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FIGHT BH Ano 1 - N.º 02 - Setembro de 2010
Mineiros brilham na revanche do Brasil Fight 2
No confronto internacional, entre o espanhol Miguel Duran e o brasileiro Gustavo Coelho, Duran levou a melhor
Incidência de lesões no MMA brasileiro
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Importância dos protetores bucais
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Editorial
“O vale-tudo é uma modalidade de luta com contacto ple-
no (full contact) em que os adversários nem sempre precisam seguir um único estilo de arte marcial. O MMA (Mixed Martial Arts) é um esporte que surgiu com a inclusão de algumas regras
Dicas de Leitura LUTA POR PONTOS DE PRESSÃO RICK CLARK Editora Record
ao antigo vale-tudo, o que fez o termo vale-tudo caísse em desuso. As artes marciais mistas incluem tanto golpes de luta em pé quanto técnicas de luta no chão.” (Wikipédia)
As artes marciais mistas têm suas raízes em dois mo-
mentos: o vale-tudo, no Brasil, a partir da terceira década do século XX, com Carlos Gracie, e, no Japão, na década de 80, quando Antônio Inoki organizou uma série de lutas de MMA. Hoje, vários eventos acontecem mundo afora e, no Brasil, esta modalidade está cada vez mais em alta.
Para olhos leigos, alguns acham que este esporte é
muito violento, mas o que não sabem é que, a cada dia, o MMA torna-se mais profissional e com regras específicas para sua prática. Essas regras têm como principal objetivo manter a integridade física dos atletas. Os lutadores têm a obrigação de usar luvas de dedos abertos, coquilha (acessório de proteção genital) e protetor bucal.
Nesta edição do Magazine Fight BH, o dentista Cornélis
Springer conta a origem e comenta a necessidade da utilização do protetor bucal.
Apesar do antigo nome do MMA ser vale-tudo, não “vale
tudo” na hora do confronto. Algumas regras devem ser seguidas à risca pelos competidores para evitar a desclassificação,
Luta por pontos de pressão é um guia de fácil compreensão, rico em ilustrações, que explica as principais técnicas de defesa pessoal ao unir conhecimentos milenares com práticas contemporâneas. Baseado na necessidade dos estudantes de artes marciais asiáticas em conhecer os pontos vitais do corpo, Rick Clark elaborou este guia prático que mostra o que são esses pontos, como encontrá-los e reconhecê-los no kata e em outras práticas de luta marcial, sem depender da aceitação da medicina chinesa tradicional ou da medicina ocidental moderna. Rick Clark, um dos maiores especialistas em técnicas de pontos vitais, é pioneiro na disseminação das artes marciais no mundo. Com ampla experiência em Judô, Caratê e Jiu-Jitsu, Clark ensina e treina artes marciais há mais de 40 anos.
por exemplo: fica proibido atingir a região genital, morder ou colocar os dedos nos olhos do oponente. Apesar de respeitarem as regras e manterem um bom preparo físico, as contusões em atletas são, muitas vezes, inevitáveis. O fisioterapeuta Rafael Persichini Freire, especialista em Fisioterapia Esportiva, fala sobre a incidência destas lesões no MMA brasileiro.
Acompanhe também, os resultados da revanche Mi-
nas x Rio no Brasil Fight 2 e fique por dentro dos próximos eventos que serão realizados na capital.
Boa leitura!
