PORANDUBA
Informativo da Coordenação de Informação e Documentação do Museu Paraense Emílio Goeldi Ano 1, Número 1, Abril-Junho de 2016
COLEÇÃO OSVALDO CUNHA Publicações da coleção pessoal do herpetólogo Osvaldo Cunha são resgatadas pela CID. Elas resumem a história do acervo bibliográfico e arquivístico criado pelos ideais de Emilio Goeldi (na imagem, selo ex libris de Goeldi). PG. 6
www.museu-goeldi.br
Expediente e serviços Poranduba [notícias, informações, em tupi] é um informativo da Coordenação de Informação e Documentação do Museu Paraense Emílio Goeldi (CID). Confira as ações e novidades da biblioteca Domingos Soares Ferreira Penna, do Arquivo Guilherme de La Penha e das coleções bibliográficas e acervos arquivísticos. Seções:
Novas Aquisições: Periódicos & Livros Publicações adquiridas pela biblioteca do Museu Goeldi e acesso a artigos. Especial Artigos e matérias especiais. Notas e Eventos Notícias, ações e agenda de programações (cursos, palestras e outros). Ciência & Memória Um passeio pelas coleções e acervos arquivísticos e bibliográficos do MPEG. Perfil Colaboradores de destaque para o avanço nas áreas de atuação do MPEG.
Imagem da capa Selo Ex Libris do acervo de Emílio Goeldi desenhado por Ernst Lohse (1902).
COORDENAÇÃO DE INFORMAÇÃO E DOCUMENTAÇÃO - CID É um órgão de apoio ao gerenciamento, preservação e disseminação de informações e documentos sobre a Amazônia e as áreas de atuação do Museu Goeldi. Promove cursos, treinamentos, debates e palestras. Veja sua atuação: * Coleções bibliográficas científicas * Fundos documentais arquivísticos * Atividades e serviços: - Atendimento presencial e online; - Seleção e aquisição de documentos; - Distribuição de publicações; - Comutação bibliográfica; - Cursos de Conservação de Acervos; - Digitalização de acervos; - Projetos de pesquisa.
Biblioteca Domingos Soares Ferreira Penna Campus de Pesquisa do MPEG Av. Perimetral, 1901 - Terra Firme Horários: 2ª a 5ª, de 8h às 17h, e 6ª, de 8h às 14h. Telefone: (91) 3075-6278. Arquivo Guilherme de La Penha Campus de Pesquisa do MPEG Av. Perimetral, 1901 - Terra Firme Horários: 2ª a 5ª, de 8h às 17h, e 6ª, de 8h às 14h. Telefone: (91) 3217-6053.
Coordenadora de Informação e Documentação
Museu Paraense Emílio Goeldi – MPEG/MCTI
Maria Astrogilda Ribeiro Silva
Coordenação de Informação e Documentação
Vice-coordenadora de Informação e Documentação
Biblioteca Domingos Soares Ferreira Penna
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Chefe do Serviço de Biblioteca
PA - Brasil.
Andréa Abraham de Assis
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Chefe Substituto do Serviço de Biblioteca
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Serviço de Comunicação Social Revisão Lázaro Magalhães Projeto Gráfico Jéssica Vasconcelos
NOVAS AQUISIÇÕES DE PERIÓDICOS Arthropod Systematics & Philogeny V. 73, N. 3, 2015 590.5 A86 SUMÁRIO
Candollea: Int. Jour. Of Systematic Botany V. 70, N. 2, 2015 580.5 C5 SUMÁRIO
Bulletin of the Auckland Museum
Brazilian Journal of Geology
V. 20, 2015 505 B7 SUMÁRIO
V. 45, N. 3, 2015 550.5 R24 SUMÁRIO
História, ciências, saúde: manguinhos
Scientlae studia
V. 22, 2015 610.5 H4 SUMÁRIO
V. 13, N. 4, 2015 505 S72 SUMÁRIO
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NOVAS AQUISIÇÕES DE LIVROS AS AMAZÔNIAS DE BERTHA K. BECKER: ENSAIOS SOBRE GEOGRAFIA E SOCIEDADE NA REGIÃO AMAZÔNICA
As Amazônias de Bertha K. Becker (em três volumes) reúne as pesquisas de mais de 40 anos da geógrafa sobre a região. Sua obra propõe um novo modelo de desenvolvimento sustentável para a região. Assim, chama a atenção para necessidade do desenvolvimento social, econômico e tecnológico integrado, protegendo a natureza, a qualidade de vida da população local e a autonomia do Brasil no mundo global.
