CASA DAS ARTES
CASA DAS ARTES
Trabalho de conclusão de curso para obtenção do título de graduação em Arquitetura e Urbanismo apresentado à Universidade Paulista. Natália Marcela Torquato | B64173-8 Orientador: Arnaldo Machado
CASA DAS ARTES
Trabalho de conclusão de curso para obtenção do título de graduação em Arquitetura e Urbanismo apresentado à Universidade Paulista. Natália Marcela Torquato | B64173-8 Orientador: Arnaldo Machado Aprovada em: BANCA EXAMINADORA _______________________/__/___ Prof. Arnaldo Machado Universidade Paulista _______________________/__/___ Convidado _______________________/__/___ Convidado
Para Maria e Arlindo Torquato
AGRADECIMENTOS Agradeço aos meus pais, que tanto sonharam com este momento, e que não mediram esforços para que esse objetivo fosse realizado. Á todos meus amigos que entenderam todo o processo e me apoiaram incondicionalmente durante esse ano, nos momentos difíceis sempre conseguiram me fazer sorrir. Aos meus colegas de curso, que batalharam junto comigo, nós passamos por várias alegrias e tristezas que com certeza valeram a pena. Aos professores que durante 5 anos passaram seus ensinamentos com tanta paciência, em especial meu orientador Arnaldo Machado, que contribuiu imensamente para minha formação. Agradeço à todas as pessoas que passaram por mim todos esses anos, vocês fizeram um papel inimaginável em minha vida.
A ciência descreve as coisas como são; a arte, como são sentidas, como se sente que são. O essencial na arte é exprimir; o que se exprime não tem importância. | Fernando Pessoa
RESUMO O presente trabalho busca estudar a relação entre a arte e a arquitetura através de uma edificação que abriga os diferentes tipos de arte. O objeto de estudo é um Centro Artístico na cidade de Barueri. O estudo propõe um espaço contemporâneo, dinâmico, permeável e convidativo que englobe todas as manifestações artísticas fabricadas na cidade e na Região Oeste como um todo.
ABSTRACT This work aims to study the relationship between art and architecture through a building that contains the dierent types of art. The object of study is an Art Center in the city of Barueri. The study proposes a contemporary, dynamic, permeable and inviting space that includes all the artistic manifestations fabricated in the city and in the Western Region as a whole.
SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO 1.1. 1.2. 1.3. 1.4. 1.5. 1.6.
APRESENTAÇÃO JUSTIFICATIVA A ARTE O TEATRO PROBLEMÁTICA OFICINAS CULTURAIS DE BARUERI
10 11 12 13 14 15
2. ANÁLISE E CONTEXTO LOCAL 2.1 2.2 2.3 2.4 2.5
A CIDADE A ARTE NA CIDADE O LOCAL LEVANTAMENTO FOTOGRÁFICO PARÂMETROS URBANÍSTICOS
17 18 19 21 27
3. LEITURA DO ESPAÇO 3.1 DIAGNÓSTICO LOCAL 3.2 ANÁLISE TOPOGRÁFICA 3.3 ANÁLISE CLIMÁTICA
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4. PROJETOS ANÁLOGOS 4.1. CENTRO DE FORMAÇÃO CULTURAL DA CIDADE TIRADENTES 4.2. PRAÇA DAS ARTES 4.3. CAIS DAS ARTES 4.4. REFERÊNCIAS PROJETUAIS
36 38 40 42
5. O PROJETO 5.1 5.2 5.3 5.4
CONCEITO PARTIDO PROGRAMA DE NECESSIDADES PROPOSTA
6. BIBLIOGRAFIA
44 45 46 47 68
1. INTRODUÇÃO
1.1 APRESENTAÇÃO Para este trabalho se concretizar foi necessário um mergulho no que vem a ser arte. O que a arte significa para as pessoas e, principalmente, qual é a sua função perante a sociedade. O desejo de se criar algo que realmente fosse verdadeiro, que existisse de fato na cidade escolhida, onde a arquitetura fosse necessária para a realização e ampliação de projetos sociais, esses foram as maiores motivações para o projeto; além de que, a arquitetura deve ser feita para as pessoas, principalmente as que mais necessitam de projetos que englobem a sociedade como um todo. Como a arquitetura é um tipo de arte, e pensando nessas duas grandes paixões, a arquitetura feita para as pessoas e a arte como forma de expressão humana, o trabalho se desenvolve a partir de questionamentos acerca desta atividade humana em um terreno que não foi escolhido por acaso, o local já é uma complexidade, de caráter singular que pode gerar várias interpretações, como a própria arte. Portando, o presente trabalho busca entender os tipos de arte e abordá-las num único espaço, dinamizando o processo criativo não só dos artistas, mas de todos os profissionais envolvidos com a criação e produção artística, além de transformar um local ocioso em um polo criativo no meio da cidade.
