Estação do amanhã centro cultural e social em patrimônio publico de orlândia

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ESTACAO DO AMANHA

S CENTRO CULTURAL E SOCIAL EM PATRIMÔNIO PÚBLICO DE ORLÂNDIA

MURILLO VELOSO SPIMPOLO CENTRO UNIVERSIRTÁRIO MOURA LACERDA RIBEIRÃO PRETO - 2017



ESTAÇÃO DO AMANHÃ Centro Cultural e Social em Patrimônio Público de Orlândia

Trabalho Final de Graduação apresentado ao Centro Universitário Moura Lacerda para cumprimento das exigências para a obtenção do título de Bacharel em Arquitetura e Urbanismo sob a orientação do Prof. Rodrigo Sartori Jabur.

Murillo Veloso Spimpolo Centro Universitário Moura Lacerda Ribeirão Preto, 2017


“Não existe triunfo sem perda, não há vitória sem sofrimento, não há liberdade sem sacrifício.” J.R.R. Tolkien – O Senhor dos Anéis


DEDICATÓRIAS Este trabalho é dedicado primeiramente a minha mãe, que foi a primeira luz que iluminou esse caminho, e que mesmo não estando mais entre a gente, sigo até hoje. A minha família, que mesmo depois de uma grande perda, continuaram a ser meu alicerce, me ajudando a continuar em pé e seguir em frente. Aos meus amigos, que aliviam a carga e a pressão com as coisas mais simples. E ao meu orientador Rodrigo, que vem me ajudando e me guiando em meio aos caminhos que me perco ao seguir.

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10

2 VOLTANDO NO TEMPO

28

27

26

25

22

49 54 58 61

4.4 Biblioteca São Paulo 4.5 Patio Bellavista 4.6 Museu do Futebol

45 4.3 Ladeira da Misericórdia

4.2 Red Bull Station

44

4.1 Referências projetuais

41

3.7 Patologias

43

38

3.6 Estação II

4 MAIS CARVÃO

36

3.5 Estação I

3.4 Levantamento da praça dos imigrantes 30

3.3 Levantamento do entorno

3.2 Estilo de arquitetura Manchesteriano

3.1 Tipos básicos de estação

3 TIJOLOS E FERRO

dos anos

2.2 O crescimento da cidade através

12

09

1.2 A escolha do local de intervenção

2.1 Histórico

08

07 1.1 O porque da escolha do tema

1 TODOS Á BORDO

SUMARIO Páginas


Fluxograma 5.2 Diretrizes projetuais 5.3

67 68

Arborização Pista de Patins e Skate Memorial histórico Biblioteca municipal Café Anfiteatro Módulos Módulo gastronômico Módulo comercial Módulo de oficina e artesanato Módulo sanitário Módulo de interesse social Módulo de cobertura Módulo de reserva

80 82 86 92 104 108 112 116 117 118 119 122 123 124

6.1

Conclusão Bibliografia

134

7.2

7.1

FUNDAÇÕES 7 133

131

6.8.8

6.8.7

6.8.6

6.8.5

6.8.4

6.8.3

6.8.2

6.8.1

6.8

6.7

6.6

6.5

6.4

6.3

6.2

6.1

A REDE 6

Distribuição modular

128 A ligação do objeto com a cidade

127

125

Estação do Amanhã

74

elétrica e hidráulica

Estudo do terreno

72

71 ESTAÇÃO DO AMANHÃ 6

Programa de necessidades 5.1

66

65 DE VOLTA AOS TRILHOS 5

5

Páginas


“O trem que chega É o mesmo trem da partida A hora do encontro é também despedida A plataforma dessa estação É a vida desse meu lugar.” Milton Nacimento


O PORQUE DA ESCOLHA DO TEMA A ESCOLHA DO LOCAL DE INTERVENÇÃO

TODOS A BORDO


O porque da escolha do tema EU NASCI EM 1992 NA CIDADE DE ORLÂNDIA, e desde então eu continuo morando na mesma cidade, continuo na mesma casa, com os mesmos vizinhos, por mais de vinte anos. Essa cidade tem pouco mais de cem anos, e conheço ela praticamente inteira; mas hoje em dia já tenho planos de me mudar, para cidades maiores e com diferentes culturas, já viajei para capitais e para o exterior, e me fascina o que o mundo ainda tem a oferecer, e tudo que ainda posso processaWr e aprender. Mas mesmo assim, com tantos planos, não consigo me imaginar fora dessa cidadezinha de pouco mais de quarenta mil habitantes, toda minha história está aqui, minha família, tanto de sangue como de convivência. Não paro de pensar se terei que andar mais que um quarteirão para comprar um pão fresquinho. Mas o que realmente me incomoda, é

um dia sair e perceber que essa cidade, que sempre foi meu lar, continuará em decadência cultural; e não fazer nada em relação a isso seria uma enorme ingratidão. Desde dez anos atrás, eu vejo que as gestões políticas não vem dando valor ou incentivando nenhum movimento de apoio municipal a cultura ou ao desenvolvimento. Eu era da época em que os pais levavam os filhos nos finais de semana para passear nas praças e na gruta. Hoje não temos mais isso, o único uso que esses lugares tem é para os jovens e seu álcool nas madrugadas. Minha intenção é intervir em um ponto na cidade, onde o impacto fará com que o resto dos locais de patrimônio, cultura e lazer, voltem a viver. E não há melhor lugar para começar que pelo coração da cidade.


I

A escolha do local de intervencao I

O LOCAL DE ESCOLHA PARA INTERVENÇÃO É A PRAÇA DOS IMIGRANTES, uma praça de três quadras contínuas, onde temos alguns equipamentos urbanos de lazer, cultura e também instalações municipais como a Procuradoria Municipal. Mas essa praça não é somente mais uma na cidade, nela se encontra as antigas Estações Municipais de Orlândia, que hoje são ocupadas por três instalações municipais.

“ Criar Orlândia não foi de intenção imediata, o Coro-

Essas estações são juntas o coração da cidade. Pois graças a elas, a expansão de uma simples fazenda se tornou município. A estação começou a trazer pessoas e materiais a cidade, e com o tempo mantian o ritmo cardíaco, bombeando o crescimento do município atráves das vias e dos edifícios. A estação sempre foi o plano, a cidade foi consequência das vontades e caprichos de um rico Coronel. E a partir dessa vontade, o

coração foi implantado. E graças a ele, hoje temos mais de cem anos de fundação da cidade de Orlândia.

nel Francisco Orlando apenas queria que uma estação fosse instalada em sua fazenda, mas o governo e a Cia Mogiana na época não concederam tal pedido ao homem, disseram que não podiam simplesmente ceder a esse capricho por vontade dele. Mas se ele realmente achasse necessário, a forma era fundar uma cidade aos arredores de sua fazenda, pois ai eles poderiam intervir e criar a estação para um bem municipal de transporte. Foi assim então que nasceu Orlândia, de uma vontade e de uma estação.” Palavras de Augusto Bordin 2017, Arquiteto e Urbanista da Prefeitura Municipal de Orlândia

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VOL TANDO NO TEMPO


(Harry Potter e o Enigma do Príncipe)

HISTÓRICO

J. K. Rowling

O CRESCIMENTO DA CIDADE ATRAVÉS DOS ANOS

“É preciso tentar não sucumbir sob o peso de nossas angústias, e continuar a lutar”


Historico I

Figura 01: Transporte de café por ferrovia. Fonte: quartodenoticias.wordpress.com, 2017.

A Ferrovia no Brasil O CAFÉ FOI O PRINCIPAL MATERIAL RESPONSÁVEL PELA EXPANSÃO FERROVIÁRIA NO BRASIL. São Paulo foi o estado com o maior aproveitamento e investimento em linhas de ferros e locomotivas. Entre 1860 até 1910, o uso ferroviário estava no seu auge, mas a partir dos anos 40, com a queda do café e os novos meios de transporte, muitas estações começaram a ser desativadas.


13 O Período Áureo do Café A cultura do café no Brasil foi iniciada na região do Vale do Paraíba, onde apresentava solo propício e com reserva de humus resultante da derrubada das florestas naturais pelos ingleses e franceses que eram mais experientes nessa cultura, foi ela introduzida naquela região e posteriormente por todo o estado de Minas e também de São Paulo, passando a se constituir em uma monocultura. Embora a cultura do café no Brasil tenha sido praticada com o fim comercial na região do Vale do Rio Paraíba, não foi ela propriamente responsável pela implantação dos povoados porque os mesmo já existiam e foi somente responsável pelo seu desenvolvimento.

Aconteceu no decorrer dos anos que a cultura cafeeira passou a substituir a canavieira e necessitava de se expandir para outras regiões de solos mais novos cobertos por florestas que alferiam vantagens aos solos já cansados do Vale do Paraíba. Assim apareceu o café no estado de São Paulo, primeiramente nas regiões de Campinas e Mogi-Mirim e posteriormente na região Mogiana e do sul de Minas. Com a convenção de Itu (1873) foi assinalado o desvinculamento da política feudal, a introdução do empreendimento, da sociedade anônima e da falência; da estrada de ferro e do trole (trazido pelos escravocratas americanos refugiados no Brasil), da organização de serviços públicos da montagem da sociedade urbana; por outro lado o Convênio de Taubaté (1906) consagra a política tarifária e financeira que permitia em

escala crescente, o uso alastrado das utilidades, procedentes ou controladas por países já industrializados: energia elétrica, bonde, automóvel, instalações domésticas e públicas, cinemas e modelos arquitetônicos que aqui perdiam as substâncias que nos países de orgiem os explicavam e justificavam. O progresso chega entre 1910 a 1920 com a subida gradativa do café. É nesse período que se inicia a transformação da cidade, principalmente no centro, onde as casas velhas vão cedendo lugar as contruções mais modernas. Quando em 1816, o avô do Coronel Francisco Orlando veio de Minas Gerais, nesta região em suas fazendas haviam apenas uma atividade, a pastoril. Criação de gado, porco, carneiro, cabrito e o famoso e muito conhecido até hoje, o cavalo Mangalarga. Plantava-se milho,

Figura 02: Ciclo de café em São Paulo. Fonte: .estudopratico.com.br, 2017.


