Universidade Católica de Pelotas Centro Politécnico Curso de Arquitetura e urbanismo Trabalho de Conclusão de Curso
Cine Dom Joaquim
Acadêmica: Naiara Lima da Silva
Prof. Daniele Behling Luckow Prof. Orientador: Otávio Peres Pelotas, Julho de 2012 2
"O cinema não tem fronteiras nem limites. É um fluxo constante de sonhos." (Orson Welles) 3
Apresentação.................................................................................... 6 1. Aspectos Objetivos.......................................................................... 7 2. Cidade de Pelotas........................................................................... 10 3. Conceitos..................................................................................... 11 4. Aspectos históricos......................................................................... 14 5. Evolução...................................................................................... 19 6. Análise de procedentes................................................................... 22
6.2 Multiplex Bristol Playarte................................................................. 27 6.3 Espaço Itaú de Cinemas................................................................... 32 6.4 Conclusão da análise...................................................................... 36 7. Sítio........................................................................................... 38 8. Legislação.................................................................................... 40 9. Estudo do entorno.......................................................................... 42
10. Programa de necessidades............................................................... 56 11. Pré-dimensionamento.................................................................... 57 12. Funcionograma............................................................................ 62 13. Zoneamento................................................................................ 63 14. Conceituação.............................................................................. 64 15. Conclusão.................................................................................... 66
16. Anexos....................................................................................... 67 17. Referências................................................................................. 63
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O trabalho desenvolvido nessa pesquisa refere-se à disciplina de Trabalho de Conclusão de Curso I, pertencente ao nono semestre do Curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Católica de Pelotas. Esta pesquisa corresponde à apresentação detalhada do tema proposto, com levantamento de dados, local escolhido e suas devidas justificativas para a elaboração do projeto arquitetônico de um cinema para a cidade de Pelotas. Tendo em vista que todo o material aqui coletado servirá como embasamento para o projeto final de conclusão de curso.
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1.1 DEFINIÇÃO DO TEMA O tema proposto para o projeto de conclusão de curso é um complexo de cinema, que reúna algumas salas de cinema junto a uma praça de alimentação. Na praça de alimentação haverá restaurante, cafeteria, bar e lancheria, proporcionando as pessoas uma boa refeição com opções diversificada de pratos. A intenção é criar um local de lazer e cultura totalmente novo e diferente de tudo que há na cidade, oferecendo as pessoas uma opção de entretenimento, com qualidade, conforto e segurança, além de uma boa alimentação.
1.2 JUSTIFICATIVA O Cinema atualmente utiliza as tecnologias mais avançadas para chamar o público de volta as salas de exibições, ainda assim é possível perceber que o mercado do cinema diminuiu, porque no ano de 1975 havia 3.200 cinemas no Brasil, já no ano de 1986 esse numero cai para 1.400; de 270 milhões de espectadores em 1975 para 90 milhões em 1986. Em 2010 foi divulgado pelo IBGE a existência de 2.098 salas de cinema no Brasil, número maior que de teatros que chegam a 1.229 em todo o país. A cidade de Pelotas conhecida como a Princesa do Sul, destaca-se pela sua arquitetura, pelo sua importância histórica cultural, além de ser conhecida nacionalmente como a capital do doce. É difícil falar da história da cidade pelotense sem mencionar que no passado a cidade de Pelotas teve vários cinemas. Ao longo de sua história existiram 33 salas de exibições cinematográficas espalhadas por toda a cidade. No passado, o habito de ir ao cinema fazia parte das opções de lazer e divertimento das famílias pelotenses, que iam com bastante frequência as salas cinematográficas. Todos os cinemas que faziam sucesso antigamente hoje em dia estão fechados ou se transformaram em igrejas evangélicas e estacionamentos.
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Pelotas antigamente não ficava atrás de nenhuma cidade do estado quando o assunto era cinema. A cidade que possuía várias salas de exibições cinematográficas, hoje conta com apenas um, o Cineart, com três salas pequenas e sem exibições em 3D. A situação precária que atualmente encontra-se o cinema da cidade também foi um dos pontos decisivos para a escolha do projeto, já que esse não apresenta estacionamento, praticamente não tem segurança e nem local para alimentação (apenas vende pipocas, refrigerante e doces). O cinema também apresenta pouca limpeza e conforto, as salas não atendem totalmente ao público alvo e administração é falha. Além disso, não tem lugar para pessoas com deficiência física, e o atendimento assim como a higiene do local é ruim e há poucas opções de filmes.
Imagens do CineArt
O novo cinema de Pelotas deverá ter caráter empresarial, sério, voltado ao lazer e ao entretenimento; alias, esses fatores se constituem como sendo indispensáveis. Deve, necessariamente, ter ambientes modernos, equipamentos de alta tecnologia, proporcionando diversão e informação com fácil acesso ao público. Prezar pela segurança, pelo respeito e pelo cuidado com os funcionários e clientes, trazendo a cidade o conceito multiplex de cinema, com boas salas de exibições cinematográficas, com qualidade de som e imagens, além de serviços adicionais como a praça de alimentação e estacionamento.
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A intenção é que a cidade que já teve tantas opções cinematográficas não fique restrita apenas a um cinema de estrutura precária, com somente três salas, mas sim, que tenha a sua disposição um cinema com várias salas de exibições, várias opções de filmes em cartaz, com uma boa estrutura, conforto, fácil acesso, segurança e higiene, fatores que via de regra atraem mais facilmente ao público alvo. A idéia para esse projeto partiu primeiramente da vontade de criar para a cidade de Pelotas um novo local de lazer e cultura, que proporcione aos habitantes e visitantes um lugar não apenas para assistir a filmes, mas também para fazer uma boa refeição, encontrar amigos, passear com a família e se divertir. Suprindo acima de tudo a deficiência da cidade em salas de exibições cinematográficas e dando bons motivos aos pelotenses para sair de casa e ir até o cinema, tendo a sua disposição um lugar de qualidade para se distrai e esquecer da correria e do estresse do dia-a-dia.
1.3 PÚBLICO ALVO Atender ao público em geral, que seja um local freqüentado por crianças, jovens, universitários, adultos e idosos, sendo um lugar sem distinção de idade. Atendendo principalmente a população pelotense, e também a possíveis visitantes de cidades vizinhas que não tem cinema, como Turuçu, São Lorenço, Canguçu, Arroio Grande, Morro Redondo, etc. Através de uma gestão particular, o cinema deve possibilitar que todos conheçam a cultura cinematográfica, que é tão famosa, que provoca sentimentos e desperta à beleza. Tendo além da opção de entretenimento, a opção de experimentar novos pratos e sabores através da culinária oferecida na praça de alimentação.
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2. A CIDADE DE PELOTAS O município de Pelotas está localizado na região sul do Estado do Rio Grande do Sul, as margens no Canal São Gonçalo que liga as Lagoas dos Patos e Mirim, as maiores do estado do Rio Grande do Sul. Possui uma área de 1610,09 Km² e uma população de 328.275 habitantes, sendo a 3ª população mais populosa do estado. Situa-se há 250 quilômetros de Porto Alegre, e seu clima é considerado subtropical úmido. Além de ser uma cidade rica culturalmente, Pelotas ainda apresenta uma importância arquitetônica tanto no centro histórico da cidade como nas charqueadas ao longo do Canal São Gonçalo, que juntos formam parte do patrimônio cultural da cidade. A cidade conta com cinco instituições de ensino superior, três teatros, uma biblioteca pública municipal e três clubes de futebol. Destace- se pela agradável praia do Laranjal e pelas suas belas paisagens e monumentos históricos. Atualmente a economia da cidade está voltada para o agronegócio e o comércio. Conhecida como a capital do doce, todos os anos há a importante Feira Nacional do Doce (FENADOCE), festa de eventos famosa pelos doces de origem portuguesa que são comercializados.
Mapa de Pelotas 9
3.1 PRINCIPAIS CONCEITOS Cinema é definido como a arte de compor e realizar filmes destinados a serem exibidos em projeções cinematográficas num estabelecimento. Cinema é um misto de entretenimento, com diversão e cultura, uma indústria que fatura milhões e possui um atrativo que nos prende pela sensibilidade e emoção, é a arte de compor e realizar filmes cinematográficos. O cinema é a técnica de projetar fotogramas (quadros) de forma rápida e sucessiva para criar a impressão de movimento, (que é a síntese do cinema) bem como a arte de se produzir obras estéticas, narrativas ou não, com esta técnica. Ele é simultaneamente arte, técnica, indústria e mito.
3.1.1 CINEMA TRADICIONAL: São as grandes salas de exibições do passado, com apenas uma sala de cinema, que exibia um filme de cada vez, com muitas poltronas para o público. Apresenta alto custo operacional, pois necessitam de vários empregados para manter a infra-estrutura e de uma freqüência bem maior dos espectadores para mantê-lo em funcionamento. Utiliza o sistema analógico de filmes, que produzem imagens com beleza e expressividade, porém, o projetor mecânico acaba desgastando a qualidade do filme, ou seja, quanto mais o filme é exibido mais sua imagem tende a piorar. As companhias cinematográficas gastavam, e ainda gastam, muito dinheiro com a gravação de fitas, distribuição e recolha de filmes para os cinemas do mundo inteiro.
3.1.2 – CINEMA DIGITAL: O Cinema digital traz uma tecnologia que constantemente vem se aperfeiçoando. O sucesso desse tipo de cinema está na vantagem do baixo custo de produção e na forma menos complicada. Apresenta qualidade de imagens, cores e contrastes. Trata-se de um processo fotoelétrico, onde a luz é transformada em ele-tri-ci-dade e codificada em fileiras de zero e um. O resultado é facilidade, economia de tempo e de dinheiro na produção, distribuição e projeção dos filmes. No cinema digital a imagem não perde qualidade conforme vai sendo exibida, a nitidez de um filme feito atualmente e exibido daqui a muitos anos deverá ser a mesma. 10
Com o sistema digital é possível editar as imagens logo após a sua gravação, sem ser necessário passar por qualquer processo de conversão. Além disso, o formato digital possibilita flexibilidades como maior manipulação da imagem e reprodução do filme em várias línguas.
