Reforma e Contra-reforma A nova ĂŠtica religiosa e o Sentimento nacionalista.
A Igreja católica, durante o período medieval, condenava o lucro excessivo (a usura) e defendia o preço justo. Essa moral econômica entrava em choque com a ganância da burguesia. Grande número de comerciantes não se sentia à vontade para tirar o lucro máximo nos negócios, pois temiam ir para o inferno. Os defensores dos grandes lucros econômicos necessitavam de uma nova ética religiosa, adequada ao espírito capitalista comercial. Essa necessidade da burguesia foi atendida, em grande parte,
pela ĂŠtica protestante, que surgiu com a Reforma.
Com o fortalecimento das monarquias nacionais, os reis passaram a encara a Igreja, que tinha sede em Roma e utilizava o latim, como entidade estrangeira que interferia em seus países. A Igreja, por seu lado, insistia em se apresentar como instituição universal que unia o mundo cristão. Essa noção de universalidade, entretanto, perdia força à medida que crescia o sentimento nacionalista. Cada Estado, com sua língua, seu povo e suas tradições, estava mais interessado em afirmar
as diferenças do que as semelhanças em relação a outros Estados. A Reforma Protestante correspondeu a esses interesses nacionalistas. A doutrina cristã dos reformadores, por exemplo, foi divulgada na língua nacional de cada país e não tem latim, o idioma oficial da Igreja católica.
Martinho Lutero
Baseado em artigo extraĂdo de algosobre.com.br