ASSIM CAMINHOU A HUMANIDADE
O livro representa a primeira obra sobre Evolução Humana escrita inteiramente por brasileiros. É redigido numa linguagem acessível ao público em geral e ao público universitário das áreas de Antropologia, Arqueologia e Biologia Evolutiva.
BELÉM DO PARÁ: HISTÓRIA, CULTURA E CIDADE
A obra é uma coletânea de artigos escritos por docentes e discentes do Programa de Pós-graduação em História da UFPA, resultados dos estudos realizados na linha de pesquisa “Cidade, floresta e sertão: cultura, trabalho e poder”, que se debruça, entre outros aspectos, sobre os espaços urbanos amazônicos, sua cultura, movimentos sociais, poderes locais e políticas de governo.
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NOVAS AQUISIÇÕES DE LIVROS HEALING ROOTS: ANTHROPOLOGY IN LIFE AND MEDICINE
Este livro representa uma adição interessante para a série emergente de artigos e livros dedicados ao estudo das interações entre os sistemas ocidentais e africanos do conhecimento.
PAN-AMAZÔNIA: VISÃO HISTÓRICA, PERSPECTIVAS DE INTEGRAÇÃO E CRESCIMENTO
Coleção de 23 capítulos relacionados com as temáticas de segurança social econômica, política militar, biodiversidade, transportes, energia, tecnologia de países vizinhos da Amazônia brasileira.
RAÇA, ETNICIDADE, SEXUALIDADE E GÊNERO: EM PERSPECTIVA COMPARADA
Publicação que representa o resultado de uma ação, de muito sucesso, viabilizada entre os programas de pós-graduação em antropologia social da Universidade de São Paulo e da Universidade Federal do Pará entre 2008 e 2013. Obra que trata da exploração de classificações de cor/raça, etnia, gênero e orientação sexual em São Paulo e em Belém.
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especial Livros para impulsionar a ciência na Amazônia: um legado de Goeldi Mais de mil exemplares do acervo do herpetólogo Osvaldo Cunha, doados ao MPEG, enriquecerão o acervo da instituição. A boa notícia resume o passado e o presente do esforço histórico que deu base à geração de conhecimento na Região
Por Lázaro Magalhães "Como há de se determinar objetos de história natural sem obras sistemáticas?". Essa ponderação, feita pelo naturalista e zoólogo suíço Emílio Goeldi ainda em 1894, foi um dos pontos de partida determinantes para os primeiros esforços de criação, na região, de acervos que apoiassem as ações em ciência na Amazônia. Essa preocupação de Goeldi, registrada em seu primeiro relatório ao chegar ao Pará para dirigir o então “Museu Paraense de História Natural e Etnographia”, traduz a importância que as coleções bibliográficas científicas tiveram para o esforço pioneiro de formar a instituição, que em 2016 completa 150 anos.
O acolhimento inicial desse acervo, que envolve uma grande equipe, dedicada à triagem, higienização e esforço de conservação de 33 caixas de livros e periódicos, está quase concluído. Posteriormente, mais nove caixas com valiosas publicações ainda serão higienizadas e tratadas. E quando terminar, esse trabalho resumirá o estado mais atual e aplicado de um esforço pioneiro que há um século e meio foi iniciado na região.