Figura 03: Peneiração do café. Fonte: quartodenoticias.wordpress.com, 2017.

feijão, arroz e cana. Com a chegada do café as fazendas tornaram-se mistas. Começaram a derrubada das matas e os cafeeiros alinhados, tomaram conta das melhores terras. Com o desenvolvimento dessa rubiácia começaram a chegar as primeiras levas de imigrantes de várias nações, na grande maioria italianos. Nas fazendas era necessário construir casas para abrigar esses imigrantes. À margem de um córrego edificava-se uma fileira de casas, geralmente caiadas de branco ou de tijolo aparente. Os contratos com os colonos geralmente eram por quatro anos. Nesse período, entre as fileiras dos pés de café, podiam cultivar nessa terra milho, arroz e feijão. Pertenceriam também aos colonos as colheitas que os cafezais produzissem até o quarto ano de idade. Esses imigrantes também tinham o direito a desfrutar de uma terra conhecida por “pasto dos colonos” onde podiam ter seus próprios animais. Quando trabalhavam fora de seu talhão de café recebiam da fazenda o pagamento pelo dia. Oitenta por cento desses colonos tornaram-se proprietários, construindo grandes fortunas como o Coronel Smith, que foi colono em São Carlos e se tornou conhecido

como o rei do café. Mais tarde Jeremias Lunardeli, que também foi colono, tornou-se outro rei do café, assim como a família Zancaner, que foram colonos na Fazenda Agudo em Orlândia, e muitos outros. Juntamente à ferrovia, a cultura do café trouxe a importação de objetos, materiais, modos de vida, usos e costumes do povo europeu. Sendo assim, o núcleo urbano cresceu principalmente no sentido da estrada de ferro. Os novos bairros tiveram localização determinada pela direção das vias de comunicação da cidade com as áreas produtoras adjacentes. No caso de Orlândia, a cidade se desenvolveu a partir da estação ferroviária, estando esta margeada pelos prédios mais antigos da cidade. Fonte: SPIMPOLO, Isabel Cristina. Trabalho de conclusão de curso


15 Na última década de 1800, a estrada de ferro passa a ser denominada de desbravadora, sendo estabelecidas linhas antes mesmo ao povoamento da região, oq eu não ocorria antes, já que as estradas serviam a regiões já povoadas.

Resumo da história ferroviária em São Paulo EM 1869 CINCO EMPRESAS DOMINAVAM AS LINHAS PAULISTAS. Eram elas: Companhia Ituana de Estradas de Ferro, a Companhia Sorocabana, a Companhia Mogiana, a Companhia de São Paulo ao Rio de Janeiro e a Companhia de Estradas de Ferro de Resende e Areias. A Companhia de Estradas de Ferro Mogiana, criada em 1872, foi organizada por fazendeiros de café, como as outras quatro citadas. Sua linha consistia principalmente entre Campinas e Mogi-Mirim. Começava a ser uma das mais importantes do país, por estar em uma das regiões mais ricas da província. De Mogi-Mirim sua linha foi expandida até Amparo, e posteriormente até Casa Branca, e em 1883 chegava a São Simão e Ribeirão Preto. Em 1886 a linha chegava até Batatais e um ano depois chegou a Franca e após isso em Jaguará. A rede da Mogiana foi a responsável pela maior estensão de linhas no território de São Paulo.

Com a expansão exacerbada e pouco planejada, as ramificações de linhas de ferro não seguiam mais um ideal central. E como o crescimento das linhas foi feito praticamente por fazendeiros de café, a pouca racionalidade implantada nessas construções resultou em bitolas de ferro de diferentes tamanhos. Agora somando isso com o atual Governo Federal de “Governar é abrir estradas”, com seu apoio ao uso de transporte rodoviário, começaram a suprimir o transporte ferroviário. A ferrovia não foi equipada para se igualar com a rodovia, ocasionando então a supressão de muitas linhas e ao desativamento de várias estações. Mas a necesidade do transporte ferroviário ainda existia, o Governo então excluiu os privilégios para construção de linhas de ferro fazendo o Estado assumir o controle desse equipamento em decadência. Fonte: KUHL, Beatriz Mugayar. Arquitetura do Ferro e Arquitetura Ferroviária em São Paulo

Figura 04: Ferrovias do Brasil 1970. Fonte: vfco.brazilia.jor.br, 2017


Figura 05: Rede Ferroviรกria em Sรฃo Paulo. Fonte: skyscrapercity.com, 2017.


17 Figura 06: Oficinas da Cia. Mogiana em Campinas. Fonte: abpfsp.com.br, 2017.

Companhia Mogiana de Estradas de Ferro Fundada com o objetivo de ligar a cidade de Mogi-Mirim a Campinas, teve seu primeiro trecho inaugurado em 1875. A sua rápida expansão se deu na direção de Ribeirão Preto. Em 1888 seus trilhos atingiram o rio Grande, na divisa com Minas Gerais. Com isso a companhia iniciou também o transporte fluvial na região. Primeira companhia a ultrapassar as fronteiras do estado, trouxe para a esfera da influência de São Paulo grande parte do comércio do triângulo mineiro. Ao longo do tempo, foi incorporando pequenos ramais ferroviários, alguns de importância reduzida, que eram chamados de cata-café. Na década de 1960, o prolongamento de suas linhas permitem a ligação ferroviária de São Paulo com Brasília, a recém inaugurada Capital Federal.

Figura 07: Locomotiva Cia. Mogiana. Fonte: abpfsp.com.br, 2017.

Figura 08: Ponte sobre o Rio Grande. Fonte: abpfsp.com.br, 2017.


Figura 09: Inauguração da Estação Coronel Orlando. Fonte: Orlândia de Antigamente – Uma Memória Fotográfica, 2017.

Figura 10: Estação Coronel Orlando atualmente Fonte:acessaorlandia.blogspot.com. br 2017.

Estrada de ferro em Orlândia EM 1900 A COMPANHIA MOGIANA EMPREENDEU A CONSTRUÇÃO DO RAMAL CHAMADO “ALTA MOGIANA”, novo traçado que procurando Uberaba desdobrava uma zona agrária, até então inaproveitada por falta de meios de transporte. E por pedido do Coronel Francisco Orlando, que queria que aquela linha tivesse uma estação localizada em sua fazenda, entrou com o processo para fundar uma nova cidade em suas terras, e então inaugurou-se em 1901 a Estação Coronel Orlando, levantadas nas terras da Fazenda Boa Vista. No dia 01 de Fevereiro de 1909 passou a Estação Ferroviária Coronel Orlando a denominar-se Estação Ferroviária Villa Orlando e no ano seguinte juntamente com a vinda da sede da Comarca e Município passou a se chamar Estação Ferroviária Orlândia, a 30 de março março de 1910. Em 1913, foi inaugurado outro pavilhão da Estação Ferroviária Orlândia, localizada ao fim da Rua Dois. Este ficou com a destinação de passageiros e deixou o antigo para armazenamento do café.


19 Desinteresse municipal pelo local nas últimas décadas Figura 11: Nova Estação da FEPASA 2008. Fonte: estacoesferroviarias.com.br, 2017.

A PRAÇA DOS IMIGRANTES, ONDE SE LOCALIZA A ESTAÇÃO DE ORLÂNDIA, por muitos anos serviu apenas como uma praça onde as pessoas embarcavam para outra vida ou desembarcavam para ali tentar uma nova chance, cultivar sua terra e tentar ganhar algum dinheiro. Após a queda do café, os anos póstumos a 1940 começaram a dificultar a econômia do país, pois viviamos em uma monocultura. E com isso várias linhas e estações começaram a ser desativadas. A Estação Orlândia e a linha da Cia Mogiana foi inaugurada e durou até 1971, onde foi passada para a gestão da FEPASA (Ferrovia Paulista S.A.). Com a nova gestão da FEPASA, a linha que a Cia Mogiana instalou não era mais viável, por vários fatores logísticos e estruturais, eles então desativaram a linha e a estação em 1979, abrindo uma nova estação localizada no outro lado da cidade, e somente para cargas e não passageiros. Essa mesma linha só durou nove anos, vindo a ser desativada em 1998. Em 2011 o prédio foi demolido, pois ficava em uma área asfaltada entre bairros residenciais, nos subúrbios da cidade. Tudo que restou das duas linhas foi a linha do Entroncamento Amoroso-Costa, com seus grandes viadutos ferroviários como uma linda estrutura em concreto armado.

Desde então, a Praça dos Imigrantes serviria para uso festivo, carnavais e festas municipais, há equipamentos urbanos de lazer e teatro municipal. Ele tinha um uso bem equilibrado entre as pessoas da cidade. Mas nos últimos vinte anos, algumas gestões administrativas da cidade pararam de dar valor, investir e cuidar do local. Hoje em dia, temos algumas instalações públicas nessa praça, como Biblioteca, Rotary Club, Procuradoria, Pistas de Skate e Teatro Municipal. Mas visitando e perguntando a alguns trabalhadores deste local, vi que mesmo esses poucos usos, são desvalorizados e de pouco interesse pela população. O Teatro Municipal realiza somente dois festivais por ano, fora isso, tem sessões de cinema mensais, mas está sem nenhuma exibição desde 2016. A biblioteca tem uma média de dez visitas por dia, dentre essas dez, somente quatro procuram livros e informações, o restante apenas vai para usar a internet gratuita. A única forma de vida que é relutante e diária, que mantém as luzes da praça e o movimento periférico, são os carrinhos de lanche, que são instalações fora da praça, localizadas na rua inferior, com o acesso mais difícil, e piores condições sanitárias e elétricas. Mas continua sendo a única forma de segurança noturna do objeto de estudo.


Figura 12: Viaduto Ferroviรกrio Ribeirรฃo-Uberaba Fonte: Google Street View, 2017.

Figura 13: Praรงa dos Imigrantes Fonte: novacidade.com, 2017.

Figura 14: Praรงa dos Imigrantes. Fonte: Hermes Y. Hinut, 2017.


21 Figura 15: Praรงa dos Imigrantes. Fonte: edicaoonline.com.br, 2017.

Figura 16: Praรงa dos Imigrantes Fonte: media-cdn.tripadvisor.com, 2017.


O crescimento da cidade atraves dos anos

Na imagem acima, podemos observar que o crescimento da cidade começa para o sentido oeste, e em cinco anos a expansão é pequena, mas relevante.

O nível da cidade aumenta conforme sobe o córrego e chega perto da atual Rodovia Anhanguera, então a expansão começa a seguir sentido Norte, mantendo o mesmo nível da atual cidade.

1955

1915

Como podemos ver acima, a fundação da cidade, consistia somente na estação e na praça ao seu entorno.

Linha do Tempo

1931

1910

EM VERMELHO ESTÁ A IDENTIFICAÇÃO DO OBJETO

Em 1955 o crecimento já começa a avançar para o Sul e novamente a Oeste, a cidade já era muito rica, mas a expansão ainda era pequena, devido a grande parte das terras ainda ter uso para fazendas de café.