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1 | Peter Blake, 1932, Dartford (Inglaterra) Fonte: <http://arteref.com/diversos/ os-5-principais-artistas-quefizeram-o-pop-art-dos-anos1960> Acesso 02/08/2017 2 | Tunga, A luz de dois mundos, 2005 Fonte: <http://www.tungaoficial.com .br/pt/publicacao/a-luz-dedois-mundos> Acesso 02/08/2017
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3 | Cena do filme Masculin, Femini, de Godard Fonte: <http://ordet1.blogspot.com. br/2010/07/masculinfeminin-jean-luc-godard1966> Acesso 02/08/2017
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1.2 JUSTIFICATIVA Tema O tema abordado surgiu por interesse pessoal. Na curiosidade e fascinação que um artista desperta se apresentando. O trabalho procurou entender o que realmente é arte, e o que ela significa para estes artistas. Como a arquitetura pode interferir na percepção dos sentidos, na obra de um artista e como ela é vivenciada pelo expectador. Partindo desse princípio o estudo proposto pretende abordá-las e estabelecer um ambiente cuja experiência entre as diferentes artes possa ser facilitada. A proposta se baseia em dois pontos: a prática das artes e a sua apreciação, através de um mediador, a edificação, que possa estabelecer conexões criativas. A prática será através de um ambiente democrático, no qual todos os tipos de manifestações artísticas serão aceitos. A apreciação através do teatro, um dos tipos de arte mais acessível e vigoroso.
artistas e transpareça as atividades que por ela passem, se tornando inteligível. Local A sub-região oeste de São Paulo possui um atraso e diferença social grande, os projetos culturais dificilmente chegam. Por este motivo os cidadãos não são tão engajados no que diz respeito as expressões artísticas. Contudo, Barueri se destaca por suas iniciativas desde 1991 com as Oficinas Culturais realizadas em vários pontos no município. O programa abrange artes cênicas, artes visuais e música, atendendo cerca de 3000 alunos (Portal Barueri, s.d.). Porém, cada disciplina é oferecida em locais diferentes, fazendo com que, além da dificuldade de trajeto, a troca de experiências seja pobre. Localizado no centro de Barueri, o terreno escolhido está em uma área em plena expansão. Com acesso para a Rodovia Presidente Castelo Branco e a linha 10 Diamante da CPTM. Uma região que contém diversos equipamentos públicos de ensino e cultura.
Ferreira Gullar, em entrevista feita por Ivan Cláudio para a revista “Isto É” (2014), ressalta a importância de se ter um mestre nas artes e de que hoje, todos parecem querer inventá-la sozinhos. Portanto, este ambiente servirá para o aprendizado, a inclusão e interação social através da arte. O local desenvolverá e aperfeiçoará sentidos e sensações que os artistas tanto precisam para passar essas experiências ao público.
O terreno também está localizado próximo a um grande conglomerado residencial de baixa e média renda, aumentando o acesso ao equipamento a ser implantado.
O projeto não só aborda os artistas como também todos os profissionais envolvidos de alguma forma na indústria artística, profissões ligadas à cenografia, iluminação, figurino e outros profissionais audiovisuais.
