Subsidios historia benaventina

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Francisco Correia

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Subsídios para a História Benaventina do Século XVI

Subsídios para a História Benaventina do Século XVI

(Sumários de um Livro de Actas da Câmara de 1559 a 1564)

CÂMARA MUNICIPAL DE BENAVENTE


Título: Subsídios para a História Benaventina do Século XVI (Sumários de um Livro de Actas da Câmara de 1559 a 1564) Autor: Francisco Correia Impressão: Armazém de Papéis do Sado 2ª Edição – Benavente, Janeiro 2009 ISBN 972-95123-7-X Depósito Legal 96849/96


Francisco Correia

Subsídios para a História Benaventina do Século XVI (Sumários de um Livro de Actas da Câmara de 1559 a 1564)

CÂMARA MUNICIPAL DE BENAVENTE

2009


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Subsídios para a História Benaventina do Século XVI

INTRODUÇÃO São raros os trabalhos de investigação, para épocas mais recua­ das da nossa História, que recorrem aos livros de actas das nossas Câmaras Municipais, mais que não seja pela raridade destes. A autarquia de Benavente tem a felicidade de contar no seu ­arquivo histórico com um destes livros de actas, abrangendo os anos compreendidos entre 1559 e 1564. Durante largos anos permaneceu, incógnito, no cofre da edilidade,­ até ao momento em que, em boa hora, os órgãos autárquicos resolveram, em colaboração com o Arquivo Distrital de Santarém, ­organizar o seu arquivo histórico. O interesse, desde logo, demonstrado por este documento, por um grupo de professores de História do concelho, expresso junto do Presidente da Câmara Municipal, foi o primeiro passo dado para a sua publicação. Decisiva foi, igualmente, a sensibilidade patenteada pelo Presidente deste município, António Ganhão, pelas questões relacionadas com o património histórico local, sem a qual seria impossível este ­tra­balho. Pediram-me, na altura, para pegar neste livro e proceder à sua publicação, de forma a devolvê-lo ao convívio dos curiosos e investigadores da história de Benavente, ultrapassando os entraves paleográficos ao seu conhecimento e ao estudo da sociedade benaventina daquela época. Foi uma proposta irrecusável, pelo fascínio de poder perscrutar a vivência íntima de uma sociedade em pleno século XVI, nas sua mais variadas actividades, nos seus anseios, nos seus dramas. E de tudo um pouco nos fala este livro: na reparação da antiga ponte de pedra que ligava esta vila à de Salvaterra de Magos; na construção do curro novo; na mudança do pelourinho, para o local onde, aproximadamente, hoje se encontra; nas eleições dos juízes e oficiais do concelho; nas diversas posturas elaboradas ao longo de 6 anos sucessivos; e em tantas outras questões relacionadas com a vida em sociedade, como a administração da justiça, a vida económica, os costumes, etc. Destas, destacarias, pelo inédito na nossa historiografia, a descrição feita, neste livro, das eleições dos oficiais da autarquia.


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E quando falamos em eleições, não o fazemos na acepção actual do termo, mas unicamente no sentido de um sorteio realizado anualmente de entre 3 listas, previamente elaboradas, de 3 em 3 anos, pelo ouvidor do mestrado da Ordem de Avis. O termo “pelouro” encontra nesta época a sua significação, como que uma espécie de lista que era depositada no cofre da Câmara para ser sorteada, no final de cada ano. A eleição, propriamente dita, só acontecia quando qualquer dos elementos saído nestas listas, ou pelouros, não podia ocupar o seu cargo, quer por morte, quer por não residir no concelho; só nestas circunstâncias, um grupo restrito de pessoas da vila, “pessoas que costumavam andar na governança”, elegiam “pelo maior número de vozes” as pessoas para os cargos, votos esses registados no final do livro de actas. Numa breve descrição deste livro de actas, diríamos que se trata­ de um documento original, abrangendo os termos das sessões da ­Câmara de Benavente, realizadas entre 12 de Abril de 1559 e 17 de Junho de 1564; a sua foliação, em números romanos, atinge as 380 folhas, faltando-lhe a folha inicial e as f.CCXCIII-CCXCV, f.CCCVICCCVII e a f.CCCLVIII. A redacção deste livro coube quase exclusivamente ao escrivão do concelho, Manuel Frade tendo sido mínimas as intervenções de outros dois escrivães substituídos, respectivamente, Gaspar Lourenço e Manuel Vaz Preto. Atendendo ao elevado número de folhas do mesmo livro e à quantidade de informação que se poderia considerar repetitiva, optá­mos pela publicação dos sumários dos seus diversos termos, em alterna­ tiva a uma transcrição integral do texto. Na elaboração destes sumários, todos os elementos contendo ­informação pertinente foram considerados: a data (ano, mês, dia); os diversos assuntos tratados e decisões tomadas; as presenças, nas ­diversas sessões; e, finalmente, a referência à sua localização no ­livro. Todos os sumários foram numerados, para uma mais fácil identificação das diversas entradas do índice analítico, simultaneamente ­toponímico, antroponímico e ideográfico, que segue no final deste ­trabalho. Ao investigador e estudioso em geral da nossa História Moderna,­ e em particular ao investigador da História do concelho de Bena­vente, dos meados do século XVI, cabe o passo seguinte de, pegando na ­importante fonte documental, agora publicada, produzir os trabalhos históricos que julgar mais necessários para o conhecimento do ­passado histórico deste concelho e desta região.


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SUMÁRIOS 1 1559, Abril,12. O licenciado Diogo Gastão, do Desembargo do Paço, apresenta em sessão de Câmara, 2 provisões da rainha: uma 1ª provisão, onde é nomeado provedor e contador da comarca de Setúbal, do mestrado de Santiago; a 2ª provisão trata do corregimento da ponte desta vila de Benavente, ordenando que se façam obras de reparação na mesma, atendendo ao seu estado de ruína, ao que os oficiais responderam que iriam proceder à avaliação do custo da obra, para depois resolverem da forma de adquirir o dinheiro necessário, para o que escreveram ao pedreiro, para se deslocar a esta vila e fazer avaliação, escrevendo também ao conde da Castanheira informando-o desta questão. Presenças: licenciado Diogo Gastão, do Desembargo do Paço, provedor­ de Setúbal do mestrado de Santiago; João Rodrigues Bulhão e Gil Simões, juízes ordinários; António Dias Fróis, Pedro Afonso e João de Avelar, vereadores; Gaspar Raposo, procurador do concelho; Manuel Frade, escrivão do concelho. Estiveram, mais, presentes: António Cabral, André Lucas, Álvaro Lucas, Mateus Fernandes, Fernão Varela, António Quaresma e Henrique Lopes. [f.II r. - III r.] 2 1559, Abril,15. Por não terem que fazer, fizeram este termo e assinaram - Tornam a dizer que nenhuma pessoa venda as favas a mais do que a 1 real por altamia branca, sob pena de 500 reais, mais a cadeia. Presenças: João Rodrigues Bulhão, juiz ordinário; António Dias Fróis e João Avelar, vereadores; Gaspar Raposo, procurador do concelho; Manuel Frade, escrivão do concelho. [f.III v.]


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3 1559, Abril, 28. Registo de carta de vizinhança passada pela Câmara de Alhandra, a Francisco Rodrigues, marchante morador nesta vila, para que possa comprar vinte reses fora da mesma vila e cortá-las no seu ­talho, ­datada de 22 de Abril de 1559 - Registo do gado comprado em Benavente por este mesmo Francisco Rodrigues: 3 bois a Domingos Fernandes, 1 boi a Pedro Jorge, 2 vacas a Cosmo Fernandes, 1 vaca a João Remendes, 1 vaca a João Rodrigues da Barrosa, e 1 boi a Brás Fernandes. Presenças: Manuel Frade, escrivão do concelho. [f.IV r. - V r.]

4 1559, Abril, 29. Nomeação e posse de Álvaro Lucas e Gaspar Dias para almotacés do concelho, para o mês de Maio. Presenças: Gil Simões, juiz ordinário; João de Avelar, António Dias Fróis e Pedro Afonso, vereadores; Gaspar Raposo, procurador do concelho; Manuel Frade, escrivão do concelho. (f.V v.]

5 1559, Maio, 5. Acordam em encerrar (“çarar”) a Várzea a qualquer gado, não permitindo que nenhum gado, quer seja boi, vaca, ou égua, possa andar, comer ou dormir na Várzea, nem de dia, nem de noite, sob pena de pagar 500 reais de coima - Acordam, ainda, que o gado que for achado na Lezíria do Poço pagará 1 vintém se estiver com pastor e 100 reais sem pastor. Presenças: João Rodrigues Bulhão, juiz ordinário; João de Avelar, António Dias Fróis e Pedro Afonso, vereadores; Gaspar Raposo, procurador do concelho; Manuel Frade, escrivão do concelho. [f.VI r. - VII r.]

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6 1559, Maio, 20. Puseram por postura que nenhum gado possa comer na Várzea sob pena de pagar cada rês, tanto boi como éguas e vacas 1 vintém por cabeça, quer coma erva quer “pão”, e o pastor paga 500 reais, mais a cadeia - Puseram, mais, por postura que por qualquer vaca que em vez de estar a lavrar se achar a comer será pago por cabeça 100 reais - Puseram, mais, por postura que todo o porco que se achar na Várzea de Samora do pontão de Vale de Bom Cavalinho ou da banda de além direito ao rio, todo o porco que se achar dali para baixo até dar no rio de Pedra em toda a Várzea e em todo o Vale do Tripeiro, pagará por cabeça o seu dono 1 vintém e o pastor pagará mil reais, mais a cadeia, a metade desta pena irá para quem acusar e a outra parte para o concelho - Mais, tornaram a declarar que nenhum vinho, que vier de fora, possa ser vendido nesta vila a mais de vinte e quatro reais, o melhor. Presenças: João Rodrigues Bulhão, juiz ordinário; António Dias Fróis, João de Avelar e Pedro Afonso, vereadores; Gaspar Raposo, ­procurador do concelho; Manuel Frade, escrivão do concelho. [f.VII r. - VIII r.] 7 1559, Maio, 20. Registo da obrigação feita por Afonso Fernandes, à Câmara de Benavente, pelo cargo de almocreve, para que fora nomeado pelo prazo de 1 ano, obrigando-se este ao serviço d’el-rei e do concelho com duas bestas que tinha, pagando 500 reais de pena se for encontrado sem as suas bestas, e tendo como contrapartida poder pô-las a pastar na Várzea e coutos, onde sem serem obrigados os gados não podem comer. Presenças: Afonso Fernandes, almocreve; Manuel Frade, escrivão do concelho. [f.VIII r. - VIII v.] 8 1559, Maio, 20. Registo da obrigação feita por Diogo Fernandes, à Câmara de ­Benavente, pelo cargo de almocreve, para que fora nomeado pelo

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­ razo de 1 ano, obrigando-se este ao serviço d’el-rei e do concelho com p duas bestas que tinha, pagando 500 reais de pena se for encontrado sem as suas bestas, e tendo como contrapartida poder pô-las a pastar na ­Várzea e coutos, onde sem serem obrigados os gados não podem comer.­ Presenças: Diogo Fernandes, almocreve; Manuel Frade, escrivão do concelho. [f.VIII v. - IX r.] 9 1559, Maio, 22. Registo da obrigação feita por Gaspar Fernandes, à Câmara de Benavente, pelo cargo de almocreve, para que fora nomeado pelo prazo­ de 1 ano, obrigando-se este ao serviço d’el-rei e do concelho com duas bestas que tinha, pagando 500 reais de pena se for encontrado sem as suas bestas, e tendo como contrapartida poder pô-las a pastar na ­Várzea e coutos, onde sem serem obrigados os gados não podem ­comer. Presenças: Gaspar Fernandes, almocreve; Manuel Frade, escrivão do concelho. [f.IX v. - X r.] 10 1559, Maio, 22. Registo da fiança feita por Gaspar Fernandes a seu mancebo ­Rodrigo, para este acarretar “grão” para as azenhas com as bestas ­daquele, e uma vez que existia postura da Câmara proibindo a qualquer pessoa acarretar “pão” sem dar fiança. Presenças: Gaspar Fernandes, almocreve; Manuel Frade, escrivão do concelho. [f.X r. - XI r.] 11 1559, Junho, 1. Nomeação e posse de Luís Coelho e Fernão de Álvares Vieira, para o cargo de almotacés do concelho, para o mês de Junho.

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Presenças: João Rodrigues Bulhão, juiz ordinário; João de Avelar, vereador; Manuel Frade, escrivão do concelho. [f.XI r.] 12 1559, Junho, 3. Aprovam postura fixando o preço dos sapatos: sapatos de 9 ­pontos para cima, até 80 reais; de 9 a 6 pontos, 60 reais; para sapatos com menos de 6 pontos, 50 reais - Resolvem, mais, em Câmara não aceitar a encampação das terras que tinham dado de arrendamento. Presenças: João Rodrigues Bulhão, juiz ordinário; João de Avelar e Pedro Afonso, vereadores; Gaspar Raposo, procurador do concelho; Manuel Frade, escrivão do concelho. [f.XI v. - XII r.] 13 1559, Junho, 5. Registo da obrigação feita por Gonçalo Fernandes, à Câmara de Benavente, pelo cargo de almocreve, para que fora nomeado pelo ­prazo de 1 ano, obrigando-se este ao serviço d’el-rei e do concelho com duas bestas que tinha, pagando 500 reais de pena se for encontrado sem as suas bestas, e tendo com contrapartida poder pô-las a pastar na ­Várzea e coutos, onde sem serem obrigados os gados não podem ­comer. Presenças: Gonçalo Fernandes, almocreve; Manuel Frade, escrivão do concelho. [f.XII v.] 14 1559, Junho, 17. Acordam que o gado da lavoura de Álvaro Lucas, almocreve, tanto bois como éguas, possam daí para a frente pastar desde a Fonte do Seixo até ao esteiro do Ferilhão, e neste até ao rio, e daí para cima e

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do esteiro das Bateiras para fora, até ao esteiro de Maria (?) Macha (Maramacha?). Presenças: Pedro Afonso, vereador; Gaspar Raposo, procurador do concelho; Álvaro Lucas, almocreve; Manuel Frade, escrivão do ­concelho. [f.XIII r.] 15 1559, Junho, 29. Manda o juiz ordinário, João Rodrigues Bulhão, apregoar pelo porteiro, João Álvares, que nenhum gado, quer bois ou éguas, possa pernoitar na Várzea, e quem o fizer pague de multa 1000 reais; proíbe igualmente que qualquer gado atravesse a Várzea, sendo que paga de multa o pastor que assim o fizer 1000 reais e 10 dias de cadeia se o levar pela mão, e se o gado for achado sozinho na Várzea paga o pastor 3000 reais. Presenças: João Rodrigues Bulhão, juiz ordinário; Manuel Farde, escrivão do concelho. [f.XIII v. - XIV r.] 16 1559, Junho, 30. Nomeação, em sessão de Câmara aberta a todas as pessoas do concelho, e convocadas por pregão, do juiz ordinário Fernão Varela, para substituir o juiz ordinário João Rodrigues Bulhão, e enquanto durar o seu impedimento, nomeação essa feita pelo doutor Lourenço Vaz Pereira, do Desembargo do Paço e ouvidor do mestrado de Avis Visitação feita pelo mesmo ouvidor, mandando que os oficiais levantem os marcos que estão derrubados entre o termo desta vila e a de Coruche; manda, mais, o dito ouvidor que os vereadores ponham termo aos abusos de alguns moradores de Salvaterra de Magos que lavravam e entravam em terras desta vila, pela banda d’além, segundo queixa de algumas pessoas de Benavente - Manda, também, que a Rua da Ponte, que vem dar nas casas de António Dias seja calçada e os vereadores a mandem calçar à custa dos moradores; manda também que se acabe a calçada que está no cabo da outra, até entestar na Pontinha que está no cabo de todas as calçadas de Pedro Durão; manda, mais, o ouvidor que nenhuma besta passe dentro das vinhas, quer de noite,

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quer de dia, sob pena de pagar 200 reais se nelas se acharem de dia, e 300 ­reais de noite; manda também o ouvidor que os almotacés façam as suas audiências no Verão das sete às oito horas, sob pena de 1000 reais de multa, e os juízes façam as suas audiências, no Verão, das duas horas em diante, sob pena de 1000 reais de multa. Presenças: Lourenço Vaz Pereira, ouvidor com alçada neste mestrado de Avis; Fernão Varela, juiz ordinário; Pedro Afonso, vereador; Gaspar Raposo, procurador do concelho; Manuel Frade, escrivão do concelho. [f.XIV r. - XVI r.] 17 1559, Julho, 1. Vedam o acesso à Várzea a todo o gado - Aos boieiros apenas será autorizado andarem de dois em dois, sob pena de 200 reais - Nomea­ ção e posse de Mateus Fernandes e Diogo Correia, para o cargo de almotacés do concelho, para o mês de Julho. Presenças: Fernão Varela, juiz ordinário; Pedro Afonso, vereador; Gaspar Raposo, procurador do concelho; Manuel Frade, escrivão do concelho. [f.XVI r. - XVI v.] 18 1559, Julho, 2. Registo da carta de vizinhança de António de Abreu, passada pela vila de Avis, para que este possa vender os seus carneiros em qualquer vila do reino, com data de 3 de Junho de 1559. Presenças: Manuel Frade, escrivão do concelho. [f.XVI v. - XVII r.] 19 1559, Julho, 2 (Domingo à tarde). Nomeação e posse de André Pires para alcaide, em substituição de Manuel Rodrigues, e enquanto este estiver doente.

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Presenças: Fernão Varela, juiz ordinário; Pedro Afonso, vereador; Gaspar Raposo, procurador do concelho; Mateus Fernandes, almo­ tacé; André Pires, alcaide substituto; Manuel Frade, escrivão do concelho. [f.XVII r. - XVII v.]

20 1559, Julho, 8. Puseram por postura que todo o cão que for achado solto na vila ou nas vinhas seja morto, e se o rendeiro os quiser demandar pagará­ por cada 50 reais - Puseram por postura que todo o vinheiro que ­guarde vinhas faça juramento, e das coimas que lançarem terão a ­metade, assim o gado como do demais, e a outra metade para o concelho - Acordaram, também, e atendendo a que esta vila tinha muito gado de lavoura, “muito ruim de bebida“, abrir os esteiros da banda d’além das Somas e assim represar as águas dos esteiros das Pontinhas que estão logo aqui à calçada, o qual se abrirá e fará à custa dos ­lavradores e pessoas que tenham gado, aplicando-se a todos a finta. Presenças: Fernão Varela e Gil Simões, juízes ordinários; António Dias Fróis, Pedro Afonso e João Avelar, vereadores; Gaspar Raposo, procurador do concelho; Manuel Frade, escrivão do concelho. [f.XVIII r. - XVIII v.]

21 1559, Julho,18. Registo de carta de vizinhança passada pela Câmara de Lisboa a Álvaro Gonçalves, marchante, morador nesta cidade, para que possa comprar fora da mesma cidade gado tanto vacum como carneiros e a vender na cidade, datada de 20 de Abril de 1559 - Registo do gado comprado em Benavente por este mesmo Álvaro Gonçalves: 2 bois a Manuel Vaz, 1 boi a Cosmo Fernandes, 1 vaca a Henrique Lopes, 1 boi a António Álvares, 1 boi a Manuel Rodrigues, 2 bois a Domingos Fernandes e 2 bois a Fernão Dias. Presenças: Manuel Frade, escrivão do concelho. [f.XIX r. - XX r.]

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22 1559, Julho, 21. Acordam mandar abrir um poço à ponte desta vila, porquanto a tinha dado um vedor d’águas, e uma vez que a vila tinha muita necessidade de águas e não a tinham na terra - Nomearam, mais, os quadrilheiros da vila, uma vez que não os tinham e nomearam-nos por ruas da vila: Rua do Pinheiro e do Negas: Pedro Correia; Francisco Fernandes, sapateiro; Manuel Afonso;­ Afonso Fernandes, almocreve; Domingos Fernandes, tendeiro; Manuel­ Fernandes; Belchior Fernandes; João Álvares; Diogo Velho; Álvaro ­ Gomes; Manuel Rodrigues; Fernão Lopes, carreiro; Henrique Fernandes,­ mulato; Pelonário Álvares; Brás Martins; António Lopes; João ­Manuel; Mateus Dias; João Vaz; e o Delgado. E desta quadrilha acima é cabeça dela Álvaro Gomes. Rua de Santiago, da Ponte e a Rua dos Oleiros: Lourenço Mendes; Fernão Lopes; Francisco Pires; João Remendes; Gomes Fernandes; Cristóvão Dias; André Rodrigues; António ­Fernandes, barqueiro; Marcos Gonçalves; António Fernandes; Diogo­ Fernandes, forneiro; Francisco Lopes; Diogo Dias, o Pinto; Pedro Vaz; o Centeio; Pedro Vicente; Baltasar Gonçalves; Gaspar Fernandes; ­Álvaro Martins. E desta quadrilha acima fizeram cabeça dela Francisco Pires. Em lugar de Francisco Pires fizeram João da Silveira. Rua da Judiaria e do Poço e a d’Évora: Francisco Afonso, Custódio Pires; Pedro Álvares; Álvaro Chaveiro;­ Gonçalo Fernandes; Ensenso Fernandes; Brás Afonso; Fernão ­Pires; Domingos Gonçalves; Pedro Dias; António Martins, carpinteiro; ­Cosmo Lopes; Bastião Álvares; Pedro Henriques; Domingos Fernandes; ­António Pires; Miguel Rodrigues; Gonçalo Fernandes Soares; ­António ­Rodrigues; João Álvares; e o alfaiate Cunha. E para cabeça desta quadrilha atrás fizeram a Domingos Fernandes, forneiro. Em lugar de Domingos Fernandes fizeram Luís Lopes. Rua de Lisboa, Arrabalde e Praça e o Arco: Afonso Gonçalves; Gaspar Correia; Pedro Gomes; João da Cunha; Pedro Fernandes Gazela; João Gomes; o Soldado; João da Silveira; João Fernandes, o Prazeres; Miguel Fernandes, o Carvalho; Matias Fernandes; Pedro Fernandes, carpinteiro; o Figo; António Dias, o ­Calado; o abegão de André Pires; Francisco Lopes; António Gonçalves; António Pires; André Pires; e o genro de Ana Morato. E para cabeça desta quadrilha atrás fizeram a Miguel Fer­ nandes. Para a cabeça de toda a Ribeira de Canha, Martim Fernandes, tendo mais Simão Rodrigues.

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Para a cabeça de toda a Barrosa, Diogo Tristão, tendo mais Álvaro Eanes. - Mais, puseram por postura que ninguém possa vender vinho sem se obrigar no livro da Câmara. Presenças: João Rodrigues Bulhão e Gil Simões, juízes ordinários; António Dias Fróis e Pedro Afonso, vereadores; Gaspar Raposo, procurador do concelho; Manuel Frade, escrivão do concelho. [f.XX v. - XXII r.]

23 1559, Agosto, 2. Nomeação e posse de António Quaresma para o cargo de almotacé do concelho, no mês de Agosto - Mandam, mais, fazer um auto de requerimento ao juiz por Álvaro Chaveiro vender vinho sem se ter obrigado à Câmara, indo contra a postura e incorrendo em pena de 1000 reais - Puseram por postura que nenhum carro da vila nem de fora passasse pela Várzea com palha, nem a descarregassem do Marachão, que está acima dos Freixos, para baixo, assim como não podiam passar pela ponte de Trejoute, sob pena de pagar 2000 reais por carro, e isto correspondendo a queixas dos moradores que diziam que era-lhes de grande prejuízo para os pastos dos seus gados que atravessassem nas suas terras com palha que vinha, de fora, do porto da Ponte. Presenças: João Rodrigues Bulhão, juiz ordinário; João de ­Avelar e António Dias Fróis, vereadores; Gaspar Raposo, procurador do concelho; ­ António Quaresma, almotacé; Manuel Frade, escrivão do concelho.­ [f.XXIII r. - XXIV r.]

24 1559, Agosto, 8. Registo de carta de vizinhança passada pela Câmara de Vila Franca de Xira a Pedro Dias, marchante, morador na mesma, para que possa comprar gado fora da mesma vila e nela a vender, datada de 25 de Janeiro de 1559 - Registo do gado comprado em Benavente por este mesmo Pedro Dias: 2 reses a João Carvalho, 2 bois a Lourenço Mendes, 1 boi a Pedro Dias, 1 boi a Vasco Fernandes, arrieiro, 1 boi a

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Gaspar Dias, 1 boi a Cristóvão Rodrigues, e boi a Aires da Costa. Presenças: Manuel Frade, escrivão do concelho. [f.XXIV r. - XXV r.]

25 1559, Agosto, 9. Nomeação e posse de Francisco Pires do cargo de alcaide da vila, em substituição de Manuel Rodrigues, e enquanto este estiver ­doente. Presenças: João Rodrigues Bulhão e Gil Simões, juízes ordinários; João de Avelar e António Dias Fróis, vereadores, Gaspar Raposo, procurador do concelho; Francisco Pires, alcaide substituto; Manuel Frade, escrivão do concelho. [f.XXV v.]

26 1559, Agosto, 10. Registo da obrigação feita por Domingos Fernandes, tendeiro, à Câmara de Benavente, para poder vender azeite na vila, em conformidade com o regime d’el-rei e das posturas da Câmara, obrigando-se a ter azeite todo o ano atabernado, sob pena de 200 reais por cada vez que se achar sem ele. Presenças: Manuel Frade, escrivão do concelho. [f.XXVI r.]

27 1559, Agosto, 29. Nomeação em sessão de Câmara, juntamente com outras pessoas honradas que andam na governação desta vila, de Rui Viegas para juiz ordinário, em substituição de Gil Simões, uma vez que este tinha sido suspenso e preso pelo ouvidor - Acordam expulsar da vila algumas

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mulheres que roubam e praticam outros inconvenientes para a gente comum: Isabel Gonçalves, criada que foi de Gaspar Lourenço, Beatriz Rodrigues, Maria Jorge, manceba de Gaspar Dias, e a sobrinha de João Gomes, Maria Lopes, Antónia, Maria Silvestre, e a Ribeira,­ Andreia Machada, Maria Jorge, as mulheres que estão na casa de ­ Catarina Pais, todas as mulheres que se acharem no Arrabalde, e ­outra mulher que está na casa do ferreiro Gaspar Fernandes. Presenças: João Rodrigues Bulhão e Rui Viegas, juízes ordinários; João de Avelar e Pedro Afonso, vereadores; Gaspar Raposo, ­procurador do concelho; Manuel Frade, escrivão do concelho. Assinaram, igualmente: António Quaresma, Álvaro Lucas, ­Gaspar Lopes, Gaspar Dias, António Cabral, Francisco Vaz, Diogo Afonso, ­Fernão Dias e André Lucas. [f.XXVI v. - XXVIII r.]

28 1559, Setembro, 1. Nomeação e posse de Bartolomeu Rebelo e Henrique Lopes para almotacés do concelho, para o mês de Setembro. Presenças: João Rodrigues Bulhão, juiz ordinário; Pedro Afonso e João Avelar, vereadores; Gaspar Raposo, procurador do concelho; Bartolomeu Rebelo e Henrique Lopes, almotacés; Manuel Frade, escrivão do concelho. [f.XXVIII v.]

29 1559, Setembro,14. Nomeação e posse de António Cabral para tesoureiro do cofre dos órfãos, por mandado do provedor Diogo Gaspar, em substituição de Henrique Lopes que ora era provido de juiz dos órfãos. Presenças: João Rodrigues Bulhão e Rui Viegas, juízes ordiná­rios; António Dias Fróis, Pedro Afonso e João Avelar, vereadores; ­ Gaspar Raposo, procurador do concelho; António Cabral, tesoureiro do cofre dos órfãos; Manuel Frade, escrivão do concelho. [f.XXIX r.]

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FOT. 1 – NOMEAÇÃO DE ANTÓNIO CABRAL PARA TESOUREIRO DO COFRE DOS ÓRFÃOS (TERMO Nº 29)


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30 1559, Setembro, 27. Reunião de Câmara geral apregoada pelo porteiro, João ­Álvares, apregoando que aqueles que não vierem pagam 100 reais para as obras da calçada, reunião essa para dar resposta a um agravo dos ­moradores de Samora Correia, pedindo a anulação das posturas antigas que tornavam coutadas as terras demarcadas do Vale do ­Tripeiro e a Várzea de Samora, e contra o facto dos de Benavente terem cou­ tado mais terras ainda, nesse ano, e para que pudessem pôr o seu gado a pastar nos referidos limites, ao que todos juntos em reunião de Câmara geral disseram que eram muito bem feitas as posturas antigas e as medidas presentes e que os de Samora tinham fora destes limites muitas terras, mais de 3 léguas, onde podiam dar de comer ao seu gado, sem prejuízo do gado da lavoura. Presenças: João Rodrigues Bulhão e Rui Viegas, juízes ordinários; António Dias Fróis e Pedro Afonso, vereadores; Gaspar Raposo, procurador do concelho; Manuel Frade, escrivão do concelho. Assinaram, ainda: António Quaresma; Fernão de Álvares ­Vieira; António Cabral; Diogo Afonso; Afonso Vaz; Diogo Fernandes; André ­Botelho; António Fernandes, barqueiro; Manuel Rodrigues; Álvaro ­Lucas; Bartolomeu Rebelo; Pedro Fernandes; Aleixo Mendes; João ­Rodrigues Penela; Diogo Dias; Baltasar Gonçalves; João Manuel; ­Bastião Álvares; Brás Afonso; Gonçalo Fernandes; Gaspar Correia; Afonso Gonçalves; Pedro Dias; Pedro Gomes; Manuel Rodrigues, ­alcaide; João Álvares, porteiro; Luís Coelho; Manuel Vaz; Pedro ­Correia; Afonso Pires; Francisco Pires; Cosmo Fernandes; Belchior Fernandes; Domingos Fernandes; João Fernandes; André Pires; João Álvares; Gonçalo Lopes; João Gomes; e o Carvalho; e o Cunha, alfaiate; João da Silveira; João Fernandes, o Prazeres. [f.XXIX v. - XXXI v.]

31 1559, Outubro, 2. Nomeação e posse de Custódio Fernandes e Vasco Fernandes para o cargo de almotacés do concelho, para o mês do Outubro ­Nomeação de Miguel Fernandes, boticário, e Diogo Afonso para o cargo de almotacés do concelho, para o mês de Novembro, e nomea­ ção para o mesmo cargo no mês de Dezembro de João Carvalho e Francisco Vaz.

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Presenças: Rui Viegas, juiz ordinário; António Dias Fróis e Pedro Afonso, vereadores; Gaspar Raposo, procurador do concelho; Manuel Frade, escrivão do concelho. [f. XXXII r.]

32 1559, Outubro, 31. Registo da obrigação feita por Diogo Portilho, morador em ­Alhandra, oficial de ferragem e do mais mester, à Câmara de Benavente, para vir ou mandar pessoa hábil todos os meses a esta vila fazer o trabalho de ferrador a toda a pessoa que o necessitar, levando 25 reais por ferradura nova, de ferrar 6 reais por cada ferradura, e se for asno 15 reais, dando-lhe a Câmara, por ano 80 sacos de carvão de 6/7 ­alqueires, entregues no porto da vila - Acordam, mais, que em tempo de “fruto” o gado possa passar nas vinhas para carregar a uva, ­anulando o que estava estipulado anteriormente e fixando a multa de 50 reais para o gado que for encontrado nas vinhas, quer de noite, quer de dia, na restante época, em vez dos anteriores 300 e 200 ­reais estipulados anteriormente. Presenças: João Rodrigues Bulhão, juiz ordinário; António Dias Fróis, Pedro Afonso e João de Avelar, vereadores; Gaspar Raposo, ­procurador do concelho; Manuel Frade, escrivão do concelho. [f.XXXII v. - XXXIII r.]

33 1559, Novembro, 11. Puseram por postura que nenhum vendeiro venda a carne de ­porco requentada a mais do que 12 reais o arrátel, da que venderem para a vila, sob pena de 500 reais, mais a cadeia - Acordam, ainda, que toda a pessoa que der de comer será obrigada a dar cama, sob pena de 500 reais, mais a cadeia. Presenças: João Rodrigues Bulhão, juiz ordinário; António Dias Fróis, Pedro Afonso e João Avelar, vereadores; Gaspar Raposo, procurador do concelho; Manuel Frade, escrivão do concelho. [f.XXXIII v. - XXXIV r. ]

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34 1559, Novembro, 11. Registo da fiança feita por Ambrósio Gomes, morador na Ribeira­ da Canha, na Câmara de Benavente, para poder carregar grão da vila de Benavente para a sua azenha da Ribeira de Canha, ficando por ­fiador Domingos Gonçalves, morador nesta vila, em conformidade com a postura existente que diz que nenhuma pessoa possa acarretar grão desta vila para moenda nenhuma sem primeiro dar fiança à Câmara do grão que levar. Presenças: Manuel Frade, escrivão do concelho; Domingos Gonçalves, fiador. [f.XXXIV r. - XXXV r.] 35 1559, Novembro, 13. Registo da fiança feita por Gaspar Fernandes, morador na vila de Benavente, na Câmara de Benavente, para o seu mancebo, João Dias, poder carregar grão, nas suas bestas, para o moinho de Magos, em conformidade com a postura existente, ficando por fiador o mesmo Gaspar Fernandes. Presenças: Manuel Frade, escrivão do concelho; Gaspar Fernandes. [f.XXXV r. - XXXV v.] 36 1559, Novembro, 20. Registo de carta de vizinhança passada pela Câmara de Vila Nova do Barqueiro de Ribatejo a João Moreno, marchante, morador na mesma,­ para que possa comprar gado fora da mesma vila e nela o vender, datada do derradeiro dia de Fevereiro de 1559 - Registo do gado comprado em Benavente por este mesmo João Moreno: 1 boi a Leonel Perdigão, 1 boi a António Cabral, 1 boi a Pedro Correia, 1 boi a António Rodrigues, 1 boi a Gaspar Lourenço, 1 boi à mulher que foi do Traboca. Presenças: Manuel Frade, escrivão do concelho. [f.XXXVI r. - XXXVII v.]

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37 1559, Dezembro, 2. O escrivão Manuel Frade transcreve neste dia, no final do livro, para não se confundirem com os acordos, 2 cartas régias de D. Sebastião: uma sobre o preço da carne, datada de 3 de Outubro de 1559; e a outra sobre a forma de fazer as apelações, datada de 25 de Outubro de 1559. Presenças: Manuel Frade, escrivão do concelho. [f.CCXCVI v. - CCCV v.]

38 1559, Dezembro, 28. Sorteio dos pelouros da Câmara para o ano de 1560, tendo ­recaído em Fernão de Álvares Vieira e António Quaresma para oficiais juízes, ­Mateus Fernandes, André Lucas e Bartolomeu Rebelo para vereadores e para procurador do concelho Duarte Vaz. [O sorteio foi feito da seguinte forma: os vereadores anteriores, detentores das 3 chaves do cofre da eleição, abriram-no e tiraram dele os dois pelouros a sortear; em seguida, puseram os ditos pelouros dentro dum chapéu e embaralharam-nos; mandaram, depois o filho de Simão Lopes, de 10 anos de idade, meter a mão dentro e tirar um deles e abri-lo, saindo no dito pelouro os nomes dos oficiais juízes e dos vereadores; o outro pelouro que sobrou foi metido dentro da bolsa, sendo esta fechada e colocada no cofre das eleições, cofre esse fechado com as três chaves; estas três chaves foram levadas pelos vereadores anteriores, cada qual com a sua, respectivamente, António Dias Fróis, João Avelar e Pedro Afonso. Os vereadores assim sorteados tomavam posse do seu cargo ­procedendo ao juramento sobre os Santos Evangelhos de bem servir o concelho. Os nomes dos juízes ordinários sorteados teriam que ser confirmados pelo ouvidor do mestrado de Avis, e, só então, tomariam posse,] Presenças: João Rodrigues Bulhão, juiz ordinário; António Dias Fróis, Pedro Afonso e João Avelar, vereadores: Gaspar Raposo, procurador do concelho; Manuel Frade, escrivão do concelho; e muita gente do povo. [f.XXXVIII r. - XXXIX r.]