3.1.3 – CINEMA 3D: Com o objeto de chegar cada vez mais próximo da realidade, o cinema 3D vem ganhando as bilheterias dos cinemas no Brasil. As salas com projetor digital podem exibir filmes em 3D, digital e película, de acordo com a oferta de títulos no mercado. As telas são prateadas – “Silver Screen” – apropriadas para refletir as imagens projetadas digitalmente em 3D. Os óculos especiais permitem aos espectadores assistir aos filmes neste formato, há os mais modernos em uma versão escura, ou ainda os mais antigos com lentes coloridas em vermelho e azul. A primeira tecnologia permite uma melhor noção de profundidade que a anterior. O cinema digital traz para o espectador filmes de alta qualidade, que podem ser formatados em 3D, e dá aos produtores mais oportunidades para usarem a criatividade. Filmes digitalmente masterizados são extremamente realistas e oferecem uma gama de até 35 trilhões de cores.
3.1.4 CINEMA IMAX: É a mais moderna experiência cinematográfica do mundo The IMAX Experience. Com imagens mais claras e brilhantes e com surround, o espectador é envolvido pelo filme. A tela, com 14 m de altura e 21 de largura, equivale a um edifício de cinco andares e permite uma visão geral do filme, de qualquer lugar da platéia. O IMAX 3D é uma projeção mais realista do que a comum, pois faz com que o 11
espectador sinta-se como se estivesse dentro do filme. A sensação de imersão é única no sistema IMAX graças ao tamanho, formato e posicionamento da projeção, que criam a ilusão de que os limites da tela desapareceram. Assim, as imagens IMAX 3D parecem de um tamanho natural, mais perto do público. É como se saltassem da tela, direto para frente do seu rosto. Atualmente existem apenas quatro cinemas do tipo IMAX no Brasil.
3.1.5 PRAÇA DE ALIMENTAÇÃO: Ambiente normalmente localizado em grandes estruturas, como centros comerciais, aeroportos, hospitais, universidades , cinemas, etc, para o consumo de alimentos. É uma grande área gourmet onde as pessoas têm algumas opções de escolha, como: área bistrô (mesas altas para lanche rápido), mesas comunitárias com cinco, quatro e dois lugares, e lounges próximo as áreas dos cafés.
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4.1 HISTÓRIA: A criação de uma pequena máquina, que nada mais era que uma caixinha sobre um tripé, chamada de Cinematográfico, deu origem a uma indústria milionária que serviu de alimento para grandes sonhos e enormes paixões, o Cinema. A história do cinema teve origem através do seu inventor máximo, Thomas Alva Edison. Ele criou o Cinetoscópio em 1892, e foi um sucesso, as imagens apareciam através de uma “janelinha iluminada” colocada no alto de uma caixa, proporcionando assim a observação para uma pessoa de cada vez, entretanto tinha a desvantagem de não projetava imagens, não atendendo ao público, por não prestava exibição coletivas. O dia 28 de Dezembro de 1895 tornou – se uma data especial para o cinema, pois foi nessa data no porão do Grand, Café em Paris que os irmãos Lumière realizaram a primeira sessão pública do seu invento, o Cinematógrafo. A exibição durou 20 minutos e foram projetados filmes curtíssimos, cada um com a duração aproximada de um minuto. O evento causou comoção nas 33 espectadores que estavam presente. Já no dia seguinte as sessões foram programadas para manhã, tarde e noite, cerca de duas mil pessoas compareceram e no terceiro dia esse número subiu para 3 mil. Com o tempo os irmãos descobrem ter em mãos ma “mina de ouro”, e logo abrem franquias não só em cidades francesas como também na Inglaterra, Bélgica, Itália, Alemanha, Espanha, Rússia e em 1896, as imagens em movimento estavam sendo exibidas em Nova Iorque, berço do cinema norte-americano.
4.2 A ERA DO SOM: Vários experimentos com som já haviam sido feitos, mas havia problemas de sincronização e amplificação. Depois de filmes musicais que possuíam alguns diálogos e cantorias sincronizados a partes totalmente sem som, em 1928 o filme “The Lights of New York” se tornaria o primeiro filme com som totalmente sincronizado. Mas somente em 1929 o cinema Hollywoodiano era totalmente falado, enquanto no resto do mundo por razões econômicas, a transição do cinema mudo para o falado foi feito mais lentamente. 13
As sequências dos filmes tinham como pivô a musica sinfônica, as imagens eram de uma criatividade e de uma beleza raras, que encontrou-se um desafio de que o som das salas de exibições estivessem a altura dos filmes. A primeira experiência foi a de colocar uma caixa de som sobre trilhos por trás da tela. Funcionava muito bem, mas isto era muito complicado. Então perceberam que era preciso colocar caixas ao redor as salas. Num sistema estéreo com duas caixas só a esquerda e a direita a única maneira de colocas um som no centro é fabricar um centro “fantasma”. Atualmente existe três sistemas de gravar e reproduzir sons digitais em cinemas: Dolby SRD (sistema de compressão de áudio que permite a codificação de até seis canais independentes de audio), Sony SDDS (usa um formato de oito canais com duas caixas, e DTS (formatos de áudio multi-canal) .
4.3 ANOS 40, 50 e 60: ANOS 40: No Brasil assim como nos Estados Unidos e Europa, nas primeiras décadas de exibição o cinema era cada vez mais presente na vida das pessoas, não só pela arte, mas também pelo fácil acesso. Haviam salas espalhadas por toda a cidade, elas não ficavam limitadas apenas ao centro da cidade, pois haviam salas de exibições até em bairros mais afastados. Nos anos 40 e 50, as salas de cinema do país eram frequentadas como uma assiduidade que poucas cidades do mundo podiam ter. ANOS 50: De acordo com dados do Ministério da Cultura em 1953 existiam aproximadamente 3.200 salas no país, hoje em dia existem 2.098. O glamour dos palácios majestosos durou até meados da década de 50, quando a sala de cinema sentiu um pequeno afastamento do público, culminado com o fechamento de algumas delas. O cinema tento recuperar público com o filme falado, além de atrair o espectador com as fitas coloridas, e os cinemas luxuosos. Estudiosos da época atribuíram a queda de público e fechamento de algumas casas ao advento da televisão, no início dos anos 50. Com a grande expansão do novo veículo, em 57 a perda do público de cinema leva a uma forte crise do mercado. É nesse período que os palácios cinematográficos perdem seu prestígio. ANOS 60: O cinema da era pré-televisão, salvo as naturais exceções, estava voltando ao entretenimento, ao trivial espetáculo de imagens projetadas numa tela. Neste período o cinema ficava esperando os filmes, diferentemente do que acontece hoje em dias que independente do tamanho das salas o importante é a formação do público. 14
4.5 CINEMA NO BRASIL: A primeira exibição de cinema no Brasil aconteceu em 8 de julho de 1896, no Rio de Janeiro, por iniciativa do exibidor itinerante belgaHenri Paillie. Naquela noite, numa sala alugada do Jornal do Comercio , na Rua do Ouvidor, foram projetados oito filmes de cerca de um minuto cada, com interrupções entre eles e retratando apenas cenas pitorescas do cotidiano de cidades da Europa. Só a elite carioca participou deste fato histórico para o Brasil, pois os ingressos não eram baratos. Um ano depois já existia no Rio uma sala fixa de cinema, o "Salão de Novidades Paris", de Paschoal Segreto. A estruturação do mercado exibidor de cinema no país acontece entre 1907 e 1910, quando o fornecimento de energia elétrica no Rio e São Paulo passa a ser mais confiável. Em 1908 já havia 20 salas de cinema no Rio, boa parte delas com suas próprias equipes de filmagem. Entre os anos de 1950 a 1960 em São Paulo, surge o estúdio da Vera Cruz que buscava produzir no Brasil, filmes sérios, com uma preocupação estético-cultural. Tinham uma produção cara e de qualidade, mas faltava-lhe uma distribuidora própria e boas salas de exibições (ainda não havia no país) para absorver a sua produção. Nesta fase há o surgimento do Cinema Novo, movimento carioca que abrange o que há de melhor no cinema nacional, época de intensa produção e premiação. Em Pelotas, Francisco Santos realiza "O Crime dos banhados" (1914), provavelmente o primeiro longa brasileiro. A Pronochanchada é um gênero do cinema brasileiro comum na década de 1970. Surgiu em São Paulo, foi uma produção bem numerosa e bem comercial. O Brasil passou a produziu mais filmes: chegou a 100 em 1978 e a 103 em 1980. E a participação dos filmes brasileiros no mercado cresceu muito: de 14% dos ingressos vendidos em 1971 para 35% em 1982. Em outubro de 1982, a crise econômica do país piora, falta dinheiro para que o consumidor brasileiro possa ir ao cinema, falta dinheiro para produzir filmes e a produção volta a cair. A partir de 1995, começa-se a falar numa "retomada" do cinema brasileiro. Novos mecanismos de apoio à produção, baseados em incentivos fiscais e numa visão neoliberal de "cultura de mercado", conseguem efetivamente aumentar o número de filmes realizados e levar o cinema brasileiro de volta à cena mundial. No entanto, as dificuldades de penetração no seu próprio mercado continuam: a maioria dos filmes não encontra salas de exibição no país, e muitos são exibidos em condições precárias: salas inadequadas, utilização de datas desprezadas pelas distribuidoras estrangeiras, pouca divulgação na mídia local. 15
Alguns filmes lançados na primeira década do novo século, com uma temática atual e novas estratégias de lançamento, como Cidade de Deus (2002) de Fernando Meirelles, Carandiru (2003) de Hector Babenco e Tropa de Elite (2007) de José Padilha, alcançam perspectivas de carreira internacional, e grande público no Brasil, fazendo com que as pessoas voltem as salas de cinemas.