No entanto, a travessia de pedestre do centro da cidade para o bairro de Bethaville é complicada graças ao viaduto existente que degrada a paisagem, sendo um obstáculo visual e físico, que necessita ser vencido.
O título proposto faz uma analogia ao que seria um local propicio para o desenvolvimento das artes. O homem constrói a casa a sua maneira, decide todos os pontos, ela é um reflexo do próprio indivíduo que a habita, como diz Miguel (2002) “...a casa apresenta-se como um espaço/forma que busca estar adequada e ser resposta correta ao modo de vida de seus moradores e às características climáticas da paisagem onde se instala.”
Na região central há grande diversidade de usos comerciais, serviços e residenciais, fazendo com o que o bairro seja dinâmico a qualquer hora do dia. As principais motivações para a escolha desse terreno, além do desafio imposto pela topografia, foram a possibilidade de interação entre duas ruas, de conexões entre a parte baixa e alta do bairro, e também a proposta de um edifício que quebre o parâmetro massivo estabelecido de grandes edifícios na região.
Sendo assim, a intenção é primordialmente que a Casa das Artes, seja feita para os
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1.3 A ARTE Para introduzir este assunto é improvável não entrarmos em questões históricas e filosóficas. A intenção não é explicar as origens e/ou o que são os vários tipos de arte, mas sim entrar em questões mais atuais, tais como elas são vistas neste momento, e como são estão inseridas no contexto social urbano. A palavra arte deriva do latim ars ou artis, cujo significado remete à técnica ou habilidade. Segundo o dicionário Aurélio, arte é a capacidade que tem o ser humano em pôr em prática uma ideia, valendo-se da faculdade de dominar a matéria; atividade que supõe a criação de sensações ou de estado de espírito, em geral de caráter estético, mas carregados de vivência íntima e profunda. Portando, arte significa a capacidade do ser humano de dominar a matéria, ou seu próprio corpo para expressar um sentimento, uma ideia.
Hoje no Brasil, em pleno século XXI, a arte ainda é vista como algo de menor valor perante a sociedade. A produção artística é uma das que mais gera empregos no Brasil; a indústria do entretenimento é o terceiro maior mercado do mundo, e em 2014 movimentou cerca de US$ 42 bilhões (PWC, 2014), porém ainda carece de mão de obra. A arte no geral, passa por dificuldades com origem nos problemas sociais de falta de acesso, inclusão, e também mercadológicos, nos quais a produção enfrenta empecilhos na difusão e na aceitação do grande público que, ao invés de por exemplo, assistir a uma peça de teatro ou filme que os faça transcender à própria experiência, permanecem em suas casas se contentando com entretenimento de baixa qualidade. Vivemos hoje uma gigantesca crise institucional, do congresso ao museu de belas artes, passando por saúde pública, transporte urbano e concessões de rádio e tevê; acima de tudo, vivemos uma grande crise cultural, resultado da absurda falta de investimento educacional, da segregação social. (Neto, 2006)
Definições a parte, a arte está na essência do ser humano, desde os primórdios do planeta o homem já a desenvolvia através da arte rupestre. Através dela foi possível rastrear um dos primeiros indícios de interação sociais há cerca de trinta e cinco mil anos. Simplesmente não podemos viver sem ela, não imaginaríamos um mundo sem música, sem pintura, sem dança, sem a beleza que ela traz; a beleza que é uma questão peculiar de cada ser humano. Portanto, está ligada à história do homem e do mundo. Qual seria a real necessidade da arte, senão para nos fazer olhar o mundo de uma outra forma, visto que ela é um espelho de nós mesmos e tudo que acontece ao nosso redor. Primeiramente, a arte servia para contar histórias, de caráter religioso ou cívico. Hoje, ela não exerce mais este papel, ela é uma manifestação do próprio