ARTE MODERNA E CONTEMPORÂNEA ANA JÚLIA CORDEIRO - HELOISA ANDRÉS - MARJORIE VAZ NAYARA CASTRO - VICTÓRIA VIANNA PROFESSORA: DANIELE SPADA UVA TIJUCA 2020.2
FRIDA KAHLO
PAUL GAUGUIN
LINHA DO TEMPO DE FRIDA KAHLO
“Pinto a mim mesma porque sou sozinha e porque sou o assunto que conheço melhor.” (Frida, a biografia, de Hayden Herrera. P 211)
FRIDA KAHLO (1097 - 1954) Segundo o livro ‘’Frida - A biografia’’ escrito por Hayden Herrera em 1983.¹ Magdalena Carmen Frida Kahlo y Calderón nasceu em Coyoacán, México, no dia 7 de julho de 1907, em sua casa, chamada por ela de Casa Azul que foi construída 1904 por seus pais, foi nesta casa que Frida nasceu, se casou e faleceu. Frida é filha de Guillermo Kahlo e Matilde Calderón y González. Um acontecimento que marcou sua vida negativamente foi ter contraído poliomielite aos 6 anos de idade, a doença fez com que suas pernas ficassem assimétricas e seu pé atrofiado. Este acontecimento fez seus colegas de escola a apelidassem de “Frida da Perna de Pau’’, apelido que a magoou profundamente e fez com que ela se superasse nas atividades esportivas. Frida tornou-se campeã em natação e também adorava andar de bicicleta como forma de exercício.¹ Aos 13 anos Frida fazia parte da juventude comunista. A revolução Mexicana esforcese para conseguir uma mudança fundamental na estrutura social do país. Sua identificação a Revolução Mexicana (1910-1920) foi tão poderosa que afirmava ter nascido em 1910. Como ela, o México também estava reconstruindo sua identidade.¹
Figura 1 - Frida Kahlo com 2 anos de idade em 1909
Figura 2 - Frida Kahlo com 6 anos de idade em 1913
Figura 3 - Frida Kahlo com 5 anos de idade em 1912
Frida ingressou na Escola Preparatória Nacional aos 15 anos, nesta escola havia cerca de dois mil alunos e apenas trinta e cinco desses alunos eram mulheres. Os planos de Frida e seu pai que ela se tornasse médica. Sua mãe se opôs, mas com o apoio de seu pai, ela seguiu em frente. Magdalena costumava ser muito inteligente, por isso tem uma certa reputação na escola e nas performances cômicas. Foi nessa época que se interessou por política. Nesta escola, ela conheceu Alejandro Gómez Arias, um romance condenado ao fracasso porque ele veio de uma classe social diferente dela e Guillermo Kahlo e Matilde Calderón não aprovaram o namoro. E nesta mesma escola Frida conheceu Diego Rivera, um artista mexicano de renome internacional, com quem posteriormente Frida casou-se duas vezes.¹
Figura 4 - Frida Kahlo com 16 anos de idade e família em 1924
Figura 5 - Frida Kahlo com 19 anos de idade em 1927
No dia 17 de setembro de 1925, aos 18 anos, Frida viu sua vida mudar radicalmente, no caminho de volta para casa, acompanhada de seu namorado, Kahlo foi vítima de um acidente gravíssimo, houve uma colisão de um bonde elétrico com um ônibus no caminho da escola para casa, Frida ficou gravemente ferida, deixando-a internada durante um mês, mais três meses seguidos de cama em casa e ainda várias internações no decorrer de sua vida. Neste acidente, sua coluna vertebral se rompeu em três lugares na região lombar, fraturou a clavícula e a terceira e quarta costelas. Teve um ferro atravessado na altura do abdome em sua pélvis, que foi quebrada em três lugares, entrou pelo lado esquerdo e saiu pela vagina. Sua perna direita que já havia sequelas da Poliomielite na infância deixando-a fina, foi quebrada em onze lugares, o pé direito foi deslocado, e seu namorado da época, Alejandro Gómez Arias, não foi ferido no acidente.