COSTURA URBANA
a cidade pelo avesso
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costura urbana: a cidade pelo avesso
trabalho de graduação integrado II.natália pauletto fragalle
INSTITUTO DE ARQUITETURA E URBANISMO UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
SÃO CARLOS, 2015
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Aos meus pais, Miriam e Eustáquio, por acreditarem Às minhas irmãs, Letícia e Bárbara, por incentivarem Ao Wesley por confortar Aos queridos mestres por motivarem E, finalmente, aos 44 amigos da turma ingressa em 2010, com os quais dividi essa nem sempre fácil jornada, pela amizade e por todo o tipo de apoio que vocês me proporcionaram.
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PROFESSORA CAP: LUCIA ZANIN SHIMBO PROFESSOR ORIENTADOR: GIVALDO LUIZ MEDEIROS
CADERNO DE APRESENTAÇÃO DA SEGUNDA ETAPA DE DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO DE GRADUAÇÃO INTEGRADO INTERVENÇÃO URBANA NA CIDADE DE SÃO CARLOS-SP
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ÍNDICE
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INTRODUÇÃO...................................................................12 UNIVERSO PROJETUAL.....................................................22 SÃO CARLOS: CIDADE DE INTERVENÇÃO.........................28 O CENTRO: ÁREA DE INTERVENÇÃO................................32 DIRETRIZES.......................................................................42 PROGRAMA: UNIVER[CIDADE]...........................................52 PROJETO.........................................................................54 CONJUNTOS DE QUADRAS: INTERVENÇÕES...................92 ESTUDO DAS FACHADAS...............................................150 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS......................................172
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INTRODUÇÃO: INQUIETAÇÕES
O terceiro território é aquele conformado por uma “nova geografia”, por uma ação projetual que tem como estratégia potencializar, mutuamente, o lugar e a própria construção que o transforma e é transformada por ele. Hector Vigliecca
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Dentre as várias possibilidades de temáticas a serem escolhidas como ponto de partida para a elaboração de um problema a ser resolvido em forma de projeto de arquitetura e urbanismo, foi escolhido explorar a relação entre a cidade e a memória e de que forma as intervenções urbanas podem criar novos espaços que respeitem a cultura, a identidade e a complexidade de um lugar, levando em consideração as diversas camadas históricas de uma cidade, de modo a serem rapidamente apropriados pelos habitantes locais criando novas relações com a cidade e novos vínculos com os moradores. Dessa forma, o presente trabalho surgiu a partir da busca de uma maneira de intervir na cidade preexistente de modo a criar uma nova urbanidade ao mesmo tempo em que se preserva a memória do local.
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O surgimento das primeiras teorias voltadas à preservação dos bens culturais relaciona-se ao ambiente cultural de formação das metrópoles, quando, a partir das idéias iluministas, percebe-se uma nítida separação entre passado e presente e passa-se a agir criticamente em relação ao passado, uma vez que até então as obras eram adaptadas às necessidades do presente sem nenhuma restrição devido à ausência de uma demarcação evidente entre passado, presente e futuro: A ativação da memória [...] nestes tempos de transformações e de aceleração da história, diante da perspectiva da perda, do esquecimento, configura-se como uma necessidade premente de reconstrução da própria identidade do indivíduo no seio da nascente sociedade de massa (ALMEIDA, 2009, p.40)
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Com isso, passa-se a buscar maneiras de se apropriar criticamente e coletivamente do passado de forma que ele dialogue com o presente, com a perspectiva de transmissão desse legado ao futuro. Neste sentido, a obra de Camillo Sitte é de extrema relevância, uma vez que ele desenvolve uma compreensão de patrimônio que incorpora também o espaço urbano, sua morfologia, seu traçado, seus gabaritos e suas relações sociais e culturais, superando a seleção exclusiva de edifícios de caráter monumental e de valor arquitetônico, destacando os efeitos positivos e atraentes obtidos pela irregularidade dos tecidos urbanos e afirmando que as cidades estão fadadas ao esquecimento e ao desaparecimento caso não haja uma ação deliberada de resgate cultural. Entretanto, a corrente que prega a necessidade de modernização urbana
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rua que corta uma quadra em sรฃo carlos. imagem: natรกlia fragalle
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em Entretanto, a corrente que prega a necessidade de modernização urbana em detrimento das possibilidades de preservação do legado do passado, acaba por tornar-se dominante no final do século XIX e início do século XX, principalmente após a Primeira Guerra Mundial, quando, entre as décadas de 20 e 30, o chamado Movimento Moderno passa a adquirir mais prestígio. Passa-se a explorar o potencial dos novos materiais e tecnologias juntamente com o emprego de formas puras e estruturas racionais possibilitadas pela industrialização dos diversos componentes da construção como forma de suprir as necessidades urbanas e sociais da época, acreditando que as condições que se apresentavam naquele momento nas cidades “eram absolutamente inéditas em relação ao passado e que, portanto, os precedentes históricos não devem ser tidos em conta para afrontar as novas aspirações” (ALMEIDA, 2009, p. 51). Esse modo de pensar a arquitetura e o urbanismo começa a entrar em crise a partir do fim da Segunda Guerra Mundial, quando começa-se a perceber que as soluções propostas não estavam sendo suficientes para suprir as demandas que aumentavam com o fim da guerra e a destruição de várias cidades européias. Dessa forma, a partir da década de 60, com a intensificação das críticas às aplicações práticas realizadas a partir do pensamento do Estilo Internacional, questões relacionadas à identidade e ao lugar começam a ganhar força novamente no debate sobre os modos de se intervir nas cidades. Surgem uma série de propostas que têm como objetivo revalorizar os elementos vernaculares e tradicionais das cidades, se opondo ao espaço funcionalista e homogêneo resultante da estandardização na sociedade de massas. As atenções se voltam para as necessidades subjetivas e para os significados simbólicos e culturais dos diferentes espaços da cidade, que são construídos através de uma memória coletiva, configurando uma imagem que se mantém mesmo que a cidade “real” se altere (Carvalho in:Ortegosa, 2009). Neste sentido as relações de intimidade que se estabelecem entre as pessoas e o espaço possuem função primordial, configurando uma condição de âncora da memória, uma vez que são essas relações que possibilitam a valorização dos espaços da cidade, transformando-os em patrimônios da humanidade, de uma nação, de uma sociedade ou mesmo individual (Bachelard in Ortegosa, 2009).