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39 1560, Janeiro, 2. Registo da obrigação feita por André Botelho, à Câmara de Benavente, para poder vender azeite na vila no ano de 1560, em conformidade com o regimento d’el-rei e das posturas da Câmara, obrigando-se a ter azeite todo o ano atabernado, com pena de 200 reais por cada vez que se achar sem ele. Presenças: Manuel Farde, escrivão do concelho; André Botelho. [f.XXXIX v. - XL r.] 40 1560, Janeiro, 4. Nomeação de Bastião Álvares para o cargo de alcaide da vila. Presenças: André Lucas, fazendo as vezes de juiz ordinário, por ser o vereador mais velho; Mateus Fernandes, vereador; Manuel ­Frade, escrivão do concelho; Bastião Álvares. [f.XL v.] 41 1560, Janeiro, 5. Registo da obrigação feita por Manuel Afonso, à Câmara de ­Benavente, para poder vender vinho na vila no ano de 1560, em conformi­dade com o regimento d’el-rei e das posturas da Câmara, obrigando-se a ter vinho todo o ano atabernado, com pena de 200 ­reais por cada vez que se achar sem ele. Presenças: Manuel Frade, escrivão do concelho; Manuel Afonso. [f.XLI r. - XLI v.] 42 1560, Janeiro, 6. Nomeação e posse de João Álvares no cargo de porteiro do concelho, no presente ano, dando-lhe de soldada 3.500 reais - Arrematação

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feita pela Câmara a Francisco Lopes da renda do Verde, pelo preço de 33.000 reais e a obrigação de fazer, no curral, duas brechas de pedra­ e cal, no mês de Maio, mais meia resma de papel e um arrátel de cera verde e oito varas vermelhas para a Câmara, ficando seu fiador ­Manuel Rodrigues, antigo alcaide - Arrematação feita pela Câmara a Manuel Rodrigues, antigo alcaide do concelho, da renda do Mato, pelo preço de 5.000 reais - Arrematação feita pela Câmara a Pedro ­Álvares Moreno da renda da Almotaçaria, pelo preço de 4.000 reais. Presenças: André Lucas e Bartolomeu Rebelo, vereadores; Duarte­ Vaz, procurador do concelho; Manuel Frade, escrivão do concelho; ­Manuel Rodrigues; Francisco Lopes; João Álvares, porteiro; Pedro ­Álvares Moreno. [f.XLII r. - XLIIIv.] 43 1560, Janeiro, 8. Nomeação dos 4 recebedores das sisas d’el-rei, respectivamente, João Gaio, paro o 1º trimestre do ano, Álvaro Carvalho, para o 2º, Gonçalo Fernandes Soares, para o 3º, e para o 4º e último Bastião Vaz - Puseram por postura que qualquer pessoa que venda vinho de sua colheita, fixe o seu preço com o almotacé, sob pena de 500 reais de multa. Presenças: André Lucas, servindo de juiz ordinário, por ser o verea­dor mais velho; Mateus Fernandes e Bartolomeu Rebelo, vereadores; Duarte Vaz, procurador do concelho; Manuel Frade, escrivão do ­concelho. [f.XLIV r. - XLIV v.] 44 1560, Janeiro, 8. Registo da obrigação feita por Marcos Gonçalves, à Câmara de Benavente, para poder vender vinho na vila no ano de 1560, em conformidade com o regimento d’el-rei e das posturas da Câmara, obrigando-se a ter vinho todo o ano atabernado, com pena de 200 reais por cada vez que se achar sem ele. Presenças: Manuel Frade, escrivão do concelho; Marcos Gonçalves. [f.XLV r. - XLV v.]

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45 1560, Janeiro, 10. Registo da obrigação feita por Isabel Dias, viúva, à Câmara de ­Benavente, para poder vender vinho na vila no ano de 1560, em ­conformidade com o regimento d’el-rei e das posturas da Câmara, obrigando-se a ter vinho todo o ano atabernado, com pena de 200 ­reais por cada vez que se achar sem ele. Presenças: Manuel Frade, escrivão do concelho; Isabel Dias; ­Rodrigo Dias, genro de Isabel Dias. [f.XLV v. - XLVI r.]

46 1560, Janeiro, 10. Registo da obrigação feita por Pedro Álvares, à Câmara de Benavente, para poder vender vinho na vila no ano de 1560, em conformidade com o regimento d’el-rei e das posturas da Câmara, obrigando-se a ter vinho todo o ano atabernado, com pena de 200 reais por cada vez que se achar sem ele. Presenças: Manuel Frade, escrivão do concelho; Pedro Álvares. [f.XLVI v.]

47 1560, Janeiro, 12. Tomada de posse dos cargos de juízes ordinários, sorteados em Câmara, por António Quaresma e Fernão de Álvares Vieira, confirmados que foram por carta de confirmação do ouvidor do mestrado de Avis, doutor Lourenço Vaz Pereira. Presenças: André Lucas, fazendo as vezes de juiz ordinário, por ser o vereador mais velho; Mateus Fernandes vereador; Duarte Vaz, procurador do concelho; Manuel Frade, escrivão do concelho; António Quaresma e Fernão de Álvares Vieira, juízes ordinários eleitos. [f.XLVII r. ]

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48 1560, Janeiro, 13. Registo da fiança feita por André Fernandes Magalhães, moleiro­ da Ribeira de Canha, à Câmara de Benavente, para poder carregar­ “grão”, pelo seu criado, Diogo Fernandes, desta vila para a sua ­moenda, ­ficando por fiador Domingos Gonçalves, morador nesta vila. Presenças: Manuel Frade, escrivão do concelho; André Fernandes Magalhães; Domingos Gonçalves. [f.XLVII v. - XLVIII r.]

49 1560, Janeiro, 27. Acordam dar por examinado João Fernandes, para poder exercer o ofício de sapateiro do couro, por ser esse o parecer de homens entendidos, que fizeram juramento de Câmara. Presenças: António Quaresma e Fernão de Álvares Vieira, juízes ordinários; André Lucas, Bartolomeu Rebelo, vereadores; Duarte Vaz, procurador do concelho; Manuel Frade, escrivão do concelho. [f.XLVIII v.]

50 1560, Fevereiro, 10. Puseram por postura que nenhum gado miúdo, porcos, ovelhas, cabras, possam comer em Trejoute Pequeno, enquanto houver “pão”, e as éguas podem comer “peadas” e os bois com pastor, isto porque muitas pessoas que tinham semeado aquela terra tinham visto gado a comer as sementeiras - Postura fixando em 70 reais o salário anual máximo a pagar por um vaqueiro, por cada vaca que guardar, sob pena de 500 reais de multa, mais a cadeia - Postura determinando que todo o homem casado que tiver vacas de canga as possam dar para ­trabalharem alugadas, não permitindo que as dêem para ­ trabalhar sem serem alugadas - Juramento feito por Gaspar Correia, ­morador nesta vila, para o cargo de couteiro do concelho, para que fora nomeado­ por carta régia de privilégio apresentada.

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Presenças: António Quaresma, juiz ordinário; André Lucas, ­Bartolomeu Rebelo, vereadores; Duarte Vaz, procurador do concelho; Manuel Frade, escrivão do concelho. [f.XLIX r. - XLIX v.] 51 1560, Fevereiro, 16 Registo da fiança feita por Francisco Fernandes Rosado, morador na Ribeira de Canha, à Câmara de Benavente, para poder carregar “grão”, pelo seu mancebo, António, desta vila para a azenha que tem de arrendamento na Ribeira de Canha, em conformidade com a ­postura existente, ficando por fiador o mesmo Francisco Fernandes Rosado. Presenças: Manuel Frade, escrivão do concelho; Francisco ­Fernandes Rosado. [f.L r. - L v.] 52 1560, Fevereiro, 16. Registo da obrigação feita por Duarte Vaz, procurador do con­ celho, à Câmara de Benavente, para poder vender azeite na vila no ano de 1560, em conformidade com o regimento d’el-rei e das posturas da Câmara, obrigando-se a ter azeite todo o ano atabernado, com pena de 200 reais por cada vez que se achar sem ele. Presenças: Manuel Frade, escrivão do concelho; Duarte Vaz, ­procurador do concelho. [f.LI r.] 53 1560, Fevereiro, 26. Registo da fiança feita por Diogo Fernandes, morador em Benavente, à Câmara de Benavente, para poder carregar “grão”, pelo seu escravo negro, chamado Salvador, desta vila para a azenha dos Fidalgos, em conformidade com a postura existente, ficando por fiador o

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mesmo Diogo Fernandes. Presenças: Manuel Frade, escrivão do concelho; Diogo Fernandes.­ [f.LI v.] 54 1560, Março, 2. Postura proibindo a qualquer gado andar solto na Lezíria dos ­Cavalos, uma vez que estava toda semeada, sob pena de um vintém por cabeça - Acordam, mais, coutar todas as vinhas existentes, dando cumprimento a postura do ouvidor, sob pena de 300 reais por cabeça de gado encontrado - Postura proibindo a qualquer boieiro ou eguariço atravessar a Várzea com gado, uma vez que está toda semeada, sob pena de 500 reais - Postura proibindo, pelo prazo de 3 anos, a qualquer pessoa lavrar com relha na Várzea, isto porque as pessoas vão para a Várzea, não para lavrarem, mas para darem de comer ao seu gado - Acordam que o rendeiro da Almotaçaria possa lançar coimas, como sempre o fizeram os anteriores, excluíndo o arrendamento que se fez ao rendeiro do Verde e do Mato - Postura proibindo que carretas e ­carros atravessem por riba da calçada que está além da ponte na Várzea, sob pena de 500 reais por carro, e um tostão por carreta, uma vez que danificam muito a calçada e o concelho gasta muito dinheiro todos os anos na sua reparação - Juramento feito por Pedro Gomes para o cargo de monteiro, para que fora nomeado por carta régia de privilégio apresentada - Nomeação de Miguel Fernandes, boticário, e Gaspar Raposo, para o cargo de almotacés do concelho, para o mês de Março - Postura proibindo a qualquer manada dormir desde a estrada que vai de Vale dos Coelheiros até à Barcieira, sob pena de 500 reais, mais a cadeia - Postura fixando o preço máximo do vinho em 12 reais a canada, sob pena de quem o comprar a mais, pagar 1000 reais de multa. Presenças: António Quaresma, juiz ordinário; André Lucas, ­Mateus Fernandes e Bartolomeu Rebelo, vereadores; Duarte Vaz, procurador do concelho; Manuel Frade, escrivão do concelho. [f.LII r. - LIV r.] 55 1560, Março, 7. Posse do lugar de físico residente pelo doutor Fernão Martins, antes morador em Almada, recebendo este 5 moios de trigo por ano, e ocupando o lugar vago pelo licenciado Paulo Bernaldez.

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Presenças: António Quaresma, juiz ordinário; André Lucas, ­Mateus Fernandes, vereadores; Duarte Vaz, procurador do concelho; Manuel Frade, escrivão do concelho; Fernão Martins, físico. Estiveram, mais, presentes: Fernão Varela, João Rodrigues ­Bulhão, Álvaro Lucas, António Cabral, Luís Coelho, Rui Viegas e muita­ outra gente do povo. [f.LIV v. - LV r.]

56 1560, Março, 16. Postura proibindo aos lavradores que lavrarem em Trejoute ­passarem com o seu gado pela ponte da vila, para o porem a pastar ou dormir na Várzea, e se o quiserem fazer que o façam pelo porto, sob pena de 500 reais - Postura obrigando todo o gado que andar de dia com pastor na Várzea a pernoitar fora dela, podendo pernoitar no Ferilhão, por ser terra larga, sob pena de 500 reais de multa. Presenças: António Quaresma, juiz ordinário; André Lucas, ­Mateus Fernandes, Bartolomeu Rebelo, vereadores; Duarte Vaz, procurador do concelho; Manuel Frade, escrivão do concelho. [f.LV v. - LVI r.]

57 1560, Março, 22. Visitação feita pelo ouvidor do mestrado de Avis, o doutor Lourenço­ Vaz Pereira, do Desembargo do Paço, ordenando o seguinte, tudo sob pena de 2000 reais: - que a renda do Verde seja aplicada pelos vereadores no arranjo e acrescentamento das calçadas da vila, até à ponte que vai para ­Salvaterra; - que vejam os marcos de limitação desta vila com a de Salvaterra e lhe metam marcos bons e altos; - manda que os juízes façam as suas audiências pela manhã, em vez de as fazerem à tarde, correspondendo a pedidos feitos pelo povo; - manda comprar um farol para o tempo das cheias e invernadas e tempestades de escuro, e o ponham no Inverno nas casas de Álvaro Lucas aceso de noite e em tempo de escuro, comprando o azeite que

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lhe for necessário para se manter sempre aceso à custa do concelho, igualmente se deverá manter aceso em tempo de cheias, desde o toque das avé-marias por diante, e se Álvaro Lucas não consentir em ter este farol nas suas casas, deverá o procurador do concelho pôr um mastro alto dum pinheiro defronte da ponte e ter cuidado de o manter aceso; - que os oficiais mandem apregoar que as pessoas tapem os ­buracos de suas casas, para que os pardais não possam criar nelas; - que toda a pessoa que tenha parede bordada em rua pública não possa ter nela barda nem sebe, mas tenha um espigão de telha, e isto só se aplica às pessoas que tiverem posses para fazê-lo, às outras não se aplicarão as penas; - manda que os vereadores diligenciem em fazer cadeia, casa que deverá ser segura e boa. Presenças: doutor Lourenço Vaz Pereira, ouvidor do mestrado de Avis; António Quaresma, juiz ordinário; André Lucas, Mateus Fernandes e Bartolomeu Rebelo, vereadores; Duarte Vaz, procurador do concelho; Manuel Frade, escrivão do concelho. [f. LVI v. - LVIII r.]

58 1560, Março, 22. Acordam que Mateus Dias e Fernão Lopes tomem ambos a renda da Almotaçaria, uma vez que Pedro Álvares Moreno, antigo rendeiro, não podia tomar conta dela por ser alcaide, obrigando-se aqueles com as suas fazendas. Presenças: Manuel Frade, escrivão do concelho; Mateus Dias e Fernão Lopes. [f. LVIII v.]

59 1560, Março, 30. Por não terem nada que fazer, assinaram somente este termo. Presenças: Mateus Fernandes e Bartolomeu Rebelo, vereadores; Duarte Vaz, procurador do concelho; Manuel Frade, escrivão do concelho. [f. LIX r.]

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60 1560, Abril, 5. Registo da fiança feita por Frutuoso de Campos, morador em ­Benavente, à Câmara de Benavente, para poder carregar nas suas bestas “grão”, pelo seu criado, chamado António, desta vila para a azenha­ que tinha na Ribeira de Canha, em conformidade com a postura existente, ficando por fiador o mesmo Frutuoso de Campos. Presenças: Manuel Frade, escrivão do concelho; Frutuoso de Campos. [f. LIX v. - LX r.] 61 1560, Abril, 8. Acordam que o gado da lavoura que andar a lavrar na Várzea, tanto bois, como éguas, não possam comer nela, sob pena de 1 vintém por cabeça. Presenças: André Lucas, Mateus Fernandes, Bartolomeu Rebelo, vereadores; Manuel Frade, escrivão do concelho. [f. LX v.] 62 1560, Abril, 24. Registo da carta de vizinhaça passada pela Câmara de Lisboa a Gaspar Gomes, marchante, morador nesta cidade, para que possa comprar gado fora dela e aí vendê-lo, datada de 21 de Março de 1560 - Registo do gado comprado pelo mesmo em Benavente: 3 reses a Simão Álvares; 1 rês a Helena de Abreu; 3 reses a Álvaro Lucas; 2 reses a Henrique Fernandes; 1 a Pedro Jorge; 3 reses a Afonso Fernandes, o Mora; 2 a Álvaro Correia; 1 a João Fernandes, o Cábula; 1 a João Rodrigues da Barrosa; 1 a Diogo Afonso; 3 a Duarte Vaz; 1 boi a João Carvalho; 2 reses ao Cifalo; 3 reses a Branca Rodrigues; 1 a António Carvalho; 1 a Álvaro Lopes; 1 a António Rodrigues. Em 4 de Maio (ver f. LXVII r.) regista-se mais o seguinte gado comprado pelo mesmo: 6 reses ao siseiro; 2 bois a Isabel Rodrigues; 1 boi a Branca Rodrigues; 2 reses a Ana Morato; 1 rês a João da Cunha; 1 rês a Luís Coelho; 1 rês a Álvaro Gomes. Presenças: Manuel Frade, escrivão do concelho. [f. LXI r. - LXII r.]

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63 1560, Abril, 26. Acordam trocar ou vender uns chãos que o concelho tem, que se chamam o “Curro”, juntos a Henrique Lopes, para se poder comprar outros chãos que António Fernandes, ferreiro, tem à Amoreira, defronte donde fazem os celeiros, para se poder neles fazer a praça e curro - Acordam, mais, encerrar os arneiros da banda d’além e a Várzea ao gado, sob pena de 10 reais se o gado se achar na parte da erva e 1 vintém se se achar na parte do “pão”, e o pastor 1000 reais, mais a cadeia. Presenças: Fernão de Álvares Vieira, juiz ordinário; André Lucas, Mateus Fernandes e Bartolomeu Rebelo, vereadores; Duarte Vaz, procurador do concelho; Manuel Frade, escrivão do concelho. [f. LXII v. - LXIII v.]

64 1560, Maio, 2 Nomeação e posse de Álvaro Lucas e Vicente de Campos para o cargo de almotacés do concelho para o mês de Maio - Postura proi­ bindo a entrada a bois e a outro gado nos campos de centeio da Lagoa de Mantela, sob pena de 1 vintém por cabeça e 1000 reais, mais a cadeia para o pastor. Presenças: André Lucas, Mateus Fernandes, Bartolomeu Rebelo, vereadores; Duarte Vaz, procurador do concelho; Manuel Frade, escrivão do concelho. [f. LXIV r.]

65 1560, Maio, 4. Mandam chamar Henrique Lopes, por ser proprietário dos chãos onde o concelho queria fazer o curro novo, à Amoreira, defronte dos celeiros novos, para lhe fazerem proposta de escambo destas terras com as que o concelho tinha no curro, onde corriam os touros, junto do mesmo Henrique Lopes, ao que este respondeu que não queria ­escambá-las e que o concelho as pusesse à venda.

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Presenças: Fernão de Álvares Vieira, juiz ordinário; André ­Lucas, ­Mateus Fernandes e Bartolomeu Rebelo, vereadores; Duarte Vaz, ­procurador do concelho; Manuel Frade, escrivão do concelho. [f. LXIV v. - LXV r.] 66 1560, Maio, 4. Registo da obrigação feita por Gonçalo Fernandes, à Câmara de Benavente, pelo cargo de almocreve, para que fora nomeado pelo prazo de 1 ano, obrigando-se este ao serviço d’el-rei e do concelho com duas bestas que tinha, pagando 500 reais de pena se for encontrado sem as suas bestas, e tendo como contrapartida poder pô-las a pastar na ­Várzea e coutos, onde sem serem obrigados os gados não podem ­comer. Presenças: Gonçalo Fernandes, almocreve; Manuel Frade, escrivão do concelho. [f. LXV v.] 67 1560, Maio, 4. Registo da obrigação feita por Luís Lopes, à Câmara de Benavente, pelo cargo de almocreve, para que fora nomeado pelo prazo de 1 ano, obrigando-se este ao serviço d’el-rei e do concelho com duas bestas que tinha, pagando 500 reais de pena se for encontrado sem as suas bestas, e tendo como contrapartida poder pô-las a pastar na ­Várzea e coutos, onde sem serem obrigados os gados não podem comer. Presenças: Luís Lopes, almocreve; Manuel Frade, escrivão do concelho. [f. LXVI r.] 68 1560, Maio, 4. Registo da obrigação feita por Diogo Fernandes, à Câmara de Benavente, pelo cargo de almocreve, para que fora nomeado pelo prazo de 1 ano, obrigando-se este ao serviço d’el-rei e do concelho com duas bestas que tinha, pagando 500 reais de pena se for encontrado sem as suas bestas,

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e tendo como contrapartida poder pô-las a pastar na ­Várzea e coutos, onde sem serem obrigados os gados não podem comer. Presenças: Diogo Fernandes, almocreve; Manuel Frade, escrivão do concelho. [f. LXVI v.] 69 1560, Maio, 16. Registo da obrigação feita por Afonso Fernandes, à Câmara de ­Benavente, pelo cargo de almocreve, para que fora nomeado pelo prazo de 1 ano, obrigando-se este ao serviço d’el-rei e do concelho com duas bestas que tinha, pagando 500 reais de pena de for encontrado sem as suas bestas, e tendo como contrapartida poder pô-las a pastar na ­Várzea e coutos, onde sem serem obrigados os gados não podem comer.­ Presenças: Afonso Fernandes, almocreve; Manuel Frade, escrivão do concelho. [f. LXVII v.] 70 1560, Maio, 18. Acordam notificar Pedro Álvares, alcaide, para viesse a todas as reuniões de Câmara, sob pena de pagar 500 reais - Acordam, mais, aplicar a pena de 1 ano de degredo e 20 cruzados de multa a Simão Fernandes, feitor da Quinta da Foz, pertença do 1º conde da Castanheira, D. António de Ataíde, não permitindo que ele faça a colheita do centeio que semeou num pedaço de terra no casal do conde. Presenças: André Lucas, Mateus Fernandes e Bartolomeu Rebelo, vereadores; Duarte Vaz, procurador do concelho; Manuel Frade, escrivão do concelho. [f. LXVIII r.] 71 1560, Junho, 1 Nomeação e posse de André Álvares e Fernão Dias para o cargo de almotacés do concelho, para o mês de Junho - Proíbem os pastores de darem de beber ao gado na Várzea de Samora, ou em outras terras

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com as águas represadas, sob pena de pagarem 500 reais de multa, se forem porcos e vacas, e 1000 reais se forem cabras ou ovelhas, e o ­vaqueiro ou pastor outros 1000 reais, mais a cadeia. Presenças: António Quaresma, juiz ordinário; André Lucas, Mateus­ Fernandes e Bartolomeu Rebelo, vereadores; Duarte Vaz, procurador­ do concelho; Manuel Frade, escrivão do concelho; André Álvares e Fernão Dias, almotacés. [f. LXVIII v. - LXIX r.] 72 1560, Junho, 7. Registo da obrigação feita por Gaspar Fernandes, à Câmara de ­Benavente, pelo cargo de almocreve, para que fora nomeado pelo prazo­ de 1 ano, obrigando-se este ao serviço d’el-rei e do concelho com duas bestas que tinha, pagando 500 reais de pena de for encontrado sem as suas bestas, e tendo como contrapartida poder pô-las a pastar na ­Várzea e coutos, onde sem serem obrigados os gados não podem comer.­ Presenças: Gaspar Fernandes, almocreve; Manuel Frade, escrivão do concelho. [f. LXIX v.] 73 1560, Junho, 7. Registo da obrigação feita por João Álvares, à Câmara de Bena­ vente, pelo cargo de almocreve, para que fora nomeado pelo prazo de 1 ano, obrigando-se este ao serviço d’el-rei e do concelho com duas bestas que tinha, pagando 500 reais de pena de for encontrado sem as suas bestas, e tendo como contrapartida poder pô-las a pastar na Várzea e coutos, onde sem serem obrigados os gados não podem comer. Presenças: João Álvares, almocreve; Manuel Frade, escrivão do concelho. [f. LXX r.] 74 1560, Junho, 22. Registo da fiança feita por Mateus Álvares, barqueiro, morador em Sarilhos (Montijo), na Câmara de Benavente, para poder acarretar

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“grão” da vila de Benavente para os moinhos de João de Olvedo, em Sarilhos, ficando por fiador Fernão Varela, morador nesta vila de Benavente, em conformidade com a postura existente que diz que ­nenhuma pessoa possa acarretar “grão” desta vila para moenda nenhuma sem primeiro dar fiança à Câmara do “grão” que levar. Presenças: António Quaresma, juiz ordinário; Mateus Fernandes, Bartolomeu Rebelo, vereadores; Manuel Frade, escrivão do concelho; Fernão Varela, fiador. [f. LXX v. - LXXI r.] 75 1560, Junho, 22. Puseram por postura que ninguém leve pelas atafonas a mais que 4 reais por alqueire, sob pena de pagar o moleiro ou o dono da atafona, que levar a mais, multa de 1000 reais - Puseram por postura que no Inverno quem acarretar para as moendas trigo e centeio, terá que acarretar somente sacos cheios e inteiros, sob pena de 1000 reais. Presenças: António Quaresma, juiz ordinário; Mateus Fernandes, Bartolomeu Rebelo, vereadores; Manuel Frade, escrivão do concelho. [f. LXXI v. - LXXII r.] 76 1560, Julho, 1. Nomeação de Gaspar Dias e João Carvalho para o cargo de almotacés do concelho, para o mês de Julho. Presenças: António Quaresma, juiz ordinário; Mateus Fernandes, Bartolomeu Rebelo, vereadores; Gaspar Lourenço, escrivão substituto.­ [f. LXXII r. - LXXII v.] 77 1560, Julho, 4. Registo da obrigação feita pelos barqueiros e arraises das barcas desta vila à Câmara de Benavente, para poderem passar com as

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suas cargas por cima da calçada, vindas do porto da banda da Várzea, obrigando-se a repará-la quando necessário, sob pena de pagarem todos juntos 2000 reais de multa, mais o pagamento da reparação da ­mesma. Presenças: Manuel Frade, escrivão do concelho, António Fernandes, Pedro Vaz, Cosmo Lopes e Diogo Velho, Barqueiros. [f. LXXIII r. - LXXIII v.]

78 1560, Julho, 6. Nomeação de Domingos Fernandes, forneiro, para o cargo de ­recebedor das sisas para o 2º trimestre do ano, em substituição de Álvaro Carvalho, escusado pela Relação deste cargo, por ser criado do conde da Castanheira - Anulam postura que fixava o preço do vinho, permitindo aos almotacés fixarem o preço que lhes parecer - Acordam descoutar os arneiros e a Várzea, podendo o gado neles comer de dia, de quinta-feira em diante, e beber nos portos e na ponte e porto da Judiaria, quanto a dormir deverão fazê-lo fora do termo, da banda d’além. Presenças: Fernão de Álvares Vieira, juiz ordinário; André Lucas e Bartolomeu Rebelo, vereadores; Manuel Frade, escrivão do concelho. [f. LXXIV r. - LXXIV v.]

79 1560, Julho, 14. Câmara geral apregoada, presidida pelo corregedor, Manuel ­Álvares, do Desembargo do Paço, tendo-se aprovado as seguintes ­medidas: - por proposta do corregedor, foi aprovada a reparação da ponte desta vila, uma vez que estava em ruínas, trabalho esse a ser custeado pelo concelho; prevendo-se gastar na recuperação da ponte 200.000 reais, propõe o corregedor que a Câmara retirasse das rendas do ­concelho 40.000 reais por ano, o que ao fim de 5 anos, perfazia a quantia global; foi, igualmente, proposto pelo corregedor, no sentido de as ­mesmas obras se iniciarem já, que ele falasse à rainha para o ­empréstimo da totalidade da verba, retirada do cofre dos órfãos, a ­pagar pelos 5 anos;

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- Acordaram, igualmente, proceder ao aforamento perpétuo da ­Lezíria dos Cavalos, para vinhas e pomar, uma vez que esta vila ­tinha muitas terras de “pão” e poucas vacas, pelo foro de 18.000 reais por ano, cobrando nos 3 primeiros anos a quantia de 12.000 reais, ­rendimento que o concelho teve com esta Lezíria, durante os últimos 10 anos. - Nomeação de Gaspar Fernandes para o cargo de procurador do concelho, por Duarte Lopes, antigo procurador, estar impedido. - Acordam mudar o pelourinho do concelho para a praça nova, no lugar para isso mais conveniente, sob pena de 10 cruzados. - Manda mais o corregedor proceder à eleição de um juiz ordi­ nário, uma vez que Fernão de Álvares Vieira era muito velho e já ­“desmemoriado”, para além de um vereador, em substituição de André Lucas, e enquanto não fosse livre. Presenças: Manuel Álvares, corregedor; Fernão de Álvares ­Vieira, juiz ordinário; Mateus Fernandes, Bartolomeu Rebelo, vereadores; Manuel Frade, escrivão do concelho; João Álvares, porteiro. [f. LXXV r. - LXXVII v.] 80 1560, Julho, 15. Eleição de um juiz ordinário e de um vereador, tendo sido mais votados para estes cargos, respectivamente, Vicente de Campos e João Rodrigues Bulhão (Ver votos na f. CCCLXXVIII r.). - Nomeação de André Botelho, morador nesta vila, para o cargo da balança e dos pesos do ouro. Presenças: Mateus Fernandes e Bartolomeu Rebelo, vereadores;­ Gaspar Fernandes, procurador do concelho; Vicente de Campos, juiz ordinário eleito; João Rodrigues Bulhão, vereador eleito; Manuel Frade,­ escrivão do concelho; André Botelho. [f. LXXVIII r. - LXXIX r.] 81 1560, Julho, 16. Registo da fiança feita por António Dias, barqueiro, morador no Barreiro, na Câmara de Benavente, para poder acarretar numa barca sua “grão” (trigo, cevada e milho) da vila de Benavente para os moinhos que ele tem no lugar da Lançada (Montijo), ficando por fiador do seu arrais, com o nome de João Fernandes, igualmente morador no Barreiro, Cosmo Lopes, morador nesta vila de Benavente, em conformidade com a postura existente que diz que nenhuma pessoa possa

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acarretar “grão” desta vila para moenda nenhuma sem primeiro dar fiança à Câmara do “grão” que levar. Presenças: Manuel Frade, escrivão do concelho; Cosmo Lopes, fiador; António Dias, barqueiro. [f. LXXIX v. - LXXX r.] 82 1560, Agosto, 2. Nomeação de Luís Coelho e Amador Pires para o cargo de almotacés para o mês de Agosto, e Diogo Correia e Manuel Vaz Preto para o mesmo cargo, para o mês de Setembro - Posse de Amador Pires do cargo de almotacé para o mês de Agosto. Presenças: Vicente de Campos, juiz ordinário; João Rodrigues Bulhão, Mateus Fernandes e Bartolomeu Rebelo, vereadores; Gaspar Lourenço, escrivão substituto; Amador Pires, almotacé. [f. LXXX v. - LXXXI r.] 83 1560, Agosto, 3. Acordam dar um moio e meio de trigo para a mudança do pelourinho - Acordam pagar a Estêvão da Costa, homem honrado, morador em Lisboa, 2 vinténs por dia, para tratar dos negócios deste concelho naquela cidade, que na altura eram 5 ou 6 requerimentos, entre ­outros, um sobre a ponte, outro sobre a Misericórdia, outro ­sobre a carniçaria, e outro sobre os ornamentos da Igreja - Acordam, mais, que os almotacés não fixem o preço do vinho a mais do que a catorze­ reais - Posse de Luís Coelho do cargo de almotacé para o mês de ­Agosto. Presenças: Vicente de Campos, juiz ordinário; João Rodrigues Bulhão e Bartolomeu Rebelo, vereadores; Gaspar Fernandes, procurador do concelho; Gaspar Lourenço, escrivão substituto. [f. LXXXI v. - LXXXII v.] 84 1560, Agosto, 12. Registo neste “livro dos acordos” de alvará régio, determinando que em todas as vilas e lugares do mestrado de Avis haja casas em

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que o ouvidor e os seus acompanhantes se possam aposentar, contando pelo menos com duas camas, uma de escudeiro e outra de homens-de-pé, e se estas estiverem alugadas ou sujas, obriga-se o concelho a dar-lhes por elas 150 reais pela 1ª e 90 reais pela 2ª, datada de ­Lisboa, 20 de Fevereiro de 1558. Presenças: Manuel Frade, escrivão do concelho. [f. LXXXIII r. - LXXXIII v.] 85 1560, Agosto, 21. Visitação do ano de 1560, feita pelo ouvidor do mestrado de Avis, o doutor Lourenço Vaz Pereira, do Desembargo do Paço, ordenando o seguinte: - que o concelho arranje carniceiro obrigado, uma vez que não há carne nesta vila, sob pena de 2000 reais; - que seja feita uma cadeia, onde os presos possam estar seguros,­ à custa do concelho, sob a mesma pena, e isto manda que se faça ­neste ano de 1560; - manda, finalmente, que os vereadores, sob a mesma pena, providenciem no sentido de serem tapados ou cobertos os fornos de cal e tijolo, que estão nos arredores desta vila, principalmente um que está ­defronte das casas de Álvaro Lucas, estando os outros localizados ao Moinho do Vento, e se eles tiverem donos que sejam eles a tapá-los, e não tendo que seja o concelho, e isto para se fazer durante o mês de Setembro. Presenças: Lourenço Vaz Pereira, ouvidor; Manuel Frade, escrivão do concelho. [f. LXXXIV r. - LXXXV r.] 86 1560, Agosto, 31. Notificação feita pelo escrivão aos vereadores da visitação feita pelo ouvidor, ao que os vereadores responderam: - que relativamente ao carniceiro não achavam ninguém que quisesse tomar a carniçaria, mesmo oferecendo 3 moios de “pão” pelo cargo; - que quanto à construção da cadeia disseram que não havia, no presente, dinheiro para a construir, porque o concelho se encontrava sem dinheiro. Presenças: Manuel Frade, escrivão do concelho. [f. LXXXV r. - LXXXV v.]

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87 1560, Agosto, 31. Concertam-se com o alcaide Pedro Álvares para este ocupar o cargo das trincheiras (“tranqueiras”) do curro e de as arrecadar, e tirar e pôr em devido tempo, recebendo para tal dez alqueires de trigo, por ano, à conta das rendas do concelho, obrigando-se, mais, a dar conta de todos os paus das trincheiras do curro, que agora fizeram de novo - Avaliação feita por João Álvares, taipeiro e Pedro Álvares a um “chão” de duas casas, sem paredes, de Ana Dias, que o concelho tomou para construir o curro novo, junto onde estavam umas casas de António Fernandes, ferreiro, o que eles avaliaram em 1.800 reais. Presenças: Vicente de Campos, juiz ordinário; André Lucas, ­Mateus Fernandes e Bartolomeu Rebelo, vereadores; Duarte Vaz, procurador do concelho; Manuel Frade, escrivão do concelho; João ­Álvares, taipeiro, e Pedro Álvares, avaliadores. [f. LXXXV v. - LXXXVI v.]

88 1560, Setembro, 2. Nomeação e posse de Manuel Vaz Preto e Diogo Correia para o cargo de almotacés do concelho, para o mês de Setembro. Presenças: Mateus Fernandes e Bartolomeu Rebelo, vereadores; Manuel Vaz Preto e Diogo Correia, almotacés eleitos; Manuel Frade, escrivão do concelho. [f. LXXXVII r.]

89 1560, Setembro, 13. Acordam, em Câmara geral, semear centeio, este ano, nos arneiros da banda de além, uma vez que há muitos anos não eram semeados, porque o falecido infante D. Luís o não queria, e uma vez que el-rei deu, agora, ordem para o semearem - Nomeação de Matias ­Fernandes e João Fernandes para o cargo de guardadores das terras de centeio e dos arneiros de além, dando-lhes 3 moios de centeio por

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ano, e para comedoria 1 moio de pão, metade trigo, metade centeio, mais a terça parte nas coimas, dando-lhes, igualmente, a guarda da Várzea. Presenças: António Quaresma, juiz ordinário; André Lucas, ­Mateus Fernandes e Bartolomeu Rebelo, vereadores; Duarte Vaz, ­procurador do concelho; Manuel Frade, escrivão do concelho. Assinaram, ainda: Álvaro Lucas, António Cabral, Luís Coelho e Gaspar Raposo. [f. LXXXVII v. - LXXXIX r.]

90 1560, Outubro, 2. Nomeação dos almotacés do concelho, para os meses de Outubro, Novembro e Dezembro, respectivamente, Pedro Jorge e Henrique­ ­Lopes, Francisco Dias e Diogo Afonso, e Fernão Varela e António ­Baracho - Posse de Pedro Jorge e Henrique Lopes do cargo de almotacés para o mês de Outubro. Presenças: António Quaresma, juiz ordinário; André Lucas, ­Mateus Fernandes e Bartolomeu Rebelo, vereadores; Duarte Vaz, procurador do concelho; Manuel Frade, escrivão do concelho; Pedro Jorge e Henrique Lopes, almotacés. [f. LXXXIX v. - XC r.]

91 1560, Outubro, 5. Registo da carta de vizinhança passada pela Câmara de Lisboa a Bartolomeu Fernandes, morador nesta cidade, para que possa comprar gado fora dela e vendê-lo no açougue da mesma, da Páscoa em diante, datada de 27 de Fevereiro de 1560 - Registo do gado comprado pelo mesmo em Benavente: 2 bois a Francisco Dias; 2 bois a Afonso ­Álvares; 2 vacas a João Pires; 1 boi a Lourenço Mendes; 1 boi a Pedro Fernandes da Barrosa; 2 bois a Cristóvão Dias; 1 vaca a João Rodrigues Penela; 4 bois a Cristóvão Rodrigues. Presenças: Manuel Frade, escrivão do concelho. [f. XC v. - XCI v.]

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92 1560, Outubro, 9. Registo da carta de vizinhança passada pela Câmara de Lisboa a António Dias, marchante, morador nesta cidade, para que possa comprar gado fora dela e vendê-lo no açougue da mesma cidade, datada de 21 de Março de 1560 - Registo do gado comprado pelo mesmo em Benavente: 1 vaca a Fernão de Afonso da Ribeira de Canha; 1 boi a Gil Simões; 2 reses a Clemente Fernandes; 2 vacas a Martim Fernandes; 1 vaca a Afonso Lopes; 1 rês a Domingos Pires; 1 vaca a Domingos Fernandes; 1 vaca a Álvaro Eanes; 1 boi a João Gomes; 1 boi a Cristóvão Rodrigues; 1 boi a Francisco Vaz; 1 boi a António Dias. Presenças: Manuel Frade, escrivão do concelho. [f. XCII r. - XCIII r.] 93 1560, Outubro, 12. Postura proibindo a entrada de qualquer gado nas vinhas e olivais,­ assim como nos coutos, rossios e lezírias, sob pena de multa de 1 tostão por cabeça, exceptuando o gado que estiver obrigado no livro da Câmara e os bois dos fornos - Puseram, mais, por postura que nenhum pastor possa vender gado sem o conhecimento do seu amo, sob pena de 1000 reais de multa e de perder o gado que vender. Presenças: António Quaresma, juiz ordinário; André Lucas, ­Mateus Fernandes e Bartolomeu Rebelo, vereadores; Duarte Vaz, procurador do concelho; Manuel Frade, escrivão do concelho. [f. XCIII v. - XCIV r.] 94 1560, Outubro, 8. Despacho feito pelo juiz do concelho sobre um rol de coimas e ­ penas enviado pelo ouvidor do mestrado de Avis, Lourenço Vaz Pereira,­ para serem executadas pelos oficiais da Câmara, sob pena de 10 ­cruzados de ouro, mandando apregoar pelo porteiro, João Álvares, que as pessoas que tivessem sebes nas ruas públicas as deveriam ­cortar, sob pena de 100 reais, assim como deveriam tapar os buracos de suas casas, sob pena de 50 reais.