¹ Após o acidente do ônibus, seus amigos e seu namorado foram deixando de manter contato com Frida, para passar o tempo ela lia e escrevia quase todos os dias, seus pais então resolveram fazer uma cama de baldaquim com quatro colunas e a mãe colocou um espelho em cima para que ela pudesse se ver, foi nesta época que Kahlo começou a pintar ¹, ela pede ao pai sua caixa de pintura e relata: ‘’O meu pai teve, durante muitos anos, uma caixa com tintas e pincéis dentro de uma jarra antiga e uma paleta a um canto do seu estúdio fotográfico. Ele gostava de pintar e de desenhar paisagens em Coyoacán junto ao rio e por vezes copiava cromolitografias (figuras obtidas pelo processo de gravura em plano). Desde pequenina, como diz o ditado, eu não tirava os olhos daquela caixa de tintas. Não sabia explicar porque. Como ia estar presa a uma cama durante tanto tempo, aproveitei a oportunidade para pedir a caixa a meu pai.’’ (KETTENMANN, 1994, p.18)
E foi neste momento que Frida pintou seu primeiro autorretrato - ‘’Autorretrato com vestido de veludo’’ (1926), e logo em cima também pintou um retrato de sua amiga – ‘’Retrato de Alicia Galant’’ (1927), em seguida pinta o quadro de um colega – ‘’Retrato de Miguel N. Lira’’ (1927) e de sua irmã – ‘’Retrato de minha irmã Cristina’’ (1928). Com o acidente vieram muitas dificuldades, Alejandro rompeu seu relacionamento com Frida, fato que a entristeceu muito.¹
Figura 6 - Retrato de Frida pintando enquanto estava acamada.
Figura 8 - Primeira obra de Frida ''Autorretrato com vestido de veludo''.(1926)
Figura 7 - Retrato de Frida pintando enquanto estava acamada.
Figura 9 - ''Retrato da minha irmã Cristina''.(1928)
Frida casou-se com Diego Rivera em 1929, a história dos dois começou quando Frida decidiu levar um dos seus quadros para mostrar seu talento ao renomeado pintor mexicano para ele avaliar. O casamento aconteceu na Casa Azul em Coyoacán e foi bastante conturbado devida as inúmeras traições cometidas por Rivera.¹
Figura 10 - Frida e Diego Rivera
Quase 30 anos após o acidente, Frida teve uma vida repleta de dor física e psicológica, onde reatou esses sentimentos na pintura ‘’A coluna partida’’ (1944), nesta pintura Frida representou nitidamente todo o sofrimento que havia dentro de si. A carreia artística de Frida Kahlo foi brilhante, foi professora de pintura e sua obra foi conhecida internacionalmente, tanto seus magníficos quadros, quanto sua escrita. Ela é conhecida como a melhor artista mexicana do século XIX, segundo vários biógrafos. Frida Kahlo foi uma mulher extremamente forte e de direito próprio, foi uma mulher bastante vaidosa.¹
Figura 11 - ''A coluna partida''. (1944)
Figura 12 - Frida Kahlo descansando em sua Casa Azul.
Em 1950, em decorrência da Poliomielite e as complicações de saúde, os médicos constataram que Frida teria que amputar sua perna direita, fato que fez a artista entrar em depressão pois foi um grande golpe ao seu narcisismo. Frida diz ‘’Pés, para que os quero, se tenho asas para voar’’. Nas últimas páginas de seu diário Kahlo escreve sobre a amputação de sua perna e fala do desejo de suicidar-se, escreveu: 11 de fevereiro de 1954 – Há seis meses amputaram-me a perna. Torturaram-me durante séculos e em alguns momentos quase enlouqueci. Continuo a sentir vontade de me suicidar Diego é quem me impede, despertando em mim a vaidade de pensar que posso fazer falta. Ele disse, e eu creio nele. Mas nunca sofri tanto na vida. Esperarei algum tempo. (KAHLO,1995, p.144).
Figura 13 - Prótese de Frida Kahlo.
Figura 14 - Frida e seus cães.