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Com isso, o interesse pela permanência de elementos arquitetônicos e traçados urbanos como aspectos fundamentais para a construção e a preservação de uma memória da cidade adquirem um caráter importante ao se pensar novas intervenções urbanas. Todo esse pensamento ganhou ainda mais força com a publicação em 1961 do livro Morte e vida das grandes cidades, de Jane Jacobs, no qual a autora critica os espaços urbanos “mortos” gerados pela monofuncionalidade do planejamento urbano normativo moderno e defende a necessidade de um planejamento urbano que se comunique diretamente com a vida cotidiana, que se aproxime da dinâmica real das ruas, levando em conta as associações intrasubjetivas para a criação de um sentido de lugar. Para isso, a autora afirma que as cidades necessitam possuir uma diversidade de usos complexa, densa
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e constante, propiciando um ambiente vivo. Para gerar tal diversidade, Jacobs cita quatro condições que devem estar associadas para desenvolver e desempenhar potenciais: a multiplicidade de funções, a necessidade de uma ampla possibilidade de percursos, a alta densidade de pessoas e a necessidade de edifícios com idades e estados de conservação variados, enfatizando a adaptação de velhos espaços para novos usos. Dessa forma, passa-se a defender ainda mais o incentivo à apropriação do espaço a partir de usos que já existem e que são decorrentes da vida cotidiana dos habitantes da cidade. Esse interesse pela valorização do contexto local, da cultura, da diversidade, da noção de lugar e da experiência como forma de se contrapor à visão unificadora do movimento moderno ganha, a partir da década de 70, ainda mais destaque no debate internacional, convertendo valores como
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a fragmentação da configuração urbana e o pluralismo em algo positivo (Ortegosa, 2009). Com isso, surge uma grande quantidade de obras teóricas que formulam propostas de modos de se intervir na cidade levando em conta a valorização da relação de identidade entre as pessoas e o espaço, como Complexity and Contradiction in Architecture (1966), de Robert Venturi; Collage City (1978) de Colin Rowe, no qual o autor propõe uma ideia de cidade resultante da somatória de diferentes estratégias de intervenção; e A Arquitetura da Cidade (1971) de Aldo Rossi, no qual o autor refere-se ao locus como sendo o princípio característico dos atos urbanos. Rossi discorre sobre a correlação entre a tradição e a inovação, afirmando que a história motiva não só a permanência de elementos que asseguram a unidade na expressão urbana, mas também as transformações que incidem sobre o território. Além disso, cabe ressaltar a importância de Kenneth Frampton, com a teoria do lugar, segundo a qual o espaço deve ser tratado como o lugar de habitar dos homens, e de Francisco de Gracia, com a arquitetura contextual, que estabelece uma rara relação com o contexto onde está inserida por se basear em critérios definidos a
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partir das características locais, porém com a marca de seu tempo. A partir da década de 80, uma série de locais com significados simbólicos para as cidades tornam-se alvo de projetos de intervenção urbana. Entretanto, percebe-se que em vários destes projetos as questões econômicas são privilegiadas, enquanto os princípios elaborados pela reflexão teórica consolidada são relegados a segundo plano, resultando em uma certa estetização da relação entre as cidades e a história, tornando-se um espetáculo midiático e gerando artificialização e dessocialização (Ortegosa, 2009). Tais locais, que recebem investimentos massivos para serem reconvertidos, passam a atrair cada vez mais a atenção do mercado imobiliário e, com isso, passam a ser ocupados pelas classes mais altas, enquanto os moradores de classes mais baixas acabam por serem forçados a se retirarem devido ao grande aumento do custo de vida nesses locais. Esse processo acaba por configurar um fenômeno extremamente paradoxal pois, ao mesmo tempo em que intervenções urbanas são feitas para preservar a história, a memória e a cultura de certos locais, a própria população que é responsável pela manutenção dessas múltiplas identidades e culturas acaba por ser eliminada.
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UNIVERSO PROJETUAL
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A cultura e a memória de um local devem ser entendidas como fruto da sociedade, de sua história e de seus saberes e o arquiteto e o planejador urbano devem agir promovendo iniciativas que permitam a sua manutenção. Desta forma, o que se pretende realizar é um redesenho de todo um conjunto de quadras inserido em um espaço urbano, adicionando uma nova camada de tempo que evidencia e dialoga com a preexistência de modo a gerar uma nova relação entre edifícios e entorno situada entre o passado e o presente, tencionando usos e sugerindo novas formas de apropriação do espaço urbano.
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Neste sentido, o Centro de Lazer Sesc Fábrica da Pompéia, projetado por Lina Bo Bardi (1977-1986), mostra-se como uma das referências de projeto para este trabalho, uma vez que a arquiteta, ao observar o conjunto de galpões de arquitetura industrial do século XIX, foi capaz de identificar diálogos possíveis entre os mesmos e o espaço urbano, criando uma relação de permeabilidade e harmonia entre os edifícios históricos, a intervenção contemporânea e o entorno do conjunto. Essa relação foi construída a partir de um processo de “restauro inventivo”, transformando a “fábrica fria” em uma “fábrica quente”, através da exploração dos materiais empregados e das possibilidades de apropriação do espaço pelos usuários sob uma perspectiva que engloba a cultura popular: Essa poética de reconversão é uma manifestação daquilo que Lina chamou de caráter ‘quente’ da arquitetura: sua possibilidade de intervir, modificar a vida humana e as formas de uma comunidade, porém em um sentido artístico e expressivo, e não em um sentido instrumental, espetacular e manipulativo (SUBIRATES in: VAINAER; FERRAZ, 2013).
Portanto, o procedimento de intervenção adotado por Lina revela aquilo que há de valioso para que, em um segundo momento, novos elementos sejam agregados. Com isso, o projeto possibilitou o estabelecimento de novos vínculos afetivos entre o lugar e as pessoas que já estavam familiarizadas com aquela estrutura existente.