Nessa época, a expansão para além da rodovia, já começa a aumentar e deixar espaço para o distrito industrial. E do outro lado, o Leste, a expansão e novos loteamentos começam a ser bem usados, devido ao limite Sul estar perto da divisa do município.

O Norte volta a expandir, mas o lado Leste já começa a predominar a maior parte do crescimento e evolução da cidade.

2017

1988

Após a queda do café, a cidade começa a ter uma maior expansão urbana, devido ao abandono e a queima da cultura cafeeira. A Anhanguera já estava implantada nessa época, a cidade começa a se limitar na rodovia, e a expandir para o outro lado. A cidade também começa a se expandir para o outro lado do vale, subindo o córrego pelo lado Leste.

2004

1967

23

Na última e atual imagem, podemos perceber que o crescimento da cidade só continua ao Leste, tendo chegado ao seu limite nos outros sentidos de expansão. Mas alguns loteamentos acham algumas brechas e conquistam um espaço a beira da divisa.


“Viver num mundo sem tomar consciência do significado do mundo é como vagar por uma imensa biblioteca sem tocar os livros.” Dan Brown


ESTAÇÃO II

TIPOS BÁSICOS DE ESTAÇÃO ESTILO DE ARQUITETURA MANCHESTERIANO LEVANTAMENTO DO ENTORNO LEVANTAMENTO DA PRAÇA DOS IMIGRANTES ESTAÇÃO I

TIJO LOS E FERRO


Tipos basicos de estacao I

I

I

Figura 17: Tipos básicos de Estação. Fonte: Arquitetura do Ferro e Arquitetura Ferroviária em São Paulo – Reflexões Sobre a Sua Preservação, 2017.

Figura 18: Combinação de linhas. Fonte: Arquitetura do Ferro e Arquitetura Ferroviária em São Paulo – Reflexões Sobre a Sua Preservação, 2017.

A FERROVIA NÃO DEIXOU APENAS LINHAS DE FERRO PARA A HERANÇA HISTÓRICA, ela também deixou os edifícios onde havia embarque e desembarque de pessoas e mercadorias. Havia um complexo de edifícios quando o assunto é ferrovia, além das estações, temos reservatório de água, galpões para guardar vagões e locomotivas, oficinas, cabina de sinalização, residência para chefe e para funcionários, etc. Mas as estações, são os elementos mais representativos dos complexos ferroviárias, e para entender e conhecer os tipos básicos de estação segue uma breve explicação sobre eles. Elas eram classificadas basicamente em dois tipos: estações terminais e estações de passagem. O primeiro se refere as estações situadas na extremidade das linhas e o segundo as estações intermediárias. Essas últimas eram dividas em classes, de acordo com seu tamanho e sua localização, sendo primeira classe de parada obrigatória, e após isso somente algumas composições paravam.

compoem uma linha, lembrando que a linha somente se difere nas estações intermediárias. Duas linhas podiam se juntar em uma, criando o entrocamento, ou uma se dividir em duas. O cruzamento é apenas quando duas linhas se confrontam e usam um pequeno espaço contínuo.

Ao se destacar as estações, também é importante ressaltar as diversas maneiras que

Fonte: KUHL, Beatriz Mugayar. Arquitetura do Ferro e Arquitetura Ferroviária em São Paulo


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Estilo de arquitetura Manchesteriano

Figura 19: Estação de Orlândia. Acervo Pessoal, 2017.

COM A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL E A PRODUÇÃO EM MASSA, o sistema manchesteriano começava a aparecer em fábricas, caracterizado pela concentração do modo produtivo em um só local. Esse estilo britânico, foi muito usado no Brasil, principalmente em São Paulo, sendo trazido para as grandes fábricas. Mais tarde ele sairia da fábrica e iria para prédios públicos, habitações multifamiliares e estações. A indústria como principal evolução mundial dissipava suas características pela cidade agora. O estilo Manchesteriano então estava espalhado por São Paulo, era ele de características: paredes de tijolos aparente, formando extensos planos recortados pelo movimento dos telhados; portões de entrada marcados; espaços amplos modelados; busca pela máxima iluminação natural através das janelas laterais repetidas e da iluminação zenital; sistema de cobertura em duas águas, ou em lanternin e a grande chaminé. As estações de Orlândia trazem muitas características do estilo Manchesteriano, mas ele sai um pouco dos padrões da fábrica e

das usinas, mas trazem as paredes em tijolos aparentes, telhado em duas águas, janelas laterais uniformes.


Levantamento do entorno Objeto de Estudo Principais Vias de Acesso ao Objeto Principais Vias Comerciais 1. Praça Coronel Orlando 2. Praça da Câmara Municipal 3. Praça dos Imigrantes 4. Praça Mário Furtado 5. Praça da Bandeira 6. Praça São José 7. Paço Municipal


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Ă rea Ampliada


Levantamento da Praca dos Imigrantes Figura 20: Pavimentação da antiga estrada de ferro. Acervo pessoal, 2017.

Á DIREITA, PODEMOS VER UMA IMAGEM DO MESMO LOCAL, o objeto de estudo; uma mais simples, mais limpa visivelmente, indicando os equipamentos e programas usados no local. Atualmente nessa área, temos algumas instalações ocupando os prédios, como Biblioteca Municipal, Procuradoria e Rotary Club. A praça tem vários usos distintos entre si, como coupações administrativas, comerciais, sociais, lazer, culturais, entre outras. O uso difuso e não articulado, faz o programa não funcionar e nem mesmo ser interessante ao moradore da cidade.


31 Comércio Diurno e Noturno Ocupação de Moradores de Rua Teatro Municipal Quadras de Patins e Skate Ocupações Públicas (Biblioteca, Procuradoria, etc.) Área de Ocupação da Festa de Carnaval


Figura 21 e 22: Caixas de รกgua. Acervo pessoal, 2017.

1 6

1

2

3 4

1 5

1


33 3

Figura 23: Banheiros pĂşblicos. Acervo pessoal, 2017.

2

5

4 Figura 24: Quadra de esportes e pista de skate ao fundo. Acervo pessoal, 2017.

Figura 25: Arquibancada da quadra. Acervo pessoal, 2017.

Figura 26: Acesso Oeste da praça. Acervo pessoal, 2017.

Figura 27: Teatro Municipal. Acervo pessoal, 2017.

6


ABAIXO ALGUNS CORTES DA PRAÇA SERÃO APRESENTADOS, os cincos cortes apresentados, estão identificados com pouca qualidade na imagem, então são eles da esquerda para a direita: Cortes A, B, C, D e E.

CRIADO POR UM PRODUTO EDUCACIONAL DA AUTODESK

Figura 28: Cortes da Praça dos Imigrantes. Fonte: Diego Tritto (Editado), 2017.

TO EDUCACIONAL DA AUTODESK

RODUTO EDUCACIONAL DA AUTODESK

CRIADO POR UM PRODUTO EDUCACIONAL DA AUTODESK

Figura 29: Cortes da Praça dos Imigrantes. Fonte: Diego Tritto (Editado), 2017.


CRIADO POR UM PRODUTO EDUCACIONAL DA AUTODESK Figura 32: Cortes da Praรงa dos Imigrantes. Fonte: Diego Tritto (Editado), 2017.

CRIADO POR UM PRODUTO EDUCACIONAL DA AUTODESK

CRIADO POR UM PRODUTO EDUCACIONAL DA AUTODESK CRIADO POR UM PRODUTO EDUCACIONAL DA AUTODESK

Figura 31: Cortes da Praรงa dos Imigrantes. Fonte: Diego Tritto (Editado), 2017.

CRIADO POR UM PRODUTO EDUCACIONAL DA AUTODESK

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Figura 30: Cortes da Praรงa dos Imigrantes. Fonte: Diego Tritto (Editado), 2017.

O POR UM PRODUTO EDUCACIONAL DA AUTODESK

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I

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Estacao I (Estacao Coronel Orlando) I

Figura 33: Primeira estação de Orlândia. Acervo pessoal, 2017.

AGORA A APRESENTAÇÃO DO EDÍFÍCIO PATRIMONIAL, a antiga e primeira estação de Orlândia. Antigamente denominada Estação Coronel Orlando. Esse edifício foi contruido e destinado aos passageiros, mas nove anos depois ficou somente para armazenamento de café. Construindo então o novo edifício da estação. Abaixo mais detalhes dele.

Elevação Lateral Direita


37 Figura 34, 35 e 36: Elevação Lateral Direita. Elevação Frontal. Elevação Lateral Esquerda da Antiga Estação Fonte: Diego Tritto (Editado), 2017.

Elevação Lateral Esquerda

Elevação Frontal


I I

I

I

I

Estacao II (Estacao de Orlandia) I

Elevação Lateral Esquerda

Figura 38: Segunda estação de Orlândia. Acervo pessoal, 2017.

AGORA A APRESENTAÇÃO DO SEGUNDO EDÍFÍCIO PATRIMONIAL, a segunda estação de Orlândia. Esse foi o segundo edifício no conjunto das estações. Onde tomou lugar para o recebimento dos transportados pela ferrovia, deixando a antiga estação apenas como um depósito. Atualmente ela está sendo ocupada pela Biblioteca Municipal e pela Procuradoria. Elevação Lateral Direita


M UM PRODUTO PRODUTO EDUCACIONAL EDUCACIONAL DA DA AUTODES AUTODE

Figura 39, 40, 41 e 42: Elevação Posterior, Elevação Frontal, Elevação Lateral Direita e Elevação Lateral Esquerda da Estação Orlândia. Fonte: Fonte: Diego Tritto (Editado), 2017.

RIADO ADO POR POR UM UM PRODUTO PRODUTO EDUCACIONAL EDUCACIONAL DA DA

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Elevação Posterior

Elevação Frontal


Figura 43: : Planta de intervenção da Estação para instalação da Biblioteca Municipal Fonte: Prefeitura Municipal de Orlândia (Editado), 2017.

A única intervenção que localizamos foi na Estação II , que é ocupada pela Procuradoria e pela Biblioteca Municipal, onde a vedação em alguns dos antigos portais de madeira, foi removida e substituida por vidro. Como podem ver na imagem abaixo.


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Patologias Degradação de Paredes e Ornamentos das fachadas das edificações:

Figura 44: : Patologias nas estações. Fonte: Acervo Pessoal, 2017.

Degradação de estrutura de madeira:

COMO PODEMOS VER ACIMA, a chuva e o tempo, degradaram o edíficio ao longo de sua existente, isso é devido a falta de manutenção e impermeabilização das estruturas e vedações. Podemos perceber o desenvolvimento de bolor e fungo, isso também poderia ter sido resolvido com uma pingadeira, pois ao observar a parte abaixo do topo do muro, percebe-se que está com melhor aparência.