Na madrugada do dia 13 de julho de 1954, Magdalena Carmen Frida Kahlo y Calderón faleceu aos 47 anos em sua casa vítima de uma embolia pulmonar. As ultimas palavras que foram encontradas em seu diário: "Espero alegre a minha partida – e espero não retornar nunca mais".¹
ACERVO FRIDA KAHLO
Obra 1 Título: Autorretrato com cabelo cortado. Data: 1940 Localização: Museu de Arte Moderna, Manhattan, Nova Iorque, Estados Unidos. Dimensões: 40 x 28 cm Materiais: óleo, canvas
Obra 2 Título: Hospital Henry Ford. Data: 1932 Localização: Dolores Olmedo Collection, Cidade do mexico, Mexico. Dimensões: 30,5 x 38 cm Materiais: óleo, masonite
Obra 3 Título: Sem Esperança. Data: 1945 Localização: Dolores Olmedo Collection, cidade do mexico, Mexico. Dimensões: 28 x 36 cm Materiais: óleo, canvas, Masonite
Obra 4 Título: Meu nascimento. Data: 1932 Localização: coleção particular. Dimensões: 30 x 35 cm Materiais: óleo, metal
Obra 5 Título: Umas facadinhas de nada. Data: 1935 Localização: Dolores Olmedo Collection, cidade do mexico, Mexico. Dimensões: 30 x 40 cm Materiais: óleo, masonite
Obra 6 Título: As duas Fridas. Data: 1939 Localização: Museo de Arte Moderno, cidade do mexico, Mexico. Dimensões: 173,5 x 173 cm Materiais: óleo, canvas
Obra 7 Título: A coluna partida. Data: 1944 Localização: Dolores Olmedo Collection, cidade do mexico, Mexico. Dimensões: 43 x 33 cm Materiais: óleo, masonite
Obra 8 Título: Raízes. Data: 1943 Localização: coleção particular. Dimensões: 30,5 x 49,9 cm Materiais: óleo, canvas
Obra 9 Título: Diego e eu. Data: 1949 Localização: Não informado. Dimensões: 29,5 x 22,4 cm Materiais: óleo, canvas, Masonite
Obra 10 Título: O Ônibus. Data: 1929 Localização: Dolores Olmedo Collection, cidade do mexico, Mexico. Dimensões: 26 x 55,5 cm Materiais: óleo, canvas
Obra 11 Título: Autorretrato Dedicado ao Dr. Eloesser. Data: 1940 Localização: coleção particular. Dimensões: 59,5 x 40 cm Materiais: óleo, Masonite
LISTA DE OBRAS Obra 1 - Autorretrato com cabelo cortado, 1940. Fonte Wikiart. Disponível em: https://www.wikiart.org/pt/frida-kahlo/self-portrait-withcropped-hair-1940 Obra 2 - Hospital Henry Ford, 1932. Fonte Wikiart. Disponível em: https://www.wikiart.org/pt/frida-kahlo/henry-ford-hospital-the-flyingbed-1932 Obra 3 - Sem esperança, 1945. Fonte Wikiart. Disponível em: https://www.wikiart.org/pt/frida-kahlo/without-hope-1945 Obra 4 - Meu nascimento, 1932. Fonte Wikiart. Disponível em: https://www.wikiart.org/pt/frida-kahlo/my-birth-1932 Obra 5 - Umas facadinhas de nada, 1935. Fonte Wikiart. Disponível em: https://www.wikiart.org/pt/frida-kahlo/a-few-small-nipspassionately-in-love-1935 Obra 6 - As duas Fridas, 1939. Fonte Wikiart. Disponível em: https://www.wikiart.org/pt/frida-kahlo/as-duas-fridas-1939 Obra 7 - A coluna partida, 1944. Fonte Wikiart. Disponível em: https://www.wikiart.org/pt/frida-kahlo/the-broken-column-1944 Obra 8 - Raízes, 1943. Fonte Wikiart. Disponível em: https://www.wikiart.org/pt/frida-kahlo/roots-1943 Obra 9 - Diego e eu, 1949. Fonte Wikiart. Disponível em: https://www.wikiart.org/pt/frida-kahlo/diego-and-i-1949 Obra 10 - O Ônibus, 1929. Fonte Wikiart. Disponível em: https://www.wikiart.org/pt/frida-kahlo/the-bus-1929 Obra 11 - Autorretrato Dedicado ao Dr. Eloesser, 1940. Fonte Wikiart. Disponível em: https://www.wikiart.org/pt/frida-kahlo/self-portraitdedicated-to-dr-eloesser-1940
PAUL GAUGUIN (1848 - 1903) Segundo o artigo ‘’Paul Gauguin Antropologia da sensibilidade’’ escrito por Valmir Perez ², Eugène Henri Paul Gauguin nasceu em Paris, em 7 de junho de 1848, filho de Clovis Gauguin, jornalista, e de Aline Maria Chazal, com 3 anos de idade partiu com sua família para o Peru, durante a viagem seu pai acaba morrendo, diante disso Gauguin, sua mãe e sua irmã passaram a morar os quatro anos seguintes com seu tio Paul, em Lima. Em 1855, a família retornou à França e fixou moradia em Orléans. Aos 17 anos, Gauguin ingressou como aspirante na marinha mercante onde cumpriu serviço militar, três anos mais tarde assumiu o cargo de piloto, o qual abandonou em 1868. Em 1871, retornou a Paris para trabalhar como corretor da bolsa e em 1873 casou-se com a dinamarquesa Mette-Sophie Gad, com quem viveu 10 anos e teve cinco filhos.²
Figura 15 - ''Paul Gauguin sentado em frente a uma de suas pinturas em 1895 ''.
