Revista Pepper #44

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Ano 03 Junho/2016

www.revistapepper.com.br


#SUMÁRIO #RECEITADOMÊS

03. – O chef e colunista Armando Barros se superou nessa! Este mês a receita é de um delicioso ceviche de linguado!

04

#ENTREVISTA

Tom Cavalcante contou com exclusividade sobre os seus projetos futuros. O humorista também falou que dois dos seus personagens estão brigando pela preferência

06 #MODA

Em tempos de crise é sempre bom ter um plano B, certo? A advogada e empresária Mariana Landim fez sua segunda opção virar um sucesso! O Distacco Outlet e Brechó está a todo vapor.

#ENTRETENIMENTO 11. – O melhor do Brasil

#COLUNA

09. – O colunista Zé Maria

Ulles assistiu dois filmes e deu seus pitacos!

#LAZER

10. – Traga mais cerveja! No

começo deste mês Brasília recebeu o maior evento cervejeiro do Centro Oeste! O Casa Bier contou com mais de 100 rótulos de cervejas artesanais, e .... Ihc!

#COLUNA

são os brasileiros. E com a passagem da tocha Olímpica isso não seria diferente, né? Separamos os melhores (e piores) momentos dessa maratona de bizarrice

#COLUNA

10. – RamalhoJunior

11. – DiegoLara

Publicidade nas campanhas eleitorais

(indi)gestão ambiental

#EXPEDIENTE Publisher Sérgio Donato Contaldo

jornalismo@revistapepper.com.br

Editora Natália Moraes

jornalismo@revistapepper.com.br

Assessor Administrativo e Financeiro Gilmar Arantes Redação Abner Martins Natália Moraes jornalismo@revistapepper.com.br

Publicidade

comercial@revistapepper.com.br

Revisão Conttexto.com helenacontaldo@conttexto.com

Estagiário Ribamar Martins Colaboradores Sérgio Assunção J. Carlos Jr Ramalho Romolo Lazzaretti Fernando Cabral Carlos Henrique A. Santos Lisiane Cardoso Armando Barros Diego Lara Zé Maria Ulles Antônio Augusto Cortez

Correspondente Pepper Nordeste Jude Alves Site Natália Moraes e equipe Diagramação Gustavo Facundo gustavofacundo@gmail.com

Gráfica Gráfica e Editora Rossetto rossetto@brturbo.com.br

Contatos (61) 3257.8434 faleconosco@revistapepper.com.br


#RECEITADOMÊS

meu peixe,

meu Ceviche N

osso País tem mais de 7.300 km de litoral, indo da foz do rio Oiapoque ao norte, até o arroio Chuí ao sul. Além de inúmeros rios, riachos, lagos, lagoas etc. Ou seja, sempre há a possibilidade de termos um peixe fresco próximo de onde estamos. E por que não exercitarmos uma receita fácil, simples, chique, contemporânea e que nem de fogo precisa? Ceviche, cebiche, seviche, sebiche, as diferentes grafias foram possibilitadas pela pronúncia, que é a mesma. A origem do ceviche, a grande maioria credita ao Peru, mas muitos discordam pelo simples fato que o Ceviche surgiu antes do próprio Peru. De qualquer forma existem evidências que os Ceviches tenham sido criados, com a chegada dos espanhóis, no século XVI,

Por Armando Barros barros.armando@hotmail.com

foram eles que trouxeram em seus navios o limão e a laranja azeda, assim como a cebola. O Ceviche é tão importante para o Peru, que tem gente que acha que é um presente divino concedido ao país. Aqui no Brasil, os peixes favoritos para se fazer ceviche são robalo, linguado, atum, saint peter (tilápia), salmão e camarão. O segredo é o peixe estar fresco. Outro detalhe é o “Leche de Tigre”, onde desnaturamos o peixe. Sim, o processo é desnaturação em meio ácido, muitos acham que cozinhamos o peixe. Leite porque fica esbranquiçado e “de tigre” porque muitos acreditam dar força do felino para quem o consome. Já que sabemos um pouco mais sobre este prato porque não praticarmos um pouco. Então vamos cozinhar um pouquinho...

