Newsletter Museu do Douro // outubro

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ANO II, OUTUBRO 2021

NOEL MAGALHÃES 1921 -2020

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índice Editorial Faz falta saber Exposições Coleção Museu do Douro Serviço Educativo Desafio Rede de Museus do Douro Loja do Museu Restaurante Prisma do visitante

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editorial Na vida da gente, há gente que se nos vai suavemente entranhando ao ponto de fazer com que a dinâmica edificação que somos se vá moldando num processo que evolui em toda a hora e em qualquer lugar através do entrelaçar das circunstâncias que somos e que temos. Por isso há pessoas na nossa vida que não nos desaparecem do sentimento, mesmo quando já se nota a presença da sua ausência. Quando partem fisicamente em definitivo, levam um pouco de nós deixando o legado do que quotidianamente percorreram. Por isso, partem, mas ficam. Pouco depois de dar comigo na Régua e de fazer dela a minha terra de residência como se fosse de nascença, encontrei uma dessas pessoas. O senhor Noel Magalhães que agora comemoraria o seu centésimo aniversário, mestre na Fotografia e um senhor no modo de se estar vivo. Um cavalheiro. Tive dele o privilégio de ser considerado entre os seus amigos e de ficar a saber com o seu exemplo que, ser-se humilde, vale sempre a pena, nunca olvidando que a vida se aproveita melhor quando fazemos dos nossos olhos a janela por onde se vislumbra a alma.

Os dele eram verdes. Repletos duma luz que antecedia o sorriso com que expressava o agrado e a vontade que lhe brotavam num repente bem lá de dentro. A amabilidade era o seu estado natural e a simpatia a sua imagem de marca. Distribuindo-as feito um perdulário de mãos largas, nada custava gostar-se dele. Homem ciente da cidadania e das suas obrigações, ao longo dos anos integrou os órgãos sociais de diversas Associações Cívicas reguenses. Tive a oportunidade de ser seu parceiro enquanto elemento da Mesa Administrativa da Santa Casa da Misericórdia do Peso da Régua. Testemunhei ainda que já tardiamente o seu empenho em fazer bem sem olhar a quem. Fez parte do grupo dos Homens sem preço, que colocam tudo o que têm em cada coisa que fazem sem esperar retorno. São eles que merecem todo o nosso apreço e que os distingamos por entre as brumas da memória, para que nos sirvam de exemplo nesta espuma dos dias. O Sr. Noel foi um poeta. Não alinhava letras em folhas de papel, mas colocava belas imagens dentro das objetivas das suas máquinas de fotografar ao longo de todo o Alto


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Douro vinhateiro e seus arredores. Com a sua mestria, celebrou o Douro e engrandeceu a vida como é mister de artista que o seja. Fez-me o enorme favor de me ouvir e de me seguir quando o desafiei para deixar o seu espólio à guarda do Museu do Douro em parceria com a Câmara Municipal do Peso da Régua, para que se tornasse um pouco mais eterno e para que seja também um pouco nosso. Levou com ele esta coisa que me deixou e me faz sentir um pouco mais completo, mesmo que longe da sua grandiosidade enquanto cidadão amparado pela sensibilidade. O senhor Noel Magalhães considerou tudo e todos, por isso foi amplamente considerado como artista da fotografia e como pessoa. Nada custa por isso imaginar o seu chegar ao lado de lá. Tenho para mim que já anda de máquina em riste e de nuvem em nuvem à procura do melhor enquadramento sobre o seu e nosso Alto Douro, terra de rio, de vinho e de gente. Mais tarde faremos uma Exposição. Manuel Igreja


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faz falta saber NOEL MAGALHÃES (1921-2020) Assinalando o centenário do nascimento do fotógrafo amador Noel Magalhães, no dia 12 de outubro, prestamos homenagem a este importante mecenas do Museu com a inauguração de uma nova área do percurso de visita dedicada ao homem que, através da sua lente, retratou o Douro ao longo de mais de oito décadas. Neste espaço podem ser contempladas as fotos mais emblemáticas, documentos pessoais e máquinas fotográficas usadas pelo artista. Noel Magalhães é natural de S. João da Pesqueira (12 de outubro de 1921), tendo falecido em Peso da Régua a 1 de dezembro de 2020.

