A obra plástica de Álvaro Perdigão desenvolveu-se ao longo de grande parte do século passado, desde o final dos anos 20 ao início da década de 90, com particular incidência na prática da pintura a óleo, da aguarela e do desenho, abordando também a gravura, a monotipia, alguma cerâmica e ilustração. (…) “Motivo Imprevisível”, surge assim como mote conceptual para o encontro com a obra de Álvaro Perdigão, pois os motivos nela interpretados ou os temas desenvolvidos em longas séries, não deixavam nunca de compreender o exercício da imprevisibilidade, quer ao nível do modelo escolhido, quer ainda na dimensão estética ditada pelo jogo pictórico entre figuração e abstracção (David Santos e Cristina Azevedo Tavares).