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o som para uma palavra FRANCISCO FEIO
from Com Que Luz
Como se podem hoje, relacionar a fotografia e o fado? Como pode a fotografia mostrar, refletir, aquela que é uma das nossas mais particulares formas de expressão musical sem seguir o caminho rotineiro das pessoas, dos locais, dos vestígios mais evidentes? Isto porque o Fado sempre se relacionou com a fotografia, sobretudo a partir da versão cinematográfica de “A Severa” por Leitão de Barros (1931) que institui uma iconografia particular relacionada com a vivência desta forma musical que é igualmente uma forma de vida. No caso da fotografia podemos referir o raro “Portugal do Fado” (1960) da autoria de Mascarenhas Barreto e Carlos Branco com fotografias de João Martins, Horácio Novais e C. Madeira como o primeiro livro especialmente dedicado à temática, o “Tudo isto é Fado” de Eduardo Gageiro, um nome incontornável do olhar atento ao seu tempo, à rua e à cidade e que reúne uma antologia de fotografias suas relacionadas com o tema e mais próximo de nós a série “Fado Vadio” de Luís Pavão que tem um olhar intimista sobre este modo particular de exercício desta arte.
No caso presente, temos um conjunto de autores que nos trazem modos pessoais de olhar para o fado e que correspondem a posturas individuais diferentes na prática e no entendimento da fotografia. Por regra não se fixam naquilo que seria mais expectável de encontrar e, mesmo quando o fazem, não deixamos de ter a ideia de uma certa distância em relação ao universo tradicional da representação nem que seja pela presença constante e dominante da cor, cuidadosamente utilizada na construção de uma atmosfera particular de relação com o seu ponto de vista.
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Em Ana Melo encontramos o poder na narrativa ancorada na utilização de sequências de carácter fílmico ainda que fragmentário. Cada sequência tem uma existência própria com uma estrutura semelhante à de um plano. Não existe um antes e um depois, apenas o eterno presente de um momento que se desenrola num espaço-tempo definido, como se uma imagem apenas não fosse suficiente para poder narrar o que está a acontecer sendo necessário introduzir a sua duração, aparecendo aqui enquanto sucessão de pequenas variações, por vezes mínimas, e que nos dão o respirar da cena.
Joana Carvalho Dias vai ao encontro do lado autoral, centrando o seu trabalho no universo pessoal e intimista de Alain Oulman, figura central no fado a partir do final dos anos cinquenta do século passado. Habituada às casas enquanto lugares de memória e ao poder dos objetos pessoais como cristalizadores de sentido e das histórias dos seus donos, Joana vai explorar esse universo que serve de base à criação e à solidão do criador. As teclas agora mudas do piano, uma vista para a paisagem que acabou em música, as palavras num caderno, as fotografias na mesa, um nevoeiro denso que não nos deixa ver com clareza, a mesma dificuldade que no lamento do fado as palavras percorrem para tentar explicar o sofrimento.
Mafalda Gomes parte para fora de Lisboa e encontra lugares improváveis de existência para o fado. Com um olhar e uma metodologia centrada no documental, vai à procura de histórias e o que nos traz é o registo de uma prática seguida quase religiosamente por uma pequena legião de fiéis praticantes e ainda mais fiéis ouvintes onde tudo é improvisado menos o desejo e a vontade. Por vezes é como se estivéssemos perante uma tentativa (extraterrestre) de recriar algo que nunca se viu na prática mas que se conhece bem da televisão e das revistas antigas que se descobriram no sótão dos avós. São pequenos (grandes) focos de resistência contra a banalidade dos tempos e que encontram no Fado o seu credo e a sua força.
Já Margarida Macedo Basto vai ao encontro das pessoas cuja vida se desenrola em torno do Fado. Fala com elas, ouve as suas histórias e trá-las para a luz, fotografa-as no exterior (todas menos uma) junto às paredes de um bairro que já se confunde com elas. A luz é quase sempre forte, criando sombras densas que modelam os corpos e os rostos, onde o interior dos espaços é substituído pelo seu exterior e a luz dos holofotes pelo próprio sol. Muitas destas pessoas não nos olham diretamente; parecem olhar para a sua própria existência.