artista. Atualmente também é usada como meio de crítica a sociedade contemporânea. No “Manifesto das Sete Artes” escrito por Ricciotto Canudo (1911), no qual numerou os tipos de artes, ficou estabelecido 7 tipos: música, dança, pintura, escultura, teatro, literatura e cinema. Contudo, posteriormente foram acrescidos outros gêneros como a fotografia, quadrinhos, videogames e arte digital. A arte é enriquecedora, causa transformações na sociedade. Faz com que o ser humano se torne melhor, mais sensível ao meio em que vive. Nos faz experienciar novos sentidos e sensações. Ela não é só vista em museus, mas também nas ruas, no dia a dia. No artista de baixo escalão que expõe sua alma, seus pensamentos, seus ideais em uma tela. No jovem que está aprendendo um instrumento, ou talvez na criança que está dando seus primeiros passos na dança; todos eles fazem arte, ela está intrínseca no indivíduo. Como acredito que a arte, em lugar de revelar a realidade, a inventa, tem ela, segundo penso, a capacidade de encantar o leitor, o ouvinte ou o espectador, facultando-lhe o que se define como prazer estético. Isso se dá exatamente porque as artes são linguagens por meio das quais nossa concepção de realidade se enriquece magicamente, graças ao que a obra diz e que é mágico exatamente por ser intraduzível em qualquer outra linguagem. (Gullar, 2015)
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1| Artista francês Ilamar Dran, Fonte: <http://qga.com.br/artecultura/2014/07/artista-de-rua-usa-humornegro-para-criticar-cultura-moderna> Acesso 03/08/2017
2 | Grafite do artista italiano Blu Fonte: <http://industriacriativa.espm.br/2011/grafitesocial-o-melhor-de-blu/> Acesso 03/08/2017
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1.4 O TEATRO O homem sempre teve a necessidade de se expressar e expressar o meio em que vive. Na Grécia Antiga dos séculos VI e IV, nasceram as primeiras atrações teatrais através de cultos a personagens da mitologia. Quanto a sua arquitetura, os gregos adaptaram de tal modo que obtivessem a máxima visualização do palco através da plateia inclinada sobre a topografia. Já os romanos começaram a utilizar o teatro como divertimento e alcançaram melhorias em termos acústicos. (Souza, 2012) No Brasil, o teatro apareceu com a religião através de Padre José de Anchieta, para catequizar os indígenas. Após a chegada dos portugueses a arte teatral começou a se desenvolver e gerar grandes espetáculos. Ainda assim, após tantos anos o teatro no país não atingiu a massa popular. Seja por questões que quando não são financeiras, são de falta de divulgação e aceitação do grande público. Há dificuldades também para os próprios atores que não veem portas abertas. O nicho é pequeno e a grande maioria de atores consagrados são lembrados pela televisão. A falta de cursos também é outro problema, os melhores cursos do país são em sua maioria elitizados, onde o jovem pobre não tem acesso. Em termos socioculturais, o teatro tem o poder de realizar transformações na sociedade, conforme Fernando Peixoto (1992, p.11) ele é “Incapaz de agir diretamente no processo de transformação social, age diretamente sobre os homens, que são os verdadeiros agentes da construção da vida social. ” Através de uma pesquisa realizada por Philippe Meirieu em 1992, puderam-se notar o quanto o teatro pode afetar a auto expressão de crianças entre 6 e 12 anos. Segundo Meirieu (1993, apud Desgranges, s/d, p. 5) explica que as crianças que não possuem acesso a teatros, cinema, e ouvir histórias sentem certa dificuldade de conceber um discurso narrativo; já as crianças que têm acesso possuem mais facilidade. O autor explica que quem ouve histórias consegue contar histórias. Portanto, essa “ferramenta” que é o teatro, serve não somente para estimular os sentimentos no público, mas também causar a mudança do próprio artista através de sua auto expressão corpórea. O público tem uma real conexão com o artista, diferentemente de contatos mais frágeis como a televisão. Renato Borghi no papel-título de Galileu Galilei no Teatro Oficina Disponível em <http://recordaco escenicas.blogsp ot.com.br> Acesso 20/08/17 13