Modo de preparo • Limpe o filé e corte em cubos. Deixe na geladeira;

Ingredientes • 330 g de filé de linguado • 1 cebola roxa

• Corte a cebola ao meio e depois em lua. Coloque as fatias da cebola em um bowl (vasilha) com água e gelo. Deste modo, as fatias ficarão crocantes; • Corte a pimenta em cubinhos desprezando as sementes e as nervuras;

• 1 pimenta dedo de moça

• Faça o hondashi conforme as instruções do envelope. É opcional. Só utilizaremos uns 150 ml do caldo;

• Suco de 6 limões

• Pique o coentro finamente;

• Hondashi (opcional)

• Misture os líquidos com a pimenta e a fatias de cebola. Adicione o peixe e o coentro. Misture tudo;

• Shoga Gari (conserva de gengibre vermelho – opcional) • Coentro à gosto • Mini-milho em conserva • Sal à gosto

• Corrija o sal e sirva em potinhos individuais guarnecidos com um pedaço do mini-milho e por cima algumas fatias de gengibre.

Inté! 03 REVISTAPEPPER.COM.BR


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#ENTREVISTA

FECHA A CONTA

Por Redação jornalismo@revistapepper.com.br Fotos: Divulgação

E PASSA A RÉGUA N

o fim do mês passado, Tom Cavalcante desembarcou em Brasília com a sua temporada do espetáculo “StomDup”. Com novo programa no canal Multishow, titulado “MultiTom”, que estreou em abril, o consagrado humorista tem visitado paralelamente as principais cidades e capitais do Brasil levando grande público aos teatros. O espetáculo “StomDup” adiciona ao humor e talento únicos do artista uma inédita produção em apresentações do gênero. No palco, Tom cantou suas perfeitas imitações de grandes nomes da música, trouxe novos personagens e outras grandes surpresas. Tom, um dos maiores humoristas do Brasil, concedeu uma entrevista para a Revista Pepper. Sempre bem humorado, Tom nos contou de seus projetos futuros, do carinho por Brasília e até disse que dois personagens estavam brigando pela preferência. Quer saber tudo que rolou? Confira nossa bate-papo! Revista Pepper: Todos sabem que lá começo da sua carreia você teve a honra de trabalhar com Chico Anysio, um dos maiores comediantes do País. Como era a relação de vocês dois? Tom Cavalvante: Ter encontrado Chico no meu caminho foi uma benção. Nossa amizade de profissionais no início com tempo se transformou em relacionamento entre pai e filho. A oportunidade de estarmos juntos durante anos e de dividir o palco com o mestre, me trouxeram grandes ensinamentos na arte de fazer humor. RP: Você tem novos projetos profissionais no cinema e na TV. Conte um pouco sobre eles. Têm sido um desafio? TC: Minhas prioridades agora são viajar o Brasil com o espetáculo Stomdup e começar a trabalhar o novo Multitom, que estreia em Outubro no Multishow. Em relação ao cinema estou preparando o roteiro de um longa que em breve poderei adiantar maiores detalhes. RP: De todos os seus personagens, existe aquele que você mais se identifica? TC: Personagens são criações as quais nos dedicamos e interpretamos durante anos, daí nos apegamos. Falar em um isoladamente pode dar confusão entre os outros. Detalhe: Canabrava e Jarilene estão aqui do lado brigando pela preferência. RP: Sua mudança para os Estados Unidos tem relação com novos trabalhos? TC: Ir para os EUA foi uma decisão inicialmente de estudar cinema e inglês. Com a minha estada por lá conheci produtores, atores, diretores e acabei produzindo um filme.

RP: Como surgiu a ideia de escrever e produzir o filme “Pizza Me Máfia”, que também foi gravado no exterior? TC: Como te falei meus contatos por lá me levaram a realizar Pizza me Máfia, com roteiro em Inglês de Lara Horton e Jonathan London. Atuei ao lado de atores norte-americanos numa parceria que me deu muitas alegrias e prêmios em vários festivais de medias e curtas nos Estados Unidos.


