Muda Manaíra

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MUDA MANAÍRA PROPOSTA DE ARBORIZAÇÃO URBANA NO BAIRRO DE MANAÍRA, NA CIDADE DE JOÃO PESSOA



CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JOÃO PESSOA ARQUITETURA E URBANISMO

JAINARA ALVES DA ROCHA

MUDA MANAÍRA: PROPOSTA DE ARBORIZAÇÃO URBANA NO BAIRRO DE MANAÍRA, NA CIDADE DE JOÃO PESSOA

JUNHO DE 2020


JAINARA ALVES DA ROCHA

Muda Manaíra: Proposta de Arborização Urbana no Bairro de Manaíra, na Cidade de João Pessoa

Trabalho final de graduação, apresentado ao Centro Universitário de João Pessoa - Unipê, como parte das exigências para a obtenção do título de bacharel em Arquitetura e urbanismo. João Pessoa, 01 de Julho de 2020.

BANCA EXAMINADORA

______________________________________ Prof. Esp. Saulo Leal Ernesto de Melo Filho Professor orientador ___________________________________ Prof. Ma. Flávia Dantas da Nóbrega Avaliadora interna

________________________________________ Esp. Veruska Grigório Araújo Avaliadora externa


S586s

Rocha Jainara Alves da. Muda Manaíra: Proposta de Arborização Urbana no Bairro de Manaíra, na Cidade de João Pessoa/Jainara Alves da Rocha. - João Pessoa, 2020. 54f. Orientador (a): Prof . Esp. Saulo Ernesto Leal Filho. Monografia (Curso de Arquitetura e Urbanismo) – Centro Universitário de João Pessoa – UNIPÊ. 1. Arborização Urbana. 2. Qualidade Ambiental. 3. Urbanismo Sustentável. I. Título.

UNIPÊ / BC

CDU - 658:004


“O melhor momento para plantar uma árvore foi há vinte anos... O segundo melhor momento é agora.” Provérbio chinês


A Deus, pois sem ele, nenhum desses agradecimentos seria possível. A Alice, razão da minha vida, que me faz querer ser uma pessoa melhor todos os dias. A minha Mãe, que, com muita luta, me deu todas as chances, oportunidades e apoio incondicional para eu buscar meus sonhos. Ao Igor por compreender as renuncias que o curso de arquitetura me impôs durante esses 5 anos e por não me deixar desistir quando eu achei que não daria conta. A Lulu, a sogra-mãe que a vida me deu, por toda ajuda e incentivo. Aos meus coleguinhas de turma- CE, pela companhia nas madrugadas intermináveis, pelo apoio, pelas dicas, pelos bloquinhos, resumos, desabafos, piadas e, principalmente, pelos memes compartilhados. A mim, porque não foi fácil. Na verdade muitas vezes foi desesperador, desestimulante e inacreditavelmente cansativo. Mas quando as formas se encaixavam e faziam sentido, quando as texturas e as cores faziam os olhos brilhar, nesses momentos eu lembrava que a arquitetura é linda, livre e transformadora, e foram esses momentos que me deram forças pra seguir até o fim.

AGRADECIMENTOS


RESUMO A arborização urbana pode trazer inúmeros benefícios para as cidades, desde melhorias ambientais até mudanças no comportamento da comunidade, influenciando positivamente na qualidade de vida da população. Nesse sentido, o presente trabalho pretende apresentar uma proposta de arborização urbana no bairro de Manaíra, na cidade de João Pessoa, visando desenvolver um ambiente urbano mais agradável, proporcionando, entre outros benefícios, maior conforto térmico aos usuários desse espaço, incentivando, assim, a caminhabilidade no bairro. Para tal foi realizada uma pesquisa sobre a arborização urbana, além de estudos sobre casos de sucesso em cidades do Brasil e do mundo e uma análise criteriosa de uma determinada poligonal do bairro, resultando em mapas e diagnósticos que nortearam as decisões da proposta final. Palavras-chave: arborização, qualidade ambiental, planejamento urbano


Urban afforestation may convey countless benefits to cities, from environmental improvements to changes in community behavior, thus positively influencing the life quality of the population. Therefore, this study aims to present a proposal of urban afforestation in the district of Manaíra, located in the city of João Pessoa, aiming to develop a more pleasant urban environment, as well as to provide, among many benefits, a greater thermal control to the users of this space, then encouraging the ability to walk around the district. For this purpose, a research about urban arborization was carried out, in addition to studies about success cases in Brazilian and worldwide cities, and an exhaustive analysis of a specific polygonal of the district, resulting in maps and diagnoses that guided the decisions of the final proposal. Keyword: afforestation, environmental quality, urban planning

ABSTRACT


LISTA DE FIGURAS Figura 01 -Localização do Bairro de Manaíra.......................................11 Figura 02- Centro da cidade de Hanoi .....................................................14

Figura 20- Palmeiras na calçada de edifício atrapalham a circulação de pedestre.........................................................................................31

Figura 03- Árvores cortadas no centro da cidade do Rio de Janeiro.................................................................................................................................14

Figura 21- Ficus com manejo inapropriado comprometendo a calçada...............................................................................................................................31 Figura 22- Diagrama conceitual das diretrizes projetuais..........................................................................................................................32 Figura 23-Esquema com medidas mínimas para calçadas com mais de 1,90 metros ....................................................................................36

Figura 04- Três das ruas consideradas mais bonitas no mundo.................................................................................................................................16 Figura 05- Benefícios da Arborização Urbana I................................ 18 Figura 06- Benefícios da Arborização Urbana II.............................. 18 Figura 07- Diretrizes de Planejamento de Arborização Urbana................................................................................................................................22 Figura 08- Esquema da metodologia aplicada................................23 Figura 09- Localização e dados do bairro de Manaíra.................24 Figura 10- Recorte da Área Objeto de Estudo...................................24 Figura 11- Resumo Leis e Normas- Arborização Urbana.........25 Figura 12- Avenida Edson Ramalho...........................................................26

Figura 24- Tipologia para calçadas com largura entre 1,90 e 2,50 metros ....................................................................................................................37 Figura 25- Tipologia para calçadas com largura entre entre 2,50 e 3,00 metros ....................................................................................................38 Figura 26- Tipologia para calçadas com largura entre entre 3,00 e 3,50 metros .....................................................................................................39

Figura 14- .......................................................................................................................27 Figura 15 -Transito na Orla de Manaíra....................................................27

Figura 27- Tipologia para calçadas com largura superior a 3,50 metros ....................................................................................................................40 Figura 28- Proposta de arborização em poligonal no bairro de Manaíra... ...........................................................................................................................42

Figura 16- Calçada com mais de 3,5 metros divida de forma desproporcional.........................................................................................................28

Figura 29- Ampliação de trecho na Av. Virgolvino F. da C........43 Figura 30- Ampliação de trecho na Avenida Sapé........................44

Figura 17- Calçada com menos de 1,90 metros.............................. 28 Figura 18- Fiação elétrica passa pela copa da árvore podada de forma errada...........................................................................................................29

Figura 31- Ampliação de trecho na Av. Edson Ramalho...........45 Figura 32- Folder que será impresso para distribuição no bairro....................................................................................................................................46

Figura 13- Escola Estadual Alice Carneiro.............................................26

Figura 19- Fiação muito baixa.........................................................................29


LISTA DE MAPAS Mapa 01 -Uso e Ocupação do Solo............................................................26 Mapa 02- Hierarquia e Fluxo Viário.............................................................27 Mapa 03- Calçadas.................................................................................................28 Mapa 04- Rede Elétrica e Mobiliário Urbano................................... ..29 Mapa 05- Levantamento Arbóreo Quali-quantitativo.................30

LISTA DE TABELAS Tabela 01-Invetário arbóreo dos espaços públicos da AOE.......................................................................................................................................31 Tabela 02- Espécies utilizadas na proposta . .....................................34


SUMÁRIO

INTRODUÇÃO..........................10 OBJETIVOS........................................11

1 | ARBORIZAÇÃO URBANA......................13

2 | METODOLOGIA............................22

3 | A LOCALIZAÇÃO....................23

1.1| AS ÁRVORES E AS CIDADES.........................13

3.1 | O BAIRRO DE MANAÍRA................23

1.2| BENEFÍCIOS DA ARBORIZAÇÃO URBANA....15

3.2 | ÁREA DE INTERVENÇÃO..............24

1.3| POR QUE É IMPORTANTE PLANEJAR?...........20

3.3 | LEGISLAÇÃO...............................25 3.4 | LEITURA URBANA..........................26


4 | MUDA MANAÍRA.............................32 4.1 | CONCEITO E PARTIDO...............................32 4.1.1 | ESPÉCIES ARBÓREAS UTILIZADAS.....33 4.1.2| ACESSIBILIDADE + ARBORIZAÇÃO....36 4.2 | PROPOSTA................................................37 4.3 | CAMPANHA «MUDA MANAÍARA»..............47