1.5 PROBLEMÁTICA As ações socioeducativas produzidas pelo governo ou Ongs, são de extrema importância principalmente em um país como o Brasil, onde a maioria de sua população sofre desigualdade. Não somente desigualdade econômica, como também racial, regional e de gênero. Este problema afasta o indivíduo da comunidade em que vive, segregando-o. Segundo dados da ONU em 2010, a falta de acesso à educação de qualidade é uma das causas da desigualdade no mundo. E por educação entende-se não somente a formal (institucionalizada) como também a informal, a educação adquirida por meios não sistemáticos, a que se adquire através de experiências diversas. Através dessas experiências vivenciadas é que se desenvolve o cidadão. Surge aí um novo tipo de aprendizado, que vai ampliar a educação formal, desenvolvendo talentos, paixões e habilidades que transformarão o cidadão e o incluirão na sociedade. Através da parceria público-privado é possível estabelecer bons projetos socioeducativos que possuem um grande poder de reverter quadros de desigualdade social. Segundo Matias: É possível afirmar, a partir de estudos realizados por diversos pesquisadores, que as atividades extracurriculares exercem uma influência significativa no desenvolvimento de crianças e adolescentes. Portanto, informações apontam a necessidade de o Estado investir em Políticas Públicas em prol do público infantil e adolescente, além da escola formal. Ou então que a escola de tempo integral seja efetivada, não através de atividades dentro de salas com quadros e carteiras, mas sim com atividades diferenciadas. (MATIAS, 2010)
Quando o jovem tem acesso à educação, a projetos que explorem sua capacidade e seus talentos, dificilmente ele irá se corromper. Isso ajuda não somente a ele próprio, como também sua família, a comunidade e a sociedade como um todo. Nesse processo que surge a cultura como meio de integração social. Seja com a arte ou o esporte, essas atividades, no caso de crianças e adolescentes, contribuem para a complementação da escola e do cidadão atual.
Imagem disponível em <https://portal.bar ueri.sp.gov.br/Noti cia/23022017barueri-iniciaselecao-paranucleo-de-danca> Acesso
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1.6 OFICINAS CULTURAIS DE BARUERI As Oficinas Culturais consistem em uma das ações socioeducativas realizadas pela Secretaria de Cultura e Turismo do município de Barueri, exercidas através de cursos gratuitos nas áreas de artes visuais, dança, teatro e música. Para que essas atividades aconteçam, é preciso parcerias entre os locais, a comunidade, financiamento, entre outros. O projeto teve início em 1991 e atende cerca de 3.000 alunos anualmente. A faixa etária é a partir de 5 anos dependendo do curso escolhido. Tem como principal função aproximar os alunos da arte, envolvendo o cidadão em atividades produtivas independentemente se ele tem aspirações profissionais ou não. Infelizmente essas ações são oferecidas em diversos pontos espalhados pelo município. Algumas modalidades são ministradas em locais separadamente, causando transtornos não só para o local, que limita seu espaço de funcionamento como também para os alunos que precisam se deslocar para vários lugares, além da administração ser prejudicada e a interação entre as diversas modalidades ser rasa.
Oficina de artes cênicas (dança e teatro) Ballet Faixa etária: a partir dos 5 anos Locais: Centro Cultural, Emef. Elizabeth Parminond, Bibliotecas Cora Coralina e Luiz Odair.
Oficinas de artes visuais Desenho e pintura Faixa etária: a partir dos 7 anos Locais: Emef. Elizabeth Parminond, Núcleo Oficinas, Bibliotecas Max Zendron e Cora Coralina.
Jazz Faixa etária: a partir dos 9 anos Locais: Teatro Municipal e Biblioteca Luiz Fernandes.