#COLUNA

CRÍTICAS DE UM CINÉFILO Filme 1:

A VINGANÇA

ESTÁ NA MODA

Por Zé Maria Ulles ulles@terra.com.br

NOTA

8,0

S

e a cor vermelha designa paixão e desejo, em “A Vingança está na Moda”, Kate Winslet está vestida para matar... Trajando um modelo bem ousado, ela enlouquece sua cidadezinha natal como uma dama europeia. Acusada de matar um menino na infância, a protagonista é banida de sua cidade, retornando 25 anos depois, para ver a mãe e colocar aqueles que a caluniaram em roupa bem justa. A diretora, Jocelyn Moorhouse, faz um trabalho brilhante. Trata as cenas com incrível inteligência. Em “Tubarão”(1975) Steven Spilberg resumiu o filme focando a mandíbula do animal presa a janela e depois abrindo a imagem nos três homens que saem de barco para caçar o assassino dos mares. Em “A Vingança está na Moda”, Jocelyn sintetiza a película, na cena em que a protagonista aparece refletida em um espelho velho e todo rachado. Montagem, vestuário, fotografia e cenografia são destaques. O elenco está genial! Com Hugo Weaving e Liam Hemsworth. Mas quem rouba o filme com uma atuação de gala é a atriz Judy Davis que interpreta a mãe maluca da protagonista. Com 70% de projeção a diretora resolveu acelerar o passo para contar toda a história, mas a pressa não compromete. O roteiro é adaptado do romance Dressmaker. A obra é extremamente bem humorada e com grande senso crítico. A tradução brasileira - como sempre - está em descompasso com a objetividade. O título original é Dressmaker/A costureira. Se você quer. Não deixe de assistir ao filme! Entre uma troca de roupa e outra, ela fica peladinha!

Filme 2:

A

PAIS E FILHAS

NOTA

8,0

palavra SAUDADE poderia resumir o roteiro dessa bela obra cinematográfica. Mas o drama familiar “Pais e Filhas” vai além... Pai viúvo cria filha pequena com tranquilidade até o momento em que é acometido por grave doença. Além de enfrentar o problema de saúde, ele precisa lutar pela guarda da criança. O drama é muito bem roteirizado por Brad Desch. No visível, solidão, medo, desespero e maucaratismo estão presentes. No oculto, a ideia do mito é outro ponto forte do enredo. Ele não só permeia a relação pai/filha, mas serve como solução, já que produz grande aproximação entre obra literária e receptor. A direção de Gabriele Muccino mostra segurança e muita sensibilidade. O elenco de “Pais e Filhas” é composto por craques... Russel Crowe, Kelie Rogers, Diane Kruger, Aaron Paul, Bruce Greenwoode e Jane Fonda. Amanda Seyfried faz um lindo trabalho como a filha adulta do protagonista Crowe. Aliás, como ele interpreta bem. Ao longo dos 116 minutos de duraçã, a montagem tem destaque especial, principalmente, nas passagens de tempo entre a infância e fase adulta da protagonista. A trilha sonora é muito boa. Assistir “Pais e Filhas” é um belo exercício de vida... Nos remete a difícil arte de enfrentar a ideia de que os mitos não morrem jamais...

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#MODA

Por Natália Moraes natalia.pmoraes@hotmail.com

A ONDA DOS BRECHÓS EM UMA

MARÉ DE

Para fugir da onda de coisas ruins é sempre necessário ter uma carta na manga. Vender suas roupas antigas é sempre uma boa opção e é este o plano B que está dando certo pra muitas pessoas.

O

currículo, Mariana descobriu que estava grávida A crise está batendo na porta de todo

e sua vida mudou completamente. Mergulhou

mundo e a taxa de desemprego do País está só

com a cara e com coragem nos estudos e,

subiiindo... Segundo o IBGE essa taxa cresceu

com 9 meses de gestação fez uma prova,

para 8,5 na média do ano passado, a maior já

mas não passou. “Fiquei sem rumo. Descobri,

medida pela Pnad Contínua (Pesquisa Nacional

da pior maneira possível, que no meio dessa

por Amostra de Domicílios). Muitos brasileiros

crise econômica o desempenho, dedicação e

estão começando a procurar alternativas

planejamento não são o suficiente”, disse.

criativas para lucrar e conseguir driblar essa crise maluca.