4.6 CINEMA EM PELOTAS: Fora do eixo Rio - São Paulo, a cidade de Pelotas era a que mais se destaca quando o assunto era cinema. A cidade chegou a possuir 33 salas de exibições cinematográficas espalhadas por toda a cidade, e atualmente existe somente um, o Cinearte com três salas pequenas de exibições cinematográficas e sem filmes em 3D. O ultimo cinema a encerrar as suas atividades foi o Cine Capitólio, que se localizava na Rua Padre Anchieta, no centro da cidade. Inaugurado no ano de 1928, o cinema fechou suas portas em 2008, dando lugar a um estacionamento. O Teatro Sete de Abril, sempre foi palco para grandes apresentações dos mais variados gêneros, por um longo período também funcionou como sala de exibição de cinema. O Cine-Teatro Apollo localizado na Rua Gomes Carneiro é considerado pelas pessoas que presenciaram suas grandes exibições o cinema da saudade, durante anos ele foi lotado por apreciadores da sétima arte. Hoje em dia esse Cine-Teatro deu lugar a um prédio. O mesmo fim foi dado ao Cine América, Cine Politeama, o Cine Coliseu e o Cinema Ponto Chique na Rua Quinze de Novembro. Muitos dos cinemas que faziam sucesso antigamente hoje em dia se transformaram em igrejas evangélicas, é o caso do Cine Tabajara, Cine Esmeralda, Cine Glória e o Cine Rádio Pelotense, sendo esse o penúltimo Cinema de calçada a encerrar as suas atividades no ano de 1997. No entanto ainda há um grande público que não troca as salas de cinema pelas salas de casa, principalmente depois da chegada do cinema 3D, e o aumento de filmes de longa metragem que utilizam essa tecnologia.
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O gerente do cinema Cineart, Geraldo Sica explica que os filmes em três dimensões tem um custo elevado, o que acarretaria no aumento do valor do ingresso, resultando num público ainda menor que o atual. Geraldo Sica que trabalha há mais de 50 anos com exibições cinematográficas em Pelotas diz que o fechamento das grandes salas de cinema não é um problema apenas local. “As grandes salas fecharam, o cinema caiu, pois antes as pessoas não tinham televisão. Acredito também que por uma questão de segurança. As salas pequenas crescem porque os cinemas de shopping são mais seguros”, disse. Ao contrario dos espaços físicos dos cinemas que diminuíram, os alternativos vem crescendo. O apoio das universidades e as produções locais de curta e de longa-metragem têm ajudado a mudar a imagem do cinema. A história do cinema em Pelotas teve um marco tão forte que até hoje é tema de pesquisas e debates. Atualmente há O Festival Manoel Padeiro de Cinema e Animação, realizado em Pelotas, é uma mostra competitiva ao ar livre de curtas-metragens nas categorias ficção, documentário, animação, videoclipe e vídeo universitário. No ano passado o festival chegou a sua 3ª edição.
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5.1 EVOLUÇÃO DO CINEMA:
O espetáculo cinematográfico levava a milhões de pessoas às salas exibidoras. Em princípio os filmes eram projetados em locais impróprios, salões comunitários, feiras, circos, garagens, etc. A boa freqüência do público levou os exibidores a construírem prédios maiores, luxuosos, verdadeiros “palácios” que estimulavam a imaginação do espectador ao penetrar no mundo mágico da fantasia. Nos anos 50 o cinema sofre uma grande queda de público em razão da chegada da televisão. O socorro veio através da ciência e dos novos processos de filmagem e projeção: com “tela panorâmica” se esticavam as imagens; a 3ª dimensão, em 1952, nos dava a ilusão de relevo e o Cinemascope focalizava na tela gigante os cenários que a telinha da tevê era incapaz de reproduzir. Então nos anos 60 o cinema volta a se reerguer. Os cinemas tradicionais faziam muito sucesso em sua época, e o público começou a frequentar as grandes e luxuosas salas de cinemas, que utilizava o sistema ana-ló-gico de exibição de filmes. No entanto, as grandes salas apresentavam um alto custo para manter-se em funcionamento. Então anos mais tarde surgem os complexos de cinemas, que apresentam várias salas de exibições no mesmo local. O cinema da um grande salto ao chegar à era digital, que significava uma nova maneira de fazer e mos-trar os filmes, mudança que foi considerada pelos profissionais da área algo tão importante quanto o advento do som e da cor nos filmes no início do século XX. O ano de 2002 é marcado pelo lançamento de Star Wars II, considerado o primeiro filme digital de alta definição. Nessa época o cinema digital já tinha chegado a Europa e o Japão e já existiam mais de cem salas preparadas para esse formato. Hoje, há centenas de cinemas digitais espalhados pelo mundo, mas estão concentrados principalmente nos Estados Unidos, pois os grandes estúdios uniram-se para criar um padrão de equipamentos e um formato para financiar essa troca. Lançaram o padrão Digital Cinema Initiatives (DCI) e os filmes produzidos por esse poderoso grupo, responsável por 68% da bilheteria brasileira em 2006, só poderão ser exibidos em salas com certificado DCI. No Brasil, a conversão ainda está insipiente., Existem aproximadamente 145 salas e um total de 2,1 mil cinemas com projetores digitais. 18
No entanto, apenas duas salas estão no padrão DCI, o que significa que os exibidores digitais correm o risco de ficar sem conteúdo em suas salas por não terem o certificado DCI. Calcula-se que o investimento necessário para transformar as salas e projetores analógicos para digitais no Brasil seja de 250 milhões. Enquanto isso, país ainda busca criar seu próprio modelo de cinema digital. Com objetivo de tornar os filmes mais reais através de imagens perfeitas com ótimas resoluções, e utilizando que há de mais novo em tecnologias cinematográficas, o cinema 3D chega conquistando o publico. As salas costumam ser pequenas e confortáveis capazes de exibir não só filmes em 3D, mas também filmes digitais e película.
5.2 CINEMA MULTIPLEX: No ano de 1997 foi implantado no Brasil por grandes redes multinacionais o conceito Multiplex de cinema. Este conceito traz ao público além de boas salas de exibições cinematográfica, oferta de serviços adicionais, que incluem estacionamento, praça de alimentação, sala de jogos eletrônicos e alguns ainda apresentam lojas. O tipo Multiplex surgiu há cerca de 20 anos nos Estados Unidos, e vêm dominando o mercado nacional, com rapidez e aumentando significativamente o público. Atualmente 3% das salas de exibições estão em complexo, que corresponde a 48% do público freqüentador. As perspectiva daqui pra frente é que haja um aumento progressivo desse tipo de cinema e do público, porque estilo multiplex vem extinguindo as salas tradicionais de cinema, principalmente pela tecnologia e pelo conceito desse complexo, que apresentam som digital, qualidade de imagem, conforto, serviços e mordomias. Somando todas essas qualidades está conseguindo reverter a tendência de decadência que se encontrava a indústria cinematográfica frente à concorrência representada pela popularização do DVD, da TV por assinatura e da internet, levando o espectador a sair de casa para ir ao cinema. Além disso, esse tipo de cinema passou a explorar uma forma mais lucrativa de publicidade, exibida tanto nas telas como nas áreas de alimentação. Já os cinemas tradicionais estão perdendo espaço por não suportarem o alto custo operacional, pois necessitam de muito empregados para manter a infra-estrutura e de uma freqüência bem maior dos espectadores para mantê-lo em funcionamento. As redes responsáveis por implantar o conceito Multiplex no Brasil foram a Cinemark e a UCI, que chegaram por aqui com determinação e capital suficiente para mostrar seus serviços de qualidade nos centros urbanos do país. 19
A rede de cinema Cinemark que chegou ao Brasil em 1997 com 30 salas de exibições, um ano depois passou para 112 salas, já em 1999 obtinha 180 salas e atualmente apresenta um total de 464 salas em 58 complexos distribuídas em 31 cidades brasileiras, sendo a exibidora líder no Brasil. A rede UCI, por sua vez, chegou com 10 salas na Estação Plaza Show, em Curitiba; em um ano passou a 51 salas; em 1999, somava 90; e hoje tem 99 salas em nove complexos.
Mapeamento do conceito multiplex da rede Cinemark no Brasil
5.3 ESTADO ATUAL: Atualmente os complexos de cinema proporcionam ao público vivenciar uma experiência completa do início ao fim, por meio de serviços diferenciados e de qualidade. Cada espaço é concebido buscando oferecer conforto e praticidade ao espectador. Todas as salas costumam ter equipamentos de última geração e ótimos equipamentos de som e imagem. As salas são construídas de forma a minimizar distrações e captar a atenção das pessoas. Cada poltrona é estrategicamente colocada para ter uma perfeita visualização do filme e a acústica recebe tratamento especial para ser impecável, fazendo com que o cinema voltasse a ser uma experiência única, que nem o melhor equipamento de home theather é capaz de reproduzir. 20
6.1 – BROADWAY CINEMAS Autor: Alex Choi Design & Partners Data de conclusão: 2010 Localização: Hangzhou, China
6.1.2 APRESENTAÇÃO/ CONCEITO Os cinemas da Broadway estão dentro de um shopping Center em Hangzhou, na China. Seguem o estilo multiplex de cinemas, oferecendo ao público além do filme, serviços adicionais como, praça de alimentação e espaços de convivência. Com 23 salas de cinema sendo algumas no estilo IMAX e outras em 3D. O espaço investe em tecnologia de ultima geração e na qualidade dos filmes exibidos. Além de oferecer ao expectador salas muito confortáveis e espaços com design diferenciado.