CONSERVAÇÃO Nesse século e DA meio, a ideia de enriquecimento progressivo de acervos, BIODIVERSIDADE EM PAISAGENS defendida por Goeldi, se manteve no Museu - e foi estabelecida em grande parte por
Extinção de espécies florestais em diferentes empenhos pessoais e institucionais. Paralelamente, política de doações para seu componentes de apaisagens PG. 4
acervo foi fortalecida e ganhou contornos cada vez mais sistematizados dentro do MPEG. Um exemplo disso é o cuidado dado recentemente à coleção Osvaldo Cunha, doada ao Museu Goeldi pela família do herpetólogo Osvaldo Rodrigues da Cunha (1928-2011).
Osvaldo Cunha em sua sala no Museu Goeldi, 1991. (Foto: Acervo Museu Goeldi)
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Emílio Goeldi e funcionários do Museu Paraense, durante despedida da cidade de Belém, em 1907. (Foto: Arquivo Guilherme de La Penha)
História viva - Os ideais de Emílio Goeldi, expressos ainda em 1894, em defesa da formação de um acervo com obras para o apoio à produção de conhecimento na Amazônia, viriam a ser em seguida, em Belém. Vindo do Museu Nacional do Rio de janeiro, após a Proclamação da República, o zoólogo suíço assumiu, em junho de 1894, a direção do Museu Paraense. Sete meses depois, em janeiro de 1895, finalmente foi criada a Biblioteca Domingos Soares Ferreira Penna, que em 2016 também completa 121 anos de existência. Com apenas um quarto das suas primeiras projeções de acervo feitas por Goeldi, a Biblioteca Domingos Soares Ferreira Penna foi inicialmente enriquecida aos poucos, com permutas do primeiro Boletim do Museu Paraense com conceituadas instituições científicas de vários continentes.
Em 1896, Emílio Goeldi já almejava obter obras complementares. "Além daquelas voltadas para as especialidades de atuação do Museu, e também de viagens e expedições, Emílio Goeldi estava em busca de obras que permitissem cabedal no estado atual das ciências naturais relativas à Amazônia, e que permitissem embasamento e sucesso nas argumentações com o mundo científico", ressalta Gilda Ribeiro, responsável pela Coordenação de Informação e Documentação do Museu Goeldi (CID). Abrigando as bibliotecas e os acervos bibliográficos e arquivísticos da instituição, a CID hoje cuida de aproximadamente 340 mil volumes, entre livros, periódicos nacionais e internacionais, folhetos, teses, dissertações, monografias, publicações seriadas, material multimídia e coleções que incluem itens que vão desde o século XVI até os dias atuais.
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Doações de gerações - As coleções da Biblioteca Domingos Soares Ferreira Penna também chegaram a ser enriquecidas até com doações reais, como as feitas pelo príncipe Alberto I, de Mônaco, e as do Príncipe Fernando I, da Bulgária. Também passaram a integrar parte deste acervo obras científicas como as do professor John Casper Branner (1850-1922), da Universidade de Stanford, Califórnia. Geólogo norte-americano, Branner foi um dos fundadores da Universidade de Stanford e também expert em geologia brasileira: esteve em expedições no País em 1899 e entre 1907 e 1908. "Nesse período foram adquiridas séries completas de peso, como Iust's Botaniches Iahrbucher e o International Archive fur Ethnographie. Em 1901, foram adquiridas obras importantes de sistemática zoológica e botânica, como as de Cuvier e Temminck", ressalta Gilda Ribeiro. Outros importantes títulos chegaram por compra, como as obras.
obras completas de Humboldt e Bonpland, Voyages aux régions équinoctiales, e Sertum Palmarum Brasiliensum, de Barbosa Rodrigues. Na história da formação do acervo bibliográfico e arquivístico do Museu Goeldi, no entanto, esforços pessoais também se destacam de forma relevante. São ações que fizeram a diferença em vários momentos desse século e meio de trajetória institucional. "Diversas pessoas organizaram o acervo da Biblioteca Domingos Soares Ferreira Penna. O próprio Emílio Goeldi esteve às voltas com o catálogo. Jacques Huber, que substituiu Goeldi, em 1907 exerceu os serviços da Biblioteca. O catálogo de fichas e folhas separadas foi continuado por Otilia Muller e Machado Coelho. Até que chegou a importante bibliotecária Clara Galvão, que formou, no ofício, várias profissionais que hoje ainda atuam com seus conhecimentos na Biblioteca", conta Gilda Ribeiro.