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Presenças: António Quaresma, juiz ordinário; Mateus Fernandes e Bartolomeu Rebelo, vereadores; Duarte Vaz, procurador do concelho; Manuel Frade, escrivão do concelho. [f. XCIV v. - XCV v.] 95 1560, Novembro, 23. Postura pela qual se proíbe a entrada de qualquer boi nos olivais e vinhas, à excepção dos bois dos fornos, que têm a sua postura própria, sob pena de 1 tostão de multa por cabeça - Postura proibindo a qualquer pessoa tirar terra do curro novo, sob pena de 500 reais de multa - Postura proibindo a qualquer pessoa dar palha, sob pena de 500 reais de multa. Presenças: André Lucas e Bartolomeu Rebelo, vereadores; Duarte Vaz, procurador do concelho; Manuel Frade, escrivão do concelho. [f. XCVI r. - XCVI v.] 96 1560, Novembro, 27. Registo da carta de vizinhança passada pela Câmara de Lisboa a António Dias, marchante, morador nesta cidade, para que possa comprar gado fora dela e vendê-lo no açougue da mesma cidade, datada de 19 de Novembro de 1560 - Registo do gado comprado pelo mesmo em Benavente: 16 porcos a Álvaro Eanes, morador na Barrosa. Presenças: Manuel Frade, escrivão do concelho. [f. XCVI v. - XCVIII r.] 97 1560, Dezembro, 14. Mandaram chamar Fernão Varela e António Baracho, para lhes dar posse do cargo de almotacés do mês de Dezembro, o que não ­poderam fazer, por estes se encontrarem doentes - Acordam encoimarem os arneiros da banda de além, nomeando André Lucas e Domingos Fernandes, forneiro, para a aplicação das coimas.

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Presenças: António Quaresma, juiz ordinário; André Lucas e Bartolomeu Rebelo, vereadores; Manuel Frade, escrivão do concelho. [f. XCVIII v - XCIX r.] 98 1560, Dezembro, 17. Registo de alvará régio, datado de 1 de Outubro de 1560, deter­ minando que os carreteiros não possam levar de carrego, de cada alqueire de trigo, nas suas carretas, a mais do que o preço de 4 ceitis por légua, e no carreto de cevada se contarão à razão de 70 alqueires por moio, de forma a não se pagar mais de cada carreto de 70 alqueires de cevada do que 60 alqueires de trigo, sob pena de devolverem o que for a mais e pagarem de multa 10 cruzados, para além da prisão,­ ­determinando, mais, que os juízes dos concelhos se obriguem a tal cumprir, fazendo devassa no mês de Outubro para saberem quem ­estiver em falta; e isto foi decretado atendendo aos aumentos sucessivos dos preços dos carregos, com grandes prejuízos para as pessoas que precisavam de alugar as carretas. Presenças: Manuel Frade, escrivão do concelho. [f. XCIX v. - C v.] 99 1560, Dezembro, 17. Registo de outro alvará régio, datado de 3 de Outubro de 1560, sobre o mesmo assunto, determinando que neste ano de 1560, a ­devassa aos preços praticados pelos carreteiros se faça no mês de Novembro, e nos anos seguintes no mês, já anteriormente referido, de Outubro. Presenças: Manuel Frade, escrivão do concelho. [f. CI r.] 100 1560, Dezembro, 28. Eleição dos juízes, vereadores e procurador do concelho para o

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ano de 1561, tendo saído no último pelouro, existente no cofre das eleições, os nomes de António Dias Fróis e Álvaro Lucas, para juízes ordinários, Rui Viegas, Brás Afonso e Bernaldo Correia, para verea­ dores, e Pedro Henriques para procurador do concelho. [Uma vez que Brás Afonso e Bernaldo Correia tinham falecido e Pedro Henriques já não morava nesta vila, tendo-se mudado para a de Salvaterra de Magos, teve que se fazer eleição, pelo maior número de “vozes” para os 2 lugares de vereadores e para o de procurador do ­concelho. Tiveram mais votos para estes cargos, respectivamente, Gil Simões e João Rodrigues Bulhão, para vereadores, e Diogo Afonso,­ para procurador, ficando a vereação composta pelos seguintes ­elementos: António Dias Fróis e Álvaro Lucas, para juízes ordinários; Rui Viegas, Gil Simões e João Rodrigues Bulhão, para vereadores; Diogo Afonso, para procurador do concelho. Este eleição correu de forma muito atribulada: começou pela ­ausência de dois dos três vereadores, detentores das chaves do cofre das eleições, João de Avelar e António Dias Fróis (estando este último em Lisboa), pelo que tiveram que despregar a fechadura do cofre das eleições, para tirar o último pelouro; depois, 2 dos nomes existentes neste pelouro, para o cargo de vereadores, eram de pessoas já fale­cidas, Brás Afonso e Bernaldo Correia, e o nome indicado para procurador do concelho, Pedro Henriques, já se tinha mudado para outro concelho. Sempre que qualquer dos elementos que saísse nos pelouros ­sorteados (os pelouros eram feitos em número de 3, assegurando­ a eleição por 3 anos), não estivesse em condições de ocupar o cargo, era feita eleição de outra pessoa, determinada pelo maior número­ de votos ou “vozes” que cada nome reunia, na qual tomavam ­parte ­elementos que já tinham ocupado funções de governação do ­ concelho, e de entre­ gente do povo mais importante - no caso desta eleição, ­votaram ­apenas 18 pessoas (ver f. CCCLXXVIII v. e f. ­CCCLXXIX r.). As chaves do cofre das eleições passaram, este ano, para os vereadores cessantes, respectivamente, Bartolomeu Rebelo, Mateus Fernandes e André Lucas]. Presenças: António Quaresma, juiz ordinário; Mateus Fernandes e Bartolomeu Rebelo, vereadores; Manuel Frade, escrivão do concelho. Estiveram, ainda, presentes: Gil Simões, Manuel Vaz Preto, ­Gaspar Dias, Pedro Afonso, André Álvares, Gaspar Raposo, Miguel Fernandes, Rui Viegas, Luís Coelho, Gaspar Lourenço, Pedro Jorge, Diogo Afonso, Pedro Álvares, João Rodrigues Bulhão, Gaspar Fernandes. [f. CI v. - CIII r.]

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101 1561, Janeiro, 4. Acordam pôr em execução a construção do poço à ponte da vila, obras já acordadas em sessão anterior, pela muita necessidade que havia, nesta vila, de água - Acordam, mais, que Alexandre Gonçalves não arranque cepas, pelo período de 15 dias, assim como proíbe a qualquer outra pessoa de fazer carvão, nem se lhe dê licença, salvo se for para os ferreiros e para a vila, sob pena de 1000 reais de multa - Anula a postura que obriga os lavradores da vila, do seu termo, e os vizinhos a pagarem 1 tostão pelos seus bois, a partir do dia de Reis em diante, podendo pagá-lo como antigamente, permanecendo para os de fora - Acordam, mais, que qualquer barco que passe na ponte ponha penhor de 500 reais, em casa do procurador, sendo-lhe devolvido na volta. Presenças: João Rodrigues Bulhão, servindo de juiz ordinário, por ser o vereador mais velho; Rui Viegas e Gil Simões, vereadores; Diogo Afonso, procurador do concelho; Manuel Frade, escrivão do concelho. [f. CIII v. - CIV v.]

102 1561, Janeiro, 5. Acordam proceder à arrematação de algumas terras e lezírias do concelho, para o que lançaram pregão pelo porteiro, para saberem quem mais nelas lançava; - as Botelhadas e Corredouros, que o concelho tem na Várzea, foram arrematadas por Mateus Fernandes, lançando 5/1; - a Lezíria das Éguas foi arrematada por Bartolomeu Rebelo, ­lançando 4/1; - a Lezíria do Poço Velho foi arrematada por Gaspar Dias, lan­ çando nela o terço para o concelho (3/1); - a Lezíria dos Cavalos foi arrematada por Gaspar Dias, lançando nela o terço (3/1), para além, para além de “partir os cachos” para o concelho. Presenças: Rui Viegas e Gil Simões, vereadores; Diogo Afonso, procurador do concelho; Manuel Frade, escrivão do concelho; Mateus Fernandes; Bartolomeu Rebelo; Gaspar Dias. [f. CV r. - CVII r.]

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103 1561, Janeiro, 7. Registo da obrigação feita por André Botelho, à Câmara de ­Benavente, para poder vender azeite na vila, durante o presente ano, em conformidade com o regimento d’el-rei e das posturas da Câmara,­ obrigando-se a ter azeite todo o ano atabernado, sob pena de 200 ­reais, por cada vez que se achar sem ele. Presenças: Manuel Frade, escrivão do concelho; André Botelho. [f. CVII v. - CVIII r.] 104 1561, Janeiro, 7. Registo da obrigação feita por Marcos Gonçalves, à Câmara de Benavente, para poder vender vinho na vila no ano de 1561, em conformidade com o regimento d’el-rei e das posturas da Câmara, obrigando-se a ter vinho todo o ano atabernado, com pena de 200 reais, por cada vez que se achar sem ele. Presenças: Manuel Frade, escrivão do concelho; Marcos Gonçalves. [f. CVIII v. - CIX r.] 105 1561, Janeiro, 11. Nomeação e posse de João Rodrigues, alfaiate, genro de Gonçalo­ Lopes, para o cargo dos pesos do ouro e das balanças dele, em conformidade com a provisão d’el-rei - Postura proibindo a pastagem de porcos,­ cabras e ovelhas em Trejoute até às colheitas do “pão”, durante­ o presente ano, sob pena de 200 reais por fato de gado, e 500 reais, mais a cadeia para o pastor - Postura proibindo a pastagem de porcos, cabras e ovelhas na Barrosa, do caminho para baixo, sob pena de ­pagarem, por cabeça, 5 reais, e do caminho para fora andem em lugares largos - Nomeação e posse de João Álvares no cargo de porteiro desta vila, por 4.000 reais anuais - Nomeação e posse de Pedro Álvares, alcaide, do cargo de aferidor (“afilador”) das medidas desta vila, sem qualquer outro rendimento. Presenças: João Rodrigues Bulhão, servindo de juiz ordinário, por

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ser o vereador mais velho; Rui Viegas e Gil Simões, vereadores; Diogo Afonso, procurador do concelho; Manuel Frade, escrivão do concelho; João Rodrigues; João Álvares; Pedro Álvares. [f. CIX r. - CX v.] 106 1561, Janeiro, 18. Posse de Álvaro Lucas do cargo de juiz ordinário, para que fora eleito, depois de lida a carta de confirmação feita pelo juiz de fora do mestrado de Avis, Lourenço André Velho, que servia de ouvidor da mesma. (Foi, igualmente, confirmado o nome de António Dias Fróis, para juiz ordinário, e só não tomou posse porque não se encontrava na vila) - Acordam em comprar sal a quem por ele menos pedir, atendendo à grande falta de sal que existia na vila - Postura proibindo a pesca à rede, ou por outro qualquer processo, à excepção da pesca à cana, da ponte desta vila para cima, sob pena de 1000 reais de multa, para além da cadeia, e toda a pessoa que pescar a riba com licença deverá trazer o peixe que pescar ao almotacé, para lhe fixar o preço, sob a mesma pena - Postura proibindo a pastagem de qualquer gado nos arneiros, da banda de além, concretamente do caminho da calçada até à Ponte de Samora, uma vez que a terra está toda semeada, sob pena de pagarem por fato de qualquer gado 500 reais e o pastor 200 reais, mais a cadeia. Presenças: João Rodrigues Bulhão, servindo de juiz ordinário, por ser o vereador mais velho; Rui Viegas, vereador; Manuel Frade, escrivão do concelho; Álvaro Lucas, juiz ordinário eleito. [f. CXI r. - CXII v.] 107 1561, Janeiro, 27. Acordam impor pena de 50 cruzados para os cativos contra ­Jorge Rocha, cunhado de Diogo Brandão, rendeiro da renda desta vila, por este ter levado “pão” para Lisboa, por mandado do mesmo Diogo Brandão, sem autorização da Câmara, não permitindo que o centeio saísse da terra e acordando que se vendessem ao povo os 10 moios apreendidos a 47 reais o alqueire - Acordam que as pessoas que tenham bestas gafas as mantenham em casa, quer de dia, quer de noite, ou então as matem, sob pena de 2000 reais de multa, e isto porque o povo se quei-

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xava que aquelas bestas pegavam a gafeira às outras bestas de boa saúde - Nomeação de Diogo Tristão, morador na Barrosa, para o cargo de recebedor das sisas para o 1º trimestre do ano, em substituição de João Gaio e a seu pedido. Presenças: Álvaro Lucas, juiz ordinário; João Rodrigues Bulhão e Gil Simões, vereadores; Diogo Afonso, procurador do concelho; ­Manuel Frade, escrivão do concelho. [f. CXIII r. - CXIV r.] 108 1561, Fevereiro, 1. Acordam proibir Domingo Fernandes, forneiro, de levar lenha desta vila, nem embarcá-la no porto dela, sem que os oficiais saibam qual o barqueiro que a leva, sob pena de 500 reais, aplicados nas obras do poço, e isto porque aquele aproveitava-se de uma obrigação, que tinha para com D. Luís de Lencastre, de algumas barcas de lenha, para levar mais do que esta lenha e vendê-la fora da vila - Acordam, mais, que nenhuma pessoa ponha, nem mande pôr, lenha em porto nenhum, senão na ponte desta vila, como está por postura, sob pena de 1000 reais, aplicados nas obras do poço, mais a prisão - Puseram por postura que nenhuma escrava cativa possa vender pescado, nem outra cousa, sem que o seu senhor ou senhora, primeiro, se obrigue às posturas da Câmara, e a que vender será presa durante 10 dias e seu senhor ou senhora pagará 500 reais, por as deixar vender - Puseram por postura que todo o pescador que viver nesta vila deverá, no seu dia estipulado, vender à sua porta 2 sáveis, utilizando os pesos da Câmara, sob pena de pagar 500 reais, mais a cadeia. Presenças: Álvaro Lucas, juiz ordinário; João Rodrigues Bulhão e Gil Simões, vereadores; Diogo Afonso, procurador do concelho; Manuel Frade, escrivão do concelho. [f. CXIV v. - CXVI r.] 109 1561, Fevereiro, 1. Registo da obrigação feita por Duarte Vaz, à Câmara de Bena­ vente, para poder vender azeite na vila, durante o presente ano, em conformidade com o regimento d’el-rei e das posturas da Câmara, obrigando-se a ter azeite todo o ano atabernado, sob pena de 200

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r­ eais, por cada vez que se achar sem ele. Presenças: Manuel Frade, escrivão do concelho; Duarte Vaz. [f. CXVI v. - CXVII r.] 110 1561, Fevereiro, 1. Registo da fiança feita por João Álvares, taipeiro, morador nesta vila, à Câmara de Benavente, para poder carregar nas suas bestas “pão”, pelo seu mancebo, chamado Rodrigo, desta vila para a azenha do Serrão, em conformidade com a postura existente, ficando por ­fiador o mesmo João Álvares. Presenças: Rui Viegas, vereador; Manuel Frade, escrivão do concelho; Manuel Rodrigues, antigo alcaide; João Álvares, taipeiro. [f. CXVII v. - CXVIII r.] 111 1561, Fevereiro, 11. Registo de alvará régio, datado de Lisboa, 12 de Fevereiro de 1560, não permitindo que nenhum pescador venda sáveis a estrangeiros para os levarem para fora do Reino, nem os naturais os comprem para os levarem para fora, sob pena de repor todo o dinheiro da venda, para além do seu degredo, por um ano, e os naturais por dois anos, para um lugar de além mar, e isto manda que seja apregoado nos ­lugares que estão ao longo do Tejo. Presenças: Manuel Frade, escrivão do concelho. [f. CXVIII v. - CXIX r. ] 112 1561, Fevereiro, 14. Registo da fiança feita por Ambrósio Jorge, morador nesta vila, à Câmara de Benavente, para poder carregar nas suas bestas “grão”, desta vila para o moinho de Magos, em conformidade com a postura­ existente, ficando por seu fiador João Rodrigues Penela, morador nesta­ mesma vila - Esta fiança ficou sem efeito, uma vez que o mesmo ­Ambrósio

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­ orge declarou, no final deste termo, que não queria acarretar “grão”. J Presenças: Manuel Frade, escrivão do concelho; Ambrósio Jorge. [f. CXIX v. - CXX v.] 113 1561, Fevereiro, 14. Registo da fiança feita por Jorge, mancebo, solteiro, residente­ ­nesta vila, à Câmara de Benavente, para poder carregar nas suas bestas­ “grão”, desta vila para a azenha do Serrão, em conformi­dade com a postura existente, ficando por fiador Gaspar Dias, morador nesta­ mesma vila. Presenças: Manuel Frade, escrivão do concelho; Gaspar Dias; Jorge, mancebo. [f. CXX v. - CXXI v.] 114 1561, Fevereiro, 22. Postura não permitindo que o gado ande nos centeios, assim da banda d’além como da banda de aquém da Várzea, sob pena de ­pagar por cabeça um vintém, metade para o concelho, metade para os ­rendeiros do Verde - Acordam, mais, abrir a vila aos vinhos de fora, a partir do 1º de Março, por não haver já vinho na terra - Postura ­fixando o preço de 1 real para 10 castanhas piladas, sob pena de 200 reais de coima. Presenças: Álvaro Lucas, juiz ordinário; João Rodrigues Bulhão, Rui Viegas e Gil Simões, vereadores; Diogo Afonso, procurador do concelho; Manuel Frade, escrivão do concelho. [f. CXXII r. - CXXIII r.] 115 1561, Fevereiro, 27. Eleição e posse de Pedro Jorge para o cargo de juiz ordinário, para substituir António Dias de Fróis, enquanto durar o seu impedimento - Acordam notificar o feitor do conde da Castanheira, Simão Fernan-

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des, para retirar as suas ovelhas e porcos da Várzea de Samora, onde as mesmas tinham sido vistas a comer, e uma vez que a Várzea de Samora é terra coutada para logradouro de vacas, sob pena de pagar 20 cruzados por esse gado. Presenças: Álvaro Lucas, juiz ordinário; João Rodrigues Bulhão, Gil Simões e Rui Viegas, vereadores; Diogo Afonso, procurador do ­concelho; Manuel Frade, escrivão do concelho; Pedro Jorge, juiz ordinário eleito. Assinaram, ainda: Luís Coelho, António Quaresma, Duarte Vaz e Gaspar Lourenço. [f. CXXIII v. - CXXIV v.] 116 1561, Março, 8. Postura pela qual todo o gado e guardadores que vierem ao curral dos centeios pagarão o “estimo” se o seu dono quiser “estimar”, ou em seu lugar meio alqueire de centeio - Acordam não levar mais do que 10 reais por rês de coima, tanto de centeio como de trigo. Presenças: Pedro Jorge, juiz ordinário; Rui Viegas e Gil Simões, vereadores; Manuel Frade, escrivão do concelho. [f. CXXV r. - CXXV v.] 117 1561, Março, 14. Registo de alvará régio, datado de Lisboa, 26 de Agosto de 1560, dirigido ao ouvidor do mestrado de Avis, para que este impeça qualquer pedido de esmolas, com bulas apostólicas, nos lugares da sua Ouvidoria, sem que mostrem primeiro certidão da Mesa da Consciência, em como tinham sido examinadas e aprovadas as ditas esmolas. Presenças: Manuel Frade, escrivão do concelho. [f. CXXV v. - CXXV (A)(1) r.] 118 1561, Março, 14. Registo de alvará régio, datado de Lisboa, 26 de Agosto de 1560, dirigido ao ouvidor do mestrado de Avis, para que este impeça qualquer

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peditório, mesmo que autorizado por provisões antigas, e ­ enquanto não saírem novas provisões, depois de serem examinadas na Mesa da Consciência, atendendo a abusos anteriores. (São, ainda, referidos os seguintes peditórios, com provisões antigas: da Trindade, Nossa Senhora da Graça, Nossa Senhora da Estrela, São Marçal, Santa Catarina, São Gonçalo de Amarante, Santo Antão de Venespera, Santa Catarina, e das Orfãs e Penitentes). Presenças: Manuel Frade, escrivão do concelho. [f. CXXV(A)(1) v. - CXXVI r.]

119 1561, Março, 26. Registo da obrigação feita por Manuel Afonso, morador nesta vila, à Câmara de Benavente, para poder vender vinho na vila no ano de 1561, em conformidade com o regimento d’el-rei e das posturas da Câmara, obrigando-se a ter vinho todo o ano atabernado, com pena de 200 reais, por cada vez que se achar sem ele. Presenças: Manuel Frade, escrivão do concelho. [f. CXXVI v.]

120 1561, Março, 26. Concertam-se com o pedreiro João Brás para executar e colocar os marcos de limitação dos termos entre este concelho e os de Salvaterra e Coruche, em conformidade com ordens régias, para o que se tinha deslocado a esta vila Lourenço Jorge Lopes, reformador da Ordem de Avis. [Seriam 6 marcos “lavrados”, feitos pelo pedreiro João Brás, pelo preço de 6.000 reais, com as seguintes dimensões: 2 de nove palmos em alto e de testa dois e de grossura um e meio; 4 de sete palmos; e todos tinham as cruzes de Avis]. Presenças: Pedro Jorge e Álvaro Lucas, juízes ordinários; Rui Viegas e Gil Simões, vereadores; Diogo Afonso, procurador do concelho; Manuel Frade, escrivão do concelho; João Brás, pedreiro. [f. CXXVII r. - CXXVII v.]

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FOT. 2 – EXTRACTO DO TERMO 121, ONDE SE REFERE A ELABORAÇÃO PELO OUVIDOR DAS LISTAS PARA AS ELEIÇÕES.


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121 1561, Março, 29. Informação prestada pelo escrivão, segundo a qual o ouvidor do mestrado de Avis tinha estado nesta Câmara no dia 16 de Março a escrever as 3 listas, correspondentes aos 3 pelouros das eleições, para as vereações desta Câmara para os próximos 3 anos, tendo colocado os 3 pelouros dentro de uma bolsa branca, que, por sua vez, foi colo­ cada dentro do cofre das eleições, mandando-lhe entregar as chaves­ do cofre das eleições aos vereadores do ano anterior, Bartolomeu Rebelo,­ Mateus Fernandes e André Lucas - Eleição e posse de Mateus Fernandes para o cargo de vereador, para substituir João Rodrigues Bulhão,­ impedido de exercer o cargo por ordem do ouvidor, após devassa feita­ pelo mesmo ouvidor - Acordam que nenhum lavrador de fora da vila possa pôr a pastar o seu gado na Várzea, nem no termo da vila, ­enquanto não chover, sob pena de 500 reais por cada charrua, e para o pastor um vintém de coima por rês, para além da prisão - Nomearam os almotacés do concelho para os próximos 9 meses, colocando-os no cofre do concelho, dentro de nove pelouros, dois nomes por pelouro, para serem sorteados mês a mês - Nomeação de 3 recebedores da sisa, para servirem nos próximos 9 meses, respectivamente, Diogo Lobato, para o 2º trimestre, João Gomes, para o 3º, e Gonçalo Fernandes ­Soares, para o 4º e último, em substituição dos anteriores. Presenças: Pedro Jorge e Álvaro Lucas, juízes ordinários; Rui ­Viegas e Gil Simões, vereadores; Diogo Afonso, procurador do concelho; Manuel Frade, escrivão do concelho. Assinaram, ainda: Bartolomeu Rebelo; Mateus Fernandes; ­Gaspar Raposo; Pedro Afonso; Francisco Dias; Francisco Eanes, alcaide. [f. CXXVIII r. - CXXX r.] 122 1561, Abril, 1. Nomeação de Francisco Dias e João Carvalho para o cargo de almotacés do concelho, para o mês de Abril, feita por sorteio dos pelouros existentes no cofre do concelho, tendo tomado posse, apenas, Francisco Dias, uma vez que João Carvalho não se encontrava na vila - Nomeação de Manuel Rodrigues para o cargo de alcaide desta vila, em substituição de Pedro Álvares, e enquanto este não saísse em liberdade, e uma vez que era muito necessária esta nomeação para a guarda dos presos - Acordam pedir que os rendeiros tragam o quinhão que pertence ao concelho, das coimas aplicadas pelos guardadores

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dos centeios - Postura fixando o preço máximo do vinho em 16 reais, quer seja de fora, quer das pessoas obrigadas ao concelho, sob pena de 500 reais. Presenças: Pedro Jorge e Álvaro Lucas, juízes ordinários; Rui Viegas, Gil Simões e Mateus Fernandes, vereadores; Diogo Afonso, procurador do concelho; Manuel Frade, escrivão do concelho; Manuel Rodrigues, alcaide eleito; João Álvares, porteiro. [f. CXXX v. - CXXXI v.] 123 1561, Abril, 3. Posse de António Dias Fróis do cargo de juiz ordinário, para que fora eleito nas últimas eleições e depois da confirmação do ouvidor,­ ­ estando até ao momento em funções Pedro Jorge, em sua substituição.­ Presenças: Pedro Jorge, juiz ordinário; Mateus Fernandes, verea­ dor; Manuel Frade, escrivão do concelho; António Dias Fróis, juiz ­ordinário eleito. [f. CXXXII r.] 124 1561, Abril, 10. Posse de Manuel Rodrigues do cargo de alcaide, em substituição de Pedro Álvares, após confirmação do alcaide-mor - Posse de João Carvalho do cargo de almotacé para o mês de Abril. Presenças: António Dias Fróis, juiz ordinário; Mateus Fernandes e Gil Simões, vereadores; Manuel Frade, escrivão do concelho; Manuel Rodrigues, alcaide substituto; João Carvalho. [f. CXXXII v.] 125 1561, Abril, 19. Acordam que nenhuma pessoa possa ter o seu barco a riba da ponde desta vila, e que Diogo Tristão, a quem tinham dado licença para ter

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o seu barco a riba da ponte, no seu monte, deveria ele também, no mês de Abril, trazer o seu barco para local abaixo da ponte, até ao fim do ano, e isto porque se dizia que ele pesca nesse local, com redes pequenas de arrasto (“chinchas”), e leva no seu barco, para a outra margem, gente de fora, atravessando o rio - Concertam-se com Henrique Lopes sobre um chão e casas que este tinha na Rua das Canastras, junto à Amoreira e ao celeiro d’el-rei, e que foram tomadas pelo concelho para se fazer o curro novo, sem nunca lhe terem pago nada, pelo que resolvem nomear­ 2 homens para procederem à avaliação - Puseram por postura que todo o gado que for encontrado no “pão” da Lezíria dos Cavalos pague 10 ­reais de dia e 20 reais de noite, e que as bestas andem travadas em cruz; mais, que todo o boi de forno ande com pastor peado nas Lezírias e sem acabramo, e não andando com pastor ande acabramado. Presenças: António Dias Fróis e Álvaro Lucas, juízes ordinários; Rui Viegas, Gil Simões e Mateus Fernandes, vereadores; Diogo Afonso, procurador do concelho; Manuel Frade, escrivão do concelho. Assinaram, ainda: Bartolomeu Rebelo, Henrique Lopes; André Lucas. [f. CXXXIII r. - CXXXIV r.] 126 1561, Abril, 24. Câmara geral apregoada, onde é acordado irem à Relação pôr agravo a um alvará régio que obriga o ouvidor a levar os bens (“feitos da terra”) dos presos, que prendia, o que era muito prejudicial para a vila - Acordam, mais, descoutar a Várzea de Samora ao gado vacum e da lavoura, e só a este - Nomeação de Domingos Fernandes, procurador do número e morador nesta vila, para ir a Coruche e pôr agravo junto do ouvidor, que lá se encontrava em correição, sobre o alvará acima referido, pagando-lhe 20.000 reais por dia, mais o rocim em que for e vier, e as despesas que fizer com as escrituras deste agravo - Puseram por postura que nenhum boi, nem os de cingel, coma nas Lezírias do Poço e dos Cavalos, quando não estão a lavrar, sob pena de 5 reais por boi ou vaca, e 500 reais para o pastor, mais a cadeia, permitindo que durmam, apenas, as éguas na Várzea, sob pena de 500 reais, para o restante gado. Presenças: António Dias Fróis e Álvaro Lucas, juízes ordinários; Rui Viegas, Gil Simões e Mateus Fernandes, vereadores; Diogo Afonso, procurador do concelho; Manuel Frade, escrivão do concelho. Estiveram também presentes, entre muita gente do povo: Henrique Lopes, João Rodrigues Bulhão, Bartolomeu Rebelo, João Carvalho, André Álvares, Gaspar Fernandes, Afonso Vaz, Fernão Dias,

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­Francisco Dias, Domingos Fernandes, João Álvares, Domingos Gonçalves, ­Fernão Varela, João da Cunha, André Botelho, António Rodrigues, Álvaro Chaveiro, Rodrigo Dias, Gaspar Raposo, Pedro Fernandes,­ Pedro Simão, António Lopes, João Rodrigues e Gonçalo Lopes. [f. CXXXIV v. - CXXXVII r.] 127 1561, Abril, 25. Acordam passar cartas para Lisboa, Santarém, Tomar e outros lugares, para se pôr em pregão a obra de reparação da ponte desta vila, em conformidade com ordens régias, transmitidas nesta sessão pelo licenciado Diogo Gastão, do Desembargo do Paço e provedor de Setúbal do mestrado de Santiago - Acordam, mais, que a nenhuma pessoa seja permitido levar desta vila “pão” para fora, sob pena de 50 cruzados, mais 2 anos de degredo em África, e isto atendendo à grande falta de “pão” que existe nesta vila. Presenças: licenciado Diogo Gastão, do Desembargo do Paço, ­provedor de Setúbal do mestrado de Santiago; António Dias Fróis e Álvaro Lucas, juízes ordinários; Rui Viegas, Gil Simões e Mateus Fernandes, vereadores; Diogo Afonso, procurador do concelho; Manuel Frade, escrivão do concelho. [f. CXXXVII v. - CXXXVIII r.] 128 1561, Abril, 31. Nomeação e posse de Fernão Dias e André Álvares, para o cargo de almotacés do concelho, para o mês de Maio, sorteados que foram dos pelouros existentes no cofre do concelho. Presenças: Mateus Fernandes, Rui Viegas e Gil Simões, verea­ dores; Manuel Frade, escrivão do concelho; Fernão Dias e André Álvares,­ almotacés. [f. CXXXVIII v.] 129 1561, Maio, 10. Puseram por postura que todo o boeiro e eguariço que atravessar com gado por terras semeadas pagará de multa 200 reais, mais a

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cadeia, e todo o gado que se achar na Várzea e noutras terras de pão e terras semeadas, sem pastor, pagará por rês 10 reais. Diz a mesma postura que as éguas poderão dormir na Várzea, em lugares largos e peadas, nomeadamente: do Ferilhão para dentro, por estar todo despejado; no Pedro Durão e Vazacovas, e entre as pontes. É-lhes vedado dormir fora destes limites e no Corte do Rouco, sob pena dos mesmos 200 reais - Puseram, mais, por postura que todo o gado que comer na Lezíria dos Cavalos ande preso por corda, sob pena de 20 reais de multa. Presenças: Álvaro Lucas, juiz ordinário; Mateus Fernandes, Rui ­Viegas e Gil Simões, vereadores; Diogo Afonso, procurador do concelho; ­Manuel Frade, escrivão do concelho. [f. CXXXIX r. - CXXXIX v.] 130 1561, Maio, 18. Posse do lugar de físico residente pelo licenciado António Vaz, recebendo 5 moios de trigo por ano, 3 dados por el-rei e 2 pelo concelho, ocupando a vaga deixada pelo doutor Fernão Martins, físico este que tinha tomado posse do cargo em 7 de Março de 1560, e cargo que, antes deste, tinha sido ocupado pelo licenciado Paulo Bernaldez - Acordam, igualmente, que este físico não seja obrigado a curar mais do que os doentes do hospital, sendo as outras curas que fizer pagas pelos doentes que tratar. Presenças: Álvaro Lucas e António Dias Fróis, juízes ordinários; Mateus Fernandes, vereador; Diogo Afonso, procurador do concelho; Manuel Frade, escrivão do concelho; licenciado António Vaz, físico. Estiveram, também, presentes: Fernão Varela, Pedro Afonso, Gonçalo Lopes, Henrique Lopes, Miguel Fernandes, boticário, Lourenço­ Mendes e Cristóvão Rodrigues. [f. CXL r. - CXLI r.] 131 1561, Junho, 6. Nomeação e posse de Vasco Fernandes, arrieiro, e Miguel Cristão para o cargo de almotacés do concelho, para o mês de Junho, sorteados pelos pelouros existentes no cofre do concelho. Presenças: António Dias Fróis, juiz ordinário; Rui Viegas, Mateus

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Fernandes e Gil Simões, vereadores; Gaspar Lourenço, escrivão substituto; Vasco Fernandes, almotacé. [f. CXLI v. - CXLII r.] 132 1561, Junho, 7. Acordam que nenhuma pessoa de qualquer condição possa lavar roupa (?) (“repo”?) nem no poço novo, nem em nenhuma fonte, sob pena de pagar 200 reais de multa, mais a cadeia. Presenças: António Dias Fróis, juiz ordinário; Rui Viegas, Mateus Fernandes e Gil Simões, vereadores; Diogo Afonso, procurador do concelho; Manuel Vaz Preto, escrivão substituto; Pedro Afonso e Henrique Lopes. [f. CXLII r. - CXLII v.] 133 1561, Junho, 12. Nomeação de João Rodrigues Bulhão para o cargo de recebedor e vedor da obra de reparação da ponte desta vila. Presenças: Diogo Gastão, do Desembargo do Paço; António Dias Fróis e Álvaro Lucas, juízes ordinários; Rui Viegas, Mateus Fernandes, vereadores; Diogo Afonso, procurador do concelho; Gaspar Lourenço, escrivão substituto; João Rodrigues Bulhão. Estavam, mais, presentes: Henrique Lopes, juiz dos órfãos, e Pedro Afonso, entre outros. [f. CXLIII r. - CXLIII v.] 134 1561, Junho, 27. Auto de entrega de 10.000 reais feita por Alexandre Gonçalves ao vedor das obras da ponte, João Rodrigues Bulhão, para a reparação da mesma. Presenças: António Dias Fróis, juiz ordinário; Rui Viegas, Mateus Fernandes e Gil Simões, vereadores; Diogo Afonso, procurador do con-

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celho; Gaspar Lourenço, escrivão substituto; Alexandre Gonçalves; João Rodrigues Bulhão. [f. CXLIV r. - CXLIV v.] 135 1561, Julho, 3. Nomeação de Fernão Varela e António Baracho para o cargo de almotacés para o mês de Julho, sorteados pelos pelouros existentes no cofre do concelho - Falaram mais sobre o dinheiro que se entregou a Vicente Ribeiro, pedreiro, e que este não quis tomar por ser em ouro, pedindo que o pesassem primeiro - Resolvem pedir dinheiro a Sua ­Alteza para a reparação da ponte, através da imposição dos vinhos por 5 anos. Presenças: António Dias Fróis e Álvaro Lucas, juízes ordinários; Rui Viegas, Mateus Fernandes e Gil Simões, vereadores; Diogo Afonso, procurador do concelho; Gaspar Lourenço, escrivão substituto. Estiveram, mais, presentes: João Rodrigues Bulhão; Diogo ­Correia; Bartolomeu Rebelo; Gaspar Raposo, Fernão Varela. [f. CXLV r. - CXLVI r.] 136 1561, Julho, 14. Posse de António Baracho do cargo de almotacé do concelho, para este mês de Julho. Presenças: António Dias Fróis, juiz ordinário; Gaspar Lourenço, escrivão substituto; António Baracho, almotacé. [f. CXLVI r. - CXLVI v.] 137 1561, Julho, 19. Acordam que os pescadores, moradores nesta vila, deverão vender o pescado que trazem pelo porto desta vila ao povo dela, e que apenas levem para casa o que lhes for necessário, sob pena de 200 reais de multa - Puseram por postura que nenhum almocreve possa ir

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com as suas bestas buscar uvas para as vender - Postura proibindo a qualquer pessoa atravessar vinhas com o seu gado, sob coima de 500 reais. Presenças: António Dias Fróis e Álvaro Lucas, juízes ordinários; Rui Viegas e Gil Simões, vereadores; Diogo Afonso, procurador do ­concelho; Gaspar Lourenço, escrivão substituto. [f. CXLVI v. - CXLVIII v.] 138 1561, Julho, 30. Acordam em Câmara geral anular o pedido que fizeram a el-rei no sentido de lhes conceder a imposição dos vinhos por cinco anos, para ajuda das obras de reparação da ponte, uma vez que as obras poderiam alongar-se por mais do que cinco anos - Acordam pedir a el-rei que, em vez de conceder a imposição dos vinhos, atrás referida, para as obras de reparação da ponte, passasse a esta vila provisão para que esta Câmara pudesse lançar o imposto da finta nesta vila e termo, o que fosse necessário para a reparação da ponte - Acordam, mais, correspondendo a uma petição dos lavradores da vila, que estes possam pagar aos seus abegães não em trigo, como fora prometido, mas em dinheiro, por haver grande falta de “pão” na vila, por virtude da esterilidade do ano, e que os lavradores paguem aos seus abegães à razão de 80 reais o alqueire. Presenças: Álvaro Lucas, juiz ordinário; Rui Viegas e Gil Simões, vereadores; Diogo Afonso, procurador do concelho; Manuel Frade, ­escrivão do concelho. Estiveram, mais, presentes: Fernão Varela, Luís Coelho, Bartolomeu Rebelo, António Lopes, Domingos Fernandes, Francisco Vaz, João Carvalho, Custódio Fernandes, Vasco Fernandes, Gaspar ­ Lourenço, João Álvares, Gonçalo Lopes e Manuel Afonso. [f. CXLXVIII v. - CLI r.] 139 1561, Agosto, 1. Nomeação de António Lopes e Luís Coelho para o cargo de ­almotacés do concelho, para o mês de Agosto, sorteados dos pelouros existente no cofre do concelho. Presenças: António Dias Fróis, juiz ordinário; Diogo Afonso,