CONSIDERAÇÕES FINAIS.............47

REFERÊNCIAS...............................48

APÊNDICE A - Folder ................54


INTRODUÇÃO


MUDA MANAÍRA: 10 PROPOSTA DE ARBORIZAÇÃO DO BAIRRO DE MANAÍRA, NA CIDADE DE JOÃO PESSOA

A árvore desempenha um papel importante no

Austrália, planeja um aumento de 40% da sua cobertura verde

ecossistema. É parte indispensável na construção de um

até 2040. Em 2015, a cidade de Nova Iorque concluiu o plano

espaço público mais agradável e bonito. Além disso, segundo

iniciado em 2007 que objetivava o plantio de 1 milhão de novas

Miller (1997), as árvores contribuem para diminuir as

árvores em ruas, parques, espaços públicos e propriedades

temperaturas urbanas, bloqueiam radiação, evitam inundações

particulares da cidade em um projeto que uniu iniciativa pública,

durante chuvas fortes e reduzem a poluição do ar e sonora.

privada e população (ANDERÁOS, 2015). Os exemplos

Bobrowski et al. (2012) afirmam que a arborização urbana consiste no processo de distribuição de árvores ao longo

seguem por cidades no mundo inteiro, cientes da importância das árvores no processo de urbanização.

de um território urbano, nas vias públicas ou em áreas não

No Brasil, embora a passos curtos, algumas cidades

edificadas. Nesse sentido, a arborização do espaço urbano

também já se mobilizam em busca de um espaço urbano mais

desempenha um papel importante na recuperação da área

sustentável, onde a arborização é parte indispensável dessa

verde das cidades, influenciando positivamente na qualidade de

evolução. É o exemplo de Curitiba, uma das cidades mais

vida dos seus habitantes.

arborizadas do país, que segue, desde 2013, seu Plano de

Arborização Pública, que, além de plantar novas árvores,

De acordo com Fórum Econômico Mundial (2018),

muitas cidades já incluiram o aumento da cobertura de copa

consiste na manutenção das já existentes (TANSCHEIT, 2017).

verde em suas listas das principais iniciativas urbanas.

Na cidade de João Pessoa, de acordo com Censo do

Recentemente, a capital da Coréia do Sul fez o plantio de mais

IBGE (2010), 78,4% dos domicílios urbanos estão localizados

de 2.000 árvores em jardins e avenidas. Melbourne, na

em vias públicas com arborização. Embora pareça satisfatório,


11

esse número deixa a Capital em 180° no ranking entre os 223

FIGURA 01 - Localização do Bairro de Manaíra

municípios do Estado da Paraíba, e em 2.525° entre os 5.570 municípios brasileiros. Estudos feitos pelas Secretarias de Planejamento e de Meio Ambiente da Prefeitura Municipal de João Pessoa apontam uma queda de 30% na cobertura vegetal da capital entre os anos de 2005 e 2010 (PMJP, 2012). Um outro

BRASIL

PARAÍBA JOÃO PESSOA

levantamento, feito por Andrade (2015) aponta o bairro de Manaíra como um dos menos arborizados da cidade, com cerca de 0,50m² de área verde por habitante. Dentro desse cenário, o presente trabalho propõe, baseado em estudos especializados, a elaboração de uma proposta de arborização em um recorte do bairro de Manaíra, na cidade de João Pessoa, buscando desenvolver um ambiente urbano mais agradável, proporcionando, entre outros benefícios, maior conforto térmico aos usuários desse espaço,

BAIRRO DE MANAÍRA

incentivando, assim, a caminhabilidade no bairro. Fonte: Google Earth, PMJP. Adaptado pela autora.


MUDA MANAÍRA: 12 PROPOSTA DE ARBORIZAÇÃO DO BAIRRO DE MANAÍRA, NA CIDADE DE JOÃO PESSOA

OBJETIVOS

OBJETIVO GERAL O objetivo geral deste trabalho é desenvolver uma proposta de arborização urbana de um recorte do Bairro de Manaíra, na cidade de João Pessoa.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS Selecionar espécies adequadas para o clima, solo e ambiente do bairro; Elaborar a proposta com a distribuição das novas árvores ao longo das ruas da área pré-determinada; Criar uma campanha de conscientização sobre a importância da arborização urbana no bairro.


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ARBORIZAÇÃO URBANA


MUDA MANAÍRA: 13 PROPOSTA DE ARBORIZAÇÃO DO BAIRRO DE MANAÍRA, NA CIDADE DE JOÃO PESSOA

1.1 | AS ÁRVORES E AS CIDADES A presença das árvores como elemento do espaço povoado é evidente desde as primeiras civilizações. Grey et al. (1978) afirmam que egípcios, persas, gregos, chineses e romanos já utilizavam os benefícios estéticos das árvores, criando jardins e grutas sagradas, muitas vezes cultuando-as. Mas foi apenas por volta de 1800, com os squares de Londres e os boulevards de Paris, que a arborização passou a ser componente arquitetônico do meio urbano. “No Brasil, a história da arborização de vias públicas se confunde com a própria história do país” (KOCHI et al., 2012, p.8). De acordo com Loboda et al. (2005), Recife foi a pioneira na utilização da vegetação no espaço urbano, onde, no Século XVII, o Príncipe Mauricio de Nassau tentou reproduzir os

No entanto, Milano et al. (2000) afirmam que, a partir do final do século XIX, os processos de urbanização e industrialização intensos no Brasil trouxeram consequências para as áreas verdes das cidades. Novas construções, equipamentos públicos, infraestrutura e veículos começavam a entrar em conflito com as árvores nos espaços urbanos. Com o surgimento da luz elétrica e com a expansão da oferta dos serviços de abastecimento de água, coleta de esgoto e telecomunicações, um complexo sistema de cabos, galerias e dutos toma conta do ar e do subsolo. A rede aérea de energia passou a interferir de forma decisiva no plano de arborização da cidade (MILANO et al., 2000).

Na maior parte dos centros urbanos do Brasil, são visíveis e estarrecedores os danos causados ao longo desse

modelos das cidades europeias na capital de Pernambuco,

processo de urbanização. Hoje, embora alguns municípios no Brasil já caminhem

deixando ali uma “dádiva notável de uma fabulosa quantidade

no sentido da rearborização das vias públicas e da valorização

de laranjeiras, tangerinas e limoeiros” (LOBODA et al., 2005,

de espaços não edificados, tentando sanar esse conflito entre

p.5).

as demandas da vida moderna e os benefícios trazidos pelas


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áreas verdes, grande parte das cidades ainda segue realizando podas drásticas desnecessárias e derrubando deliberadamente

FIGURA 02 - Centro da cidade de Hanoi, no Vietnã, antes e depois da iniciativa do governo local de retirar mais de 500 árvores em prol do desenvolvimento urbano em 2015.

suas árvores, como consequência da desinformação em meio a esse interminável processo de crescimento mal planejado. Tais práticas comprometem, cada vez mais, a composição vegetal dos espaços urbanos com ações equivocadas que refletem em sequelas desastrosas, não apenas na paisagem urbana, mas, sobretudo, na qualidade de vida da população (LOBODA et al., 2005; KOCHI et al., 2012).

Fonte: Saigonner¹

FIGURA 03 - Árvores cortadas no centro do Rio de Janeiro

Fonte: UOL² ¹ Disponível em:http://bit.ly/hanoitrees. Acesso em 05/02/2020 ² Disponível em: http://bit.ly/riocortaarvores. Acesso em 09/02/2020


MUDA MANAÍRA: 15 PROPOSTA DE ARBORIZAÇÃO DO BAIRRO DE MANAÍRA, NA CIDADE DE JOÃO PESSOA

1.2 | A ARBORIZAÇÃO URBANA E SEUS BENEFÍCIOS As áreas verdes tornaram-se importantes componentes da estrutura urbana, criando lugares melhores para viver e trabalhar. Esses espaços, além de trazerem possíveis soluções para alguns dos principais desafios do meio ambiente, trazem também benefícios que contribuem para o desenvolvimento social, físico e psíquico da população, “ao proporcionarem condições de aproximação do homem com o meio natural, e disporem de condições estruturais que favoreça a prática de atividades de recreação e de lazer” (LONDE, 2014, p.6). Sendo assim, os benefícios da arborização urbana podem ser classificados em:

das estações do ano, quebrando a monotonia da paisagem urbana (MILANO, 1984; LOBODA et al., 2005). Segundo Milano et al. (2000), no Brasil, algumas espécies, como hibisco, espirradeira, entre outras, são utilizadas exclusivamente com fins estéticos. Embora esse tipo de árvore traga poucos benefícios climáticos e ambientais, elas não deve ser desconsideradas, já que em ruas com passeios estreitos, onde não há espaço para árvores de maior porte, as espécies de pequeno porte ou arbustos podem ter um forte impacto positivo na paisagem. De acordo com Konijnendijk et al. (2005, p.89), “o principal objetivo das árvores e florestas é melhorar e restaurar paisagens urbanas construídas”, onde a vegetação atua como

Benefícios Estéticos

indicador do espaço, direcionando a visão, enquadrando cenas

As árvores desempenham um papel extraordinário

e integrando as edificações ao ambiente aberto (NELSON,

como elementos do desenho urbano à medida que contribuem

1976). Robinette (1972) vai mais adiante e categoriza as plantas

para a valorização visual das cidades, pelas suas formas, cores,

como elementos arquitetônicos do espaço aberto, já que as

texturas e pela capacidade de modificar a aparência ao longo

mesmas podem ser usadas como paredes, cobertas ou pisos.