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acima: o espaço do sesc pompéia quando era uma fábrica de tambores e atualmente. montagem: natália fragalle ao lado: estudo da planta do sesc pompéia. desenho e montagem: natália fragalle
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abaixo: estudos de permeabilidade do projeto da praça das artes. croquis 1 e 2: natália fragalle. croqui 3: brasil arquitetura ao lado: 1_ planta de situação do projeto da praça das artes. montagem: natália fragalle 2_maquete do projeto do conjunto do carmo. foto: vigliecca & associados
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2
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Também foi referência para este trabalho outro projeto brasileiro, do escritório Brasil Arquitetura, que lida com a relação entre o antigo, o novo e o lugar: a Praça das Artes (2006-2012), projeto que se molda nos edifícios vizinhos ocupando sobras de lote em um miolo de quadra no centro histórico de São Paulo, explorando a relação com seu entorno através da permeabilidade e da costura urbana estabelecidas devido às possibilidades de circulação criadas a partir do térreo livre que se abre para três faces diferentes da quadra,. Cabe ressaltar que os dois projetos citados apresentam-se como cidadelas, conjuntos aparentemente fechados que então se abrem para o seu entorno através da intervenção projetual. É exatamente essa relação que se pretende trabalhar, intervindo no preexistente de modo a criar novos espaços que o reconectem com a cidade, tencionando a relação entre passado e presente. Serviram também como referência para o TGI dois projetos de habitação propostos para áreas urbanas consolidadas: o Conjunto Habitacional Rue des Suisses do escritório Herzog & De Meuron e o Conjunto Casarão do Carmo, do escritório
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Hector Vigliecca & Associados, no que se refere à relação entre o edifício e a cidade em áreas urbanas consolidadas. Ambos os projetos propõem a adaptação dos novos edifícios às alturas e alinhamentos dos edifícios preexistentes e a passagem de pedestres em seu interior no sentido longitudinal do terreno, sendo que no projeto do arquiteto Hector Vigliecca, o caráter dessa transposição da quadra é essencialmente urbano e público, funcionando como uma ponto de conexão entre ruas, algo que pretendeu-se trabalhar na presente intervenção. É importante ressaltar ainda um outro aspecto importante do trabalho do arquiteto Hector Vigliecca como importante referência a partir da sua atuação de projeto em torno do conceito que ele chama de terceiro território, uma estratégia que potencializa, mutuamente, o lugar e a intervenção que o transforma e é transformada por ele, de modo que o projeto arquitetônico não seja nem uma tábula rasa em relação ao lugar onde ele está inserido e nem refém do contexto. Como já foi dito anteriormente, a importância do lugar é fundamental, entretanto, no processo realizado ao longo das disciplinas de TGI I e II foi possível perceber que, apesar de o lugar ser importante, o modo como o arquiteto o lê e o potencializa a partir de suas ações é ainda mais essencial. Desta forma, o presente trabalho se propõe a articular indivíduo, lugar e cidade através de uma ação projetual em uma escala local que torne visível ou potencialize as questões espaciais e culturais do lugar, conectando-o à cidade e à população. Isso se dará através de uma ação de costura que articule os espaços internos e externos privilegiando a permeabilidade, a partir da caracterização dos percursos em diferentes níveis e da articulação de volumes com diferentes gabaritos, de modo a criar um novo espaço na cidade e para a cidade, a ser reconhecido e apropriado por todos os seus habitantes. 1
2
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SÃO CARLOS: CIDADE DE INTERVENÇÃO A cidade de São Carlos, localizada na região centro-leste do estado de São Paulo, surge no contexto da expansão da lavoura cafeeira paulista, em meados do século XIX e apresenta neste período a primeira fase importante do seu desenvolvimento (entre as duas últimas décadas do século XIX e as duas primeiras do século XX). A partir da chegada da ferrovia à cidade em 1884, a área central se firma como local de destaque político e econômico. Neste momento, o centro da cidade passa por um processo de embelezamento, com o surgimento de casarões de arquitetura eclética pertencentes aos grandes barões do café. Ao longo de seu processo de urbanização, a cidade de São Carlos expandiu-se para a periferia enquanto o centro, onde já existia a infraestrutura urbana necessária para receber novos habitantes, permaneceu pouco adensado. Atualmente, a cidade se caracteriza por possuir baixo adensamento urbano e consequentemente baixa verticalização, o que se pode notar ao observar que ainda há uma grande quantidade de lotes vazios no centro.
ao lado: planta de situação de são carlos com destaque para a área central. montagem: natália fragalle
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O CENTRO: ÁREA DE INTERVENÇÃO
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A ocupação do centro de São Carlos se deu a partir das bordas das quadras, enquanto os fundos de lote ficaram vazios. Ao observar a fotografia área atual da cidade, nota-se que esses fundos de lote continuam desocupados, apontando o quanto o centro da cidade não se adensou, uma vez que a ocupação ainda apresenta essas reminiscências da primeira fase de urbanização referente ao período cafeeiro. Atualmente, o centro de São Carlos apresenta uso predominantemente comercial e de serviços, o que significa que há um alto fluxo de pessoas durante o dia, porém, com exceção de alguns bares e restaurantes e do Cine São Carlos, há pouquíssima atividade noturna, o que acaba por transmitir uma sensação de insegurança neste período. Com relação ao patrimônio arquitetônico, a centro da cidade ainda possui uma grande quantidade de imóveis de interesse, sendo que boa parte deles conta no Anexo XIX da Lei Municipal nº13.562/05 como “Bens de Interesse Histórico-Cultural”, porém, devido à falta de leis que favoreçam a preservação destes imóveis, muitos deles encontram-se em péssimo estado de conservação ou então descaracterizados devido à especulação imobiliária.
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ao lado: LEVANTAMENTO DO RECORTE DE 72 QUADRAS legendas áreas sub-utilizadas estacionamentos
bens de interesse histórico (anexo XIX da Lei Municipal nº13.562/05)
quadras selecionadas
Partindo de um recorte inicial de 72 quadras da área central, tendo como limites as Ruas Bento Carlos, Carlos Botelho, José Bonifácio e Dom Pedro II, foram realizados três levantamentos. O primeiro diz respeito às áreas sub-utilizadas dessas quadras: os fundos de lote ou estreitos acessos ao interior das quadras que são reminiscências do modo como estas foram loteadas e ocupadas. O segundo levantamento mapeia lotes ocupados por um tipo de uso extremamente crescente no centro da cidade: os estacionamentos, pensando que algumas dessas áreas pudessem ser apropriadas pela intervenção realizada. Já o terceiro mapeamento levantou todos os Bens de Interesse Histórico-Cultural de São Carlos na área delimitada, a partir do Anexo XIX da Lei Municipal nº13.562/05 e do Projeto Percursos da Fundação Pró-Memória de São Carlos. Desse modo, pretende-se atuar a partir da possibilidade de constituir um centro que nunca se consolidou, mas que ainda preserva importantes elementos de um tempo passado. A partir dos levantamentos realizados, escolheu-se 10 quadras de maior interesse, nas quais as três diretrizes mapeadas apresentam maior conciliação. Procurou-se também escolher quadras que faceassem os espaços públicos da área, de modo que estes pudessem ser articulados ao projeto de intervenção.
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As quadras localizam-se entre as e Dona Alexandrina e Carlos, que compõem mais importantes da facilmente acessadas público.
selecionadas Ruas Episcopal a Avenida São os eixos viários cidade, sendo via transporte ao lado: MOBILIDADE URBANA NA ÁREA DE INTERVENÇÃO legendas
percurso das linhas de ônibus pontos de ônibus
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23
19 20 24 17
21
18
22
ao lado: EDIFÍCIOS E EQUIPAMENTOS DE IMPORTÂNCIA HISTÓRICA E CULTURAL NA ÁREA DE INTERVENÇÃO E EM SUAS PROXIMIDADES legendas 1_catedral de são carlos borromeu 2_mercado municipal 3_praça pedro de toledo 4_biblioteca municipal amadeu amaral 5_palacete bento carlos 6_fórum criminal 7_palacete conde do pinhal 8_são carlos clube (sede social) 9_câmara municipal 10_escola estadual paulino carlos 11_escola estadual dr. álvaro guião 12_teatro municipal dr. alderico vieira perdigão 13_prefeitrua municipal 14_cdcc-usp (centro de divulgação científica e cultural) 15_estação cultura e fundação pró-memória 16_cine são carlos 17_praça coronel paulino carlos 18_praça dos voluntários 19_praça coronel sales 20_museu da ciência professor mário tolentino 21_centro municipal de cultura afro-brasileira odette dos santos 22_instituto cultural ítalo-brasileiro 23_grêmio recreativo e familiar flor de maio 24_ espaço cultural acervo antônio ibaixe
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ao lado: LEVANTAMENTO DE USO E OCUPAÇÃO legendas comercial serviços residencial
institucional público
institucional privado
misto com habitação
misto sem habitação
outros
áreas sem edificação
edifício desocupdo
edifício parcialmente desocupado
espaços públicos
Nota-se que a área de intervenção apresenta um uso predominantemente de serviços, com poucos lotes residenciais e muitos edifícios desocupados. Destacase também a grande quantidade de edifícios de uso institucional público, uma vez que essa área abriga diversos órgãos e secretarias municipais devido à proximidade da prefeitura.