A MADEIRA ESTÁ DANIFICADA PELA UMIDADE, e também degradada por fezes de aves. Uma manutenção, limpeza e impermeabilização seria o ideal. Pela estrutura, teria que verificar até mesmo as telhas em geral.

Figura 45: : Patologias nas estações. Fonte: Acervo Pessoal, 2017.

Figura 46: : Patologias nas estações. Fonte: Acervo Pessoal, 2017.

Falhas na estrutura:

COMO A ESTRUTURA É DE TIJOLOS, com o tempo e a falta de manutenção, a argamassa começa a enfraquecer, até porque a estrutura é exposta ao tempo e não tem chapisco nem reboco. Alguns tijolos soltaram conforme podemos observar na imagem ao lado, são tijolos na parte periférica, mas dos pilares, o que pode ser muito prejudicial ou até fatal para o edifício. Com o tempo e sem o devido cuidado necessário, a umidade entrará ainda mais na argamassa e pode ruir a estrutura. Um reforço e manutenção seriam essenciais para a patologia.

Figura 47: : Patologias nas estações. Fonte: Acervo Pessoal, 2017.


CARVAO

MAIS


Charles Chaplin

PATIO BELLAVISTA MUSEU DO FUTEBOL

REFERÊNCIAS PROJETUAIS RED BULL STATION LADEIRA DA MISERICÓRDIA BIBLIOTECA SÃO PAULO

“A persistência é o caminho do êxito.”


Referencias projetuais PARA MELHOR ENTENDIMENTO NA QUESTÃO DE INTERVENÇÃO DO PATRIMÔNIO, foram selecionados alguns projetos onde de alguma forma eles ajudem na intervenção do objeto de estudo, onde se respeite a natureza e a história que esses prédios carregam aos longo desses anos.

São eles: •

Red Bull Station (São Paulo – SP, Brasil)

Biblioteca São Paulo (Sâo Paulo – SP, Brasil)

Ladeira da Misericórdia/Restaurante Coati (Salvador –BA, Brasil)

Patio Bellavista (Santiago, Chile)

Museu do Futebol (São Paulo – SP, Brasil)


45

Red Bull Station Figura 48: Red Bull Station, Fonte: Google Images, 2017.

Localização: São Paulo - SP, Brasil Arquitetos: Triptyque Ano: 2013 Tipo: Restauração e Reforma


Figura 49: : escada externa do Red Bull Station, Fonte: Archdaily.com.br, 2017

A INTENÇÃO PROJETUAL QUE DESTACAREMOS NESSE EDIFÍCIO, e a intervenção em um edifício antigo, onde o novo se separa e mantém o velho . Ao lado, podemos observar que externamente, eles usam uma estrutura para reforçar a parede e os pilares já existentes, o que deixa a apresentação e a intervenção bem sucinta. Podemos observar também que a escada de metal nitidamente posta na reforma, não toca o prédio, respeitando a história e o fardo que o prédio significa. Isso também se respeita na parte interna do edifício.

Figura 50: : Escada interna do Red Bull Station, Fonte: Archdaily.com.br, 2017.

Na cobertura do edifício tem o principal ponto de encontro entre as tribos e jovens, um mirante em estrutura metálica, a intervenção é totalmente diferente do existente, pois nesse caso, ela teria que tocar a estrutura e até se fixar junto a ela em alguns pontos, então evidenciar o antigo do novo faz parte da forma de projeto dos arquitetos em relação a esse projeto.

Figura 51:Cobertura do Red Bull Station, Fonte: Archdaily.com.br, 2017.


47 Figura 52:Corte do Red Bull Station, Fonte: Archdaily.com.br, 2017.

Cobertura

Terceiro Pavimento Segundo Pavimento Pavimento TĂŠrreo Subsolo


O edifício contém atualmente cinco pavimentos, fora a parte externa, que se encontra em um nível um pouco diferente do acesso direto interno. A distribuição do amplo espaço pôde ser aproveitada com espaços sociais, espaços gourmets, café, salas de apresentação, oficinas, sala de leitura, espaço de exposições, mirante e fonte.

Como vemos na planta a esquerda, a estrutura interna também respeita o existente, onde reforçam as vigas e pilares com estrutura metálica aparente, sem tocar o edifício na maior parte, ou chumbada em pontos essenciais para a sustentação dela. Algumas salas ou áreas também são independentes do edifício, o que remete que a qualquer hora, todo o Red Bull Station pode ser desativado e a antiga Light voltar a ativa em seu antigo prédio comercial.

A direita mais algumas imagens apresentam como foram introduzidas as intalações elétricas, guarnições, entre outras. Podemos reparar também que internamente, o edifício não teve nenhuma pintura, deixando mais uma vez a história se contar pelas paredes.

Figura 53: Imagens internas do Red Bull Station, Fonte: Archdaily. com.br, 2017.

Figura 54: Imagens internas do Red Bull Station, Fonte: Archdaily. com.br, 2017.

Figura 55: Imagens internas do Red Bull Station, Fonte: Archdaily. com.br, 2017.


49

Ladeira da Misericordia Figura 56: Ladeira da Misericórdia, Fonte: Archdaily, 2017.

Localização: Salvador - BA, Brasil Arquitetos: Lina Bo Bardi João Filgueiras Lima Marcelo Ferraz Marcelo Suzuki Ano: 1987 Tipo: Restauração e Reforma


Figura 57 e 58: Ladeira da Misericórida Antes e Depois do Restauro. Fonte: http://www.xdocomomobrasil.com.br/download/artigos/obras/OBR_33.pdf, 2017.

O PROJETO FOI DE TRAZER NOVAMENTE A LINA BO BARDI A BAHIA, onde ela já tinha participado e executado um projeto de restauro e preservação. Mas dessa vez o objeto era ainda maior, pois se tratava de toda uma rua, onde muitos prédios estavam degradados, mal cuidados, e alguns até com problemas estruturais ou destruídos. A intenção dessa referência, é a forma como eles intervem em fachadas e no entorno da vizinhança, não tratando apenas um, mas todo um conjunto de prédios.


51 Figura 59: Ladeira da Misericórdia Fonte: Tumblr, 2017.

Nas imagens a direita, podemos observar a Ladeira da Misericórdia antes e depois da intervenção dos arquitetos, podemos perceber a sutileza da reforma, primeiro uma limpeza, depois pintura, e após isso um reforço nas estruturas, de maneira que mal percebe-se a diferença. A fachada é o principal objeto de restauro.

Figura 60: Vista externa do Restaurante Coati. Fonte: Archdaily.com.br, 2017.


Figura 61: Restaurante Coati Fonte: ARCOWeb, 2017 .

Figura 62: Restaurante Coati, Fonte: VimeoCDn, 2017 .

As cascas abrigam o antigo restaurante, mas elas respeitam toda a histĂłria. Os buracos informais que ela cria nas aberturas alĂŠm de iluminar, impede que se mexa nas aberturas e esquadrias antigas.


53 Figura 63: Restaurante Coati. Fonte: Archdaily.com.br, 2017.

No interior do restaurante, podemos ver a estrutura cincurdando a árvore pré-existente ao projeto. Os desenhos na edificação na parte interior, lembra um jogo de engrenagens, como se a parte inferior (do Palco), se pudesse ser erguida, se encaixaria quase que perfeitamente no teto, levando a árvore consigo.


Biblioteca Sao Paulo Figura 64: Biblioteca São Paulo. Fonte: Archdaily, 2017.

Localização: São Paulo - SP, Brasil Arquitetos: Aflalo/Gasperini Arquitetos Ano: 2010 Tipo: Projeto Novo


55 Internamente, o ritmo se mantem, deixando grandes vãos. Podemos ver que criaram módulos para espaço de leitura reservada dentro do edifício.

Figura 65: Biblioteca São Paulo. Fonte: Archdaily, 2017.

A BIBLIOTECA SÃO PAULO É UM PROJETO INSPIRADO NA BIBLIOTECA PÚBLICA DE SANTIAGO, no Chile, e o principal do projeto é o ideal que ele propõe. Esse ideal é de criar um lugar de liberade, tanto de espaço quanto de idéias, pois o local do projeto onde é o Parque da Juventudade, já foi um dos maiores complexos presidiários do Brasil, o Carandiru. Os pilares distanciados criam vãos livres, que aumentam a sensação de liberdade que o local deve manter. Também podemos citar a grande faixa de janelas, que criam uma iluminação zenital por todo o edifício. Além de ser envolto em grandes áreas verdes, de parque ou descanso.

Figura 66: Biblioteca de São Paulo, Visão Interna. Fonte:Archdaily, 2017.


Figura 67: Biblioteca São Paulo. Fonte: Archdaily, 2017.

Figura 68: Biblioteca São Paulo. Fonte: Archdaily, 2017.

Nas imagens, estão as áreas externas do edíficio, de iso comum, como área de apresentação musical, terraços e mirante. A grande fachada frontal do edifício se expande além da suas extremidades, criando uma barreira naquela direção, mais visual que para questões naturais, pois a fachada é recortada por uma grande faixa de janelas. Os terraços são voltados para os lados leste e oeste, para aproveito da insolação, já que São Paulo é mais frio que a maioria do estado; e as coberturas são de pérgulas de laminados de eucalipto de reflorestamento e policarbonato. As estruturas em concreto, são de grandes placas de concreto pré-moldado.


57

Figura 69: Biblioteca de São Paulo, Corte. Fonte: Archdaily, 2017.

No corte podemos perceber exatamente o ritmo da estrutura, espaçado de 10 em 10 metros por pilotis. Além do ritmo também existir nas lajes, nos pilares e nas coberturas. A ventilação zenital também ajuda a ventilar e iluminar a grande área interna criada pelo projeto.


Patio Bellavista Figura 70: Patio Bellavista. Fonte: disenoarquitectura.cl, 2017.

Localização: Santiago, Chile Arquitetos: Plan 3 Arquitectos Ano: 2009 Tipo: Centro Comercial


59 O PATIO BELLAVISTA, é um projeto com intervenção no pátio interno de uma quadra em Santiago, com entradas nos quatro lados e estacionamento subterrâneo. Como muitas quadras em Santiago com pátio interno, o uso costumava ser mais restrito aos edifícios envoltos a ele. Mas o projeto visou abrir um desses pátios para o público, onde em questão está localizado no centro da cidade, com uma grande movimentação de comércio e lazer diurno e noturno. Ao andar pela quadra, vários prédios históricos rodeam o Bellavista.