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­ rocurador do concelho; Manuel Frade, escrivão do concelho; António p Lopes, almotacé. [f. CLI r.] 140 1561, Agosto, 2. Puseram por postura que os bois dos fornos possam andar soltos em lugares largos com pastor, e sem pastor pagará cada boi, de multa, 100 reais. Presenças: Álvaro Lucas, juiz ordinário; Rui Viegas e Gil Simões, vereadores; Diogo Afonso, procurador do concelho; Manuel Frade, ­escrivão do concelho. [f. CLI v.] 141 1561, Agosto, 12. Fixam por postura os preços máximos do azeite, até Janeiro, em 56 reais a canada, 28 reais a meia canada, 14 reais o quartilho, e 7 reais o meio quartilho, e daí para baixo as medidas pequenas uma a 2 reais e a outra a 4 reais, sob pena de 1000 reais de multa, mais a cadeia - Acordam mandar embora da vila de Benavente 2 mestres ­tanoeiros, moradores em Alhandra, uma vez que a vila já tinha tanoeiro obrigado a este concelho, com o nome de Domingos Fernandes, morador no Porto, e que todos os anos vinha a esta vila consertar a louça dos vinhos, levando os preços praticados em Lisboa. Presenças: António Dias Fróis, juiz ordinário; Rui Viegas e Gil Simões, vereadores; Diogo Afonso, procurador do concelho; Manuel Frade, escrivão do concelho; Domingos Fernandes, tanoeiro. [f. CLII r. - CLII v.] 142 1561, Agosto, 23. Postura proibindo acarretar “pão” desta vila para fora, uma vez que este ano houve muito pouco “pão” na terra, e a vila se encontrava com muita necessidade dele, sob pena de perderem todo o “pão” que mandarem para fora, além de terem de pagar 20 cruzados de multa, mais 1

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ano de degredo para África - Acordam descoutar as vinhas, permitindo a qualquer pessoa, que o entenda, apanhar as uvas e vendê-las, assim as brancas como as pretas, sendo somente obrigado a dar a comedia ao vinheiro, sob pena de 1000 reais de multa, e isto se prolongará até ao fim das vindimas, concretamente até ao dia 8 de Setembro. Presenças: António Dias Fróis, juiz ordinário; Rui Viegas e Gil Simões, vereadores; Diogo Afonso, procurador do concelho; Manuel Frade, escrivão do concelho. [f. CLIII r. - CLIII v.] 143 1561, Agosto, 25. Eleição de Mateus Fernandes para o cargo de vereador do concelho, uma vez que João Rodrigues Bulhão quis desistir de ser vereador, e teve sentença favorável da Relação, cargo que o mesmo Mateus Fernandes exercia em regime de substituição desde 29 de Março, por João Rodrigues Bulhão ter sido impedido de o exercer, após devassa do ouvidor. Presenças: Álvaro Lucas, juiz ordinário; Rui Viegas e Gil Simões, vereadores; Diogo Afonso, procurador do concelho; Manuel Frade, escrivão do concelho. Estiveram, ainda, presentes e participaram na votação, as seguintes pessoas que costumam andar na governação da vila: Gaspar Dias, Henrique Lopes, Miguel Fernandes, Gonçalo Lopes, Gaspar Lourenço e Pedro Afonso. [f. CLIV r. - CLIV v.] 144 1561, Setembro, 4. Posse de Álvaro Gomes, morador nesta vila, do cargo de couteiro pequeno, para que fora nomeado por uma provisão régia apresentada - Nomeação de Francisco Eanes, marido de Leonor Dias, para o cargo de recebedor das sisas, em substituição de João Gomes, que se tinha escusado do cargo - Nomeação de Pedro Afonso e Francisco Vaz para o cargo de almotacés do concelho, para o mês de Setembro, sorteados dos pelouros existentes no cofre do concelho - Acordam descoutar os coutos aos bois e éguas, uma vez que existia muita necessidade na terra dos gados da lavoura, por não haver que comer. Presenças: António Dias Fróis, juiz ordinário; Mateis Fernandes, Rui Viegas e Gil Simões, vereadores; Diogo Afonso, procurador do con-

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celho; Manuel Frade, escrivão do concelho; Álvaro Gomes, couteiro pequeno; Pedro Afonso e Francisco Vaz, almotacés. [f. CLV r. - CLV v.] 145 1561, Setembro, 26. Câmara ordenada com a presença de muitas pessoas do povo que aí se foram queixar e pedir aos oficiais do concelho que descoutassem as vinhas para assim as bestas cavalares que servem em casa das pessoas do povo pudessem comer nelas, sem qualquer pena, e isto atentendo à muita esterilidade que havia na vila, e por não terem nada de comer para as suas bestas - Postura pela qual nenhum boi ou gado vacum possa dormir desde o Vale de Dona Francisca direito à Lagoa da Mantela, e daqui direito à horta do França, e daqui para dentro contra a vila, salvo se este gado dormir fechado ou em curral, podendo ir dormir para além da ponte, sob pena de 20 reais por rês e o boieiro 500 reais. Presenças: António Dias Fróis, juiz ordinário; Mateus Fernandes, Rui Viegas e Gil Simões, vereadores; Manuel Frade, escrivão do concelho. [f. CLVI r. - CLVI v.] 146 1561, Outubro, 1. Nomeação de Gaspar Raposo e Cosmo Fernandes para o cargo de almotacés do concelho, para o mês de Outubro, sorteados que foram dos pelouros existentes no cofre do concelho - Acordam, mais, que nenhuma pessoa traga vinho de fora para esta vila, nem o venda, sob pena da postura. Presenças: Álvaro Lucas, juiz ordinário; Mateus Fernandes, verea­ dor; Manuel Frade, escrivão do concelho; Gaspar Raposo, almotacé. [f. CLVI r. CLVII r.] 147 1561, Outubro, 11. Posse de Cosmo Fernandes do cargo de almotacé do concelho, para o mês de Outubro, para que fora nomeado.

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Presenças: Álvaro Lucas, juiz ordinário; Rui Viegas, Gil Simões e ­Mateus Fernandes, vereadores; Diogo Afonso, procurador do concelho; Manuel Vaz Preto, escrivão substituto; Cosmo Fernandes, almotacé. [f. CLVII r. - CLVII v.]

148 1561, Outubro, 12. Acordam em Câmara Geral apregoada fazerem quotização por ­todos para arranjarem a quantia de 10.000 reais que faltava para ­cobrir o custo geral das obras de reparação da ponte da vila, no total­ de 220.000 reais, preço pelo qual se procedeu à arrematação da obra, para o que pediam autorização a el-rei, em vez do monarca passar ­provisão lançando imposição dos vinhos. Presenças: Álvaro Lucas e António Dias Fróis, juízes ordinários; Rui Viegas, Gil Simões e Mateus Fernandes, vereadores; Diogo Afonso, procurador do concelho; Manuel Vaz Preto, escrivão substituto. Estiveram, mais, presentes: António Cabral, Henrique Lopes, ­Fernão Varela, António Baracho, Pedro Afonso, Fernão Gomes, ­Estácio Dias, Pedro Fernandes, António Vaz, Bartolomeu Rebelo, Diogo Dias, Francisco Lopes, Cristóvão Dias, Cosmo Fernandes, Simão Lopes, Gonçalo Lopes, António Lopes, Duarte Vaz, Diogo Filipe, Gaspar ­Raposo, Álvaro Chaveiro, Miguel Fernandes, Fernão Rodrigues, Pedro ­Vicente, Gonçalo Fernandes, Álvaro Fernandes, João Fernandes, ­ sapateiro, Pedro Dias e Gaspar Fernandes. [f. CLVIII r. - CLX v.]

149 1561, Outubro, 28. Tomam conhecimento do despacho dos desembargadores da Mesa da Consciência sobre uma petição que os oficiais mandaram à mesma Mesa onde pediam a substituição do prior existente nesta vila, uma vez que era homem muito velho e decrépito e já não poder ministrar o Santo Sacramento, pedindo-lhes os desembargadores que aparecessem na Mesa da Consciência. Presenças: António Dias Fróis e Álvaro Lucas, juízes ordinários; Mateus Fernandes e Rui Viegas, vereadores; Diogo Afonso, procurador do concelho; Manuel Frade, escrivão do concelho.

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Estiveram, mais, presentes: João Rodrigues Bulhão, Cosmo ­Fernandes e Cristóvão Rodrigues. [f. CLXI r. - CLXI v.] 150 1561, Novembro, 3. Nomeação de Gaspar Dias e Henrique Lopes para o cargo de ­almotacés do concelho, para o mês de Novembro, sorteados dos ­pelouros existentes no cofre do concelho - Acordam descoutar a ­Garrocheira, podendo ser cortada rama para os bois da lavoura, e só a rama, sob pena da postura, e que nenhum almocreve nem carreiro possa trazer lenha dela, sob a mesma pena, e isto tudo atendendo à grande esterilidade do ano e a fome que o gado passa. Presenças: Álvaro Lucas, juiz ordinário; Rui Viegas e Mateus Fernandes, vereadores; Manuel Frade, escrivão do concelho; Gaspar Dias, almotacé. [f. CLXI v. - CLXII r.] 151 1561, Novembro, 8. Postura proibindo os taberneiros, ou qualquer outra pessoa que venda carne cozida, vender a posta de carne a mais de 6 reais, não podendo ter, a mesma posta, menos de meio arrátel, o que dará 12 reais o arrátel, sob pena de 500 reais, mais a cadeia, e isto porque as pessoas estavam a vender a carne cozida como queriam “sem conto nem medida”, atingindo assim, por vezes, a carne mais de 30 reais o arrátel. Presenças: Álvaro Lucas, juiz ordinário; Rui Viegas e Mateus Fernandes, vereadores; Diogo Afonso, procurador do concelho; Manuel Frade, escrivão do concelho. [f. CLXII v. - CLXIII r.] 152 1561, Dezembro, 1. Nomeação e posse de Custódio Fernandes e Diogo Correia para o cargo de almotacés, para o mês de Dezembro, sendo o último dos

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pelouros para almotacés existentes no cofre do concelho - Anulam postura, aprovada na sessão anterior, sobre o preço da carne cozida, uma vez que a mesma ia contra as leis existentes sobre o comércio de carnes. Presenças: António Dias Fróis, juiz ordinário; Rui Viegas e Mateus Fernandes, vereadores; Manuel Frade, escrivão do concelho; Custódio Frenandes e Diogo Correia, almotacés. [f. CLXIII v. - CLXIV r. ] 153 1561, Dezembro, 6. Postura não permitindo a venda de sardinhas de fumo, frescas e salgadas a mais de 1 real por 3 sardinhas, nem que as levem para fora da vila, sob pena de 1000 reais de multa, mais a cadeia - Mandaram pedir, pelo porteiro do concelho, João Álvares, ao prior desta vila a visitação feita a esta vila pelo visitador, para saberem o que este tinha ordenado para ser feito pelos oficiais da Câmara, sem que o mesmo prior mandasse alguma visitação ou certidão dela pelo mesmo porteiro.­ Presenças: Álvaro Lucas, juiz ordinário; Rui Viegas e Mateus Fernandes, vereadores; Diogo Afonso, procurador do concelho; Manuel Frade, escrivão do concelho; João Álvares, porteiro do concelho. [f. CLXIV v. - CLXV r.] 154 1561, Dezembro, 28. Eleição dos oficiais da Câmara para o ano de 1562, tendo sido sorteado um dos três pelouros existentes no cofre das eleições, onde saíram para juízes ordinários, Henrique Lopes e António Baracho, para vereadores, João de Parada, Gaspar Dias e Pedro Álvares ­Baracho e para procurador do concelho, Gaspar Fernandes. [O sorteio foi feito da mesma forma: foram tirados os 3 pelouros existentes no cofre das eleições, colocados dentro de um chapéu e embaralhados; depois um moço de oito anos tirou um deles. As chaves do cofre das eleições foram dadas a Rui Viegas e a Mateus Fernandes, ­vereadores, e a Diogo Afonso, procurador, que a recebeu para a entregar a Gil Simões que na altura não se encontrava na vila]. Presenças: António Dias Fróis, juiz ordinário; Rui Viegas e ­Mateus

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FOT. 3 – EXTRACTO DA ELEIÇÃO DE 1562 PARA A VEREAÇÃO DA CÂMARA (TERMO Nº 154).


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­ ernandes, vereadores; Diogo Afonso, procurador do concelho; ­Manuel F Frade, escrivão do concelho. [f. CLXV v. - CLXVII r. ] 155 1562, Janeiro, 1. Posse de Gaspar Dias do cardo de juiz ordinárioo, em substituição, e enquanto não vier a confirmação dos juízes eleitos pelo ouvidor do mestrado de Avis, e isto por ser o vereador mais velho - Nomeação e posse de João Álvares para o cargo que já vinha exercendo de porteiro do concelho, dando-lhe a soldada de 4.000 reais por ano, tirados da renda do concelho. Presenças: Gaspar Dias, Pedro Álvares Baracho e João de Parada,­ ­vereadores; Gaspar Fernandes, procurador do concelho; Manuel ­Frade, escrivão do concelho; João Álvares, porteiro. [f. CLXVII v. - CLXVIII r.] 156 1562, Janeiro, 4. Arrematação das rendas do concelho, exceptuando as rendas do ­Verde, Mato e Almotaçaria, a Cristóvão Rodrigues, morador nesta vila, pelo preço de 60.000 reais em dinheiro, mais oitenta alqueires de trigo por ano. Presenças: Gaspar Dias, Pedro Álvares Baracho e João de ­Parada, ­vereadores; Gaspar Fernandes, procurador do concelho; Manuel ­Frade, escrivão do concelho; Cristóvão Rodrigues, rendeiro. [f. CLXVIII v. - CLXIX r.] 157 1562, Janeiro, 6. Arrematação da renda do Mato e Almotaçaria a Mateus Dias, por ter sido quem maior lanço lançou nas mesmas, 12.000 reais em ­dinheiro, mais 4 galinhas, ficando de apresentar fiador - Arrematam, igualmente, a renda do Verde a Luís Lopes, morador nesta vila, por ter

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sido quem maior lanço lançou na mesma, 20.000 reais em dinheiro, mais 1 resma de papel e 2 canadas de tinta e dois arratéis de cera verde para os selos do concelho e 10 varas vermelhas para os oficiais, ficando de apresentar fiador. Presenças: Gaspar Dias, Pedro Álvares Baracho e João de ­Parada, ­vereadores; Gaspar Fernandes, procurador do concelho; Manuel ­Frade, escrivão do concelho; Mateus Dias e Luís Lopes, rendeiros. [f. CLXIX v. - CLXXI r.]

158 1562, Janeiro, 10. Nomeação dos 4 recebedores das sisas d’el-rei, respectivamente, ­Miguel Fernandes, o do Arrabalde, para o 1º quartel, Álvaro Lopes, o da horta, que mora ao Monte de França, para o 2º, Pedro Fernandes Gazela, para o 3º, e Lourenço Mendes, para o 4º - Postura pela qual toda a pessoa que der de comer e venda, tanto vinho, como pão, carne e pescado, é obrigada a dar fiança à Câmara no valor de 10.000 reais, sob pena de 1000 reais de multa, mais a cadeia. Presenças: Gaspar Dias, servindo de juiz ordinário, por ser o vereador mais velho; Pedro Álvares Baracho e João de Parada, vereadores; Gaspar Fernandes, procurador do concelho; Manuel Frade, escrivão do concelho. [f. CLXXI v. - CLXXII r.]

159 1562, Janeiro, 12. Registo da fiança feita por Mateus Dias à Câmara de Benavente, da quantia de 12.000 reais, com que procedeu à arrematação da renda do Mato e Almotaçaria, ficando por seu fiador Afonso Fernandes, morador na Barrosa, termo desta vila. Presenças: Manuel Frade, escrivão do concelho; Mateus Dias, rendeiro do Mato e Almotaçaria; Afonso Fernandes, fiador; Manuel Rodrigues, alcaide; Luís Lopes, rendeiro do Verde. [f. CLXXII v. - CLXXIII r.]

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160 1562, Janeiro, 12. Registo de fiança feita por Luís Lopes à Câmara de Benavente, da quantia de 20.000 reais, para além de 1 resma de papel e 2 canadas de tinta e dois arráteis de cera verde, para os selos do concelho, e 10 varas de cera vermelha, para os oficiais, com que procedeu à arrematação da renda do Verde, ficando por seu fiador Manuel Rodrigues, alcaide desta vila. Presenças: Manuel Frade, escrivão do concelho; Luís Lopes, rendeiro do Verde; Manuel Rodrigues, fiador; Mateus Dias, rendeiro do Mato e Almotaçaria; Afonso Fernandes. [f.CLXXIII v. - CLXXIV r.] 161 1562, Janeiro, 17. Acordam coutar as vinhas, proibindo aos bezerros comerem nelas, sob pena de pagarem um vintém por cabeça, proibindo, igualmente, que andem nos olivais sem pastor, sob pena de 10 reais por cabeça - ­Puseram por postura que nenhumas ovelhas, cabras ou porcos, possam comer nem beber no Vale do Tripeiro, da boca do Vale de Baixo contra a Quinta da Foz, até ao Arneiro do Pereiro, tanto numa banda, como na outra, assim como na banda de além do Monte de Luís da Gama, até às Cegonheiras, não podendo, ainda, entrar no Vale da Moreira, nem entrar, comer ou beber, no Vale de Dona Franca, nem muito menos na Asseiceira, da fonte do Cortiço, nem em todo o Vale de Trejoute, assim como não poderão comer, nem beber, na Barrosa, à excepção dos porcos, que comerão em períodos a fixar pelo concelho, tudo sob pena de 2000 reais de multa, mais 1 mês de cadeia, para o pastor, e 10 reais de multa por cada cabeça de gado, e isto tudo foi posto por postura atendendo a que nesta terra existem muitas ovelhas, causando grandes prejuízos à criação de gado vacum, sendo este último o principal gado por onde os homens vivem, “mormente” nesta terra - Acordam, mais, coutar as vinhas, conforme mandado do ­ouvidor - Nomeação de Manuel Rodrigues para o cargo de alcaide - Postura proibindo às padeiras venderem o pão alvo a preço mais ­elevado do que o pão de 4 reais, devendo este pesar 8 onças, e o de 2 reais 4 onças, para o que toda a padeira, que vender pão, deverá ter balança para os pesar, sob pena de 500 reais de multa, mais a ­cadeia - Postura proibindo a venda da posta de peixe de sável a mais de 10 reais, durante o mês de Fevereiro, trazendo o vendedor consigo

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a ­bitola do concelho, sob pena de 500 reais de multa, sendo as postas de 10 reais as abertas e as fechadas a 8 reais, e as pequenas do rabo dão-se duas por uma, e da mesma bitola, e as da cabeça e degoladouro a 8 reais, e as ovas das fêmeas a 6 reais, e os machos com os fígados a 4 reais; mais, proíbe as cativas de venderem peixe sem que os seus senhores se obriguem às posturas da Câmara, sob pena dos senhores pagarem 1000 reais de multa - Nomeação e posse de André Botelho para o cargo dos pesos do ouro e da balança dele, dando-lhe os pesos do ouro, que estavam em poder de Fernão Rodrigues, genro de Gonçalo Lopes. Presenças: Gaspar Dias, servindo de juiz ordinário, por ser o verea­ dor mais velho; Pedro Álvares Baracho e João de Parada, vereadores; Gaspar Fernandes, procurador do concelho; Manuel Frade, escrivão do concelho; André Botelho. [f.CLXXIV v. - CLXXVII r.] 162 1562, Janeiro, 19. Posse de Henrique Lopes e de António Baracho do cargo de Juízes ordinários, para que foram nomeados, e após receberem carta de confirmação, enviada pelo ouvidor do mestrado de Avis, e correspondendo essa confirmação a pedido feito pela Câmara. Presenças: Gaspar Dias, servindo de juiz ordinário, por ser o verea­dor mais velho; Pedro Álvares Baracho e João de Parada, vereadores; Manuel Frade, escrivão do concelho; Henrique Lopes e António Baracho, Juízes ordinários eleitos. [f.CLXXVII v. - CLXXVIII r.] 163 1562, Janeiro, 19. Registo da obrigação feita por Marcos Gonçalves, à Câmara de Benavente, para poder vender vinho na vila no ano de 1562, em ­conformidade com o regimento d’el-rei e das posturas da Câmara, obrigando-se a ter vinho todo o ano atabernado, com pena de 200 ­reais por cada vez que se achar sem ele. Presenças: Manuel Frade, escrivão do concelho; Marcos Gonçalves. [f.CLXXVIII v. - CLXXIX r.]

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164 1562, Janeiro, 19. Registo da fiança feita por Marcos Gonçalves à Câmara de Bena­ vente, para poder vender na sua taberna tanto vinho, como pão, ­carne e ­ peixe, em conformidade com a postura da Câmara que obriga a dar fiança de 10.000 reais quem quiser dar de comer, ou vender pão, ­carne, peixe ou vinho, ficando por fiador Gaspar Fernandes, igualmente, morador nesta vila. Presenças: Manuel Frade, escrivão do concelho; Marcos Gonçalves; Diogo Fernandes; Henrique Fernandes; Gaspar Fernandes, ­fiador. [f.CLXXIX r. - CLXXIX v.] 165 1562, Janeiro, 19. Registo da fiança feita por Isabel Dias, moradora nesta vila, à Câmara de Benavente, para poder vender na sua taberna tanto vinho, como pão, carne e peixe, em conformidade com a postura da Câmara que obriga a dar fiança de 10.000 reais quem quiser dar de comer, ou vender pão, carne ou peixe ou vinho, ficando por fiador o seu genro, Rodrigo Dias, igualmente, morador nesta vila. Presenças: Manuel Frade, escrivão do concelho; Isabel Dias; ­Rodrigo Dias, fiador; Miguel Fernandes; Bastião Martins. [f.CLXXX r.] 166 1562, Janeiro, 19. Registo da fiança feita por Diogo Fernandes, morador nesta vila, à Câmara de Benavente, para poder carregar, nas suas bestas, “pão” desta vila para o moinho de Magos, em conformidade com a postura existente, ficando por fiador Henrique Fernandes, morador na mesma vila. Presenças: Manuel Frade, escrivão do concelho; Diogo Fernandes; Henrique Fernandes, fiador. [f. CLXXX v. - CLXXXI r.]

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167 1562, Janeiro, 31. Câmara geral apregoada para decidirem sobre uma petição que Simão Fernandes, feitor da Quinta da Foz, trouxe à Câmara, juntamente com outras pessoas, pedindo que fosse anulada uma postura pela qual eram coutadas certas partes, no termo desta vila, a porcos, ovelhas e cabras, ao que a maioria do povo dela pronunciou-se pela continuação da postura, tal como estava, por ser muito necessária aos moradores e criadores do gado vacum, principal riqueza desta vila. Presenças: Henrique Lopes e António Baracho, juízes ordinários; João de Parada, Pedro Álvares Baracho e Gaspar Dias, vereadores; Gaspar Fernandes, procurador do concelho; Manuel Frade, escrivão do concelho. Estiveram, mais, presentes: Fernão Varela, Vicente de Campos, Pedro Jorge, Diogo Afonso, Pedro Afonso, Cosmo Fernandes, Bartolomeu Rebelo, Duarte Vaz; e muitas outras pessoas. [f. CLXXXI v. - CLXXXIII r.] 168 1562, Fevereiro, 4. Registo da fiança feita por Francisco Eanes à Câmara de Bena­ vente, para poder ter taberna e dar de comer nela, em conformi­dade com a postura da Câmara que obriga a dar fiança de 10.000 reais quem quiser dar de comer, ou vender pão, carne, peixe ou vinho, ­ficando por fiador Duarte Vaz, igualmente, morador nesta vila. Presenças: Manuel Frade, escrivão do concelho; Francisco Eanes; Duarte Vaz, fiador. [f. CLXXXIII v. - CLXXXIV r.] 169 1562, Fevereiro, 7. Registo da fiança feita por Cristóvão Rodrigues à Câmara de ­Benavente da quantia de 60.000 reais em dinheiro, para além de 80 alqueires de trigo, com procedeu à arrematação da renda de todas as terras e foros do concelho, ficando por fiador Bartolomeu Rebelo, igualmente morador nesta vila - Nomeação dos quadrilheiros necessá-

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rios para a justiça do concelho, sendo, rua a rua, os seguintes: - Rua do Poço, de Évora e da Judiaria: António Fernandes, carpinteiro; Miguel Rodrigues; Brás Henriques; Cosmo Lopes; Pedro Simão, Domingos Gonçalves; o alfaiate Cunha; Afonso Gonçalves; Simão Lopes, sapateiro. E para cabeça destas 3 ruas, Gonçalo Fernandes Soares. - Rua do Arco, o Arrabalde, e a Rua de Lisboa: João Gomes; Gião Henriques; João da Cunha; António Vaz; o Borlano; Miguel Fernandes; Aleixo Mendes; Jerónimo da Silveira; ­António Dias Calado; o Oleiro; António Fernandes, cabreiro; Pedro Fernandes. E para cabeça destas 3 ruas, Henrique Nunes (primeiro, tinham nomeado Pedro Fernandes Gazela). - Rua do Negas e do Pinheiro: André Lourenço; Pedro Correia; Francisco Fernandes; Manuel ­Afonso; Brás Martins; João Fernandes, sapateiro; Afonso Fernandes; Diogo Velho; Estácio Dias; Diogo Jorge; João Álvares; Pelonário Álvares; Manuel Rodrigues; Henrique Fernandes, E para cabeça destas, Fernão Lopes, carreiro. - Rua de Santiago, dos Oleiros, da Ponte, e do Curro Novo: Vicente Henriques: Marcos Gonçalves, Fernão de Eanes; o genro deste último; António Fernandes, barqueiro; André Rodrigues; Francisco Pires; Fernão Lopes; Lourenço Mendes; Diogo Dias; António ­Rodrigues; Francisco Fernandes; Francisco Eanes; Gomes Fernandes; Baltasar Gonçalves; Diogo Filipe; Gonçalo Fernandes; Custódio Pires. E para cabeça destas ruas, Francisco Eanes (primeiro, fizeram António Fernandes, ferreiro). - Para a Ribeira de Canha fizeram, por cabeça de quadrilha, ­António Fernandes. - Para a Barrosa ficou, por cabeça, Bastião Vaz. - Acordaram, mais, pôr por postura que não seja permitida a ­nenhuma escrava cativa, desta vila e seu termo, vender nenhuma ­coisa de pescado, nem de pão, nem qualquer outra coisa, uma vez que são cativas de pessoas poderosas, e não vendem conforme as posturas da Câmara, sob pena de 1000 reais de multa, mais a ­cadeia. - Nomeação de António Fernandes e Diogo Velho, barqueiros, no cargo de examinadores dos arraises e companheiros de barcas, tendo­ mais como função verem se as barcas andam aparelhadas para ­poderem navegar, com o necessário, para além de verem as cargas, se vão ou não muito carregadas. Presenças: Henrique Lopes, juiz ordinário; João de Parada, Gaspar­ Dias e Pedro Álvares Baracho, vereadores; Gaspar Fernandes, procurador do concelho; Manuel Frade, escrivão do concelho; Cristóvão Rodrigues, rendeiro; Bartolomeu Rebelo, fiador; Gonçalo Fernandes Soares, Henrique Nunes, Fernão Lopes, Francisco Eanes,

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cabeças de quadrilha da vila; António Fernandes e Diogo Velho, examinadores dos arraises. [f. CLXXXIV v. - CLXXXVII r.] 170 1562, Fevereiro, 9. Registo da fiança feita por Aleixo Mendes, morador nesta vila, à ­Câmara de Benavente, para poder carregar, nas suas bestas, “pão” desta vila para o moinho de Magos, em conformidade com a postura existente, ficando por fiador Miguel Fernandes, morador na mesma vila. Presenças: Manuel Frade, escrivão do concelho; Aleixo Mendes; Miguel Fernandes, fiador. [f. CLXXXVII v. - CLXXXVIII r.] 171 1562, Fevereiro, 9. Registo da fiança feita por Fernão Dias, morador nesta vila, à Câmara de Benavente, para poder carregar, nas suas bestas, pelo seu mancebo, Simão, “grão” desta vila para a Azenha dos Fidalgos, em conformidade com a postura existente, ficando por fiador o mesmo Fernão Dias. Presenças: Manuel Frade, escrivão do concelho; Fernão Dias. [f. CLXXXVIII v. - CLXXXIX r.] 172 1562, Fevereiro, 21. Postura proibindo às vendedeiras a venda do arroz a mais de 24 reais o arrátel, nem as avelãs a mais de 2 reais o quartilho, sob pena de 500 reais de multa - Postura proibindo a venda de peixe seco a mais de 7 reais o arrátel, e o atum a mais de 8 reais o arrátel, sob pena de 500 reais de multa - Anulam a postura que proibia às negras cativas venderem pescado, obrigando-as, contudo, a vendê-lo, não em suas casas, mas pela vila e ruas dela, e conforme a bitola do concelho,

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tal como todas as outras pessoas que o venderem, sob pena de 1000 reais de multa, mais 20 dias de cadeia - Acordam, mais, permitir que se possa trazer vinho de fora da vila, do mês de Março em diante, sem qualquer pena, não o podendo, contudo, vender a mais de 16 reais a canada, sob pena de 500 reais de multa. Presenças: António Baracho, juiz ordinário; João de Parada, ­Pedro Álvares Baracho e Gaspar Dias, vereadores; Gaspar Fernandes, procurador do concelho; Manuel Frade, escrivão do concelho. [f. CLXXXIX v. - CXC v.] 173 1562, Fevereiro, 26. Registo da obrigação feita por André Botelho, morador nesta vila, à Câmara de Benavente, para poder vender azeite na vila no ano de 1562, em conformidade com o regimento d’el-rei e das posturas da Câmara, obrigando-se a ter azeite todo o ano atabernado, com pena de 200 reais por cada vez que se achar sem ele. Presenças: Manuel Frade, escrivão do concelho; André Botelho. [f. CXCI r. - CXCI v.] 174 1562, Fevereiro, 26. Registo da obrigação feita por Duarte Vaz, morador nesta vila, à Câmara de Benavente, para poder vender azeite nesta vila no ano de 1562, em conformidade com o regimento d’el-rei e das posturas da Câmara, obrigando-se a ter azeite todo o ano atabernado, com pena de 200 reais por cada vez que se achar sem ele. Presenças: Manuel Frade, escrivão do concelho; Duarte Vaz. [f. CXCII r. - CXCII v.] 175 1562, Março, 4. Nomeação de Domingos Fernandes, procurador do número, e morador nesta vila, com a função de procurar e requerer coisas neces-

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sárias ao concelho, demandas e coimas, e para tudo o que cumprir ao bem da Câmara - Puseram por postura que os pescadores desta vila vendam o seu pescado, cada um no seu dia, na praça ou em sua casa, cabendo, respectivamente, a Fernão de Eanes e a seu filho e genro, as terças, quartas e quintas-feiras, e a Simão Maia e a Diogo Filipe, as sextas-feiras e sábados, sob pena de 500 reais de multa, devendo todos eles venderem o seu pescado às postas pela bitola da Câmara, sob a mesma pena. Presenças: Henrique Lopes, juiz ordinário; João de Parada, Pedro Álvares Baracho e Gaspar Dias, vereadores; Gaspar Fernandes, procurador do concelho; Manuel Frade, escrivão do concelho; Domingos Fernandes, procurador do número. [f. CXCIII r. - CXCIII v.] 176 1562, Março, 7. Reformulam a postura pela qual eram coutadas diversas terras do concelho a ovelhas, cabras e porcos, na parte respeitante às terras desde o Monte de Luís da Gama até às Cegonheiras, pela qual serão descoutadas, apenas, as terras da entrada da banda de baixo do mesmo Monte até às mesmas Cegonheiras - Acordam, mais, que as padeiras possam vender o pão do mar sem peso, na condição de o fazerem de bom tamanho, uma vez que não existe taxa certa decretada por el-rei para o pão; quanto ao pão da terra terão de vendê-lo segundo a postura existente, onde são fixadas as taxas, obrigando-se a trazer balança para pesá-lo - Acordam, mais, que todas as barcas e batéis tenham boas carregadeiras e de boa corda, sob pena de pagar o arrais que nelas andar 1000 reais de multa - Postura pela qual o peixe seco ao sol, que não for de pilha, pode ser vendido à posta sem ser pesado; quanto ao peixe salgado de pilha terá que ser vendido a peso à razão de 7 reais, não podendo ser molhado, nem sacodido do sal; a tainha valerá 5 reais o arrátel, enxuta e sacodida do sal, sob pena de 1000 reais - Acordam, mais, que todo o pescador quando for à praça vender o seu pescado, no seu dia estipulado, em conformidade com a postura existente, só pode repartir o pescado e vendê-lo depois do almotacé estar presente, sob pena de 500 reais de multa - Postura obrigando ­todas as pessoas que tiverem licença para fazerem carvão e vendê-lo na vila, a vendê-lo tanto em sacos como por miúdo, devendo, neste último caso, vender o carvão ao preço de 5 reais o alqueire, 2 reais e meio, o meio alqueire, e a 7 ceitis a quarta, sob pena de 100 reais - ­ Nomeação de Miguel Álvares, morador na Ribeira de Canha, para cabeça de quadrilha da mesma Ribeira de Canha.

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Presenças: Henrique Lopes, juiz ordinário; Pedro Álvares Baracho e Gaspar Dias, vereadores; Gaspar Fernandes, procurador do concelho; Manuel Frade, escrivão do concelho. [f. CXCIV r. - CXCVI r.]

177 1562, Março, 9. O licenciado Diogo Gastão, do Desembargo do Paço, procedor das terças, orfãos e resíduos da comarca de Setúbal, leu uma provisão régia sobre a dívida que o concelho tinha para com Vicente Ribeiro, mestre da obra da ponte, onde se ordenava o lançamento da imposição nos vinhos que se vendessem nesta vila, até perfazer a quantia de 40.000 reais, sendo 26.000 reais para pagarem ao mesmo pedreiro e o restante para se entulharem uns caboucos e pegos que estão abaixo e acima da ponte de pedra, apoiando o povo, por maioria a imposição régia atrás referida, mas somente até à verba estipulada - Acordam, mais, pagar de prémio ao vedor e recebedor da obra da ponte, João Rodrigues Bulhão, a quantia de 5.000 reais, à razão de 1 tostão por dia, que era costume pagar no reino, durante 3 meses e meio, pouco mais ou menos, que foi o tempo que durou a obra. Presenças: licenciado Diogo Gastão do Desembargo do Paço; Henrique Lopes e António Baracho, juízes ordinários; João de Parada, Pedro­ Álvares Baracho e Gaspar Dias, vereadores; Gaspar Fernandes, procurador do concelho; Manuel Frade, escrivão do concelho. Estiveram, mais, presente: Amador Pires; Domingos Fernandes, procurador do número; Mateus Fernandes; Diogo Afonso; Bartolomeu Rebelo; João Rodrigues Bulhão; António Cabral. [f. CXCVI v. - CXCIX r.]

178 1562, Março, 14. Acordam que nenhuma mulher solteira possa viver sozinha, nesta­ vila, sem amo, nem ninguém, pelo que deverá sair da mesma vila, sob pena de 10 cruzados de multa, mais 1 ano de degredo fora da vila e termo, e as mulheres casadas que vierem viver para esta vila, com os seus maridos, terão de dar notícias de si, no prazo de 8 dias, e mostrar donde vêm, sob a mesma pena, e isto atendendo a existirem,

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nesta­ vila, muitas mulheres solteiras que não têm amo nem vivem com ­ninguém. Presenças: António Baracho, juiz ordinário; João de Parada, ­Pedro Álvares Baracho e Gaspar Dias, vereadores; Gaspar Fernandes, procurador do concelho; Manuel Frade, escrivão do concelho. [f. CXCIX v. - CC r.] 179 1562, Março, 16. Registo da arrematação e da fiança feitas por Cristóvão Rodrigues, morador nesta vila, da renda da imposição decretada por el-rei, lançando nela a quantia de 40.000 reais distribuídos por 2 anos, mais 20 cruzados pagos no imediato, ficando por seu fiador Miguel Fernandes, boticário, morador nesta vila - Acordam, mais, que todas as medidas sejam aferidas pelo aferidor, e que o almude, pelas medidas pequenas, tenha que ter 13 canadas. Presenças: Henrique Lopes, juiz ordinário; Pedro Álvares Baracho e Gaspar Dias, vereadores; Gaspar Fernandes, procurador do concelho; Manuel Frade, escrivão do concelho. [f. CC v. - CCIII r.] 180 1562, Abril, 1. Nomearam os almotacés do concelho para os próximos 9 ­meses, nomes esses que foram colocados em 9 pelouros, dois nomes por ­pelouro, para serem sorteados mês a mês, pelouros esses que foram metidos dentro duma pomba cerrada e colocada dentro da arca do concelho - Nomeação de Vasco Fernandes, arrieiro, e João Carvalho, para o cargo de almotacés do concelho, para o mês de Abril, sorteados dos pelouros existentes na arca do concelho - Notificaram o rendeiro do Verde para, no prazo de 8 dias, dar fiança das perdas de vinhas ou olivais, sob pena de ficar sem a renda do Verde, ao que ele respondeu que o faria. Presenças: Henrique Lopes, juiz ordinário; Pedro Álvares Baracho e Gaspar Dias, vereadores; Gaspar Fernandes, procurador do concelho; Manuel Frade, escrivão do concelho. [f. CCIII v. - CCIV r.]