Mariana percebeu que o salário de começo de carreira não daria para nada. Foi aí que surgiu o

Mariana Landim, 25, se formou em advocacia

plano B. “Eu queria trabalhar dentro de casa com

em 2013. Logo depois ela começou a fazer parte

alguma coisa que eu gostasse. Me perguntava:

dessa enorme porcentagem de desemprego.

quem seria o louco de abrir uma empresa nessa

Nessa loucura e correria para arranjar algo para o

crise?”. Com menos dinheiro circulando,


o faturamento das lojas caíram e o risco que já existia ficou ainda maior. Foi no meio dessa maré de

O Distacco Outlet e Brechó não gosta de desperdícios! A proprietária seleciona algumas roupas e acessórios para a venda, mas o que

coisas ruins que

não está em boas

a advogada

condições vai para a

descobriu a onda

doação. Desapegar

dos brechós. A

é necessário! Aquele

ideia era apenas

brechó com roupas

vender algumas roupas com pouco uso para guardar uma graninha extra pro futuro. “Era para ser um bazar com roupas da família. Selecionei coisas que não usava mais e vi que tinha muita coisa guardada!”, comentou. Mariana tirou foto das peças e dedicou 80% do seu tempo para que essa ideia desse certo. “Com os posts comecei a receber pedidos, curtidas e

velhas e fora de moda não existe mais. “Se o brechó não der certo, isso servirá como experiência e impulso para uma nova ideia. Afinal, é preciso ter muito jogo de cintura em tempos de crise, e a criatividade é uma aliada na hora de buscar alternativas para se inserir no mercado”, completou Mariana.

elogios. Em uma semana organizei o bazar e as vendas foram muito além das minhas expectativas! Vi que o negócio poderia dar certo e resolvi investir nisso”, completou. Hoje o pequeno bazar, aquele plano B de uma jovem advogada que estava doida para sair do desemprego, está dando certo. Aliás, o que era pra ser um bazar virou o “Distacco Outlet e Brechó”. A ideia do nome é para traduzir o propósito do desapego, que é mais ou menos a tradução não literal da palavra no vocabulário italiano. As redes sociais não param de apitar, os seguidores não param de aumentar e as ideias chegam como uma bomba. Mariana agora atende com hora marcada e ainda pretende fazer um bazar uma ou duas vezes por mês, com parceria de amigas, familiares e lojas de marca - que também disponibilizam algumas peças para venda. “É impressionante como as pessoas estão buscando novas alternativas neste momento de crise”, disse.

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#COLUNA

Por Diego Lara diego.contaldo@gmail.com

(INDI)GESTÃO

AMBIENTAL

S

ó dá para entender com metafísica e muitas divinas abstrações, pois estamos recebendo aulas de indigestão! Quanto mais se quer gerir e controlar esse mundão, ele torna-se incansavelmente amargo e ressentido. Fica até difícil tocar no tema ambiental. Nessa bagunça os rios continuam cinzas a chorar. O mundo vem secandoe o povo vem secando. Da lama ao caos, né não Science?! A propósito, quantos especialistas em gestão são formados por ano? Zona. Não há outra palavra para descrever. Com tanta evolução humana parece não fazer sentido a brilhante ideia de retirar as ciências humanas, de pouco em pouco, dos currículos escolares. Mas a gente escuta algo na rua algo do tipo “Que é que esses índios tão fazendo aqui ainda? Eles não servem pra nada! Tudo ladrão! Nem são índios mais!” Depois de escutar isso claro, faz todo o sentido o rumo do mundo! Só pode ser para o buraco mesmo! Do tamanho do buraco da mineração! Pois esse tipo de jargão vira verdade absoluta na cabeça das pessoas. Não se pensa, não se reflete, não se estuda. É para secar de uma vez só! Desumanizar de vez! Mundo-fábrica e homem-robô! Gente não serve para nada mesmo. Deixem os robôs fazerem o serviço braçal e o que sobrar de gente, é só mandar a peste de cima, como sempre! Um vírus dos bons! A lição final vem sempre pela água. As heranças do banho diário que os índios deixaram mostram o quanto eles eram mais limpos que os camaradas que vieram “descobrir” essas terras do lado cá! Está aí a metafísica! Vieram os prés-engravatados gerir aquilo que os habitantes de cá geriam à sua própria maneira! E era muito mais eficaz e estratégico, viu? As águas eram limpas. Quem será o melhor gestor ambiental nessa equação? Se forem selvagens, como se diz desse povo que não conhecia o roubo, eles praticam uma Gestão Selvagem! Olha que slogan ótimo para uma campanha de endomarketing! Pois é não é tão gostoso dizer com a boca cheia que o Capitalismo Selvagem é uma delícia?