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42 42 COSTURA COSTURA URBANA: URBANA: A A CIDADE CIDADE PELO PELO AVESSO AVESSO
DIRETRIZES
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Partindo dos levantamentos e estudos realizados, adotou-se diretrizes para a realização do projeto. Alguns dos edifícios de interesse histórico levantados foram selecionados para serem incorporados à intervenção, juntamente com outros edifícios que não constam no Anexo XIX, mas possuem alguma importância arquitetônica, urbanística ou cultural, de modo a garantir a sua preservação. Além disso, alguns estacionamentos privados foram desapropriados e algumas edificações foram demolidas, sendo construções recentes de pouco valor arquitetônico, pequenas edículas ou imóveis extremamente descaracterizados, para dar lugar à intervenção.
44 COSTURA URBANA: A CIDADE PELO AVESSO
ao lado: DIRETRIZES DE PROJETO legendas
bens de interesse histórico (anexo XIX da Lei Municipal nº13.562/05) a seremapropriados pela intervenção outros edifícios a serem apropriados pela intervenção
edifícios demolidos
jardins preexistentes a serem preservados
demais edifícios
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1 a
A
b
C
c
B
D
2
E 3 d 4
5 F
7
6
G
8 H
e
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BENS DE INTERESSE HISTÓRICO INCORPORADOS À INTERVENÇÃO
3
1
5
5
2 TGI 2_NATÁLIA PAULETTO FRAGALLE 47
7
4
8
6
b 48 COSTURA URBANA: A CIDADE PELO AVESSO
a
OUTROS EDIFÍCIOS APROPRIADOS
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c
d e
C 50 COSTURA URBANA: A CIDADE PELO AVESSO
A
B
B
D
EDIFÍCIOS DEMOLIDOS E
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G
F
H
52 COSTURA URBANA: A CIDADE PELO AVESSO
PROGRAMA: UNIVER[CIDADE] A maior parte das universidades no Brasil conformam-se em campi universitários, modelo criado pelas universidades americanas no século XIX que possui como objetivo agregar as instalações físicas das diversas áreas do conhecimento em um mesmo espaço para que elas possam ser integradas entre si. Entretanto, esse tipo de conformação acaba por segregar o espaço da universidade da cidade no qual ela está inserida do ponto de vista urbanístico através de barreiras físicas ou sociais que acabam por dar às costas à cidade e aos cidadãos. Na cidade de São Carlos, onde há duas universidades públicas (dois campi da Universidade de São Paulo e a Universidade Federal de São Carlos), pode-se observar claramente a divisão que existe entre a comunidade acadêmica e a população da cidade, onde a primeira não sente verdadeiramente como cidadã sãocarlense e a segunda não se sente à vontade para adentrar o espaço da universidade, mesmo este sendo de caráter público e por tanto de acesso livre para todos, apesar da existência de muros e do acesso controlado, o que acaba por intimidar aqueles que não possuem vínculo com a universidade.
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Desta forma, o presente trabalho se pretende a tentar construir uma nova relação entre universidade, cidade, comunidade acadêmica e população em São Carlos, a partir da inserção de edifícios que abriguem instalações das universidades públicas, bem como edifícios habitação estudantil na malha urbana do centro da cidade. Além disso, prevê-se que os edifícios de importância histórica e cultural para a cidade selecionados anteriormente sejam incorporados pelas universidades de modo a garantir a sua preservação e manutenção. As instalações universitárias a serem trazidas para o centro da cidade devem ser acessíveis também à população de São Carlos, por isso, o que se pretende é criar espaços que possam ser utilizados por toda a população, como salas de aula, equipamentos culturais, espaços de discussão e divulgação do conhecimento e centros de lazer. Destaca-se ainda a importância de que hajam diversos tipos de equipamentos de cursos distintos e de ambas as universidades públicas coexistindo na área de intervenção para que haja uma maior integração entre as duas universidades entre si e entre elas e a cidade. A presença da habitação estudantil também é de extrema importância, uma vez que o centro habitado, principalmente pela população jovem, torna-se mais seguro e vibrante, pois passa a ser utilizado tanto durante o dia quanto durante a noite, impedindo a sua estagnação e a sua conseqüente degradação.
ao lado: localização das universidades em são carlos, destacando a área de intervenção. montagem: natália fragalle
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PROJETO
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A partir das questões anteriormente desenvolvidas, pretendeu-se trabalhar um sistema de espaços que tencionasse o modelo de ocupação urbano existente e o processo de urbanização que se deu ao longo dos anos que privilegiou a expansão urbana para as bordas da cidade, criando uma reconfiguração da área central a partir da atuação em 10 quadras, articuladas com cinco espaços públicos já existentes, de modo a conformar novas maneiras de caminhar e de estar no centro. A declividade acentuada da área foi considerada de grande importância no processo de projeto e, a partir dela, formulou-se uma divisão entre passagem e permanência. Enquanto a parte externa às quadras, isto é, as ruas e calçadas, foram designadas como local de passagem, os miolos de quadra, com o tratamento do terreno e a criação de novos edifícios em conjunto com a apropriação de preexistências, foram designados como locais de permanência, ou seja, onde a transposição das quadras é feita de forma lenta e gradual a partir da relação entre os usos e os percursos diferenciados que unem o dentro e o fora.