Figura 16 - ''Paul Gauguin em Copenhague em março de 1891''.
O interesse de Gauguin pela arte se iniciou na infância. Desde tenra idade ameaçava os primeiros passos na pintura e no desenho. Quando retornou a Paris, conheceu o artista Camille Pissarro, que o apresentou a outros artistas. Participou com quadros impressionistas nas exposições de 1881 e 1882, na França. Mais tarde pintaria com Camille Pissarro e Paul Cézanne.² Em 1883, mudou-se com a família para Copenhagen, na Dinamarca, onde tentou a vida novamente como corretor, porém, já nesse momento, Gauguin se encontrava frustrado com a sociedade da época e com sua vida de homem comportado de classe média. A partir disso, suas aspirações para a pintura e liberdade o levam a abandonar a família na Dinamarca e regressar a Paris em 1885.²
É informado no artigo ‘’Paul Gauguin Antropologia da sensibilidade’’ escrito por Valmir Perez ², que desse momento em diante, Gauguin se torna um artista nômade, viajante. Na companhia do amigo e também pintor Charles Laval, viaja ao Panamá em 1887, onde fica por vários meses. Passa, também, pelas imediações de Saint Pierre, na Martinica, nessa ocasião, desponta em Gauguin o prazer da convivência com os habitantes da região. Inicia-se nesse momento sua interminável pesquisa de campo. Nesse primeiro período em que vive na Martinica, sofre com a malária e outras doenças tropicais, sua cabana se desmonta durante as prolongadas e fortes chuvas de verão, mas é nesse momento que nascem dez de suas obras. Ali também conhece um grupo de imigrantes indianos, cuja influência cultural seria revelada em algumas de suas posteriores obras.²
Figura 18 - Obra ''A seashore''. (1887)
Figura 17 - ''Autorretrato dedicado a Carrière''. (1889)
Em companhia de Emile Bernard, Charles Laval, Emile Schuffenecker e alguns outros pintores, Gauguin visita a colônia do artista Pont-Aven, na Bretanha, na França. Em 1888, passa nove semanas com o recente amigo Vincent Van Gogh. Nessa mesma época, apresenta quadros de depressão e tenta o suicídio, consequência de sua desilusão com a sociedade e com o impressionismo, que acredita representar uma arte imitativa e sem profundidade, em contraste com as artes asiáticas e africanas, impregnadas de simbolismo místico e vigor natural.² Gauguin não renega totalmente o impressionismo, apenas passa a utilizar as técnicas de pintura desse movimento, para outros propósitos subjetivos, que lhes eram mais afins.² Paul Gauguin é qualificado como pós-impressionista, mas, ao mesmo tempo, seu pósimpressionismo está imbuído de um forte simbolismo estético, cuja ética busca resgatar a simplicidade dos padrões originais de pureza do homem e das sociedades. Rejeitando veementemente a falsa cultura imposta pelo poder estabelecido de sua época, tenta resgatar a originalidade de uma arte que já se encontrava vazia de propósitos humanizadores.²
Ademais, o artigo anterior ‘’Paul Gauguin Antropologia da sensibilidade’’ escrito por Valmir Perez ², informa que em 1891, sem reconhecimento público e inteiramente frustrado com a decadência da civilização europeia e toda a sua convencionalidade e artificialidade, Gauguin resolve fugir para os trópicos. Trabalhou como operário no Canal do Panamá, mas demitiram-no em duas semanas. Viveu em Mataiea Village, no Taiti. Em 1897, foi para Punaauia, uma comunidade de Papeete, na Polinésia Francesa. Em seguida, seguiu para as Ilhas Marquesas, ao sul do Oceano Pacífico. Durante os anos que passou junto aos nativos aprendeu a amá-los e compreendê-los, acima de tudo, aprendeu a respeitar culturas assentadas sobre diferentes fundamentos dos quais se baseavam as culturas ditas civilizadas do Ocidente. Fundamentos esses calçados no respeito comum, respeito à natureza e ao sagrado, mas não ao sagrado que está além do homem, em alturas inalcançáveis, no sagrado da existência cotidiana onde cada ato é sacralizado.² Seus quadros dessa época simbolizam essa sacralização quase fanática da cultura polinésia, as mulheres, os nascimentos, a natureza exótica e exuberante, os símbolos e a cultura desse povo quase criança, de traços simples e pacíficos ficariam eternizados em seu trabalho.²