#ENTRETENIMENTO

Por Redação

PASSAGEM DA TOCHA

INCENDEIA A BIZARRICE BRASILEIRA A

passagem da Tocha Olímpica é um cerimônia tradicional que ocorre em cada país sede das Olimpíadas. Em geral, atletas e personalidades percorrem um pequeno trecho carregando a tocha por diferentes pontos turísticos e cidades do país sede. O rito serve para acender o espírito olímpico no país e deixar as pessoas animadas com o evento. Obviamente que no Brasil seria diferente. A passagem da tocha se tornou uma oportunidade de ouro para subcelebridades, anônimas e até famosos fazerem uma série de bizarrices e situações que só poderiam acontecer aqui. Separamos algumas das mais inusitadas:

Homem Tocha rouba a cena no primeiro dia: Um anônimo em Goiás resolveu produzir uma fantasia de Tocha Olímpica para acompanhar a passagem. A fantasia tinha 3 metros de altura e serviu para que o anônimo fosse convidado a fazer parte da passagem durante um breve trecho. Uma dona de casa acendeu uma vassoura na tocha: Por algum motivo, Dona Irene resolveu enfiar uma vassoura de palha no caminho da tocha e conseguiu botar fogo na vassoura. Foi fortemente aplaudida depois do feito. Miss Bumbum se pintou de Tocha: Não é fácil ser subcelebridade no Brasil. Bolar planos idiotas e situações infalíveis para aparecer nos portais de fofoca demanda bastante criatividade. A Miss Bumbum aproveitou suas medidas generosas e posou de Tocha. Teve gente que levou uma bolada: Foi o caso do Lutador Lyoto Machida, recebeu R$ 27.000,00 da prefeitura de Manaus (divulgado no portal de transparência do município) para carregar a tocha na cidade. O brasileiro realmente se supera na hora de arrumar uma bocada. Show de tombos: Já deu para perder a conta de quantos carregadores de tocha se estabacaram no chão. A sorte é que o equipamento foi feito para o fogo não apagar de jeito nenhum. Um pedido de casamento: Um homem apaixonado aproveitou a passagem e resolveu que esse seria o momento ideal para pedir a noiva em casamento. Deu tudo certo e a moça aceitou. Uma roda de capoeira: Quando Mestre Albino, de Teresina tomou posse da tocha ele fez o que todos esperavam, chamou os parças e começou uma roda de capoeira. Seria um protesto para que o esporte se tornasse olímpico? 09 REVISTAPEPPER.COM.BR


010

#LAZER

CERVEJA ARTESANAL

GELADA NA GUELA Por Redação jornalismo@revistapepper.com.br

S

Para muitos, o mercado cervejeiro não foi uma boa opção há cinco anos, mas hoje, o despertar para beber uma boa cerveja faz com que isso seja um excelente negócio. Principalmente na capital federal, onde o mercado de cerveja artesanal cresceu tanto que atualmente abriga o maior encontro do Centro-Oeste. Durante três dias, Brasília foi palco de uma nova experiência cervejeira. O Casa Bier 2016 reuniu produtores, especialistas e amantes de cervejas artesanais no Iate Clube. Shows, degustações e até mesmo uma brassagem coletiva preparação de uma cerveja artesanal, junto com alguns dos maiores especialistas da cidade também estavam na programação. O evento, em sua segunda edição, levou ao público mais de 100 rótulos nacionais e importados e muita informação sobre o novo mundo da cerveja.

O Brasil é um dos maiores consumidores de cerveja do mundo. A média anual de litros consumidos por cada habitante cresce ano a ano. Uma pesquisa realizada pelo Ibope em novembro de 2013 revela que a cerveja é a bebida preferida

de 2/3 dos brasileiros para comemorações, com 64% da preferência.

EU TE AMO

Tarso Frota, um dos organizadores do evento e sócio da Pulso Distribuidora, disse que o objetivo é que “as pessoas entendam e sintam-se parte desse universo que cresce vertiginosamente em número e opções de tipos e marcas. Criamos uma verdadeira experiência cervejeira para o público”. Totens interativos abriram as portas para os visitantes logo na chegada, com diversas explicações sobre esse universo. Marcas nacionais e importadas como a Colombina, microcervejaria cigana X, Providência e a cervejaria libanesa 961 Beer estavam entre as opções divididas entre Lagers e Ales. Algumas cervejarias lançaram rótulos no Casa Bier, tradição nesse tipo de evento, que cria oportunidade exclusiva para o público provar novos sabores. Entre as novidades estava a Stadt Bier que está investindo em uma linha de cervejas artesanais. Micro cervejarias e importadoras estão ocupando um importante espaço no mercado nacional. As chamadas cervejas especiais, que reúnem — segundo a Associação Brasileira da Indústria da Cerveja (CervBrasil) — as artesanais, as importadas e as industriais de categoria premium, ocupam hoje 5% do mercado e têm previsão de dobrar o número de vendas nos próximos cinco anos.