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181 1562,Abril, 5. Câmara geral apregoada para decidirem sobre uma petição ­enviada pelo conde da Castanheira a el-rei, contestando uma postura da Câmara de Benavente, em que eram coutadas muitas terras deste concelho ao gado miúdo, e pedindo ao monarca a sua anulação, ao que o povo deste concelho achando muito bem feita a dita postura pediu que os oficiais da Câmara a mantivessem. Presenças: Henrique Lopes, juiz ordinário; João de Parada, Pedro­ Álvares Baracho e Gaspar Dias, vereadores; Gaspar Fernandes, ­procurador do concelho; Manuel Frade, escrivão do concelho. Estiveram, mais, presentes: Fernão Varela; António Cabral; ­Vicente de Campos; Diogo Correia; Manuel Vaz; Domingos Fernandes, procurador do número; João Carvalho; Diogo Afonso; Vasco Fernandes, arrieiro; Francisco Vaz; Cosmo Fernandes; Custódio Fernandes; Francisco Dias; Pedro Jorge; e muita gente do povo, assim da vila, como do termo. [f. CCIV v. - CCVII r.]

182 1562, Abril, 11. Postura proibindo que o gado pernoite na Várzea, ou atravesse as terras semeadas, sob pena de 1 vintém por cabeça, e 1000 reais para o pastor, podendo o mesmo comer de dia, acompanhado do pastor - Acordam, mais, coutar os coutos desta vila, não podendo o gado nem comer, nem dormir, tanto nas vinhas como nos olivais, podendo pernoitar na banda de além da Várzea, sob pena de 50 reais por rês e 500 reais de multa para o pastor - Alteração da postura atrás referida das mulheres solteiras, tirando-lhe a pena de degredo por 1 ano, aplicando apenas a multa de 10 cruzados, para quem não for viver para fora da vila - Postura proibindo a qualquer pessoa de lançar cortiços para colmeias dentro dos coutos, sob pena de 200 reais por cortiço. Presenças: António Baracho, juiz ordinário; Pedro Álvares ­Baracho e Gaspar Dias, vereadores; Gaspar Fernandes, procurador do concelho; Manuel Frade, escrivão do concelho. [f. CCVII v. - CCVIII v.]

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183 1562, Abril, 25. Postura proibindo ao gado que não estiver a lavrar na Várzea e nas Lezírias do concelho que ande a comer nelas, sob pena de 20 reais por cabeça - Postura pela qual todos os vendedores de pão, que encontrarem pão fora das normas, o deverão trazer às justiças para se multar a pessoa que o fez em 500 reais - Posse de Vicente Henriques e Pedro Dias do cargo de guardadores da Várzea. Presenças: Henrique Lopes, juiz ordinário; Pedro Álvares Baracho, Gaspar Dias e João de Parada, vereadores; Gaspar Fernandes, procurador do concelho; Gaspar Lourenço, escrivão substituto; Vicente Henriques e Pedro Dias, guardadores. [f. CCIX r. - CCX v.] 184 1562, Abril, 30. Nomeação e posse de Fernão Varela e Diogo Correia, para o cargo de almotacés do concelho, para o mês de Maio, sorteados que foram dos pelouros existentes na arca do concelho. Presenças: Henrique Lopes, juiz ordinário; Pedro Álvares Baracho, Gaspar Dias e João de Parada, vereadores; Gaspar Fernandes, procurador do concelho; Gaspar Lourenço, escrivão substituto; Fernão Varela e Diogo Correia, almotacés. [f. CCXI r. - CCXI v.] 185 1562, Maio, 2. Postura proibindo aos barqueiros, sapateiros, ferreiros, alfaiates e outros homens trabalhadores, a caça de coelhos, lebres ou perdizes, com cães ou furões, sob pena de 1000 reais de multa, mais 30 dias de cadeia - Acordam, mais, proibir que o gado coma na Várzea, sob pena de 500 reais de multa. Presenças: Pedro Álvares Baracho, Gaspar Dias e João de Parada, vereadores; Gaspar Fernandes, procurador do concelho; Manuel ­Frade, escrivão do concelho. [f. CCXII r. - CCXII v.]

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186 1562, Maio, 16. Acordam encerrar os arneiros da banda de além, uma vez que a Várzea já estava toda semeada e as terras lavradas, não precisando, assim, de entrar nem comer o gado nelas, sob pena de 10 reais por cabeça, e 500 reais, mais a cadeia, para o pastor - Postura obrigando todo o gado a estar bem preso com corda muito boa e afastado das terras de pão 2 braças, não podendo, igualmente, comer entre a Calçada e o Embarcadouro, sob pena de 100 reais por cabeça, podendo o mesmo gado comer entre as pontes e esteiros, proibindo, igualmente, aos almocreves de porem a comer as suas bestas na Várzea, sem que primeiro se obriguem à Câmara e ao serviço d’el-rei, por todo o ano, sob pena de 500 reais - Anulam postura sobre as bestas com gafeira, aprovada em sessão de 27 de Janeiro de 1561. Presenças: Henrique Lopes, juiz ordinário; Gaspar Dias e João de Parada, vereadores; Gaspar Fernandes, procurador do concelho; Manuel Frade, escrivão do concelho. [f- CCXIII r. - CCXIV r.]

187 1562, Maio, 31. Reúnem-se em Câmara geral apregoada para o povo dar o seu ­parecer se se deveria ou não interpor recurso a el-rei, para revogar o alvará que foi dado ao conde da Castanheira, no qual havia por descoutadas as terras que a Câmara tinha coutado, por postura, às ovelhas, ao que o povo manifestou-se maioritariamente no recurso a el-rei para revogar o dito alvará - Nomeação e posse de Cosmo Fernandes e Francisco Vaz para o cargo de almotacés do concelho, para o mês de Junho, sorteados dos pelouros existentes na arca do concelho. Presenças: Henrique Lopes e António Baracho, juízes ordinários; Pedro Álvares Baracho, Gaspar Dias e João de Parada, vereadores; Gaspar Fernandes, procurador do concelho; Manuel Frade, escrivão do concelho; Cosmo Fernandes e Francisco Vaz, almotacés. Estiveram, mais, presentes e manifestaram-se contra o alvará: Vicente de Campos; Luís Coelho; Mateus Fernandes; Diogo Correia; Bartolomeu Rebelo; Diogo Afonso; João Fernandes, da Barrosa; João Carvalho; João Rodrigues, da Barrosa; e muitos outros. [f. CCXIV v. - CCXVI r.]

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188 1562, Junho, 13. Anulam a postura que obrigava as padeiras a terem balanças e a pesarem o pão que venderem, assim como anulam em todas as posturas a parte que refere a entrega da metade das multas para os cativos, ficando com essa metade as pessoas que acusarem. Presenças: Pedro Álvares Baracho e Gaspar Dias, vereadores; ­Gaspar Fernandes, procurador do concelho; Manuel Frade, escrivão do concelho. [f. CCXVI v.] 189 1562, Junho, 14. Eleição de 2 homens honrados para irem a Lisboa, junto d’el-rei, para requerer justiça, por parte deste povo contra uma provisão dirigida ao conde da Castanheira, permitindo-lhe a criação de ovelhas em todas as terras deste concelho, em contradição com postura aprovada por este concelho, em que eram coutadas certas terras a ovelhas e outro gado miúdo, tendo sido eleitos para esta missão António Cabral e Diogo Correia. Presenças: António Baracho, juiz ordinário; Gaspar Dias e Pedro Álvares Baracho, vereadores; Gaspar Fernandes, procurador do concelho; Manuel Frade, escrivão do concelho. Estiveram, mais, presentes: António Cabral; Vicente de Campos; Luís Coelho; Cosmo Fernandes; Pedro Jorge; Francisco Dias; e muitas outras pessoas da governação da terra. [f. CCXVII r. - CCXVIII r.] 190 1562, Junho, 15. Registo da obrigação feita por Diogo Fernandes, almocreve, neste livro da Câmara, obrigando-se a ele e às suas 2 bestas ao serviço desta vila, podendo, deste modo, pô-las a pastar na Várzea. Presenças: Manuel Frade, escrivão do concelho; Diogo Fernandes, almocreve. [f. CCXVIII r.]

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191 1562, Julho, 1. Nomeação e posse de Fernão Dias e Duarte Vaz, para o cargo de almotacés do concelho, para o mês de Julho, sorteados que foram dos pelouros existentes na arca do concelho - Acordam, mais, que os almotacés fixem o vinho pelo preço que acharem que ele valha - Anulam, igualmente, a postura sobre as colmeias dos coutos, aprovada na sessão de 11 de Abril de 1562, podendo as pessoas terem as colmeias que quiserem. Presenças: Pedro Álvares Baracho e Gaspar Dias, vereadores; Gaspar Fernandes, procurador do concelho; Manuel Frade, escrivão do concelho; Fernão Dias e Duarte Vaz, almotacés. [f. CCXVIII v. - CCXIX r.] 192 1562, Julho, 7. Registo da obrigação feita por André Botelho, detentor do cargo da balança e do peso do ouro, neste livro da Câmara, obrigando-se a ele e às suas 3 bestas ao serviço desta vila, podendo, deste modo, pôlas a pastar na Várzea. Presenças: Manuel Frade, escrivão do concelho; André Botelho. [f. CCXIX r.] 193 1562, Julho, 11. Registo da obrigação feita por Fernão Dias, almocreve, neste livro da Câmara, obrigando-se a ele e às suas 4 bestas ao serviço desta vila, podendo, deste modo, pô-las a pastar na Várzea. Presenças: Manuel Frade, escrivão do concelho; Fernão Dias, ­almocreve. [f. CCXIX v.] 194 1562, Julho, 18. Postura proibindo a apanha de “maunças” ou espigas no termo desta vila, sob pena de 1000 reais de multa, mais a cadeia - Postura

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obrigando o taberneiro que der de comer, e venda vinho e pão, a ­vender a toda a pessoa, não podendo encerrar a sua taberna a uns e vender a outros, sob pena de 500 reais, mais a cadeia - Postura proibindo a venda de trigo a pessoas de fora, ou que pessoas de fora o venha comprar a esta vila, sob pena de 10 cruzados, e a mesma pena terão os carreteiros, barqueiros e almocreves que o levarem para fora, e se o lavrador quiser vender fora do termo terá que primeiro pedir licença aos vereadores - Postura proibindo aos almocreves de andarem com mais de 2 bestas por carro, exceptuando os almocreves do celeiro. Presenças: António Baracho, juiz ordinário; Gaspar Dias e Pedro Álvares Baracho, vereadores; Gaspar Fernandes, procurador do concelho; Manuel Frade, escrivão do concelho. [f. CCXIX v. - CCXXI r.] 195 1562, Julho, 19. Eleição de Pedro Afonso para o cargo de juiz ordinário, em substituição de Henrique Lopes, por estar doente de doença prolongada - Anulam a postura anterior da proibição da venda de trigo a pessoas de fora; anulam a postura que condenava à morte todo o cão que fosse achado nas vinhas; anulam, ainda, a postura que proíbe ao gado de pernoitar da ponte para cá, da banda da vila. Presenças: António Baracho, juiz ordinário; Gaspar Dias e Pedro­ Álvares Baracho, vereadores; Gaspar Fernandes, procurador do ­ concelho; Manuel Frade, escrivão do concelho; e muita gente do povo. [f. CCXXI r. - CCXXI v.] 196 1562, Julho, 21. Registo da obrigação feita por João Álvares, taipeiro, morador nesta vila de Benavente, neste livro da Câmara, obrigando-se a ele e às suas 2 bestas ao serviço desta vila, podendo, deste modo, pô-las a pastar na Várzea. Presenças: Manuel Frade, escrivão do concelho; João Álvares, ­taipeiro. [f. CCXXII r.]

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197 1562, Julho, 28. Posse de Pedro Afonso do cargo de juiz ordinário, para que fora eleito em 19 de Julho, em substituição de Henrique Lopes. Presenças: António Baracho, juiz ordinário; João de Parada e ­Pedro Álvares Baracho, vereadores; Manuel Frade, escrivão do concelho; Pedro Afonso, juiz ordinário eleito. [f. CCXXII r. - CCXXII v.]

198 1562, Julho, 30. Registo da fiança feita por António Dias, barqueiro, morador no Barreiro, na Câmara de Benavente, para poder acarretar numa barca sua “grão” (trigo, cevada e milho) da vila de Benavente para um moinho que ele tinha no termo de Aldeia Galega (actual Montijo), ficando por fiador do seu arrais, com o nome de João Fernandes, igualmente­ morador no Barreiro, Duarte Vaz, morador nesta vila de Benavente, em conformidade com a postura existente que diz que nenhuma ­pessoa possa acarretar “grão” desta vila para moenda nenhuma sem primeiro dar fiança à Câmara do “grão” que levar. Presenças: Pedro Afonso, juiz ordinário; Pedro Álvares Baracho e João de Parada, vereadores; Manuel Frade, escrivão do concelho; António Dias, barqueiro; Duarte Vaz, fiador. [f. CCXXII v. - CCXXIII r.]

199 1562, Agosto, 3. Nomeação de Custódio Fernandes e Francisco Dias para o cargo de almotacés para o mês de Agosto, sorteados dos pelouros existentes na arca do concelho - Posse de Francisco Dias deste mesmo cargo. Presenças: Pedro Afonso, juiz ordinário; Gaspar Dias, vereador; Manuel Frade, escrivão do concelho; Francisco Dias, almotacé. [f. CCXXIII v.]

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200 1562, Setembro, 4. Nomeação e posse de Gaspar Raposo e Miguel Fernandes, boticário, no cargo de almotacés do concelho, para o mês de Setembro, ­sorteado que foi o primeiro dos pelouros existentes na arca do concelho, e nomeado o segundo, uma vez que o outro elemento saído no pelouro, Pedro Afonso, era juiz ordinário. Presenças: António Baracho, juiz ordinário; Gaspar Dias, vereador; Manuel Frade, escrivão do concelho; Miguel Fernandes, boticário, e Gaspar Raposo, almotacés. [f. CCXXIV r. - CCXXIV v.] 201 1562, Setembro, 15. Acordam proceder ao despedimento do licenciado António Vaz, físico, residente nesta vila, por “alguns justos respeitos que se não podem aqui escrever”, para poderem nomear o licenciado Paulo Bernaldez, e uma vez que tiveram notícia que ele queria vir de novo morar nesta vila, e ocupar as funções antigas, o que de imediato acordaram em aceitá-lo nas funções de físico residente pelas “suas calidades e a conta em que está havido” - Postura proibindo a venda de água-pé a mais de 8 reais, sob pena de 500 reais de multa. Presenças: António Baracho e Pedro Afonso, juízes ordinários; João de Parada e Gaspar Dias, vereadores; Gaspar Fernandes, procurador do concelho; Manuel Frade, escrivão do concelho. Estiveram, mais, presentes: Fernão Rodrigues; João Rodrigues Bulhão; Fernão Varela; Rui Viegas; António Cabral; Vicente de Campos; Gaspar Lourenço; Gaspar Raposo; e muitas outras pessoas do povo. [f. CCXXIV v. - CCXXV v.] 202 1562, Setembro, 15. Registo da obrigação feita por Estácio Dias, morador nesta vila de Benavente, neste livro da Câmara, obrigando-se a ele e às suas 2 bestas ao serviço desta vila, podendo, deste modo, pô-las a pastar na Várzea. Presenças: Manuel Frade, escrivão do concelho; Estácio Dias. [f. CCXXVI r.]

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203 1562, Setembro, 28. O licenciado António Correia, ouvidor do mestrado de Avis, ­fazendo correição, determinou que se procedesse à nomeação dum juiz para a Ribeira de Canha, uma vez que esta tinha mais de 20 vizinhos,­ o que, segundo a Ordenação, obriga a esta nomeação, para poder­ julgar­ ­ coisas de quantia até 100 reais de demandas e coimas; para o que mandaram passar mandado, para virem à sessão de Câmara,­ 2 ­ homens eleitos pelos moradores da Ribeira de Canha (foram eles, Afonso Lopes e Domingos Fernandes), para que entre eles elegessem um juiz, 1 quadrilheiro e um porteiro, para servirem todos este ano, o que se faria, daí para a frente, todos os anos, em Janeiro; foram nomeados, para o presente ano, e pelos 2 eleitores, Fernão Afonso, para o cargo de juiz da Ribeira de Canha, Brás Dias, para o cargo de quadrilheiro, e Ambrósio Gomes, para o cargo de porteiro. Presenças: licenciado António Correia, ouvidor do mestardo de Avis; Pedro Afonso, juiz ordinário; João de Parada, vereador; Gaspar Fernandes, procurador do concelho; Manuel Frade, escrivão do concelho; Afonso Lopes e Domingos Fernandes, eleitores; Ambrósio Gomes, porteiro da Ribeira de Canha. [f. CCXXVI v. - CCXXVII r.] 204 1562, Setembro, 30. Posse de Fernão de Afonso do cargo de juiz da Ribeira de Canha, para que tinha sido nomeado na sessão anterior. Presenças: Pedro Afonso, juiz ordinário; Manuel Frade, escrivão do concelho; Fernão de Afonso, juiz da Ribeira de Canha. [f. CCXXVII v.] 205 1562, Outubro, 1. Nomeação e posse de Pedro Jorge e Miguel Leitão para o cargo de almotacés do concelho, para o mês de Outubro, sorteados dos pelouros existentes na arca do concelho. Presenças: Pedro Álvares Baracho e João de Parada, vereadores;

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Gaspar Fernandes, procurador do concelho; Manuel Vaz Preto, escrivão substituto; Pedro Jorge e Miguel Leitão, almotacés. [f. CCXXVIII r. - CCXXVIII v.] 206 1562, Outubro, 4. Arrematação dos arneiros do concelho a Cristóvão Rodrigues, pelo lanço de 20.000 reais. Presenças: Pedro Afonso, juiz ordinário; Pedro Álvares Baracho e João de Parada, vereadores; Gaspar Fernandes, procurador do concelho; Manuel Vaz Preto, escrivão substituto; Cristóvão Rodrigues. [f. CCXXIX r. - CCXXIX v.] 207 1562, Outubro, 5. Postura proibindo a qualquer pessoa que ponha lenha nos portos desta vila, ou corte vinha para esse fim, sob pena de 2000 reais de multa. Presenças: Pedro Afonso, juiz ordinário; Pedro Álvares Baracho e João de Parada, vereadores; Gaspar Fernandes, procurador do concelho; Manuel Vaz Preto, escrivão substituto. [f. CCXXIX v. - CCXXX v.] 208 1562, Outubro, 17. Foi requerido por Gaspar Fernandes, procurador do concelho, que se fizesse eleição de um juiz ordinário e de um vereador, uma vez que António Baracho e Gaspar Dias há dias que não se viam nesta vila, ao que João de Parada, vereador, disse que se devia ver a Ordenação, nessa parte, opondo-se a que se fizesse essa eleição sem saber a razão da ausência - Acordam que nenhuma pessoa possa levar, nem comprar, pão nesta vila, para o levar para fora, sob pena de perder o pão, mais 20 cruzados de multa - Anulam os mandatos, que foram passados, autorizando os bois de cingel a comerem dentro dos cou-

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tos, atendendo aos grandes prejuízos que fazem nas vinhas e olivais, ­sendo, apenas, permitido aos bois dos fornos, por virtude de uma ­sentença da Relação. Presenças: Pedro Afonso, juiz ordinário; João de Parada e Pedro Álvares Baracho, vereadores; Gaspar Fernandes, procurador do concelho; Manuel Frade, escrivão do concelho. [f. CCXXXI r. - CCXXXI v.] 209 1562, Outubro, 22. Registo da fiança feita por Diogo Fernandes, almocreve, morador em Benavente, à Câmara de Benavente, para poder carregar “grão”, desta vila para a azenha dos Fidalgos, ou para outra qualquer, em conformidade com a postura existente, ficando por fiador Miguel ­Leitão, morador nesta mesma. Presenças: Manuel Frade, escrivão do concelho; Diogo Fernandes, almocreve; Miguel Leitão, fiador. [f. CCXXXII r.] 210 1562, Outubro, 23. Registo da fiança feita por André Botelho, morador em Benavente, à Câmara de Benavente, para poder carregar “grão”, nas suas bestas, pelo seu mancebo, por nome António, desta vila para as azenhas do Serrão, em conformidade com a postura existente, ficando por fiador Duarte Vaz, morador na mesma. Presenças: Manuel Frade, escrivão do concelho; André Botelho; Duarte Vaz, fiador. [f. CCXXXII v. - CCXXXIII r.] 211 1562, Outubro, 24. Pena aplicada pelo vereador Pedro Álvares Baracho a Jerónimo da Silveira, barqueiro, de 10 cruzados de multa e de 1 ano de degredo,

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por levar lenha desta vila para fora, sem mandado dos vereadores. Presenças: Manuel Frade, escrivão do concelho. [f. CCXXXIII r.] 212 1562, Outubro, 25. Eleição e posse de um juiz ordinário e de um vereador, para substituir António Baracho e Gaspar Dias, que andavam ausentes desta vila, tendo sido eleitos Fernão Varela, para juiz, e Luís Coelho, para vereador. Presenças: Pedro Afonso, juiz ordinário; Pedro Álvares Baracho e João de Parada, vereadores; Gaspar Fernandes, procurador do concelho; Manuel Frade, escrivão do concelho. Estiveram, mais, presentes: Fernão Varela; Luís Coelho; Barto­ lomeu Rebelo; Diogo Correia; Cosmo Fernandes; Miguel Leitão; e muitas­ outras pessoas. [f. CCXXXIII v. - CCXXXIV r.] 213 1562, Novembro, 2. Nomeação de Vicente de Campos e António Quaresma para o cargo­ de almotacés, para o mês de Novembro, sorteados dos pelouros existentes na arca do concelho. Presenças: Fernão Varela, juiz ordinário; Pedro Álvares Baracho,­ João de Parada e Luís Coelho, vereadores; Gaspar Fernandes, procurador­ do concelho; Manuel Frade, escrivão do concelho; Vicente de Campos, almotacé. [f. CCXXXIV v.] 214 1562, Novembro, 7. Postura proibindo a venda de lenha descascada ou da cepa a mais de 200 reais a carrada, e a lenha por descascar, de sobreiro, a 6 vinténs, sob pena de 1000 reais de multa, mais a cadeia - Nomea-

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ção de Miguel Rodrigues no cargo de medidor da azeitona, acordando, mais, que só houvesse uma fanga para medir a azeitona - Acordam que só o medidor possa medir azeitona, sob pena de 1000 reais, para quem o fizer - Posse de António Quaresma do cargo de almotacé para o mês de Novembro, para que tinha sido nomeado, em anterior sessão. Presenças: Fernão Varela, juiz ordinário; Pedro Álvares Baracho, João de Parada e Luís Coelho, vereadores; Gaspar Fernandes, procurador do concelho; Manuel Frade, escrivão do concelho; Miguel Rodrigues, medidor; António Quaresma, almotacé. [f. CCXXXV r. - CCXXXVI r.] 215 1562, Novembro, 25. Nomeação dos 4 recebedores das sisas d’el-rei para o ano de 1563, respectivamente Afonso Álvares da Horta, Henrique Fernandes, António Fernandes, ferreiro, e António Fernandes, cabreiro e ovelheiro, que foi do conde da Castanheira, morador no Arrabalde, tendo sido notificado o alcaide, Manuel Rodrigues, para eles assinarem o termo de aceitação neste livro, e destes 4 nomes fizeram 4 pelouros, que meteram dentro da pomba, onde se metem, igualmente, os almotacés - Nomeação e posse de Jerónimo Dias do cargo de guardador da Barrosa, por ser necessário a guarda dos pauis. Presenças: Fernão Varela e Pedro Afonso, juízes ordinários; Pedro Álvares Baracho e Luís Coelho, vereadores; Gaspar Fernandes, procurador do concelho; Manuel Frade, escrivão do concelho; Jerónimo Dias, guardador da Barrosa. [f. CCXXXVI v. - CCXXXVII r.] 216 1562, Novembro, 28. Nomeação de Bartolomeu Rebelo e Manuel Vaz para o cargo de almotacés do concelho para o mês de Dezembro, sorteado, o primeiro, dos pelouros existentes na arca do concelho, e, o segundo, eleito, porque o outro nome saído no pelouro, Luís Coelho, tinha já as funções de vereador na Câmara - Postura fixando o preço do azeite, sob pena de 500 reais de multa: 70 reais a canada; 35 reais a meia canada; e assim sucessivamente, até à medida mais pequena de azeite, que seria vendida a 2,5 reais - O alcaide, Manuel Rodrigues, assina este termo

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e diz que tinha notificado os 4 recebedores, para virem assinar termo de aceitação do cargo. Presenças: Pedro Afonso, juiz ordinário; João de Parada e Luís ­Coelho, vereadores; Gaspar Fernandes, procurador do concelho; ­Manuel Frade, escrivão do concelho; Manuel Rodrigues, alcaide. [f. CCXXXVII v. - CCXXXVIII r.]

217 1562, Dezembro, 2. Posse de Bartolomeu Rebelo e Manuel Vaz do cargo de almotacés do concelho, para o mês de Dezembro, para que tinham sido nomeados em sessão anterior - Postura fixando o preço máximo do carrego de cereais desta vila para as moendas em 5 reais o saco, sob pena de 500 reais de multa, mais 15 dias de cadeia. Presenças: Pedro Afonso, juiz ordinário; Pedro Álvares Baracho, João de Parada e Luís Coelho, vereadores; Gaspar Fernandes, procurador do concelho; Manuel Frade, escrivão do concelho; Bartolomeu Rebelo e Manuel Vaz, almotacés. [f. CCXXXVIII r. - CCXXXVIII v.]

218 1562, Dezembro, 12. Postura pela qual se obriga o dono de todo o batel e barco que ­estiver a riba da ponte da Barrosa a passar as pessoas que o pedirem, sob pena de 500 reais de multa - Nomeação de Fernão Dias, ­morador nesta vila, para junto d’el-rei requerer o conteúdo da visitação, feita pelo visitador a esta vila, e o que este ordenara aos oficiais desta Câmara­ - ­Tendo sido apresentado petição de agravo pelo físico desta vila, o ­licenciado António Vaz, por virtude dum acórdão em sessão anterior, em que se acordou despedi-lo, os oficiais acordaram, depois de lido o termo da referida sessão, não haver qualquer razão para o despedimento do dito físico, pelo que resolviam mantê-lo nas funções e anular o anterior acórdão - O juiz Pedro Afonso não assinou este termo, porque já na anterior sessão se tinha manifestado contra o despedimento. Presenças: Pedro Afonso, juiz ordinário; Pedro Álvares Baracho e Luís Coelho, vereadores; Gaspar Fernandes, procurador do concelho; Manuel Frade, escrivão do concelho. [f. CCXXXVIII v. - CCXXXIX v.]

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219 1562, Dezembro, 14. Postura fixando o preço do azeite em 80 reais a canada, e assim sucessivamente, até à medida mais pequena, em 3 reais - Mandam que os almotacés do concelho deste mês de Dezembro, Manuel Vaz e Bartolomeu Rebelo, deixem que os criadores de porcos desta vila ­tragam os mesmos ao açougue. Presenças: João de Parada, Pedro Álvares Baracho e Luís Coelho,­ vereadores; Gaspar Fernandes, procurador do concelho; Manuel Frade,­ escrivão do concelho. [f. CCXXXIX v. - CCXL r.] 220 1562, Dezembro, 27. Eleição dos oficiais da Câmara para o ano de 1563, tendo saído, num dos dois pelouros existentes no cofre das eleições, André Lucas e Diogo Correia, para juízes ordinários, Custódio Fernandes, Pedro Jorge e Luís Coelho, para vereadores, e Lourenço Mendes para procurador do concelho. [Do cofre das eleições tiraram uma bolsa, onde estavam 2 pelouros, que foram colocados, ambos, num chapéu e embaralhados, tendo sido tirado um deles por um menino; o outro foi colocado dentro da dita bolsa e depois de fechada e atada foi para o dito cofre, que logo foi fechado com as três fechaduras, e as 3 chaves entregues ao vereador, João de Parada, e as 2 restantes aos juízes ordinários, Fernão Varela e Pedro Afonso, uma vez que os 2 dos vereadores não estavam presentes; e a chave da arca do concelho levou Custódio Fernandes, vereador eleito, que tomou logo posse]. Presenças: Fernão Varela e Pedro Afonso, juízes ordinários; João da Parada, vereador; Gaspar Fernandes, procurador do concelho; ­Manuel Frade, escrivão do concelho. Estiveram, mais, presentes: Diogo Afonso; Fernão Dias; Bartolomeu Rebelo; Custódio Fernandes; entre outros. [f. CCXL r. - CCXLII r.] 221 1562, Dezembro, 31. Posse de Pedro Jorge, Luís Coelho e Lourenço Mendes, dos cargos de vereadores e procurador do concelho, para que foram eleitos - Acor-

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dam manter Manuel Rodrigues no cargo de alcaide, uma vez que tinha acabado o tempo da anterior nomeação, e enquanto o alcaide-mor não proceder à nomeação do novo alcaide para esta Câmara. Presenças: Pedro Álvares Baracho, João de Parada e Luís ­Coelho, vereadores; Gaspar Fernandes, procurador do concelho; Manuel ­Frade, escrivão do concelho; Manuel Rodrigues, alcaide; Pedro Jorge e Luís Coelho, vereadores eleitos; Lourenço Mendes, procurador do concelho eleito. [f. CCXLII r. - CCXLII v.] 222 1563, Janeiro, 3. Pena aplicada a António Fernandes, ferreiro, no montante de 2000 reais, para além da cadeia, por não cumprimento da determinação ­feita pelo ouvidor do mestrado de Avis, na visitação de 22 de ­Março de 1560, segundo a qual toda a pessoa que tivesse parede bordada­ em rua pública não podia ter nela barda nem sebe, mas unicamente ­espigão de telha - Pagamento ao porteiro, João Álvares, de 10 cruzados, por conta do seu salário do ano anterior. Presenças: Pedro Jorge, servindo de juiz ordinário, por ser o vereador mais velho; Luís Coelho e Custódio Fernandes, vereadores; Lourenço Mendes, procurador do concelho; Manuel Frade, escrivão do concelho; João Álvares, porteiro do concelho. [f. CCXLIII r.] 223 1563, Janeiro, 4. Eleição do juiz, porteiro e quadrilheiro para a Ribeira de Canha, aproveitando o facto de muita gente desta localidade estar nesta vila, acompanhando um defunto, tendo sido nomeados, respectivamente, Fernão de Afonso, Ambrósio Gomes e António Rodrigues - Nomeação de Henrique Fernandes para o cargo de recebedor das sisas d’el-rei, para o 1º quartel deste ano, sorteado dos pelouros existentes na arca do concelho. Presenças: Pedro Jorge, servindo de juiz ordinário, por ser o verea­ dor mais velho; Luís Coelho e Custódio Fernandes, vereadores; Lourenço Mendes, procurador do concelho; Manuel Frade, escrivão do concelho; Fernão de Afonso, juiz eleito da Ribeira de Canha. [f. CCXLIII v. - CCXLIV r.]

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224 1563, Janeiro, 5. Arrematações feitas, na praça da vila, das rendas e Lezírias do concelho: - A renda do Verde a Luís Lopes pelo lanço de 35.000 reais, mais meia resma de papel e oito varas vermelhas para os oficiais e uma ­canada de tinta e meio arrátel de cera verde para a Câmara; - A Lezíria dos Cavalos a Vicente de Campos pelo lanço do terço para o concelho e 10 cruzados pagos logo em dinheiro, obrigando-se a lavrá-la e semeá-la; - A Lezíria do Poço Velho a Francisco Dias pelo lanço do terço para o concelho, obrigando-se a lavrá-la e semeá-la; - A Lezíria das Éguas a Vasco Fernandes pelo lanço do quarto para o concelho, mais 1000 reais pagos logo em dinheiro, obrigando­– ­se a lavrá-la e semeá-la; - A renda do Mato e da Almotaçaria a Luís Lopes, rendeiro da renda do Verde, pelo lanço de 16.500 reais; - Terras na Várzea a Diogo Alhandro pelo lanço do quarto para o concelho, obrigando-se a lavrá-las e semeá-las, não entrando nestas nem a Lezíria das Éguas, nem o carril da Quebrada do Ferilhão. Presenças: Pedro Jorge, servindo de juiz ordinário, por ser o ­vereador mais velho; Luís Coelho e Custódio Fernandes, vereadores; Lourenço Mendes, procurador do concelho; Manuel Frade, escrivão do concelho; João Álvares, porteiro; Luís Lopes; Vicente de Campos; Francisco Dias; Vasco Fernandes; Diogo Alhandro. [f. CCXLIV r. - CCXLVI v.]

225 1563, Janeiro, 13. Posse de Diogo Correia no cargo de juiz ordinário, para que fora eleito nas últimas eleições, depois da confirmação do ouvidor do mestrado de Avis, licenciado António Correia, não tendo tomado posse o outro juiz eleito, André Lucas, por se encontrar fora da vila. Presenças: Pedro Jorge, servindo de juiz ordinário, por ser o verea­ dor mais velho; Luís Coelho e Custódio Fernandes, vereadores; Lourenço Mendes, procurador do concelho; Manuel Vaz Preto, escrivão substituto; Diogo Correia, juiz ordinário eleito. [f. CCXLVII r. - CCXLVIII r.]

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226 1563, Janeiro, 15. Registo da fiança feita por João Álvares, morador nesta vila, à Câmara de Benavente, para poder carregar “grão”, nas suas bestas, e pelo seu mancebo, desta vila para o moinho de Magos, ou para qualquer outro, em conformidade com a postura existente, ficando por fiador o mesmo João Álvares. Presenças: Manuel Frade, escrivão do concelho; João Álvares. [f. CCXLVIII v.] 227 1563, Janeiro, 16. Concertam-se com Fernão de Eanes, barqueiro e pescador, para que este passe toda a pessoa que quiser para a outra margem do rio, pagando-lhe em “bolo” ou por cada travessia, fixando, neste último caso, o preço de 5 reais para a pessoa de pé, de ida e de vinda, e 10 reais para a pessoa de cavalo, pagando as pessoas de fora, 10 reais e 20 reais, respectivamente, e os almocreves, que carregam grão para as azenhas, pagarão 10 reais por besta e 5 reais por saco, determinando, mais, que somente este Fernão de Eanes possa fazer este trabalho, sob pena de lhe pagarem o prémio que ele levar. Presenças: Diogo Correia, juiz ordinário; Pedro Jorge e Custódio Fernandes, vereadores; Lourenço Mendes, procurador do concelho; Manuel Frade, escrivão do concelho; Fernão de Eanes, barqueiro e pescador. [f. CCXLIX r. - CCXLIX v.] 228 1563, Janeiro, 23. Acordam citar André Lucas, juiz ordinário eleito nas últimas eleições, para vir tomar posse do cargo, sob pena de 10 cruzados de multa,­ mais a cadeia - Dão juramento a Pedro Dias, guardador da Várzea, obrigando-se este a guardar a Várzea, para além dos arneiros, quando coutados, e a Garrocheira, dando-lhe, mais, instruções sobre a lavoura na mesma: levará 3 alqueires (2 de trigo e 1 de segunda) por cada chão que for lavrado na Várzea; não levará nada às pessoas que semearem 20 alqueires, levando daí para baixo 1 alqueire de trigo;

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à pessoa que fizer seara ou lavoura e semear pão, até à quantia de 40 alqueires, levará 2 alqueires de trigo, e desses 40 alqueires para cima pagará como lavrador; se a pessoa semear alguma seara de sua mulher não pagará nada - Posse dada a Ambrósio Gomes e a António Rodrigues, moradores na Ribeira de Canha, dos cargos de porteiro e quadrilheiro da dita Ribeira de Canha, para que tinham sido eleitos. Presenças: Diogo Correia, juiz ordinário; Luís Coelho, Pedro Jorge e Custódio Fernandes, vereadores; Manuel Frade, escrivão do concelho; Pedro Dias, guardador da Várzea; Ambrósio Gomes, porteiro da Ribeira de Canha; António Rodrigues, quadrilheiro da Ribeira de Canha. [f. CCXLIX v. - CCLI r.] 229 1563, Janeiro, 26. Posse de André Lucas do cargo de juiz ordinário, para que fora eleito nas últimas eleições. Presenças: Diogo Correia, juiz ordinário; Luís Coelho e Custódio Fernandes, vereadores; Manuel Vaz Preto, escrivão substituto; André Lucas, juiz ordinário eleito. [f. CCLI v. - CCLII r.] 230 1563, Janeiro, 29. Registo da fiança feita por Álvaro Carvalho, morador nesta vila e barqueiro, à Câmara de Benavente para poder andar nas barcas e ­porto deste vila, no cargo de arrais, ficando por fiador Matias Fernandes,­ morador nesta mesma. Presenças: Manuel Frade, escrivão do concelho; Álvaro Carvalho; Matias Fernandes, fiador. [f. CCLII v. - CCLIII r.] 231 1563, Janeiro, 30. Registo da fiança feita por André Botelho, morador nesta vila, à Câmara de Benavente, para poder carregar “grão”, nas suas bestas,

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e pelos seus mancebos, desta vila para o moinho de Magos, ou para qualquer outro, em conformidade com a postura existente, ficando por fiador o mesmo André Botelho. Presenças: Manuel Frade, escrivão do concelho; André Botelho. [f. CCLIII r. - CCLIV r.] 232 1563, Fevereiro, 9. Registo da obrigação feita por Mateus Dias, estalajadeiro, ­morador nesta vila, à Câmara de Benavente, para poder ter estalagem nesta­ vila, pelo período de 3 anos, obrigando-se a dar cama, comer e agasalho às pessoas e a ter estrebaria, com palha e cevada, para os cavalos,­ e a cumprir em tudo o que respeitar às estalagens, dando-lhe os ­oficiais da Câmara licença para poder comprar vinho, azeite, pão e tudo o mais que for necessário, para além de proibirem a qualquer outra ­pessoa esta mesma actividade de estalajadeiro, não podendo dar cama ou estrebaria; sob pena de 500 reais de multa, mais a cadeia. Presenças: Diogo Correia, juiz ordinário; Pedro Jorge, Luís Coelho e Custódio Fernandes, vereadores; Lourenço Mendes, procurador do concelho; Manuel Frade, escrivão do concelho; Mateus Dias, estalajadeiro. [f. CCLIV r. - CCLIV v.] 233 1563, Fevereiro, 22. Registo da fiança feita por Luís Lopes, rendeiro da renda do Verde­ e da renda do Mato e Almotaçaria, na Câmara de Benavente, da quantia,­ pelas 3 rendas, de 51.500 reais, para além de meia resma de papel para a Câmara, de 8 varas vermelhas e meio arrátel de cera verde­ e meia canada de tinta, ficando por seu fiador Manuel Rodrigues, alcaide,­ morador nesta vila. Presenças: Lourenço Mendes, procurador do concelho; Manuel Frade, escrivão do concelho; Luís Lopes, rendeiro do Verde, do Mato e da Almotaçaria; Manuel Rodrigues, alcaide, fiador; António Pires, morador em Vila Franca de Xira; João Vaz, homem preto, morador em Benavente. [f. CCLV r. - CCLV v.]

