TFG Cultivando a Cidade - Fazendo Vertical

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C U L T I VA N D O A C I D A D E FAZENDA VERTICAL

NATHÁLIA BARBOZA DE OLIVEIRA



UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU

NATHÁLIA BARBOZA DE OLIVEIRA

C U L T I VA N D O A C I D A D E FAZENDA VERTICAL

SÃO PAULO. 2019.



NATHÁLIA BARBOZA DE OLIVEIRA

C U L T I VA N D O A C I D A D E FAZENDA VERTICAL

Trabalho Final de Graduação apresentado à Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, como requisito para a conclusão do curso pela Universidade São Judas Tadeu, sob orientação do Prof. Leonardo Shieh.

SÃO PAULO. 2019.


“ACREDITO QUE AS COISAS PODEM SER FEITAS DE OUTRA MANEIRA E QUE VALE A PENA TENTAR.” ZAHA HADID


AGRADECIMENTOS Agradeço a Deus por todas as oportunidades que tive durante a vida. Agradeço a minha mãe Simone, que meu deu todo o apoio necessário para que eu tenha vencido os obstáculos que encontrei ao decorrer da vida, por todo o amor e paciência durante esses anos. Agradeço ao meu pai, Claudomiro, por sempre torcer pelo meu sucesso. Agradeço ao meu irmão, Brenno, que estava ao meu lado em todos os momentos, fáceis e difíceis, me apoiando sempre. Agradeço ao apoio incondicional que recebi do Rodrigo e da Neide, pessoas que levarei para o resto da vida no meu coração. Agradeço a minha avó, Aparecida, que em momento algum me deixou abaixar a cabeça e desistir. Agradeço a todos os meus amigos, que de coração entenderam meus momentos de total dedicação a está graduação e me apoiaram incondicionalmente. Agradeço a todos os chefes que tive durante essa jornada, que me ensinaram muito e me passaram todo o conhecimento necessário, para que eu me torne uma profissional humana e dedicada. Agradeço ao meu orientador, Professor Leonardo Shieh, que desde o meu primeiro ano passou ensinamentos valiosos e que carregarei comigo sempre, agradeço toda a dedicação para comigo e com este trabalho. Agradeço a Universidade São Judas Tadeu que me proporcionou momentos memoráveis, amizades verdadeiras e uma formação excepcional. Agradeço a todos os professores, que conseguiram passar os conhecimentos necessários para que eu chegasse até aqui. Obrigada.


RESUMO - CULTIVANDO A CIDADE - as cidades cresceram desordenadamente, e com isso, inúmeras questões são levantadas a respeito da manutenção sustentável e saudável da vida. A arquitetura e o urbanismo devem promover a materialização de soluções, criando espaços que expressem as novas necessidades urbanas. A fazenda vertical é um equipamento que propõe um novo olhar para a cidade contemporânea. O desafio é unir o campo e a cidade, o natural com o sintético e criar novos caminhos dentro do cotidiano, despertando uma consciência ambiental e global da maneira urbana de viver e consumir. Seja reaproximando as relações do homem com o alimento, fazendo repensar a relação dos dois com a cidade. Seja promovendo integração socioespacial, introduzindo uma educação sustentável, qualificando o uso dos espaços públicos, a geração de lucro e o abastecimento alimentar dos grandes centros. A fazenda vertical é um novo equipamento que deve se integrar e interagir com o homem, promovendo boas práticas e integrando o novo com o existente, orientando e capacitando o olhar sobre os desafios global de alimentação. Palavras chaves: arquitetura, cidade, fazenda, urbana.


ÍNDICE 1.INTRODUÇÃO

1.1.MOTIVAÇÃO p g 10 1.2.TEMA JUSTIFICADO p g 11 1.3.OBJETIVO p g 13

2.AGRICULTURA URBANA

2.1.CONCEITO p g 16 2.2.EXEMPLOS PELO MUNDO p g 17 2.3.EXEMPLO NO BRASIL p g 18 2.4.EM SÃO PAULO p g 20

3.FAZENDA URBANA

p g 24 3.1.AQUAPONIA p g 25 3.2.HIDROPONIA E AEROPONIA p g 25 3.3.A PRODUÇÃO COMO ESPAÇO CONSTRUÍDO 3.4.DICKSON D. DESPOMMIER p g 27

p g 26

4.ESTUDO DE CASOS

4.1.SUNQIAO URBAN AGRICULTURAL DISTRICT p g 30 4.2.WORLDS OF FOOD DAHA QATAR p g 32 4.3.SUPERFARM p g 34 4.4.MARKTHAL p g 36

5.PROJETO

5.1.O LOCAL DE INTERVENÇÃO p g 40 5.2.ANÁLISE DA ÁREA DE INTERVENÇÃO p g 45 5.3.A DISTRIBUIÇÃO E O ABASTECIMENTO DOS ALIMENTOS NA CIDADE DE SÃO PAULO p g 48 5.4.PARTIDO p g 49 5.5.PROGRAMA p g 52 5.6.SISTEMA ESTRUTURAL p g 54 5.6.1 ESTUDO DE CASOS PG55 5.7.FAZENDA VERTICAL p g 58

6. LISTA DE FIGURAS 7. REFERÊNCIAS

p g 104

p g 108


IMAGEM: LOCAL ROOST FARM


INTRODUÇÃO 1


MOTIVAÇÃO

A vida na sua forma mais pura se materializa através dos alimentos, a semente complexa e suas ramificações, o fruto que nos alimenta e nos nutre a promoção de todos os seres vivos. Atualmente, um dos ciclos essenciais para a existência humana neste planeta é completamente ignorado. Acomodados à rotina das grandes cidades, habituados às prateleiras dos supermercados e aos alimentos industrializados, não nos perguntamos, há décadas, quais os caminhos percorridos por cada um dos ingredientes essenciais para manutenção da nossa rotina alimentar. O homem urbano vem se relacionando com a cidade de diversas maneiras, mas sempre se distanciando das atividades rurais. Esta relação tênue precisa ser rediscutida, repensada e reconfigurada. Este trabalho final de graduação – TFG – propõe uma nova experiência para as cidades, uma nova perspectiva para a produção alimentar e para a qualidade de vida nos grandes centros. Ressignificando, por meio da arquitetura e do urbanismo o diálogo entre a cidade + homem + alimento, promovendo transformações culturais e sociais para a sociedade e para o meio ambiente.

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O habitante urbano típico de hoje não possui nenhuma consciência de onde e como se produz/comercializa a comida. Tornamo-nos dependentes de grandes e poderosas corporações que operam com a máxima rentabilidade econômica para prover quantidades de comida em grande escala a partir de processos industriais até nossos supermercados, o único lugar onde se tornam visíveis. Tudo o que acontece antes disso é invisível para o consumidor, enormemente complexo e, em última instância, insustentável. (QUIRK, VANESSA. ARCHDAILY, 2012)


TEMA JUSTIFICADO

QUANTO DE TERRA SERÁ NECESSÁRIO NO FUTURO?

DIAGRAMA 1 Baseado nos dados do Professor Dickson Despommier.

ONDE SE PERDE ALIMENTO?

DIAGRAMA 2 Baseado nos dados do Instituto de Economia Agrícola, do Governo de São Paulo.

QUANTO SE DESPERDIÇA?

=

1/3 DO QUE É PRODUZIDO NO MUNDO

EQUIVALENTE AO TERRITÓRIO DO MÉXICO

DIAGRAMA 3 Baseado nos dados da Organização das Nações Unidas.