6.1.3 LOCALIZAÇÃO O conjunto de cinemas está localizados no The mixc mall, Hangzhou, na China, e abrangem quatro andares dentro de um shopping Center hign-end.
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6.1.4 – PROJETO Os espaços e curvas existentes entre os diferentes andares serviu de inspiração para os designer, que criaram diferentes estéticas em cada um dos quatro níveis. Inspirado por rolos de filmes, Alex Choi criou sulcos ondulantes ao longo do teto. “As fitas de voar através do espaço, ligando todas as partes que foram polvilhadas em andares diferentes", diz Choi. "Este elemento também criou fluxos que indicam a direção para o cinema." Os clientes podem chegar ao cinema através de uma grande escada rolante que rompe através do centro do espaço. Fora das salas, o espaço é brilhante e branco; dentro, as paredes escuras e tons suaves enfatizar o ambiente da observação de filme.
6.1.5 – ESTRATÉGIAS Pensando no editores de filmes que podem remendar os pedaços de lâminas dos filmes e transformá-los em grandes obras cinematográficas, foi implantado a mesma prática neste cinema. Os Designers usaram suas canetas como as ferramentas de edição de espaço e construiu as estruturas do cenário de um nível a nível. Tomando os papéis de parede temáticos de filmes como um elemento de recurso e os transforma em fitas. As fitas voam por todo o espaço e se alinham em todas as partes que foram polvilhadas em diferentes andares no shopping. Abordagem futurista tem mostrado sobre o uso massivo de tom branco, a forma surrealista da bilheteria e futurista de encontrar o seu público alvo.
6.1.6 – OBJETIVOS - Utilizar um design diferenciado junto a cor branca dando ao local um “ar” surreal e futurístico - Proporcionar ao público um novo universo de cinema, diferente dos cinemas comuns; - Criar volumes e formas inesperadas, dando ao público a sensação de estar conhecendo algo novo a cada momento. - Usar as melhores tecnologias em exibições cinematográficas, poltronas altamente confortáveis, proporcionando ao público uma ótima seção de cinema. 22
6.1.7 – SERVIÇOS OFERECIDOS - Sessões de filme em 3D e IMAX - Serviço de bombonière - Praça de alimentação - Área de convivência -Lobby com visual diferenciado para local de encontro do público. - Tecnologia de ultima geração tanto nas exibições quanto na qualidade sonora.
6.1.8 – PROJETO ARQUITETÔNICO
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O cinema trás uma arquitetura futurística e surreal, traçando um contraste entre o Lobby com cores claras e as salas de cinema com tons escuros. Os corredores de circulação são claros, espaçosos e bem sinalizados, para que as pessoas não se percam no local.
6.1.9 – IMAGENS
Detalhe do teto
Hall
Restaurante
Detalhe do hall 24
Sala de cinema IMAX
Circulação
Circulação entre as salas de cinema
Sala de cinema 3D
Local para informação
Sala de cinema IMAX 25
6.2 - MULTIPLEX BRISTOL PLAYARTE Autor: Ruy Ohtake Área Construída: 7750m² Cidade: São Paulo Localização: Shopping Center 3, Av. Paulista 2064
6.2.1 APRESENTAÇÃO/ CONCEITO O Shopping Center 3 possui 4 pavimentos e diversos serviços ao público que freqüenta o mesmo. Cada pavimento possui um nome, fazendo referência à bairros da cidade. A bilheteria dos cinemas divide espaço com a área de alimentação do shopping, no piso Paulista. As salas distribuem-se nos dois pavimentos superiores, com halls independentes, aos quais se chega por escadas rolantes. Os acessos aos cinemas conduzem a um vazio que percorre os quatro pavimentos do edifício e onde estão as escadas rolantes. No segundo semestre de 2003, as antigas salas, que estavam desativadas, deram lugar um conjunto de sete cinemas com equipamentos de som e imagem de última geração, implantado a partir de projeto do arquiteto Ruy Ohtake.
6.2.2 LOCALIZAÇÃO Pelo fato de estar localizado em uma zona onde existem muitos prédios em altura, o Shopping Center 3 se integra ao entorno, já que os mesmos possuem a mesma linguagem arquitetônica, referente à altura, recuos e materiais.
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6.2.3 PROJETO A idéia central do projeto, explica o arquiteto, foi reforçar o eixo cultural implantado na avenida que, até há alguns anos, simbolizava apenas o poder financeiro e industrial paulistano. O espaço, que antes se dividia em duas salas, foi totalmente reformulado, dando lugar às sete atuais, em operação desde o segundo semestre de 2003. O arquiteto desenhou ambientes originais, onde os principais atores são os foyers branco e preto do piso Cinelândia.
6.2.4 – ESTRATÉGIAS Os acessos aos cinemas conduzem a um vazio que percorre os quatro pavimentos do edifício e onde estão as escadas rolantes. No peitoril desse vazio, à altura do último piso, painéis fotográficos que lembram a película cinematográfica expõem a evolução urbana da avenida Paulista, desde sua abertura e a implantação dos primeiros casarões até a verticalização, com os prédios de apartamentos e, depois, de escritórios. Também os encostos das cadeiras do hall de acesso e dos foyers evocam o filme em celulóide. A bilheteria divide espaço com a área de alimentação do shopping, no piso Paulista. As salas distribuem-se nos dois pavimentos superiores, com halls independentes, aos quais se chega por escadas rolantes: são cinco salas no piso Cinelândia e duas acima, no piso Jardins. O tratamento visual dos ambientes foge da padronização comum nesses complexos. No piso Cinelândia, os foyers são monocromáticos: em um deles, piso, paredes, forros e banheiros são brancos; no outro, pretos. O contraste propicia climas diferentes. No foyer preto, a iluminação é feita com luz branca e suave; no outro, espelhos na parede dão ao espaço a sensação de amplitude. No piso Jardins, predomina a cor prata. No teto dos halls, por baixo da iluminação foram colocadas bandeirolas metálicas de interessante efeito
6.2.5 – OBJETIVOS Mesmo partindo de um modelo consagrado - o dos grandes complexos cinematográficos, o arquiteto manteve a característica de seus trabalhos, em que elementos inesperados e sutis contribuem para qualificar o espaço. 27
6.2.6 - SERVIÇOS OFERECIDOS - Bombonièrie - Foyer - Painel com Televisores - Lan House
6.2.7 – PROJETO ARQUITETONICO
Sala Serviço
Foyer Hall 28
Sala
Foyer
Serviรงo
Hall
29
6.2.8 - IMAGENS
Acesso – vazio central
Teto no vazio central de acesso
A iluminação de segurança na platéia
Foyer
Foyer preto com cartazes de filme
Área de convivência 30
6.3 - ESPAÇO ITAÚ DE CINEMAS Autores: Gustavo Cedroni e Martin Corullon Projeto: Metro Arquitetos Associados
Data de conclusão: 2012 Localização: Shopping Frei Caneca, SP
6.3.1 - APRESENTAÇÃO/ CONCEITO
A fusão dos bancos Itaú e Unibanco oferece alguns serviços, um desses serviços está voltado ao público que gosta de cinema. O Banco atualmente possui oito complexos em seis das principias cidades do país e um total de 56 salas (oito delas com suporte 3D e uma, a primeira do Brasil com o formato IMAX (possui imagens claras e brilhantes e som surround, a tela com 14 m de altura e 21 m de largura, equivalem a um edifício de cinco andares e permite uma visão geral do filme, de qualquer lugar da platéia, o espectador poderá ver, em 2D e 3D, sendo que a IMAX 3D é uma projeção mais realista . O novo Espaço Itaú de Cinemas investi na qualidade dos filmes exibidos e na formação da platéia, como já faz nas cidades de São Paulo, Curitiba, Porto Alegre, Rio de Janeiro e Salvador. A rede vem investindo em reformas, revitalização das salas, transformações nos espaços físicos da área e outras mudanças que pretendem além de manter o antigo público, atingir um grupo de pessoas cada vez maior, que busca variedade e qualidade artística nas produções cinematográficas.
6.3.2 LOCALIZAÇÃO Um dos Espaços Itaú de Cinema está localizado no Shopping Frei Caneca no estado de São Paulo, na Rua Frei Caneca, número 569 – Bairro Consolação.
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6.3.3 – PROJETO Este Cinema foi eleito pelos críticos o melhor cinema da cidade de São Paulo, pela quinta vez, segunda consecutiva. O complexo tem nove salas, totalizando 1.345 lugares, que exibem filmes do circuito comercial e também alternativo, possui espaço amplo e aconchegante e conta com cafeteria e bombonière, além do tradicional refrigerante com pipoca.
6.3.4 – ESTRATÉGIAS - Tratar o cinema como espaço público, garantir fluxos claros e desimpedidos; - Utilizar materiais com qualidade, resistência e durabilidade compatíveis com o uso intenso e que demandem manutenção mínima; - Desenvolver um sistema modular de revestimentos, comunicação e mobiliário aplicável a todos os espaços; - Utilizar preferencialmente tecnologias digitais como suporte de informação; - Utilizar a tecnologia como facilitadora da experiência de entretenimento; - Organizar a exposição de material promocional para reduzir a poluição visual;
6.3.5 – OBJETIVOS -Criar um sistema que transmita ao usuário o universo do cinema de forma contemporânea; - Respeitar a particularidade e a história de cada lugar; - Resolver os problemas funcionais e padronizar soluções; - Criar um sistema flexível, que possa ser implantado de forma rápida e com obras civis mínimas.