Expediente Magazine Fight BH Belo Horizonte | MG - Setembro/2010 Fabiana Rabelo - Jornalista responsável - 14489/MG Eliziane Cristina Silva de Oliveira - Revisão Estúdio Nanquim - Diagramação Marcelo Alonso - Foto Capa Tiragem desta edição: 1.000 exemplares Informações, sugestões, críticas e anúncios: fight_bh@yahoo.com.br
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Mineiros vencem a revanche do Brasil Fight Marcelão de Oliveira (BPT) com um estrangulamento norte-sul no segundo round. Com o placar de 3x1 para os mineiros, Erik Wanderley (Gracie Fusion BH) garantiu a vitória para os donos da casa após derrotar, no primeiro round, por nocaute técnico, Eduardo Camaleão (BTT). Igor Chatubinha (Relman/Minotauro Team) diminuiu para os cariocas após finalizar Marcelo Uirapuru (Gracie Fusion BH) com um triângulo de mão no início do primeiro round. A última luta da noite terminou com vitória de Bruno Carioca (Zé Mario Team) sobre Cristiano Titi (Gracie Fusion BH), após decisão unânime dos juízes. Para finalizar o evento, o confronto internacional foi entre o mineiro Gustavo Coelho e o espanhol Miguel Duran. Coelho foi melhor no primeiro round, mas no segundo round o espanhol efetuou bons golpes na trocação. A luta foi decidida no terceiro round, por decisão dos juizes, que deram a vitória a Miguel Duran. Segundo Olivar Leite, o Brasil Fight demarcou uma fronteira que divide o MMA mineiro. “Existe o MMA antes e depois do Brasil Fight em Belo Horizonte. Os lutadores mineiros sempre foram destaques em competições de Jiu-jitsu, Submission e também no MMA, mas fora de Minas. O Brasil Fight os resgatou, trazendo-os para a grande mídia e deu oportunidade para que eles mesmos fizessem o bonito trabalho de virarem os maiores propagadores e heróis locais”, diz.
Marcelo Alonso
Em noite emocionante, os fãs de MMA (Mixed Martial Arts) de Belo Horizonte lotaram o Chevrolet Hall para acompanhar a revanche entre mineiros e cariocas na segunda edição do Brasil Fight. Depois de os atletas do Rio de Janeiro ganharem a primeira disputa, desta vez foram os donos da casa que brilharam no octógono e venceram o evento por 4x3, levantando o público de cerca de 4.500 pessoas. Abrindo o placar para os mineiros, César Gordin (Gordin Fight Team) levantou o público com uma vitória sobre Fabiano Bob Sponja (TFT), no segundo round, por nocaute técnico. A segunda luta da noite foi uma das mais movimentadas e, Rodrigo Ratinho (TFT) venceu, por decisão unânime dos juízes, Maurício Facção (Gracie Fusion BH). Thiago Michel (Gracie Fusion BH/Ely Kickboxing), que é considerado o Anderson Silva mineiro, foi a revelação da noite, segundo Olivar Leite, um dos organizadores do evento. “A forma contundente como Thiago venceu, com certeza, trouxe seu nome para o cenário nacional, colocando-o como a revelação do evento”, afirma. Thiago castigou Felipe Oliviere (Nova União/Boxe Thai) e venceu após interrupção da luta pelos médicos devido a um corte no rosto do carioca. Após uma luta bastante aplaudida pelo público, Joaquim Mamute (Gracie Fusion BH) finalizou seu adversário
Da esquerda para a direita estão os mineiros: César Gordin, Thiago Michel, Maurício Facção, Erik Wanderley e Cristiano Titi
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Incidência de lesões no MMA brasileiro Por Rafael Persichinhi Freire*
Rafael Freire - Fisioterapeuta (31) 9783-5114 rafaelpersichini@gmail.com
Estudos mais detalhados sobre as lesões ocorridas no MMA brasileiro se tornam cada vez mais fundamentais para a evolução do esporte no País. A partir desses estudos, será possível propor medidas preventivas para reduzir a ocorrência de lesões, preservando a saúde dos lutadores. *Rafael Persichini Freire Fisioterapeuta, Especialista em Fisioterapia Esportiva Membro da Sociedade Nacional de Fisioterapia Esportiva (SONAFE) (31) 9783-5114 rafaelpersichini@gmail.com
Acervo Raffe