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ANSEL ADAMS 9ª Sessão do Curso da História da Fotografia e Identificação de Processos Fotográficos, por José Pessoa {29 de OUTUBRO 2021 | 10:30-12:30}

Europa - América 1920 - 1970, diálogo de grandes criadores na descoberta do planeta, da sociedade, das injustiças, do património cultural e natural, dos privilégios e das vítimas, da paz e da guerra, do milagre do retrato individual numa nova expressão psicológica.

A inscrição deve ser feita através do link indicado abaixo:

https://us06web.zoom.us/webinar/register/5416304975045/WN_An4I2rcpQD--cKYdYcwBXQ

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INSPIRA DOURO, CULTURA & PATRIMÓNIO A Fundação Museu do Douro, a Fundação Côa Parque e o Município de São João da Pesqueira promovem o projeto INSPIRA programação cultural em rede no qual serão realizados 60 concertos (música e outras artes performativas) pela região do Douro. » 1 de outubro | Vila Nova de Foz Côa | 10h45 | Touriga (espetáculo deambulante); » 1 de outubro | Torre de Moncorvo | 17h | Touriga (espetáculo deambulante); » 2 de outubro | Wine Bar do Museu do Douro | 11h30 | As Vozes de Manhouce; » 2 de outubro | São João da Pesqueira | 16h | Tunas Rurais: Memórias Vivas - Mostra e Divulgação de Tunas; » 2 de outubro | Espaço Miguel Torga, Sabrosa | 18h | As Vozes de Manhouce; » 3 de outubro | São João da Pesqueira | 16h | Tunas Rurais: Memórias Vivas - Mostra e Divulgação de Tunas; » 5 de outubro | Mirandela | 16h30 | Bombos com Alma;

A entrada é livre em todos os espetáculos, mas o acesso será limitado ao número de espectadores permitido por recinto, de acordo com as normas de segurança sanitária definidas pela Direção-Geral de Saúde e pelo Governo de Portugal. A utilização de máscara é obrigatória.

» 9 de outubro | Auditório Municipal de Sabrosa | 21h | Miguel Amaral & Yuri Reis; » 15 de outubro | Auditório Municipal de Sabrosa | 14h30 | Marionetas de Mandrágora - Bzzzoira Moira; » 15 de outubro | Praça da República, São João da Pesqueira | 20h | Companhia Pia-O2 (espetáculo deambulante); » 15 de outubro | Museu do Douro | 21h30 | Kythar 12.6; » 16 de outubro | Fundação da Casa de Mateus | 18h | Kythar 12.6; » 16 de outubro | Teatro Ribeiro Conceição | 21h30 | Ai Braguesa; » 29 de outubro | Teatro Ribeiro Conceição | 21h30 | Vahdat Ensemble; » 29 de outubro | Museu do Côa| 18h30 | Sónia Pinto; » 30 de outubro | Grande Auditório Municipal, Mirandela| 21h30 | Sons do Douro;


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exposição permanente Douro: Matéria e Espírito Douro: Matéria e Espírito foi concebida como uma síntese temporal e geográfica da Região Demarcada do Douro (RDD). Estruturada como a grande porta de entrada no Douro, apresenta as singulares características da geomorfologia da região, determinantes fatores históricos e o engenho do Homem que fundaram os alicerces da especialização deste território na produção vinícola. É a combinação de fatores naturais e humanos que Douro: Matéria e Espírito expõe. Todos os dias das 10:00 às 18:00

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exposições temporárias Douro e Outras Paisagens de Manuel Casal Aguiar Exposição Temporária » Patente ao público até 14 de novembro de 2021 Exposição que fixa as paisagens do artista Manuel Casal Aguiar no Douro e pelo oriente. Do Douro ficam os momentos anotados em caderno de viagens nos anos 1990 durante um percurso pelo rio e quando preparava o mural de azulejo junto à estação de Peso da Régua. Em contraste estão as paisagens de Timor, marcadas pelo cromatismo e exotismo formal.