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6.3.6 - SERVIÇOS OFERECIDOS -Sessões de filme em 3D e IMAX; -Eventos corporativos (lançamentos de produtos, coletivas de imprensa, lançamentos imobiliários, etc) possibilidade do uso do foyer para serviços de Buffet; - Área de convivência; -O espaço com acesso à internet, bombonière e cafeteria com mesas e cadeiras.
6.3.7 – PROJETO ARQUITETÔNICO Como marco arquitetônico, foi criado cenas que fazem parte da história do cinema sobre painéis em chapa perfurada. É uma referência à idéia de pixel, uma vez que os projetores atuais são digitais e não mais película. A intenção era tratar o cinema como espaço público, garantindo fluxos claros e desimpedidos. Também foi organizado a exposição de material promocional para reduzir a poluição visual. Além da qualidade estética, o projeto prima por um sistema flexível, possível de ser implantado de forma rápida e com obras civis mínimas. Para tanto foi desenvolvido um sistema modular de revestimentos, comunicação e mobiliário aplicável a todos os espaços.
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6.3.8 - IMAGENS
Hall/ Bilheteria
Sala de cinema
Sala de cinema luxo
Espaço de convivência
Lancheria
Bomboniére 34
Os projetos arquitetônicos analisados anteriormente, foram úteis para o desenvolvimento do trabalho de conclusão de curso, pois todos apresentam características, tipologias, matérias e técnicas que poderão servir como idéia para elaboração do complexo de cinema para a cidade de Pelotas. Os três projetos analisados tem um ponto em comum, todos estão situados dentro de shopping center, e são complexos de cinema, ou seja, vão várias salas cinematográficas, junto a serviços de alimentação. Além disso todos buscam oferecer aos telespectador o melhor qualidade de som e imagem aliados ao conforto. No primeiro projeto analisado é possível perceber que a sua organização dos espaços são mais agrupadas. Há um notário contraste entre o foyer, e das circulações que são com cores claras e as salas de cinemas que apresentam tons mais escuros. A arquitetura do cinema Broadway é futurística e surreal, houve uma preocupação em deixar as circulações bem sinalizadas, claras e espaçosas para que as pessoas não se perdessem no local. O arquiteto buscou trabalhar com curvas, para obter diferentes estéticas em cada pavimento. O segundo projeto analisado, o Espaço Cultura Itaú de Cinemas trata-se de uma intervenção, que foi organizada de maneira mais linear, através de um bloco único. O foyer foi tratado como um espaço público, para garantir fluxos claros e desimpedidos. O arquiteto procurou desenvolver um sistema modular de revestimentos, comunicação e mobiliário para se aplicar em todos os espaços.
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O projeto apresenta tons escuros, tanto na área de convivência como nas salas de cinema. A iluminação acontece através de várias luminárias circulares que são bem distribuídas ao longo do complexo. Já nas salas de cinema, há iluminação nas escadas de acesso para facilitar a circulação, além da iluminação nas paredes laterais da sala. O cinema tem espaços são amplos e bem distribuídos, os materiais promocionais visam diminuir a poluição visual dos ambientes. Este cinema foi eleito cinco vezes consecutivas como melhor cinema da cidade de São Paulo, pois consegue aliar técnicas arquitetônicas com conforto e beleza, além de oferecer bons filmes. O terceiro cinema analisado, o Multiplex Bristol playarte, apresenta um vazio de acesso ao cinema, onde estão as escadas rolantes. Há uma diferença no tratamento visual dos foyers, pois um apresenta tons monocromáticos claros, além do uso de espelhos para das a sensação de amplitude. Já o outro apresenta tons monocromaticos escuros, e a iluminação é feita com luz branca e suave, nas salas houve a preocupação em colocar iluminação de segurança para a platéia. O arquiteto procurou manter elementos inesperado e sutis para qualificar o espaço, com uma arquitetura original. Portanto, cada projeto analisado irá contribuir com o desenvolvimento do meu projeto, seja por suas características ou técnicas arquitetônicas. Pois os projetos observados mostram que é necessário pensar na distribuição dos espaços, nas cores utilizadas, nos materiais empregados, além do conforto e qualidade dos filmes. Tentando acima de tudo aliar funcionalidade com forma do projeto e com as técnicas contrativas, sem esquecer da utilização de materiais de vedação, do conforto ambiental, que deverão estar aliados a composição e distribuição das partes.
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7.1 – APRESENTAÇÃO/ LOCALIZAÇÃO O terreno escolhido para o desenvolvimento do projeto do Cinema Multiplex para a cidade de Pelotas fica na Avenida Dom Joaquim, entre a Avenida República do Líbano e Andrade Neves, na zona norte da cidade. O local definido trata-se de uma área considerada nobre em Pelotas, que está em constante desenvolvimento, oferece serviços dos mais variados seguimentos, espaços com área verde, locais de lazer, além de um bom movimento de veículos e de pessoas. Nesta área eventualmente acontecem atividades com fins culturais, recreativos ou educacionais que estimulam a comunicação e desenvolvimento social dos habitantes da cidade.
7.2 - JUSTIFICATIVA O terreno está localizado numa avenida movimentada da cidade, que apresenta boa sinalização, asfalto, iluminação e proximidade do trajeto das linhas de ônibus, o que facilitará o acesso de todas as pessoas a qualquer horário do dia. O local é considerado um lugar agradável da cidade. Apesar de ser uma zona mais residencial, a região apresenta opções de lazer, comércio, restaurante, academia de ginástica, postos de gasolina, clubs, etc. A vinda de um complexo de cinemas só enriquecera ainda mais área e a tornaria ainda mais agradável tanto para passear quanto para morar. 37
O III Plano Diretor da cidade de Pelotas considera o cinema como um uso especial destinado à cultura (EU2). A Av. Dom Joaquim e a Av. República do Líbano pertencem ao Grupo de Uso 1, que são vias principais de característica habitacional e atividades de baixo grau de impacto em todos os portes. O terreno apresenta dois acessos, o que permitirá distinguir as entradas sociais e as de serviço do cinema. A ampla área do terreno permitirá projetar um estabelecimento grande e com estacionamento. A escolha por esse lado do terreno aconteceu pela importante visual que existe de quem chega pela Rua General Osório, que poderá ver o Cinema de frente em sua totalidade. Além disso, este canto do terreno foi escolhido porque a intenção é que a praça de alimentação fique voltada para a Avenida Dom Joaquim, criando um espaço de alimentação nesta avenida que fique em harmonia com os demais restaurantes existente na frente do terreno escolhido. A parte escolhida para desenvolvimento do projeto tem área total de 4.594 m². O recorte do terreno foi feito de maneira a seguir as linhas já existente no contorno do mesmo, criando a opção de se fazer vários lotes do terreno restante. Além de ser um instrumento de lazer e entretenimento, o cinema também é cultura, sua chegada no local também poderá contribuir e pontecializar com as atividades culturais que já acontece em seu entorno.
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8.1 – INDICES URBANISTICOS O Código de Obras do município de Pelotas Lei n° 5.528, Art. 188 considera o cinema como um local de reunião cultural, já os restaurantes e bares são considerados como locais de reunião recreativos. Por ser considerado um local de reunião o complexo de cinema deverá ter acesso universal, vagas para guarda de veículos e os acentos das salas de cinema devem seguir uma serie de requisitos para ficar de acordo com a lei vigente. Além disso o cinema deverá apresentar um sistema de renovação mecânica de ar e de instalação de energia elétrica com iluminação de emergência, conforme legislação e normas técnicas de prevenção e combate à incêndios. O Cinema não precisará de um tratamento acústico específico, como de um teatro por exemplo, mas será preciso algum tipo de isolamento para que o som dos filme não chega até a rua, provocando uma poluição sonora na área onde o mesmo será implantado. A edificação deverá ter vãos de iluminação e ventilação efetiva, além de ter instalações sanitárias para uso do público, para cada sexo. Por ser um local que reunirá um grande número de pessoas e por obter objetos de grande valor será necessário a instalação de pára-raios na edificação. Por se tratar de uma edificação comercial, o cinema deverá apresentar no pavimento térreo pé direito mínimo de 3.50m, as portas gerais de acesso ao público deverão estar em acordo com a legislação e normas técnicas da ABNT relativas às Saídas de Emergência e acessibilidade. Além disso, também será necessário ter abertura de ventilação e iluminação, com superfície não inferior a 1/10 (um décimo) da área do piso; ter instalações hidrossanitárias de acordo com as exigências do órgão responsável pelo serviço de abastecimento de água e tratamento de esgoto; ter instalação preventiva contra incêndio de acordo com as normas técnicas estabelecidas. Já na área destinada a praça de alimentação, os restaurantes, cafeterias e bares deverão apresentar na cozinha, copa, despensa e no depósito piso e paredes até a altura mínima de 2,00m (dois metros), revestidos com material liso, resistente, lavável e impermeável; ter os sanitários dispostos em planta, de tal forma, que permita sua utilização pelo público.