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FIGURA 04 - Três das ruas consideradas mais bonitas no mundo: Cherry Blosson Avenue, em Bonn, na Alemanha; Avenida Champs-Élysées, em Paris, França e Rua Gonçalo de Carvalho, em Porto Alegre, Brasil.

Benefícios Ambientais e Ecológicos A arborização das cidade tem um papel importante na melhoria das condições ambientais urbanas atuais. Segundo Konijnendijk et al. (2005), não apenas as florestas, mas grupos menores de árvores ou mesmo árvores isoladas podem melhorar as condições ambientais nas áreas urbanas. No ano de 2016, 196 nações firmaram um acordo na Conferência do Clima das Nações Unidas em Paris no qual se comprometiam a moderar a quantidade de gases de efeito estufa (GEE) na atmosfera. Embora, segundo dados do Climate Watch Data (2017), nos últimos 20 anos o Brasil não tenha aumentado os níveis de emissão de GEE, os números ainda não são bons, sendo o 7° país mais poluidor do planeta, com a emissão anual de 6,7 toneladas de Monóxido de Carbono (CO2) por habitante. Nesse cenário, vale destacar que as árvores têm a capacidade de reter partículas e gases poluentes da atmosfera

Fonte: Architetural Digest³

(PEDROSA, 1983). De acordo com Sorensen et al. (1998), a ³ Disponível em: http://bit.ly/2HtZrea. Acesso em 05/02/2020


MUDA MANAÍRA: 17 PROPOSTA DE ARBORIZAÇÃO DO BAIRRO DE MANAÍRA, NA CIDADE DE JOÃO PESSOA

vegetação urbana é capaz de diminuir consideravelmente os

funcionando diariamente. Pauleit et al. (2000) demonstram, a

níveis de CO2 na atmosfera, seja diretamente, através da

da

partir de estudos feitos na cidade de Munique, na Alemanha,

fotossíntese, quando absorve o composto químico na biomassa

que espaços com uma boa cobertura arbórea são

e descarrega oxigênio, ou indiretamente, à medida que reduz as

significativamente mais frios durante os dias quentes que

temperaturas extremamente quentes na área urbana, fazendo

aqueles onde há pouca área verde. No Brasil, uma análise feita

com que a população sinta menos necessidade de utilizar

por Lombardo (1990) indica que áreas bem arborizadas na área

refrigeradores de ar.

rural de São Paulo refletiram uma diferença térmica de cerca de

Além disso, Milano (1984, p.28) afirma que “as árvores

10°C com relação a áreas mal arborizadas no centro da cidade.

e outros vegetais interceptam, refletem, absorvem e transmitem

Outro grande problema enfrentado pelos centros

radiação solar”, melhorando assim, as temperaturas no

urbanos que pode ser amenizado pelo uso da vegetação são as

ambiente urbano. Essa redução de temperatura é causada,

enchentes causadas por chuvas fortes. De acordo com Lima

sobretudo, pelo sombreamento gerado pelas árvores e pelo

(1986), as árvores podem interceptar parte da água da chuva,

resfriamento evapotranspiracional (KONIJNENDIJK et al.,

fazendo com que ela chegue com menos intensidade na

2005), que consiste na evaporação da água do solo e

superfície do solo, aliviando as redes de drenagem. Além disso,

transpiração das plantas passando para atmosfera.

as áreas verdes no meio urbano aumentam as superfícies

permeáveis, conseqüentemente favorecendo a infiltração de

De acordo com Grey et al. (1978), uma única árvore

pode chegar a evaporar cerca de 400 litros de água por dia, o que equivale ao resfriamento de 5 aparelhos de ar condicionado

água no solo. No que se refere à fauna, segundo Konijnendijk et al.


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(2005), as áreas verdes urbanas podem formar corredores

Benefícios Sociais e Físicos para a População

ecológicos, constituindo um habitat essencial para a

De acordo com Milano et al. (2000, p.40), “as árvores

sobrevivência de alguns espécies animais, como pássaros e

podem desempenhar um papel vital para o bem-estar das

invertebrados. As árvores “servem de refúgio em dias muito

comunidades urbanas” a medida que contribuem direta e

ensolarados ou chuvosos, como também de alimento para aves

indiretamente para melhoria da qualidade de vida nas cidades.

no período de escassez no seu ambiente natural” (PINHEIRO et al., 2017, p.74). .

Conforme visto anteriormente, um ambiente urbano com ruas arborizadas é capaz de absorver ruídos, diminuir o calor, reduzir a poluição do ar, entre outros. Tais fatores

FIGURA 05 - Benefícios da Arborização Urbana I TORNA AS RUAS MAIS AGRADAVÉIS PRA CAMINHAR E PEDALAR

DEIXA A CIDADE MAIS BONITA

GERA ECONOMIA DE ENERGIA

CRIA CORREDORES ECOLÓGICOS

MELHORA A SENSAÇÃO TÉRMICA LOCAL

ESCOLA

Fonte: Elaborado pela autora com base em com base em Milano (2000); Grey et al. (1978); PMSP (2015).

REDUZ OS NÍVEIS DE CO2 NA ATMOSFERA


MUDA MANAÍRA: 19 PROPOSTA DE ARBORIZAÇÃO DO BAIRRO DE MANAÍRA, NA CIDADE DE JOÃO PESSOA

interferem de forma significativa na saúde física e mental do ser-

urbanos pode ser positivamente afetada por uma boa

humano. De acordo com Kuser (2000), mesmo quando vista

arborização.

através das janelas dos escritórios ou residências, a natureza

Um estudo feito por Wolf (2007) nos Estados Unidos,

pode proporcionar bem-estar psicológico e afetar positivamente

revelou que propriedades em áreas residenciais com ruas bem arborizadas podem obter um valor imobiliário até 15% mais alto

Benefícios Econômicos

que aquelas localizados em regiões não arborizadas. O estudo

Ademais dos inúmeros benefícios citados e, como consequência direta de alguns deles, a economia dos centros

demonstra, ainda, que bairros de menor classe beneficiam-se mais com a melhoria da paisagem.

FIGURA 06 - Benefícios da Arborização Urbana II VALORIZA AS PROPRIEDADES LOCAIS

DIMINUI A POLUIÇÃO SONORA

REDUZ O RUÍDO DAS RUAS REDUZ RISCO DE ENCHENTES

CRIA ESPAÇOS DE INTERAÇÃO SOCIAL

Fonte: Elaborado pela autora com base em com base em Milano (2000); Grey et al. (1978); PMSP (2015).


20

1.3 | POR QUE É IMPORTANTE PLANEJAR?

busca de melhorar a vida urbana e o meio ambiente” (KUSER, 2000, p.11).

Apesar dos inúmeros benefícios fornecidos pelas

Um bom planejamento de arborização urbana deve

árvores no ambiente urbano, um mal planejamento pode trazer

considerar, além do olhar paisagístico, o uso da espécie

consequências adversas para as cidades. É preciso ter em

adequada, considerando as “condições físicas ou espaciais

mente que o processo de arborização urbana é complexo e

para arborização; os locais específicos para o plantio; os

exige um planejamento criterioso, que envolve desde a locação

aspectos culturais e paisagísticos e a harmonia com as

e escolha correta da espécie até a gestão de manejo dessa

condições físicas e culturais” (PMSA, 2015, p.41).

arborização, levando-se em conta condicionantes climáticas,

O diagrama a seguir foi elaborado com base nos

largura das calçadas, redes de água, gás e coleta de esgotos no

estudos de Milano (2000), Konijnendijk et al. (2005), Grey et al.

subsolo e elementos aéreos, como fiações elétricas e

(1978) e nos Manuais Técnicos de Arborização Urbana das

telefônicas, postes e placas (MILANO et al., 2000;

Cidades de São Paulo e Salvador e aponta alguns dos pontos

KONIJNENDIJK et al. ,2005.).

mais relevantes a serem explorados para um arborização

Kuser (2000) ressalta que, como em qualquer ecossistema, há uma gama de interações que devem ser compreendidas para que os benefícios da arborização urbana seja otimizado. Projetos e planos de manejo inadequados “podem reduzir drasticamente a contribuição da vegetação em

urbana de sucesso.


MUDA MANAÍRA: 21 PROPOSTA DE ARBORIZAÇÃO DO BAIRRO DE MANAÍRA, NA CIDADE DE JOÃO PESSOA

FIGURA 07 - Diretrizes de Planejamento de Arborização Urbana LARGURA DA CALÇADA

1

ESPAÇO URBANO

REDE ELÉTRICA

+ De preferência plantar a árvore + Utilizar árvores de pequeno a + Em casos de rede subterrânea fora do alinhamento de rede médio porte em casos de rede plantar a uma distância mínima de 2 metros da mesma. não isolada.

EQUIPAMENTOS URBANOS

+ Levar em consideração as distâncias mínimas recomendadas com relação aos equipamentos urbanos. As árvores de pequeno porte, por exemplo, devem manter uma distância mínima de 2,00m dos postes de iluminação e de 1 metro das entradas de veículos (garagens).