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Hackathon Douro & Porto desafio #7 Consciencialização das alterações ambientais

Memória com Futuro » Até outubro de 2021 Instalação audiovisual que explora os dados meteorológicos da Região Demarcada do Douro, desde o ano 2013 até aos dias de hoje, e pretende contribuir para uma maior consciencialização das alterações ambientais a que está sujeito este território. Esta região, com uma geomorfologia específica, possui um frágil ecossistema considerado protegido ao longo das últimas décadas. Ainda assim, podem observar-se ligeiras variações e por este motivo urge consciencializar a população para a fragilidade desta região de elevado valor histórico, cultural e patrimonial. No vídeo em exposição são analisados e comparados os dados meteorológicos (temperatura, humidade relativa, radiação, precipitação, velocidade e direção do vento) recolhidos em três zonas da Região Demarcada do Douro. É, também, apresentada uma análise comparativa entre os anos Vintage 2007, 2011, 2016 e 2017.


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exposições


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exposições itinerantes

Rui Pires na coleção Museu do Douro Exposição Exterior | Espaço público | Vila Flor

Rui Pires na coleção Museu do Douro Exposição Interior | Posto de Turismo | São João da Pesqueira

» De 18 de setembro a 14 de novembro de 2021

» Até 12 de outubro de 2021

9 meses de inverno e 3 de inferno, de João Pedro Marnoto

Exposição Interior | Museu Imaginário Duriense (MIDU) | Tabuaço

Museu Municipal Armindo Teixeira Lopes | Mirandela

» De 15 de outubro de 2021 a 23 de janeiro de 2022

» De 8 de outubro de 2021 a 3 de janeiro de 2022


exposições

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© Município de Vila Flor

Percursos pela Arquitetura Popular no Douro, de António Menéres Museu de Arqueologia e Numismática | Vila Real » De 30 de outubro de 2021 a 16 de janeiro de 2022

Via Estreita, de Carlos Cardoso Auditório Municipal | Freixo de Espada à Cinta » De 17 de setembro a 12 de dezembro de 2021

Concurso Internacional de Fotografia 2018 Centro Cultural | Mêda » De 13 de outubro de 2021 a janeiro de 2022

Concurso Internacional de Fotografia 2020, “Douro Património Contemporâneo” – Memória com Futuro Auditório Municipal | Alijó » De 29 de outubro de 2021 a 31 janeiro de 2022


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coleção Museu do Douro Manuel Casal Aguiar – doação A pintura a pastel da Série Douro, datada de 1998, da autoria do artista plástico Manuel Casal Aguiar, foi integrada por vontade do autor na coleção do Museu do Douro no âmbito da exposição “Douro e Outras Paisagens”, inaugurada em agosto de 2021. A composição recria a paisagem duriense de forma aberta e criativa recorrendo a cores intensas e contrastantes.

coleção Museu do Douro


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Café Central. Lugares percorridos entre 2020 e 2021.

eu sou paisagem Educação-Museu do Douro eusoupaisagem é mote e ação do programa de educação. Agir e pesquisar sobre as relações evidentes e menos evidentes entre os lugares e os seres humanos e não humanos que os habitam e que os constroem. Café Central 2021 Mostra em cartazes Museu do Douro Goujoim – Armamar | Favaios, Sanfins do Douro, São Mamede de Ribatua, Vila Verde,

Vilar de Maçada – Alijó | Lagoaça, Ligares, Mazouco – Freixo de Espada à Cinta | Murça | Celeirós, Paradela de Guiães, Provesende, São Martinho de Anta – Sabrosa | Nagoselo do Douro, Trevões – São João da Pesqueira | Salzedas, Ucanha – Tarouca | Guiães, Nogueira – Vila Real | São João de Lobrigos – Santa Marta de Penaguião. Todas as terras têm um (ou mais) Café Central.


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Café Central. Paradela de Guiães, Sabrosa (2021, Paula Preto©)

Este é um programa para estar presente em diferentes lugares deste extenso território, com as pessoas que nele estão. Para conhecer as pessoas que cá vivem, os cafés são lugares que marcam as paisagens entre a casa e a rua, entre o público e o privado. Os cafés são lugares de fronteira e de encontro. Que centralidades, que periferias? Nesta mostra apresentamos uma primeira seleção das passagens pelos vários cafés realizadas ao longo de 2019, 2020 e 2021 com a fotógrafa Paula Preto. Este é um convite a permanecer a estar nos espaços tão centrais que são os cafés nas vidas destes lugares. Procura-se questionar o que é centro e o que são as periferias, desmontar as lógicas de representação que são sempre redutoras das vidas do dia-a-dia que importa cuidar.

Café central é uma das frentes de ação do eu sou paisagem – programa de educação Museu do Douro. Fotografia| Paula Preto Julho 2021 Obrigado à Branca, Mafalda, Marta, Paula, Teresa e Vera.