¹ Organização das Nações Unidas. ONU,2014. ² DESPOMMIER, D. The Vertical Farm, 2012. ³Instituto de Economia Agrícola. IEA, 2008.

Estima-se que em 2050 a população mundial passe dos nove bilhões de habitantes, dado publicado em junho de 2017 no relatório “Perspectivas da População Mundial” da Organização das Nações Unidas. O panorama para as próximas décadas é de que 70% das pessoas vivam em grandes centros urbanos o que elevará a produção agrícola em 60%¹. Para alimentar toda a população, Dickson Despommier, professor da Universidade de Columbia, quantificou no livro The Vertical Farms (2012), que a agricultura convencional necessitará de uma área de cultivo, acrescida a área onde já se pratica a agricultura atualmente, 20% maior, equivaente ao territorio brasileiro, vide diagrama 1. Com o crescimento das manchas urbanas, a agricultura convencional vem enfrentando grandes problemas de logística, cada vez mais longe dos centros urbano a produção de alimentos sofre perdas (diagrama 2) de aproximadamente, 10% na colheita, 50% no transporte, 30% nas centrais de abastecimento e os últimos 10% ficam diluídos entre supermercados e consumidores, conforme aponta o relatório “Os números da crise dos alimentos”, desenvolvido pelo Instituto de Economia Agrícola, do Governo do Estado de São Paulo³. Proporcionalizando este desperdício, no estudo “The Future of food and agriculture” feito pela FAO, sigla em inglês da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura no ano de 2017, atualmente, 25% da área habitável da terra é ocupada pela produção de alimentos. Desta, um terço é desperdiçado, o que se equipará ao território mexicano, emitindo 3,3 bilhões de toneladas de dióxido de carbono por ano. O desperdício gera 250 trilhões de litros d’agua jogada fora e aproximadamente 1,4 bilhões de hectares de terra produzindo para não se consumir. A agricultura convencional ao longo das últimas décadas vem sofrendo dos impactos ambientais que causa o desmatamento, a poluição do solo, a contaminação da água e principalmente as oscilações do clima mundial. A mudança climática é um dos fatores cruciais para o desenvolvimento eficaz das safras, com as alterações no clima, os períodos de chuvas incertos e o descontrole dos ecossistemas de algumas pragas e do solo. O produtor rural não consegue garantir a qualidade e quantidade dos alimentos. A produção agrícola é responsável por contaminar o solo e a água, pela queima de combustível fóssil em muitos dos processos mecânicos da produção, o desperdício dos recursos naturais e o uso excessivo de agrotóxicos e pesticidas.

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IMAGEM: SKY GREENS

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OBJETIVO

Enquanto o universo se torna progressivamente urbano, nossos cultivos tendem a reduzirem-se e nossa dependência dos combustíveis fósseis torna-se adversa. Neste cenário, a pergunta de como vamos alimentar a milhões e milhões de habitantes das cidades no futuro não é um mero experimento mental: trata-se de uma realidade contingente. (QUIRK, VANESSA. ARCHDAILY, 2012)

Imaginemos uma cidade onde parte dos alimentos consumidos por seus habitantes são produzidos ali mesmo. Com uma produção eficiente, livre de agrotóxicos e com baixíssimos índices de desperdício dos recursos naturais e de alimentos. A proposta é uma edificação que possa suprir as necessidades alimentares e de sustentabilidade das futuras gerações. A fazenda vertical engloba na sua materialização através da arquitetura, o despertar de uma nova consciência social. Levaria o homem urbano a repensar a sua relação com a cidade e com o alimento. Construiria uma nova perspectiva colaborativa para as dinâmicas das cidades. O conceito de “cidades verdes” - resiliente, autossuficiente e com sustentabilidade social, econômica e ambiental ganha proporções relativas ao lugar que em que se aplica características próprias. Considerando fatores econômicos e sociais, direcionando uma perspectiva que assegura a segurança alimentar, o trabalho e um ambiente urbano mais reconectado com a natureza, a fazenda vertical é o ponto de intersecção das diferentes relações necessárias para a criação de um futuro melhor para todos.

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IMAGEM: BADIA FARMS


AGRICULTURA URBANA 2


“A horticultura urbana e periurbana (HUP) é o cultivo de uma grande variedade de lavouras, como frutas, hortaliças, raízes, tubérculos e plantas ornamentais, nas cidades e zonas circundantes.” (ONU - ALIMENTAÇÃO E A AGRICULTURA, 2017)

CONCEITO

A agricultura urbana é definida por ser uma gestão coletiva da população urbana, promovendo a produção de alimento de forma solidária e autônoma, reestruturando a relação de cultivo e consumo. É definida por apresentar características determinantes como a localização, a escala da produção e os sistemas produtivos adotados, as categorias e subcategorias de produtos (alimentícios e/ou não alimentícios) e a destinação do mesmo. Diminuindo o uso de agrotóxicos e de alimentos transgênicos, a proposta é criar uma rede de produtores orgânicos, garantindo a qualidade e a sustentabilidade dos alimentos e da produção. O produtor se relaciona em primeiro grau (diretamente) com o consumidor. A característica principal da agricultura urbana, explificado no diagrama 3, segundo o livro Growing Better Cities: Urban Agriculture for Sustainable Development, publicação da IDRC, sigla em inglês, Centro de Pesquisa para o Desenvolvimento Internacional, que distingue a agricultura convencional é a total integração no sistema econômico e ecológico urbano¹. A agricultura urbana é capaz de produzir, criar, processar e distribuir os alimentos dentro dos centros e periferias urbanas, (re)utiliza largamente os recursos da cidade e recoloca em discussão as relações entre natureza, cidade e homem.

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¹ IRDC. Growing Better Cities: Urban Agriculture for Sustainable Development. 2006

INTERAÇÃO CIDADE + AGRICULTURA URBANA

DIAGRAMA 4 Baseado nos dados do livro Growing Better Cities: Urban Agricultur for Sustainable Development.


EXEMPLOS PELO MUNDO

Figura 01: Cobertura estação de trem no Japão. Imagem Popup City.

Figura 02: Argricultura na cidade de Havana, Cuba. Imagem CPLUs.

Figura 03: Inauguração da horta no telhado do Opera Batille. Imagem Sarah Lasgeneux.