No Brasil, a prática de MMA (Mixed Martial Arts) vem crescendo bastante a cada ano. Os lutadores estão se profissionalizando e inúmeros eventos de MMA acontecem em todo o país. Porém, paralelo a esse crescimento, a ocorrência de lesões também vem aumentando. Como faltam dados referentes a essas lesões, o objetivo deste texto é descrever as lesões ocorridas em eventos de MMA no Brasil. A coleta de dados foi realizada em dois eventos de MMA ocorridos na cidade de Belo Horizonte – MG, Brasil Fight MMA 1 (13/03/2010) e Mano a Mano 1 (17/07/2010). Após o término de cada luta, os lutadores responderam a um questionário que abordava sobre as lesões ocorridas (local, tipo, mecanismo de lesão). Cada evento teve 9 lutas, 18 lutadores cada, somando 36 lutadores profissionais de MMA. Destes, 17 lutadores (47,22%) apresentaram lesões que necessitaram de atendimento imediato após o término das lutas. Foram diagnosticadas um total de 25 lesões significativas, representando uma média de 1,47 lesões por lutador. Dessas, 48% foram contusões, 32% cortes/sangramentos, 12% entorses e 8% estiramentos. A face foi a parte do corpo mais lesionada, representando 28% das lesões. A articulação do tornozelo em seguida, representando 20%. O joelho, representando 12%. A mão e a coxa, representando 8% cada. O nariz, braço, cotovelo, tórax, perna e pé, representando 4% cada. Com relação ao mecanismo de lesão, 60% ocorreram devido ao golpe do lutador adversário, sendo 60% socos, 33,33% chutes e 6,66% chave de perna. 40% ocorreram devido ao golpe do próprio lutador, sendo 44,44% chutes, 33,33% socos, queda e chave de perna 11,11% cada. Dos 17 lutadores lesionados, 11 perderam suas lutas, representando 64,70%, 5 venceram, representando 29,41% e apenas um empatou a luta, representando 5,88%.
(31) 2535-1558 - www.bioforce.com.br
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Entrevista: Protetores bucais Classificado por muitos como um esporte violento, o MMA (Mixed Martial Arts) está se tornando cada dia mais profissional, com regras específicas quê tem como principal objetivo conservar a integridade física dos atletas. Além das luvas de dedo aberto, é obrigatório também o uso de coquilha (acessório para proteção genital) e protetor bucal. Esse último é um aparelho que se encaixa nos dentes para protegê-los de qualquer tipo de impacto. Em entrevista, o dentista Cornélis Springer explica a importância do uso desse equipamento.
Adaptam-se perfeitamente à boca e por isso são os mais confortáveis e de melhor proteção da base do crânio e estruturas da boca. Além disso, não atrapalham a fala e a respiração. Eles absorvem os impactos com maior eficiência e são confeccionados em quatro tipos de acordo com o esporte praticado pelo atleta. Novas tecnologias e materiais já estão ao alcance dos dentistas que estão se voltando para essa nova área. Abaixo fotos de protetores bucais personalizados e customizados:
Como são feitos? São personalizados? Existem basicamente 3 tipos de protetores bucais, de acordo com a linha Norte Americana e Européia. 1°- Protetor de Estoque (comuns): São pré-fabricados e vendidos em massa nas lojas especializadas em esportes. Não são personalizados e absorvem pouco impacto. Hoje são considerados desconfortáveis e de pouca eficácia, por isso pouco utilizados. 2°- Termo-ajustáveis (esquenta e morde): Os protetores deste tipo têm a mesma forma, mas são alterados quando colocados em água quente para amolecer. O atleta morde o plástico aquecido para conseguir um bom encaixe nos dentes. Esse tipo de protetor pode ser adquirido em lojas de produtos esportivos e são mais confortáveis que os protetores comuns, mas não são ideais, pois não conseguem adaptar-se perfeitamente as estruturas orais e ainda trazem dificuldades para concentração, respiração e fala dos atletas. 3°- Personalizados (feitos sob medida): Diferente para cada usuário, esses protetores são exatamente a cópia fiel dos dentes e estruturas anexas. São produzidos a partir de uma moldagem realizada por um dentista.