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Dizer ALTO (...) De sol a sol, as mulheres vindimam e os homens acarretam a uva em pesadas cestas, para depois à noite, normalmente fazerem as suas quatro horas de serão no lagar – a que chamam a meia-noite – sob a vigilância do rogador e do feitor da casa, esmagando a pés os cachos que às vezes se acumulam em pilhas imensas, quase sempre de bagos pequenos e negros como o azeviche. Este esforço extenuante põem-nos como autómatos, bestializados, parece que insensíveis à fadiga, mas trágicos pela calada amargura que se lhes estampa no rosto, por esses traços tão marcados e assustadores da desgraça. Todo o santo dia, do amanhecer à noitinha, anda azafamado pelas vinhas e pelos caminhos um constante formigueiro – as mulheres a vindimarem, os garotos a carretarem em cabazitos a uva para os grandes cestos vindimeiros, que depois os homens transportam às costas para os lagares, subindo e descendo a escarpa abrupta com um carrego de cerca de sessenta quilos. Muitas vezes, de socalco para socalco, tem de descer e subir por escaleirazinhas de pedras mais salientes, onde mal fixam os pés. É um trabalho brutal, primitivo, que reduz o homem à situação lamentável de besta de carga, ou pior ainda que besta de carga, pois esta constitui um valor que tem de se poupar e administrar. O feitor da vinha marca à navalha, numa pequena vara de marmeleiro o que foi o rendimento de cada dia, e por ali dá contas ao encarregado ou ao patrão dos cestos de uva vindimada. São costumes que vêm do começo do mundo, nas suas práticas bárbaras, e aqui se mantêm como se o tempo não tivesse passado, tudo se conservasse sem progresso nem respeito pelo labor humano. Na brutalidade do esforço, de gestos rotineiros, de costumes rudimentares e primitivos, nada

há que não mantenha o carácter de conceitos empedernidos. É como se corrêssemos ao invés dos tempos e fôssemos cair de surpresa num regime de servidão antiga, em que para uma banda se alinhavam os senhores e para a outra a caterva dos escravos, também como estes famintos e errantes, sem lei nem princípio de humanidade que os defenda. Na maioria dos seus aspectos, tem qualquer coisa de clamorosamente aviltante, sem sombra de respeito pela vida e dignidade de quem trabalha. A exploração a nu, sem rebuço. O corrupio dos homens, nas caminhadas, monte acima, monte abaixo. Com os infelizes curvados sob o carrego e o peso do infortúnio, segue como a tropa, ao som do bombo ou do harmónio, ritmando o passo, até às pousas, onde descansam daquele esforço duro, porque a resistência do escravo tem os seus limites. Os lugares destas pousas são previamente designados e aí repousam. Repousam? É inacreditável, mas dançam homens com mulheres, algumas vezes só homens, ao som da mesma solfa bárbara, porque tudo nesta cerimónia tem o seu incrível ritual, atroz e dolorosamente desumano. (...) Manuel Mendes, Roteiro Sentimental: Douro. A vindima. Peso da Régua: Museu do Douro, 2002, p. 124 - 126.

Se nos quiser fazer chegar um texto, gravado por si, em voz ALTA, envie para: educativo@museudodouro.pt


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Programa Sítios. As ruas... | São Mamede de Ribatua, Alijó (2021, SEMD©)

As ruas... Percorremos as ruas dos lugares e fazemo-lo por muitos motivos, e estes levam-nos a fazer o mesmo trajeto de diferentes maneiras. Correr => Passar | Devagar => Observar | Passear => Experimentar

Continuamos a andar pelas ruas das cidades e pelas ruas das aldeias à procura dos NOMES que estes lugares escondem... nas placas, nos recados, nos anúncios, nas portas....


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CAMINHAR {mata . vinha . ferro . estrada}

Estes são dias de ir. Ir para ver coisas que não foram vistas nos lugares que conhecemos e que vamos conhecer. Sem pressa percorrer os lugares: ver, caminhar e piquenicar são ações para estes dias mais quentes. Ir para conhecer melhor; ir e aproveitar um dia perto da água, ver as aves, as árvores e os arbustos; as ruas, os céus e as pessoas destes lugares por onde andamos.