A ideia de produzir alimentos em solo urbano já vem sendo desenvolvida em vários países. Implementada na rotina urbana como uma solução sustentável que promove a utilização de lotes ociosos, uma nova consciência social e ecológica, reduzindo o caminho do alimento até o consumidor. Este capítulo exemplificará três cidades, que de formas diferentes colocam em prática a agricultura urbana. No Japão, que encontra dificuldades para achar áreas com solo disponível, as coberturas das estações de trem são utilizadas para cultivar frutas e hortaliças (figura 01). Em Tóquio, fachadas são alteradas para se transformar em fazendas verticais, criando área cultivável com ocupação do solo nula. O edifício de escritórios Pasona, dedicou 20% da sua área e sua fachada para o cultivo de vegetais, o que a tornou a maior fazenda urbana do Japão. Integrando espaços de trabalho com o cultivo hidropônico. Em Cuba até 1989, mais de 57% dos alimentos consumidos eram importados. Com o colapso das relações com a União Soviética o país teve que buscar soluções para alimentar toda a sua população. A criação do Departamento de Agricultura Urbana regulamentou politicas públicas que incentivaram a iniciativa da população, em cultivar, nos quintais e terrenos sem uso (figura 02), alimentos. Incorporaram no planejamento urbano as hortas e incentivaram territórios produtivos nos núcleos dos bairros, treinaram agentes para apoiar a população, criaram “seed houses” (casas de sementes) para garantir os recursos e tornaram, através de uma rede de vendas, estas hortas em parte da renda de quem produz. No ano de 2013, a capital cubana, La Havana, tinha 39.500 hectares ocupados por hortas urbanas, relacionados diretamente à 90 mil habitantes, produzindo 58 mil toneladas de produtos. Atualmente o Plano Estratégico da cidade redireciona áreas não ocupadas para o cultivo. Paris, em 2016, deu início a um conjunto de planos e projetos para que a cidade seja mais verde e diminua os impactos ambientais que causa. Entre os planos, a ambição de, até 2020, ter que um quarto da superfície da cidade coberta por áreas verdes se destaca. O Programa “Verde perto de mim”, licenciou 1.400 habitantes a plantar e cultivar, nos pés das árvores e na jardineiras de toda a cidade. Durante 4 meses, Paris recebeu 144 projetos para a construção de novos jardins, coberturas verdes e terraços cultiváveis (figura 03), dos quais 33 foram selecionados e serão implantados nos próximos anos, dados da Les Paris Culteurs, governo parisiense.

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EXEMPLO NO BRASIL O Brasil é um país com dimensões continentais. Com o crescimento das manchas urbanas a produção agrícola está cada vez mais longe dos centros das cidades. Neste capítulo é analisado um exemplo de fazenda urbana implantada no estado de Minas Gerais, que leva o titulo de 1º Fazenda Urbana da América Latina. A Be Green fica em Belo Horizonte, um dos principais centros urbanos do país. Construída com as principais premissas de eliminar a distância entre o produtor e o comprador e de trazer alimentos sustentáveis para o cotidiano da cidade. Instalada ao lado de um shopping, com uma estufa de 1.500m², a capacidade de produção mensal é 40 mil pés de alfaces e outras folhas verdes. O cultivo é totalmente orgânico e livre de agrotóxicos. O conjunto também comporta uma loja, que vende os produtos cultivados na fazenda, uma feira organizada para que os produtores locais vendam seus produtos, que devem ser orgânicos e sustentáveis, e um restaurante. Usando aquaponia como sistema produtivo (produção que une o cultivo sem solo de hortaliças com a aquacultura - peixes), o Be Green consegue manter uma produção fechada, onde a água dos tanques de peixes é a responsável pelos nutrientes necessários para o desenvolvimento das plantas (figura 13), o que gera um descarte mínimo relacionado ao sistema produtivo. A implantação da estufa segue o mesmo raciocínio sustentável, com o uso de madeira de descarte e o piso que foi desenvolvido a partir da lama que devastou a cidade de Mariana, também no estado de Minas Gerais, após o rompimento de uma barragem de sedimentos de mineração. A Be Green disponibiliza visitas guiadas diariamente por toda a Fazenda e organiza oficinas que incentivam o despertar sustentável como a Oficina de Plantio, Oficina de Autoirrigáveis, Oficina para Análise de Água, Desafio Olfativo e Degustação de Hortaliças Orgânicas. 20

Figura 04: Estufa de Be Green em Belo Horizonte. Imagem acervo pessoal.

“Quando as pessoas vêm para a cidade, perdem a conexão com a comida. O leite vem da caixinha. É bom mostrar para a criança que alface não vem da geladeira” (GRAZIANO, PEDRO. CEO da Be Green, 2017)


Figura 05: 1º Etapa da produção, sementes pré germinação. Imagem acervo pessoal.

Figura 06: Sementes germinadas, fase baby. 2º Etapa. Imagem acervo pessoal.

Figura 07: Após a germinação, os brotos ficam mergulhando em uma solução nutricional perioticamente, 3º Etapa. Imagem acervo pessoal.

Figura 08: Após a fase de germinação, que pode durar alguns dias, dependendo da cultura. Imagem acervo pessoal.

Figura 09: Brotos recém colocados no sistema de Aquaponia, onde ficarão até atingir o plantio. Imagem acervo pessoal.

Figura 10: Culturas em crescimento. Imagem acervo pessoal.

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Figura 11: Diversas culturas, prouzidas nas mesmas condiçoes. Imagem acervo pessoal.

Figura 12: Hortaliças prontas para o plantio. Imagem acervo pessoal.

Figura 13: Tanque de Tilapias. acervo pessoal.

Imagem


EM SÃO PAULO

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Pensar em São Paulo é pensar no caos de uma grande metrópole, que atingiu 20 milhões de habitantes, divididos por 38 municípios, porém, o Instituto de Pesquisa e Inovação em Urbanismo, publicou que um terço do território da cidade apresenta características rurais¹. Segundo dados cadastrais da Prefeitura da cidade, a zona sul é a região que conta com o maior número de unidades de produção, 320 UPAs, seguida da zona leste e norte, respectivamente com 70 UPAs e 30 UPAs. Entre os vários projetos que funcionam na cidade a ONG Cidade Sem Fome se destaca. É uma organização sem fins lucrativos que desenvolve programas de desenvolvimento de agricultura sustentável em áreas urbanas. Criada em 2004, o Projeto Hortas Comunitárias, transformas lotes particulares ou públicos da Zona Leste de São Paulo em hortas, melhorando a precariedade de uma das áreas mais vulneráveis e carentes. Até o momento, segundo dados disponibilizados pela ONG Cidade Sem Fome, 25 hortas comunitárias estão produzindo. Os agricultores urbanos somam 115 pessoas, garantindo a subsistência de 650 famílias. Em conjunto com os projetos, 48 cursos já foram ministrados pela ONG, capacitando aproximadamente 1.000 pessoas em técnicas de produção de alimentos orgânicos em áreas urbanas. A ONG Cidade Sem Fome também é a responsável pela implantação de 38 hortas em escolas públicas, visando uma alimentação saudável para as crianças e uma aproximação com o meio-ambiente. O Projeto Horta Escolar atende a 14.506 alunos, que segundo a ONG, os resultados apurados apresentam uma melhora nutricional de milhares de crianças. O Projeto Estufas Agrícolas, desenvolveu um protótipo de estufa mais barato, garantindo assim uma produção mais efetiva e que possa acontecer durante todas as estações do ano, chegando a 50% de economia em relação aos métodos tradicionais. a ONG já construiu sete destas estufas. ¹ Instituto de Pesquisa e Inovação em Urbanismo. Integração Urbana e Rural: A agricultura urbana e periurbana em São Paulo. 2016.

Figura 14: Horta implantada em Escola Pública da Zona Leste de São Paulo. Imagem ONG Cidade sem Fome.

Figura 15: Projeto Estufa Agrícula. Imagem ONG Cidade sem Fome.

Figura 16: Produtores agrícolas urbanos. Imagem ONG Cidade sem Fome.