Biblioteca do Museu Paraense Emílio Goeldi, em meados do século XX. (Foto: Arquivo Guilherme de La Penha)
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Resgate do acervo de Osvaldo Cunha. (Foto: Astrogilda Ribeiro)
O acervo Osvaldo Cunha - Desse trabalho contínuo de gerações, que hoje se agrega a gente mais nova na Biblioteca do Museu Goeldi, o acolhimento da doação da coleção particular do pesquisador Osvaldo Cunha, que pertenceu ao quadro da instituição, é o mais significativo exemplo atual de um grande esforço institucional movido a superações pessoais. Osvaldo Rodrigues da Cunha (1928-2011) foi herpetólogo. E foi para o MPEG que Cunha dedicou a maior parte de sua vida profissional voltada à herpetologia - o ramo da zoologia que estuda os répteis e anfíbios. E ainda quando estava em atividade no Museu, Cunha já havia deixado legados importantíssimos nessa área, como estudos pioneiros e o fortalecimento da Coleção Herpetológica do MPEG. "Quando Cunha se aposentou, a Coleção Herpetológica do MPEG já contava com 38 mil exemplares, um aumento de quase 60 vezes em relação ao número existente em 1965", ressalta a coordenadora da CID, Gilda Ribeiro. Nessa época, o MPEG conseguiu formar a maior coleção herpetológica com material da Amazônia brasileira do País. E assim consolidou também a terceira maior coleção herpetológica do Brasil.
Mesmo após sua morte, Cunha segue enriquecendo o acervo do Museu. A família do pesquisador doou à instituição uma parte de livros e periódicos. Os mais de mil volumes estão se integrando ao acervo do MPEG. E o belo nisso é assistir como o passado, representado pelo legado de Cunha, se funde ao esforço do presente, apontando o futuro. "Para o recebimento dessa doação, foram deslocados 12 técnicos da Biblioteca, para fazer a triagem de um acervo que já estava abrigado há dois anos na casa de Osvaldo Cunha, aos cuidados da da sobrinha Ana Lúcia Cunha", detalha Gilda Ribeiro. O trabalho exigiu triagem minuciosa dos títulos, voltados a várias áreas de interesse do Museu Goeldi, observando o valor científico de cada volume e a raridade das obras. A grande maioria dos títulos já foi tratada. Ao todo, 945 volumes já foram higienizados – e muitos fumigados, em função do seu estado de conservação e contaminação por fungos e insetos. Restam apenas seis caixas para o término desses trabalhos. "Certamente este acervo de Cunha enriquece ainda mais a coleção científica do Museu Goeldi. Para ressaltar a sua importância, constam alguns autores como Coudreau, Darwin, Gould, Herrmann, Martius, Spix, Wallace, Nimuendajú e até Volumes da Coleção Brasiliana, que agora foram acrescidos às nossas coleções", comemora a coordenadora da CID.