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234 1563, Março, 3. Nomeação de Gaspar Fernandes e Fernão Dias do cargo de almotacés do concelho para o mês de Março - Nomeação de Fernão Lopes no cargo de alcaide, em substituição de Manuel Rodrigues por este estar ferido a não poder servir a vara de alcaide. Presenças: Diogo Correia, juiz ordinário; Pedro Jorge, vereador; Lourenço Mendes, procurador do concelho; Manuel Frade, escrivão do concelho; Fernão Lopes, alcaide substituto. [f. CCLVI r. - CCLVI v.] 235 1563, Março, 6. Postura pela qual toda a pessoa que vier de fora da vila lavrar na Várzea desta vila, ou no seu termo, não sendo vizinho, morador de Salvaterra ou Samora, não possa dar de comer ao seu gado, senão na terra em que lavrar, sob pena de meio tostão por rês, não podendo,­ ainda, trazer mais do que 8 bois machos, e tendo éguas trarão no ­máximo 4, sob pena de pagarem 1 tostão por cada cabeça a mais. Presenças: André Lucas, juiz ordinário; Pedro Jorge e Custódio Fernandes, vereadores; Lourenço Mendes, procurador do concelho; Manuel Frade, escrivão do concelho. [f. CCLVI v. - CCLVII r.] 236 1563, Março, 13. Posse de Fernão Dias para o cargo de almotacé do concelho do mês de Março. Presenças: Custódio Fernandes, vereador; Manuel Frade, escrivão do concelho; Fernão Dias, almotacé. [f. CCLVII v.] 237 1563, Março, 13. Acordam que nenhum gado possa andar solto na Lezíria dos ­Cavalos, podendo dormir se estiver preso, sob pena de 1 vintém por

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­ abeça - Nomeação de João Álvares, alfaiate, no cargo dos pesos do ouro, c obrigando-se a pesar todas as moedas de ouro - Nomeação de Henrique Nunes, morador nesta vila, do cargo de alcaide, em substituição de ­Manuel Rodrigues e enquanto este estiver doente - Acordam, mais, que nenhum gado de boiada possa dormir na Várzea, à excepção das éguas, que o poderão fazer em lugares largos, sob pena de 10 reais por rês. Presenças: Diogo Correia, juiz ordinário; Pedro Jorge, Luís Coelho e Custódio Fernandes, vereadores; Lourenço Mendes, procurador do concelho; Manuel Frade, escrivão do concelho; João Álvares, alfaiate; Henrique Nunes, alcaide substituto. [f. CCLVII v. - CCLVIII r.] 238 1563, Março, 15. Mandaram pelo alcaide, Henrique Nunes, advertir Domingos Fernandes, procurador do número, para que este não vá contra as cousas do concelho desta vila, sob pena de 15 cruzados de multa. Presenças: Manuel Frade, escrivão do concelho; Henrique Nunes, alcaide. [f. CCLVIII v.] 239 1563, Março, 27. Postura não permitindo que o gado durma na Várzea, sob pena de 1 vintém por cabeça, podendo andar de dia com pastor - Nomeação de João Álvares Moreno no cargo de porteiro do concelho, em substituição de João Álvares, e enquanto este estiver doente - Pena aplicada a António Dias, morador em Salvaterra, de 500 reais de multa, por ter trazido arraias (?) na Várzea - Pena aplicada a António Fernandes, ferreiro, de 10 cruzados, pela destruição causada na terra por 2 ou 4 bois que tinha fora desta vila, e isto porque o rendeiro se queixou da mesma destruição - Perdoam a multa aplicada a António Fernandes, ferreiro, uma vez que ele é obediente à Câmara - Acordam, mais, ­declarar a terra por aberta aos vinhos, podendo trazê-los de fora. Presenças: Pedro Jorge, Luís Coelho e Custódio Fernandes, ­vereadores; Lourenço Mendes, procurador do concelho; Manuel ­Frade, escrivão do concelho; João Álvares Moreno, porteiro; António ­Fernandes, ferreiro. [f. CCLVIII v. - CCLX r.]

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240 1563, Março, 31. Fizeram as listas dos almotacés para servirem nos próximos 9 meses, e colocaram-nas numa pomba fechada, dentro de 9 pelouros - Nomeação de António Lopes e Mateus Fernandes para o cargo de ­almotacés do concelho para o mês de Abril - Nomeação de António Fernandes, ferreiro, para o cargo de recebedor da sisa d’el-rei para o 2º quartel do ano, sorteado dos pelouros existentes na arca do concelho - Posse de Manuel Rodrigues do cargo de alcaide, de que tinha estado afastado por doença. Presenças: Diogo Correia, juiz ordinário; Luís Coelho e Custódio Fernandes, vereadores; Lourenço Mendes, procurador do concelho; Manuel Frade, escrivão do concelho; Manuel Rodrigues, alcaide. [f. CCLX v. - CCLXI r.] 241 1563, Abril, 2. Posse de Mateus Fernandes e António Lopes do cardo de almotacés do concelho, para o mês de Abril, para que foram nomeados em sessão anterior. Presenças: Diogo Correia, juiz ordinário; Manuel Frade, escrivão do concelho; Mateus Fernandes e António Lopes, almotacés. [f. CCLXI r.] 242 1563, Abril, 10. Postura proibindo que o gado pernoite da banda de além da ­Várzea, salvo se ficarem em curral, não podendo neste caso ficarem presas vacas e bezerros, na mesma banda, sob pena de 20 reais por cabeça, pagando o pastor 200 reais - Acordam, igualmente, que toda a pessoa que lavrar na Várzea apenas possa trazer na mesma o gado que estiver a trabalhar, não podendo deixar à solta gado que estiver de folga, sob a mesma pena - Acordam coutar o olival Basto (?), que entesta na vinha da Ordem, junto ao olival de Manuel Frade, escrivão do concelho, sob pena de 10 reais por cabeça. Presenças: Diogo Correia, juiz ordinário; Pedro Jorge, Luís Coelho

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e Custódio Fernandes, vereadores; Lourenço Mendes, procurador do concelho; Manuel Frade, escrivão do concelho. [f. CCLXI v. - CCLXII r.] 243 1563, Abril, 14. Acordam, em Câmara geral, pôr à votação do povo qual o médido que o concelho deveria nomear para residir e curar na vila, se o actual­ licenciado António Vaz, se o doutor Paulo Bernaldez, que na altura ­estava em Coruche, ao que o povo, por 36 vozes a favor do segundo, e 10 vozes a favor do primeiro, resolve-se pela nomeação do doutor Paulo Bernaldez para ocupar o cargo de físico do concelho, pelo salário anual de 5 moios de trigo, 3 dados por el-rei e 2 pelo concelho, obrigando-se este a residir e a curar nesta vila, não podendo deixar o mesmo cargo­ enquanto o povo quiser, sob pena de pagar 50 cruzados de multa, ­sendo-lhe igualmente retirados os 5 moios de trigo de salário anual. Presenças: André Lucas, juiz ordinário; Pedro Jorge e Custódio Fernandes, vereadores; Lourenço Mendes, procurador do concelho; Manuel Frade, escrivão do concelho. Estiveram, mais, presentes: João Rodrigues Bulhão; Simão da Cunha; António Quaresma; António Baracho; Pedro Afonso; Mateus Fernandes; Fernão Varela; Gaspar Raposo; mestre Rodrigo; Duarte Vaz; António Baracho; Manuel Vaz; João de Parada; Jerónimo Carvalho;­ ­André Álvares; Francisco Dias; António Lopes; João Carvalho; João ­Álvares; Pedro Fernandes; Manuel Afonso; André Botelho; Pedro Álvares­ Baracho; Cosmo Lopes; Pedro Correia; e muitas outras pessoas. [f. CCLXII r. - CCLXIV r.] 244 1563, Abril, 17. Eleição e posse de António Baracho, antigo morador de Coruche, para o cargo de juiz ordinário, em substituição de André Lucas, que tinha ido para São Tomé. Presenças: Diogo Correia, juiz ordinário; Luís Coelho; Pedro Jorge e Custódio Fernandes, vereadores; Lourenço Mendes, procurador do concelho; Manuel Frade, escrivão do concelho. Estiveram, mais, presentes: João Rodrigues Bulhão; António Quaresma; André Álvares; Gil Simões; António Cabral; Bartolomeu

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Rebelo; Vasco Fernandes; Francisco Dias; Gaspar Raposo; Miguel ­Fernandes; e outras pessoas da governação da terra. [f. CCLXIV r. - CCLXV r.] 245 1563, Abril, 20. Registo da obrigação feita por André Botelho, à Câmara de ­Benavente, para poder vender azeite na vila, neste ano de 1563, em con­formidade com o regimento d’el-rei e das posturas da Câmara, obrigando-se a ter azeite todo o ano atabernado, sob pena de 200 reais por cada vez que se achar sem ele. Presenças: Manuel Frade, escrivão do concelho; André Botelho. [f. CCLXV r.] 246 1463, Abril, 27. Registo da obrigação feita por Marcos Gonçalves, à Câmara de Benavente, para poder vender vinho nesta vila, neste ano de 1563, em conformidade com o regimento d’el-rei e das posturas da Câmara, obrigando-se a ter vinho todo o ano atabernado, sob pena de 200 reais por cada vez que se achar sem ele. Presenças: Manuel Frade, escrivão do concelho; Marcos Gon­ çalves. [f. CCLXV v.] 247 1563, Abril, 30. Eleição e posse de Gil Simões para o cargo de juiz ordinário, em substituição de António Baracho, antigo morador de Coruche, e uma vez que este não podia ocupar o cargo por não estar livre de uma culpa crime, que tinha na vila de Coruche, estando a cumprir nesta vila de Benavente uma pena de degredo. Presenças: Diogo Correia, juiz ordinário; Pedro Jorge, Luís Coelho e Custódio Fernandes, vereadores; Lourenço Mendes, procurador do

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concelho; Manuel Frade, escrivão do concelho; Gil Simões, juiz ordinário eleito. Estiveram, mais, presentes: João Rodrigues Bulhão; António ­Baracho; João de Parada; Manuel Vaz; António Quaresma; Mateus Fernandes; e outras pessoas. [f. CCLXVI r. - CCLXVI v.] 248 1563, Maio, 4. Nomeação e posse de António Botelho e Cosmo Fernandes no cargo de almotacés do concelho, para este mês de Maio. Presenças: Diogo Correia, juiz ordinário; Pedro Jorge e Custódio Fernandes, vereadores; Manuel Frade, escrivão do concelho; António Botelho e Cosmo Fernandes, almotacés. [f. CCLXVII r.] 249 1563, Maio, 15. Acordam encerrar os arneiros da banda de além da Várzea, e toda a Várzea, a qualquer gado, sob pena de postura - Acordam, mais, não permitir que o gado ande na Várzea, podendo somente andar travado, sob pena de 100 reais de multa. Presenças: Diogo Correia, juiz ordinário; Pedro Jorge, Luís Coelho e Custódio Fernandes, vereadores; Lourenço Mendes, procurador do concelho; Manuel Frade, escrivão do concelho. [f. CCLXVII r. - CCLXVII v.] 250 1563, Maio, 20. Registo da obrigação feita por Fernão Rodrigues, à Câmara de ­Benavente, para poder vender azeite na vila, neste ano de 1563, em ­conformidade com o regimento d’el-rei e das posturas da Câmara, obrigando-se a ter azeite todo o ano atabernado, sob pena de 200 reais por cada vez que se achar sem ele. Presenças: Manuel Frade, escrivão do concelho; Fernão Rodrigues. [f. CCLXVIII r.]

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251 1563, Maio, 20. Registo da obrigação feita por Duarte Vaz, à Câmara de Bena­vente, para poder vender azeite na vila, neste ano de 1563, em conformidade com o regimento d’el-rei e das posturas da Câmara, obrigando-se a ter azeite todo o ano atabernado, sob pena de 200 reais por cada vez que se achar sem ele. Presenças: Manuel Frade, escrivão do concelho; Duarte Vaz. [f. CCLXVIII r.]

252 1563, Maio, 20. Registo da obrigação feita por Duarte Vaz neste livro da Câmara, obrigando-se a ele e às suas 3 bestas ao serviço desta vila, podendo, deste modo, pô-las a pastar na Várzea. Presenças: Manuel Frade, escrivão do concelho; Duarte Vaz. [f. CCLXVIII v.]

253 1563, Maio, 22. Posse de Fernão Varela do cargo de alcaide desta vila, nomeado que fora pelo alcaide-mor, D. Luís de Lencastre, por uma procuração que apresentara em sessão de Câmara, sendo nomeado por 3 anos, a contar do mês de Janeiro passado, ficando o mesmo alcaide de dar fiança à Câmara - Acordam encerra a Várzea e os arneiros da banda de além, de todo o termo, a qualquer gado, não permitindo que aí comam, sob pena de 20 reais por cabeça, e 500 reais para o pastor, mais 10 dias de cadeia. Presenças: Gil Simões, juiz ordinário; Pedro Jorge, Luís Coelho e Custódio Fernandes, vereadores; Manuel Frade, escrivão do concelho; Fernão Varela, alcaide da vila. [f. CCLXVIII v. - CCLXIX v.]

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254 1563, Junho, 1. Nomeação e posse de Cosmo Fernandes e Vasco Fernandes para o cargo de almotacés do concelho para este mês de Junho, para que foram eleitos, e uma vez que os nomes saídos no pelouro sorteado, António Baracho, de Coruche, e Gil Simões, estavam impedidos de o exercerem, o primeiro por estar a cumprir pena de degredo nesta vila, e o segundo por ocupar funções de juiz ordinário. Presenças: Diogo Correia, juiz ordinário; Luís Coelho e Custódio Fernandes, vereadores; Manuel Frade, escrivão do concelho; Cosmo Fernandes e Vasco Fernandes, almotacés. [f. CCLXIX v. - CCLXX r.] 255 1563, Junho, 9. Postura pela qual não era permitida a nenhuma pessoa levar qualquer besta sua para a Várzea, nem para as Somas da banda de Além, nem para as lezírias do concelho, nem ter lá presa à corda, sob pena de 50 reais por cabeça; proíbe-se, também, que os carros ou carretas possam ceivar do Monte do Almoxarife para baixo, sob pena de 500 reais, mais a cadeia; obriga, mais, a que a pessoa que for cegar erva para a Várzea só possa levar uma besta consigo, sob a mesma pena; finalmente, que tanto bois como éguas que se encontrarem a comer fora dos Cortes de Dona Catarina e de Mestre Rodrigo, pagarão 100 reais por cabeça, e o pastor 500 reais, mais a cadeia. Presenças: Gil Simões, juiz ordinário; Pedro Jorge e Custódio ­Fernandes, vereadores; Lourenço Mendes, procurador do concelho; Manuel Frade, escrivão do concelho. [f. CCLXX v. - CCLXXI r.] 256 1563, Julho, 1. Nomeação de Afonso Álvares da Horta para o cargo de recebedor das sisas d’el-rei para o 3º quartel deste ano, sorteado dos ­pelouros existentes na arca do concelho, nomeação que foi requerida pelo ­escrivão das sisas, Amador Pires - Nomeação de João Rodrigues

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­ ulhão e Rui Viegas para o cargo de almotacés do concelho para este B mês de Julho. Presenças: Diogo Correia e Gil Simões, juízes ordinários; Luís ­Coelho e Custódio Fernandes, vereadores; Manuel Frade, escrivão do concelho; João Rodrigues Bulhão, almotacé. [f. CCLXXI v. - CCLXXII r.]

257 1563, Julho, 5. Posse de Rui Viegas do cargo de almotacé do concelho para este mês de Julho, para que fora nomeado em sessão anterior - Postura proibindo que as pessoas apanhem mãos-cheias (“maunças”), nem espigas, no termo desta vila, mesmo com licença dos próprios donos, antes dos feixes estarem alevantados, sob pena de 500 reais de multa, mais 10 dias de cadeia - Acordam, mais, descoutar os arneiros da banda de Além, podendo o gado comer, mas tendo de pernoitar em curral, ou fora deles, sob a pena da postura existente. Presenças: Diogo Correia e Gil Simões, juízes ordinários; Pedro Jorge, Luís Coelho e Custódio Fernandes, vereadores; Manuel Frade, escrivão do concelho; Rui Viegas, almotacé. [f. CCLXXII r. - CCLXXII v.]

258 1563, Julho, 11. Arrematação feita por Vicente de Campos das rendas e rendi­ mento do pão e terras do concelho e foros, pelo lanço de 102.000 reais em dinheiro e 80 alqueires de trigo, sendo constituído por 1 moio de trigo de foro, pelos foros das Lezírias do concelho, tanto a dos Cavalos, como a do Poço, e a das Éguas, e as outras terras que estão nesta Várzea, tendo logo pago 60.000 reais em dinheiro ao procurador do concelho. Presenças: Gil Simões, juiz ordinário; Pedro Jorge, Luís Coelho e Custódio Fernandes, vereadores; Lourenço Mendes, procurador do concelho; Manuel Frade, escrivão do concelho; Vicente de Campos. [f. CCLXXIII r. - CCLXXIV r.]

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259 1563, Julho, 17. Fizeram posturas que foram escritas no livro das posturas. Presenças: Gil Simões, juiz ordinário; Pedro Jorge, Luís Coelho e Custódio Fernandes, vereadores; Lourenço Mendes, procurador do concelho; Manuel Frade, escrivão do concelho. [f. CCLXXIV r.] 260 1563, Julho, 20. Registo da obrigação feita por Domingos Gonçalves, almocreve, e morador nesta vila, à Câmara de Benavente, para com os seus 2 ­rocins servir, continuadamente, a vila, em conformidade com a postura existente. Presenças: Manuel Frade, escrivão do concelho; Domingos Gonçalves, almocreve. [f. CCLXXIV v.] 261 1563, Julho, 21. Registo da obrigação feita por Fernão Rodrigues, morador nesta vila, à Câmara de Benavente, para com os seus 2 rocins servir, continua­ damente, a vila, em conformidade com a postura existente. Presenças: Manuel Frade, escrivão do concelho; Fernão Rodrigues. [f. CCLXXV r.] 262 1563, Agosto, 2. Nomeação de Gaspar Raposo e Diogo Afonso para o cargo de ­almotacés do concelho para este mês de Agosto, sorteados dos pelouros­ existentes na arca do concelho. Presenças: Gil Simões, juiz ordinário; Custódio Fernandes, verea-

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dor; Lourenço Mendes, procurador do concelho; Manuel Frade, escrivão do concelho; Gaspar Raposo, almocreve. [f. CCLXXV r. - CCLXXV v.] 263 1563, Agosto, 9. Registo da obrigação feita na Câmara de Benavente pelo mestre pedreiro Vicente Ribeiro, o mesmo que procedeu à reparação da ponte desta vila, para consertar o poço da mesma, por estar muito desmanchado, e ser o único por onde o povo bebe, pela quantia de 16.000 reais em dinheiro, à custa das rendas do concelho, obrigando-se este a fazer este conserto até 15 de Setembro, e recebendo logo 8.000 reais em dinheiro. Obrigou-me, mais, o dito mestre de fazer as seguintes obras: rebaixar mais 5 palmos, abaixo da grade; fazer uma grade nova, dando-lhe o concelho, dos seus pinhais, a madeira necessária para a mesma; colocar orgão, à mesma altura de 5 palmos, com vão sobre a terra ou calçada, dando o concelho os gatos, obrigando-se ele a engatá-los. Presenças: Gil Simões, juiz ordinário; Pedro Jorge e Custódio ­Fernandes, vereadores; Lourenço Mendes, procurador do concelho; Manuel Frade, escrivão do concelho; Vicente Ribeiro, mestre pedreiro. [f. CCLXXVI r. - CCLXXVII r.] 264 1563, Agosto, 28. Nomeação de João Álvares Moreno para o cargo de porteiro do concelho, até ao final do ano, em substituição do porteiro João Álvares, que estava doente, dando-lhe o concelho a soldada respectiva. Presenças: Gil Simões, juiz ordinário; Pedro Jorge e Custódio ­Fernandes, vereadores; Manuel Frade, escrivão do concelho; João ­Álvares Moreno. [f. CCLXXVII r.] 265 1563, Setembro, 1. Nomeação e posse de João de Carvalho e Miguel Leitão para o cargo de almotacés do concelho para o mês de Setembro, sorteados

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dos pelouros existentes na arca do concelho. Presenças: Gil Simões, juiz ordinário; Pedro Jorge e Custódio ­Fernandes, vereadores; Manuel Frade, escrivão do concelho; João Carvalho e Miguel Leitão, almotacés. [f. CCLXXVII v.] 266 1563, Setembro, 18. Postura aplicando a coima de 100 reais por cada cabeça de porco encontrada na Várzea, aplicando ao pastor 1000 reais, mais 20 dias de cadeia, atendendo a que a anterior coima de 1 vintém por cabeça era muito baixa, e as pessoas continuavam a levar os seus porcos para lá - Acordam, mais, descoutar as vinhas, onde as uvas já foram apanhadas. Presenças: Gil Simões, juiz ordinário; Pedro Jorge e Custódio ­Fernandes, vereadores; Lourenço Mendes, procurador do concelho; Manuel Frade, escrivão do concelho. [f. CCLXXVIII r. - CCLXXVIII v.]

267 1563, Outubro, 1. Nomeação de Vicente de Campos e António Quaresma para o ­cargo de almotacés do concelho para este mês de Outubro, sorteados dos pelouros existentes na arca do concelho - Nomeação de António Fernandes, do Arrabalde, e cabreiro, para o cargo de recebedor das ­sisas d’el-rei para o 4º e último quartel do ano, retirado que foi o último­ dos pelouros existentes na arca do concelho. Presenças: Gil Simões, juiz ordinário; Pedro Jorge e Custódio ­Fernandes, vereadores; Manuel Frade, escrivão do concelho. [f. CCLXXVIII v. - CCLXXIX r.]

268 1563, Outubro, 6. Acordam em Câmara geral apregoada queimar os matos da Garrocheira, uma vez que nela se criam muitos lobos que grande prejuízo causam aos gados.

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Presenças: Diogo Correia e Gil Simões, juízes ordinários; Pedro Jorge e Luís Coelho, vereadores; Lourenço Mendes, procurador do concelho; Manuel Frade, escrivão do concelho. Estiveram, mais, presentes: António Quaresma; Rui Viegas; Bartolomeu Rebelo; Fernão Varela; Diogo Afonso; João Carvalho; Miguel Fernandes; Pedro Afonso; André Álvares; Manuel Vaz; Duarte Vaz; Amador Pires; Gaspar Raposo; Vasco Fernandes; Francisco Dias; e muitas outras pessoas. [f. CCLXXIX r. - CCLXXX v.] 269 1563, Outubro, 18. Registo da fiança feita por Domingos Gonçalves, almocreve, morador nesta vila, à Câmara de Benavente, para poder carregar nas suas bestas “grão”, desta vila para a azenha do Serrão, ou para qualquer outra moenda, em conformidade com a postura existente, ficando por fiador Gaspar Dias, morador na mesma. Presenças: Manuel Frade, escrivão do concelho; Domingos Gonçalves, almocreve; Gaspar Dias, fiador. [f. CCLXXXI r.] 270 1563, Outubro, 21. Acordam, em Câmara geral apregoada, arranjar uma serventia para ir da calçada direito para os arneiros e matos, sendo a terra, que poderia servir de serventia, propriedade da Capela de São Bartolomeu, ao que o povo acorda propor ao padre Domingos Gomes, capelão da dita capela, para poderem trocar esta serventia por uns carris (1/3 a mais da terra que o concelho tomar) que o concelho daria a esta capela, na zona de Pedro Durão, para o que nomearam 2 homens, um por parte do concelho, e outro por parte da capela. Presenças: Diogo Correia, juiz ordinário; Pedro Jorge e Custódio Fernandes, vereadores; Lourenço Mendes, procurador do concelho; Manuel Frade, escrivão do concelho. Estiveram, mais, presentes: Fernão Varela; António Quaresma; Álvaro Lucas; Miguel Fernandes, boticário; Gaspar Dias; Rui Viegas;­ Vasco Fernandes; Mateus Fernandes; Diogo Afonso; Bartolomeu ­Rebelo; João Rodrigues Bulhão; e muitas outras pessoas do povo. [f. CCLXXXI v. - CCLXXXII v.]

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271 1563, Outubro, 29. Acordam tomar todo o pão que houvesse no celeiro dos rendeiros para ser repartido pelo povo, porque havia muita necessidade dele - Acordam, mais, proibir a saída de pão desta vila para fora, quer por barca, quer por batel, quer mesmo pelos almocreves, sem licença dos oficiais da Câmara, sob pena de 15 cruzados - Mandaram chamar João Baracho, escrivão do almoxarifado para saberem por ele que quantidade de pão havia no celeiro, ao que ele declarou que pelo menos haviam 8 moios de trigo do rendeiro Manuel Rodrigues, e mais não sabia por não ter feito conta, pelo que foi notificado o almoxarifado para declararem todo o pão que houvesse no celeiro, para ser repar­ tido pelo povo. Presenças: Diogo Correia, juiz ordinário; Pedro Jorge e Custódio Fernandes, vereadores; Manuel Frade, escrivão do concelho. [f. CCLXXXIII r. - CCLXXXIII v.]

272 1563, Novembro, 1. Acordam não fazer as sementeiras do centeio, na banda de Além, pelos grandes prejuízos que causa aos criadores de gado. Presenças: Diogo Correia, juiz ordinário; Pedro Jorge e Custódio Fernandes, vereadores; Lourenço Mendes, procurador do concelho; Lourenço Vaz Preto, escrivão substituto. [f. CCCXXXIX v. - CCCXL v.]

273 1563, Novembro, 1. Nomeação e posse de Fernão Dias e Francisco Dias para o cargo de almotacés do concelho para este mês de Novembro. Presenças: Diogo Correia, juiz ordinário; Custódio Fernandes e Pedro Jorge, vereadores; Manuel Vaz Preto, escrivão substituto. [f. CCCXLI r.]

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274 1563, Novembro, 13. Nomeação dos 4 recebedores das sisas d’el-rei para o ano de 1564, respectivamente, Gaspar Fernandes, taipeiro, Álvaro Fernandes, da Barrosa, Francisco Gomes, e João Gomes - Postura obrigando o encerramente dos lagares desta vila, das avé-marias em diante, sob pena de 500 reais de multa, pagos pelo dono do lagar. Presenças: Gil Simões, juiz ordinário; Pedro Jorge, Custódio ­Fernandes e Luís Coelho, vereadores; Manuel Frade, escrivão do ­concelho. [f. CCLXXXIII v. - CCLXXXIV v.]

275 1563, Novembro, 20. Acordam descoutar a Várzea de Samora e os Cortes a todo o gado, anulando a postura existente. Presenças: Gil Simões, juiz ordinário; Pedro Jorge, Custódio ­Fernandes e Luís Coelho, vereadores; Lourenço Mendes, procurador do concelho; Manuel Frade, escrivão do concelho. [f. CCLXXXIV v. - CCLXXXV v.]

276 1563, Novembro, 26. Eleição e posse de João Rodrigues Bulhão para o cargo de juiz ordinário, em substituição de Diogo Correia, que tinha falecido. Presenças: Gil Simões, juiz ordinário; Pedro Jorge e Luís Coelho, verea­ dores; Manuel Frade, escrivão do concelho; João Rodrigues Bulhão, juiz ordinário eleito. Estiveram, mais, presentes: Pedro Afonso; Bartolomeu Rebelo; Fernão Dias; Gaspar Dias; e muitas outras pessoas. [f. CCLXXXV r. - CCLXXXV v.]

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277 1563, Novembro, 29. Postura proibindo que os porcos andem nos olivais, enquanto houver azeitona, sob pena de serem levados ao curral e do curral para o açougue, onde serão talhados, e o seu dono receberá o dinheiro que a taxa d’el-rei estipular, ficando igualmente de pagar a coima ao rendeiro. Presenças: João Rodrigues Bulhão e Gil Simões, juízes ordinários; Pedro Jorge e Luís Coelho, vereadores; Manuel Frade, escrivão do concelho; e muita gente do povo. [f. CCLXXXVI r. - CCLXXXVI v.] 278 1563, Dezembro, 1. Nomeação e posse de Bartolomeu Rebelo e Vasco Fernandes, arrieiro, para o cargo de almotacés do concelho para este mês de Dezembro. Presenças: Gil Simões, juiz ordinário; Pedro Jorge, Custódio ­Fernandes e Luís Coelho, vereadores; Manuel Frade, escrivão do concelho; Bartolomeu Rebelo e Vasco Fernandes, almotacés. [f. CCLXXXVII r.] 279 1563, Dezembro, 26. Eleição dos oficiais da Câmara para o ano de 1564, tendo sido retirado o último dos 3 pelouros existentes no cofre das eleições, onde estavam por juízes, Pedro Afonso e Mateus Fernandes, para vereadores, António Quaresma, Francisco Vaz e Amador Pires, e para procurador do concelho, João Álvares - Ficou mais esclarecido que este João Álvares que saíra no pelouro, uma vez que havia mais de uma pessoa com o mesmo nome, era o João Álvares, o taipeiro, segundo foi confirmado por Pedro Afonso e Fernão Varela, vereadores na altura da feitura das listas, e ambos “informadores” do rol que foi escrito no pelouro - Posse de Amador Pires no cargo de vereador para que fora eleito - Posse de João Álvares, taipeiro, no cargo de procurador do concelho, para que fora eleito - Eleição e posse de Tomé Lourenço no cargo de vereador, em substituição de Francisco Vaz, que tinha sido eleito, mas que não podia ocupar o cargo, por estar ausente, em São Tomé.

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Presenças: João Rodrigues Bulhão e Gil Simões, juízes ordinários; Pedro Jorge, Custódio Fernandes e Luís Coelho, vereadores; Lourenço Mendes, procurador do concelho; Manuel Frade, escrivão do concelho. Estiveram, mais, presentes: Pedro Afonso; Duarte Vaz; Bartolomeu Rebelo; Diogo Afonso; Miguel Leitão; Manuel Mendes; Tomé Lourenço; Fernão Dias; Miguel Fernandes, boticário; Fernão Rodrigues; Brás Fernandes; Gaspar Fernandes; Álvaro Carvalho; João Álvares, alfaiate; Pedro Dias; Amador Pires; João Álvares, taipeiro; Tomé Lourenço. [f. CCLXXXVII v. - CCLXXXIX v.] 280 1563, Dezembro, 31. Posse de António Quaresma do cargo de vereador, para que tinha sido eleito em sessão anterior. Presenças: João Rodrigues Bulhão, juiz ordinário; Pedro Jorge e Luís Coelho, vereadores; Lourenço Mendes, procurador do concelho; Manuel Frade, escrivão do concelho; António Quaresma, vereador eleito. [f. CCXC r.] 281 1564, Janeiro, 1. Nomeação e posse de João Álvares no cargo de porteiro, que já anteriormente ocupava, pelo salário anual de 4.000 reais, pagos por 4 vezes - Registo da arrematação feita por Luís Coelho da Lezíria das Éguas, pelo lanço do terço para o concelho, mais 3000 reais pagos logo - Registo da arrematação feita por Diogo Alhandro da Lezíria dos Cavalos, pelo lanço do terço para o concelho, mais 9000 reais pagos logo, sendo referido que este era lavrador de 3 ou 4 charruas - Registo da arrematação feita por António Baracho, o Moço, da Lezíria do Poço, pelo lanço do terço para o concelho, mais 3000 reais pagos logo. Presenças: António Quaresma, servindo de juiz ordinário, por ser o vereador mais velho; Tomé Lourenço, vereador; João Álvares, taipeiro,­ procurador do concelho; Manuel Frade, escrivão do concelho; João Álvares, porteiro; Luís Coelho; Diogo Alhandro; António Baracho, o Moço. [f. CCXC v. - CCXCII r.]

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282 1564, Janeiro, 2. Registo da arrematação feita por Lourenço Mendes das terras baldias da Várzea, isto é, as Botelhadas e Carril da Várzea, exceptuando o Carril da Calçada e o Carril da Quebrada do Ferilhão do caminho para fora, e tudo pelo lanço do terço para o concelho, mais 3000 reais pagos logo. Presenças: António Quaresma, servindo de juiz ordinário, por ser o vereador mais velho; Tomé Lourenço, vereador; João Álvares, taipeiro, procurador do concelho; Manuel Frade, escrivão do concelho; Lourenço Mendes. [f. CCXCII v.] 283 1564, Janeiro, ? (2) [...] - Foi requerido pelo rendeiro das sisas desta vila, Duarte Lopes, que os oficiais fizessem diligências para arranjar carniceiro obrigado para cortar nesta vila, ao que estes responderam que o fariam. Presenças: [...] Manuel Frade, escrivão do concelho. [f. CCCVIII r.] 284 1564, Janeiro, 17. Registo da fiança feita por Fernão Dias, morador nesta vila, à Câmara de Benavente, para poder carregar nas suas bestas, e pelos seus mancebos, “grão”, desta vila para fora, em conformidade com a postura existente, ficando por fiador o mesmo Fernão Dias. Presenças: Manuel Frade, escrivão do concelho; Fernão Dias. [f. CCCVIII r.] 285 1564, Janeiro, 17. Registo da obrigação feita por Duarte Vaz, à Câmara de Benavente,­ para poder vender azeite na vila, neste ano de 1564, em conformidade com o regimento d’el-rei e das posturas da Câmara, obrigando-se a ter

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azeite todo o ano atabernado, sob pena de 200 reais por cada vez que se achar sem ele - Registo da obrigação feita por Duarte Vaz neste livro da Câmara, obrigando-se a ele e às suas 2 bestas ao serviço desta vila, podendo, deste modo, pô-las a pastar na Várzea. Presenças: Manuel Frade, escrivão do concelho; Duarte Vaz. [f. CCCVIII v.] 286 1564, Janeiro, 23. Posse de Pedro Afonso e Mateus Fernandes do cargo de juízes ordinários para que tinham sido eleitos, e depois da confirmação do ouvidor do mestrado de Avis. Presenças: Tomé Lourenço, João Rodrigues Bulhão e António Quaresma, vereadores; João Álvares, taipeiro, procurador do concelho; Manuel Vaz Preto, escrivão substituto; Pedro Afonso e Mateus Fernandes, juízes ordinários eleitos. [f. CCCXLIV v. - CCCXLV r.] 287 1564, Janeiro, 31. Registo da obrigação feita por Manuel Vaz à Câmara de Benavente, obrigando-se pelo arrais, Diogo Velho, e pelo seu escravo, que andam na sua barca, no porto desta vila, e por tudo o que levarem para a cidade de Lisboa ou para outras localidades, ficando por fiador o mesmo Manuel Vaz. Presenças: Manuel Frade, escrivão do concelho; Manuel Vaz. [f. CCCVIII v. - CCCIX r.] 288 1564, Fevereiro, 4. Registo da obrigação feita por Manuel Correia, por sua mãe, à ­Câmara de Benavente, obrigando-se pelo arrais, Miguel Pires, que anda na sua barca, no porto desta vila, e por tudo o que levarem para fora da vila, ficando por fiador o mesmo Manuel Correia. Presenças: Manuel Frade, escrivão do concelho; Manuel Correia. [f. CCCIX r. - CCCIX v.]