ESPÉCIES

2

ÁRVORES

3 PLANTIO 4MANEJO

+ Para que haja compatibilidade da acessibilidade com a arborização a calçada deve ter, pelo menos, 1,90 metros de largura. Em calçadas mais estreitas que isso não é recomendado o plantio de árvores para não comprometer o trânsito de pedestres.

+ Optar por espécies nativas da Mata Atlântica, evitando, assim, danos causados por algumas espécies exóticas e valorizando nossa flora local.

+ É fundamental que haja diversidade interespecífica (entre as especíes) e intraespecífica(dentro das espécies).

ESPAÇAMENTO

+ É importante manter um espaçamento mínimo entre as árvores para evitar, entre outros problemas, transmissão de doenças pelas raízes ou copas. Para árvores de pequeno porte, por exemplo, o espaçamento mínimo entre elas deve ser de 5 a 6 metros.

BERÇO/CANTEIRO

+ A muda ideal para o plantio em vias públicas deve ter, pelo menos, 2,5m de altura. Dependendo da espécie mudas com 1, 50m de altura são aceitáveis.

MUDAS

+ O ideal é que a área permeável ao redor da árvore tenha 1m², quando não for possível o mínimo aceitável será de 0,40m². Nesse caso, a largura mínima de um dos lados do berço deverá ter, pelo menos, 40 cm.

CLIMA E SOLO

+ A melhor época para realizar o plantio é no início de período de chuvas, quando as temperaturas são mais amenas e as chuvas fazem a irrigação.

IRRIGAÇÃO

+ Durante os dois primeiros anos após o plantio deve-se realizar regas periódicas

PODA

+ É fundamental a eliminação de galhos e ramos para preservar a saúde das árvores e garantir sua coexistência com os equipamentos urbanos. O tipo de poda a ser realizado deverá ser avaliado conforme a necessidade e o ciclo de vida das árvores.

OUTROS CUIDADOS

+ A necessidade de outros cuidados como adubação, remoção de parasitas, controle fitossanitário devem ser constantemente avaliados.

Fonte - Elaborado pela autora com base em Milano (2000); Konijnendijk et al. (2005); Grey et al. (1978); PMSA (2017); PMSP (2015).


2

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS


MUDA MANAÍRA: 22 PROPOSTA DE ARBORIZAÇÃO DO BAIRRO DE MANAÍRA, NA CIDADE DE JOÃO PESSOA

FIGURA 08 - Esquema da metodologia aplicada

Esse trabalho foi desenvolvido em três etapas principais: A primeira consistiu em uma ampla pesquisa bibliográfica, com a leitura de

01

títulos relacionados à arborização e crescimento urbano, bem como

PESQUISA BIBLIOGRÁFICA Livros e Trabalhos Acadêmicos

Manuais de Arborização Urbana de algumas cidades brasileiras que Manuais de Arborização ajudaram na compreensão de elementos essenciais para o desenvolvimento do projeto.

02

LEITURA URBANA DA AOE Visitas inloco

Em seguida, a leitura urbana da Área Objeto de Estudo demandou um levantamento inloco com registros fotográficos e medições, bem como

Registro Fotográfico

a utilização de plataformas como Google Earth e Open Street Maps e dos

Levantamento

softwares Qgis e CorelDraw para a elaboração dos mapas necessários

Elaboração de Mapas Temáticos

para a percepção do local. Também foi utilizado o aplicativo de celular

Legislação Urbana local

PlantNet, para auxiliar no reconhecimento das espécies arbóreas. Por último, o desenvolvimento da proposta de arborização na área de intervenção, além da criação e divulgação da campanha de

03

DESENVOLVIMENTO DA PROPOSTA Elaboração da proposta

conscientização no bairro. Desenhos técnicos e diagramas foram

Elaboração de material para campanha de conscientização

elaborados para melhor entendimento da proposta, para tanto foram

Divulgação da campanha nas escolas e outros pontos do bairro

utilizados os programas Autocad, CorelDraw e Photoshop.

Fonte: Elaborado pela autora, 2020


3

A LOCALIZAÇÃO


MUDA MANAÍRA: 23 PROPOSTA DE ARBORIZAÇÃO DO BAIRRO DE MANAÍRA, NA CIDADE DE JOÃO PESSOA

3.1 | LOCALIZAÇÃO E ESCOLHA DO BAIRRO

Tais características despertam um imenso potencial para o uso de meios de transportes mais sustentáveis, como

O Bairro de Manaíra fica localizado na zona Leste da

bicicleta, patinetes e caminhadas. Nesse sentido, um bom

cidade de João Pessoa. Embora já tenha sido considerada uma

projeto de arborização pode proporcionar um ambiente mais

das cidades mais verdes do Brasil e ainda conserve um

confortável, configurando, entre outros benefícios, o primeiro

importante trecho de Mata Atlântica, a presença de árvores nas

passo para melhorar a mobilidade urbana no bairro.

vias e espaços públicos de João Pessoa é escassa e, em alguns bairros, quase inexistente. É o caso de Manaíra, um dos

FIGURA 09 - Localização e dados do bairro de Manaíra

bairros menos arborizados da cidade, com apenas 0,5m² de área verde por habitante (ANDRADE, 2015).

Bairro de Manaíra 230 hectáres

A escolha do bairro como localidade da proposta deve-

26.369 habitantes

JOÃO PESSOA

se pela evidente precariedade na arborização urbana local e à diversidade de usos do solo no bairro, que, embora seja majoritariamente residencial, possui uma vida comercial

Limites: Bairro do Aeroclube Oceano Atlântico

intensa e um número considerável de equipamentos escolares. Além disso, há a proximidade de uma comunidade mais carente, o Bairro São José, da qual grande parte dos moradores trabalha e transita diariamente no bairro de Manaíra.

Bairro de Tambaú Rio Jaguaribe (Bairro S. José)

BAIRRO DE MANAÍRA

Fonte: Google Earth e PMJP. Adaptado pela autora, 2020


24

3.2 | RECORTE DA ÁREA DE INTERVENÇÃO

outras de menor porte, compreendendo que tais equipamentos geram um importante fluxo diário de pedestres que pode ser

Com o intuito de delimitar uma área de intervenção mais

beneficiado com a arborização desse espaço urbano.

compacta, mas que, ainda assim, represente o bairro em suas características morfológicas, tipológicas e comportamentais, foi

FIGURA 10 - Recorte da Área de Intervenção

demarcado um polígono com cerca de 560.000m² de dimensão. A poligonal limita-se ao Sul com a Avenida Euzelly Fabrício de Souza; ao Leste com a Avenida João Maurício; ao Norte com a Avenida Major Ciraulo e ao Oeste, já próximo aos limites do Bairro São José, com a Rua Gláucia Maria dos Santos Gouveia. A área foi demarcada de forma que se estendesse desde

ÁREA DE INTERVENÇÃO

o Bairro São José até a Orla de Manaíra no sentido Oeste/Leste,

0 100 200

400m

Escala Gráfica

abrangendo, assim, vias comerciais importantes, como as Avenidas Edson Ramalho, Esperança, Monteiro da Franca e João Câncio. No sentido Norte/Sul buscou-se incluir no trecho a

BAIRRO DE MANAÍRA

Escola Estadual Alice Carneiro e Nazinha Barbosa e as escolas privadas Construção do Saber, Gurgel e Colibri Athenas, dentre

Fonte: Google Earth. Adaptado pela autora, 2020


MUDA MANAÍRA: 25 PROPOSTA DE ARBORIZAÇÃO DO BAIRRO DE MANAÍRA, NA CIDADE DE JOÃO PESSOA

3.3 | LEGISLAÇÃO

FIGURA 11 - Resumo de Leis e Normas - Arborização Urbana CÓDIGO URBANO DO MUNICÍPIO DE JOÃO PESSOA

A cidade de João Pessoa possui uma Cartilha de Arborização Urbana (2011) elaborada pela Prefeitura Municipal com recomendações técnicas sobre o plantio urbano. O Código de Urbanismo da Cidade (2001) também determina, em seus

Artigo 262

Artigo 261 A arborização dos logradouros deve ser paisagisticamente adequada e bem tratada, com as espécies vegetais mais convenientes a cada caso.

Artigos 261 e 262, algumas normas para arborização de logradouros, dentre elas a obrigatoriedade da arborização em passeios com largura superior a três metros. Além disso, a NBR 9050 de Acessibilidade a Edificações, Mobiliário, Espaços e Equipamentos Urbanos deve ser priorizada, no sentido que a arborização não poderá

Nos logradouros públicos a arborização deve ser projetada e executada pela administração Municipal. Já nos logradouros abertos por particulares (loteamentos, etc), os responsáveis deverão promover e custear a arborização.

A arborização é obrigatória: I- Em passeios com mais de 3 metros de largura; II- Quando as fachadas opostas das edificações distem, no mínimo 15metros uma da outra;

Nos passeios ajardinados, a arborização deve ficar situada na faixa ajardinada

NBR 9050

entrar em conflito com as normas que garantem a ampla circulação do pedestre na calçada. A figura a seguir resume algumas das principais leis e

A faixa livre ou passeio -parte da calçada que destina-se unicamente à circulação de pedestres- deve ser livre de qualquer obstáculo, ter inclinação transversal até 3 %, ser contínua entre lotes e ter no mínimo 1,20 m de largura e 2,10 m de altura livre;

normas que devem ser adotadas ao elaborar-se um projeto ou proposta de arborização urbana.