Figura 19 - Obra ''D'où Venons Nous / Que Sommes Nous / Où Allons''. (1897) Figura 20 - Obra ''Riders on the beach''. (1902)
Como não poderia deixar de ser, Gauguin esteve sempre do lado dos indígenas e contra os interesses colonialistas. Em 1903, é condenado a três meses de prisão e multa devido a problemas com a Igreja e o Estado. Por sorte, nessa época, estava tendo apoio do marchand Ambroise Vollard. No dia 8 de maio daquele ano, aos 54 anos de idade, antes mesmo de cumprir a sua pena na prisão, morre de sífilis. Como tantos outros artistas da época, sua saúde já estava debilitada pelo álcool e por outros excessos. Seu corpo está sepultado no Cimetière Calvaire, Atuona, Hiva Oa, Ilhas Marquesas, Polinésia Francesa.² De acordo com o Artigo Eugène Henri Paul Gauguin feito por Dilva Frazão Paul Gauguin tinha cerca de 20 anos quando começou a se dedicar à pintura. A princípio, a arte era apenas um passatempo, mas admirava e comprava obras dos primeiros impressionistas, construindo seu próprio estilo a partir dessa nova estética. A medida, porém, que sua dedicação crescia, Gauguin logo se deu conta de que, embora esses artistas — com suas cores e técnica arrojadas — tivessem libertado a pintura dos liames da tradição, o Impressionismo também tinha um alcance limitado. Gauguin iria mais além, desenvolvendo gradualmente as idéias que o transformariam mais tarde — ao lado de Van Gogh e Cézanne — num dos maiores nomes do Pós-Impressionismo.³
ACERVO PAUL GAUGUIN
Obra 1 Título: Woman with a Flower. Data: 1891 Localização: Gliptoteca Ny Carlsberg, Copenhaga, Dinamarca. Dimensões: 70 x 46 cm Materiais: óleo, canvas
Obra 2 Título: Spirit of the Dead Watching. Data: 1892 Localização: Albright-Knox Art Gallery, Nova Iorque, Estados Unidos. Dimensões: 73 x 92 cm Materiais: óleo, canvas
Obra 3 Título: O Pintor de Girassóis. Data: 1888 Localização: Museu Van Gogh, Amsterdam, Países Baixos. Dimensões: 73 x 91 cm Materiais: óleo, canvas
Obra 4 Título: Jacó e o Anjo (Vision After the Sermon). Data: 1888 Localização: Galeria Nacional da Escócia, reino unido. Dimensões: 74,4 x 93,1 cm Materiais: óleo, canvas
Obra 5 Título: Parau Api. Data: 1892 Localização: Galerie Neue Meister, Dresden, Alemanha. Dimensões: 67 x 92 cm Materiais: óleo, canvas
Obra 6 Título: Cristo Amarelo Data: 1889 Localização: Albright-Knox Art Gallery, Nova Iorque, Estados Unidos. Dimensões: 92 x 73 cm Materiais: óleo, canvas
Obra 7 Título: The Seed of the Areoi. Data: 1892 Localização: Museu de Arte Moderna, Manhattan, Nova Iorque, Estados Unidos. Dimensões: 92 x 72 cm Materiais: óleo
Obra 8 Título: Nevermore Data: 1897 Localização: Instituto Courtauld, londres, reino unido. Dimensões: 60,5 x 116 cm Materiais: óleo, canvas
Obra 9 Título: Self Portrait in a Hat. Data: 1893 Localização: Museu de Orsay. paris, frança. Dimensões: 46 x 38 cm Materiais: óleo, canvas
Obra 10 Título: And the Gold of Their Bodies Data: 1901 Localização: Museu de Orsay, Paris, França. Dimensões: 67 x 76 cm Materiais: óleo, canvas
Obra 11 Título: Self Portrait with Halo and Snake Data: 1889 Localização: galeria nacional de arte, Washington, estados unidos. Dimensões: 72,9 x 51,3 cm Materiais: óleo, madeira
LISTA DE OBRAS