56 COSTURA URBANA: A CIDADE PELO AVESSO
TGI 2_NATÁLIA PAULETTO FRAGALLE 57
ao lado: CHEIOS E VAZIOS_ATUAL legendas
áreas edificadas áreas não edificadas
58 COSTURA URBANA: A CIDADE PELO AVESSO
ao lado: CHEIOS E VAZIOS_DIRETRIZES legendas
áreas edificadas
edifícios preexistentes a serem incorporados à intervenção
áreas não edificadas
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60 COSTURA URBANA: A CIDADE PELO AVESSO
ao lado: CHEIOS E VAZIOS_PROJETO legendas
áreas edificadas
edifícios preexistentes a serem incorporados na intervenção
novos edifícios
áreas não edificadas
passarelas
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62 COSTURA URBANA: A CIDADE PELO AVESSO
ao lado: IMPLANTAÇÃO legendas edifícios preexistentes incorporados à intervenção novos edifícios passarelas
demais edifícios
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64 COSTURA URBANA: A CIDADE PELO AVESSO
ao lado: RELAÇÕES ENTRE OS ESPAÇOS LIVRES legendas
edifícios preexistentes incorporados à intervenção
demais edifícios
TGI 2_NATÁLIA PAULETTO FRAGALLE 65
novos edifícios passarelas e ruas internas à quadra para pedestres
Além da criação de novos edifícios, o projeto trabalha a articulação entre os espaços livres criados pela intervenção e também entre estes e os espaços livres já existentes através da criação de elementos de passagem e permanência que transpõem as quadras e também interliga as mesmas. Dentre as intervenções realizadas, destaca-se o prolongamento da pequena rua que corta a Praça Coronel Sales, de modo a criar uma ligação entre a mesma e a quadra seguinte, priorizando a criculação de pedestres. Destaca-se ainda a elevação das ruas Conde do Pinhal e Treze de Maio no trecho onde as mesmas circundam a Praça Coronel Paulino Carlos, de modo que esta passe a se tornar a grande articuladora do eixo principal da intervenção, que compreende as quadras localizadas entre as ruas D. Alexandrina e Av. São Carlos. Dessa forma, o projeto de intervenção faz uso de diferentes tipos de piso, associados aos diferentes usos dos espaços criados. PISOS UTILIZADOS NOS ESPAÇOS LIVRES piso grama 1 (passagem e permanência) piso grama 2 (passagem e permanência) grama (permanência) pedra (passagem) piso drenante (permanência)
66 COSTURA URBANA: A CIDADE PELO AVESSO
ao lado: OPERAÇÕES DE INTERVENÇÃO legendas
recuperação do edifício original mudando o seu uso
recriação do edifício mantendo o seu uso
apropriação de parte do edifício
criação de conexão direta com o edifício preexistente
edifícios novos
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68 COSTURA URBANA: A CIDADE PELO AVESSO
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ao lado: DIAGRAMA DE FLUXOS E CONJUNTOS DE QUADRAS legendas CONJUNTO 1: três quadras articuladas entre si por uma ligação física. Uso institucional (bloco de salas de aula, centro cultural e acadêmico e administração). CONJUNTO 2: caracterização das esquinas e criação de estares nos miolos de quadra. Uso institucional específico (laboratórios, grupos de pesquisa) CONJUNTO 3: quadras que se resolvem nelas mesmas, porém que possuem uma conexão visual entre si. Uso habitacional. CONJUNTO 4: articulação de espaços públicos. Carater cívico e de serviços.
70 COSTURA URBANA: A CIDADE PELO AVESSO
ao lado: PLANTA DOS SUBSOLOS legendas edifícios preexistentes incorporados à intervenção passarelas
demais edifícios
áreas cobertas
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72 COSTURA URBANA: A CIDADE PELO AVESSO
ao lado: PLANTA DOS TÉRREOS 1 legendas
edifícios preexistentes incorporados à intervenção
passarelas
demais edifícios
áreas cobertas
TGI 2_NATÁLIA PAULETTO FRAGALLE 73
74 COSTURA URBANA: A CIDADE PELO AVESSO
ao lado: PLANTA DOS TÉRREOS 2 legendas
edifícios preexistentes incorporados à intervenção
passarelas
demais edifícios
áreas cobertas
TGI 2_NATÁLIA PAULETTO FRAGALLE 75
76 COSTURA URBANA: A CIDADE PELO AVESSO
TGI 2_NATÁLIA PAULETTO FRAGALLE 77
ao lado: PLANTA DOS TÉRREOS 3 legendas
edifícios preexistentes incorporados à intervenção
passarelas
demais edifícios
áreas cobertas
78 COSTURA URBANA: A CIDADE PELO AVESSO
ao lado: PLANTA DOS PAVIMENTOS-TIPO legendas
edifícios preexistentes incorporados à intervenção
passarelas
demais edifícios
áreas cobertas
TGI 2_NATÁLIA PAULETTO FRAGALLE 79
80 COSTURA URBANA: A CIDADE PELO AVESSO
Cabe ressaltar que a intervenção não potencializa apenas os edifícios projetados/recuperados e as quadras selecionadas, mas também todo o conjunto arquitetônico e urbanístico existente na região, da qual destacam-se as seguintes edificações.
ao lado: EDIF´ICIOS QUE CONVERSAM COM A INTERVENÇÃO legendas 1_Hotel Accacio 2_Café Dona Julia 3_Conjunto de edifícios de interesse histórico (atual Robertinho Tattoo e antigo Fora do Eixo) 4_Seven Pub 5_Prefeitura Municipal 6_Antigo ponto de encontro dos estudantes em São Carlos (atualmente desocupado) 7_São Carlos Clube 8_Câmara Municipal 9_EE Paulino Carlos 10_Conjunto de edifícios de interesse histórico (atual uso comercial) 11_Correios 12_Ed. Conde do Pinhal (atual Espaço Cultural Acervo Antônio Ibaixe) 13_Serviços Integrados do Município 14_Palacete Conde do Pinhal (atual Secretaria da Educação) 15_Procuradoria Geral do Estado de São Paulo 16_Fórum Criminal 17_Cine São Carlos 18_Catedral São Carlos Borromeu 19_Centro de Cultura afro-brasileira Odette dos Santos 20_Residência Salvador Carlos Mazo 21_Farmácia Natureza 22_Mercado Municipal 23_Orquidário Municipal 24_Pinacoteca Municipal (antiga piscina municipal)
1
2
3
6
4
8
TGI 2_NATÁLIA PAULETTO FRAGALLE 81
10
7
9
5
12
13 17 15
11
14
16
18 20
19 21
22 23
24
82 COSTURA URBANA: A CIDADE PELO AVESSO
ao lado: INDICAÇÃO DOS CORTES
TGI 2_NATÁLIA PAULETTO FRAGALLE 83
84 COSTURA URBANA: A CIDADE PELO AVESSO
CORTE AA
TGI 2_NATÁLIA PAULETTO FRAGALLE 85
86 COSTURA URBANA: A CIDADE PELO AVESSO
CORTE BB
TGI 2_NATÁLIA PAULETTO FRAGALLE 87
88 COSTURA URBANA: A CIDADE PELO AVESSO
CORTE CC
TGI 2_NATÁLIA PAULETTO FRAGALLE 89
90 COSTURA URBANA: A CIDADE PELO AVESSO
CORTE DD
TGI 2_NATÁLIA PAULETTO FRAGALLE 91
92 COSTURA URBANA: A CIDADE PELO AVESSO
CONJUNTOS DE QUADRAS: INTERVENÇÕES
1_NATÁLIA PAULETTO FRAGALLE 93 TGI 2_NATÁLIA
94 COSTURA URBANA: A CIDADE PELO AVESSO
CONJUNTO 1: SUBSOLOS 1_sanitários 2_cabine de som 3_hall de entrada 4_área de estar (sala de estudos) 5_anfiteatro 6_lanchonete/café 7_depósito
8_acesso aos edifícios históricos 9_livraria 10_xerox 11_papelaria
A_ateliers B_depósito de materiais C_administração centro acadêmico
A
B
A
TGI 2_NATÁLIA PAULETTO FRAGALLE 95
Este conjunto de edifícios possue caráter essencialmente institucional e cultural. As três quadras são interligadas fisicamente por uma passagem acessada em nível pelo bloco de salas de aula que se torna subsolo (destinado a instalacões artísticas e exposicões) que dá acesso ao anfiteatro e aos demais blocos do conjunto. A edificação de caráter mais público é a da quadra central, que cria uma conexão visual e física entre as duas quadras laterais. Tal edificação pode ser acessada por quatro níveis diferentes e a partir dela saem ligações físicas diretas com as edificações preexistentes incorporadas à intervenção: a Biblioteca Municipal, o Palacete Bento Carlos (a ser transformado em centro cultural) e a edificação localizada na Rua Jesuíno de Arruda, transformada em administração de um centro acadêmico. Já a terceira quadra é composta pelo edifício no qual funcionará a administração dos departamentos universitários a serem instalados na área juntamente com os edifícios preexistentes apropriados, possuindo acesso direto ao jardim histórico reconvertido.
