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Ribatejo

RIBATEJO

Meu Ribatejo amado, Os teus campinos, teu gado, Mancha de cor que não esquece, E a humildade enternece Daquele campino tão forte, Afrontando a própria morte P’ra cumprir o seu dever. Ribatejo, deves ser, És, pelo menos p’ra mim, Jóia de valor, sem fim, Pérola que não tem rival Na coroa de Portugal. O que te falta? Não sei. Entre as províncias és rei, Atrás de nenhuma ficas. As tuas terras tão ricas, A tua gente tão nobre, Fazem parecer pobre Outra província qualquer. Não é por muito te querer, Não por em ti ter nascido E em cada dia vivido, Que a minha boca assim diz. Do norte ao sul do país, Dizei-me aqui com verdade: Onde se encontra a variedade De culturas que aqui temos? Nós todos bem o sabemos, Se o Alentejo é o celeiro, Nós somos o fazendeiro Que tudo um pouco produz. Nós somos calor e luz. Tudo Deus aqui pôs: O trigo, milho e arroz, O azeite e muito vinho, Sobro, eucalipto e pinho, E toda a espécie de gado. Ribatejo abençoado, Por tudo aquilo que sei, Repito: tu és rei.

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Bemvinda Margarida

Ano III - Nº27, 28 e 29 - O Mugense Outubro - Novembro - Dezembro de 1977

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