembro): De 3.ª a 6.ª feira, das 9h às 12h e das 14h às 17h Sábados e domingos, das 14.30h às 18.30h Encerramento: 2.as feiras e feriados
Ficha Técnica _ Ecomuseu Informação n.º 55_ www.cm-seixal.pt/ecomuseu/PUBLICAÇÕES Edição Câmara Municipal do Seixal/Ecomuseu Municipal do Seixal
Direcção E EDITORIAL
Créditos fotográficos
Participaram nesta edição: Exposições Jorge Raposo
Grafismo
Jorge Raposo
Itinerância «Moinhos de Maré do Ocidente Europeu» Ana Cláudia Silveira Distribuição gratuita Assinaturas a pedido junto do EMS
Programa de Iniciativas de Serviço Educativo Carla Costa Centro de Documentação e Informação Ana Machado Conhecer João Paulo Santos
Indicados nas legendas respectivas Sector de Apoio Gráfico e Edições da CMS revisão
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Americana Tiragem
6000 exemplares
Carta do Património do Concelho do Seixal Ana Cláudia Silveira
DATA
Agenda Carla Costa
ISSN
Documentação
Fernanda Ferreira, Fernanda Machado /CDI
Março de 2010 0873-6197 DEPÓSITO LEGAL
106175/96