Para a faixa de serviço - área da calçada que serve para acomodar o mobiliário, os canteiros, as árvores e os postes de iluminação ou sinalização, recomenda-se uma largura mínima de 0,70 m

Fonte: Elaborado pela autora, 2020


26

3.4 | LEITURA URBANA DA ÁREA OBJETO DE ESTUDO

MAPA 01 - USO E OCUPAÇÃO DO SOLO

OCEANO ATLÂNTICO

FIGURA 12 - Avenida Edson Ramalho

LEGENDA

1 ÁREA DE INTERVENÇÃO RESIDENCIAL MULTIFAMILIAR RESIDENCIAL UNIFAMILIAR

1

COMERCIAL USO MISTO INSTITUIÇÃO RELIGIOSA

2

ESCOLA O

RI

SEM USO

JA

PRAÇA

AR

GU

Fonte: Acervo pessoal, 2020

E

IB

BAIRRO SÃO JOSÉ

LOCALIZAÇÃO DA IMAGEM 0 20

100

200m

FIGURA 13 - Escola Estadual Alice Carneiro 2

Fonte: Elaborado pela autora, 2020

O Mapa de Uso e Ocupação do Solo demonstra o caráter residencial do bairro, com grande parte da área ocupada por residências uni e multifamiliares. O uso comercial também é considerável, sobretudo na Avenidas Edson Ramalho, Esperança, Monteiro da Franca e João Câncio. Entre os segmentos mais encontrados estão restaurantes, bares e lanchonetes, além disso, farmácias, clínicas, escolas, hotéis e um comércio varejista bastante diversificado também movimentam o comércio local.

Fonte: Acervo pessoal, 2020


MUDA MANAÍRA: 27 PROPOSTA DE ARBORIZAÇÃO DO BAIRRO DE MANAÍRA, NA CIDADE DE JOÃO PESSOA

MAPA 02 - HIERARQUIA E FLUXO ViÁRIO

OCEANO ATLÂNTICO

FIGURA 14 - Via local baixo fluxo de veículos

LEGENDA

1 2

ÁREAS DE INTERVENÇÃO VIA ARTERIAL VIA COLETORA

1

VIA LOCAL SENTIDO DA VIA (QUANDO MÃO ÚNICA)

O

RI

LOCALIZAÇÃO DA IMAGEM AR

GU

JA

Fonte: Acervo pessoal, 2020

E

IB

BAIRRO SÃO JOSÉ

0 20

100

200m

FIGURA 15 - Tráfego na orla de Manaíra 2

Fonte: Elaborado pela autora, 2020

Entres as avenidas de fluxo mais intensos destacam-se a Avenida João Maurício, com fluxo na orla no sentido norte, as Avenidas Guarabira e João Câncio também em sentido norte; as avenidas Edison Ramalho, Esperança e Monteiro da Franca em sentido sul e a avenida Eutiquiano Barreto no sentido leste. O limite de velocidade nessas avenidas é de 50km/h. Nas demais vias da AOE o fluxo é local, com trânsito basicamente de residentes. Fonte: Acervo pessoal, 2020


28

MAPA 03 - CALÇADAS

OCEANO ATLÂNTICO

FIGURA 16 - Calçada com mais de 3,5 metros divida de forma desproporcional

LEGENDA

1 ÁREA DE INTERVENÇÃO CALÇADA < 1,90M

2

1,90M> LC < 2,50M > 2,50M < 3,00M

1

> 3,00M < 3,50M > 3,50M < 4,00M > 4,00M

O

RI

CANTEIRO AR

GU

JA

LOCALIZAÇÃO DA IMAGEM

E

IB

BAIRRO SÃO JOSÉ

0 20

100

200m

Fonte: Acervo pessoal, 2020

FIGURA 17 - Calçada com menos de 1,90 metros 2

Fonte: Elaborado pela autora, 2020

A partir do Mapa 04 é possível verificar que grande parte das calçadas da AOE têm largura superior a 1,90, o que permite o plantio de árvores sem o comprometimento da circulação acessível de pedestre. Nas avenidas comerciais, como a Edson Ramalho, os estacionamentos dos estabelecimentos comerciais acabam ocupando grande parte do que deveria ser passeio, deixando o pedestre com pouca mobilidade.

Fonte: Acervo pessoal, 2020


MUDA MANAÍRA: 29 PROPOSTA DE ARBORIZAÇÃO DO BAIRRO DE MANAÍRA, NA CIDADE DE JOÃO PESSOA

MAPA 04 - REDE ELÉTRICA

OCEANO ATLÂNTICO

2

FIGURA 18 - Fiação elétrica passa pela copa da árvore podada de forma errada

LEGENDA

1

ÁREA DE INTERVENÇÃO

REDE AÉREA POSTE

LOCALIZAÇÃO DA IMAGEM O

RI

1 AR

GU

JA

Fonte: Acervo pessoal, 2020

E

IB

BAIRRO SÃO JOSÉ

0 20

100

200m

FIGURA 19 - Fiação muito baixa 2

Fonte: Elaborado pela autora, 2020

O Mapa de Rede Élétrica deixa evidente a grande quantidade de fiação aérea existente na área, já que não há nenhuma rede elétrica subterrânea. Embora grande parte das calçadas tenha uma largura satisfatória, conforme visto no Mapa 04, muitos postes foram inseridos no meio dos passeios, dificultando a acessibilidade bem como a arborização desses pontos. A ausência ou irregularidade de poda de árvores também é recorrente na área, causando problemas não só para a rede elétrica, mas também para a estrutura arbórea.

Fonte: Acervo pessoal, 2020


30

MAPA 05 - LEVANTAMENTO ARBÓREO NOS ESPAÇOS PÚBLICOS

OCEANO ATLÂNTICO

1 2

O

RI

LEGENDA

AR GU

JA

ÁREA DE INTERVENÇÃO

ÁRVORES INSERIDAS EM ESPAÇOS PUBLICOS

E

IB

BAIRRO SÃO JOSÉ

LOCALIZAÇÃO DA IMAGEM

0 20

Fonte: Elaborado pela autora, 2020

100

200m


MUDA MANAÍRA: 31 PROPOSTA DE ARBORIZAÇÃO DO BAIRRO DE MANAÍRA, NA CIDADE DE JOÃO PESSOA

FIGURA 20 - Palmeiras na O Mapa 05 foi inicialmente elaborado com base em imagens calçada de edificio atrapalham de satélite da plataforma Google Earth, em seguida foi feita uma a circulação de pedestre

FIGURA 21 - Ficus com manejo inapropriado comprometendo a calçada

verificação inloco para conferir e levantar outros dados, como porte, identificação das árvores e comprometimento das calçadas. Para auxiliar no reconhecimento das espécies foi utilizado o aplicativo PlantNet. O mapa evidencia a escassez de cobertura arbórea nas calçadas da AOE, sobretudo nas avenidas de maior uso comercial, que utilizam as calçadas como estacionamento. Os grandes prédios e as novas construções em geral também parecem ser grandes inimigas da arborização urbana, retirando ou, no máximo, substituindo as árvores frondosas pré-existentes por pequenas palmeiras ornamentais. Ainda é possível constatar que, das poucas árvores existentes, a maioria, devido ao mau planejamento, estão prejudicando a infra-estrutura local e/ou inviabilizando a acessibilidade das calçadas. Já a Tabela 01 demonstra as espécies encontradas na área com seus respectivos quantitativos. É possível constatar o predomínio de árvores exóticas. A quantidade de palmeiras

Fonte: Acervo pessoal, 2020

Fonte: Acervo pessoal, 2020

TABELA 01 - Invetário arbóreo dos espaços públicos da AOE NOME POPULAR NOME CIENTÍFICO NIM Azadirachta indica Terminalla catappa CASTANHOLA Ficus benjamina FICUS ALGAROBA Prosopis juliflora JACARANDA Jacaranda mimosifolia Tecoma stans IPÊ-DE-JARDIM OLHO DE PAVÃO Adenanthera pavonina Moringa oleifera ACÁCIA BRANA Não identificada PINHEIRO Syzygium jambos JAMBEIRO Delonix regia FLAMBOYANT

TOTAL ExÓTICAS:

Bauhinia forficata PATA DE VACA CHUVA DE OURO Cassia fistula Paubrasilia echinata PAU BRASIL Diversas PALMEIRAS CÁSSIA DO NORDESTE Senna Spectabilis

ornamentais, sobretudo nas calçadas dos prédios, também é significativa.