Em quanto são absorvidos os impactos com o uso dos protetores? A absorção de impacto varia de acordo com o número e o tipo das camadas. Os protetores personalizados chamados de “pesados profissionais” conseguem absorver mais de 80% do impacto, de acordo com alguns estudos europeus e norte-americanos. Em quais modalidades se utiliza os protetores? Em praticamente todos esportes de contato direto (corpo a corpo) ou indireto (por objetos voadores) é indicada a utilização de protetores bucais. Em artes marciais, poderíamos indicar para MMA, Muay Thai, qualquer tipo de Boxe, Kickboxing, Jiu-Jitsu, Karatê, Judô e T.K.D.
Acervo Bioforce
Por que é necessário utilizá-los? É notável o baixo rendimento dos atletas quando não utilizam protetores bucais, pois os golpes afetam tais nervos e artérias da base do crânio e o pugilista não consegue aguentar um maior número de rounds. Assim surge o termo Nocaute. Os protetores conseguem proteger a cavidade glenóide, os dentes e todos os anexos bucais (língua, bochecha e gengiva).
Acervo Bioforce
Qual a origem dos protetores bucais? Os Protetores Bucais surgiram na década de 40, idealizados pelos treinadores de pugilistas. Percebendo que a maioria dos golpes estavam destinados à cabeça e mento (queixo) e que esses golpes danificavam, em efeito cumulativo, os nervos e vasos que passam acima da cavidade glenóide (base do crânio), viu-se a necessidade de um tipo de proteção.
Cornélis Springer Dentista e presidente da Bioforce
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Próximos Eventos 1° Torneio da Amizade
1º Seminário de Jiu-Jitsu do mestre Rickson Gracie
O evento terá confrontos de Muay Thay e Boxe amador, além de lutas casadas de Submission e MMA amador. O objetivo do torneio é valorizar e promover os novos atletas, visando oferecer oportunidade de mostrar o resultado dos treinamentos desenvolvidos em cada equipe.
O evento será uma grande aula ministrada pelo Mestre Rickson Gracie com duração de 4 horas e com um intervalo de 15 minutos. Ao final, os participantes receberão certificado de participação. O credenciamento deve ser realizado com pelo menos 30 minutos de antecedência e não será permitida filmagens ou fotos do seminário.
As inscrições podem ser feitas pelos telefones (31) 8607-1073 e 7816-7714, ou pelo email: torneiodaamizadebh@yahoo. com.br. Inscricões realizadas até o dia 10 de outubro terão o valor de R$ 30. Após esta data o valor passa a ser R$ 40.
Mano a Mano BH Mano a Mano BH é o primeiro evento de MMA promovido inteiramente em Belo Horizonte, com lutadores locais profissionais e estreantes. Sua segunda edição contará com um Grand Prix inédito pela disputa do cinturão. Dia: 16 de outubro de 2010 Horário: 19 horas Local: Ginásio do Colégio Pio XII Ingresso: 1º Lote - R$ 25,00 (arquibancada) e R$ 50,00 (pista) Mais informações no site www.manoamanobh.com.br.
Dia: 16 de outubro de 2010 Horário: 9h às 13h Local: Colégio Arnaldo Anchieta R. Dom Vital nº 80 Bairro Anchieta (antigo colégio Arnaldino) Valor : R$ 200,00 Mais informações no site www.chokenews.com.
Acervo Choke News
Dia: 23 de outubro de 2010 Horário: a partir das 9 horas Local: Rua Padre Eustáquio, 1489 - bairro Padre Eustáquio Ingresso: R$ 5,00 mais 1kg de alimento não-perecível