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INTRODUÇÃO
Fotografia @Arquivo Luíz Telles.
ESTAÇÃO VERGUEIRO
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Dentro de um contexto de ditadura militar (1964 a 1985) em que proibiam, violentamente, encontros, manifestações de oposição e toda e qualquer expressão de liberdade, em 1975 foram iniciados os primeiros estudos para a elaboração do Programa Funcional da Nova Biblioteca Central de São Paulo–Vergueiro, que seria uma ampliação da Biblioteca Mário de Andrade.
Após um longo processo de projeto envolvendo muitos especialistas, o Centro Cultural São Paulo foi inaugurado em 1982, e é de grande importância e significado já que foi o primeiro edifício pensado e construído para abrigar um centro cultural na América Latina.
Segundo Telles, consideraram as inovações dessa época em relação aos projetos emergentes nos países mais desenvolvidos, como, principalmente, a adoção do “livre acesso”, que tinha como objetivo o encontro rápido e fácil do leitor com a obra.
CCSP
Assim, excluíram o partido das grandes torres para guarda de livros buscando levar o conhecimento às pessoas mais simples e carentes, e, ao mesmo tempo, atraí-las, oferecendo a leitura como forma de lazer.
O cidadão, na visão dos envolvidos no processo, além de leitor, passou a ser recebido como usuário do espaço, que seria projetado para ele e em função dele. A arquitetura seria parceira importante, abrindo o edifício à cidade, criando espaços convidativos, contribuindo para que os olhares atravessassem barreiras, fossem mais investigativos e, também, se encontrassem.
Apesar de ser um momento em que a cidadania foi esquecida devido à ditadura, o projeto possibilitaria com que a pessoa comum, sem nenhum constrangimento, pudesse usufruir do espaço com seu direito de cidadão. Seria um grande ponto de encontro, de pessoas com pessoas, com o conhecimento, com a arte, e com o exercício da arte e da cidadania.
Primeiros séculos da cidade – ribanceira esmagada entre um diminuto vale, a nascente do rio Tororó e uma estrada de terra que a margeava pelo alto e seguia para Santos.