Pintura em tela Faixa etária: a partir dos 8 anos Artes e reciclagem Faixa etária: a partir dos 7 anos Mangá e caricatura Faixa etária: a partir dos 7 anos
Dança contemporânea Faixa etária: a partir dos 8 anos Locais: Centro Cultural e Biblioteca Salomão Cruz Dança de salão Faixa etária: a partir dos 14 anos Local: Centro Cultural Street jazz Faixa etária: a partir dos 12 anos Locais: Centro Cultural e Biblioteca Cora Coralina Teatro Faixa etária: a partir dos 7 anos Locais: Centro Cultural, Teatro Municipal, Bibliotecas Luiz Fernandes e Salomão Cruz. Imagens: Oficinas de dança Fonte: <baruericultura.w ordpress.com> Acesso 29/07/2017
Oficinas de música Violão popular Faixa etária: a partir dos 8 anos Locais: Núcleo Oficinas, Bibliotecas Luiz Fernandes, Luiz Odair e Cora Coralina. Violão clássico Faixa etária: a partir dos 7 anos Local: Núcleo Oficinas Canto coral Faixa etária: a partir dos 14 anos Locais: Núcleo Oficinas e Biblioteca Luiz Odair Cavaquinho Faixa etária: a partir dos 8 anos Locais: Bibliotecas Cora Coralina e Luiz Odair Piano Faixa etária: a partir de 8 anos Local: Centro Cultural 15
2. ANÁLISE E CONTEXTO LOCAL
2.1 A CIDADE O início de Barueri remonta ao século XVI, através de um aldeamento fundado por padre José de Anchieta. Em 1948 após forte crescimento do povoamento, é declarada a emancipação da cidade.
Contudo, o centro da cidade não é tão rico quanto o restante dos bairros. Este é em geral apenas para o automóvel, que ganhou lugar conforme a expansão da cidade. As ruas foram cada vez mais alargadas, os rios tamponados, enquanto que as calçadas diminuídas.
Através da primeira Lei de Zoneamento criada em 1973, Barueri pode crescer ainda mais expandindo e criando novos bairros. Essa lei possibilitou a criação de polos empresarias conhecidos no país inteiro como Alphaville e Tamboré. A cidade vem crescendo consideravelmente nas últimas décadas, principalmente pelo grande poder econômico que o bairro de Alphaville tem na região metropolitana de São Paulo.
Em 2014 foi lançado um concurso para a revitalização do centro da cidade, o “Reviva Boulevard” foi o primeiro concurso realizado pela prefeitura. Este projeto tinha como pretensão a modernização do boulevard e toda sua faixa envoltória. O concurso foi realizado com sucesso, porém o projeto ainda não saiu do papel. Em maio de 2017 a proposta foi reaberta através de reuniões com os comerciantes, até o momento sem conclusão.
Barueri de um pequeno povoado na zona oeste de São Paulo, se tornou um grande polo gerador de emprego e renda da RMSP. A cidade é a 14ª mais rica do Brasil, superior até várias capitais brasileiras. O município apresenta uma população de cerca de 240 mil habitantes. Possui um IDH acima da média nacional de 0,786 (PNUD, 2010). Porém o percentual de pobreza é de 42% da população (IBGE, 2003), indicando que a concentração de renda está localizada em uma pequena parcela da população. No que diz respeito a infraestrutura, Barueri é referência na educação, esportes e cultura. Sendo uma das poucas cidades da sub-região Oeste a estimular um grande crescimento socioeducacional da população.
Aldeamento de Barueri criado pelo padre José de Anchieta
1560
Construção da Estrada de Ferro Sorocabana
Cria-se a primeira Câmara de Vereadores
1949
1870 1809
A aldeia se torna povoado e logo depois freguesia
Rua Campos Sales 1966 Fonte das imagens: portal.barueri.sp.gov.br. Acesso 29/03/2017
População de 240 mil habitantes segundo IBGE
1973
2017
1948
Criação do Munícipio de Barueri
Primeira Lei de Zoneamento permitindo a criação de outros bairros como Alphaville e Fonte das fotos: portal.barueri.sp.gov.br. Acesso em 29/03/2017 17
2.2 A ARTE NA CIDADE Festival Barueri de Dança
Carnaval de Barueri
O Festival de Dança é promovido pela Secretaria da Cultura e Turismo da cidade. O objetivo é difundir o trabalho de grupos, escolas e artistas por meio de uma competição. O Festival abrange cerca de 10 modalidades de competição e tem a presença de bailarinos de todo o estado de São Paulo.