C
96 COSTURA URBANA: A CIDADE PELO AVESSO
CONJUNTO 1: TÉRREOS
B
A
TGI 2_NATÁLIA PAULETTO FRAGALLE 97
1_anexo lanchonete 2_foyer anfiteatro 3_salas de aula 4_sanitários 5_cabine de som 6_anfiteatro 7_sala de vídeo
C
8_sala multiuso 9_café/lanchonete 10_área de lazer 11_espaço de trabalho administrativo
A_ateliers B_depósito de materiais C_administração centro acadêmico
98 COSTURA URBANA: A CIDADE PELO AVESSO
CONJUNTO 1: PAVIMENTOS-TIPO
D
B
A
TGI 2_NATÁLIA PAULETTO FRAGALLE 99
1_sanitários 2_salas de aula 3_anexo biblioteca municipal 4_espaço de trabalho admnistrativo
A_ateliers B_depósito de materiais C_administração centro acadêmico D_Biblioteca Municipal E_centro cultural F_salas docentes G_diretoria
F
E
G
C
100 COSTURA URBANA: A CIDADE PELO AVESSO
CONJUNTO 1: PERSPECTIVAS
abaixo: vista do bloco de salas de aula a partir da rua treze de maio
TGI 2_NATĂ LIA PAULETTO FRAGALLE 101
acima: vista do bloco de salas de aula a partir do novo acesso pela rua episcopal
102 COSTURA URBANA: A CIDADE PELO AVESSO
CONJUNTO 1: PERSPECTIVAS
abaixo: vista do acesso ao anfiteatro pelo subsolo ao lado: vista do acesso ao edifícioligação a partir do acesso pelo subsolo
TGI 2_NATÁLIA PAULETTO FRAGALLE 103
104 COSTURA URBANA: A CIDADE PELO AVESSO
CONJUNTO 1: EDIFÍCIO-LIGAÇÃO
ao lado: PLANTA DO SUBSOLO
Este edifício tem a funcção de conectar fisicamente e visualmente as intervenções projetuais localizadas horizontalmente ao longo do conjunto de edifícios 1, além de arrematar também verticalmente o eixo central da intervenção que se inicia na Praça Coronel Sales. Como já foi dito anteriormente, é possível acessá-lo de diferentes níveis: na cota 808m, a partir da passagem subterrânea e da ligação criada com a Biblioteca Municipal; na cota 811m, a partir do jardim linear, da continuação da passagem subterrânea e da ligação com o palacete Bento Carlos; na cota 814m, a partir da Rua Dona Alexandrina e da ligação com a residência transformada em administração do centro acadêmico; e, por fim, na cota 817m pela Biblioteca Municipal, pelo acesso criado na Rua Treze de Maio e pelo jardim do palacete Bento Carlos. De uso misto, o edifício comporta diversas atividades voltadas para os estudantes, contando com lanchonetes, um pequeno comércio, sala multiuso, espaços de estudo e lazer, além de, no último pavimento, um anexo à Biblioteca Municipal, que atualmente se encontra sobrecarregada. Com relação à materialidade, o edifício é revestido por uma trama de aço cortém que configura uma “pele” que, ao mesmo tempo em que conforma um grande muro na paisagem, garante a continuidade visual da intervenção com leveza, devido à sua translucidez.
TGI 2_NATÁLIA PAULETTO FRAGALLE 105
106 COSTURA URBANA: A CIDADE PELO AVESSO
CONJUNTO 1: EDIFÍCIO-LIGAÇÃO
ao lado: PLANTA DO TÉRREO
TGI 2_NATÁLIA PAULETTO FRAGALLE 107
108 COSTURA URBANA: A CIDADE PELO AVESSO
CONJUNTO 1: EDIFÍCIO-LIGAÇÃO
ao lado: PLANTA DO PRIMEIRO PAVIMENTO nas páginas seguintes: CORTE AA
TGI 2_NATÁLIA PAULETTO FRAGALLE 109
110 COSTURA URBANA: A CIDADE PELO AVESSO
CONJUNTO 1: EDIFÍCIO-LIGAÇÃO
TGI 2_NATÁLIA PAULETTO FRAGALLE 111
112 COSTURA URBANA: A CIDADE PELO AVESSO
CONJUNTO 2: TÉRREOS 1
O conjunto de edifícios 2 não possui nenhum novo edifício, mas gera uma nova urbanidade nestas duas quadras a partir da criação de novos usos e da conversão dos espaços atualmente residuais em áreas de lazer. Desta forma, os cinco edifícios selecionados (sendo dois apropriados integralmente; um apenas o térreo e o mezanino de um edifício residencial; e dois outros a sobreloja, cujos térreos são de uso comercial) abrigarão laboratórios e grupos de pesquisa das universidades, sendo servidos pelos novos espaços livres criados para serem áreas de estar e contemplação.
1_lanchonete/café A_laboratórios e grupos de pesquisa B_laboratórios e grupos de pesquisa
TGI 2_NATÁLIA PAULETTO FRAGALLE 113
A
B
114 COSTURA URBANA: A CIDADE PELO AVESSO
CONJUNTO 2: TÉRREOS 2
1_laboratórios e grupos de pesquisa (térreo e mezanino) A_laboratórios e grupos de pesquisa B_laboratórios e grupos de pesquisa C_laboratórios e grupos de pesquisa (sobreloja) D_laboratórios e grupos de pesquisa (sobreloja)
TGI 2_NATÁLIA PAULETTO FRAGALLE 115
C D A
B
116 COSTURA URBANA: A CIDADE PELO AVESSO
CONJUNTO 2: PERSPECTIVA
TGI 2_NATÁLIA PAULETTO FRAGALLE 117
abaixo: vista do espaço de estar intraquadra conformado pelos edifícios parcialmente convertidos
118 COSTURA URBANA: A CIDADE PELO AVESSO
CONJUNTO 3: TÉRREOS 1
Este conjunto de quadras é conformado pelos edifícios de caráter habitacional da intervenção. Em todos os edifícios, os térreos são de uso comercial, portanto podem ser acessados por todos, enquanto os pavimentos superiores são acessados a partir da caixa de escada apenas pelos moradores. Além disso, em todas as quadras estes térreos comerciais são acessados em diferentes níveis devido à declividade acentuada do terreno, fazendo com que no nível mais baixo da quadra haja dois pavimentos comerciais e que no acesso pelo nível mais alto metade do pavimento seja ocupado por blocos comerciais e metade seja ocupada por apartamentos, sendo que o acesso aos mesmos é privativo. Todos os edifícios de apartamentos possuem áreas de uso coletivo dos moradores: sala de estudo, lavanderia, cozinha e sala de estar. Além disso, na quadra localizada a norte funciona a administração das residências estudantis Neste conjunto apenas um edifício preexistente foi incorporado à intervenção: o antigo Cine Studio 2, que, localizado ao lado do atual Cine São Carlos passará a funcionar como complemento do mesmo em conjunto com as universidades como sala de exibição.
