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Não

NÃO

I Não ao ódio, recuso-me a odiar. Não ao oportunismo, recuso-me a mentir. Não à violência, recuso-me a violentar. Digo não a tudo o que possa ferir.

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II Tudo que me rodeia é meu irmão. Não quero semear ódio e violência, Por isso grito não, não e não, A uma vida, vivida sem clemência.

III Vem junto a mim, grita comigo O nosso alarme contra todo o fanatismo. “Se não pensas como eu, és inimigo”, Isto só pode levar a um abismo.

IV Pensa como quiseres; és livre, oh homem, Não deves ser julgado pelo teu pensar, E, por piores atitudes que contra ti, tomem, Procura seres sempre tu e, nunca recuar.

V Podes ser julgado, sim pelo que fizeres: Não tens o direito de te supores sozinho; E, mesmo que o não quiseres, Haverá sempre alguém no teu caminho.

VI Não pensas como eu, isso que interessa? Tudo que me rodeia é meu irmão, E não haverá nada que me impeça De te estender a minha mão.

Bemvinda Margarida

Ano I - Nº4 - O Mugense Novembro de 1976

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