Paulo Pedroso mergulha na poética do Fado e as suas imagens aparecem como sendo de uma travessia interior atravessada pela melancolia e pela saudade que a canção materializa. Não mostrar o lado visível do Fado, mas as suas significações através da solidão dos espaços e dos objetos, cenários íntimos e intimistas onde o fado acontece, camadas de vivências e acumular de histórias, pessoais e coletivas que se depositam nos objetos: o mar enquanto elemento fundador da pulsão que leva ao fado, a relação entre as figuras mais populares e admiradas e as imagens religiosas, a atenção às mãos que se estendem como que implorando, que seguram, que se tornam pensativas, que acariciam, o vinho, a noite e um pano que cobre algo que desconhecemos, guardando o mistério que a própria canção encerra. O silêncio; o devir.
Pedro N Madeira, num trabalho que é o mais experimental do conjunto, explora a paisagem lisboeta numa série de sobreposições visuais que tendem para a abstração. Em parte fruto da sua relação pessoal com o género musical, entre a memória, a negação e a redescoberta, estas sobreposições são também um esforço em ver, em conseguir uma imagem mais nítida da realidade que persiste em não aparecer. De um ponto de vista técnico são privilegiadas soluções que reforçam o carácter experimental: podendo parecer menos perfeitas, é como se a própria técnica fosse acompanhando as descobertas do autor, se fosse aperfeiçoando à medida que este consegue ver mais claramente o fotografado.
No final, entre a narrativa analítica, a procura do som para uma palavra, o desejo de entrar num universo particular, distante, o rosto das pessoas, a melancolia do espaço e dos objetos e a abstração no confronto com a memória, encontramos neste conjunto de trabalhos diversos modos de entender o universo complexo do Fado. Não se trata apenas de mostrar algo que relacionamos imediatamente com o género, à laia de uma ilustração ou mero documento, mas sim de trabalhar a partir de entendimentos particulares para construir uma leitura pessoal do tema.
O Fado mais do que ouvir-se, sente-se! Fotografei para contar estórias que empolem o sentir num universo que é cheio de palavras que fintam a morte, a tristeza e a saudade, mas as pessoas que fazem parte deste mundo não pensam que a vida que lhes calhou seja particularmente desagradável. Bem pelo contrário. São apaixonadas pelo que vivem. E eu também me apaixonei! O Fado, assim que reparamos nele ressoa sem princípio nem fim, convida a ir ver. E eu fui ver.
Era Outubro, quando as folhas ficam da cor do conhaque e todas as coisas, pessoas, dias e emoções se recolhem para desenhar novos começos. Iniciei ao universo do Fado a evitar etiquetas no exercício de pensar e a aceitar que há aqui uma infinidade de caminhos possíveis, mas sem saber por onde começar, fui para o caminho. O roteiro do Fado em Lisboa é tão vasto, aos dias de hoje, quanto desejarmos. Comecei no Bairro Alto mas podia ter começado na Mouraria ou em Alfama ou em muitos outros pontos. Lisboa tem Fado enraizado em todo o lado, tem pessoas, miúdos e graúdos, xailes e trajes, respiração e rouquidão, guitarras e violas, casas, tascas, cafés e noite. É um mundo onde a gente vive de noite, é uma lei em si mesmo, nem sempre se canta de luz apagada e não se ensaia, nem sempre se faz silêncio, mas a voz e o corpo, porque se canta com o corpo todo, às vezes levam-nos às lágrimas.