Uma iniciativa da Prefeitura de São Paulo é a Casa da Agricultura Ecológica. A fim de garantir uma alimentação mais saudável para a população, foi disponibilizado no Parque do Carmo e em Parelheiros, as duas regiões com o maior número de produtores agrícolas urbano, casas que oferecem assistência para o produtor em todos as etapas, do plantio a comercialização. Dentro do projeto os produtores contam com o apoio de 30 produtores associados, com a disponibilidade de uma camara fria, auxiliando no armazenamento dos alimentos e com a participação em feiras de agroecologia, que acontece em diversos parques da cidade. A mudança para uma produção agrícola orgânica além de beneficiar a saúde dos consumidores, vai ao encontro com os objetivos de desenvolvimento sustentável da agenda da ONU 2030 e a política de segurança alimentar e nutricional.

“Se nos aproximamos da ideia de que a comida seja um alinhamento mais de projeto urbano, logo a seguir, deveríamos ser capazes de usar o projeto para diminuir não só a distância física, mas também conceitual, entre nós e nossos alimentos.” (QUIRK, VANESSA. ARCHDAILY, 2012)

IMAGEM: SKY GREENS

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IMAGEM: MICRO ACRES


FAZENDA VERTICAL 3


FAZENDA URBANA Com o objetivo de promover novos caminhos para a vida contemporânea, a fazenda vertical resgata a relação cidade + homem + alimento, atribuindo uma nova abordagem à consciência alimentar, associando o bem estar à promoção de alimentos de real qualidade. As vantagens da produção agrícola verticalizada, apontadas por Despommier (2010) são inúmeras, entre elas: a garantia de produção de diversas culturas durante todo o ano; nenhuma perda relacionada a situações adversas do clima; aproximação das relações produtivas e de distribuição; produção livre de pesticidas, herbicidas ou fertilizantes, otimiza os recursos hídricos, chegando a uma redução de 95%; redução da dependência dos transportes terrestres; maior controle sobre a segurança alimentar; sobre as variações de preço; novas oportunidades de empregos nos centros urbanos e a efetiva diminuição da emissão de poluentes no planeta. Em local controlado, com um custo menor que o das produções das fazendas convencionais, com uma maior rede de distribuição/logística e ecologicamente eficiente os edifícios fazenda produzem de 3 a 5 vezes mais que as fazendas convencionais. A fazenda vertical é uma das soluções para gerir a rede alimentar das grandes cidades. É a implantação de um novo conceito de vida urbana, colocando a produção de alimentos como uma das funções importantes no gerenciamento da cidade.

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“As cidades já têm densidade e infraestrutura necessárias para suportar fazendas verticais, e arranha-céus super verdes podem fornecer não apenas comida, mas energia, criando um ambiente verdadeiramente autossustentável.” (CHAMBERLAIN, Lisa. Em tradução livre. New York News. 2007)


AQUAPONIA

HIDROPONIA E AEROPONIA

Por volta de 1.000 a.C, os Aztecas já utilizam lagos como meio de cultivo para produzir plantas terrestres¹. A aquaponia é um sistema fechado, conforme diagrama 5, que utiliza a amônia produzida através dos dejetos dos peixes, que passa por um sistema de filtragem até alimentar as plantas, que por sua vez, absorvem os nutrientes da água e esta volta para o tanque de peixes e se repete infinitamente, segundo boletim regional, urbano e ambiental do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada - IPEA, publicado em 2017.

O SISTEMA FECHADO - AQUAPONIA

PLANTAÇÃO

A hidroponia é a técnica de plantio que utiliza apenas água na sua produção. Misturada a uma solução de nutrientes, o circuito precisa ser estabilizado de tempos em tempos, como descreve a Embrapa, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecúaria. Em ambiente totalmente controlado, a temperatura, iluminação e umidade são fatores supervisionados, a luz é um dos fatores que necessitam de maior atenção, já que é o responsável pela fotossíntese, tendo que atender a vários critérios específicos para o crescimento das plantas. Normalmente as produções são feitas em tubos de Policloreto de Vinila (PVC) ou em bambu. A aeroponia surge uma como alternativa para melhor aproveitar os espaços de produção. As plantas são suspensas e recebem diretamente na raiz gotículas da solução nutritiva, podendo haver produção na horizontal ou na vertical. O SISTEMA - HIDROPONIA

ÁGUA

FILTRADA PRODUÇÃO

PELA PLANTAÇÃO

AGUÁ NUTRIDA PARA A PLANTAÇÃO.

AGUÁ DO TANQUE DE PEIXES, FILTRADA, NUTRIDA PARA A PLANTAÇÃO. AMÔNIA

ÁGUA

FILTRADA PRODUÇÃO

PELA

27 DIAGRAMA 5 Baseado nas informações do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada - IPEA.

SOLUÇÃO DE NUTRIENTES

DIAGRAMA 6 Baseado nas informações Embrapa - Empresa Brasileira de pesquisa Agropecúaria.

¹Panorama da Aquacultura. Aquaponia.


A PRODUÇÃO COMO ESPAÇO CONSTRUIDO

Despommier, no seu livro “The vertical farm: feeding the world in the 21st century” (2010), afirma que o programa da Fazenda Vertical pode configurar uma complexa relação entre diferentes edifícios, criando espaços internos flexíveis que permitam máxima liberdade de layout, se modificando conforme as necessidades dos cultivos. Outro aspecto muito importante para Despommier é que o edifício deve ser pensado exclusivamente para atender as necessidades das produções, não excluindo o homem destes ambientes, já que o meio ideal para as plantas e para o homem tem aspectos muito parecidos. As diretrizes que toda fazenda deve atender, conforme o autor: - LUZ DO SOL - responsável pelo crescimento das produções, a captação de luz solar deve ser levada em consideração em todos os espaços de produção, desde sua entrada à sua dispersão pelo ambiente. A fazenda deve ser o mais transparente possível. A alternativa para áreas onde a entrada de luz solar não é eficiente se faz por meio de iluminação artificial. - ENERGIAS RENOVÁVEIS - a fazenda deve funcionar, ao máximo, de forma autônoma, utilizando meios para captução de energia, de forma sustentável, como o uso de energia solar, eólica (utiliza os ventos), energia geotérmica (transforma o calor da terra) e a incineração (que utiliza o lixo). - PROTEÇÃO DAS PRODUÇÕES - a produção deve ser protegida de toda as interferênci, Despommier (2010) enfatiza o uso de tecnologias para a proteção ideal das áreas produtivas.

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- MAXIMIZAR A PRODUÇÃO - muitas das culturas se desenvolvem nas mesmas condições de luz e umidade, podendo dividir as áreas de cultivo em multiculturas.

Figura 17: Mashambas Skyscraper, projeto vencedor da competição Skyscraper 2017. Projeto de Pawel Lipinski e Mateusz Frankowki.


DICKSON D. DESPOMMIER

O Professor Doutor Dickson D. Despommier, autor do livro, base das ideias discutidas neste trabalho, The Vertical Farm: Feeding the World in the 21st Century é, Phd, microbiologista, ecologista e professor emérito de Saúde Publica e Ambiental da Universidade de Columbia. Durante os 27 anos que lecionou, o Dr. Despommier, conduzi-o pesquisas que, em 1999 o levaram a defender a ideia de cultivar culturas em prédios altos, a agricultura vertical. Após 10 anos de pesquisas, em 2010, o livro The Vertical Farm foi publicado e usado, desde então, como fundamentação básica para o desenvolvimento de fazendas verticais no mundo inteiro.

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Figura 18 Fazenda Vertical, projeto do escritorio sueco Plantagon Internacional AB. Imagem Plantagon.