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A edificação também deverá seguir algumas regras gerais, como a de recuo de ajardinamento, altura da edificação, taxa de ocupação, recuo de fundo etc. Em todo o perímetro urbano será permitida a edificação de até 10,00m (dez metros) de altura, observadas as seguintes disposições, conforme mapa U-14: I - Recuo de ajardinamento de 4,00m (quatro metros), o qual poderá ser dispensado através de estudo prévio do entorno imediato no caso de evidenciar-se, no raio de 100,00m (cem metros), a partir do centro da testada do lote, a existência de mais de 60% (sessenta por cento) das edificações no alinhamento predial; II Recuo de ajardinamento secundário, nos terrenos de esquina, nas condições estabelecidas no inciso anterior, o qual se fará na testada do lote em que não se faça o recuo de ajardinamento principal com, no mínimo, 2,50m (dois metros e cinqüenta centímetros); III - Isenção de recuos laterais; IV - Taxa de ocupação máxima de 70% (setenta por cento); V - Recuo de fundos mínimo de 3,00m (três metros). O Art. 126 permite a edificações de até 25,00m (vinte e cinco metros), em imóveis que possuam testada igual ou superior a 18,00m (dezoito metros), nos lotes voltados para os logradouros ou trechos a seguir relacionados: I - Avenida Dom Joaquim Ferreira de Mello, respeitando as restrições do cone de abrangência do Aeroporto Internacional Bartolomeu de Gusmão;
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9.1 – CLIMA O clima do município de Pelotas é considerado subtropical úmido. A temperatura média anual da cidade é de 17,6 ° C, com inverno fresco e verão suave e precipitação média anual é de 1200mm, com chuvas regularmente distribuídas durante todo o ano. A forte influência marítima, devida a proximidade com o Oceano Atlântico, se manifesta na temperatura amena e na elevada umidade atmosférica com formação de nuvens e densos nevoeiros de maio a agosto. O mês mais quente é janeiro, com temperatura média de 23,3°C, e o mês mais frio é julho, com média de 12,2°C. O mês mais chuvoso é fevereiro, com 144mm de precipitação. A umidade relativa do ar é bastante elevada (com média anual de cerca de 85%). Os invernos são relativamente frios, com geadas freqüentes e ocorrência de nevoeiros. Temperatura: Média anual - 17,6º C Média superior a 20º C - 4 meses Média inferior a 20ºC - 8 meses
9.2 – VENTOS Os ventos predominantes em Pelotas são sudoeste no inverno e nordeste no verão.
Ventos de verão
Ventos de inverno 41
9.3 – USOS O terreno encontra-se em uma área mista, mas com uma predominância de edificações residências. Na área de entorno também há dois clubes de esporte e lazer, alguns estabelecimentos comerciais, institucionais e de serviço, além de espaço de área verde. O terreno faz parte de uma quadra que apresenta um posto de gasolina, uma igreja e apenas uma residência. Mapa de usos
Residencial Comércio
Área não edificada Área verde
Institucional
Área escolhida para o projeto 42
9.4 - MAPA DE TRANSPORTE PÚBLICO
9.5 - MAPA DE REDE DE ÁGUA
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9.6 - MAPA DA REDE DE ENERGIA ELÉTRICA
9.7 - MAPA DA REDE DE ESGOTO
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9.8 – VIAS E CIRCULAÇÕES A área do terreno que será utilizado para o projeto situa-se entre duas vias arteriais existentes, a Avenida Dom Joaquim e a Avenida República do Líbano e uma via local, a Rua Andrade Neves. Ambas as avenidas se caracterizam como vias arteriais por se tratarem de grandes avenidas, com mais de uma pista, que ligam os bairros ao centro, e regiões da cidade entre si. As vias coletoras existentes são as ruas um pouco menores, que normalmente dão acesso exatamente às arteriais. É possível perceber que as Ruas Marechal Deodoro, e General Osório são as vias coletoras mais próximas ao terreno e dão acesso a Avenida Dom Joaquim, já a Rua Póvoas Júnior também é uma coletora que fica próximo ao terreno, e que dá acesso tanto para a Av. Dom Joaquim, quanto para a Av. República do Líbano. As vias coletoras citadas acima, são duas vias de grande fluxo de veículos, não apresentam semáforos no trecho próximo ao terreno, e o asfalto de ambas está em ótimo estado de conservação, o que torno o transito do local ainda melhor. Por isso, essas duas Avenidas serão utilizadas para acesso ao terreno, por apresentar facilidade de circulação e de entrada tanto de veículos, como de pedestre e de ciclistas ao cinema que será implantado.
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9.9 – SISTEMA VIÁRIO CICLOVIAS O mapa ao lado mostra que o entorno do terreno escolhido há ciclovias. O que torna o projeto acessível aos ciclistas da cidade.
9.9.1- HIERARQUIA VIÁRIA E EQUIPAMENTOS PÚBLICOS O terreno está localizado entre duas vias urbanas principais da cidade.
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9.9.2 - ELEMENTOS E EDIFÍCIOS DE DESTAQUES No lote ao qual o terreno faz parte há um elemento de destaque, o posto de gasolina que está localizado na Avenida Dom Joaquim, esquina Avenida Républica do Líbano. Devido a esta localização, ao seu tamanho, e até mesmo pela suas cores o posto ganha destaque e visibilidade de quem passa pelo local.
Ainda na mesma quadra do terreno que foi escolhido há um edifício de destaque, a igreja que encontra-se na Avenida República do Líbano esquina Avenida Dr. Figueiredo Mascarenhas. Essa destaca-se não só por ser a única igreja do local, mas também por ser uma edificação diferente das demais, pelo seu tamanho e por apresenta uma torre mais elevada que o restante de seu próprio volume.
Como destaque secundário pode-se citar a Choperia Cruz de Malta por sua localização privilegiada e por sua importância na cidade que a tornam uma referencia na Avenida Dom Joaquim e na área de entorno do terreno. Ainda pode-se citar a revenda de carros Panambra, pela sua vasta fachada que vai da avenida Dom Joaquim até a Rua Andrade Neves.
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9.9.3 - LEVANTAMENTO FOTOGRテ:ICO DO TERRENO 8 7
10
9
11
6
12
5
1 2 4 3
Foto 1
Foto 2 48
Foto 3
Foto 5
Foto 7
Foto 4
Foto 6
Foto 8 49
Foto 9
Foto 11
Foto 10
Foto 12
50
9.9.4 - LEVANTAMENTO FOTOGRテ:ICO DO ENTORNO
6
7 8 9 10 11
5 4 3 2 1
Foto 1
Foto 2 51
Foto 3
Foto 4
Foto 5
Foto 6
Foto 7
Foto 8 52
Foto 9
Foto 10
Foto 11
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9.9.5 – RELAÇÃO EDIFÍCIO - LOTE O terreno no qual o projeto do complexo de cinema será implantado localiza-se entre a edificação de uma residência unifamiliar, uma igreja e um posto de gasolina. No entorno ainda há restaurantes, colégio, clubes, e lojas. Essas edificações que circundam o terreno são de pequeno porte, assim como a maioria das edificações residências que existem no local, com exceção de alguns prédios multifamiliares, que são de grande porte. O terreno escolhido não será utilizado em sua totalidade, mas sim parte de será usado para a edificação do cinema. A parcela escolhida do terreno para elaboração do projeto foi as que estão voltadas para a Av. Dom Joaquim Ferreira de Mello, Av. República do Líbano, e Rua Andrade Neves, devido a sua boa localização, e a facilidade de acesso. A parte restante do terreno que não será utilizado será desmembrado em alguns lotes, com objetivo de ser usado para empreendimentos voltados a cultura, como uma livraria, uma galeria de arte, museu, ou até mesmo um teatro de pequeno porte, tornando área um local cultural na cidade.
O mapa ao lado mostra que o terreno é considerado pela prefeitura municipal um terreno sem área construída. Sendo que a maioria dos terrenos ao seu redor apresentam área construída.
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O programa de necessidades abaixo foi distribuídos e organizado de acordo com os setores que haverão no cinema. -ÁREA ADMINISTRATIVA: Atendimento ao público, sala multi-uso, gerência, financeiro, sala de reuniões, depósito de filmes, sala de segurança, cozinha e banheiros. -ÁREA DE LAZER: Salas de cinemas, foyer, salas de projeção e banheiros. -PRAÇA DE ALIMENTAÇÃO: Restaurante, lancheria , cafeteria, pizzaria, doçaria e banheiros. -INFRA-ESTRUTURA: Casa de máquinas, central de ar-condicionado, depósito de matérias, depósito de lixo e vestiários/banheiro. - ESTACIONAMENTO
ÁREA ADMINISTRATIVA ÁREA DE LAZER: ÁREA DE ALIMENTAÇÃO INFRA-ESTRUTURA ESTACIONAMENTO
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ADMINISTRAÇÃO ATIVIDADES
USUÁRIOS
EQUIPAMENTOS
PRÉ-DIM.
LOCAL
Atendimento ao público
Público em geral
Balcão de atendimento, cadeiras, armário, computador
21 m²
Atendimento ao público
Palestras e eventos
Público em geral, funcionários e fornecedores
Mesas, cadeiras e armários
50 m²
Sala Multiuso
Gerenciar
Funcionários e fornecedores
Mesas, cadeiras, armário, computador
21 m²
Gerência
Financeiro
Funcionários e fornecedores
Mesas, cadeiras, armários, computadores e cofre
14 m²
Financeiro
Reuniões
Público em geral, funcionários e fornecedores
Mesas e cadeiras
35 m²
Sala de reuniões
Segurança
Funcionários
Mesa, cadeiras e televisão
7 m²
Sala de segurança
Funcionários
Mesa, cadeiras, armários, eletrodomésticos e geladeira
14 m²
Cozinha
Funcionários
2 bacias sanitárias, 2 pias e espelhos
10 m²
Banheiro feminino
Funcionários
2 bacias sanitárias, 2 pias, e espelhos
10 m²
Banheiro Masculino
Refeições
Sanitários
ÁREA TOTAL
182 m²
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LAZER ATIVIDADES Foyer
USUÁRIOS Público em geral Público em geral Público em geral
ver filme
Público em geral Público em geral Público em geral
Cabine de projeção
EQUIPAMENTOS
PRÉ-DIM.
