política novo secretário de Infraestrutura e Serviços Públicos do Recife, Victor Vieira, assume como primeira missão concluir dentro do novo cronograma, que é final deste mês, a obra da Via Mangue, aditivada e que agora custará R$ 433 milhões. Engenheiro, servidor de carreira da Compesa e homem de confiança do prefeito Geraldo Julio (PSB), fez do currículo de exdiretor de Engenharia e Meio Ambiente do Complexo de Suape e de ex-secretário municipal de Saneamento pavimento para assumir o posto. Celebra ter comandado em Suape, por exemplo, o programa de plantio de 600 hectares de Mata Atlântica como compensação ambiental. Em outra ponta, negativa, é responsável por dar início a uma obra fundamental para o funcionamento do Complexo que é hoje um problema longe de resolução: a dragagem do chamado canal
Andréa Rêgo Barros/PCR
Missão de concluir a Via Mangue O Victor Vieira assume pasta da Infraestrutura do Recife externo. Em 2011, Vieira atuou diretamente no processo que visava a retirada de sedimentos do canal e possibilitar a atracação dos grande petroleiros que irão abastecer a Refinaria Abreu e Lima. A obra foi licitada apenas com o projeto bási-
co e estava orçada em R$ 275 milhões. Quando o projeto executivo, mais detalhado, foi finalizado, constatou-se que seria necessário remover mais rochas no fundo do canal. Isso fez o preço saltar para R$ 340 milhões, forçando Suape a solicitar um aditivo no convênio formalizado com a Secretaria Especial de Portos (SEP) em maio do ano passado. O aditivo chegou a ser liberado, mas a SEP, pressionada pelo Tribunal de Contas da União (TCU), passou a discordar de valores apresentados por Suape e suspendeu o repasse. A obra está parada desde então. Vieira comentou que os rumos do projeto hoje são responsabilidade de Suape. E que licitar somente com o projeto básico é permitido por lei, tendo em vista a necessidade de início da execução das obras. Citou ainda contrapartidas viárias no projeto da Via Expressa e construção de pátios públi-
cos como ações bem sucedidas em sua passagem por Suape. O novo secretário, que teve um expediente corrido ontem de apresentação aos servidores, passa a administrar a pasta que supervisiona as empresas de maior orçamento da cidade: a Empresa de Manutenção e Limpeza Urbana do Recife (Emlurb) e a Empresa de Urbanização do Recife (URB). Juntas, prevêem consumir este ano R$ 1,63 bilhão. Além da conclusão da Via Mangue, dedicará esforços ao projeto da Segunda Perimetral – uma das quatro previstas no Plano Diretor de Transportes do Recife, elaborado desde a década de 1970, mas que ainda não foi totalmente executada. O corredor viário ligará a capital a Olinda. Vai do Largo da Paz, em Afogados, na Zona Oeste, até a Avenida Presidente Kennedy, na altura do Porto da Madeira. O seu projeto básico está em elaboração. (F.L.)