ORIGEM EXÓTICA EXÓTICA EXÓTICA EXÓTICA ExÓTICA EXÓTICA ExÓTICA EXÓTICA EXÓTICA EXÓTICA ExÓTICA NATIVA NATIVA NATIVA NATIVA NATIVA

TOTAL NATIVAS:

PALMEIRAS

Diversas Fonte: Elaborado pela autora, 2020

-----

QNTD. 32 31 40 03 19 01 09 10 08 32 05 190

08 06 03 32 42 91

177


4

MUDA MANAÍRA


MUDA MANAÍRA: 05 32 PROPOSTA DE ARBORIZAÇÃO DO BAIRRO DE MANAÍRA, NA CIDADE DE JOÃO PESSOA

4.1 | CONCEITO E PARTIDO

bairro, destinando para cada logradouro uma ou duas espécies arbóreas distintas, criando, dessa forma, pontos de referência e

A proposta de arborização do bairro de Manaíra visa

orientação para os moradores e frequentadores do bairro.

criar um padrão paisagístico urbano ao longo da poligonal de intervenção pré-estabelecida, para que o mesmo possa ser replicado em outros trechos do bairro, ainda que com algumas modificações, caso necessário. A utilização de espécies nativas é uma premissa da proposta. Além de ser uma ação necessária para a manutenção

Outra importante premissa da proposta é a adequação das calçadas já existentes às normas de acessibilidade, condicionando a implantação das árvores a essas diretrizes, para que a arborização urbana não se torne um elemento conflitante com o tráfego de pedestre, mas que seja um aliado no incentivo à caminhabilidade no bairro.

da saúde e equilíbrio ecológico local, a grande diversidade de mudas nativas disponíveis na nossa flora podem proporcionar

FIGURA 22 - Diagrama conceitual das diretrizes projetuais

originalidade e beleza ao projeto paisagístico. As árvores préexistentes, ainda que exóticas, se em boas condições

1

2

3

fitossanitárias e se não apresentarem ameaça à infraestrutura ou acessibilidade local , serão mantidas. Além de todos os benefícios já citados da arborização urbana, a proposta pretende criar, através das espécies

ESCOLHA CRITERIOSA DAS ESPÉCIES ARBÓREAS

LOGRADOUROS COM IDENTIDADE E REFERÊNCIA VISUAL

CALÇADAS ACESSÍVEIS + ARBORIZAÇÃO

arbóreas escolhidas, uma identidade visual para as ruas do Fonte: Elaborado pela autora, ,2020.


33

4.1.1 | ESPÉCIES ARBÓREAS UTILIZADAS A escolha das espécies levou em consideração os seguintes critérios: LOCAL DO PLANTIO

FRUTOS E FLORES

O local do plantio irá nortear todos os demais critérios.

Árvores frutíferas são interessantes, no entanto, para o

Nesse caso, a arborização será feita em calçadas, o que pode

plantio em calçadas, grandes frutos podem provocar acidentes

gerar muitas restrições à escolha das espécies, para que não

com pedestres e carros. Já as flores podem ser visualmente

haja dano aos equipamentos e infra-estrutura local.

bastante atrativas.

ORIGEM DA ESPÉCIE E ADAPTAÇÃO AO CLIMA LOCAL Além de optar exclusivamente por espécies nativas, a árvore deve ser resistente às condições climáticas locais.

PORTE DA ÁRVORE E LARGURA DO TRONCO A largura do tronco da árvore está diretamente relacionado à largura da calçada onde será o plantio. Já o porte tem relação com a fiação elétrica que pode ser danificada caso

TIPO DE FOLHAGEM E COPA DA ÁRVORE

porte e poda não sejam previamente planejados

Árvores com folhagem decídua, que perdem e renovam as folhas ao longo do ano podem mudar a aparência das ruas e têm um grande apelo estético, no entanto devem ser utilizadas com cautela, já que passam bastante tempo desfolhadas, anulando o sombreamento e outros benefícios da arborização.

DISPONIBILIDADE DE MUDAS NA REGIÃO Por questões de praticidade e economia, é recomendável que sejam utilizadas mudas da região. A cidade de João Pessoa possui um Viveiro Municipal de Plantas Nativas que fornecem as mudas ideais para o clima local.


MUDA MANAÍRA: 05 34 PROPOSTA DE ARBORIZAÇÃO DO BAIRRO DE MANAÍRA, NA CIDADE DE JOÃO PESSOA

TABELA 02 - Espécies utilizadas na proposta IMAGEM

NOME POPULAR

NOME CIENTÍFICO ORIGEM

PORTE

DAP*

FOLHAGEM

FLORAÇÃO Novembro a Janeiro

Libidibea ferrea

Nativa

Grande 50-80cm (até 30m)

Perene

Ipê Roxo

Tabebuia impetiginosa

Nativa

40-80cm Médio (10 a 20m)

Decídua

Julho a Agosto

Ipê- Branco

Tabebuia roseoalba

Nativa

Médio (5 a 18m)

40-60cm

Decídua

Setembro

Pau-Fava

Senna macranthera

Nativa

Pequeno (6 a 8m) 20-30cm

Perene

Dezembro a Abril

Caesalpinia peltophoroides

Nativa

Grande (Até 25m) 30-40cm

Semidecídua

Agosto a Novembro

Pata-de-vaca

Bauhinia forficata

Nativa

Pequeno a Médio 30-40cm (5 a 15m)

Perene

Outubro a Janeiro

Algodão da praia

Hibiscus pernambucensis

Nativa

Pequena (até 6 m)

20-30cm

Perene

Agosto a Janeiro

Jasmim Pipoca

Tabernaemontana catharinensis

Nativa

Pequeno (Até 10m)

20-30cm

Perene

Outubro a Novembro

Luehea divaricata

Nativa

Grande 50-60cm (15 a 25 )

Perene

Dezembro a Fevereiro

Pau-Ferro

Sibipiruna

Açoita Cavalo * Diâmetro na altura do peito

(continua)


35

IMAGEM

NOME POPULAR

NOME CIENTÍFICO ORIGEM

PORTE

DAP*

FOLHAGEM

(conclusão) FLORAÇÃO

Quaresmeira

Tibouchina granulosa

Nativa

Pequeno a Médio 30-40cm (8 a 12m)

Perene

Dezembro a Março

Cássia do Nordeste

Senna spectabilis

Nativa

Pequeno (6 a 9m) 30-40cm

Perene

Dezembro a Abril

Chuva de Ouro

Cassia ferruginea

Nativa

Médio 50-60cm (8 a 15m)

Semidecidua

Setembro a Dezembro

Jacarandá Bico-de-Pato

Machaerium aculeatum

Nativa

Pequeno 20-50cm (6 a 12m)

Perene

Novembro a Fevereiro

Craibeira

Tabebuia Aurea

Nativa

Grande (Até 20m) 20-40cm

Perene

Agosto a Setembro

Pau-Brasil

Caesalpinia echinala

Nativa

Pequeno 40-60cm (8 a 12m)

Semidecidua

Setembro a Outubro

Cordia sellowiana

Nativa

Médio (8 a 14m) 30-50cm

Perene

Junho a Agosto

Sapindus saponaria

Nativa

Pequeno 30-40cm (8 a 12m)

Jureté

Saboneteira

Perene

* Diâmetro na altura do peito Fonte: Elaborado pela autora,com base nas informações e imagens de HARRY (1992).

Abril a Junho


MUDA MANAÍRA: 05 36 PROPOSTA DE ARBORIZAÇÃO DO BAIRRO DE MANAÍRA, NA CIDADE DE JOÃO PESSOA

4.1.2 | ACESSIBILIDADE + ARBORIZAÇÃO URBANA

FIGURA 23 - Esquema com medidas mínimas para calçadas com mais de 1,90 metros

A adequação das calçadas às normas de acessibilidade, é um importante ponto da proposta, que busca trazer ao meio urbano todos os benefícios da arborização ao 2,10

mesmo tempo que preza pela caminhabilidade do pedestre no passeio público. Embora alguns manuais de arborização urbana apontem a largura de calçada de 1,50 aceitável para o plantio,

FAIXA

ACESSSO

PASSEIO

SERVIÇO

1,20

0,70

o Código Urbano do Município de João Pessoa e a NBR 9050 Fonte: Elaborado pela autora, ,2020.

indicam que, independente da largura da calçada, uma faixa mínima de 1,20 metros de largura deve ser destinada à

Com base na leitura urbana feita no bairro foi possível

circulação de pedestres, e que equipamentos urbanos e

identificar diferentes larguras predominantes de calçada na

vegetação sejam locados em uma faixa adicional de, pelo

área. Como não há uma padronização e as medidas podem

menos, 0,70 metros.

variar de um lote para outro, elas foram divididas da seguinte

Dessa forma, o plantio de árvores só será realizado em

forma:

calçadas com largura acima de 1,90 metros. Felizmente,

- de 1,90 a 2,50 metros

conforme observamos no Mapa de Calçadas (pág. 28), grande

- de 2,50 a 3,00 metros

parte das calçadas da AOE tem largura superior a 2,00 metros.

- de 3,00 a 3,50 metros


36

- mais de 3,50 metros

equipamentos urbanos.