Bomboniere, balcão de atendimento e cadeiras,
150 m²
Poltrona e tela de projeção (80 lugares) Poltrona e tela de projeção (80 lugares) Poltrona e tela de projeção (80 lugares) Poltrona e tela de projeção (80 lugares) Poltrona e tela de projeção (300 lugares)
Sala 1
120 m²
Sala 2
120 m²
Sala 3
120 m²
Sala 4
370 m²
Sala IMAX
Equipamento de projeção
10 m²
Funcionários
Equipamento de projeção
10 m²
Funcionários
Equipamento de projeção
10 m²
Funcionários
Equipamento de projeção
10 m²
Funcionários
Equipamento de projeção
10 m²
Funcionários
Prateleira e armários
10 m²
Sanitários Clientes em geral
4 bacias sanitárias, 4 pias e espelhos 3 bacias sanitárias, 4 pias, 3 mictórios e espelhos
ÁREA TOTAL
Foyer
120 m²
Funcionários
Clientes em geral
LOCAL
Sala de proj. 1 Sala de proj. 2 Sala de proj. 3 Sala de proj. 4 Sala proj. IMAX Depósito de filmes Banheiro feminino Banheiro Masculino
25 m² 25 m²
1.110 m² 57
ALIMENTAÇÃO ATIVIDADES
USUÁRIOS
EQUIPAMENTOS
PRÉ-DIM.
LOCAL
Clientes em geral
Mesas, cadeiras e balcão
120 m²
Restaurante
Clientes em geral
Mesas, cadeiras e balcão
80 m²
Lancheria
Reunião de Clientes em geral público
Mesas, cadeiras e balcão
80 m²
Cafeteria
Clientes em geral
Mesas, cadeiras e balcão
80 m²
Pizzaria
Clientes em geral
Mesas, cadeiras e balcão
80 m²
Doçaria
20 m²
Vestiário feminino
20 m²
Vestiário Masculino
Sanitários
2 bacias sanitárias, 2 pias, 2 Funcionários chuveiros, armarios e espelhos 2 bacias sanitárias, 2 pias, 2 Funcionários chuveiros, armarios e espelhos 4 bacias sanitárias, 2 pias e Clientes em geral espelhos 3 bacias sanitárias, 2 pias, 3 Clientes em geral mictórios e espelhos ÁREA TOTAL
Banheiro feminino Banheiro Masculino
25 m² 25 m²
490 m²
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INFRA-ESTRUTURA ATIVIDADES
USUÁRIOS
EQUIPAMENTOS
PRÉ-DIM.
LOCAL
Fornecimento de energia
Funcionários
Gerador e Transformador
14 m²
Casa de Máquinas
Conforto
Funcionários
Split's
14 m²
Central de ar condicionado
Funcionários
Prateleira e armários
10 m²
Depósito de materiais
Funcionários
Local para depósito de lixo
14 m²
Depósito de lixo
20 m²
Vestiário feminino
20 m²
Vestiário Masculino
Higiene
Funcionários
Sanitários Funcionários
2 bacias sanitárias, 2 pias, 2 chuveiros, armarios e espelhos 2 bacias sanitárias, 2 pias, 2 chuveiros, armarios e espelhos
ÁREA TOTAL
92 m²
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ESTACIONAMENTO ATIVIDADES
USUÁRIOS
EQUIPAMENTOS
PRÉ-DIM.
LOCAL
Transitória
Funcionários
8 automóveis e guarita
100 m²
Estacionamento Coberto
Transitória
Público em geral
159 automóveis e guarita
1.987 m²
Estacionamento Descoberto
ÁREA TOTAL
2.087 m²
ÁREA TOTAL DA EDIFICAÇÃO:
1.914 m²
ÁREA TOTAL DO ESTACIONAMENTO
2.087 m²
ÁREA TOTAL UTILIZADA
3.961 m²
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Saídas de emergência
Saídas de emergência
Dep. de filmes Dep. de materiais
WCs Casa de máquinas
Central de ar cond.
Sala de projeção
Dep. de lixo Salas de cinema
Salas de cinema
Foyer
WC
Sala de projeção
Vestiários
WC Cozinha
WCs
Financeiro
Gerência
WCs
Atend. ao público
Segurança
Sala de reuniões
Cafeteria
Praça de alimentação
Vestiários Área de convivência
Lancheria
Sala Multi-uso Restaurante
Pizzaria
Doçaria
Acesso principal
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Acesso carga e descarga
13 RECORTE DO TERRENO A partir da realização do pré-dimensionamento foi possível perceber que a área total do terreno era muito grande para o projeto do complexo de cinema. Portando foi feito um recorte no terreno, desmembrando o mesmo em quatro partes: Cinema, Livraria, Galeria e residências. As três primeiras partes estarão voltadas para a Avenida Dom Joaquim, formando assim uma frente comercial, voltada a cultura. Criando quase que um Centro Cultural para a cidade de Pelotas. A as residências ficaram localizas ao fundo do terreno para a Av. Dr. Figueiredo Mascarenhas, já que nesse local há uma predominância de prédios residenciais.
Área total do terreno: 15. 798 m²
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Ă rea verde
Livraria
Cinema
Ă rea Residencial
Galeria de arte 63
Área que aproximadamente será utilizado do terreno: 4.594 m² Obs: A área utilizada do terreno poderá ser mudada de acordo com as necessidades do projeto.
Praça de alimentação Área verde Hall Administração Acesso principal
Cinema Infra-estrutura Local para carga e descarga Acesso serviço
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Devido o fato que a cidade de Pelotas tem apenas um cinema, e que o mesmo encontra-se em estado precário de funcionamento de estrutura, surgiu a idéia de criar um complexo de cinemas com praça de alimentação e estacionamento para suprir a necessidade das pessoas em lazer, cultura e entretenimento. O objetivo principal do projeto é criar salas de exibições cinematográficas com bons aparelhos de som e imagens aliados ao conforto, a qualidade dos filmes. Através de uma arquitetura contemporânea as salas de cinema deverão ser aconchegantes, a fazer uso de uma boa ventilação e iluminação, para conquistar os mais variados tipos de pessoas que frequentarão o local. O projeto busca oferecer serviços de refeição através da sua praça de alimentação que terá restaurante, lancheria, cafeteria, pizzaria e doçaria, afim de que esses serviços contribuam com o funcionamento do cinema, além de conquistar mais visitantes. A escolha do terreno situado na Avenida Dom Joaquim entre Avenida Republica do Líbano e Rua Andrade Neves, aconteceu devido a sua boa localização e por se tratar de um terreno de fácil acesso, com boas vias de circulação, boa iluminação e segurança. Este terreno ainda apresenta uma ampla área permitindo assim a inserção de um estabelecimento desse porte com estacionamento. O acesso de veículos e de pedestre será feito através da Avenida Dom Joaquim, por ser uma via arterial, que apresenta facilidade de localização, tronando mais simples a chegada das pessoas até o lugar. O acesso de serviço acontecerá pela Rua Andrade Neves, que é considerada uma via local, e por isso apresenta menor importância em relação ao terreno e ao entorno. O local também deverá apresentar espaço para estacionamento coberto tanto para os visitantes quanto para os funcionários, além de um local específico destinado para cargas e descarga. Ao redor do prédio haverá uma área verde com arborização, lixeiras e iluminação tornando os caminhos mais agradáveis para os visitantes percorrerem. A fachada principal da edificação será voltada para a Avenida Dom Joaquim, onde estará localizado o setor de alimentação do complexo, dando a possibilidade das pessoas ir até o local apenas para alimentar-se. Além disso, estabelecerá uma função harmoniosa com os demais restaurantes que estão no seu entorno. O volume da edificação não deverá ser somente com linhas retas, mas deverá apresentar algumas curvas ou linhas sinuosas para quebrar a geometricidade formal, assim como apresentar cheios e vazios para dar um “ar de movimento” à edificação. 65
Apesar de o cinema proporcionar um uso onde os espaços são voltados mais para o seu interior, o projeto visa estabelecer uma boa permeabilidade visual, entre o cinema e entorno. Por isso o prédio apresentará vãos envidraçados pra melhor estabelecer a relação do interior com o exterior. A edificação deverá chamar atenção através do seu volume diferenciado, da sua iluminação e dos materiais que serão empregados tanto na fachada como nos ambientes internos. O cinema vai destacar-se dos demais edifícios ao seu redor, mas sem confrontá-los, despertando o interesse e a curiosidade das pessoas a conhecer melhor tanto a sua edificação quanto os serviços que ele oferecerá. A explicação mais aprofundada da forma da edificação, da técnica empregada e a especificação dos materiais utilizados serão feitos de acordo com a realização e evolução do projeto. Assim como a escolha da técnica de eficiência energética utilizadas para economia de energia e melhor conforto térmico dos usuários.
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Com a elaboração dessa pesquisa, foi possível conhecer melhor os aspectos históricos referente ao tema escolhido. A análises de precedentes realizada servirá como inspiração e como base para o desenvolvimento do projeto arquitetônico. Através dessa pesquisa, tomei melhor conhecimento do sítio e do entorno onde o complexo de cinema será implantado. O desenvolvimento do programa de necessidades, do funcionograma e do pré-dimensionamento, será de grande necessidade para dar início a realização do projeto de conclusão do curso de Arquitetura e Urbanismo.