1_bloco comercial 2_sala de estudos coletiva 3_lavanderia coletiva 4_cozinha e sala de estar coletivas 5_sanitários públicos
TGI 2_NATÁLIA PAULETTO FRAGALLE 119
120 COSTURA URBANA: A CIDADE PELO AVESSO
CONJUNTO 3: TÉRREOS 2
1_bloco comercial 2_sanitários públicos 3_administração das residências estudantis 4_salas de estudo coletivas 5_lavanderia coletiva 6_cozinha e sala de estar coletivas A_sala de exibições
TGI 2_NATÁLIA PAULETTO FRAGALLE 121
A
122 COSTURA URBANA: A CIDADE PELO AVESSO
CONJUNTO 3: TÉRREOS 3
1_apartamento 2_bloco comercial 3_sala de estudo coletivas 4_lavanderia coletiva 5_cozinha coletiva 6_ sala de estar coletiva 7_sanitários públicos A_sala de exibições
TGI 2_NATÁLIA PAULETTO FRAGALLE 123
A
124 COSTURA URBANA: A CIDADE PELO AVESSO
CONJUNTO 3: PAVIMENTOS-TIPO
1_apartamento A_sala de exibições
TGI 2_NATÁLIA PAULETTO FRAGALLE 125
A
126 COSTURA URBANA: A CIDADE PELO AVESSO
CONJUNTO 3: PERSPECTIVA
ao lado: vista do acesso intraquadra aos térreos comerciais de um edifício residencial
TGI 2_NATÁLIA PAULETTO FRAGALLE 127
128 COSTURA URBANA: A CIDADE PELO AVESSO
CONJUNTO 3: TIPOLOGIA HABITACIONAL O apartamento tipo proposto abriga quatro estudantes. O acesso se dá através da cozinha de modo que os ambientes voltados para o corredor de circulação externa possuam apenas aberturas mais altas e estreitas, impedindo que o ruído externo perturbe os moradores. Já os quartos e a sala de estar possuem grandes aberturas, com caixilhos deslizantes que permitem grande iluminação nestas áreas. A circulacão externa que dá acesso aos apartamentos possui, em certos trechos, alargamentos que dão origem a bancos, criando espaços de estar que se intercalam verticalmente. O projeto de intervenção propõe um total de 62 apartamentos, abrigando, portanto, 248 estudantes
ao lado: andar tipo abaixo: apartamento tipo. escala:1:100.
TGI 2_NATÁLIA PAULETTO FRAGALLE 129
130 COSTURA URBANA: A CIDADE PELO AVESSO
CONJUNTO 4: TÉRREOS 1
O conjunto 4, por se localizar no eixo central da intervenção possui a característica de servir a todas as quadras que o circundam, abrigando, desta forma, um programa capaz de absorver todos os moradores e usuários desta região. Com isso, a proposta para a quadra sul (que abriga também diversos edifícios de uso institucional público) é a construção de um restaurante popular (juntamente com um café e um serviço de xerox no nível mais baixo) que atenda a toda a população. Por baixo do restaurante, o prolongamento da pequena rua que corta a Praça Coronel Sales leva o pedestre a um largo criado entre o fórum e o restaurante, que por sua vez dá acesso direto à praça da catedral. Esta pequena rua pode servir também como carga e descarga para o restaurante, entretanto a preferência de uso é do pedestre. Já na Praça Coronel Sales foi criado um novo edifício de uso cultural, que possui maior área de iluminação e mais acessos do que a edificação que ali se encontra atualmente.
1_xerox 2_café 3_espaço expositivo 4_acervo e sala de estudos 5_sanitários 6_copa 7_administração 8_diretoria
TGI 2_NATÁLIA PAULETTO FRAGALLE 131
132 COSTURA URBANA: A CIDADE PELO AVESSO
CONJUNTO 4: TÉRREOS 2
1_restaurante (área self service) 2_administração restaurante 3_cozinha 4_área externa (mesas) 5_espaço expositivo 6_acervo e sala de estudos 7_sanitários 8_copa 9_diretoria 10_administração
TGI 2_NATÁLIA PAULETTO FRAGALLE 133
134 COSTURA URBANA: A CIDADE PELO AVESSO
CONJUNTO 4: PAVIMENTOS-TIPO
1_restaurante (mesas) 2_espaço espositivo 3_área externa museu (exposições e estar)
TGI 2_NATÁLIA PAULETTO FRAGALLE 135
136 COSTURA URBANA: A CIDADE PELO AVESSO
CONJUNTO 4: PERSPECTIVA
TGI 2_NATร LIA PAULETTO FRAGALLE 137
abaixo: vista do largo para a รกrea externa do restaurante
138 COSTURA URBANA: A CIDADE PELO AVESSO
CONJUNTO 4: PRAÇA CORONEL SALES Alvo de uma série de reformas que vem sendo realizadas desde a década de 70 e abrigando a Câmara Municipal e a Escola Paulino Carlos, a praça é conhecida por ser um importante ponto de encontro da população para a realização das mais diversas atividades. Antigamente, a praça apresentava uma configuração totalmente distinta, com ruas internas e um grande edifício em seu centro: o antigo Theatro Polytheama, que veio a se tornar o Cine São Carlos, importante ponto cultural da cidade e pioneiro no Estado de São Paulo. Com a demolição do cinema em 1976, a área da praça foi ampliada e passou a receber eventos cívicos, porém, com o passar dos anos e com mais reformas, a praça acabou adquirindo o caráter de praça seca, o que gerou uma diminuição do seu uso como área de estar. Dessa forma, realiza-se um projeto de intervenção de modo a recuperar
TGI 2_NATÁLIA PAULETTO FRAGALLE 139
acima: a praça coronel sales na década de 60 imagem: são carlos antigo ao lado: a atual conformação da praça coronel sales imagem: natália fragalle
o seu passado, ainda presente na memória de muitos habitantes, a partir da reconstrução do edifício do museu, que passará a abrigar o acervo Antônio Ibaixe, que compõe as obras do pintor Salvador Dalí doadas ao município e que se encontram atualmente acomodadas no térreo do Edifício Conde do Pinhal, localizado em frente à praça. Prevê-se ainda a manutenção do caráter cívico da praça nas proximidades da Câmara Municipal de forma a estimular a sua apropriação para diferentes usos. Já na face que se volta para a Avenida São Carlos, prevê-se uma nova arborização de modo a criar áreas de estar e um percurso sombreado, funcionando como uma grande calçada.