As entradas do Pátio são discretas, tanto que quem não sabe da sua existencia, as vezes passa despercebido. Mas essa é a intenção, que ele não interfira externamente no cojunto de fachadas préexistentes, e ao adentrar no pátio seus olhos se inundem com o projeto, parecendo até outro lugar, fora do estilo em que estava.

O interior é mais moderno e colorido em relação ao exterior, o que cria essa distinção e chama a atenção do público. As ocupações de comércio e restaurantes são em espaços que parecem ser modulares, mas de diferentes materialidades.

Figura 71: Entrada do Patio Bellavista. Fonte:disenoarquitectura.cl, 2017.

Figura 72: Entrada do Patio Bellavista. Fonte:disenoarquitectura.cl, 2017.

Figura 73: Entrada do Patio Bellavista. Fonte:disenoarquitectura.cl, 2017.


Figura 74: Planta de ocupação da Quadra. Fonte: disenoarquitectura.cl, 2017.

Marcado em vermelho temos a ocupação pré existente, e em azul temos as novas ocupações propostas e criadas pelo projeto. Nas novas ocupações, podemos ver os módulos comerciais, onde funcionam como Shopping, onde quem aluga pode pegar mais de um módulo, como é o caso dos restaurantes que chegam a ocupar quatro, dois em baixo e dois em cima.

Acessos


61

Museu do Futebol Figura 75: Estádio Municipal – Museu do Futebol. Fonte: Archdaily.com.br, 2017.

Localização: São Paulo – SP, Brasil. Arquitetos: Mauro Munhoz Arquitetura Ano: 2008 Tipo: Memorial histórico


O MUSEU DO FUTEBOL É UM PROJETO DE UMA MEMORIAL SOBRE O FUTEBOL BRASILEIRO, ele é localizado em São Paulo. Mas o projeto estrutural em si, não nos é útil para a intervenção em Orlândia, o projeto é uma referência para a futura Estação do Amanhã, no que diz respeito a apresentação de ideias na parte de som, imagens e informações. A intenção de trazer essa referência, é exclusivamente para o uso do memorial histórico que será implantado no objeto, onde tiramos o modo de apresentar o acervo e a sinestesia que o projeto transmite para os visitantes.

Na imagem ao lado, podemos ver uma das apresentações internas de informações sobre futebol, onde no caso são quadros de fotos de bolas, troféus e brasões. Eles usam somente uma parede como apresentação, deixando os outros lados mais limpos, para além de ver a exposição, poder ver também a composição da estrutura.

Figura 76: : Museu do Futebol. Fonte: Archdaily.com.br, 2017.

Na figura abaixo temos uma apresentação histórica sobre o futebol, nesse caso, eles disponibilizaram toda uma sala para essa exibição, e com algumas telas interativas. Todas estão dispostas em molduras onde se pode rotacionar e vivenciar diferentes épocas da história Figura 77: Museu do Futebol. Fonte: Archdaily.com.br, 2017.


63 Figura 78: Museu do Futebol. Fonte: Archdaily.com.br, 2017.

A apresentação de vídeos e multimídia tem toda uma sala e uma estrutura especial para ela. Ela não tem iluminação fora as próprias telas, diminuindo a possiblidade de reflexos nas superfícies dos televisores.

Figura 79: Museu do Futebol (Arquibancadas). Fonte: Archdaily.com.br, 2017.

A figura 79 apresenta a passagem sob a arquibancada, onde tem apenas uma passarela e uma escada. Mas nessa passagem acontece uma sinestesia em apresentação, o espectador vivencia várias imagens projetadas dos times brasileiros, filmadas em pleno jogo; isso acompanhado de uma disposição de caixas de som, que sintonizam o áudio com a imagem, e nos transmite os hinos em grande altura. A sensação é de que o jogo realmente esteja acontecendo naquele momento, em cima daquelas arquibancadas.


“Sempre existe uma escolha.” O Livro de Eli


PROGRAMA DE NECESSIDADES FLUXOGRAMA DIRETRIZES PROJETUAIS

DE VOLTA AOS TRILHOS


Programa de Necessidades • Biblioteca •

Áreas de Lazer

Praças de Alimentação

Áreas de Comércio

• Mirantes •

Memorial da Cidade

Espaço de Inclusão Social para Moradores de Rua

• Módulos • Café •

Pista de Skate e Patins

Anfiteatro

Arborização Frutífera


67

Fluxograma

A INTENÇÃO DA DISTRIBUIÇÃO DOS OBJETOS E ÁREAS DO PROGRAMA DE NECESSIDADES é de que o visitante tente passar pelo máximo de lugares possíveis, sem barreiras ou pressão, com a maioria dos ambientes aberto e modulares. Mas que só pela caminhada até o seu destino, ele passe por mais três programas.


Diretrizes Projetuais O PROJETO COMEÇA A PÁRTIR DE UMA INTENÇÃO, a intenção de requalificação, que nesse caso é a de intervir na Praça dos Imigrantes, onde se encontram as antigas estações ferroviárias da cidade, que já foram a artéria que alimentava o município. Hoje o seu uso é raro e mal ultilizado, deixando um espaço tão rico, importante e com um potencial enorme perdido. Então a partir dessa intenção, o trabalho e o projeto será em três diferentes escalas para obter uma requalificação do espaço, tirando todos os equipamentos já existentes e repensar para onde eles serão locados. A primeira dessas escalas, será a dos equipamentos e instalações fornecidos para os futuros usuários da praça. Nesses termos, encontramos principalmente uma biblioteca, uma pista de skate, os diferentes módulos e seus usos, um anfiteatro, um café e um centro

histórico. A biblioteca será subterrânea, de forma que ela não crie um grande constraste com a estação, ficando apenas levemente identificada ao seu lado, e criando assim também uma melhor condição para preservação do acervo que ela receberá. A pista de skate tentará trazer diferentes tribos para o uso do objeto, criando assim uma diferenciação de idades e estilos, visando melhorar a integração dos moradores. Além de que é a única pista de skate na cidade. Os módulos serão divididos por tipos, identificados por cores, para futura assemelhança com quem frequenta o espaço. Módulos verdes serão de sanitários, módulos amarelos serão de gastronomia, módulos vermelhos para o comércios, módulos laranjas para oficinas e artesanatos, e por último os

módulos azuis, que trarão um incentivo social para ajudar o morador de rua, onde será fornecido um espaço para ele tomar banho, fazer suas necessidades, conseguir uma roupa limpa e também informações para busca de empregos. O anfiteatro tem como intenção integrar o café a um espaço musical, e também para melhorar a movimentação noturna. O café será instalado na primeira estação, onde além de tomar um delicioso café, poderá também saber a história desse produto, e por que ele é tão importante para a cidade. E para quem não conhece os grãos ou a planta que os produz, do seu lado terá pequenos pés de café, para melhorar a experiência do visitante. O centro histórico será instalado na segunda estação, onde além de contar a história das ferrovias, dos trens e da cidade de Orlândia,

também tentará remeter e trazer a experiência de uma antiga estação em funcionamento, com bilheterias, plataforma, bancos, e até mesmo o som do trem chegando.

A segunda escala é a da praça em sua área total, visando integrar esses equipamentos e mexer com a paisagem dela. Então será primeiramente criado uma linha na antiga posição da ferrovia, mas com diferentes materiais pelo percurso, fornecendo uma sinestesia e obstáculos para todas as pessoas. Também terá uma alteração nos níveis, diminuindo o número de curvas de nove para três, criando alturas maiores entre os pisos. A terceira escala será de tamanho municipal, mas será uma ideia e não um projeto. Onde a modificação da praça incentive e apele ao governo para melhorar seus sistemas de lazer e cultura. Criando até futuramente uma teia interligando todos os pontos atuais e futuros de interesse para o cultivo do corpo e do espírito.


69


Charles Chaplin

ESTA CAO

“Enquanto você sonha, você está fazendo o rascunho do seu futuro.”

I

I


ESTUDO DO TERRENO ESTAÇÃO DO AMANHÃ ARBORIZAÇÃO PISTA DE SKATE E PATINS MEMORIAL HISTÓRICO BIBLIOTECA MUNICIPAL ANFITEATRO CAFÉ MÓDULOS

AMANHA

DO I


Estudo do terreno Ao lado podemos ver o terreno em suas medidas e curvas atuais, onde podemos contar com uma diferença entre as curvas que passam por dentro da praça de 9 metros, desde a primeira até a última curva. O grande problema dessa inclinação é que muitos pontos ao lado das estações, ou boas áreas de circulação são perdidas devido as bruscas alterações de altura por entre os pequenos esoaços.


73 Ao lado está a intervanção no terreno, onde de nove curvas de níveis o objeto teve alteração em seu desnível. Para melhorar os epsaços entre os níveis, juntamos algumas curvas, indo de 9 para 4 curvas, criando alguns patamares de distribuição e uso para a praça dos imigrantes. Esses patamares não ficarão divididos por apenas um metro como antes, mas terão de 2 a 3 metros, uma altura relevante. Os pontos de acesso serão definidos a frente, conforme o projeto se desenrola. Mas a intenção dos patamares é aumentar os níveis, mas aumentando assim também a área entre eles, criando e permitindo espaços de uso.


I

A Estação do Amanhã, é uma inteção antes mesmo de qualquer projeto. Essa intenção é REINTEGRAÇÃO. Reformar a praça, tem como ponto de partida e motivação, as estações, que são o sopro de vida que conceberam a fundação do município. Então elas serão mantidas, junto com as caixas de água da antiga ferrovia, e tudo então será demolido. Elas serão deixadas pelo peso cultural que tem, e tudo será criado a sua volta. Agora, todo o projeto futuro é pensado de forma que nos remetam, tragam ou lembrem a história de Orlândia e da ferrovia da antiga linha Mogiana.

Áreas Verdes Piso Impermeável A Linha Espelho D’Água Caixas de Areia

I

I

Estacao do Amanha

Ponto de Ônibus, no início da linha.


75

Pontos de acesso para o segundo pavimento

Altitude: 98 metros acima do mar Primeiro Patamar: Toda a área da praça, era imposta em um declive de nove metros. A diferença continua, mas mexemos nas proximidades das linhas, aumentando a diferença entre as curvas de níves, mas aumentando as áreas em grandes patamares. O primeiro patamar, nada mais é que uma linha de passeio, onde também tem o acesso principal da parte de cima do objeto.

Áreas Verdes Piso Impermeável


O topo do anfiteatro está nesse patamar, começando com seu espelho d’água, como uma nascente para derramar suas águas pela arquibancada e contornar o palco.