A Liga Independente das Escolas de Samba de Barueri já possui 11 escolas participantes. O evento ocorre sempre 2 dias do mês de fevereiro e a entrada é apenas 1kg de alimento não perecível.
Feira de Arte e Artesanato de Barueri A Feirarte como é conhecida, é realizada aos finais de semana no Boulevard de Barueri e abriga cerca de 80 barracas de artesanato e comidas. A feira também é palco para apresentações artísticas musicais, teatrais e workshops.
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Whatever Nerd Fest O Whatever Nerd Fest! é um festival cultural organizado pelo Whatever Team para divulgar e promover atividades como RPG, Board Game, Card Game, Vídeo Game na cidade. O evento é realizado na Biblioteca Municipal Prof. Max Zendron Festival de Música Popular Brasileira de Barueri O festival já está em sua 18º edição e revela talentos escondidos na região todos os anos através de uma competição e apresentações de artistas desconhecidos para o grande público.
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1| Imagem divulgação Festival Barueri de Dança
2 | Imagem divulgação Carnaval de Barueri 3 | Imagem divulgação Feirarte de Barueri 4 | Imagem divulgação Centro Cultural de Barueri Fonte das imagens: barueri.sp.gov.br Acesso 13/08/17
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2.3 O LOCAL O lote escolhido para a intervenção está localizado na região central da cidade de Barueri, em uma área em plena expansão nos últimos anos. Essa região é repleta de equipamentos públicos educacionais e culturais. A proximidade com os principais meios de transporte foi decisiva para a escolha deste local. Está próximo da Rodovia Castelo Branco e do Terminal Rodoferroviário do município. Outro ponto de interesse foi a topografia da região. Muito acidentada, cerca de 20 metros de desnível separam as ruas Trindade e Avelino Cardana. Um lote com tamanha diferença de desnível é possível se fazer grandes projetos. Ao contrário do que acontece nos lotes vizinho, os quais não se adequaram a topografia local. Centro de Barueri Fonte: http://diariodealphaville. com.br Acesso 20/08/17
Foto 5
500m
Foto 6
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CORTE LONGITUDINAL DO ENTORNO ESC: 1:2000
Foto 6
MAPA DE LOCALIZAÇÃO SEM ESCALA
CORTE TRANSVERSAL DO ENTORNO ESC: 1:2000
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2.4 LEVANTAMENTO FOTOGRร FICO 1 | Vista do entorno, Av. Trindade
2 | Vista da Rua Adelino Cardana Fonte: Acervo prรณprio
1
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3 | Vista do estacionamento do Ginásio José Correia 4 | Vista geral do entorno Fonte: Acervo próprio
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Foto 3
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5 | Vista da praรงa central 6 | Vista do viaduto Fonte: Acervo prรณprio
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7 | Vista do viaduto 8 | Vista do estacionamento prรณximo ao viaduto 24
9 | Vista interna do lote Fonte: Acervo prรณprio
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10 | Ginásio José Correia 11 | Vista interna do lote Fonte: Acervo próprio
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11 1 26
2.5 PARÂMETROS URBANÍSTICOS De acordo com a Lei Complementar nº 245 de 2009, a área de intervenção está localizada na macrozona ZPEI-3, destinada a projetos especiais de integração, onde o município pretende instituir, com a participação dos proprietários, moradores, usuários permanentes e investidores privados, transformações urbanísticas estruturais de integração, melhorias sociais e a valorização econômica e ambiental. De acordo com o Artigo 328º do Código de Obras do município de Barueri fica estabelecido vagas de estacionamento para o uso educacional. #4- Será obrigatória a existência de garagens ou área de