Obra 1 - Woman with a Flower, 1891. Fonte Wikiart. Disponível em: https://www.wikiart.org/pt/paul-gauguin/woman-with-a-flower-1891 Obra 2 - Spirit of the Dead Watching, 1892. Fonte Wikiart. Disponível em: https://www.wikiart.org/pt/paul-gauguin/spirit-of-the-dead watching-1892-1 Obra 3 - O Pintor de Girassóis, 1888. Fonte Wikiart. Disponível em: https://www.wikiart.org/pt/paul-gauguin/o-pintor-de-girassois-1888 Obra 4 - Jacó e o Anjo (Vision After the Sermon), 1888. Fonte Wikiart. Disponível em: https://www.wikiart.org/pt/paul-gauguin/the-vision after-the-sermon-jacob-wrestling-with-the-angel-1888 Obra 5 - Parau Api, 1892. Fonte Wikiart. Disponível em: https://www.wikiart.org/pt/paul-gauguin/what-s-new-1892 Obra 6 - Cristo Amarelo, 1889. Fonte Wikiart. Disponível em: https://www.wikiart.org/pt/paul-gauguin/yellow-christ-1889 Obra 7 - The Seed of the Areoi, 1892. Fonte Wikiart. Disponível em: https://www.wikiart.org/pt/paul-gauguin/the-seed-of-the-areoi-1892 Obra 8 - Nevermore, 1897. Fonte Wikiart. Disponível em: https://www.wikiart.org/pt/paul-gauguin/nevermore-1897 Obra 9 - Self Portrait in a Hat, 1893. Fonte Wikiart. Disponível em: https://www.wikiart.org/pt/paul-gauguin/self-portrait-in-a-hat Obra 10 - And the Gold of Their Bodies, 1901. Fonte Wikiart. Disponível em: https://www.wikiart.org/pt/paul-gauguin/and-the-gold-of their-bodies-1901 Obra 11 - Self Portrait with Halo and Snake, 1889. Fonte Wikiart. Disponível em: https://www.wikiart.org/pt/paul-gauguin/self-portrait-with halo-1889
RESILIÊNCIA Exposição ''Resiliência'' feita a partir de dois artistas com estilos artísticos diferentes, contudo, ambos retiravam da sua vivência elementos que os inspiravam para suas obras. O que todos os artistas têm em comum é a capacidade de comunicar ideias e sentimentos universais de forma única. Paul Gauguin (1848-1903), considerado um pósimpressionista a sua maneira, que usava as cores a serviço da narração de suas histórias. (Will Gompertz, 2012, P. 81). Gauguin escolheu abrir mão da autenticidade em favor da alegoria teatral e da composição. (Will Gompertz, 2012, P. 83). Apesar disso, Gauguin traz consigo temas da realidade, buscando sempre exprimir sua intensidade de sentimentos mediante fontes mais primitivas e “selvagens”, e cheias de simbolismos. De acordo com o texto publicado pelo site Infoescola⁴, Gauguin, foi um dos principais expoentes do movimento Simbolista, em suas pinturas, evitava fazer misturas de cores, preferindo as cores básicas, bem como formas simplificadas e contornos pretos. O simbolismo podia representar sonhos, pesadelos, desordem, e estados alterados o que viria a ser o surrealismo. Suas pinturas e suas esculturas são instantaneamente atraentes, mas também de surpreendente complexidade. Elas são dramas psicológicos que expõem a melancolia e o trauma que atormentam seus temas. (Will Gompertz, 2012, P. 89) Frida Kahlo (1907-1954), apesar de ser considerada surrealista, certa vez declarou: "Nunca pintei meus sonhos, pintei minha própria realidade." (Will Gompertz, 2012, P. 276). Contudo, ela não se opusera a mostrar seus trabalhos em exposições surrealistas. O simbolismo de Kahlo revela a importância da arte folclórica em seus trabalhos. Atualmente, Khalo é reconhecida como uma artista feminina, que prenunciou o slogan feminista dos anos 1960. De acordo com o site Histórias da Arte⁵, as obras de Frida Kahlo têm um estilo próprio, com o uso de cores fortes e carregadas de símbolos do folclore e cultura popular, porém acima de tudo Frida expressou a sua própria dor e a sua identidade mexicana na sua arte. Conclui-se, que ambos os artistas Gauguin e Khalo se inspiraram em situações que os circundavam, se tratando do que viam, como por exemplo a cultura local. Apesar de serem definidos por duas correntes artísticas diferentes todos os dois criaram seus próprios estilos, sua maneira e forma de expressão. Seja por fortes cores e contornos presente nos quadros de Gauguin a realidade crítica que Khalo produzia em suas obras.