Nesse patamar se encontra a antiga estação II, que agora será o memorial histórico da cidade.

Altitude: 95 metros acima do mar

Segundo Patamar: No segundo patamar, já começa a apresentação principal do projeto. A linha. A linha nada mais é que uma faixa, de diferentes funções e materialidades, que tem como intenção guiar o visitante pelo decorrer da praça, o guiando em diferentes atividades e equipamentos. Também temos a primeira área de locação de módulos. Áreas Verdes Piso Impermeável A Linha Espelho D’Água

A pista de skate e patins começa nesse patamar, para terminar no nível inferior.

A biblioteca municipal também fica neste pavimento.


77

Áreas de locação de módulos O café como uso da antiga estação I

Altitude: 93 metros acima do mar

Terceiro Patamar: No segundo patamar, a pista de skate tem sua continuidade. Mais a frente, temos em frente a biblioteca, uma área infantil. Comgramado e caixas de areia.

Áreas Verdes Piso Impermeável O anfiteatro

A Linha Espelho D’Água Caixas de Areia


Altitude: 90 e 91 metros acima do mar

Quarto e Quinto Patamar: Esses últimos níves são a compensação de altitude da praça, é onde se acumula o acerto da altura do objeto desde sua construção. E isso de certa forma foi mantido.

Áreas Verdes Piso Impermeável

91 m 90 m segundo nível do parque infantil. área de locação de módulos


79 O ponto de ônibus, se encontra exatamente ao lado da linha, bem no começo do passei. Ligando ela a um transporte externoque permite o passageiro descer do ônibus e já seguir o caminho imposto pelo projeto

A Linha Figura 80: Piso que gera energiana França. Fonte: piauishopping.com.br, 2017.

Figura 84: Linha com piso energético . Fonte: archdaily.com, 2017.

A linha tem a principal intenção de guiar o visitante pela praça, por entre os equipamentos, passeios e serviços. Mas ela também possui algumas materialidades, como um piso sensível a pressão, que induz energia sempre que é pressionado (ou pisado), e isso gera pequenas quantidades de energia. Energia suficiente para manter algumas luzes de LED, ou produzir algum efeito sonoro.


I

Arborizacao I

Figura 81: Pé de Tarumã-Bori. Fonte: dasfloraserrado.com. br, 2017.

Figura 82: Fruto de Tarumã-Bori. Fonte: dasfloraserrado.com.br, 2017.

O plano de arborização, tem como intuito, trazer as árvores do serraco paulista que habitavam essa região de volta, e mostrar a muitos jovens e crianças, frutos e flores que eles desconheciam, que somente são da época de seus pais.

Árvores Frutíferas: Pé de Gabiroba (Campomanesia xanthocarpa) Mamica de Cadela (Brosimum gaudichaudii) Araticum (Annona crassiflora) Pêra-do-campo (Eugenia klotzschiana) Pé de Cagaita (Eugenia dysenterica) Buritizeiro (Mauritia flexuosa) Cereja-do-cerrado (Eugenia calycina) Mangabeira (Hancornia speciosa) Muricizeiro (Byrsonima crassifólia) Bacupari-do-cerrado (Salacia elliptica) Cambucizeiro (Campomanesia phaea) Tarumã-Bori (Vitex Polygama)

Árvores Não Frutíferas: Ipê Amarelo

Figura 83: Buritizeiro. Fonte: dasfloraserrado.com.br, 2017.

Figura 84: Buriti. Fonte: dasfloraserrado.com.br, 2017.


81 Ao lado temos a distribuição da área verde, ocupadas por árborização frutífera e não frutífera.

Árvores Frutíferas Árvores Não Frutíferas


Pista de Patins e Skate

A intenção da pista é de continuar a trazer diferentes escalas e tribos para a Estação do Amanhã, sempre influênciando e ajudando o convívio e a integração dos moradores e não moradores de Orlândia.


83

Áreas Verdes Piso Impermeável A Linha

6

Piso Cimentado

Rampas posicionadas na área: - Miniquarter

2,00

1 - Quarter-Pipe

2

0,00

1

5

- Savana

2

4 - Savana com Trilho

5

A intenção dela é de se distribuir em dois diferentes níveis, como iremos indicar abaixo, trazendo maior intensidade e adrenalina para o aproveitamento do esportista. O prímeiro nível, consta com uma piscina, uma estrutura muito usada para manobras, principalmente no caso dos skatistas, onde ela delimita uma certa área de pequeno espaço, fazendo o usuário perder pouca potência de uma borda para a outra. E depois ela segue com uma rampa fechada até o nível inferior, onde está implantado o restante das rampas.

- Rampa Reta

3

A pista é própria para patinadores e skatistas, também pode ser usada para algum ciclista, que queira tentar alguma gracinha com sua bike.

Nesta área circulada, temos dois pontos de passagem entre níves, ou melhor dizendo, dois acessos. Um como já mencionado acima, serve somente para os usuários da pista, pois fica em um corredor que desce até o nível inferior. O outro é uma rampaque se inclina com 8,33% até o nível abaixo. No nível inferior, tem uma área maior de manobra, com rampas verticais e corrimão, criando uma maior espaço e diferentes equipamentos para essa escala de esportiva.

4 2

- Banks (Piscina)

6

Implantação Ampliada


A

3,00

,00

1,00 0,00

Corte A


85

B

Materialidade: As pistas e rampas profissionais são feitas de concreto armado ou madeira. Nesse caso, como ela será uma implantação fixa e planejada, será de concreto armado. Depois escovada e muito bem desempenada, para melhorar a performance do esportista sobre o piso. Figura 85: Concretagem de uma piscina . Fonte: unicomengenharia.com.br, 2017.

2,00

0,00

Corte B


I

Memorial Historico (Antiga Estacao II) I

O memorial terá a função mais importante de toda a praça e de todo o projeto, ele terá que ser somente ele mesmo. Mas ao contrário de algo novo a ser criado ou implantado, ele vai contar toda a história que carrega por mais de cem anos.


87 2,00

Áreas Verdes Piso Impermeável A Linha

A estação, não só essa como as duas, são os principais pontos de referenciamento para locação da linha do trem, pois a partir delas conseguimos identificar onde exatamente ela passava. ,00

Implantação Ampliada

Como está ao lado, a linha passa bem em frente a plataforma de embarque, E bem a frente da linha e da plataforma, temos o final do patamar, descendo para uma praça de alimentação, como mostra a implantação geral.


Planta Baixa

Programa:

A primeira exposição é sobre a história da ferrovia e dos trens, trazendo e aumentando a informação do visitante sobre as fundações deste equipamento. Aqui também começará a sinestesia proporcionada pelo equipamento, onde você conseguirá ouvir o barulho do trem chegando do lado de fora, com seu apitos e engrenagens se aproximando.

Na parte administrativa, além da limpeza, local de gerência e tudo mais; também há a bilheteria. É na bilheteria que você garante sua entrada e embarque para a próxima parada, a sensação de voltar no tempo, comprando sua passagem. E vivenciando então, pessoas trajadas com roupas do começo do século passado, isso só para começo.

A parte destacada em rosa, é a parte onde o visitante já passou pelo histórico da ferrovia e se encaminha ao histórico de Orlândia. Nessa estada, ele passará por várias salas, onde cada uma introduzirá o histórico de forma articulada (Com posters, notícias em jornais e revistar, entrevistas e outras formas de multimídia) e funcional. Também será limitado por sala, a contar apenas 20 anos ao decorrer da idade da cidade, e assim chegar aos dias de hoje. Ao final teremos uma loja, somente para marcar a visita com algum souvenir ou presente.

Ao final temos uma área aberta, para descanso a apreciação das áreas internas mais conservadas, que não tiveram degradação da ação humana como a exterior.


A

0,00

Corte A

89

0,00


Requalificação, Restauro e Intervenção:

O edifício terá restaurações em questões estéticas, preservando a estrutura. Será lixado e limpado, tentando tirar as degradações de ações humanas, como pixações e urina. Isso será aplicado nas áreas externas, como tijolos e madeira. A estrutura do edíficio será mantida, pois não apresenta grandes rupturas, nem falta de resistência. Um estudo foi feito antes da instalação da atual biblioteca municipal, onde diz que não teria necessidade de reforço estrutural. Duas paredes internas serão modificadas. Essas paredes não são originais nem estruturais, são alterações feitas antes da instalação da biblioteca.

Figura 86: Estrutua degradada da estação . Fonte: arquivo pessoal, 2017.

Figura 87: Estrutua degradada da estação . Fonte: arquivo pessoal, 2017.


91 O Passeio e suas Sensações: Durante as exposições, você irá conseguir ouvir o trem chegando, o som é tão forte, que dá até a sensação de que a estrutura treme com a chegada (efeito será produzido por autofalantes).

Nessa parte, você começará sua visita, e será abordado (desde a bilheteria) por pessoas com roupas dos anos 30, onde foi o ápice de viagem de trem na cidade. Figura 88: Típica família dos anos 30 . Fonte: flickr.com, 2017.

Dentro da história de Orlândia, o visitante será informado através de jornais, revistas e outras mídias, como áudio e televisor; sobre tudo que é e foi importante para a construção da cidade.

Ponto de Partida Aqui você irá adquirir seu ingressp para o embarque.

Ao final do passeio, a nossa intenção é de que o visitante tenha, além de aprendido sobre a história ferroviária e a local; a sensação de voltar no tempo e visitar realmente uma antiga estação em funcionamento.


Biblioteca Municipal Primeiros Esboços Como o principal intuito da intervenção na praça é a REQUALIFICAÇÃO, a biblioteca é um dos únicos equipamentos que nunca teve seu espaço já pensado, ela ocupa a estação atualmente. Então no caso da biblioteca, demos uma atenção especial a sua localização e forma. Ela será centralizada a praça, com o intuito ter uma arquitetura mais moderna, se diferenciando e se destacando do resto. Mas para não se sobresair demais, ela será estratégicamente colocada dentro da superfície do patamar superir, ficando assim, parcialmente subterrânea e parcialmente aparente. Na imagem ao lado, seguindo uma linha de raciocínio, foi de que ela se situa-se exatamente no limite da curva de nível daquele patamar, criando assim um de seus fechamento totalmente fora do desenho ortogonal dela, criando algo mais orgânico que acompanha o terreno. A ideia da cobertura foi de criar um belo mirante de onde se tenha uma vista central de toda a praça e do lado contrário da cidade, onde ela sobe acompanhando o vale em que a praça se encontra.