IMAGEM: LOCAL ROOST FARM


ESTUDO DE CASO 4


SUNQIAO URBAN AGRICULTURAL DISTRICT

Xangai é umas das maiores cidades urbanas do mundo, com uma imensa população e em plena expansão. Alimentar a todos é uma das preocupações do Ministério da Proteção Ambiental da China. Sunquiao Urban Agricultural District fica entre o aeroporto internacional de Xangai e o centro da cidade, se relacionando diretamente com as dinâmicas do lugar. O projeto, quando implantado, integrará sistemas de produção verticais com um conjunto de equipamentos para a cidade e para o desenvolvimento e estudo de tecnologias relacionadas à agricultura urbana. O projeto de produção utilizará duas formas produtivas – aquapônica e hidropônica – excelentes para a produção de folhas verdes. Como forma de preservar o distrito economicamente, ele conta com um conjunto de serviços e comércios, ativando uma rede local alimentar com o programa de restaurantes, mercados, academias de culinária e espaços educativos.

IMAGEM 19: SASAKI ASSOCIETES

Sasaki Associates Architecture Local Shanghai, China Área100 hectares Status Completo Agosto de 2016 IMAGEM 20: SASAKI ASSOCIETES

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IMAGEM 21: SASAKI ASSOCIETES

IMAGEM 22: SASAKI ASSOCIETES

IMAGEM 23: SASAKI ASSOCIETES

IMAGEM 24: SASAKI ASSOCIETES

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WORLDS OF FOOD DAHA QATAR

A instalação de pesquisa, educação e hospedagem projetada próxima a Doha, no Quatar, tem como objetivo promover a produção de horticultura, pecuária, pesca e agricultura de campo aberto, proporcionando ao seu habitante segurança alimentar. Organizado em três “blocos”, o Food Valley é implantado em torno de um vale central, onde se configura a produção de alimentos. O vale apresenta paisagens agrícolas do mundo inteiro e os espaços ao seu redor acomodam as áreas de educação, laboratórios e hospedagem. O edifício é equipado com um sistema de refrigeração sustentável e produção de água doce. O Food Garden, outro “bloco” da instalação, é organizado por um percurso de jardins cobertos, que produzem alimentos de todo o mundo. Cada setor cria seu próprio microclima, produzindo um caminho de cheiros e sabores. Este bloco também é equipado com hospedagem e laboratórios. O telhado deste bloco protege, umedece e arrefece, criando um ambiente agradável e confortável. Food Tower, o “bloco empilhado”, caracteriza a ambição dos proprietários em se tornarem o grande fornecedor de alimentos da região do Golfo. O edifício é tecnologicamente controlado, criando um sistema ecológico técnico para a produção agrícola. A torre está na área metropolitana de Doha e acomoda instalações voltadas para a educação e nos últimos pavimentos a área de hospedagem.

IMAGEM 25: VAN BERGEN KOLPA ARCHITECTEN

34 IMAGEM 26: VAN BERGEN KOLPA ARCHITECTEN


IMAGEM 28: VAN BERGEN KOLPA ARCHITECTEN

IMAGEM 27: VAN BERGEN KOLPA ARCHITECTEN

van Bergen Kolpa Architecten Local Doha, Qatar Área 33.000m2 Planejamento Design 2012 35 IMAGEM 29: VAN BERGEN KOLPA ARCHITECTEN


SUPERFARM

O projeto da Superfarm visa criar um ecossistema em um ambiente urbano. Com a produção de alimentos com alto valor nutricional, peixes e mel. A cultura de algas marinhas (spirulina, chlorella, kamath), a apicultura, a criação de insetos (besouros, lagartas, gafanhotos) e a aquaponia criam um ciclo, onde cada ser vivo se apoia no outro para que todos se desenvolvam. Em um área de 12.00 metros por 12,00 metros e podendo atingir no máximo 34 metros de altura, o edifício se desenvolve em 6 pavimentos, sobre a água minimizando os impactos da falta de áreas livres no centros urbanos. As produções são controladas, o que proíbe o uso de pesticidas, o que possibilita a recuperação do vapor d’agua. O uso de turbinas eólicas e painéis solares garantem a energia necessária para total funcionamento da fazenda.

Studio NAB França 36

IMAGEM 30: STUDIO NAB

IMAGEM 31: STUDIO NAB


IMAGEM 32: STUDIO NAB

IMAGEM 34: STUDIO NAB

IMAGEM 35: STUDIO NAB

IMAGEM 33: STUDIO NAB

IMAGEM 36: STUDIO NAB

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IMAGEM 37: MVRDV

MARKTHAL ROTTERDAM

No centro histórico de Laurenskwartier, bairro de Roterdã, o edifício é a junção de comida sustentável, laser e vida. O edifício tem noventa e cinco mil metros quadrados (95.000,00 m²) com 228 apartamentos, vagas no subsolo e um mercado central, que ao anoitecer abriga uma série de restaurantes e bares. O mercado central é composto por 96 barracas de comidas frescas, peixes, queijos e café. Sob um arco de quarenta metros de altura, coberto por um mural dos artistas Arco Coenen e Iris Roskam, remetendo a alimentos, flores e insetos no estilo holandês de natureza morta. O edifício também abriga o “The World of Taste”, um centro de educação, informação e inovação em alimentação saudável. O projeto tem um caráter aberto, com estrutura arqueada e uma relação transformadora entre o privado e o público, criando uma edificação híbrida entre alimento e habitação.

MVRDV Local Rotterdam, Holanda Ano do projeto 2014

IMAGEM 38: MVRDV

38


Planta pavimento térreo - Mercado e Restaurante. Fonte MVRDR.

IMAGEM 39: MVRDV

Corte do edifício. Fonte MVRDR.

39 IMAGEM 40: MVRDV


IMAGEM: LOCAL ROOST FARM


PROJETO 5


O LOCAL DE INTERVENÇÃO Trazer a produção de alimentos para dentro dos limites urbanos é a proposta da FAZENDA VERTICAL. A região central da Cidade de São Paulo é dinâmica e movimentada e a área escolhida para a implantação da proposta foi a Luz. O lote é um vazio urbano que divide a quadra entre a Av. Cásper Libero e a R. Brig. Tobias, ao lado da saída da estação da Linha 4 -Amarela e da estação de Trem da Luz. O lote é uma das áreas disponíveis para concessão junto ao Metrô, um vazio urbano ocioso decorrente das desapropriações que foram executadas para a construção da Linha 4 - Amarela. Inserido na Operação Urbana Centro, a área é uma ZC – Zona de Centralidade que conforme Lei de Zoneamento 16.402/16 configura uma área destinada à promoção de atividade típica de área central, estimulando majoritariamente o uso não residencial. Não se limitando a área de concessão, o projeto agregará o lote de acesso a CPTM Linha 4 – Amarela, onde foi implantada uma praça, cercada por grades. Da empena cega, no fundo do lote, até o passeio da Rua Mauá à apenas um edifício, o antigo Hotel Federal Paulista e do Comércio, tombado pelo Iphan e posteriormente pelo CONDEPHAAT, à construção ao longo das décadas foi se desconfigurando e se encontra em péssimas condições. O edifício também foi agregado à área do projeto. Diretamente relacionado ao local de intervenção, está a estação de Trem da Luz, o Museu da Língua Portuguesa, a Praça Jardim da Luz, e a Pinacoteca do Estado de São Paulo. A estação de trem Júlio Prestes e a Sala São Paulo também são equipamentos da região, vide mapa 1.

