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Ao Editor

AO EDITOR

Nesta hora eu te digo Muito e muito obrigada. Não é por seres meu amigo E eu te ser dedicada. São palavras de verdade O que escreve a minha pena, Porque a tua actividade, Às vezes, não mui serena, Em favor da nossa terra, Eu desejo aqui louvar. Lamento que haja guerra Aos que querem trabalhar Em favor de quem precisa. Avante, sem hesitação, Atira sempre à baliza, Com muita determinação. Às vezes não metes golo, Mas vale a pena jogar. Pode ser amargo o bolo Que os outros te queiram dar… Mas a doçura maior, E essa ninguém a tira, É a dávida de amor De todo aquele que aspira A dar-se a quem o rodeia, Críticos de “meia-tigela” Podem enredar a teia, Não te deixes cair nela. Toda a vida tu sonhaste Com uma Muge melhor, E, mais ainda, lutaste Com energia e valor. Daquilo que tens escrito, Do que nós temos falado, Eu, p’ra mim, já tenho dito: “Que pena não ter estudado Este homem de tal valor”! Só te faltou oportunidade Para seres um doutor. Mas, no entanto, é verdade Que a vida te doutorou, Como o distinto estudante! Os meus parabéns te dou E digo-te: vai p’ra diante. É preciso não vergar, Lutando com amor e fé. Não vás agora parar, P’ra frente, amigo Zé.

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Bemvinda Margarida

Ano VII - Nº72 e 73 - O Mugense Setembro - Outubro de 1983

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