Resiliência
Capacidade de um indivíduo de se recuperar após uma adversidade. Conseguir se adaptar e evoluir positivamente frequente a uma situação negativa. Capacidade de se reerguer.
PLANTA BAIXA
GALERIA FRIDA KAHLO
GALERIA PAUL GAUGUIN
66M²
66M²
ENTRADA 64,20²
REFÊNCIAS 1 - HERRENA, Hayden. Frida – A biografia. São Paulo: Globo. 2018. 2 - PEREZ, Valmir. Paul Gauguin antropologia da sensibilidade. Lume Arquitetura. 2010. Disponível em: http://www.lumearquitetura.com.br/pdf/ed44/ed_44%20SLA%20-%20Gauguin.pdf. Acesso em: 18 de Out de 2020. 3 - FRAZÃO, Dilva. Eugène Henri Paul Gauguin. Portal Artes. 2019. Disponível em: https://portalartes.com.br/historia/biografias/pintores-classicos/eugene-henri-paul-gauguin.html. Acesso em: 18 de Out de 2020. 4 - LITTLE, Stephen. Simbolismos: para entender a arte. Brasil, Ed. Globo. 2011. Disponível em: http://enciclopedia.itaucultural.org.br/termo3841/simbolismo. Acesso em: 18 de Out de 2020. 5 - IMBROISI, Margaret. História das Artes Prazer em conhecer Frida Kahlo. 2016. Disponível em: https://www.historiadasartes.com/prazer-em-conhecer/frida-kahlo/. Acesso em 18 Oct 2020.
LISTA DE IMAGENS Figura 1 – Frida Kahlo com 2 anos de idade 1909. Fonte: Site Iphoto Cahnnel. 15 fotos raras da infância e adolescência de Frida Kahlo. Disponível em: https://iphotochannel.com.br/15-fotos-raras-da-infancia-e-adolescencia-de-frida-kahlo/ Figura 2 – Frida Kahlo com 6 anos de idade 1913. Fonte: Site Iphoto Cahnnel. 15 fotos raras da infância e adolescência de Frida Kahlo. Disponível em: https://iphotochannel.com.br/15-fotos-raras-da-infancia-e-adolescencia-de-frida-kahlo/ Figura 3 – Frida Kahlo com 5 anos de idade 1912. Fonte: Site Iphoto Cahnnel. 15 fotos raras da infância e adolescência de Frida Kahlo. Disponível em: https://iphotochannel.com.br/15-fotos-raras-da-infancia-e-adolescencia-de-frida-kahlo/ Figura 4 – Frida Kahlo com 16 anos de idade 1924. Fonte: Site Iphoto Cahnnel. 15 fotos raras da infância e adolescência de Frida Kahlo. Disponível em: https://iphotochannel.com.br/15-fotos-raras-da-infancia-e-adolescencia-de-frida-kahlo/ Figura 5 – Frida Kahlo com 19 anos de idade 1927. Fonte: Site Iphoto Cahnnel. 15 fotos raras da infância e adolescência de Frida Kahlo. Disponível em: https://iphotochannel.com.br/15-fotos-raras-da-infancia-e-adolescencia-de-frida-kahlo/ Figura 6 – Retrato de Frida Kahlo pintando enquanto estava acamada. Fonte: Site Jornal GGN. Os festejos pelos 108 anos de Frida Kahlo. 06 de julho de 2015. Disponível em: https://jornalggn.com.br/memoria/frida-kahlo-completaria-108-anos/ Figura 7 – Retrato de Frida Kahlo pintando enquanto estava acamada. Fonte: Site Jornal GGN. Os festejos pelos 108 anos de Frida Kahlo. 