#COLUNA

MARQUETEIROS POLIÍTICOS

EM EXTINÇÃO? F

oi dada a largada: definidas as chapas; coligações; candidatos a vereadores e apoiadores, as eleições municipais já estão a todo vapor, tanto nas menores cidadezinhas, como nas principais metrópoles do país. Inclusive a publicidade, - por enquanto nos bastidores - já que desta vez as novas regras eleitorais limitaram, em muito, as formas, meios e prazos para a veiculação. Mas, com certeza, as tradicionais campanhas já estão sendo produzidas nos slogans; marcas; letras de jingles, artes para santinhos e cartazes e estruturas de redes sociais, aguardando apenas para se inserir informações obrigatórias indefinidas. Até aí, nenhuma novidade, a não ser pela pergunta que não quer calar: quem está criando e produzindo isso é profissional, ou os candidatos estão improvisando? A dúvida está baseada no fato da lei eleitoral que, agora, proíbe as doações de empresas e limita os gastos para as campanhas. Então, embora para os leigos não pareça, os marqueteiros já deveriam estar devidamente contratados e atuando, contudo, para quem milita na área, sabe e tem ouvido que está “todo mundo esperando”. Esperando o que, se a lei não vai mudar? Doações oficiais de pessoas físicas, acho difícil, já que são limitadas a 10% do lucro obtido no exercício anterior e, neste caso, precisaria de muita bondade pessoal para se fazer uma campanha minimamente decente. Diante da crise, pessoalmente, creio que ao menos nas cidades de médio e pequeno porte, os marqueteiros estão sendo enrolados, por falta de dinheiro, para serem pagos, como era no passado a essa altura, e substituídos por leigos ou pretensos especialistas, recrutados nas próprias regiões. Que perigo! Claro que a publicidade ou, propaganda, eleitoral, como queiram, é apenas uma ferramenta do marketing. E é aí que mora o perigo: sinto, claramente, que em muitas localidades, os marqueteiros, que deveriam criar ou supervisionar as agências e os fornecedores, estão sendo atropelados por “propaganda” pura, sem qualquer

Por Junior Ramalho ramalhojunior@gmail.com

estratégia e experiência política, de forma aleatória e empírica, sem contar, com os verdadeiros piratas da propaganda, que entram no google e capturam “estratégias” prontas, como um falso médico, que pega o diagnóstico de um paciente e copia para outro, com os mesmos sintomas, mas sem fazer as análises e exames específicos da pessoa. Dependendo do remédio, pode até matar. Sou favorável à moralização e ética na política, inclusive, no que diz respeito à minha profissão, o marketing - principalmente depois de tanta gente famosa da área indiciada ou presa – mas minha preocupação é com os honestos e técnicos: se não tem dinheiro para os candidatos pagarem os marqueteiros, quem está ou irá gerir a comunicação das campanhas? Leigos? Ou será que a lei, tão severa, pode acabar gerando e incentivando ainda mais o tal do “caixa 2”? Será que os marqueteiros vão fazer as campanhas quase de graça, apenas porque gostam dos candidatos, sem querer nada em troca, no futuro? Acho que neste assunto, para quem quer reconstruir e moralizar o país, estamos sendo hipócritas e remando para trás. Marketing eleitoral não é baratinho e é fundamental, como o trabalho de um médico especialista numa doença rara. Não pode ser feito por genéricos ou curiosos. Resumindo, ou as próximas campanhas eleitorais para prefeitos e vereadores serão bem baratinhas e repugnantemente ridículas, - criadas e produzidas por amadores – ou mais uma vez a lei será burlada por marqueteiros ganhando por fora, com fórmulas espúrias de remuneração. Lamentável ver tanta gente boa doida para trabalhar, sem poder, e tanta gente incompetente e despreparada faturando, sem saber. Prepare-se eleitor: vem aí coisa ruim para você ver, ler e ouvir, durante as próximas campanhas (sorte de quem mora em Brasília, por não ter eleição municipal). Mas, se der sorte de ver campanhas apimentadas, tenha certeza: tem gente competente trabalhando de graça. Será?

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