93 Na parte interna da biblioteca, o desenho ortogonal seria ultrapassado do externo para a estrutura interna. As estantes serão a base para a estrutura, onde serão os pilares e seu desenho se estenderá até as vigas, onde serão o principal apoio para a laje. A estrutura definirá toda a espacialidade interna, definindo as estantes, parte do mobiliário, fechamentos e divisórias. Por entre as grandes estantes-pilares, o teto terá alguma iluminação zenital para deixar o ar mais limpo dentro do edíficio. Mas a questão da ventilação será por ar-condicionado, devido a necessidade dos livros contra luz forte direta e poeira.


A atual biblioteca da cidade tem alguns problemas, como estrutura inadequada, falta de interesse municipal e desorganização de áreas. Livros são muitos importantes, e não poderia deixar de existir aqui, uma biblioteca, por mais singela que for a implantação desse novo equipamento. Ela será parcialmente subterrânea, com o mesmo intuito de um livro. Você tem que ler para saber se a história é boa, no mesmo caso da biblioteca, onde você terá que acessar para descobri-la.


95

As janelas zenitais da biblioteca, tem dimensões pequenas, com o intuito de dar pequenos pontos de observação e iluminação para o meio interno. Os livros não podem ter muita exposição a uma luz solar forte, pois isso estraga as páginas dos livros.

2,00

Mas a biblioteca não é subterrânea? Sim, o corpo dela se encontra em sua maioria abaixo do nível em que ela está. O que vemos na implantação é a cobertura do edifício, ela ultrapassa 1 metro acima do nível em que ela é locada. Para quem entra pelo nível inferior, a biblioteca está parcialmente dentro do nível, ficando com 1 metro abaixo da terra, e 3 metros acima. Ou seja, ela é subterrânea em níveis diferentes.

3,00 Áreas Verdes Piso Impermeável A locação da biblioteca foi pensada de forma que ela saia dos polígonos tradicionais que existem na praça, em forma de retângulos, e ouse de forma mais espacial. Ela tem uma quebra em seu desenho, que é a linha final, que é dividida pelo próprio desenho da curva de nível. Então o fechamento frontal da biblioteca, além de ser todo de vidro. É alinhado ao desenho da curva.

0,00

A Linha Caixas de Areia

Implantação Ampliada


Acessos O acesso da biblioteca é feito por dois lados, em níveis diferentes.

Estrutura

O primeiro acesso, o superior, é feito por uma escadaria, entrando pelo nível superior e descendo até a biblioteca.

A estrutura da biblioteca é feita pelas suas estantes. As estantes tem um desenho orgânico, deixando seu núcleo em concreto armado completamento sólido, enquanto sua parte externa se torna o local de armazenamento dos livros.

O segundo acesso, é feito por outra escadaria e uma rampa, esse é pelo nível inferior.

Planta Baixa


97 A área da biblioteca é dividida em quatro partes: Espaço para Jovens e Adultos, aqui se encontram a administração, os acessos, e além de tudo os livros destinados a leitura acima de infantil. Espaço infantil. Aqui tem o material e equipamento adequado a leitura e uso de crianças.

Sanitários Acessíveis e Comuns

Espaço de Manutenção. Aqui é onde fica o controle de energia e a central do ar condicionado.

Planta Baixa


3D Externo

3D Externo

3D Interno

3D Externo

3D do Acesso Superior

Desenhos Tridimensionais


99

3,00 2,00 0,00

Elevação Frontal


A

Aqui podemos ver a diferença de níveis entre o acesso superior. Entre os niveis acima e abaixo do eixo da biblioteca.

3,00 2,00

0,00 -1,00

Corte A


101

B

A linha que corta a praça se apresenta de uma forma inusitada nesse equipamento. Ao invés de somente acompanhar o relevo e estruturas, ela corta a biblioteca ao meio, dividino ela nas áreas infantis e adultas. A linha se apoia nas estantes e desce até o nível inferior, abrindo um corredor cercado de vidros.

3,00

0,00 -1,00

Corte B

Parte do mobiliário, é feita a partir da linhas da biblioteca, como podemos ver acima, onde a estante vira banco e depois mesa. Abaixo, podemos ver um exemplo de como as linhas se organizam.


C

No fundo da biblioteca, tem uma escadaria de leitura, onde os degraus servem como um arquibancada.

1,00 0,00

-3,00


103 Figura 90: Diferença entre vidros . Fonte: sainsulfilm.com.br, 2017.

Materialidade:

As paredes e estruturas da biblioteca são feitas em concreto armado. Criando assim uma maior resistência e uma melhor flexibilidade.

Figura 89: Concreto Armado . Fonte: aecweb.com.br, 2017.

O fechamento da paredes não estruturais da biblioteca são feitos em placas de vidro temperado de dois metros por quatro, com dimensões menores em alguns espaços. O uso do vidro temperado é devido a diferença da ação de quando ele quebra, se despedaçando por completo, não deixando cacos afiados e cortantes, mas sim granulos de vidro. Isso acontece devido a pressão e resistência que ele perde ao quebrar.


Cafe (Antiga Estacao I) I

I

I

O café como um equipamento tem um grande peso. Até porque não teria sentido colocar um café, sendo que qualquer módulo poderia fazê-lo. A intenção do café no nosso edifício cultural e patrimonial é de mostrar e contar a história econômica do principal produto e da principal fonte de renda que deu vida a cidade de Orlândia, levando uma grande fazenda de café a um dos mais influentes municípios da região. Então assim como a ferrovia, o café também foi um dos ingredientes que construíram a ideia dessa fundação à um município.


105 A linha também passa em frente a plataforma, como era originalmente, torando o segundo ponto de apoio para reestabelecer esse contorno histórico. 3,00

Como os patrimônios não devem ser tocados ou mexidos, os relevos entornos deles foram os únicos que não puderam ser mexidos. Na verdade, eles são os pontos fixos que delimitaram como uma partida o estudo de níveis. Atrás do Café está uma das maiores diferenças de nível em todo o objeto de estudo, com mais de 4 metros de altura entre os patamares já ajustados.

1,00

0,00

Áreas Verdes Piso Impermeável A Linha

Implantação Ampliada


Figura 91: pé de café . Fonte: osul. com.br, 2017.

Os pés de café, fazem parte desse equipamento, deixando o usuário conhecer a até colher seus grãos.

O café consta com alguns toques bem clichês, não queremos nada inovador para esse equipamento no projeto. Mas um diferencial teremos.

Planta Baixa


107 A cobertura externa, é de estrutura em perfil metálico simples, e fechamento em vidro temperado. Ela nada mais é para disponibilizar um espaço aberto, mas ao mesmo tempo coberto, do qual disponibiliza ao cliente comprar seu café, ficar vendo a praça do lado externo do prédio, ao lado dos pés de café.

0,00


Anf iteatro

O ideia ou uso de um anfiteatro, já é antiga na praça. Já havia um antigo anfiteatro e um palco, mas entre eles era localização de uma quadra poliesportiva. O que não dava muito sentido para a implantação. Então foi demolido todo o existente e para criar um novo anfiteatro, que acompanha a curva de nível, dando a sensação mais natural da descida dos degraus. A água cerca o palco sinuoso a frente das arquibancadas, criando assim uma melhor acústica para apresentações livres, sem equipamentos para potencializar.


109 O espelho d’água se divide em dois níveis, onde ele começa em cima e tem uma queda de água que passa por entre os degraus da arquibancada, trazendo sempre a sensação se envolver o ambiente e a natureza (mesmo que de forma artificial), com a pessoa que frenquenta a praça.

2,00

No nível inferior, a queda de água termina em um espaço maior que o superior, onde temos alguns peixes pequenos, mas principlamente, ele contorna o palco, cercando o espaço por água.

0,00

Áreas Verdes -0,50

Piso Impermeável A Linha Espelho D’Água

Acima, o primeiro esboço da requalificação e reestruturação do anfiteatro e seu estudo de palco junto ao espelho d’água. O estudo foi antes da modificação para a queda de água por entre os espelhos de água.

Implantação Ampliada


A

Área de apresentação musical/teatral. Localizada através do melhor estudo de direção e acústica

3,00 2,50

0,00 -1,00

Corte A


111 A Difusão das Ondas Sonoras As ondas sonoras são direcionais, e quando elas se encontram ou topam com uma superfície mais densa e lisa, elas refletem na mesma direção. Assim como e exemplo abaixo:

Mas quando elas encontram uma superfície em movimento, como é o caso da água. Elas tendem a refletir em sentidos diferentes, ficando difusas entre seus sentidos, ampliando e espalhando melhor o som na área. Como no exemplo abaixo:

Corte A


I

Modulos Figura 92: Container . Fonte: rentconlocacoes.com.br, 2017.

A Estrutura Modular: Os módulos serão estruturas em perfis metálicos, com dimensões semelhantes com um container náutico comum de pequeno tamanho. As modulações podem ser tranformadas, juntando mais de um desses módulos, isso depende da vontade do empreendedor e na necessidade do tamanho de seus negócios. A intenção do container, é de remeter ao vagão de trem, que bascimente usa da mesma materialidade e dimensões. E criar assim sempre uma sensação constante, como uma memória, de um local pertencente a uma antiga ferrovia.

Os container tem um sistema de cores que varia, ou por empresa ou por tipo de carregamento. No projeto, usaremos um sistema de cores definidos pelo uso do módulo. Veja à direita:


113 Módulo Gastronômico Módulo Comercial

Materialidade:

Figura 93: Fechamento dos módulos . Fonte: http://mycontainerhome.blogspot. com.br, 2017.

Figura 94: Placa de concreto . Fonte: artmoldados.com.br, 2017.

Módulo de Oficina e Artesanato Módulo Sanitário Módulo de Interesse Social A identificação por cores será feita através das chapas nas paredes dos módulos. Como o material é um condutor térmico, ele será colocado em apenas uma ponta de cada módulo, apenas para identificação e similarização.

Figura 83: Estrutura de uma placa de concreto . Fonte: conpargroup.co.uk, 2017.

Para melhorar o conforto térmico dos módulos, entre as placas de container e as placas de fechamento em concreto, serão colocados uma camada de isolamento térmico com espuma de poliuretano.

a última parte do fechamento será feito com placas de concreto pré-moldadas, que são de fácil manipulação, transporte e instalação. Além de serem leves.


Fechamento do modulo

Acima é apresentado o fechamento do módulo por placas de concreto. Assim como indica no memorial do mesmo. As placas são fixadas nas hastes do perfil metálico que compõem a estrutura.

As hastes centrais podem ser retiradas, pois a estrutura fundamental são os pilares dos vértices. Neste caso, estamos mostrando a retirada da haste para a colocação de uma vitrine, ou um fechamento com vidro.