No âmbito deste projecto mantive presença regular nas casas de fado, quase todas com um ambiente intimista onde a emoção se sente de perto e à flor da pele. Estas fotos são mundividências minhas no universo do Fado. A observação destas imagens pretende invocar um enquadramento cinematográfico na memória da visualização do observador pelo que escolhi o formato super anamórfico (21.10). Em algumas o realismo é assumido com a profundidade de campo e noutras a magia acontece na profundidade de campo. Comecei a preto e branco mas depressa experimentei a cor e fiquei. A cor aqui fomenta a relevância da diversidade intensa destes ambientes.
Nesta linha de fusão Fado versus Cinema, colecionei momentos, fotografei sempre do mesmo ângulo, sempre com a luz ambiente, sempre com o mesmo plano como se estivesse a filmar com uma única câmara e a descobrir o que ali acontecia. Cada cena foi um desafio, cada cena foi uma conquista. Construí estórias com as sombras e as cores da tradição que o Fado emana.
Neste paralelismo com o cinema quis captar a emoção daquilo que estava a ver, quis imortalizar momentos em sequências que nunca se repetem porque no Fado não há ensaios, no Fado tudo acontece uma só vez, a vez a seguir já é outra cena. Em cada cena há uma contribuição de linguagens ímpares, há emoções. Esqueci-me do que me disseram, esqueci-me até de muito que vi mas jamais me vou esquecer do que senti. Há um momento de espanto antes de todos os detalhes pessoais começarem a desabar e é nesta hesitação que quero que perguntem, como eu me perguntei: “O que é o Fado?”. Deixem a pergunta repousar, entranhar-se e sintam a resposta. Ela vem!
Estas mãos. Como se estivesse a desenhar e caísse, inesperadamente, uma mancha de tinta ou uma lágrima imprevista.
Entrar na história do Fado transforma-nos. Foi, metaforicamente falando, tirar os meus sapatos, pisar este mundo e sentir-lhe o chão porque se não sentes o chão nunca sentes o mundo, nunca te sentes a ti mesmo. No fado, o nosso corpo é envolvido de tal maneira que mesmo passado algum tempo do fim do trabalho ele continua a polular da minha pele ao âmago. Não se explica: sente-se, vivesse e partilha-se.
Quando o Fado é entoado lança uma vibração, um eco, um som que vibra depois do som inicial e continua depois do som final. Se é que há final onde há saudade!
Na vida faz toda a diferença sentir saudade!
Ao pensar e pesquisar sobre o Fado para este projecto fotográfico, o nome de Alain Oulman impõe-se de imediato no que é o tecido da minha memória e na minha experiência de Fado. São quase todos compostos por ele os fados que hoje lembro: chegaram-me desde cedo e acompanharam-me ao longo da vida. A sensibilidade musical de Alain Oulman, o seu amor pela poesia de língua portuguesa, bem como a cumplicidade fácil e evidente com Amália, são o denominador comum das minhas memórias e dos meus gostos de Fado.
Foi
o músico das linhas melódicas compridas e mais complexas que impunha, não sem algum desconforto de quem há muito tocava ou fazia fados, uma nova linguagem musical ao fado nos anos 60 do século passado. Amante de artes e letras e grande conhecedor da poesia portuguesa, soube escolher poemas dos grandes poetas para musicar, e teve em Amália a indispensável voz que deu corpo a essa inovadora articulação entre o Fado e a poesia erudita, e que abriu novos horizontes artísticos ao que era então o Fado. O ponto de partida para Alain Oulman era sempre o poema, a música surgia posteriormente e ao piano, onde ele compunha. Só depois se convertia nas guitarras e na voz de Amália nos fados únicos e com um traço distinto dos que até aí se faziam.
