cidades jc nas ruas Jorge Cavalcanti
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Nova chuva, mesmo caos Assim como os sertanejos foram forçados a ter uma convivência penosa com o drama da estiagem por falta de escolha e de ações estruturais do poder público, os recifenses e moradores das cidades da Região Metropolitana, como Olinda e Jaboatão dos Guararapes, também estão fadados a conviver com o caos em dias de fortes chuvas. Não há boas perspectivas a curto e médio prazo. Caos é uma palavra que nós, jornalistas, gostamos de usar. E recorremos a ela em várias situações. Mas, no dicionário, não há outra mais adequada para descrever o dia dos que tiveram que sair de casa ontem pela manhã. Como o fardo sempre pesa mais sobre os ombros dos fracos, os passageiros de ônibus sofreram. Para embarcar nos veículos, tiveram que antes entrar no jogo do empurra-empurra. Suaram espremidos no calor infernal por causa das janelas fechadas e chegaram atrasados e encharcados ao destino final. Esses forma os sortudos. Os azarados nem conseguiram chegar ao trabalho. O cenário ficou ainda pior pelo envio tardio do alerta da Agência Pernambucana de Águas e Climas às Defesas Civis municipais. O comunicado foi dado às 5h, quando a chuva já havia começado. À coluna, o presidente da agência, Marcelo Asfora, afirmou que, pelos métodos atualmente usados, a precipitação, apesar de muito intensa, não podia ter sido identificada com mais antecedência. Em ocasiões anteriores, a Apac conseguiu emitir o alerta na noite do dia anterior à chuva, o que tornou um pouco menor a dor de cabeça da população.