Higienização das obras recuperadas. (Foto: Astrogilda Ribeiro)
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A força das doações Museu Goeldi consolida sua política de acolhimento de coleções científicas e ganha experiência numa área que fortalece seu acervo Por Lázaro Magalhães O acolhimento de doação da coleção particular do pesquisador Osvaldo Cunha com seu trabalho de triagem, higienização e conservação -, é um exemplo bem sucedido do esforço contínuo e bem preparado da equipe da Coordenação de Informação e Documentação do Museu Goeldi (CID) para o fortalecimento do acervo bibliográfico e arquivístico da instituição. E esse esforço coroou o estabelecimento de uma política institucional para o acolhimento doações. "Acolher acervos como o de Osvaldo Cunha é algo importantíssimo. A coleção científica de Cunha, por exemplo, contempla várias áreas do Museu", ressalta Gilda Ribeiro, coordenadora da CID. A CID avalia que a equipe saiu fortalecida da experiência. "Nas horas de arregaçar as mangas para enfrentar os desafios, a equipe encarou com força e responsabilidade. A participação de todos foi corajosa, pelo estado do acervo de Osvaldo Cunha. O desafio foi tão grande que nos serviu como desafio foi tão grande que nos serviu como experiência no possível acolhimento de outros acervos", ressaltou Gilda Ribeiro. Pela internet - Como parte da Política de Desenvolvimento de Coleções, hoje o Museu
Museu já dá acesso ao Termo de Doação de Materiais Bibliográficos, através da página da Biblioteca Domingos Soares Ferreira Penna no portal do MPEG. "O doador deve ler o termo e conhecer critérios lá listados", ressalta Andréa Abraham de Assis, chefe do Serviço da Biblioteca Domingos Soares Ferreira Penna. Os doadores também devem entrar em contato com a equipe da CID. "Nesse contato é avaliada a pertinência do acervo através de uma curadoria”, lembra Gilda Ribeiro. Após a aprovação do novo acervo, uma equipe da biblioteca do Museu Goeldi visita o local, de posse de termo de doação - que estabelece as condições para abrigá-lo. COMO DOAR? - Procure primeiro a Coordenação de Informação e Documentação do MPEG (CID) - Conheça as condições do termo de doação no portal do Museu. Imprima e assine. - O acervo a ser doado será avaliado. O Museu Goeldi faz visitas ao local. QUEM PROCURAR? - Coordenação de Informação e Documentação do Museu Goeldi (CID); - Biblioteca Domingos Soares Ferreira Penna.
ATENDIMENTO Campus de Pesquisa do Museu Goeldi – CID De segunda a sexta, das 9h às 12h e 13h às 17h Av. Perimetral, 1901, Terra Firme. Belém – PA Portal do Museu Goeldi Coordenação CID – Gilda Ribeiro gilda@museu-goeldi.br Chefia de Biblioteca – Andréa Assis andreadeassis@museu-goeldi.br Telefones: (91) 3075-6278/ 3217-6061 Acervo da biblioteca científica do Museu Paraense Emílio Goeldi. (Foto: Acervo Museu Goeldi)
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Notas & eventos Identificação e montagem de dossiês da série exposição são concluídas A equipe do Arquivo Guilherme de La Penha concluiu a identificação e montagem de dossiês da série Exposições. Totalizando 103 dossiês com documentos por exposição museológica, do período de 1973 a 2013, constitui fonte de informações importantes sobre a atuação do Museu Goeldi no campo da Museografia e comunicação museológica.
Dossiê da série exposição. (Foto: Arquivo Guilherme de La Penha)
Servidora da CID é eleita membro titular do Conselho Nacional de Política Cultural do Ministério da Cultura
A servidora do Arquivo Guilherme de La Penha, Doralice Romeiro, foi eleita membro titular do Conselho Nacional de Política Cultural do Ministério da Cultura (MinC), representando o Colegiado Setorial de Arquivos. O referido conselho tem por finalidades propor a formulação de políticas públicas para as atividades culturais em seus diversos segmentos, em todo território nacional. Eleição de servidora da CID no MinC. (Foto: MinC)
Tratamento da série “Correspondência ativa da gestão Emílio Goeldi” Está sendo desenvolvida a identificação, descrição e acondicionamento da série “Correspondência Ativa da Gestão Emílio Goeldi (1894/1907)”, que, juntamente com a série “Correspondência Passiva”, totalizam mais de 800 documentos, entre cartas, ofícios, memorandos e pareceres, que retratam as primeiras ações de Emílio Goeldi por ocasião da reestruturação do então Museu Paraense. Tratamento técnico de documento. (Foto: Arquivo Guilherme de La Penha)