06 de julho de 2015. Disponível em: https://jornalggn.com.br/memoria/frida-kahlo-completaria-108-anos/ Figura 8 – ‘’Autorretrato com vestido de veludo’’. Fonte: Site Artsandculture. Autorretrato com vestido de veludo Frida Kahlo 1926. Disponível em: https://artsandculture.google.com/asset/autorretrato-com-vestido-de-veludo/9QHUrLhK3UEXqw?hl=pt-br Figura 9 – ‘’Retrato da minha irmã Cristina’’. Fonte: Blog The Vintage Gallery. Disponível em: http://thevintagegallery.blogspot.com/2011/09/frida-kahlo.html Figura 10 – Frida e Diego Rivera. Fonte: Site Sindilegis. Centro Cultural do TCU traz mostra sobre Frida Kahlo e Diego Rivera. 29 de abril de 2019. Disponível em: http://sindilegis.org.br/centro-cultural-do-tcu-traz-mostra-sobre-frida-kahlo-e-diego-rivera/ Figura 11 – “A coluna partida”. Fonte: Site GQ Portugal. História de uma obra de arte: 5 obras de Frida Kahlo. 05 de novembro de 2018. Disponível em: https://www.gqportugal.pt/frida-khalo-arte-obra
Figura 12 – Frida fumando e descansando em sua Casa Azul. Fonte: Blog Simplemente - Frida Kahlo. Disponível em: https://simplemente-fridakahlo.tumblr.com/post/161839977527/i-fight-for-freedom-being-a-woman-who-can-not-be Figura 13 – Prótese de Frida. Fonte: Site Hypeness. O que Frida Kahlo vestia: série de fotos mostra o armário escondido da artista. Disponível em: https://www.hypeness.com.br/2015/05/o-que-frida-vestia-serie-de-fotos-mostra-o-armario-escondido-da-artista/ Figura 14 – Frida com seus cães. Fonte: Site Green Me. Frida Kahlo como você nunca viu: a pintora mexicana amava os animais. 08 de abril de 2015. Disponível em: https://www.greenme.com.br/viver/arte-e-cultura/1678-frida-kahlo-amava-os-animais/ Figura 15 - Paul Gauguin sentado em frente a uma de suas pinturas em 1895. Fonte: Site Getty Images. French painter Paul Gauguin (1848 - 1903) seated in front of one of his paintings. Disponível em: https://www.gettyimages.pt/detail/fotografia-de-not%C3%ADcias/french-painter-paul-gauguin-seated-in-front-of-fotografia-denot%C3%ADcias/2663776 Figura 16 - Paul Gauguin em Copenhague em março de 1891. Fonte: Site Getty Images. Paul Gauguin (1848-1903) french painter here in Copenhague in march 1891 with a breton cardigan, selfportrait dedicated to Carriere. Disponível em: https://www.gettyimages.pt/detail/fotografia-de-not%C3%ADcias/paul-gauguin-french-painter-here-in-copenhague-fotografiade-not%C3%ADcias/89867396 Figura 17 - Autorretrato dedicado a Carrière (1889). Fonte: Site National Gallery of Art. Self-Portrait Dedicated to Carrière, 1889. Disponível em: https://www.nga.gov/collection/art-object-page.66418.html Figura 18 - A seashore (1887). Fonte: Site Arte e Historia Brasil. Paul Gauguin: em busca do paraíso perdido. 25 de Setembro de 2012. Disponível em: http://arteehistoriabrasil.blogspot.com/2015/09/paul-gauguin-em-busca-do-paraiso_22.html Figura 19 - D'où Venons Nous/Que Sommes Nous/Où Allons (1897). Fonte: Site My Heritage. A Árvore Genealógica de Gauguin. 04 de março de 2013. Disponível em: https://blog.myheritage.com.br/2013/03/a-arvore-genealogica-de-gauguin/ Figura 20 - Riders on the beach (1902). Fonte: Site Deej Art. RIDERS ON THE BEACH. 21 de junho de 2014. Disponível em: https://www.deejart.com/own-your-own-masterpiece-copies-of-artworks-by-famous-artists/riders-on-the-beach