140 COSTURA URBANA: A CIDADE PELO AVESSO
CONJUNTO 4: PRAÇA CORONEL SALES
TGI 2_NATÁLIA PAULETTO FRAGALLE 141
ao lado: croqui illustrando a intervenção na praça coronel sales nas páginas seguintes: perspectiva ilustrando a rua interna que sai da praça coronel sales, chegando à quadra a sul
142 COSTURA URBANA: A CIDADE PELO AVESSO
TGI 2_NATÁLIA PAULETTO FRAGALLE 143
144 COSTURA URBANA: A CIDADE PELO AVESSO
CONJUNTO 4: MUSEU
ao lado: PLANTA DO TÉRREO
O edifício do museu nasce a partir de uma elevação do piso da Praça Coronel Sales, conformando em sua cobertura uma área de estar mais elevada na qual podem ser relaizados diversos tipos de eventos. A partir do nível da praça é possível também acessar o mezanino (a partir de uma passarela em nível) ou o espaço expositivo inferior a partir de uma rampa que segue a mesma declividade do terreno, fazendo com ela seja parte da própria calçada que margeia a pequena rua que corta a praça. Já na Rua Major José Inácio, o museu aparece como uma edificação de dois pavimentos, relacionando-se com o seu entorno edificado. No pavimento térreo, a frente é revestida por caixilhos de vidro enquanto as suas laterais são conformadas por vedações opacas. Já no mezanino essa lógica se inverte: a fachada principal do edifício é opaca (servindo de apoio para a exposição das obras) e as suas laterais são conformadas por caixilhos de vidro que separam o interior da rampa e da passarela de acesso.
TGI 2_NATÁLIA PAULETTO FRAGALLE 145
146 COSTURA URBANA: A CIDADE PELO AVESSO
CONJUNTO 4: MUSEU
ao lado: PLANTA DO MEZANINO nas pรกginas seguintes: CORTE AA
TGI 2_NATÁLIA PAULETTO FRAGALLE 147
148 COSTURA URBANA: A CIDADE PELO AVESSO
CONJUNTO 4: MUSEU
TGI 2_NATÁLIA PAULETTO FRAGALLE 149
150 COSTURA URBANA: A CIDADE PELO AVESSO
ESTUDO DAS FACHADAS
TGI 2_NATÁLIA 1_NATÁLIA PAULETTO FRAGALLE 151
Com o objetivo de estudar as relações entre os gabaritos na área de intervenção, foram realizados desenhos dos três momentos das fachadas de todas as quadras da área. O primeiro deles, analisa as quadras de acordo com a situação atual. O segundo analisa as relações a partir das diretrizes aplicadas, destacando-se os elementos a serem incorporados à intervenção e identificando possibilidades de atuação. Já o terceiro apresenta as novas relações que surgem a partir do projeto de intervenção.
152 COSTURA URBANA: A CIDADE PELO AVESSO
RUA JESUÍNO DE ARRUDA
SITUAÇÃO ATUAL
DIRETRIZES
PROJETO
TGI 2_NATÁLIA PAULETTO FRAGALLE 153
RUA TREZE DE MAIO_1
SITUAÇÃO ATUAL
DIRETRIZES
PROJETO
154 COSTURA URBANA: A CIDADE PELO AVESSO
RUA TREZE DE MAIO_2
SITUAÇÃO ATUAL
DIRETRIZES
PROJETO
TGI 2_NATÁLIA PAULETTO FRAGALLE 155
RUA CONDE DO PINHAL_1
SITUAÇÃO ATUAL
DIRETRIZES
PROJETO
156 COSTURA URBANA: A CIDADE PELO AVESSO
RUA CONDE DO PINHAL_2
SITUAÇÃO ATUAL
DIRETRIZES
PROJETO
TGI 2_NATÁLIA PAULETTO FRAGALLE 157
RUA MAJOR JOSÉ INÁCIO_1
SITUAÇÃO ATUAL
DIRETRIZES
PROJETO
158 COSTURA URBANA: A CIDADE PELO AVESSO
RUA MAJOR JOSÉ INÁCIO_2
SITUAÇÃO ATUAL
DIRETRIZES
PROJETO
TGI 2_NATÁLIA PAULETTO FRAGALLE 159
RUA SETE DE SETEMBRO
SITUAÇÃO ATUAL
DIRETRIZES
PROJETO
160 COSTURA URBANA: A CIDADE PELO AVESSO
RUA Sテグ JOAQUIM
TGI 2_NATÁLIA PAULETTO FRAGALLE 161 TGI 2_NATÁLIA PAULETTO FRAGALLE 161
SITUAÇÃO ATUAL
DIRETRIZES
PROJETO
162 COSTURA URBANA: A CIDADE PELO AVESSO
RUA DONA ALEXANDRINA_1
SITUAÇÃO ATUAL
DIRETRIZES
PROJETO
TGI 2_NATÁLIA PAULETTO FRAGALLE 163
164 COSTURA URBANA: A CIDADE PELO AVESSO
RUA DONA ALEXANDRINA_2
TGI 2_NATÁLIA PAULETTO FRAGALLE 165
SITUAÇÃO ATUAL
DIRETRIZES
PROJETO
166 COSTURA URBANA: A CIDADE PELO AVESSO
AVENIDA SÃO CARLOS_1
SITUAÇÃO ATUAL
DIRETRIZES
PROJETO
TGI 2_NATÁLIA PAULETTO FRAGALLE 167
168 COSTURA URBANA: A CIDADE PELO AVESSO
AVENIDA Sテグ CARLOS_2
TGI 2_NATÁLIA 2_NATÁLIA PAULETTO PAULETTO FRAGALLE FRAGALLE 169 169 TGI
SITUAÇÃO ATUAL
DIRETRIZES
PROJETO
RUA EPISCOPAL
SITUAÇÃO ATUAL
DIRETRIZES
PROJETO
TGI 2_NATÁLIA PAULETTO FRAGALLE 171
172 COSTURA URBANA: A CIDADE PELO AVESSO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
TGI 2_NATÁLIA PAULETTO FRAGALLE 173
ALMEIDA, Eneida. O “construir no construído” na produção contemporânea: relações entre teoria e prática. 2009. Tese de doutorado. Universidade de São Paulo, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, São Paulo. JACOBS, Jane. Morte e vida de grandes cidades. São Paulo: Martins Fontes, 2000. LIMA, Renata P. O processo e o (des)controle da expansão urbana de São Carlos (1857-1977). 2007. Dissertação de mestrado. Universidade de São Paulo, Escola de Engenharia de São Carlos, São Carlos. NESBITT, Kate (org). Introdução. In: Uma nova agenda para a arquitetura: antologia teórica (1965-1995). São Paulo: Cosac&Naify, 2008. ORTEGOSA, Sandra M. Cidade e memória: do urbanismo “arrasa-quarteirão”à questão do lugar. Arquitextos n. 112.07, ano 10. Setembro de 2009. Disponível em: http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/ arquitextos/10.112/30 Acesso em: 01/12/2013. ROSSI, Aldo. A arquitetura da cidade. São Paulo: Martins Fontes, 2001. RUBANO, Lizete M (org.). Hipóteses do real: concursos de arquitetura e urbanismo - Vigliecca & Associados. São Paulo: Vigliecca & Associados, 2012. VAINER, André; FERRAZ, Marcelo (org). Cidadela da liberdade: Lina Bo Bardi e o SESC Pompéia. São Paulo: SESC Editora, 2013.