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À Nossa Casa do Povo
À NOSSA CASA DO POVO
I No campo jogava-se à bola Aí uns vinte para cada lado No bar fazia-se o Totobola Eu sentia-me um felizardo
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II O cinema era à noitinha Vinha gente de todo o lado Nesse tempo mais ninguém tinha Como foi lindo o teu passado
III Sempre cheia que nem um ovo Não havia barulho nem banzé Mas para entrares na Casa do Povo Tu tinhas de tirar o boné
IV Pois não existia nada igual Tudo arrumado e branquinho Mas para os que se portavam mal Só existia o tal caminho V E quando foi a tua inauguração Dela muito tempo se falou Até veio o Ministro da Cooperação O teu nome a todo lado levou
VI Houve tantos que passaram por cá Para tu poderes ir em frente Dizer o nome de todos não dá Mas era tudo boa gente
VII Agora tu tens nova vida Estão a querer-te levantar Para esta missão ser conseguida O povo terá mesmo de ajudar
VIII Não pode haver só lamentações Que em Muge tudo vai morrer Agora já existem as soluções A eles temos de agradecer.
António Saraiva
Série III - Ano 1 - Nº1 - O Mugense 13 de Junho de 2019