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LEI Nº 5.528, DE 30 DE DEZEMBRO DE 2008 - CÓDIGO DE OBRAS SEÇÃO XIII - DAS EDIFICAÇÕES DESTINADAS A LOCAIS DE REUNIÃO DE PÚBLICO Art. 188 - São considerados locais de reunião: II - Recreativos: as sedes sociais de clubes e associações, salões de bailes, restaurantes, bares e congêneres com música ao vivo, boates e discotecas, boliches, salas de jogos, parques de diversões, circos e congêneres, bares de funcionamento noturno; III - Culturais: os cinemas, teatros, auditórios, centros de convenções, museus, bibliotecas, salas públicas e congêneres; Art. 189 - Todo local de reunião deverá possibilitar o acesso universal, de acordo com a legislação municipal em vigor e as normas da ABNT. Art. 190 - Todo local de reunião deverá ter número de vagas para guarda de veículos calculado de acordo com o Anexo 2. Art. 191 - As edificações destinadas a locais de reunião que abriguem cinemas, teatros, auditórios e templos religiosos, dotados de assentos fixos dispostos em filas deverão atender aos seguintes requisitos: I - Máximo de 16 (dezesseis) assentos na fila, quando tiverem corredores longitudinais em ambos os lados; II - Máximo de 8 (oito) assentos na fila, quando tiverem corredor longitudinal em um único lado; III - Setorização através de corredores transversais que disporão de, no máximo, 14 (catorze) filas; IV - Os corredores transversais e longitudinais terão larguras não inferiores a 1,20m (um metro e vinte centímetros) e 2,00m (dois metros), respectivamente. Art. 192 - Os cinemas, teatros, auditórios, centros de convenções, boates, discotecas e assemelhados deverão ser dotados de sistema de renovação mecânica de ar e de instalação de energia elétrica com iluminação de emergência, conforme legislação e normas técnicas de prevenção e combate à incêndios. Art. 193 Deverão, obrigatoriamente, ser dotados de tratamento acústico, independentemente da localização, boates, discotecas, clubes noturnos e sociais ou outros estabelecimentos de comércio, serviço ou institucional, de qualquer natureza, que apresentem música ao vivo, mecanizada ou qualquer tipo de poluição sonora. Art. 194 - As edificações previstas nesta seção deverão ter vãos de iluminação e ventilação efetiva, cuja superfície não seja inferior a 1/10 (um décimo) da área do piso; Parágrafo único: Quando não atendida a superfície mínima de ventilação, deverá 68
apresentar sistema de ventilação forçada, que garanta a renovação e a qualidade do ar. Art. 195 - As edificações constantes desta seção deverão ter instalações sanitárias para uso do público, para cada sexo, na seguinte proporção: a) Para o sexo masculino, 01 (um) conjunto de vaso sanitário e lavatório para cada 300 (trezentas) pessoas ou fração, e um mictório para cada 150 (cento e cinqüenta) pessoas ou fração,conforme tabela de cálculo de lotação do Anexo 01; b) Para o sexo feminino, 01 (um) conjunto de vaso sanitário e lavatório para cada 200 (duzentas) pessoas ou fração, conforme tabela de cálculo de lotação do Anexo 01. SEÇÃO IV - DAS INSTALAÇÕES DE PÁRA-RAIOS Art. 230 - Será obrigatória a instalação de pára-raios nos edifícios em que se reúnam grande número de pessoas ou que contenham objetos de grande valor, como escolas, fábricas, hospitais, quartéis, cinemas e semelhantes. Também será obrigatória a instalação em fábricas ou depósitos de explosivos ou inflamáveis, em torres e chaminés elevadas, em construções isoladas e muito expostas, de acordo com as normas da ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas. CAPÍTULO X – DAS DEFINIÇÕES SEÇÃO I – DAS DEFINIÇÕES Art. 250 - Para efeitos do presente Código de Obras, são estabelecidas as seguintes definições: CXIX - LOCAL DE REUNIÃO DE PÚBLICO: Ocupação ou uso de uma edificação ou parte dela, onde se reúnem mais de cinqüenta pessoas, tais como auditórios, assembléias, cinemas, teatros, tribunais, clubes, estações de passageiros, igrejas, salões de baile, museus, bibliotecas, estádios desportivos, circos e assemelhados. SEÇÃO VIII - DOS PRÉDIOS COMERCIAIS Art. 164 - A edificação destinada a comércio em geral, além das disposições da presente lei que lhes forem aplicáveis, deverá: I - Ter, no pavimento térreo, pé direito mínimo de 3,50m (três metros e cinqüenta centímetros): II - As portas gerais de acesso ao público deverão estar em acordo com a legislação e normas técnicas da ABNT relativas às Saídas de Emergência e acessibilidade; III - Ter abertura de ventilação e iluminação, com superfície não inferior a 1/10 (um décimo) da área do piso; IV - Ter os pisos e paredes revestidos com material liso, lavável, impermeável e resistente, nos casos de mercado de venda de gêneros alimentícios; 69
V - Ter instalações Hidrossanitárias de acordo com as exigências do órgão responsável pelo serviço de abastecimento de água e tratamento de esgoto; VI - Ter instalação preventiva contra incêndio de acordo com as normas técnicas estabelecidas pela ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas e a legislação vigente. VII - Ter número de vagas para guarda de veículos calculado de acordo com o Anexo 2. Art. 165 - Os bares, cafés, restaurantes, confeitarias e estabelecimentos congêneres, além das exigências da presente seção que lhe forem aplicáveis, deverão ter: I - Na cozinha, copa, despensa e depósito com piso e paredes até a altura mínima de 2,00m (dois metros), revestidos com material liso, resistente, lavável e impermeável; II - Ter os sanitários dispostos em planta, de tal forma, que permita sua utilização pelo público; Art. 166 - Quando o empreendimento apresentar fornos, lareiras ou quaisquer dispositivos geradores de calor, deverão os mesmos apresentar sistema de isolamento térmico ; adequado, quando localizados em paredes de divisa da edificação; Art. 167 - As chaminés deverão atender ao disposto no Art. 145 do presente código de obras. ANEXO 1
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ANEXO 2
LEI Nº 5.502, DE 11 DE SETEMBRO DE 2008 – III PLANO DIRETOR ANEXO 04 – LISTA DE USOS ESPECIAIS O cinema é considerado Uso especial destinado à cultura: UE2. A Av. Dom Joaquim e a Av. República do Líbano pertencem ao Grupo de Uso 1, que são vias principais de característica habitacional e atividades de baixo grau de impacto em todos os portes; e médio grau de impacto – porte mínimo, pequeno e médio. Atualmente o terreno é considerado pela prefeitura sem área construída.
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CLASSIFICAÇÃO DE ATIVIDADE URBANAS E RURAIS
CAPÍTULO I – REGRAS GERAIS Art. 123 - Em todo o perímetro urbano será permitida a edificação de até 10,00m (dez metros) de altura, observadas as seguintes disposições, conforme mapa U-14 em anexo à presente lei: I Recuo de ajardinamento de 4,00m (quatro metros), o qual poderá ser dispensado através de estudo prévio do entorno imediato no caso de evidenciar-se, no raio de 100,00m (cem metros), a partir do centro da testada do lote, a existência de mais de 60% (sessenta por cento) das edificações no alinhamento predial; II Recuo de ajardinamento secundário, nos terrenos de esquina, nas condições estabelecidas no inciso anterior, o qual se fará na testada do lote em que não se faça o recuo de ajardinamento principal com, no mínimo, 2,50m (dois metros e cinqüenta centímetros); III - Isenção de recuos laterais; IV - Taxa de ocupação máxima de 70% (setenta por cento); V - Recuo de fundos mínimo de 3,00m (três metros).
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Art. 126 - Será permitida a edificação de até 25,00m (vinte e cinco metros), em imóveis que possuam testada igual ou superior a 18,00m (dezoito metros), nos lotes voltados para os logradouros ou trechos a seguir relacionados: 51 I - Avenida Dom Joaquim Ferreira de Mello, respeitando as restrições do cone de abrangência do Aeroporto Internacional Bartolomeu de Gusmão; XII - Avenida República do Líbano;
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Livros: Breve Hist贸ria do Cinema, Joari Reis O que 茅 cinema, Jean- Claude Bernardet
Sites: http://lazerpelotas.blogspot.com.br/2010/12/cineart_09.html 29/04/2012
Acessado
no
dia
http://www.abcine.org.br/artigos/?id=121&/o-som-no-cinema Acessado dia 30/04/2012 http://www.itaucinemas.com.br/espaco-itau/ Acessado no dia 02/04/2012 http://issuu.com/revistatanto/docs/edicao10?mode=window&backgroundColor=%23222 222 Acessado no dia 06/04/2012
http://www.metroo.com.br/projects/view/64/0 Acessado no dia 14/04/2012 http://www.leonardofinotti.com/projects/espaco-itau-de-cinemas/image/10207120319-037d Acessado no dia 25/04/2012 http://www.designatento.com/arquitetura-e-interiores/interiores/hangzhou-broadwaycinemas.html Acessado no dia 03/04/2012 http://aasid.parsons.edu/decorationascomposition/content/broadway-cinemashangzhou-china Acessado no dia 03/04/2012 http://www.designrulz.com/architecture/2011/07/unique-cinema-in-hangzhouchina/?utm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm_campaign=Feed%3A+DesignR ulz+%28DesignRulz+Feed%29 Acessado no dia 03/04/2012
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http://www.alexchoi.com.hk/web/index.php Acessado no dia 03/04/2012 http://www.frameweb.com/news/hangzhou-broadway-cinemaS Acessado no dia 04/04/2012 http://www.worldinteriorsdirectory.com/project.cfm?id=10121 Acessado no dia 04/04/2012 http://www.arcoweb.com.br/interiores/ruy-ohtake-cinemas-sao-24-032004.html Acessado no dia 03/03/2012 http://www.pelotas.com.br/politica_urbana_ambiental/planejamento_urba no/III_plano_diretor/codigo_de_obras/lei_5528.pdf - Acessado no dia 25/05/2012 http://www.pelotas.com.br/politica_urbana_ambiental/planejamento_urba no/III_plano_diretor/lei_iii_plano_diretor/mapas.htm Acessado no dia 25/05/2012 http://pelotas.ufpel.edu.br/ Acessado no dia 30/05/52012 - Os mapas de uso, de rede de água, rede de esgoto, rede elétrica, rede de água, e transporte público foram retirados do trabalho de conclusão de curso da acadêmica Jennifer da Silva realizado no ano de 2008.
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