115 Aqui a colocação do tablado do piso, também em placas de concreto. Também tem a colocação da vitrine especificamente intencionada para este módulo.

Nessa etapa tem a colocação das placas de metal que caracterizam e identificam o módulo pela sua função. Nesse caso, o módulo habitacional.

Aqui é apresentado um módulo com um fechamento básico, sem qualquer adicionamento de decorações. Isso serve somente para visualização de como eles funcionam.


Modulo Gastronomicos I

A cor definida para os módulos gastronômicos é a AMARELA.

Todos os módulos podem ser planejados, fechados e organizados da forma que o dono ou empreendedor quiser. Criando as aberturas, cores e decoração que achar necessárias para o sucesso de seu negócio. Ao lado temos um exemplo em layout de um módulo já pronto, com ligação de água e saída por exaustão. Além do espaço interno, ele também irá disponibilzar de um espaço externo, provido pela própria praça, com áreas de alimentação e mesas.

Layout

Elevação Posterior

Elevação Lateral


117

Modulo Comercial I

Foi colocado um toldo, no acesso do módulo, para representação das várias possibilidades de mpibliários a serem instalados.

A cor definida para os módulos comerciais é a VERMELHA.

Abaixo, podemos perceber que o fechamento pode ser feito com vidro também, criando ambientes mais iluminados e integrados, e vitrines.

Layout Como layout e exemplo desse módulo comercial, foi colocado um balcão, estantes e móveis de exposição para os produtos.

Elevação Lateral

Elevação Posterior

Elevação Frontal

Também foi colocado um pequeno deck, como sinal de que a modificação do módulo pode ser extendida além do interior.


Modulo de Of icina e Artesanato I

A cor definida para os módulos de oficina e artesanato é a LARANJA.

Os módulos de oficina são mais dependentes da energia elétrica, então ao final das modulações será introduzido como funcionará os módulos de distribuição de água e energia.

Layout

Elevação Posterior

Elevação Lateral


I

119

Modulo Sanitario

Elevação Frontal

Elevação Lateral

Os módulos sanitários são definidos pela cor VERDE.

Layout

Mas ao contrário dos outros, eles já são pré-definidos e planejados pela administração da praça, com um layout que dispoem de três módulos conjuntos. A instalação hidráulica dele é pensada da forma mais funcional e acessível possível.


As marcações com as placas de container em verde identificam o uso sanitário.

O banheiro é composto de três módulos, para que o espaço consiga suprir as necessidades sanitárias de forma acessível e ergonômica tanto para mulheres quanto para homens. Ao lado está diagramado, três módulos separados para uso sanitário, antes de conjunto ser completo.


121 Após a junção dos três módulos, ele se torna um mesmo sistema de uso equivalente, o sanitário. Nessas partes da junção, as paredes são retiradas para que os módulos conversem entre si, criando apenas um espaço.

Para separar o feminino do masculino, uma haste é colocada e duas placas de concreto são instaladas, fazendo o fechamento e divisória.


Modulo de Interesse Social I

A cor definida para os módulos sociais é a AZUL.

Os módulos de interesse social, tem como intenção ajudar os moradores de rua que ficam espalhados pela cidade de Orlândia, onde muitos deles ajeitavam seus abrigos nos equipamentos da antiga Praça dos Imigrantes. Não querendo piorar a situação deles, o módulo azul tem como função dar uma ajuda aos moradores de rua que buscam uma oportunidade de retomar sua vida. Eles não disponibilizarão um local de estádia noturna, não será um abrigo, mas ele poderá , através de uma administração, fornececer por uma hora, um local para eles tomarem banho, se limparem, conseguirem uma refeição decente em condições ergonómicas também decentes de se alimentar, também poderão melhorar sua higiene, fazer a barba e conseguir uma troca de roupa limpa. Todos os itens, tanto de higiene, alimentação ou vestuário, serão fornecidos por doações municipais. Não tendo despesa nenhuma do morador.

Layout

Elevação Posterior

Elevação Lateral


123

Modulo de Cobertura I

A cobertura tem acesso comum por uma escada marinheiro, mas dependendo do uso superior, como por exemplo mesas, seria da opção do empreendedor melhorar esse acesso. Mas esse já é um critério futuro.

Além dos módulos de usos, também tem o módulo de cobertura, que possibilita um uso superior, lembrando que é proibido encaixar dois módulos de uso sobrepostos. Por isso tem a opção do módulo de cobertura.

Elevação Posterior

Layout

O módulo de cobertura a ser dado como exemplo ao lado, é um que foi usado em uso gastronômico. Onde ele usa uma passarela entre dois canteiros de plantação de temperos. Ao final, na ponta superior, podemos ver também que há um espaço aberto, para saída da exaustão da fumaça do fogão/chapa.


I

I

I

Modulo de reserva eletrica e hidraulica O diferencial desses tubos, são que eles se fixam somente em um lugar, pois esse local já tem as instalações no solo que irão suprir ele.

Os módulos de instalação servem para fornecer a necessidade dos equipamentos modulares, como água potável, energia e saída de esgoto. Então os tubos são divididos em três partes, a superiror para a água potável, criando um pouco de queda para ajudar na pressão para subir a água. A parte elétrica central, para melhor difusão de fiação e energia. E o esgoto na parte inferior, para já ser despejado nas saídas e tubulações programadas no solo.

Solo Saída e Entrada de Água Potável Saída e Entrada de Energia Saída e Entrada de Esgoto


125

I

Distribuicao Modular I

As áreas destinadas aos módulos já são delimitadas na praça, agora as modulações e posições são de livre escolha do empreendedor.

Essa área é destinada aos módulos de interesse social, pois ficam próximas ao ponto de ônibus, e também em uma avenida de fácil acesso.

“Praças de Alimentação”, são as áreas destinadas aos módulos diversos, não só de alimentação, mas também comércio, oficina e artesanato.


A REDE “O passado não volta. Importantes são a continuidade e o perfeito conhecimento da história.” Lina Bo Bardi


A LIGAÇÃO DO OBJETO COM A CIDADE


I

A ligacao do objeto com a cidade I

O jogo de ligação do objeto com a cidade:

A ligação do objeto tem a intenção de criar o interesse da cidade pela Praça dos Imigrantes novamente, e com isso influenciar o governo para que os olhos dos moradores voltem a perceber o potencial de seus pontos de lazer, convívio e cultura, que são muitos. A ligação é sua uma frente de pesquisa para uma futura intervenção, onde visa interligar os objetos mais próximos e depois os mais afastados, a ligação será feita por algum sistema linear de parques ou ciclovias.



FUN DACOES


“Suba o primeiro degrau com fé. Não é necessário que você veja toda a escada. Apenas dê o primeiro passo.”

BIBLIOGRAFIA

Martin Luther King



133

I

Conclusao Após meses de trabalho em cima desse projeto, que de todos foi o mais díficil para mim, não pelo projeto em si, mas pela independência de escolha e atitudes que foram articuladas ao longo de todo o percurso. Essa é nossa marca final que ficará estampada e deixada como o ápice de nossos anos de graduação, pois desde o começo, o projeto parte de um interesse e objeto de sua escolha, então além da carga de desenhos, projetos, representações e textos; há também a parte emocional que de começo te leva e te identifica com o objeto de estudo, e é o mais díficil de representar em qualquer palavra ou imagem que possa estar nesse caderno. Meu caso de paixão com esse projeto vem de muitos anos, as ideias são mais recentes, mas o interesse em salvar o lugar de minha cidade onde tenho tantas lembranças boas, dentre elas algumas como, carnavais, parques de diversão, festas públicas, todas com pessoas importantes que fizeram ou fazem parte de minha vida até hoje. E agora, ao chegar no final dessa jornada que venho trilhando desde antes de meus vinte anos, é estranho imaginar que tudo está acabando, passei por duas faculdades, conheci vários professores, muitos amigos, e toda essa carga ficará pra sempre cicatrizada em meu interior. Pois após a colação de grau, eu estarei entrando em uma nova estrada, e não posso dizer que não sinto um frio na barriga, mas ao mesmo tempo que sinto medo, sinto uma boa ansiedade para começar a minha vida. Voltando ao projeto, eu sinto ter realizado tudo o que eu queria, da melhor forma que eu pude. Na mistura de sensações e ideias que passam pela nossa cabeça ao longo de todo o tempo em cima desse trabalho final de graduação, algumas coisas mudaram, muitas foram levemente alteradas, e deixo aqui, a melhor forma de passar a minha ideia para uma Orlândia melhor, pelo menos salvando o coração da cidade, talvez o resto comece a melhorar com seu fluxo. Espero que tenha gostado do projeto, eu sei que cada pessoa terá críticas em particular, partes que gostaram e partes em que não concordam, algumas até odiarão certas partes. Mas cada cabeça é diferente, toda crítica é bem vinda, nosso trabalho é uma arte, e como toda arte, muda aos olhos de cada pessoa.

Obrigado, e espero que tenha aproveitado. De um futuro Arquiteto e Urbanista Murillo Veloso Spimpolo


Bibliograf ia Entrevista a Augusto Bordin, Arquiteto e Urbanista. Orlândia, SP. 2017. Imagens da rede ferroviária. http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=1691207 Imagens da rede ferroviária Cia Mogiana http://vfco.brazilia.jor.br/mapas-ferroviarios/1954-CMEF-Companhia-Mogiana-EstradasFerro-3.shtml Histórico da Estação http://www.estacoesferroviarias.com.br/o/orlandia.html Histórico Cia Mogiana http://www.abpfsp.com.br/ferrovias.htm JUNQUEIRA, João Francisco Franco. Orlândia de Antigamente – Uma Memória Fotográfica. Orlândia, SP. Massao Ohno Editor. 1999 KUHL, Beatriz Mugayar. Arquitetura do Ferro e Arquitetura Ferroviária em São Paulo – Reflexões Sobre a Sua Preservação. São Paulo, SP: Atêlie Editorial: Fapesp: Secretaria da Cultura, 1998. RODRIGUES, Angela Rosch. Mestre pela faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU USP). Fabrica e Ideologia, o desenvolvimento do pensamento moderno e a arquitetura na cidade de Sao Paulo (1889 a 1930).Sao Paulo, Brasil. SPIMPOLO, Isabel Cristina. Trabalho de conclusão de curso. Orlândia, SP. Unifran 1988 TRITTO, Diego Bittencourt. Requalificação de Espaços Existentes na Antiga Estação Ferroviária de Orlândia. Ribeirão Preto, SP. 2016.




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