A partir daí foi possível estabelecer algumas medidas e

Os diagramas a seguir demonstram essas tipologias e

criar modelos adaptáveis às calçadas existentes, buscando

funcionam como um guia para a proposta com o objetivo de

soluções práticas, econômicas e eficientes para suprir a falta

garantir um certo padrão nas calçadas e atender a aspectos de

de arborização urbana nestes espaços, bem como melhorar a

acessibilidade e estética.

acessibilidade dos passeios na área projetada. FIGURA 24 - Tipologia para calçadas com largura entre 1,90 e 2,50 metros

Ao todo foram elaboradas doze possíveis tipologias de calçada. Conforme a norma determina, as calçadas com

TIPOLOGIA

1

largura de 1,90 metros foram divididas em duas faixas, a Faixa GRELHA PROTETORA EM FERRO FUNDIDO, COM DIMENSÕES DE 70X70CM + IDEAL PARA CALÇADAS MAIS ESTREITAS OU COM MUITO FLUXO DE PEDESTRE.

de Passeio e a Faixa de Serviços. Já as calçadas com largura superior a 1,90 metros recebem uma terceira faixa, a Faixa de

vegetação ou mobiliário móvel, como floreiras e mesas de bar. Em todas as configurações a Faixa de Passeio fica totalmente livre para a circulação do pedestre. Já a Faixa de Serviço pode variar de acordo com sua largura, recebendo,

1,20M 1,50M

1,90M - 2,50M

serve de passagem para o mesmo, além disso, pode receber

0,70M 1,00M

Acesso, que consiste em um espaço em frente ao lote que

(LOTE) FAIXA DE PASSEIO

FAIXA DE SERVIÇO

DISTÂNCIA ENTRE AS ÁRVORES PP

(VIA)

5,00 M ÁRVORES DE PEQUENO PORTE. TRONCO COM DIAMETRO MÁXIMO DE 50CM

PISO TÁTIL DIRECIONAL ALINHADO NO EIXO DA FAIXA DE PASSEIO.

além das árvores, canteiros ajardinados e outros Fonte: Elaborado pela autora, 2020.


MUDA MANAÍRA: 05 38 PROPOSTA DE ARBORIZAÇÃO DO BAIRRO DE MANAÍRA, NA CIDADE DE JOÃO PESSOA

FIGURA 25 - Tipologias para calçadas com largura entre 2,50 e 3,00 metros

TIPOLOGIA

2 FA I X A D E A C E S S O C O M CANTEIRO OU FLOREIRA. COM INTERRUPÇÕES NOS ACESSOS AOS LOTES.

(LOTE) FAIXA DE ACESSO 2,50M - 3,00M

1,20M 1,50M

FAIXA DE SERVIÇO

FAIXA DE PASSEIO

FAIXA DE SERVIÇO

(VIA)

DISTÂNCIA ENTRE AS ÁRVORES PP

FAIXA DE ACESSO LIVRE

PISO TÁTIL DIRECIONAL ALINHADO NO EIXO DA FAIXA DE PASSEIO.

(LOTE)

FAIXA DE PASSEIO

0,80M 1,00M

2,50M - 3,00M

FAIXA DE ACESSO

3

1,20M 1,50M

PISO TÁTIL DIRECIONAL ALINHADO NO EIXO DA FAIXA DE PASSEIO.

0,80M 1,00M

TIPOLOGIA

DISTÂNCIA ENTRE AS ÁRVORES MP/GP

5,00 M

(VIA)

8,00M/12,00M

ÁRVORES DE MÉDIO OU GRANDE PORTE (MP/GP). TRONCO COM DIAMETRO MÁXIMO DE 90CM

ÁRVORES DE PEQUENO PORTE(PP).

GRELHA PROTETORA EM FERRO FUNDIDO, COM DIMENSÕES DE ACORDO COM A LARGURA DA FAIXA DE SERVIÇO. + IDEAL PARA SER USADA COM ÁRVORES DE PEQUENO PORTE E EM CALÇADAS ESTREITAS OU COM MUITO FLUXO DE PEDESTRE.

Fonte: Elaborado pela autora, 2020.

FAIXA DE SERVIÇO COM CANTEIRO GRAMADO. O CANTEIRO DEVE SER INTERROMPIDO QUANDO HOUVER OUTROS EQUIPAMENTOS NA FAIXA, COMO POSTES, PONTOS DE ÔNIBUS, ETC. + O CANTEIRO É IDEAL PARA SER USADO COM ÁRVORES DE MÉDIO A GRANDE PORTE


37

FIGURA 26 - Tipologias para calçadas com largura entre 3,00 e 3,50 metros

TIPOLOGIA

TIPOLOGIA

4 FAIXA DE ACESSO UM POUCO MAIS LARGA COM CANTEIRO. GERALMENTE USADOS E M FAC H A DA S D E PRÉDIO

PISO TÁTIL DIRECIONAL ALINHADO NO EIXO DA FAIXA DE PASSEIO.

5

PISO TÁTIL DIRECIONAL ALINHADO NO EIXO DA FAIXA DE PASSEIO.

FAIXA DE ACESSO MAIS LARGA. ALTERNATIVA IDEAL PARA ÁREAS DE COMERCIO/BARES ONDE A FAIXA PODE ABRIGAR MESAS, FLOREIRAS, ETC. (LOTE)

0,50M

FAIXA DE PASSEIO 1,50M

3,00M - 3,50M

1,30M 2,10M

FAIXA DE SERVIÇO

FAIXA DE ACESSO

FAIXA DE SERVIÇO

1,00M1,50

FAIXA DE ACESSO FAIXA DE PASSEIO

0,70M

3,00M - 3,50M

0,70M

(LOTE)

(VIA)

DISTÂNCIA ENTRE AS ÁRVORES PP

DISTÂNCIA ENTRE AS ÁRVORES MP/GP

5,00 M

(VIA)

8,00M/12,00M

ÁRVORES DE PEQUENO PORTE(PP). TRONCO COM DIAMETRO MÁXIMO DE 60CM

ÁRVORES DE MÉDIO OU GRANDE PORTE (MP/GP). TRONCO COM DIAMETRO MÁXIMO DE 120CM

GRELHA PROTETORA EM FERRO FUNDIDO, COM DIMENSÕES DE ACORDO COM A LARGURA DA FAIXA DE SERVIÇO. + IDEAL PARA SER USADA COM ÁRVORES DE PEQUENO PORTE E EM CALÇADAS ESTREITAS OU COM MUITO FLUXO DE PEDESTRE.

Fonte: Elaborado pela autora, 2020.

FAIXA DE SERVIÇO MAIS LARGA COM CANTEIRO GRAMADO, PARA ACOMODAR ÁRVORES DE MÉDIO A GRANDE PORTE


MUDA MANAÍRA: 05 40 PROPOSTA DE ARBORIZAÇÃO DO BAIRRO DE MANAÍRA, NA CIDADE DE JOÃO PESSOA

FIGURA 27 - Tipologias para calçadas com largura superior a 3,50 metros

6

TIPOLOGIA

FAIXA DE ACESSO COM CANTEIRO OU FLOREIRA. COM INTERRUPÇÕES NOS ACESSOS AOS LOTES.

PISO TÁTIL DIRECIONAL ALINHADO NO EIXO DA FAIXA DE PASSEIO. FAIXA DE ACESSO

> 1,50M

FAIXA DE ACESSO

FAIXA DE SERVIÇO

> 1,50M

> 3,50M

FAIXA DE PASSEIO

FAIXA DE SERVIÇO

> 1,00M

> 1,50M

FAIXA DE ACESSO MAIS LARGA. ALTERNATIVA IDEAL PARA ÁREAS DE COMERCIO/BARES ONDE A FAIXA PODE ABRIGAR MESAS, FLOREIRAS, ETC. (LOTE)

(LOTE)

FAIXA DE PASSEIO

> 3,50M

7

PISO TÁTIL DIRECIONAL ALINHADO NO EIXO DA FAIXA DE PASSEIO. > 1,50M

TIPOLOGIA

(VIA)

DISTÂNCIA ENTRE AS ÁRVORES MP/GP 8,00 M/ 12,00M

DISTÂNCIA ENTRE AS ÁRVORES MP/GP

(VIA)

8,00M/12,00M

FAIXA DE SERVIÇO COM LARGURA MAIS GENEROSA. IDEAL PARA QUANDO HÁ NECESSIDADE DE E Q U I PA M E N TO S U R BA N O S MAIORES, COMO PONTOS DE ÔNIBUS E BANCAS DE REVISTA.

ÁRVORES DE MÉDIO OU GRANDE PORTE (MP/GP).

GRELHA PROTETORA EM FERRO FUNDIDO, COM DIMENSÕES DE ACORDO COM A LARGURA DA FAIXA DE SERVIÇO. + IDEAL PARA SER USADA COM ÁRVORES DE PEQUENO PORTE E EM CALÇADAS ESTREITAS OU COM MUITO FLUXO DE PEDESTRE.

Fonte: Elaborado pela autora, 2020.