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289 1564, Fevereiro, 7. Acordam notificar os donos duns 8 ou 9 touros que andavam nos olivais e vinhas desta vila, para os arrecadarem, mesmo aqueles que tinham sido prometidos às confrarias, sob pena de 200 reais de multa por rês, isto se fora primeira vez que os acharem nesses locais, lavrando-se termo no livro dos achados, da segunda vez, e sendo levados para o curral, da terceira vez que os acharem, e mortos à espingarda e talhados no açougue, dando-se o dinheiro ao seu dono, pela taxa d’el-rei - Acordam, mais, encerrar a Várzea de Samora ao gado vacum, assim bois como éguas, até serem descoutados pela Câmara, sob pena de 10 reais por cabeça de gado aí encontrado, e 500 reais para o pastor, mais a cadeia. Presenças: Pedro Afonso, juiz ordinário; Tomé Lourenço, João ­Rodrigues Bulhão e António Quaresma, vereadores; João Álvares, taipeiro, procurador do concelho; Manuel Frade, escrivão do concelho. [f. CCCIX v. - CCCX r.] 290 1564, Fevereiro, 10. Acordam proibir que o gado ande na Várzea e em Trejoute Pequeno,­ sob pena de 20 reais por cabeça, e o que lavrar só poderá comer indo do caminho para fora. Presenças: Pedro Afonso, juiz ordinário; Tomé Lourenço, João Rodrigues Bulhão e António Quaresma, vereadores; Manuel Frade, escrivão do concelho. Estiveram, mais, presentes: Luís Coelho; Vicente de Campos; ­licenciado Paulo Bernaldez, físico; Fernão Dias; Pedro Jorge; João de Parada; e outras pessoas do povo. [f. CCCX v. - CCCXI r.] 291 1564, Fevereiro, 14. Registo da obrigação feita por Duarte Lopes, siseiro, à Câmara de Benavente, para poder trazer nos olivais e coutos desta vila e rossios, 100 carneiros, obrigando-se a matar e vender à vila 50 deles pela

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­ áscoa e Carnal (Carnaval) seguintes, pela taxa d’el-rei. P Presenças: Manuel Frade, escrivão do concelho; Duarte Lopes. [f. CCCXI r.] 292 1564, Fevereiro, 18. Acordam descoutar a Várzea ao gado, e isto porque uns comiam e outros não, e porque estavam encerradas as Somas. Presenças: Tomé Lourenço, João Rodrigues Bulhão e António Quaresma, vereadores; João Álvares, taipeiro, procurador do concelho; Manuel Frade, escrivão do concelho. [f. CCCXI v.] 293 1564, Fevereiro, 20. Esclarecimento do escrivão, para que não houvesse confusão, referindo que teve que escrever os assentos dos juramentos, os assentos das vacas e os assentos dos bois, nas folhas anteriores deste livro, uma vez que não havia espaço no mesmo, e porque o procurador não lhe tinha arranjado um novo livro a tempo. Presenças: João Rodrigues Bulhão, António Quaresma e Tomé Lourenço, vereadores; Manuel Frade, escrivão do concelho. [f. CCCXLVIII r.] 294 1564, Fevereiro, 20. Nomeação e posse de Luís Lopes no cargo de alcaide da vila, em substituição de Manuel Rodrigues, que se encontrava preso por ordem do corregedor da corte. Presenças: Pedro Afonso, juiz ordinário; Tomé Lourenço, João ­Rodrigues Bulhão e António Quaresma, vereadores; João Álvares, taipeiro, procurador do concelho; Manuel Frade, escrivão do concelho; Luís Lopes, alcaide. [f. CCCXLVIII v.]

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295 1564, Fevereiro, 23. Nomeação e posse de Rodrigo Afonso e de Ambrósio Gomes nos cargos, respectivamente, de juiz da vintena e de porteiro da Ribeira de Canha. Presenças: Tomé Lourenço, João Rodrigues Bulhão e António Quaresma, vereadores; João Álvares, taipeiro, procurador do concelho; ­Manuel Frade, escrivão do concelho; Rodrigo Afonso, juiz da ­vintena da Ribeira de Canha; Ambrósio Gomes, porteiro da Ribeira de Canha. [f. CCCXLIX r.] 296 1564, Fevereiro, 27. Registo da obrigação feita por Gaspar Raposo, à Câmara de ­Benavente, para com as suas duas bestas servir a vila, em conformidade com a postura existente - Registo da fiança feita pelo mesmo à Câmara de Benavente, para poder carregar “grão”, nas suas bestas, e pelos seus mancebos, desta vila para as moendas que ele mandar, em conformidade com a postura existente, ficando por fiador o mesmo Gaspar Raposo. Presenças: Manuel Frade, escrivão do concelho; Gaspar Raposo. [f. CCCXLIX v.] 297 1564, Março, 4. Acordam anular a obrigação feita por Duarte Lopes, siseiro, à Câmara de Benavente, na sessão de 14 de Fevereiro último, segundo a qual a Câmara lhe dava autorização para ele poder pôr a pastar 100 carneiros nos olivais e coutos desta vila, pelo que ele deveria tirar o seu gado dessas terras, sob pena de 50 cruzados e de 1 ano de degredo em África, ao que o dito Duarte Lopes respondeu que ele podia pôr a pastar o seu gado nos referidos limites porque era siseiro. Presenças: Mateus Fernandes, juiz ordinário; Tomé Lourenço, João Rodrigues Bulhão e António Quaresma, vereadores; Manuel ­Frade, escrivão do concelho; Duarte Lopes, siseiro. [f. CCCL r. - CCCL v.]

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FOT. 4 – NOMEAÇÃO E POSSE DO JUIZ DA VINTENA E DO PORTEIRO DA RIBEIRA DE CANHA (TERMO Nº 295).


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298 1564, Março, 11. Acordam que toda a padeira ou pessoa que venda pão não o possa vender a mais do que 4 reais o pão alvo, com o peso de 8 onças, sob pena de 200 reais, e isto porque há muita falta de pão na vila e valer 100 reais o alqueire. Presenças: Pedro Afonso, juiz ordinário; Tomé Lourenço, João Rodrigues Bulhão e António Quaresma, vereadores; Manuel Frade, escrivão do concelho. [f. CCCL v. - CCCLI r.] 299 1564, Março, 13. Registo da obrigação feita por Fernão Rodrigues, morador nesta vila, à Câmara de Benavente, para poder vender azeite na vila, neste ano de 1564, em conformidade com o regimento d’el-rei e das posturas da ­Câmara, obrigando-se a ter azeite todo o ano atabernado, sob pena de 200 reais por cada vez que se achar sem ele. Presenças: Manuel Frade, escrivão do concelho; Fernão Rodrigues. [f. CCCLI r.] 300 1564, Março, 16. Eleição e posse de Gaspar Dias para o cargo de vereador, em substituição de João Rodrigues Bulhão, que tinha sido suspenso do cargo por sentença da Relação, por virtude de um agravo, apresentado pelo mestre Rodrigo Botelho, em que dizia que João Rodrigues Bulhão era cunhado de António Quaresma, sendo como tal o seu parentesco até ao 4º grau, não podendo, assim, ocupar ambos o mesmo cargo de vereadores - Foi, igualmente, decidido pelo juiz ordinário Pedro Afonso mandar chamar, pelo alcaide, Luís Lopes, o vereador Tomé Lourenço, e este mandou dizer, pelo mesmo alcaide, que não podia vir, por estar doente, e só viria se o levassem numa cadeira. Presenças: Pedro Afonso, juiz ordinário; João Álvares, taipeiro, procurador do concelho; Manuel Frade, escrivão do concelho; Gaspar Dias, vereador eleito.

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Estiveram, mais, presentes: António Baracho; Luís Coelho; Duarte Lopes; Diogo Velho; Luís Lopes, alcaide; António Cabral; Cosmo Fernandes; e outras pessoas do povo. [f. CCCLI v. - CCCLIII r.] 301 1564, Março, 21. Registo da obrigação e da fiança feitas por Fernão Lopes, almocreve, à Câmara de Benavente, obrigando-se com as suas 2 bestas neste livro da Câmara, e ficando por fiador o mesmo Fernão Lopes pelo “grão” que carregar, pelos seus mancebos, para as moendas. Presenças: Manuel Frade, escrivão do concelho; Fernão Lopes. [f. CCCLIII r.] 302 1564, Abril, 1. Acordam apregoar que desse dia em diante nenhuma pessoa meça mais pelas medidas da imposição, sob pena de 1000 reais de multa, mandando que o aferidor (“afilador”) do concelho as afilasse por canadas como dantes, e isto porque já tinham sido passados 2 anos sobre a imposição, imposta por provisão d’el-rei, para ajuda das obras da Ponte da vila, notificando, ainda, o rendeiro da imposição, Manuel Rodrigues, alcaide. Presenças: Pedro Afonso, juiz ordinário; Gaspar Dias, vereador; Manuel Frade, escrivão do concelho; Manuel Rodrigues, alcaide. [f. CCCLIII v.] 303 1564, Abril, 6. Nomeação de Fernão Dias e Lourenço Mendes no cargo de almotacés do concelho, para o mês de Abril, o último dos quais em substituição de Luís Coelho, que tinha saído no pelouro, mas que estava preso por um crime de que tinha sido acusado - Nomeação de Álvaro Fernandes, da Barrosa, do cargo de recebedor das sisas d’el-rei neste 2º quartel do ano.

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FOT. 5 a) – ELEIÇÃO E POSSE DE FERNÃO VARELA PARA JUIZ ORDINÁRIO (TERMO Nº 305).

FOT. 5 b) – REGISTO DOS VOTOS OU “VOZES” DA ELEIÇÃO ACIMA REFERIDA.


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Presenças: Pedro Afonso, juiz ordinário; António Quaresma, vereador; Manuel Frade, escrivão do concelho; Fernão Dias, almotacé. [f. CCCLIV r.] 304 1564, Abril, 8. Postura proibindo a toda a pessoa, que ganhar dinheiro com carro de 2 bois, a andar em vinhas, olivais, pauis, hortas e pomares, sob pena de 100 reais por cabeça de gado que aí for achado, e sendo achado com pastor, pagará este 500 reais, mais 10 dias de cadeia, e os bois dos fornos e de cingel que forem encontrados nos coutos correndo pagarão 20 reais por cabeça. Presenças: Pedro Afonso, juiz ordinário; Gaspar Dias e Tomé Lourenço, vereadores; João Álvares, taipeiro, procurador do concelho; Manuel Frade, escrivão do concelho. Estiveram, mais, presentes: António Cabral; Álvaro Lucas; António Baracho; Luís Coelho; João de Parada; Diogo Alhandro. [f. CCCLIV v.]

305 1564, Abril, 20. Eleição e posse de Fernão Varela para o cargo de juiz ordinário do concelho, em substituição de Mateus Fernandes, por se encontrar ­doente de doença prolongada, podendo este reocupar o seu cargo quando estiver recuperado, devendo para tal o licenciado Paulo Bernaldez, físico deste concelho, declarar o mesmo apto ao ofício - Acordam receber por vizinho Tomé Lourenço, que agora morava nesta vila, e que era natural dela. Presenças: licenciado Afonso Barbosa, do Desembargo do paço, ouvidor do mestrado de Avis; Pedro Afonso, juiz ordinário; Tomé Lourenço e Gaspar Dias, vereadores; Manuel Frade, escrivão do concelho. [f. CCCLV r. - CCCLV v.] 306 1564, Abril, 22. Acordam intimar Ensenso Fernandes, pelo porteiro do concelho, a tapar, no prazo de 8 dias, uma vala que tinha aberto numa horta

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sua, que está junto do poço desta vila, sob pena de 1000 reais de multa,­ mais a cadeia, uma vez que aquela vala lançava muita sujidade­ no poço, e no Verão lançava “ruim cheiro”, sendo que a água deste poço era a principal água que esta vila tinha, e daí bebia toda a gente desta vila, ao que o mesmo Ensenso Fernandes respondeu que não havia de tapar. Presenças: Fernão Varela e Pedro Afonso, juízes ordinários; Tomé Lourenço e Gaspar Dias, vereadores; João Álvares, taipeiro, procurador do concelho; Manuel Frade, escrivão do concelho. [f. CCCLV v. - CCCLVI r.]

307 1564, Abril, 30. Acordam em Câmara geral apregoada ir junto d’el-rei pôr ­embargo a uma sua provisão em que obrigava a mondar os cereais e a sacodir a mangra, alegando todos que não se poderia cumprir e ser muito ­prejudicial ao povo desta vila a aplicação desta provisão régia. Presenças: Fernão Varela, juiz ordinário; Tomé Lourenço e ­Gaspar Dias, vereadores; João Álvares, taipeiro, procurador do concelho; ­Manuel Frade, escrivão do concelho; e muita gente do povo. [f. CCCLVI v. - CCCLVII v.]

308 1564, Maio, 20. Acordam encerrar a Várzea da seguinte forma: nenhum gado pode comer nem pernoitar na Várzea, sob pena de 10 reais de multa por cabeça de gado, se for dia, e de 1 vintém por cabeça, se for de noite; se vierem com pastor pagarão 20 reais por cabeça, mais 500 reais e a cadeia para o mesmo pastor; a pessoa que lavrar na mesma só poderá levar o gado com que trabalhar na mesma lavoura [...](3) Presenças: Fernão Varela, juiz ordinário; Tomé Lourenço e ­Gaspar Dias, vereadores; João Álvares, taipeiro, procurador do concelho; ­Manuel Frade, escrivão do concelho. [f. CCCLVII v.]

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309 1564, Junho, 2. Registo da obrigação feita por Gaspar Fernandes, almocreve, ­neste livro da Câmara, para com os seus 2 rocins servir, continuadamente, a vila, em conformidade com a postura existente. Presenças: Manuel Frade, escrivão do concelho; Gaspar Fernandes, almocreve. [f. CCCLIX r.] 310 1564, Junho, 11. Eleição e tomada de posse dos avaliadores desta vila para, em conformidade com a provisão régia, fazerem a avaliação das fazendas das pessoas desta vila e seu termo, para a aplicação da peita, tendo­ sido eleitos, em primeiro lugar 6 eleitores, António Cabral, Fernão Varela, António Baracho, António Quaresma, Pedro Afonso e Álvaro Lucas, que, por sua vez, elegeram os avaliadores, respectivamente, António Cabral, Álvaro Lucas, António Baracho, de Coruche, e para escrivão, Manuel Frade - Foi, igualmente, apresentado pelo contador da comarca de Setúbal, Manuel Cerveira, o regimento que trazia para a dita avaliação das fazendas. Presenças: Manuel Cerveira, contador da comarca de Setúbal; ­Pedro Afonso e Fernão Varela, juízes ordinários; António Quaresma, Tomé Lourenço e Gaspar Dias, vereadores; João Álvares, taipeiro, procurador do concelho; Manuel Frade, escrivão do concelho; António Cabral,­ Álvaro Lucas, e António Baracho, de Coruche, avaliadores da peita. [f. CCCLIX v. - CCCLX r.] 311 1564, Junho, 17. Anulam postura que dava por descoutada a Lezíria dos Cavalos, aplicando a mesma coima da Várzea - Acordam, igualmente, obrigar toda a pessoa que lavrar terras do concelho a informá-lo antes de terminar a sua lavoura, sob pena de 10 cruzados. Presenças: Fernão Varela, juiz ordinário; Tomé Lourenço e Gaspar Dias, vereadores; João Álvares, taipeiro, procurador do concelho; Manuel Frade, escrivão do concelho. [f. CCCLX v.]

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NOTAS (1) Engano de foliação, tendo sido repetida a folha CXXV. (2) As folhas correspondentes ao início desta sessão (f. CCCVI-CCCVII) estão rasgadas, pelo que não se pôde apurar nem o dia do mês, nem o conteúdo de todas as resoluções. (3) Este registo está truncado no final, faltando a f. CCCLVIII.

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ÍNDICE ANALÍTICO Abegão(ães), 22, 138 Abreu, António de (da vila de Avis), 18 Abreu, Helena de, 62 Abusos, 16, 118 Acabramo, 125 Achados, livro dos V. Livro dos achados Acórdão, 218 Acordos, livro dos V. Livro dos acordos Açougue(s) (Benavente), 219, 277, 289 Açougue(s) (Lisboa), 91, 92, 96 Aferidor, 105, 179, 302 Afonso, Brás (quadrilheiro), 22, 30, 100 Afonso, Diogo (almotacé, procurador do concelho), 27, 30, 31, 62, 90, 100, 101, 102, 105, 107, 108, 114, 115, 120, 121, 122, 125, 126, 127, 129, 130, 132, 133, 134, 135, 137, 138, 139, 140, 141, 142, 143, 144, 147, 148, 149, 151, 153, 154, 167, 177, 181, 187, 220, 262, 268, 270, 279 Afonso, Fernão de (juiz da vintena da Ribeira de Canha), 92, 204, 223 Afonso, Francisco (quadrilheiro), 22 Afonso, Manuel (quadrilheiro), 22, 41, 119, 138, 169, 243 Afonso, Pedro (vereador, almotacé, juiz ordinário), 1, 4, 5, 6, 12, 14, 16, 17, 19, 20, 22, 27, 28, 29, 30, 31, 32, 33, 38, 100, 121, 130, 132, 133, 143, 144, 148, 167, 195, 197, 198, 199, 200, 201, 203, 204, 206, 207, 208, 212, 215, 216, 217, 218, 220, 243, 268, 276, 279, 286, 289, 290, 294, 298, 300, 302, 303, 304, 305, 306, 310 Afonso, Rodrigo (juiz da vintena de Canha), 295 Aforamento, 79 África (degredo em), 127, 142, 297 Agravo, 30, 126, 218, 300 Água(s), 20, 22, 71, 101, 306 V.tb. Poço Água-pé, 201 Águas represadas, 71 Alcaide, 19, 25, 30, 40, 42, 58, 70, 87, 105, 110, 121, 122, 124, 159,

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160, 161, 215, 216, 221, 233, 234, 237, 238, 240, 253, 294, 300, 302 Alcaide-mor, 124, 221, 253 Aldeia Galega do Ribatejo V. Montijo Alfaiate(s), 22, 30, 105, 169, 185, 237, 279 Alhandra, 3, 32, 141 Alhandro, Diogo (rendeiro),224, 28, 304 Almada, 55 Almocreve(s), 7, 8, 9, 10, 13, 14, 22, 66, 67, 69, 69, 72, 73, 137, 150, 186, 190, 193, 194, 209, 227, 260, 262, 269, 271, 301, 309 Almotaçaria (renda da), 42, 54, 58, 156, 157, 159, 160, 224, 233 Almotacé(s), 4, 11, 16, 17, 19, 23, 28, 31, 43, 54, 64, 71, 76, 78, 82, 83, 88, 90, 97, 106, 121, 122, 124, 128, 131, 135, 136, 139, 144, 146, 147, 150, 152, 176, 180, 184, 187, 191, 199, 200, 205, 213, 214, 215, 216, 217, 219, 234, 236, 240, 241, 248, 254, 256, 257, 262, 265, 267, 273, 278, 303 Almoxarifado (escrivão do), 271 Almoxarife (Monte do), 255 Almude, 179 Alqueire(s), 32, 75, 87, 98, 107, 116, 138, 156, 169, 176, 228, 258, 298 Altamia, 2 Alvará, 84, 98, 99, 111, 117, 118, 126, 187 Álvares, Afonso, 91 Álvares, André (almotacé), 71, 100, 126, 128, 243, 244, 268 Álvares, António, 21 Álvares, Bastião (quadrilheiro e alcaide), 22, 30, 40 Álvares, João (alfaiate, cargo dos pesos do ouro), 237, 279 Álvares, João (almocreve), 30, 73, 226 Álvares, João (porteiro), 15, 30, 42, 79, 94, 105, 122, 126, 138, 153, 155, 222, 224, 239, 264, 281 Álvares, João (quadrilheiro da Rua da Judiaria), 22 Álvares, João (quadrilheiro da Rua do Negas), 22, 169 Álvares, João (taipeiro, vereador), 87, 110, 196, 243, 279, 281, 282, 286, 288, 292, 294, 295, 300, 304, 306, 307, 308, 310, 311 Álvares, Manuel (corregedor), 79 Álvares, Mateus (barqueiro de Sarilhos), 74 Álvares, Miguel (da Ribeira de Canha - quadrilheiro), 176 Álvares, Pedro (quadrilheiro e alcaide), 22, 46, 70, 87, 100, 105, 122, 124 Álvares, Pelonário (quadrilheiro), 22, 169 Álvares, Simão, 62 Amarante, 118

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Amoreira, 63, 65, 125 Antónia, 27 António (mancebo de André Botelho), 210 António (mancebo de Francisco Fernandes Rosado), 51 António (mancebo de Frutuoso de Campos), 60 Apelações, 37 Arca (do concelho), 180, 184, 187, 191, 199, 200, 205, 213, 216, 220, 223, 240, 256, 262, 265, 267 Arco, Rua do, 22, 169 Arneiro do Pereiro V. Pereiro, Arneiro do Arneiros, 63, 78, 89, 97, 106, 186, 206, 228, 249, 253, 257, 270, Arrabalde, 22, 27, 158, 169, 215, 267 Arraias, 239 Arrais(ses), 77, 81, 169, 176, 198, 230, 287, 288 Arrátel(eis), 33, 42, 151, 157, 160, 172, 176, 224, 233 Arredores, 85 Arrematação(ões), 42, 102, 148, 156, 157, 159, 160, 169, 179, 206, 224, 258, 281, 282 Arrendamento, 12, 51, 54 Arrieiro, 24, 131, 180, 181, 278 Arroz, 172 Asno, 32 Asseiceira, 161 Atafonas, 75 Ataíde, D. António de V. Castanheira, 1º Conde da Atum, 172 Audiências, 16, 57 Avaliação, 1, 87, 125, 310 Avaliadores, 87, 310 Avé-marias, 57, 274 Avelar, João de (vereador), 1, 2, 4, 5, 6, 11, 12, 20, 23, 25, 27, 28, 29, 32, 33, 38, 100 Avelãs, 172 Avis, 18 V. tb. Mestrado de Avis Avis, cruzes de, 120 Azeite, 26, 39, 52, 57, 103, 109, 141, 173, 174, 216, 219, 232, 245, 250, 251, 285, 299 Azeitona, 214, 277 Azenha(s), 10, 34, 51, 53, 60, 110, 113, 171, 209, 210, 227, 269 V. tb. Moinhos Azenha de Magos V. Magos, Moinho de Azenha do Serrão

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V. Serrão, Azenha do Azenha dos Fidalgos V. Fidalgos, Azenha dos Baixo, Vale de, 161 Balança(s), 80, 105, 161, 176, 188, 192 Baldias, 282 Baracho, António (almotacé, vereador, juiz ordinário), 90, 97, 135, 136, 148, 154, 162, 167, 172, 177, 178, 182, 187, 188, 194, 195, 197, 200, 201, 208, 212, 243, 300, 304, 310 Baracho, António (de Coruche), 243, 244, 247, 254, 310 Baracho, António, o Moço, 281 Baracho, Pedro Álvares (vereador), 154, 155, 156, 157, 158, 161, 162, 167, 169, 172, 175, 176, 177, 178, 179, 180, 181, 182, 183, 184, 185, 187, 188, 189, 191, 194, 195, 197, 198, 205, 206, 207, 208, 211, 212, 213, 214, 215, 217, 218, 219, 221, 243 Barbosa, Lic. Afonso (do Desembargo do Paço, ouvidor do Mestrado de Avis), 305 Barca(s), 77, 81, 108, 169, 176, 198, 230, 271, 287, 288 Barcieira, 54 Barco, 101, 125, 218 Barda, 57, 222 Barqueiro(s), 22, 30, 74, 77, 81, 108, 169, 185, 194, 198, 211, 227, 230 Barreiro, 81, 198 Barrosa, 3, 22, 62, 91, 96, 105, 107, 159, 161, 169, 187, 215, 218, 274, 303 Basto(?), Olival, 242 Bateiras, 14 Batel(éis), 176, 218, 271 Benavente, 1, 3, 7, 8, 9, 13, 16, 21, 24, 26, 30, 32, 34, 35, 36, 39, 41, 44, 45, 46, 48, 51, 52, 53, 60, 62, 66, 67, 68, 69, 72, 73, 74, 77, 81, 91, 92, 96, 103, 104, 109, 110, 112, 113, 119, 141, 159, 160, 163, 164, 165, 166, 168, 169, 170, 171, 173, 174, 181, 196, 198, 202, 209, 210, 226, 230, 231, 232, 233, 245, 246, 247, 250, 251, 260, 261, 263, 269, 284, 285, 287, 288, 291, 296, 297, 299, 301 Bernaldez, Paulo (físico), 55, 130, 201, 243, 290, 305 Besta(s), 7, 8. 9, 10, 13, 16, 35, 60, 66, 67, 68, 69, 72, 73, 107, 110, 112, 113, 125, 137, 145, 166, 170, 171, 186, 190, 192, 193, 194, 196, 202, 210, 226, 227, 231, 252, 255, 269, 284, 285, 296, 301 Bezerros, 161, 242 Bitola (do concelho), 161, 172, 175 Boi(s), 3, 5, 6, 14, 15, 21, 24, 36, 50, 61, 62, 64, 91, 92, 93, 95, 101,

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125, 126, 140, 144, 145, 150, 208, 235, 239, 255, 289, 293, 304 Boieiro(s), 17, 54, 129, 145 Bois da lavoura, 150 Bois de cingel, 126, 208, 304 Bois dos fornos, 93, 95, 140, 208, 304 Bolo, 227 Bolsa (dos pelouros), 38, 121, 220 Bom Cavalinho, Vale de, 6 Borlano (alcunha), 169 Botelhadas, 102, 282 Botelho, André (cargo da balança e dos pesos do ouro), 30, 39, 80, 103, 126, 161, 173, 192, 210, 231, 243, 245 Botelho, António (almotacé), 248 Botelho, mestre Rodrigo, 243, 255, 300 Boticário, 31, 54, 130, 179, 200, 270, 279 Brandão, Diogo (rendeiro), 107 Brás, João (pedreiro), 120 Bulas Apostólicas, 117 Bulhão, João Rodrigues (juiz ordinário, vereador, recebedor e vedor da obra da ponte, almotacé),1, 2, 5, 6, 11, 12, 15, 16, 22, 23, 25, 27, 28, 29, 30, 32, 33, 38, 55, 80, 82, 83, 100, 101, 105, 106, 107, 108, 114, 115, 121, 126, 133, 134, 135, 143, 149, 177, 201, 243, 244, 247, 256, 270, 276, 277, 279, 280, 286, 289, 290, 292, 293, 294, 295, 297, 298, 300 Caboucos, 177 Cabral, António (tesoureiro do cofre dos órfãos, avaliador da peita), 1, 27, 29, 30, 36, 55, 89, 148, 177, 181, 189, 201, 244, 300, 304, 310 Cabras, 50, 71, 105, 161, 167, 176 Cabreiro, 169, 215, 267 Cábula (alcunha), 62 Caça, 185 Cadeia, 2, 6, 15, 33, 50, 54, 57, 63, 64, 71, 85, 86, 105, 106, 108, 126, 129, 132, 141, 151, 153, 158, 161, 169, 172, 185, 186, 194, 214, 217, 222, 228, 232, 253, 255, 257, 266, 289, 304, 306, 308 V. tb. Prisão Cal, 42, 85 Calado (alcunha) V. Dias, António (o Calado), 22, 169 Calçada(s), 16, 20, 30, 54, 57, 77, 106, 186, 263, 270, 282 Campos, Frutuoso, 60 Campos, Vicente de (juiz ordinário, almotacé, rendeiro), 64, 80, 82, 83, 87, 167, 181, 187, 189, 201, 213, 224, 258, 267, 290

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Cana, 106 Canada(s), 54, 141, 157, 160, 172, 179, 216, 219, 224, 233, 302 Canastras, Rua das, 125 Canga, 50 Canha, 22, 34, 48, 51, 60, 92, 169, 176, 203, 204, 223, 228, 295 Cão(ães), 20, 185, 195 Capela de São Bartolomeu V. São Bartolomeu, Capela de Capelão, 270 Carnal (Carnaval), 291 Carne, 33, 37, 85, 151, 152, 158, 164, 165, 168 Carneiros, 18, 21, 291, 297 Carniçaria, 83, 86 Carniceiro, 85, 86, 283 Carpinteiro, 22, 169 Carreiro, 22, 150, 169 Carretas, 54, 98, 255 Carreteiros, 98, 99, 194 Carril(is), 224, 270, 282 Carro(s), 23, 54, 194, 255, 304 Carta de privilégio, 50, 54 Carta de vizinhança, 3, 18, 21, 24, 36, 62, 91, 92, 96 Carvalho, Álvaro (recebedor das sisas, criado do Conde da Castanheira, barqueiro), 43, 78, 230, 279 Carvalho, António, 62 Carvalho, Jerónimo, 243 Carvalho, João (almotacé), 22, 24, 30, 31, 62, 76, 122, 124, 126, 138, 180, 181, 187, 243, 265, 268 Carvão, 32, 101, 176 Castanhas piladas, 114 Castanheira, Conde da, 1º, D. António de Ataíde, 1, 70, 78, 115, 181, 187, 189, 215 Cativas V. Escravas cativas Cativos V. Escravos cativos Cavalinho V. Bom Cavalinho, Vale de Cavalo(s), 227, 232 Cavalos, Lezíria dos, 54, 79, 102, 125, 126, 129, 224, 237, 258, 281, 311 Cegonheiras, 161, 176 Ceitis, 98, 176 Ceivar, 255 Celeiro(s), 63, 65, 125, 194, 271 Centeio (alcunha), 22

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Centeio(s), 64, 70, 75, 89, 107, 114, 116, 122, 272 Cepa(s), 101, 214 Cera, 42, 157, 160, 224, 233 V. tb. Selos do concelho Cereais, 217, 307 Cerveira, Manuel (contador da comarca de Setúbal), 310 Cevada, 81, 98, 198, 232 Chapéu, 38, 154, 220 Charrua(s), 121, 281 Chaveiro, Álvaro (quadrilheiro), 22, 23, 126, 148 Chave(s), 38, 100, 121, 154, 220 Cheias, 57 Chinchas, 125 Cifalo (alcunha), 62 Cingel V. Bois de cingel Coelheiros, Vale dos, 54 Coelho, Luís (almotacé, vereador), 11, 30, 55, 62, 82, 83, 89, 100, 115, 138, 139, 187, 189, 212, 213, 214, 215, 216, 217, 218, 219, 220, 221, 222, 223, 224, 225, 228, 229, 232, 237, 239, 240, 242, 244, 247, 249, 253, 254, 256, 257, 258, 259, 268, 274, 275, 276, 277, 278, 279, 280, 281, 290, 300, 303, 304 Coelhos, 185 Cofre, 29, 38, 79, 100, 121, 122, 128, 131, 135, 139, 144, 146, 150, 152, 154, 220, 279 Coima(s), 5, 20, 54, 89, 94, 97, 114, 116, 121, 122, 137, 175, 203, 266, 277, 311 V. tb. Multas Colheita(s), 43, 70, 105 Colmeias, 182, 191 Comarca (de Setúbal), 1, 177, 310 Comedia, 142 Comedoria, 89 Comércio, 152 Confirmação, 47, 106, 123, 124, 155, 162, 225, 286 Confrarias, 289 Contador, 1, 310 Corredouros, 102 Corregedor (da Corte), 79, 294 Correia, Álvaro, 62 Correia, Bernaldo, 100 Correia, Diogo (almotacé, juiz ordinário), 17, 82, 88, 135, 152, 181, 184, 187, 189, 212, 220, 225, 227, 228, 229, 232, 234, 237, 240, 241, 242, 244, 247, 248, 249, 254, 256, 257, 268, 270, 271, 272, 273, 276

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Correia, Gaspar (quadrilheiro e couteiro), 22, 30, 50 Correia, Lic. António (ouvidor do Mestrado de Avis), 203, 225 Correia, Manuel, 288 Correia, Pedro (quadrilheiro da Rua do Pinheiro), 22, 30, 36, 169, 243 Correição, 126, 203 Corte do Rouco V. Rouco, Corte de Cortes, 275 Cortes de Dona Catarina V. Dona Catarina, Cortes de Cortes de Mestre Rodrigo Botelho V. Mestre Rodrigo Botelho, Cortes de Cortiço, Fonte do, 161 Cortiços V. Colmeias Coruche, 16, 120, 126, 243, 244, 247, 254, 310 Costa, Aires da, 24 Costa, Estêvão da, 83 Couro, 49 Couteiro, 50, 144 Coutos, 7, 8, 9, 13, 66, 67, 68, 69, 72, 73, 93, 144, 182, 191, 208, 291, 297, 304 Criado, 48, 60, 78 Crime, 247, 303 Cristão, Miguel (almotacé), 131 Cruzados, 70, 79, 94, 98, 107, 115, 127, 142, 178, 179, 182, 194, 208, 211, 222, 224, 228, 238, 239, 243, 271, 297, 311 Cruzes de Avis V. Avis, cruzes de Cunha (alfaiate, quadrilheiro), 22, 30, 169 Cunha, João da (quadrilheiro), 22, 62, 126, 169 Cunha, Simão da, 243 Curral, 42, 116, 145, 242, 257, 277, 289 Curro, 63, 65, 87, 95, 125 Curro Novo, Rua do, 169 Degredo, 70, 111, 127, 142, 178, 182, 211, 247, 254, 297 Delgado (alcunha), 22 Demandas, 175, 203 Desembargadores, 149 Desembargo do Paço, 1, 16, 57, 79, 85, 127, 133, 177, 305 Despacho, 94, 149 Despedimento, 201, 218 Devassa, 98, 99, 121, 143 Dias, Ana, 87

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Dias, António (barqueiro do Barreiro), 81, 198 Dias, António (de Salvaterra), 239 Dias, António (marchante de Lisboa), 92, 96 Dias, António, o Calado, 16, 22, 92, 169 Dias, Brás (quadrilheiro da Ribeira de Canha), 203 Dias, Cristóvão (quadrilheiro), 22, 91, 148 Dias, Diogo, o Pinto (quadrilheiro), 22, 30, 148, 169 Dias, Estácio (quadrilheiro), 148, 169, 202 Dias, Fernão (almotacé, almocreve), 21, 27, 71, 126, 128, 171, 193, 218, 220, 234, 236, 273, 276, 279, 284, 290, 303 Dias, Francisco (almotacé, rendeiro), 90, 91, 121, 122, 126, 189, 199, 224, 243, 244, 268, 273 Dias, Gaspar (almotacé, rendeiro, vereador), 4, 24, 27, 76, 102, 113, 143, 150, 154, 155, 156, 157, 158, 161, 162, 169, 172, 175, 176, 177, 178, 179, 180, 181, 182, 183, 185, 186, 187, 188, 189, 191, 194, 195, 199, 200, 201, 212, 269, 270, 276, 300, 302, 304, 305, 306, 307, 308, 311 Dias, Isabel, 45, 165 Dias, Jerónimo (guardador da Barrosa), 215 Dias, João (mancebo de Gaspar Fernandes), 35 Dias, Leonor, 144 Dias, Mateus (quadrilheiro, rendeiro e estalajadeiro), 22, 58, 159, 160, 232 Dias, Pedro (marchante de Vila Franca de Xira), 24 Dias, Pedro (quadrilheiro e guardador da Várzea), 22, 24, 30, 183, 228, 279 Dias, Rodrigo (genro de Isabel Dias), 45, 126, 165 Dona Catarina, Cortes de, 255 Dona Franca, Vale de, 161 Dona Francisca, Vale de, 145 Durão, Pedro V. Pedro Durão

191, 181, 100, 167, 184, 208, 310,

157, 148,

Eanes, Álvaro (da Barrosa), 22, 92, 96 Eanes, Fernão de (quadrilheiro, barqueiro, pescador), 169, 175, 227 Eanes, Francisco (alcaide, recebedor das sisas), 121, 144, 168, 169 Égua(s), 5, 6, 14, 15, 50, 61, 126, 129, 144, 235, 237, 255, 289 Eguariço, 54, 129 Éguas, Lezíria das, 102, 224, 258, 281 Eleição(ões), 38, 79, 80, 100, 115, 121, 123, 143, 154, 189, 195, 208, 212, 220, 223, 225, 228, 229, 244, 247, 276, 279, 300, 305, 310 Eleitores, 203, 310

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Embarcadouro, 186 Embargo, 307 Empréstimo, 79 Encampação, 12 Escambo, 65 Escravas cativas, 108, 161, 169, 172 Escravos cativos, 53, 107, 188, 287 Escudeiro, 84 Esmolas, 117 Espigão, 57, 222 Espigas, 194, 257 Espingarda, 289 Estalagens, 232 Estalajadeiro, 232 Esteiro(s), 14, 20, 186 Esteiro das Bateiras, 14 Esteiro de Maramacha (?), 14 Esteiro do Ferilhão, 14 Esteiros da banda d’além das Somas, 20 Esteiros das Pontinhas, 20 Esterilidade, 138, 145, 150 Estimo, 116 Estrangeiros, 111 Estrebaria, 232 Évora, Rua de, 22, 169 Examinadores de arraises, 169 Fanga, 214 Farol, 57 Fato (de gado), 105, 106 Favas, 2 Fechadura(s), 100, 220 Feitor, 70, 115, 167 Ferilhão, 56, 129, 224. 282 Ferilhão, Esteiro do V. Esteiro do Ferilhão Fernandes, Afonso (da Barrosa), 159, 160 Fernandes, Afonso (o Mora), 62 Fernandes, Afonso (quadrilheiro, almocreve), 7, 22, 69, 169 Fernandes, Álvaro (recebedor das sisas), 274, 303 Fernandes, António (carpinteiro e quadrilheiro), 169 Fernandes, António (do Arrabaldo - quadrilheiro, cabreiro), 169, 215, 267 Fernandes, António (ferreiro, recebedor das sisas), 22, 63, 87, 169, 215, 222, 239, 240 Fernandes, António (quadrilheiro, barqueiro, examinador de arrai-