Caminhar. Ribeira do Cíbio, Carrazeda de Ansiães (2021, SEMD©)

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desafio Memórias de Hoje Propomos este desafio à população em geral, mas igualmente às instituições envolvidas no terreno. Enquanto instituição de memória, e com um importante fundo arquivístico, o Museu do Douro pretende recolher documentos e testemunhos associados à vida dos durienses neste desconhecido tempo. Sejam de origem institucional, produzidos por Câmaras, Juntas de Freguesia, Escolas, sejam testemunhos na primeira pessoa, como fotos, vídeos, poemas, diários. A ideia é criar um fundo arquivístico que fique como memória para as futuras gerações, de como a região viveu este período: o confinamento, a necessidade de adaptação familiar, o teletrabalho, ensino em casa, continuar as atividades normais do mundo rural (a natureza não para), etc. Queremos documentar o confinamento mas igualmente os seus efeitos na vida da região. O que mudou, as práticas sociais, agrícolas, etc. » Envie o seu testemunho para: museologia@museudodouro.pt

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rede de museus do douro A Rede de Museus do Douro, ao unir diferentes tipos de espaços museológicos, pretende também contribuir para a sua divulgação junto das comunidades de visitantes. Seja aproximando a comunidade local dos seus espaços, seja divulgando estas estruturas a quem nos visita, esta publicação é também um incentivo para partir à descoberta do território duriense. Através de diferentes coleções, os espaços aderentes permitem conhecer outras facetas do Douro, um território cuja paisagem é património Mundial! Todos os meses divulgaremos neste espaço as atividades/ações que nos forem enviadas pelos núcleos aderentes e, de modo aleatório, será apresentado um núcleo museológico.

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em destaque Outubro MUSEU DO IMAGINÁRIO DURIENSE (MIDU)

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O Museu do Imaginário Duriense (MIDU), inaugurado em Janeiro de 2009, representa o primeiro dos atuais 57 núcleos museológicos da Rede de Museus do Douro – MuD. Na sua essência, o MIDU pretende ser um espaço de divulgação e preservação de todas as manifestações do imaginário tradicional do Douro, tanto na vertente do património imaterial herdado (lendas, tradições, cancioneiro, romanceiro, etc.), como na vertente da utopia e da imaginação das novas gerações. A sua ligação a espaços de referência de lendas e tradições pretende alargar a ação do museu ao território duriense, através de roteiros de visita e evocação. OBJECTIVO DO MUSEU I) Desenvolver e apoiar a investigação sobre o património imaterial relacionado com a região duriense, criando um centro de informação especializado, reunindo bibliografia e gravações audiovisuais, promovendo a realização de encontros, colóquios, seminários sobre o património imaterial da região; II) Contribuir para a divulgação do património imaterial, através de exposições, dramatizações e outras formas, bem como de um serviço educativo vocacionado para esse objetivo; III) Contribuir para a divulgação de outras expressões do imaginário, através de exposições de pintura, escultura, fotografia e outras artes, bem como da organização de espectáculos de música, teatro, etc.; IV) Desempenhar um papel ativo no desenvolvimento sociocultural da Região do Douro, quer como lugar de construção e representação do património imaterial, quer como lugar de revalorização e divulgação desse património, transformando-o num fator ativo de autoestima e recurso cultural das populações; V) Contribuir para o reforço de estruturas de acão cultural na Região do Douro.


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» Programação para outubro: EXPOSIÇÃO DE PINTURA “LENDAS, MITOS E HISTÓRIAS DE TABUAÇO” Por Gustavo Monteiro de Almeida “A identidade de um povo é, nos dias de hoje, melhor reconhecida enquanto património cultural se, ao seu património edificado, for associado aquilo que hoje se convenciona chamar de património imaterial. Quantas vezes verificamos que espaços e locais arqueológicos e históricos têm-lhes associadas lendas (narrativas baseadas em figuras históricas, embora transmitidas oralmente e algo corrompidas ao longo de séculos), mitos (baseados em figuras sobre-humanas, míticas ou fantásticas, embora com fins éticos e morais) para além de verdadeiras histórias (que por vezes foram sendo esquecidas e que urge resgatar pelos estudiosos, para transmissão às gerações actuais e futuras). Aliar essas narrativas à imagem, de uma forma simples e humilde, através de desenhos aguarelados, será, certamente, uma forma de o visitante melhor apreender esses traços de identidade cultural que diferenciam as gentes de Tabuaço, suas terras e seu património, dos de outros municípios. É objectivo da presente exposição, organizada, precisamente, em torno dos fins do Museu do Imaginário Duriense - sediado em Tabuaço, contar-se algumas das muitas Lendas, Mitos e Histórias que formam o imaginário do povo tabuacense.