LOTE CONCESSÃO +

LOTE METRÔ +

42

HOTEL


43

MAPA DE EQUIPAMENTOS

ESTAÇÃO DE METRÔ LUZ

PINACOTECA DO ESTADO DE SÃO PAULO

LOTE

ESTAÇÃO DA LUZ

MUSEU DA LÍNGUA PORTUGUESA

PRAÇA DA LUZ

SALA SÃO PAULO

ESTAÇÃO JÚLIO PRESTES


LOTE CONCESSÃO

Figura 41: Atualmente o local serve de patio de veiculos para a Policia Civil. Imagem acervo pessoal

LOTE METRÔ

Figura 42: Acesso a Linha 4 - Amarela , atualmente a praça tem horairo de funcionamento e é cercada por grades . Imagem acervo pessoal.

HOTEL

Figura 43: Antigo Hotel Federal e do Comercio, sem concervação e com modificações, conforme desenhos do IPHAN. Imagem acervo pessoal.


LOCAL DA INTERVENÇÃO

Foto acervo pessoal.

Figura 44: Foto atual do local. Imagem acervo pessoal.


46

Figura 45: Foto atual do local. Imagem acervo pessoal.


25 DE MARÇO

LOTE

BOM RETIRO

PÓLOS

VIAS

Av. Tiradentes

Rua Brig. Tobias

Rua Mauá

LOTE

47

Av. Cásper Líbero

Av. Duque de Caxias

Servida de uma infraestrutura urbana completa, a região é próxima a pólos comerciais como a Rua 25 de Março, Rua Santa Ifigênia e a região de compras do Bom Retiro. A área é um reflexo da vida urbana e uma excelente localização de reaproximação da cidade+homem+alimento. A região da Luz é “cortada” por diversas vias importantes para a circulação na área central de São Paulo. O sistema viário da região é composto por avenidas de grandes fluxos e vias perimetrais. A Rua Mauá é uma extensão da Avenida Duque de Caxias, conectando a estação Júlio Prestes e a Estação da Luz. A Avenida Cásper Líbero, ligação entre a Estação da Luz e o Centro Velho, hoje ela ainda cumpre sua função com uma relevância menor. A Rua Brigadeiro Tobias, é umas das ligações diretas de quem vem pela Avenida Tiradentes sentido Centro. Com uma grande movimentação durante todo o dia a via é o principal eixo visual explorado. Servida pelas estações de Metrô, CPTM, Terminais de Ônibus e corredores exclusivos, a Luz é privilegiada. Conectada com todas as extremidades da cidade, sua excelente infraestrutura de transporte confirma a ideia de reaproximar o plantio da vida urbana. Com o epicentro de quatro linhas férreas, CPTM e Metrô, o fluxo diário nas plataformas das estações, CPTM Luz, integrando-se a Linha 1 – Azul e Linha 4 – Amarela do metrô e as Linha 7 – Rubi e 11 – Coral da CPTM, conforme dados da Secretaria de Transporte Metropolitanos (2017), é de aproximadamente 425 mil pessoas diariamente, vindas de todos os cantos da metrópole O uso do solo na região é demasiadamente diversificado, o que dificulta o levantamento fiel das atividades desenvolvidas. Na região há a mistura entre comércios, prestação de serviços e residências, sem que se consiga definir quais desses usos predominam em diversas das edificações. A predominância nos térreos é o uso comercial principalente nos edifícios residências que se destacam pela altura. O número de hotéis também é grande nesta área da cidade. Os edifícios mais baixos são configurados pela diversificação de uso no mesmo espaço. Os térreos sem recuos, com o uso comercial e/ou a prestação de serviço, é a configuração “padrão” entre estes edifícios. Os andares superiores se dividem em apartamentos, quartos de hotéis e quitinetes. O uso industrial não é mais encontrada na região, mas estacionamentos e oficinas funcionam em antigas construções industriais, que foram abandonadas e se encontram degradadas.

SANTA IFIGÊNIA

ANÁLISE DA ÁREA DE INTERVENÇÃO


LEVANTAMENTO - GABARITO 48

BAIXO DE 1 A 4 PAVIMENTOS

MÉDIO 4 A 10 PAVIMENTOS

ALTO +11 PAVIMENTOS


LEVANTAMENTO - USO DO SOLO 49

INSTITUCIONAL

COMÉRCIO

MISTO

RESIDENCIAL

SERVIÇO

HOTEL FEDERAL E DO COMERCIO


A DISTRIBUIÇÃO E O ABASTECIMENTO DOS ALIMENTOS NA CIDADE DE SÃO PAULO O local escolhido está diretamente relacionado a linha férrea. Hoje a cidade de São Paulo, possui a maior rede metroferroviária do país, com 368Km de trilhos, 13 linhas que totalizam 178 estações, dados oficiais da CPTM¹, atualizados em Setembro de 2019¹. Estar conectada a linha férrea facilitará uma das premissas da FAZENDA VERTICAL: a distribuição dos alimentos de forma mais rápida e segura para toda a cidade, diminuindo o uso de caminhões e desocupando as vias congestionadas de São Paulo do escoamento alimentício. Com a utilização da rede já existente o abastecimento chegará a mais de 20 cidades da região metropolitana e 3 da região noroeste do Estado. A implantação da Fazenda Vertical se relacionará diretamente com estação da Luz, da Linha 4 – Amarela O abastecimento feito de dentro da cidade para as suas bordas, atenderá um numero maior da população, ocasionará na diminuição dos alimentos desperdiçados durante os longos percursos percorridos até chegar na cidade e colocará nos mercados um produto que agregará melhor qualidade de vida para a população.

50


PARTIDO A convergência entre cidade + homem + alimento é o definidor da FAZENDA VERTICAL. A cidade deve permear para dentro do lote, onde as definições de espaços públicos e privados não terão delimitações rígidas. O homem, usuário desses espaços deverá entender os caminhos e os sentidos, se sentir próximo do moderno e da ancestralidade da necessidade de se alimentar. O alimento, norteador maior do edifício fazenda, deve se inserir à paisagem urbana trazendo toda a qualidade de vida que carrega consigo. A integração, diagrama 7, é uma das principais características do projeto, o eixo Praça da Luz – Pinacoteca – Estação da Luz - Fazenda Vertical deve ser nítido para quem transita pelo local. Conectando o verde da Praça com a produção da fazenda. Outra premissa dada pelo local é o edifício tombado do antigo Hotel Federal Paulista e Comércio, que deve voltar a sua ocupação inicial. Com a construção da fazenda e de seus equipamentos, ter o hotel no lote integrará os visitantes de fora da cidade com toda a experiência oferecida pela Fazenda Vertical e com a região. A configuração de uma praça elevada, que valoriza a vista do eixo de ligação entre os equipamentos já existentes é um dos norteadores das decisões projetuais. Outra condicionante é a perspectiva dos eixos visuais da região, integrando, não apenas o pedestre, mas todos os que passam pelo local. Materializando uma nova consciência urbana, uma experiência interativa, socialmente envolvente e lúdica, um laboratório vivo para a cidade.

51

DIAGRAMA 7 Integração entre os equipamentos já existentes, da direita para esquerda, respectivamente, Pinacoteca do Estado de São Paulo, Estação de Trem da Luz, Hotel Federal Paulista e Comércio e Fazenda Vertical.


DIAGRAMA 8 Evolução da geometria do edifico.

52

DIAGRAMA 9 Percepção do conceito urbano, a praça existentes e a proposta que amplia as opçoes.