Esta é a sua marca na História da Música Portuguesa do século XX. É desta marca, mas sobretudo dessa minha memória de Fado, ou melhor, dos fados que ouvi e que aprendi a gostar, que parti para tentar encontrar Alain Oulman. Fui aos locais que foram seus ou que frequentava, procurei alguns objectos que lhe pertenciam, mas sobretudo ouvi muitos fados, deixei-me sonhar porque com os seus fados em nós, é impossível não sonhar. São encontros e tantos desencontros; é o tempo que ora pára deixando-nos impotentes e inquietos, ora corre e desliza sem percebermos onde nos leva; são os enganos e desenganos que moram em cada dia; é o amor, e depois o desamor: paixão, traição logo seguidos do ciúme que nunca se faz esperar; é a vontade e o desejo que tantas vezes nem se sabe de quê; é a melancolia com que se olha para trás ou com que adivinhamos o futuro; é a alma de poeta que procura uns versos; são as alegrias tão fugazes e as tristezas que demoram. É sempre a saudade.
A noite cai e eu viro costas a Lisboa.
Sigo por um caminho que conheço bem e deixo-me levar por um novo universo. De repente, sei de cor o nome das terras mais improváveis onde o fado acontece, conheço os principais cantantes e as figuras que os acompanham na viola e na guitarra. Os sítios variam, porém, as caras são sempre as mesmas.
Na zona oeste, o grupo de pessoas que vive o fado é restrito. Os jornais locais e os cartazes colados nas paredes de cafés juntam-se às novas tecnologias das redes sociais para anunciar os eventos. A mais popular canção portuguesa não se ouve todos os dias, mas a agenda está perto de ser tão preenchida como a da capital.
Não há fadistas, guitarristas, nem apresentadores profissionais e o público vai dos 8 aos 80. Desde almas velhas que ainda contam em escudos aos sonhadores incuráveis que anseiam um dia rumar às casas de fado mais conceituadas.
A maior parte destas pessoas encontram nestas noites um modo de escape, seja para sair de casa, usar o par de sapatos que estava guardado no armário ou contribuir para uma causa. Do jantar até à ceia a música é uma constante e o ar tem um aroma característico a chouriço. Do início ao fim dos intervalos a broa e os copos de vinho reinam.
Os locais escolhidos não são casas de fado e os ‘backstages’ são improvisados. Seja em pequenas divisões de igrejas ou despensas de restaurantes, as mulheres ajeitam os xailes e dão um último retoque no batom encarnado enquanto os homens afinam as guitarras e trocam dedos de conversa. Nos salões principais as mesas são longas como as da última ceia e existe uma mistura eclética entre a decoração habitual dos espaços. São os elementos alusivos ao fado que atafulham, temporariamente, as salas durante as noites de gala.
Estas imagens resultam de um namoro de sete meses entre mim, a câmara e os locais onde acontecem as mais inesperadas noites de fado. Uma viagem que me levou por associações, caves, salões e até garagens de ambulâncias. O retrato de um universo local e as personagens que nele habitam e dão corpo ao fado.
Entre raios de luz e manchas de sombra, encontro estas pessoas. Pessoas do Fado. A luz e a sombra, a lembrarem-nos, ora o lado alegre, ora o lado triste que é o nosso Destino. Personagens que descobri no meu caminho e que têm vivido o Fado: a escrever, cantar, desenhar, partilhar, cozinhar, contribuindo para fazer o Fado acontecer, para fazer o Fado existir, vivendo nas ruas de Alfama, Mouraria e Graça.
‘Foi por portas e travessas’ que fui conhecendo as personagens deste meu trabalho: A Carmen que, de forma tão amável, me acolheu em sua casa; a Tininha que, com a sua simpatia, me contou as recordações do bairro que a viu crescer; a Augusta, que acompanhei bebendo uma “bica”; o Lino que se sentou à mesa comigo no seu restaurante; o Tony que me levou pela sua Mouraria passeando pelas ruas; o Zé Maurício que, com todo o entusiasmo, me deu a conhecer a sua família fadista; a Dona Violeta que me abriu a porta de sua casa e que de forma tão sentida cantou para mim; a Ana Teresa que me foi apresentando os seus desenhos e as suas caricaturas; o Sr. Maximino que me leu as maravilhosas quadras de sua autoria e, por fim, o Sr. Vítor que se sentou comigo no banco de jardim a falar das suas memórias.