As imagens são acompanhadas de textos em português, inglês e francês, havendo ainda referências bibliográficas às fontes utilizadas, desse modo se convidando o visitante a mergulhar na inúmera literatura existente e nas memórias seculares destes povos.” Por Gustavo Monteiro de Almeida


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EXPOSIÇÃO DE FOTOGRAFIA: “RUI PIRES NA COLECÇÃO DO MUSEU DO DOURO Patente no Museu do Imaginário Duriense (MIDU) de 25 de outubro a de 14 de janeiro 2022.

//INFORMAÇÕES ÚTEIS: Horário de funcionamento: » segunda a sexta: 9:00 às 12:30 | 14:00 às 17:30 » sábados, domingos e feriados: 10:00 às 12:30 | 14:00 às 17:00 Contactos: Email: museum@cm-tabuaco.pt Tel.: 254 787 019 Bilhete: Gratuito Morada: Rua Macedo Pinto, 5120 Tabuaço


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ESPAÇO MIGUEL TORGA » Programação para outubro: EXPOSIÇÃO “APITA O COMBOIO” DO AGRUPAMENTO DE ESCOLAS MORGADO MATEUS » Patente de 09 a 31 de outubro de 2021; PROJETO PALAVRAS CRUZADAS “VOU E VENHO” | SOFIA SALDANHA » Dia 23 de outubo às 18h00; PROJETO PALAVRAS CRUZADAS | “POETAS DE TRÁS-OS-MONTES” | ANA DEUS E ALEXANDRE SOARES » Dia 30 de outubro às 18h00.

//INFORMAÇÕES ÚTEIS: Horário de funcionamento: » 1 de abril a 31 de outubro | terça a sexta: 9:00 às 12:30 | 14:00 às 17:30 » Sábados e domingos: 10:00 às 12:30 | 14:00 às 18:30 » 1 de novembro a 31 de março | terça a domingo: 9:00 às 12:30 | 14:00 às 17:30 Encerrado às segundas e feriados. Bilhete: gratuito. Contactos: Email: geral@espacomigueltorga.pt Tel.: 259 938 017 Morada: Rua Miguel Torga | 5060 – 449 S. Martinho de Anta


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MUSEU DE ARTE SACRA | MUNICÍPIO DE TORRE DE MONCORVO Nome da Atividade: Leituras de Outono Descrição: Leituras de contos aos alunos da comunidade escolar do Município de Torre de Moncorvo fora do contexto escolar, utilizando o espaço museológico. Público Alvo: Comunidade do Pré-escolar. Local: Três espaços do Museu de Arte Sacra (Sala da Eucaristia, Sala da Paixão) e Capela da Misericórdia. Data: 22 de outubro. Horário: A partir das 10h. Duração: período da manhã Observações: Necessidade de cumprimento das disposições e normas da DGS relativamente à Covid 19.

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MUSEU DE GEOLOGIA FERNANDO REAL A Exposição temporária O Mundo dos Minerais em Selos está patente ao público, até dia 31 de dezembro, no Centro Interpretativo das Minas de Argozelo O MUNDO DOS MINERAIS EM SELOS. Exposição concebida pelo Museu de Geologia Fernando Real da UTAD, a partir da coleção de selos do Professor Doutor Frederico Pedro Baptista Sodré Borges, Professor catedrático aposentado da Universidade do Porto. » Em paralelo estará patente ao público também esta exposição: O MICROMUNDO DAS ROCHAS E DOS MINERAIS Propriedade: Museu de Geologia Fernando Real - UTAD Objetivo: Dar a conhecer ao público em geral e aos estudantes a beleza natural dos cristais, de alguns minerais e rochas, tanto em amostras de mão como quando observados ao microscópio petrográfico. Observação ao microscópio petrográfico com luz transmitida de lâminas delgadas, para identificação dos minerais e rochas. Será dado destaque a rochas da região de Vimioso (Granitos, xistos, quartzitos e calcários e mármores). Tirar partido da beleza natural destes materiais pode passar pelo recurso a filtros utilizados na observação microscópica, que permitem obter microfotografias que são verdadeiras peças de arte, ou a pinturas abstratas como fazem os técnicos Tito Azevedo e Márcio Silva​ ao criar os quadros decorativos, que se expõem.