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Ciência e memória Sobrevoos de Goeldi e Lohse No fim do século XIX e aurora do século XX, Emílio Goeldi e o ilustrador Ernst Lohse retratavam em palavras e imagens a Amazônia. É a época de ouro dos cientistas viajantes Por Olímpia Resque As obras raras disponíveis no acervo do Museu Goeldi podem nos levar a um passado rico para a história de pioneirismo da ciência na Amazônia. A Biblioteca Domingos Soares Ferreira Penna abriga imagens que retratam a flora e a fauna da região, com textos de cientistas e viajantes que a percorreram em séculos passados. Nestas páginas, reproduzimos descrições de Emílio Goeldi (1859-1917) e ilustrações de Ernst Lohse (1873-1930) para aves como socós e araras, encontradas em viagens ao Arquipélago do Marajó e às Guianas. Alce voo no tempo. “Saímos de sob as arcadas; estamos de novo em pleno céu tropical e os raios do sol equatorial brilham e refletem-se mil vezes, pulverizando de pontos luminosos as comas dos arbustos e árvores de meia estatura e o tapete variegado de folhas com que inúmeras trepadeiras revestem a vegetação das margens. O mundo alado ainda uma vez se nos apresenta sob novo aspecto. A cada pancada dos remos levanta-se do verde labirinto de grinaldas, de um lado ou de outro, um bando de socós, em todas as fases de idade, evidentemente advertidos mais pelo seu agudíssimo ouvido que mesmo pela vista e se dispersam em todas as direções, com gritos ásperos que bem mostram o embaraço em que se acham para encontrar sem demora um novo esconderijo sombrio. E assim durante um bom quarto de hora, caminhamos, levando continuamente à nossa frente uma nuvem de 30, 50 e mais socós; [...]” Emílio A. Goeldi (1859-1917) Maravilhas da natureza na Ilha de Marajó (Rio Amazonas). Boletim do Museu Paraense de Historia Natura e Ethnographia (Museu Goeldi), Belém, t. 3 fasc. 1-4, p. 385,
Socós. Álbum de Aves Amazônicas de Emílio A. Goeldi – 19001906. Ilustração de Ernst Lohse (1873-1930)
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Araras. Álbum de Aves Amazônicas de Emílio A. Goeldi – 1900-1906. Ilustração de Ernst Lohse (1873-1930).
“As araras são por certo uma das mais brilhantes figuras das florestas equatoriais da América do Sul, e compreender-se-á facilmente quanto ficamos surpreendidos por encontrar aqui, na costa da Guiana, uma das espécies mais raras, a arara azul [...] em circunstâncias que nos permitem considerar uma ave comum nestas regiões. De uma vez
vimos juntos oito indivíduos, formando quatro casais. Os indígenas, todos brasileiros do estado do Pará (pelo menos ao longo do Cunani e da região costeira do Norte) falam da arara azul, que e, aliás, uma espécie rara nos jardins zoológicos, como de uma “ave de arribação”, comum na estação seca, e ausente durante certos meses. [...]”.
Emílio A. Goeldi Resultados ornithologicos de uma viagem de naturalistas à costa da Guyana meridional. Boletim do Museu Paraense de Historia Natura e Ethnographia (Museu Goeldi), t. 3, p 219, 1900-1902.
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perfil
OSVALDO CUNHA O herpetólogo Osvaldo Rodrigues da Cunha é o pesquisador homenageado in memorian na 1ª edição do Poranduba – justamente por sua grande colaboração em pesquisas do Museu Goeldi e à sociedade com seus estudos voltados à área de herpetologia. Osvaldo Rodrigues da Cunha (1928-2011) foi herpetólogo do Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG) durante a maior parte de sua vida profissional. Nessa área, deixou um grande legado, na forma de estudos pioneiros e também para fortalecimento da Coleção Herpetológica do MPEG. Quando Osvaldo Cunha se aposentou, a Coleção Herpetológica do MPEG já contava com 38.000 exemplares, um aumento de quase 60 vezes em relação ao número existente em 1965. Constituía, então, a maior coleção herpetológica com material da Amazônia brasileira e a terceira do Brasil.
Fonte: Cunha, 1978.
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