No meu percurso pelas ruas destes bairros, onde o fado vive e convive com as pessoas de há muitas gerações, converso e oiço as suas histórias tão pitorescas, podendo relacioná-las com os seus retratos, dando-lhes voz e corpo. Quis trazê-las à luz, trazê-las ao lugar onde pertencem: o Museu do Fado.
Se eu quisesse, um dia à noite, era capaz de ouvir vozes mudas e descodificar risos longos, que só a amizade conhece. entre palavras e bebidas, deambularia sobre sombras anónimas do tamanho da solidão.
Se eu quisesse e o mesmo dia voltasse , talvez cantasse um poema sobre a loucura. talvez fosse capaz de estremecer o destino arrastando-o para o mar.
Se eu quisesse…
O fado era-me indiferente. Recordava o gravador
ITT que, naquelas quentes e abafadas tardes de verão da minha infância, tocava uma cassete da nossa grande Amália Rodrigues. Este era o meu único elo ao fado, de quem cresceu numa família de emigrantes.
Sem mais, vi-me a explorar o incomensurável vasto oceano do Fado , tendo apenas como mapa o espírito aventureiro dos marinheiros nas suas primeiras expedições. Ouvir Fado foi o primeiro passo e, durante meses, a Rádio Amália foi a minha estrela do Norte . Como toda a viagem, esta também teve as suas tempestades e o Adamastor não foi benevolente. O Fado era-me dissonante, sem nexo, na sua forma pura e cristalina de guitarra portuguesa e fadista. Até que, no meio da tormenta , a voz de uma tágide fez-se mais alta. Raquel Tavares. A sua música suavizava a guitarra com sonoridades distantes. Vi-me a chegar a porto seguro onde parei, escutei e redescobri o que era o Fado.
Levado pela brisa suave , percebi que na lírica fadista muita referência havia a vários lugares, acontecimentos, histórias e estórias de Lisboa. Coisas que ainda hoje tomam a sua forma. Vagueando nesta ideia, percorri as ruas de Lisboa, procurando reflexos do Fado. Numa desconstrução da realidade, através das cores e linhas, das formas disformes e do abstracionismo fotográfico, naveguei em busca do Fado e da sua simbologia, vendo a cidade como um espelho onde nos é refletida uma outra realidade. Uma realidade que nos é ignorada. Todavia, a realidade onírica refletida nem sempre é a que desejamos. Lisboa é muitas vezes cruel e impiedosa, pelo que foi minha vontade concretizar uma passagem entre o concreto e o irreal, onde na criação de reflexos fosse visível o Fado.
O presente conjunto de fotografias nasce de uma visão pessoal, disforme, caótica e singular . Uma visão que se dá, pelas minhas vivências e um universo ao qual acedo de forma intrínseca , pois o olhar que tenho é uma objectiva que transfigura a realidade e me transporta para um outro plano de existência.
Lourenço Marques 1971 .......
44 fotografias (33,6x16cm)
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Porto 1959 .......
13 fotografias (90x60cm e 60x40cm)
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Margarida Macedo Basto
Lisboa 1995
16 fotografias (45x30cm)
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Paulo Fernandes Pedroso
Leiria 1967
12 fotografias (de 30x45cm a 80x54cm)
Epson Ultrachrome K3
Epson hot press natural paper 300gr colagem sobre pvc de 3mm + molduras faia inoxidar@gmail.com insta@pf_pedroso
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Lisboa 1994 .......
13 fotografias (de 25,4x20,3cm a 68,3x47,5cm)
Epson Stylus Pro 9900 premium luster photo paper 260grm colagem sobre pvc de 3mm + molduras variadas ....... basto.margarida@gmail.com insta@mmb.jpg
16 fotografias (de 18x14,4cm a 60x52cm)
Epson Stylus Pro 9900
Enhance matte paper 260gr colagem sobre pvc de 5mm com estrutura ....... p.mnmadeira@gmail.com insta@pedronmadeira