//INFORMAÇÕES ÚTEIS: Horário de funcionamento: » dias úteis: das 9:00 às 17:00 Contactos: Email: museugeo@utad.pt Tel.: 259 350 351 Visita guiada: 1€ Passaport Mud: 50% desconto. Morada: Edifício Fernando Real, Quinta de Prados – 5001 – 801 Vila Real


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MUSEU DO CÔA PARQUE Atividades previstas para o mês de outubro: » Exposição coletiva “Contra Parede” | Inauguração dia 2 de outubro, às 15h00. O Museu do Côa / Fundação Côa Parque, apresenta entre 2 de outubro e 21 de novembro o projeto curatorial Contra-parede, de Hugo Dinis, com obras em diálogo dos artistas Ana Vidigal, Nuno Nunes-Ferreira e Pedro Gomes. Partindo de uma discussão alargada em torno da parede como lugar privilegiado para a intervenção no espaço público, os artistas propõem questionar o espaço arquitetónico em que as obras são apresentadas. Considerando, simultaneamente, o espaço social, histórico, cultural e político em que os equipamentos museológicos se inserem, as obras promoverão um diálogo frutífero sobre o papel da arte junto das comunidades locais em que se apresentam.

» Curadoria - Hugo Dinis Imagens - Ana Vidigal, “Quem nunca cair... que se levante”, 2021; Nuno Nunes-Ferreira, A palavra, 2020; Pedro Gomes, Sem título, 2020 ©António Jorge Silva. //INFORMAÇÕES ÚTEIS: Horário de funcionamento: » todos os dias: das 09:00 às 17:30 Contactos: Email: museugeral@arte-coa.pt Tel.: 279 768 260 Visita guiada: 6€ Passaport Mud: 20% desconto. Morada: Rua do Museu | 5150 – 620 Vila Nova de Foz Côa


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MUSEU MUNICIPAL ARMINDO TEIXEIRA LOPES Durante o mês de outubro pode visitar no Museu Municipal Armindo Teixeira Lopes a exposição de fotografia “Nove Meses de Inverno e Três de Inferno”, da autoria de João Pedro Marnoto. » Esta exposição estará patente do dia 8 de outubro a 26 de dezembro. //INFORMAÇÕES ÚTEIS: Horário de funcionamento: » segunda a sexta: das 9:00 às 12:30 e das 14:00 às 17:30 » sábados: das 14:30 às 18:00 » domingos e feriados: marcação prévia. Contactos: Email: museu@cm-mirandela.pt Tel.: 278 201 590 Bilhete: Gratuito Morada: Rua João Maria Sarmento Pimentel, n.º 161 | 5370 – 326 Mirandela


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CIMI | CENTRO INTERPRETATIVO DA MÁSCARA IBÉRICA Durante o mês de outubro pode visitar no CIMI: » A exposição: Máscara de Lazarim - Identidade de uma Comunidade. » Exposição Lazarim, povoados, tradições e as suas gentes. » No dia 3 de outubro, pelas 15h00, como forma de assinalar as Jornadas Europeias de Cultura, sera realizada Sessão de reflexão aberta aos jovens Lazarinenses sobre o futuro da Máscara e do Entrudo de Lazarim. //INFORMAÇÕES ÚTEIS: Horário de funcionamento: » terça a domingo: 10h às 17h Contactos: Email: cimi@cm-lamego.pt Tel.: 254 090 134 Bilhete: Gratuito Morada: Rua José de Castro 5100-584 Lazarim

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loja museu do douro Novos produtos à venda na Loja do Museu do Douro. http://loja.museudodouro. pt/


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restaurante a companhia Nova carta. Venha experienciar os nossos novos pratos.

//MAIS INFORMAÇÕES:

» Facebook da Companhia: www.facebook.com/ acompanhia.pt » Através do e-mail: info.acompanhia@gmail.com companhia.regua@gmail.com

» Tel.: 932 150 101 932 150 100

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geral: (+351) 254 310 190 | loja: (+351) 254 310 193 e-mail: geral@museudodouro.pt website: www.museudodouro.pt

Rua Marquês de Pombal 5050-282 Peso da Régua


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