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ses), 22, 30, 77, 169 Fernandes, António (quadrilheiro da Ribeira de Canha), 169 Fernandes, Bartolomeu (de Lisboa), 91 Fernandes, Balchior (quadrilheiro), 22, 30 Fernandes, Brás, 3, 279 Fernandes, Clemente, 92 Fernandes, Cosmo (almotacé), 3, 21, 30, 146, 147, 148, 149, 167, 181, 187, 189, 212, 248, 254, 300 Fernandes, Custódio (almotacé, vereador), 31, 138, 152, 181, 199, 220, 222, 223, 224, 225, 227, 228, 229, 232, 235, 236, 237, 239, 240, 242, 243, 247, 248, 249, 253, 254, 255, 256, 257, 258, 259, 262, 263, 264, 265, 266, 267, 270, 271, 272, 273, 274, 275, 278, 279 Fernandes, Diogo (almocreve), 8, 30, 53, 68, 164, 166, 190, 209 Fernandes, Diogo (criado de André Fernandes de Magalhães), 48 Fernandes, Diogo (quadrilheiro, forneiro), 22 Fernandes, Domingos (eleitor da Ribeira de Canha), 203 Fernandes, Domingos (forneiro, quadrilheiro, recebedor das sisas, procurador do número), 3, 21, 22, 30, 78, 92, 97, 108, 126, 138, 175, 177, 181, 238 Fernandes, Domingos (tanoeiro do Porto), 141 Fernandes, Domingos (tendeiro), 22, 26 Fernandes, Ensenso (quadrilheiro), 22, 306 Fernandes, Gomes (quadrilheiro), 22, 169 Fernandes, Gonçalo (almocreve e quadrilheiro), 13, 22, 30, 66, 148, 169 Fernandes, Francisco (quadrilheiro da Rua de Santiago), 169 Fernandes, Francisco (sapateiro e quadrilheiro), 22, 169 Fernandes, Gaspar (almocreve, procurador, almotacé), 9, 10, 35, 72, 79, 80, 83, 100, 126, 148, 154, 155, 156, 157, 158, 161, 164, 167, 169, 172, 175, 176, 177, 178, 179, 180, 181, 182, 183, 184, 185, 186, 187, 188, 189, 191, 194, 195, 201, 203, 205, 206, 207, 208, 212, 213, 214, 215, 216, 217, 218, 219, 220, 221, 234, 279, 309 Fernandes, Gaspar (ferreiro), 27 Fernandes, Gaspar (quadrilheiro), 22 Fernandes, Gaspar (taipeiro, recebedor das sisas), 274 Fernandes, Henrique, mulato (quadrilheiro, recebedor das sisas), 22, 62, 164, 166, 169, 215, 223 Fernandes, João (arrais do Barreiro), 81, 198 Fernandes, João (da Barrosa), 187 Fernandes, João (sapateiro de couro), 30, 49, 148, 169 Fernandes, João, o Cábula (guardador de terras), 62, 89 Fernandes, João, o Prazeres (quadrilheiro), 22, 30 Fernandes, Manuel (quadrilheiro), 22 Fernandes, Martim (quadrilheiro de Canha), 22, 92

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Fernandes, Mateus (almotacé, vereador, rendeiro e juiz), 1, 17, 19, 38, 40, 43, 47, 54, 55, 56, 57, 59, 61, 63, 64, 65, 70, 71, 74, 75, 76, 79, 80, 82, 87, 88, 89, 90, 93, 94, 100, 102, 121, 122, 123, 124, 125, 126, 127, 128, 129, 130, 131, 132, 133, 134, 135, 143, 144, 145, 146, 147, 148, 149, 150, 151, 152, 153, 154, 177, 187, 240, 241, 243, 247, 270, 279, 286, 297, 305 Fernandes, Matias (quadrilheiro e guardador das terras do centeio), 22, 89, 230 Fernandes, Miguel (boticário e almotacé), 31, 54, 130, 179, 200, 270, 279 Fernandes, Miguel, o Carvalho (do Arrabalde - recebedor das sisas), 22, 100, 143, 148, 158, 165, 169, 170, 243, 268 Fernandes, Pedro (carpinteiro e quadrilheiro), 22, 30, 126, 148, 169, 243 Fernandes, Pedro (da Barrosa), 91 Fernandes, Simão (feitor da Quinta da Foz), 70, 115, 167 Fernandes, Vasco (arrieiro, almotacé), 24, 31, 131, 132, 138, 180, 181, 224, 243, 254, 268, 270, 278 Ferrador, 32 Ferreiro(s), 27, 63, 87, 101, 169, 185, 215, 222, 239, 240 Fiança(s), 10, 34, 35, 48, 51, 53, 60, 74, 81, 110, 112, 113, 158, 159, 160, 164, 165, 166, 168, 169, 170, 171, 179, 180, 198, 209, 210, 226, 230, 231, 233, 253, 269, 284, 296, 301 Fidalgos, Azenha dos, 53, 171, 209 Figo (alcunha), 22 Filipe, Diogo (quadrilheiro, pescador), 148, 169, 175 Finta, 20, 138 Físico, 55, 130, 201, 218, 243, 290, 305 Fome, 150 Fonte, 132 Fonte do Cortiço V. Cortiço, Fonte do Fonte do Sreixo V. Seixo, Fonte do Forneiro, 22, 78, 97, 108 Forno(s), 85, 125 Fornos, bois dos V. Bois dos fornos Foro(s), 79, 169, 258 Foz, Quinta da, 70, 161, 167 Frade, Manuel (olival de), 242 França, horta do, 145 França, Monte do, 158 Freixos, 23 Fróis, António Dias (vereador, juiz ordinário), 1, 2, 4, 5, 6, 20, 22, 23, 25, 29, 30, 31, 32, 33, 38, 100, 106, 123, 124, 125, 126, 127, 130, 131, 132, 133, 134, 135, 136, 137, 139, 141, 142, 144,

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145, 148, 149, 152, 154 Furões, 185 Gado(s), 3, 5, 6, 7, 8, 9, 13, 14, 15, 17, 20, 21, 23, 24, 30, 32, 36, 50, 54, 56, 61, 62, 63, 64, 66, 67, 68, 69, 71, 72, 73, 78, 91, 92, 93, 96, 105, 106, 114, 115, 116, 121, 125, 126, 129, 137, 144, 145, 150, 161, 167, 181, 182, 183, 185, 186, 189, 195, 235, 237, 239, 242, 249, 253, 257, 268, 272, 275, 289, 290, 292, 297, 304, 308 Gafeira, 107, 186 Gaio, João, 43, 107 Galinhas, 157 Gama, Luís da (Monte de), 161, 176 Garrocheira, 150, 228, 268 Gaspar, Diogo (provedor dos órfãos), 29 Gastão, Lic. Diogo (do Desembargo do Paço, provedor), 1, 127, 133, 177 Gazela, Pedro Fernandes (quadrilheiro, recebedor das sisas), 22, 158, 169 Gomes, Álvaro (quadrilheiro e couteiro pequeno), 22, 62, 144 Gomes, Ambrósio (porteiro da Ribeira de Canha), 34, 203, 223, 228, 295 Gomes, Fernão, 148 Gomes, Francisco (recebedor das sisas), 274 Gomes, Gaspar (marchante de Lisboa), 62 Gomes, João (quadrilheiro e recebedor das sisas), 22, 27, 30, 92, 121, 144, 169, 274 Gomes, padre Domingos (capelão da capela de São Bartolomeu), 270, Gomes, Pedro (quadrilheiro e monteiro), 22, 30, 54 Gonçalves, Afonso (quadrilheiro), 22, 30, 169 Gonçalves, Alexandre, 101, 134 Gonçalves, Álvaro, 148 Gonçalves, Álvaro (marchante de Lisboa), 21 Gonçalves, António, 22 Gonçalves, Baltasar (quadrilheiro), 22, 30, 169 Gonçalves, Domingos (almocreve, quadrilheiro), 22, 34, 48, 126, 169, 260, 269 Gonçalves, Isabel, 27 Gonçalves, Marcos (quadrilheiro, taberneiro), 22, 44, 104, 163, 164, 169, 246 Governação, 27, 100, 143, 189, 244 Grão, 10, 34, 35, 48, 51, 53, 60, 74, 81, 112, 113, 171, 198, 209, 210, 226, 227, 231, 269, 284, 296, 301 Guardador(es), 89, 116, 122, 183, 215, 228 Henriques, Brás (quadrilheiro), 169 Henriques, Gião (quadrilheiro), 169

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Henriques, Pedro (quadrilheiro), 22, 100 Henriques, Vicente (quadrilheiro, guardador da Várzea), 169, 183 Homens-de-pé, 84 Horta(s), 304, 306 Horta, Afonso Álvares da (recebedor das sisas), 215, 256 Horta do França V. França, horta do Hospital, 130 Igreja, 83 Imposição, 135, 138, 148, 177, 179, 302 Informadores, 279 Invernadas, 57 Inverno, 57, 75 Jorge (mancebo), 113 Jorge, Ambrósio, 112 Jorge, Diogo (quadrilheiro), 169 Jorge, Maria, 27 Jorge, Pedro (almotacé, juiz, verador), 3, 62, 90, 100, 115, 116, 120, 121, 122, 123, 167, 181, 189, 205, 220, 221, 222, 223, 224, 225, 227, 228, 232, 234, 235, 237, 239, 242, 243, 244, 247, 248, 249, 253, 255, 257, 258, 259, 263, 264, 265, 266, 267, 268, 270, 271, 272, 273, 274, 275, 276, 277, 278, 279, 280, 290 Judiaria, porto da, 78 Judiaria, Rua da, 22, 169 Juiz da vintena (de Canha), 203, 204, 223, 295 Juiz de fora (do mestrado de Avis), 106 Juramento(s), 20, 38, 49, 50, 54, 228, 293 Lagares, 274 Lagoa de Mantela V. Mantela, Lagoa de Lançada (concelho do Montijo), 81 V. tb. Montijo Lavoura, 14, 20, 30, 61, 126, 144, 150, 228, 308, 311 Lavrador(es), 20, 56, 101, 121, 138, 194, 228, 281 Lebres, 185 Leitão, Miguel (almotacé), 205, 209, 212, 265, 279 Lencastre, D. Luís de, alcaide-mor, 108, 253 Lenha, 108, 150, 207, 211, 214 Lezíria(s), 5, 54, 79, 93, 102, 125, 126, 129, 183, 224, 237, 255, 258, 281, 311 Lezíria das Éguas V. Éguas, Lezíria das Lezíria do Poço

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V. Poço, Lezíria do Lezíria do Poço Velho V. Poço Velho, Lezíria do Lezíria dos Cavalos V. Cavalos, Lezíria dos Limitação da vila, 57, 120 Lisboa, 21, 62, 83, 84, 91, 92, 96, 100, 107, 111, 117, 118, 127, 141, 189, 287 Lisboa, Rua de, 22, 169 Listas (dos oficiais da Câmara), 121, 240, 279 Livro das posturas, 259 Livro dos achados, 289 Livro dos acordos, 84 Lobato, Diogo (recebedor das sisas), 121 Lobos, 268 Logradouro de vacas, 115 Lopes, Afonso, 92 Lopes, Afonso (da Ribeira de Canha), 203 Lopes, Álvaro, 62 Lopes, Álvaro (o da horta - recebedor das sisas), 158 Lopes, António (quadrilheiro, almotacé), 22, 126, 138, 139, 148, 240, 241, 243 Lopes, Cosmo (quadrilheiro, barqueiro), 22, 77, 81, 169, 243 Lopes, Duarte (procurador do concelho, siseiro), 79, 283, 291, 297, 300 Lopes, Fernão (carreiro, quadrilheiro, almocreve, alcaide substituto), 22, 58, 169, 234, 301 Lopes, Fernão (quadrilheiro), 22, 169 Lopes, Francisco (quadrilheiro da Rua de Lisboa), 22 Lopes, Francisco (quadrilheiro da Rua de Santiago), 22 Lopes, Francisco (rendeiro), 42, 148 Lopes, Gaspar, 27 Lopes, Gonçalo, 30, 105, 126, 130, 138, 143, 148, 161 Lopes, Henrique (almotacé, juiz ordinário), 1, 21, 28, 29, 63, 65, 90, 125, 126, 130, 132, 133, 143, 148, 150, 154, 162, 167, 169, 175, 176, 177, 179, 180, 181, 183, 184, 186, 187, 195, 197 Lopes, Lourenço Jorge (reformador da Ordem de Avis), 120 Lopes, Luís (quadrilheiro, almocreve, rendeiro, alcaide da vila), 22, 67, 157, 159, 160, 224, 233, 294, 300 Lopes, Maria, 27 Lopes, Simão (sapateiro, quadrilheiro), 38, 148, 169 Louça, 141 Lourenço, André (quadrilheiro), 169 Lourenço, Gaspar (escrivão substituto), 27, 36, 76, 82, 83, 100, 115, 131, 133, 134, 135, 136, 137, 138, 143, 183, 184, 201 Lourenço, Tomé (vereador), 279, 281, 282, 286, 289, 290, 292, 293,

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294, 295, 297, 298, 300, 304, 305, 306, 307, 308, 310, 311 Lucas, Álvaro (almocreve, almotacé, juiz ordinário, avaliador da peita), 1, 4, 14, 27, 30, 55, 57, 62, 64, 85, 89, 100, 106, 107, 108, 114, 115, 120, 121, 122, 125, 126, 127, 129, 130, 133, 135, 137, 138, 140, 143, 146, 147, 148, 149, 150, 151, 153, 270, 304, 310 Lucas, André (vereador, juiz ordinário), 1, 27, 38, 40, 42, 43, 47, 49, 50, 54, 55, 56, 57, 61, 63, 64, 65, 70, 71, 78, 79, 87, 89, 90, 93, 95, 97, 100, 121, 125, 220, 225, 228, 229, 235, 243, 244 Luís, infante D., 89 Machada, Andreia, 27 Madeira, 263 Magalhães, André Fernandes (moleiro da Ribeira de Canha), 48 Magos V. Salvaterra de Magos Magos, moinho de, 35, 112, 166, 170, 226, 231 Maia, Simão, 175 Manceba, 27 Mancebo(s), 10, 35, 51, 110, 113, 171, 210, 226, 231, 284, 296, 301 Mangra, 307 Mantela, Lagoa de, 64, 145 Manuel, João (quadrilheiro), 22, 30 Mãos-cheias V. Maunças Mar, 111, 176 Marachão, 23 Maramacha (?), esteiro de V. Esteiro de Maramacha (?) Marchante, 3, 21, 24, 36, 62, 92, 96 Marcos (de limitação), 16, 57, 120 Martins, Álvaro (quadrilheiro), 22 Martins, António (quadrilheiro, carpinteiro), 22 Martins, Bastião, 165 Martins, Brás (quadrilheiro), 22, 169 Martins, doutor Fernão (físico), 55, 130 Mato(s), 268, 270 Mato, renda do, 42, 54, 156, 157, 159, 160, 224, 233 Maunças, 194, 257 Médico V. Físico Medidor da azeitona, 214 Mendes, Aleixo (quadrilheiro), 30, 169, 170 Mendes, Lourenço (quadrilheiro, almotacé, recebedor das sisas, procurador do concelho), 22, 24, 91, 130, 158, 169, 220, 221, 222,

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223, 224, 225, 227, 232, 233, 234, 235, 237, 239, 240, 242, 243, 244, 247, 249, 255, 258, 259, 262, 263, 266, 268, 270, 272, 275, 279, 280, 282, 303 Mendes, Manuel, 279 Mesa da Consciência, 117, 118, 149 Mestrado de Avis, 16, 38, 47, 57, 84, 85, 94, 106, 117, 118, 120, 121, 155, 162, 203, 222, 225, 286, 305 Mestrado de Santiago, 1, 127 Mestre(s), 141, 177, 243, 255, 263, 300 Mestre Rodrigo Botelho, Cortes de, 255 Milho, 81, 198 Misericórdia, 83 Moenda(s), 34, 48, 74, 75, 81, 198, 217, 269, 296, 301 Moinho(s), 35, 74, 81, 85, 112, 166, 170, 198, 226, 231 V. tb. Azenhas Moinho de Magos V. Magos, moinho de Moinho do Vento V. Vento, moinho do Moinhos de João de Olvedo V. Olvedo, João de (moinhos de) Moio(s), 55, 83, 86, 89, 98, 107, 130, 243, 258, 271 Moleiro, 48, 75 Monte, 125 Monte de Luís da Gama V. Gama, Luís da (Monte de) Monte do Almoxarife V. Almoxarife, Monte do Monte do França V. França, Monte do Monteiro, 54 Montijo, 74, 81, 198 Mora (alcunha), 62, 158 Morato, Ana, 22, 62 Moreira, Vale da, 161 Moreno, João (marchante de Vila Nova do Barqueiro de Ribatejo), 36 Moreno, João Álvares (porteiro substituto), 239, 264 Moreno, Pedro Álvares (rendeiro), 42, 58 Mulato, 22 Multa(s), 15, 16, 32, 43, 50, 54, 56, 70, 71, 75, 77, 93, 95, 98, 101, 106, 107, 129, 132, 137, 140, 141, 142, 153, 158, 161, 169, 172, 175, 176, 178, 182, 185, 188, 194, 201, 207, 208, 211, 214, 216, 217, 218, 228, 232, 238, 239, 243, 249, 257, 274, 289, 302, 306, 308 V. tb. Coimas

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Negas, Rua do, 22, 169 Nomeação, 4, 11, 16, 17, 19, 23, 25, 27, 28, 29, 31, 40, 42, 43, 54, 64, 71, 76, 78, 79, 80, 82, 88, 89, 90, 105, 107, 121, 122, 126, 128, 131, 133, 135, 139, 144, 146, 150, 152, 155, 158, 161, 169, 175, 176, 180, 184, 187, 191, 199, 200, 203, 205, 213, 214, 215, 216, 218, 221, 223, 234, 237, 239, 240, 243, 248, 254, 256, 262, 264, 265, 267, 273, 274, 278, 281, 294, 295, 303 Nossa Senhora da Estrela, Peditório de, 118 Nossa Senhora da Graça, Peditório de, 118 Nunes, Henrique (quadrilheiro, alcaide substituto), 169, 237, 238 Obra(s), 1, 30, 79, 101, 108, 127, 133, 134, 138, 148, 177, 263, 302 Obrigação, 7, 8, 9, 13, 26, 32, 39, 41, 42, 44, 45, 46, 52, 66, 67, 68, 69, 72, 73, 77, 103, 104, 108, 109, 119, 163, 173, 174, 190, 192, 193, 196, 202, 232, 245, 246, 250, 251, 252, 260, 261, 263, 285, 287, 288, 291, 296, 297, 299, 301, 309 Oficiais, 1, 16, 38, 57, 94, 108, 145, 149, 153, 154, 157, 160, 181, 218, 220, 224, 232, 271, 279, 283 Oleiro (alcunha), 169 Oleiros, Rua dos, 22, 169 Olival(ais), 93, 95, 161, 180, 182, 208, 242, 277, 289, 291, 297, 304 Olvedo, João de (moinhos de), 74 Onças, 161, 298 Ordenação, 203, 208 Órfãos, 29, 79, 133, 177 Órfãs e Penitentes, Peditório das, 118 Orgão (do poço), 263 Ornamento da Igreja, 83 Ouro, 80, 94, 105, 135, 161, 192, 237 Ouvidor, 16, 27, 38, 47, 54, 57, 84, 85, 86, 94, 106, 117, 118, 121, 123, 126, 143, 155, 161, 162, 203, 222, 225, 286, 305 Ouvidoria, 117 Ovas (de peixe), 161 Ovelhas, 50, 71, 105, 115, 161, 167, 176, 187, 189 Ovelheiro, 215 Padeiras, 161, 176, 188, 298 Padre, 270 V. tb. Prior Pais, Catarina, 27 Palha, 23, 95, 232 Pão, 6, 10, 50, 63, 79, 86, 89, 105, 107, 110, 125, 127, 129, 138, 142, 158, 161, 164, 165, 166, 168, 169, 170, 176, 183, 186,

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188, 194, 208, 228, 232, 258, 271, 298 Papel (resmas de), 42, 157, 160, 224, 233 Parada, João de (vereador), 154, 155, 156, 157, 158, 161, 162, 167, 169, 172, 175, 177, 178, 181, 183, 184, 185, 186, 187, 197, 198, 201, 203, 205, 206, 207, 208, 212, 213, 214, 216, 217, 219, 220, 221, 243, 247, 290, 304 Pardais, 57 Páscoa, 91, 291 Pastor, 5, 6, 15, 50, 56, 63, 64, 71, 93, 105, 106, 121, 125, 126, 129, 140, 161, 182, 186, 239, 242, 253, 255, 266, 289, 304, 308 Pauis, 215, 304 Peditórios, 118 Pedra, 42, 177 Pedra, rio de, 6 Pedreiro, 1, 120, 135, 177, 263 Pedro Durão (calçadas de), 16, 129, 270 Pegos, 177 Peita, 310 Peixe, 106, 161, 164, 165, 168, 172, 176 Pelourinho, 79, 83 Pelouro(s), 38, 100, 121, 128, 131, 135, 139, 144, 146, 150, 152, 154, 180, 184, 187, 191, 199, 200, 205, 213, 215, 216, 220, 223, 240, 254, 256, 262, 265, 267, 279, 303 Penela, João Rodrigues, 30, 91, 112 Penhor, 101 Penitentes, 118 Perdigão, Leonel, 36 Perdizes, 185 Pereira, doutor Lourenço Vaz (do Desembargo do Paço, ouvidor do mestrado de Avis), 16, 47, 57, 85, 94 Pereiro, Arneiro do, 161 Pesca, 106, 125 Pescado, 108, 137, 158, 169, 172, 175, 176 Pescador(es), 108, 111, 137, 175, 176, 227 Peso(s), 80, 105, 108, 161, 176, 192, 237, 298 Petição, 138, 149, 167, 181, 218 Pinhais, 263 Pinheiro (árvore), 57 Pinheiro, Rua do, 22, 169 Pinto (alcunha), 22 Pires, Afonso, 30 Pires, Amador (escrivão das sisas, almotacé, vereador), 82, 177, 256, 268, 279 Pires, André (alcaide substituto da vila e quadrilheiro), 19, 22, 30 Pires, António (de Vila Franca de Xira), 233 Pires, António (quadrilheiro), 22

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Pires, Custódio (quadrilheiro), 22, 169 Pires, Domingos, 92 Pires, Fernão (quadrilheiro), 22 Pires, Francisco (quadrilheiro, alcaide substituto da vila), 22, 25, 30, 169 Pires, João, 91 Pires, Miguel (arrais), 288 Poço, 22, 101, 108, 132, 263, 306 V. tb. Água(s) Poço, Lezíria do, 5, 126, 258, 281 Poço, Rua do, 22, 169 Poço Velho, Lezíria do, 102, 224 Pomar(es), 79, 304 Pomba (das eleições), 180, 215, 240 Pontão, 6 Ponte(s), 1, 16, 23, 54, 56, 57, 78, 79, 83, 101, 106, 108, 125, 127, 129, 133, 134, 135, 138, 145, 148, 177, 186, 195, 218, 263, 302 Ponte, Rua da, 16, 22, 169 Ponte de Trejoute V. Trejoute, ponte de Pontinha, 16 Pontinhas, Esteiros das V. Esteiros das Pontinhas Porco(s), 6, 33, 50, 71, 96, 105, 115, 161, 167, 176, 219, 266, 277 Porteiro, 15, 30, 42, 79, 94, 102, 105, 122, 153, 155, 203, 222, 223, 224, 228, 239, 264, 281, 295, 306 Portilho, Diogo (de Alhandra), 32 Porto (cidade), 141 Porto(s), 23, 32, 56, 77, 78, 108, 137, 207, 230, 287, 288 Postura(s), 6, 10, 12, 20, 22, 23, 26, 30, 33, 34, 35, 39, 41, 43, 44, 45, 46, 50, 51, 52, 53, 54, 56, 60, 64, 74, 75, 78, 81, 93, 95, 101, 103, 104, 105, 106, 108, 109, 110, 112, 113, 114, 116, 119, 122, 125, 126, 129, 137, 140, 141, 142, 145, 146, 150, 151, 152, 153, 158, 161, 163, 164, 165, 166, 167, 168, 169, 170, 171, 172, 173, 174, 175, 176, 181, 182, 183, 185, 186, 187, 188, 189, 191, 194, 195, 198, 201, 207, 209, 210, 214, 216, 217, 218, 219, 226, 231, 235, 239, 242, 245, 246, 249, 250, 251, 255, 257, 259, 260, 261, 266, 269, 274, 275, 277, 284, 285, 296, 299, 304, 309, 311 Posturas, livro das V. Livro das posturas Praça (da vila), 22, 63, 79, 175, 176, 224 Prazeres (alcunha), 22, 30 Preço(s), 12, 37, 42, 43, 54, 78, 83, 98, 99, 106, 114, 120, 122, 141, 148, 152, 156, 161, 176, 191, 216, 217, 219, 227 Preso(s), 27, 85, 122, 126, 129, 186, 237, 294, 303

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Pretas, 142 V. tb. escravas cativas Preto, 233 V. tb. escravos cativos Preto, Manuel Vaz (escrivão substituto e almotacé), 82, 88, 100, 132, 147, 148, 205, 206, 207, 225, 229, 272, 273, 286 Prior, 149, 153 V. tb. Padre Prisão, 98, 108, 121 V. tb. cadeia Privilégio V. Carta de privilégio Provedor, 1, 29, 127, 177 Provisão(ões), 1, 105, 118, 138, 144, 148, 177, 189, 302, 307, 310 Quadrilha, 22, 169, 176 Quadrilheiro(s), 22, 169, 203, 223, 228 Quaresma, António (juiz ordinário, almotacé, vereador), 1, 23, 27, 30, 38, 47, 49, 50, 54, 55, 56, 57, 71, 74, 75, 76, 89, 90, 93, 94, 97, 100, 115, 213, 214, 243, 244, 247, 267, 268, 270, 279, 280, 281, 282, 286, 289, 290, 292, 293, 294, 295, 297, 298, 300, 303, 310 Quartilho (medida), 141, 172 Quebrada, Carril da (Ferilhão), 224, 282 Rainha, 1, 79 Raposo, Gaspar (procurador do concelho, almotacé), 1, 2, 4, 5, 6, 12, 14, 16, 17, 19, 20, 22, 23, 25, 27, 28, 29, 30, 31, 32, 33, 38, 54, 89, 100, 121, 126, 135, 146, 148, 200, 201, 243, 244, 262, 268, 296 Rebelo, Bartolomeu (almotacé, vereador, rendeiro), 28, 30, 38, 42, 43, 49, 50, 54, 56, 57, 59, 61, 63, 64, 65, 70, 71, 74, 75, 76, 78, 79, 80, 82, 83, 87, 88, 89, 90, 93, 94, 95, 97, 100, 102, 121, 125, 126, 135, 138, 148, 167, 169, 177, 187, 212, 216, 217, 219, 220, 244, 268, 270, 276, 278, 279 Recebedor (da obra da ponte), 133, 177 Recebedor(es) (das sisas), 43, 78, 107, 121, 144, 158, 215, 216, 223, 240, 256, 267, 274, 303 Recurso, 187 Reformador da Ordem de Avis V. Lopes, Lourenço Jorge Regimento d’el-rei, 26, 39, 41, 44, 45, 46, 52, 103, 104, 109, 119, 163, 173, 174, 245, 246, 250, 251, 285, 299, 310 Reis, Dia de, 101 Relação, 78, 126, 143, 208, 300 Relha, 54

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Remendes, João (quadrilheiro), 3, 22 Renda(s), 42, 57, 58, 79, 87, 107, 155, 156, 157, 159, 160, 169, 179, 180, 224, 233, 258, 263 Rendeiro(s), 20, 54, 58, 107, 114, 122, 156, 157, 159, 160, 169, 180, 224, 233, 239, 271, 277, 283, 302 Reparação (da calçada), 54, 77 Reparação (da ponte), 1, 79, 127, 133, 134, 135, 138, 148, 263 Reparação (do poço), 263 Requerimento(s), 23, 83 Rês(reses), 3, 6, 24, 62, 92, 116, 121, 129, 145, 182, 235, 237, 289 Ribatejo, 36 Ribeira (nome), 27 Ribeira de Canha V. Canha Ribeiro, Vicente (mestre pedreiro da obra da ponte), 135, 177, 263 Rio, 6, 14, 125, 227 Rocha, Jorge, 107 Rocim(ins), 126, 260, 261, 309 Rodrigo (mancebo de Gaspar Fernandes, almocreve), 10 Rodrigo (mancebo de João Álvares, taipeiro), 110 Rodrigo, mestre V. Botelho, mestre Rodrigo Rodrigues, André (quadrilheiro), 22, 169 Rodrigues, António (quadrilheiro), 22, 36, 62, 126, 169 Rodrigues, António (quadrilheiro de Canha), 223, 228 Rodrigues, Beatriz, 27 Rodrigues, Branca, 62 Rodrigues, Cristóvão (rendeiro) 24, 91, 92, 130, 149, 156, 169, 179, 206 Rodrigues, Fernão, 148, 161, 201, 250, 261, 279, 299 Rodrigues, Francisco (marchante), 3 Rodrigues, Isabel, 62 Rodrigues, João (alfaiate), 105, 126 Rodrigues, João (da Barrosa), 3, 62, 187 Rodrigues, Manuel (alcaide da vila, almotacé e rendeiro), 19, 21, 22, 25, 30, 42, 110, 122, 124, 159, 160, 161, 169, 215, 216, 221, 233, 234, 237, 240, 271, 294, 302 Rodrigues, Miguel (quadrilheiro, medidor da azeitona), 22, 169, 214 Rodrigues, Simão (quadrilheiro de Canha), 22 Rosado, Francisco Fernandes, 51 Rossios, 93, 291 Rouco, Corte do, 129 Roupa (?), 132 Rua(s), 16, 22, 57, 94, 125, 169, 172, 222

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Sal, 106, 176 Salário, 50, 222, 243, 281 V. tb. soldada Salvador (escravo negro), 53 Salvaterra de Magos, 16, 57, 100, 120, 235, 239 V. tb. Magos, moinho de Samora Correia, 6, 30, 71, 106, 115, 126, 235, 275, 289 Santa Catarina, Peditório de, 118 Santarém, 127 Santiago, mestrado de V. Mestrado de Santiago Santiago, Rua de, 22, 169 Santo Antão da Venespera, Peditório de, 118 Santo Sacramento, 149 São Bartolomeu, Capela de, 270 São Gonçalo de Amarante, Peditório de, 118 São Marçal, Peditório de, 118 São Tomé, Ilha de, 244, 279 Sapateiro(s), 22, 49, 148, 169, 185 Sapatos, 12 Sardinhas, 153 Sarilhos (concelho do Montijo), 74 V. tb. Montijo Sável(eis), 108, 111, 161 Seara, 228 Sebastião, D., Rei de Portugal, 37 Sebe(s), 57, 94, 222 Seixo, Fonte do, 14 Selos so concelho, 14 V. tb. Cera Sentença (da Relação), 143, 208, 300 Serrão, Azenha do, 110, 113, 210, 269 Serventia, 270 Setúbal, 1, 127, 177, 310 Silveira, Jerónimo da (barqueiro, quadrilheiro), 169, 211 Silveira, João da (quadrilheiro), 22, 30 Silvestre, Maria, 27 Simão (mancebo de Fernão Dias), 171 Simão, Pedro, 126, 169 Simões, Gil (juiz ordinário, vereador), 1, 4, 20, 22, 25, 27, 92, 100, 101, 102, 105 107, 108, 114, 115, 116, 120, 121, 122, 124, 125, 126, 127, 128, 129, 131, 132, 134, 135, 137, 138, 140, 141, 142, 143, 144, 145, 147, 148, 154, 244, 247, 253, 254, 255, 256, 257, 258, 259, 262, 263, 264, 265, 266, 267, 268, 274, 275, 276, 277, 278, 279 Sisa(s), 43, 78, 107, 121, 144, 158, 215, 223, 240, 256, 267, 274, 283, 303

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Siseiro, 62, 291, 297 Soares, Gonçalo Fernandes (quadrilheiro, recebedor das sisas), 22, 43, 121, 169 Sobreiro (árvore), 214 Soldada, 42, 155, 264 V. tb. Salário Soldado (alcunha), 22 Somas, 20, 255, 292 Sujidade, 306 Taberna, 164, 165, 168, 194 Taberneiro(s), 151, 194 Tainha, 176 Taipeiro, 87, 110, 196, 274, 279, 281, 282, 286, 289, 292, 294, 295, 300, 304, 306, 307, 308, 310, 311 Talho, 3 V. tb. Açougue Tanoeiros, 141 Taxa d’el-rei, 176, 277, 289, 291 Tejo, 111 Telha, 57, 222 Tempestados V. Invernadas Tendeiro, 22, 26 Tesoureiro, 29 Tijolo, 85 Tinta, 157, 160, 224, 233 Tomar, 127 Tomé, São V. São Tomé Tostão, 54, 93, 95, 101, 177, 235 Touros, 65, 289 Trabalhadores, 185 Traboca (alcunha), 36 Tranqueiras, 87 Travessia do rio, 227 Trejoute, 56, 105 Trejoute, ponte de, 23 Trejoute, Vale de, 161 Trejoute Pequeno, 50, 290 Trigo, 55, 75, 81, 83, 87, 89, 98, 116, 130, 138, 156, 169, 194, 195, 198, 228, 243, 258, 271 Trincheiras V. Tranqueiras Trindade, Peditório da, 118 Tripeiro, Vale do, 6, 30, 161

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Tristão, Diogo (da Barrosa - quadrilheiro, recebedor das sisas), 22, 107, 125 Uva(s), 32, 137, 142, 266 Vaca(s), 3, 5, 6, 21, 50, 71, 79, 91, 92, 115, 126, 242, 293 Vale da Moreira V. Moreira, Vale da Vale de Baixo V. Baixo, Vale de Vale de Dona Franca V. Dona Franca, Vale de Vale de Dona Francisca V. Dona Francisca, Vale de Vale de Trejoute V. Trejoute, Vale de Vale do Bom Cavalinho V. Bom Cavalinho, Vale do Vale do Tripeiro V. Tripeiro, Vale do Vale dos Coelheiros V. Coelheiros, Vale dos Vaqueiro, 50, 71 Varela, Fernão (juiz ordinário, almotacé, alcaide da vila), 1, 16, 17, 19, 20, 55, 74, 90, 97, 126, 130, 135, 138, 148, 167, 181, 184, 201, 212, 213, 214, 215, 220, 243, 253, 268, 270, 279, 305, 306, 307, 308, 310, 311 Várzea, 5, 6, 7, 8, 9, 13, 15, 17, 23, 30, 54, 56, 61, 63, 66, 67, 68, 69, 71, 72, 73, 77, 78, 89, 102, 114, 115, 121, 126, 129, 182, 183, 185, 186, 190, 192, 193, 196, 202, 224, 228, 235, 237, 239, 242, 249, 252, 253, 255, 258, 266, 275, 282, 285, 289, 290, 292, 308, 311 Vaz, Afonso, 30, 126 Vaz, António (quadrilheiro), 148, 169 Vaz, Bastião (recebedor das sisas, chefe de quadrilha da Barrosa), 43, 169 Vaz, Duarte (procurador do concelho, almotacé), 38, 42, 43, 47, 49, 50, 52, 54, 55, 56, 57, 59, 62, 63, 64, 65, 70, 71, 87, 89, 90, 93, 94, 95, 109, 115, 148, 167, 168, 174, 191, 198, 210, 243, 251, 252, 268, 279, 285 Vaz, Francisco (almotacé), 27, 31, 92, 138, 144, 181, 187, 279 Vaz, João (quadrilheiro, homem preto), 22, 233 Vaz, Lic. António (físico), 130, 201, 218, 243 Vaz, Manuel (almotacé), 21, 30, 181, 216, 217, 219, 243, 247, 268, 287 Vsz, Pedro (quadrilheiro, barqueiro), 22, 77 Vazacovas, 129 Vedor, 22, 133, 134, 177

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Subsídios para a História Benaventina do Século XVI

Francisco Correia

Velho, Diogo (quadrilheiro, barqueiro, examinador de arraises), 22, 77, 169, 287, 300 Velho, Lourenço André (juiz de fora do mestrado de Avis, ouvidor), 106 Vendedor(es), 161, 183 Vendeiras, 172 Vendeiro, 33 Venespera V. Santo Antão de Venespera Vento, Moinho do, 85 Verde, renda do, 42, 54, 57, 114, 156, 157, 159, 160, 180, 224, 233 Vicente, Pedro (quadrilheiro), 22, 148 Viegas, Rui (juiz ordinário, vereador, almotacé), 27, 29, 30, 31, 55, 100, 101, 102, 105, 106, 110, 114, 115, 116, 120, 121, 122, 125, 126, 127, 128, 129, 131, 132, 133, 134, 135, 137, 138, 140, 141, 142, 143, 144, 145, 147, 148, 149, 150, 151, 152, 153, 154, 201, 256, 257, 268, 270 Vieira, Fernão de Álvares (juiz ordinário, almotacé), 11, 30, 38, 47, 49, 63, 65, 78, 79 Vila Franca de Xira, 24, 233 Vila Nova do Barqueiro, 36 Vindimas, 142 Vinha(s), 16, 20, 23, 32, 54, 79, 93, 95, 137, 141, 142, 145, 155, 161, 180, 182, 195, 207, 208, 242, 266, 289, 304 Vinheiro, 20, 142 Vinho(s), 6, 22, 23, 41, 43, 44, 45, 46, 54, 78, 83, 104, 114, 119, 122, 135, 138, 141, 146, 148, 158, 163, 164, 165, 168, 172, 177, 191, 194, 232, 239, 246 Vintém(éns), 5, 6, 54, 61, 63, 64, 83, 114, 121, 161, 182, 214, 237, 239, 266, 308 Vintena V. Juiz da vintena Visitação, 16, 57, 85, 86, 153, 218, 222 Visitador, 153, 218 Vizinhança V. Carta de vizinhança Vizinho(s), 101, 203, 235, 305 Votos, 80, 100 Vozes, 100, 243

168


Francisco Correia

Subsídios para a História Benaventina do Século XVI

ÍNDICE GERAL

INTRODUÇÃO..............................................................................

1

SUMÁRIOS..................................................................................

3

NOTAS......................................................................................... 119

ÍNDICE ANALÍTICO...................................................................... 120

169


Francisco Correia

Francisco Correia

Subsídios para a História Benaventina do Século XVI

Subsídios para a História Benaventina do Século XVI

(Sumários de um Livro de Actas da Câmara de 1559 a 1564)

CÂMARA MUNICIPAL DE BENAVENTE


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