DIAGRAMA 10 Conexão entre os pavimentos. Conexão entre o externo e o interno.

53

DIAGRAMA 11 Circulação


PROGRAMA

PRODUÇÃO

CAFETERIA | FRUIÇÃO PÚBLICA

COZINHA EXPRIMENTAL | EVENTOS

APICULTURA LABORATÓRIOS ADMINISTRAÇÃO TANQUE DE PEIXES

PRAÇA ELEVADA ÁREA TÉCNICA MERCADO | PRAÇA METRÔ 54

RESTAURANTE DIAGRAMA 12 Organização do programa na edificação.

=


- RESTAURANTE - Atraindo a população para o interior da fazenda, o restaurante promoverá refeições a orgânica e agroecológica para quem visita a região. - MERCADO – Diretamente relacionado com os acessos para o Metrô, o mercado que ficará estrategicamente na praça inferior convidará o usuário a uma nova experiência comercializando os alimentos produzidos na fazenda. - APICULTURA - As abelhas, responsáveis pela polinização das flores, vem desaparecendo dos grandes centros. A criação de abelhas em uma cidade como São Paulo ajudaria na manutenção do ecossistema e das áreas verdes espalhadas por toda região metropolitana. Em prática há alguns anos na Espanha, Hong Kong e Londres, a produção de mel orgânico e seus derivados é uma iniciativa a ser explorada. - BIBLIOTECA DE SEMENTES – Como uma biblioteca, os usuários podem pegar sementes e levar para o cultivo em suas casas, incentivando e aproximando a agricultura do cotidiano. A biblioteca funcionará com a troca de sementes, sugerindo que, após semeada, novas sementes devem ser devolvidas a biblioteca para que seja redistribuída. - CAFETERIA E LOJA DE AGROECOLÓGICOS – Espaços integrados, destinados à promoção de produtos sustentáveis e artesanais. A ideia é criar uma cooperativa de produtores autônomos, incentivando um consumo mais consciente. A cafeteria utilizaria produtos produzidos na Fazenda, e carregaria o conceito orgânico. - EVENTOS, PALESTRAS E CONVENÇÕES – Espaços dedicados à troca de conhecimentos e promoção de uma nova consciência urbana. As salas de aula devem interagir com o edifício e os espaços para evento. - COZINHA EXPERIMENTAL – Criado para que os usuários possam experimentar novas técnicas e projetos. A cozinha é destinada a realização de pequenos eventos e para cozinheiros que queiram vivenciar um novo re-pertório gastronômico.

– PRODUÇÃO – - Sala de Germinação - Sala de Brotos - Espaço para cultivo de frutas

- Espaço para o cultivo de verduras - Tanques para a criação de peixes - Apicultura - Biblioteca de Sementes - Camara Fria - Área de armazenagem e embalagens -Depósito de armazenagens seca - Depósito de armazenagem liquida - Doca de veiculo de médio porte - Controle - Liberação

- ADMINISTRAÇÃO – - Recepção - Financeiro - Diretoria - Sala de reunião – EVENTOS E TREINAMENTOS – - Salas de aula e workshop - Laboratório para analises/estudos - Cozinha experimental - Colheita Experimental - Espaço de Degistação – COMÉRCIO – - Mercado - Feira Orgânica - Lojas de agroecológicos – SERVIÇOS – - Restaurante - Cozinha - Geladeira - Despensa - Higienização - Dish - Residuos - Bar Restaurante - Cafeteria/Bistrô - Cozinha/Apoio - Bar Mirante - Apoio -Bicicletario – ÁREA TÉCNICA – - Sala de Manutenção 55 - Sala da Segurança - Sala dos funcionarios - Lixo/Descarte - Caixa D’água - Central de tratamento de água produção - Área técnica de acesso ao tanque de peixes


SISTEMA ESTRUTURAL O sistema estrutural proposto para o edifício da fazenda é o Diagrid, baseando-se no livro do Professor Boari Terri, da Escola de Arquitetura da Universidade de Waterloo, Diagrid Structures: Systems, Connections. O Diagrid é um sistema altamente adaptável e com uma ampla variedade de tipos, vãos e formas de construção, como descrito por Terri. Amplamente difundido nos últimos anos, o Diagrid é utilizado em edifícios não retilíneos, adaptando-se a curvas e ângulos, resistindo a todas as cargas de gravidade e lateral, criando desvios funcionais e sem a necessidade de estar relacionado a um núcleo tradicional. Diagrid é um sistema estrutural que mistura diagonais em uma grade, através de um sistema de triangulação, de espessura única, pode assumir múltiplas curvaturas e planos, características que o difere dos outros sistemas triangulares tridimensionais. O sistema é responsável por apoiar a borda dos pisos e carregar as forças gravitacionais e laterais que atuam sobre o edifício. O sistema cria vãos livres de colunas e pode ser fabricado a partir de uma variedade de materiais, se destacando para os avanços com madeira laminada e aço.

56


Figura 46: BuroHappold

MORPHEUS HOTEL Morpheus é um hotel de lazer e entretenimento localizado na cidade de Macau na China. O projeto de Zaha Hadid Architects se inspirou nas “esculturas chinesas em jade e suas formas fluidas”¹ para criar a volumetria do hotel. O escritório de engenharia BuroHappold foi responsável por executar o exoesqueleto exposto. Escultural no exterior, a utilização de um diagrid exclusivo, promoveu a oportunidade de otimizar os espaços internos. A estrutura foi pensando a tal escala de complexidade, que as ligações das peças de aço precisaram ser detalhadas pelo escritório, pois não havia sido feito nada do gênero anteriormente. Além de suportar a torre, o sistema estrutural foi equacionado para aguentar o clima de tufões da região. A estrutura externa eliminou suportes interno, ampliando seus ambientes, configurando um saguão de 40 metros de altura e eliminando a necessidade de paredes e colunas de apoio.²

Macau, China Arquitetura: Zaha Hadid Architects Estrutura: Burohappold Engineering Ano do projeto 2018

57

¹Descrição enviada ao Archdaily pela esquipe de projeto do Zaha Hadid Architects. Figura 47: BuroHappold


Figura 48: BuroHappold

AEROPORTO JEWEL CHANGI Sendo criado com a missão de conectar os terminais existentes do Aeroporto de Changi, Jewel mistura natureza e o urbano. Um complexo que conta com atrações de laser, comercio, serviços, instalações hoteleiras, e as operações aeroportuárias. O projeto de arquitetura é do escritório Safdie Architects. A geometria da cúpula toroidal semi-invertida foi estruturada pelo escritório de engenharia BuraHappold. Com 200 metros de diâmetro, é sustentada pelas bordas do jardim, o que criou um sistema estrutural interior quase sem colunas¹. O Diagrid foi responsável por estruturar de fora para dentro o edifício. Singapura Arquitetura: Safdie Architects Estrutura: Burohappold Engineering Ano do projeto 2019

58

Figura 49: BuroHappold


CONCEPÇÃO ESTRUTURAL

59

DIAGRAMA 13 Diagrid encorporado ao edificio.



FAZENDA VERTICAL

61




































A PRODUÇÃO EM NÚMEROS QUADRO DE ÁREAS

ÁREA DE LAJE PRODUTIVA = 67.868,00m²

TERRENO 16.110,00m² CA 6

BANDEJA

TO ATINGIDO 36% CA ATINGIDO 5,99

65% DA PRODUÇÃO É FEITA EM BANDEJAS TOTALIZANDO 44.114,20m² DE LAJE PRODUTIVA - O conjunto de bandejas, diagrama 14, ocupam 2,90m², já considerando o espaço para colheita.