FAIXA DE SERVIÇO COM CANTEIRO GRAMADO. O CANTEIRO DEVE SER INTERROMPIDO QUANDO HOUVER OUTROS EQUIPAMENTOS NA FAIXA, COMO POSTES, PONTOS DE ÔNIBUS, ETC. + O CANTEIRO É IDEAL PARA SER USADO COM ÁRVORES DE MÉDIO A GRANDE PORTE


39

4.2 | A PROPOSTA

elétrica ou da estrutura das árvores. Espécies de folhagem decídua, como os Ipês, foram

A proposta pretende criar uma identidade para cada

utilizadas na proposta pelo seu grande apelo estético, porém de

logradouro através das espécies arbóreas, utilizando um ou

forma pontual e sempre intercaladas com outras espécies de

dois tipos de árvores nativas distintas para cada trecho. Dessa

folhagem perene, assim, no período de desfolhagem, o

forma, as ruas apresentam uma cobertura vegetal específica,

sombreamento da rua não será comprometido por completo.

criando um sentido de referência e orientação nas pessoas que

O bairro conta, em grande parte, com calçadas mais

transitam no bairro. Além disso, há uma preocupação em

largas que três metros, o que facilita a implantação da

garantir a variedade de espécies ao longo da área de

arborização, no entanto, os passeios são precários e

intervenção, já que a utilização em larga escala de uma única

irregulares, fazendo-se necessária uma reestruturação dos

espécie pode facilitar a disseminação de pragas e comprometer

mesmos para garantir que haja compatibilidade entre

a arborização urbana.

arborização e acessibilidade.

Por questões estéticas, a variedade de espécie

A locação das árvores na calçada deverá ser feita de

escolhida para cada via será implantada em ambos os lados,

forma individualizada, já que precisa-se considerar, além do

ainda que a espécie escolhida não seja de pequeno porte e haja

espaçamento entre as elas, as distâncias de postes, garagens,

fiação elétrica em uma das calçadas. Nesses casos a poda

pontos de ônibus e outros equipamentos urbanos e

deverá ser constante e cautelosa, para que a copa permita a

particularidades de cada rua.

passagem da fiação sem que haja comprometimento da rede


MUDA MANAÍRA: 05 42 PROPOSTA DE ARBORIZAÇÃO DO BAIRRO DE MANAÍRA, NA CIDADE DE JOÃO PESSOA

FIGURA 28 - Proposta de arborização em poligonal no bairro de Manaíra LEGENDA PATA DE VACA OCEANO ATLÂNTICO

CHUVA DE OURO SIBIPIRUNA PAU FERRO JACARANDÁ PAU-FAVA CÁSSIA DO NORDESTE SABONETEIRA JASMIM PIPOCA JURETÊ CRAIBERA IPÊ BRANCO IPÊ ROXO QUARESMEIRA AÇOITA CAVALO ALGODÃO DA PRAIA PAU BRASIL


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4.2.1 | DIAGRAMAS DEMONSTRATIVOS Os diagramas a seguir demonstram a aplicação da proposta em trechos selecionados. AMPLIAÇÃO 01

FIGURA 29 - Ampliação de trecho na Avenida Virgolvino F. da Costa

TRECHO DA RUA VIRGOLVINO FLORENTINO DA COSTA

ÁRVORES ABAIXO DA FIAÇÃO

Esse trecho da rua abriga um colégio particular. Embora grande parte dos alunos resida no bairro, a maioria é levada de carro para a escola, provocando um fluxo intenso de veículos nos horários específicos. A arborização, nesse caso, não apenas pode contribuir para o conforto térmico local, como incentivar os alunos a caminharem até a escola. A calçada relativamente larga, permite a criação de uma faixa de passeio confortável, com cerca de 2 metros, e uma faixa de serviço apropriada para receber a arborização e outros equipamentos urbanos. A árvore utilizada fé a Pata-de-Vaca (Bauhinia fortificata), espécie nativa de pequeno porte bastante utilizada na arborização urbana, já que pode ser plantada em calçadas mais estreitas ou sob fiação elétrica.

PATA-DE-VACA (Bauhinia fortificata)

PISO TÁTIL

CANTEIRO VERDE NA FAIXA DE SERVIÇO

Fonte: Elaborado pela autora, 2020.


MUDA MANAÍRA: 05 44 PROPOSTA DE ARBORIZAÇÃO DO BAIRRO DE MANAÍRA, NA CIDADE DE JOÃO PESSOA

AMPLIAÇÃO 02

TRECHO DA AVENIDA SAPÉ FIGURA 30 - Ampliação de trecho na Avenida Sapé FIAÇÃO FORA DO ALINHAMENTO DAS ÁRVORES

Nesse trecho da Avenida fica localizada a Escola Estadual Alice Carneiro. Os alunos, em sua maioria moradores do Bairro São José, costumam ir caminhado ou de bicicleta para a escola. Aqui, o grande recuo já existente feito para estacionamento em frente a escola permite o plantio de árvores de grande porte fora do alinhamento da rede elétrica. Canteiros ajardinados podem ser intercalados com as vagas dos carros, sempre respeitando as distâncias mínimas entre as árvores e outros mobiliários urbanos. Na calçada oposta à escola, onde predomina o uso residencial, é possível optar por deixar a faixa de serviço completamente ajardinada, com exceção dos trechos de entradas de veículos ou pedestres. A árvore utilizada é a Craibera, espécie de grande porte que pode chegar até 20 metros em locais com mais umidade. É bastante utilizada na arborização urbana.

CRAIBERA (Tabebuia aurea)

FAIXA DE PASSEIO RECUADA FAIXA DE SERVIÇO MAIS LARGA COM ESTACIONAMENTO CANTEIRO FLORIDO

Fonte: Elaborado pela autora, 2020.

CANTEIRO VERDE EM TODA EXTENSÃO DA FAIXA DE SERVIÇO


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AMPLIAÇÃO 03

TRECHO DA AVENIDA EDSON RAMALHO FIGURA 31 - Ampliação de trecho na Avenida Edson Ramalho

A avenida comercial mais importante do bairro tem um imenso potencial de caminhabilidade devido a quantidade de lojas, cafés e restaurantes. No entanto, a falta de arborização e a precariedade calçadas, em sua grande maioria utilizadas como estacionamento, são fatores que difilcultam a locomoção de pedestres que disputam a passagem entre os carros estacionados. Dessa forma, a proposta prevê, junto com a arborização, uma adequação das calçadas, dividindo de forma clara as faixas de passeio e serviço, onde a primeira, exclusiva para a locomoção do pedestre margeia as fachadas dos estabelecimentos comerciais, dando mais visibilidade aos mesmos. Os ipês roxo e branco foram utilizados por serem árvores que trazem um colorido elegante à avenida, a espécie, no entanto, é decídua e passa um período do ano desfolhada, por isso foi usada em pequena quantidade, sendo intercalada com o Pau-ferro, árvore também de grande porte, porém com folhagem perene.

FIAÇÃO FORA DO ALINHAMENTO E ABAIXO DAS COPAS DAS ÁRVORES

PAU FERRO (Libidibea ferrea) IPÊ ROXO (Tabebuia impetiginosa) IPÊ BRANCO (Tabebuia roseoalba)

FAIXA DE PASSEIO RECUADA, MARGEANDO AS FACHADAS DOS ESTABELECIENTOS

CANTEIRO FLORIDO

FAIXA DE SERVIÇO MAIS LARGA COM ESTACIONAMENTO BEM DEMARCADO

Fonte: Elaborado pela autora, 2020.


MUDA MANAÍRA: 05 46 PROPOSTA DE ARBORIZAÇÃO DO BAIRRO DE MANAÍRA, NA CIDADE DE JOÃO PESSOA

4.3 | CAMPANHA «MUDA MANAÍRA». Junto à proposta de arborização urbana, foi elaborada uma campanha de conscientização que visa informar a população local sobre os benefícios de uma cidade mais

como alertar a comunidade sobre a maneira correta de realizar podas e outras intervenções nas árvores. Para isso folhetos educativos foram elaborados e serão

arborizada, incentivar e demonstrar a melhor forma de fazer o

impressos e distribuídos nas escolas públicas e privadas do

plantio de novas árvores, seja em jardins ou calçadas, bem

bairro, bem como em outros pontos de grande movimento.

FIGURA 32 - Folder educativo elaborado para distribuição no bairro

Fonte: Elaborado pela Autora - 2020


5

CONSIDERAÇÕES FINAIS


MUDA MANAÍRA: 47 PROPOSTA DE ARBORIZAÇÃO DO BAIRRO DE MANAÍRA, NA CIDADE DE JOÃO PESSOA

5 | CONSIDERAÇÕES FINAIS Conforme foi visto nos levantamentos realizados, embora tenha um grande potencial para arborização viária, a área estudada é extremamente carente em cobertura verde. Além disso, devido a falta de planejamento e manejo, grande parte das árvores existentes no local entram em conflito com a infraestrutura e acessibilidade nos passeios. Dessa forma, a proposta de arborização apresentada nesse trabalho é de grande relevância, a medida que buscou indicar soluções para um problema urbano e ambiental, propondo ampliar a cobertura arbórea de um trecho do bairro de Manaíra, indicando espécies nativas adequadas e distribuindoas na área de intervenção, bem como substituindo, quando necessário, as árvores que estão causando danos à infraestrutura ou que estão em desacordo com as normas de acessibilidade das calçadas, demonstrando como arborização urbana e acessibilidade podem ser compatíveis.


REFERÊNCIAS


MUDA MANAÍRA: 48 PROPOSTA DE ARBORIZAÇÃO DO BAIRRO DE MANAÍRA, NA CIDADE DE JOÃO PESSOA

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APÊNDICE


VERSO

FRENTE

APÊNDICE A - Folder que será impresso para distribuição no bairro de Manaíra


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