ÁREA TOTAL CONSTRUIDA 96.568,00m²

- O conjunto de bandejas, 8 unidades, produz 720 mudas. - Cada muda, considerando as prinicpais culturas de folhas -alface, rúcula, couve- tem em média 200g. TOTALIZANDO UMA PRODUÇÃO DE 352,913,60m²

DIAGRAMA 14 Conjunto de bandejas.

TOTAL PRODUTIVO EM KILOS = 2.191.968 KG

TORRE 35% DA PRODUÇÃO É FEITA EM TORRES TOTALIZANDO 23.753,80m² DE LAJE PRODUTIVA - As torres tem 1,75m², já considerando a área necessária para a colheita. - Cada torre produz 256 mudas. - Cada muda, considerando as prinicpais culturas de folhas -alface, rúcula, couve- tem em média 200g. DIAGRAMA 15 Conjunto de torres.

96

TOTAL PRODUTIVO EM KILOS = 694.937,60 KG

21º PAV. | MIRANTE 20º PAV. 19º PAV. 18º PAV. 17º PAV. 16º PAV. 15º PAV. 14º PAV. 13º PAV. 12º PAV. 11º PAV. 10º PAV. 09º PAV. 08º PAV. 07º PAV. 06º PAV. 05º PAV. 04º PAV. 03º PAV. 02º PAV. 01º PAV. PRAÇA ELEVADA PRAÇA ACESSO PRAÇA METRÔ SUBSOLO

2.204m² 2,380m² 2.699m² 2.917m² 2.934m² 2.836m² 2.944m² 2.854m² 2.950m² 2.854m² 2.952m² 3.093m² 4.297m² 4.141m² 4.395m² 4.225m² 4.499m² 4.288m² 4.587m² 4.315m² 4.801m² 4.936m² 5.746m² 7.785m² 5.136m²


Figura 50 - Produção.

Figura 51 - Produção.


Figura 52 - Nível Praça Metrô.

Figura 53 - Nível Praça Metrô.


Figura 54 - Mercado.

Figura 55 - Mercado.


Figura 56 - Restaurante.

Figura 57 - Restaurante.


Figura 58 - Mirante.

Figura 59 - Mirante.


Figura 60 - Vista da Rua Brig. Tobias, diurna.


Figura 61 - Vista da Rua Brig. Tobias, noturna.



LISTA DE FIGURAS 6


LISTA DE FIGURAS

Figura 01: Cobertura estação de trem no Japão. Imagem Popup City. Figura 02: Argricultura na cidade de Havana, Cuba. Imagem CPLUs. Figura 03: Inauguração da horta no telhado do Opera Batille. Imagem Sarah Lasgeneux. Figura 04: Estufa de Be Green em Belo Horizonte. Imagem acervo pessoal. Figura 05: 1º Etapa da produção, sementes pré germinação. Imagem acervo pessoal. Figura 06: Sementes germinadas, fase baby. 2º Etapa. Imagem acervo pessoal. Figura 07: Após a germinação, os brotos ficam mergulhando em uma solução nutricional perioticamente, 3º Etapa. Imagem acervo pessoal. Figura 08: Após a fase de germinação, que pode durar alguns dias, dependendo da cultura. Imagem acervo pessoal. Figura 09: Brotos recém colocados no sistema de Aquaponia, onde ficarão até atingir o plantio. Imagem acervo pessoal. Figura 10: Culturas em crescimento. Imagem acervo pessoal. Figura 11: Diversas culturas, prouzidas nas mesmas condiçoes. Imagem acervo pessoal. Figura 12: Hortaliças prontas para o plantio. Imagem acervo pessoal. Figura 13: Tanque de Tilapias. Imagem acervo pessoal. Figura 14: Horta implantada em Escola Pública da Zona Leste de São Paulo. Imagem ONG Cidade sem Fome. Figura 15: Projeto Estufa Agrícula. Imagem ONG Cidade sem Fome Figura 16: Produtores agrícolas urbanos. Imagem ONG Cidade sem Fome. Figura 17: Mashambas Skyscraper, projeto vencedor da competição Skyscraper 2017. Projeto de Pawel Lipinski e Mateusz Frankowki. Figura 18: Fazenda Vertical, projeto do escritorio sueco Plantagon Internacional AB. Imagem Plantagon. Figura 19: Projeto Sunqiao Urban Agricultural District, SASAKI ASSOCIETES Figura 20: Projeto Sunqiao Urban Agricultural District SASAKI ASSOCIETES Figura 21: Projeto Sunqiao Urban Agricultural District SASAKI ASSOCIETES Figura 22: Projeto Sunqiao Urban Agricultural District SASAKI ASSOCIETES Figura 23: Projeto Sunqiao Urban Agricultural District SASAKI ASSOCIETES Figura 24: Projeto Sunqiao Urban Agricultural District SASAKI ASSOCIETES Figura 25: Projeto Worlds of food daha Qatar VAN BERGEN KOLPA ARCHITECTEN

Figura 26: Projeto Worlds of food daha Qatar. Imagem VAN BERGEN KOLPA ARCHITECTEN Figura 27: Projeto Worlds of food daha Qatar. Imagem VAN BERGEN KOLPA ARCHITECTEN Figura 28: Projeto Worlds of food daha Qatar. Imagem VAN BERGEN KOLPA ARCHITECTEN Figura 29: Projeto Worlds of food daha Qatar. Imagem VAN BERGEN KOLPA ARCHITECTEN Figura 30: Projeto Superfarm. Imagem STUDIO NAB Figura 31: Projeto Superfarm. Imagem STUDIO NAB Figura 32: Projeto Superfarm. Imagem STUDIO NAB Figura 33: Projeto Superfarm. Imagem STUDIO NAB Figura 34: Projeto Superfarm.Imagem STUDIO NAB Figura 35: Projeto Superfarm. Imagem STUDIO NAB Figura 36: Projeto Superfarm. Imagem STUDIO NAB Figura 37: Projeto Markthal Rotterdam. Imagem MVRDV Figura 38: Projeto Markthal Rotterdam. Imagem MVRDV Figura 39: Projeto Markthal Rotterdam. Imagem MVRDV Figura 40: Projeto Markthal Rotterdam. Imagem MVRDV Figura 41: Atualmente o local serve de patio de veiculos para a Policia Civil. Imagem acervo pessoal. Figura 42: Acesso a Linha 4 - Amarela , atualmente a praça tem horairo de funcionamento e é cercada por grades . Imagem acervo pessoal. Figura 43: Antigo Hotel Federal e do Comercio, sem concervação e com modificações, conforme desenhos do IPHAN. Imagem acervo pessoal. Figura 44: Foto atual do local. Imagem Acervo pessoal. Figura 45: Foto atual do local. Acervo pessoal. Figura 46: Projeto Morpheus Hotel. Imagem Burrohoppold Engineering. Figura 47: Projeto Morpheus Hotel. Imagem Burrohoppold Engineering. Figura 48: Projeto Aeroporto Jewel Changi. Imagem Burrohoppold Engineering. Figura 49: Projeto Aeroporto Jewel Changi. Imagem Burrohoppold Engineering.




REFERÊNCIAS 6


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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