estacionamento nas indústrias, supermercados, hospitais, prédios residenciais, escolas e nos prédios comerciais e de prestação de serviços, acima de 750,00m2 (setecentos e cinqüenta metros quadrados), observando-se, no mínimo, 20% (vinte por cento) das vagas com metragem de 2,50m x 5,00m (dois metros e cinqüenta centímetros por cinco metros) e demais vagas de 2,20m x 4,50m (dois metros e vinte centímetros por quatro metros e cinqüenta centímetros) cada, a saber: g.3.) ensino não seriado e ensino superior: 1(uma) vaga para cada 45,00 m2 (quarenta e cinco metros quadrados) de construção;”
A área também está localizada no Setor Predominantemente Comercial (SPC) que de acordo com a Lei Complementar nº 276 de 2011 institui os seguintes índices urbanísticos para usos especiais:
Uso Cultural
Recuos Frente Laterais Fundos
Taxa de Ocupação
Locais Permitidos SUD, SPC, SCE e usos comerciais dos setores residenciais
55%
Coeficiente de aproveitamento Mínimo Básico Máximo 0
1
1,5
5 2 3
Tabela do Art. 74 da Lei Complementar nº 276 de 2011
Anexo V da Lei Complementar nº 314 de 2013/ Fonte: Prefeitura Municipal 27
3. LEITURA DO ESPAÃ&#x2021;O
3.1 DIAGNÓSTICO LOCAL O perímetro estudado é cortado pelas barreiras físicas da Rodovia Presidente Castelo Branco, o eixo ferroviário, o córrego Barueri e o Viaduto dos Trabalhadores, que visualmente corta a região em duas partes dificultando a continuidade da paisagem. O carro é um dos elementos mais relevantes, ao que tudo indica no município. As ruas são largas e calçadas estreitas. O Boulevard que em tese seria para as pessoas, hoje deu lugar a um enorme estacionamento de 1.000m². Com tantos espaços para carros não sobrou para passeios e a falta de sombreamento é percebível. A praça dos estudantes que serviria de respiro da paisagem é segregada e de difícil permanência em dias muito ensolarados, já que, a massa arbórea preenchida com palmeiras não é suficiente para cobrir uma área tão grande. Nos dias de semana o trafego fica carregado em direção à Castelo Branco e eixo da Rua Campos Sales. Já nos finais de semana é geralmente tranquilo, ficando carregado apenas em dias de eventos do Ginásio e as quintas feiras na feira noturna do boulevard.
HIERARQUIA VIÁRIA ESC.: 1/6000
VIA EXPRESSA REGIONAL VIA ARTERIAL VIA COLETORA VIA LOCAL FERROVIA
BAIXO FLUXO MÉDIO FLUXO ALTO FLUXO
TERMINAL RODOFERROVIARIO PONTOS DE ÔNIBUS ÁREA DE INTERVENÇÃO
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Em termos de uso do solo, os lotes residenciais são predominantes e concomitantes com os comerciais (Rua Campos Sales). Como é uma área em expansão ainda há a presença de grandes espaços de vazios urbanos que futuramente serão preenchidos com construções comerciais e residenciais. Destaque para um edifício antigo abandonado e deteriorado localizado no centro da cidade, a construção está prestes a desabar, sendo um risco para a população local. Não há grandes massas de vegetação no perímetro. Apenas no entorno do Rio Barueri, no meio da quadra da Campos Sales, as margens da Av. Trindade, Castelo Branco e na Área Militar, o restante são apenas canteiros. O futuro eixo em expansão da região do Boulevard se tornará em sua maioria comercial/residencial atraindo novos empreendimentos.
USO DO SOLO ESC.: 1/6000
RESIDENCIAL
INSTITUCIONAL
ÁREA VERDE
COMERCIA E SERVIÇOS
SEM USO/SUBUTILIZADO
ÁREA DE INTERVENÇÃO
MISTO
RIO/CÓRREGO
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O gabarito da região é em sua maioria baixo, de 1 até 3 pavimentos. Porém nas proximidades do lote escolhido o gabarito aumenta para mais de 3 pavimentos, e na mesma quadra estão implantados grandes empreendimentos comerciais e residenciais de mais de 20 pavimentos. Em direção ao centro do município as construções vão se tornando mais densas no entorno do Boulevard e Rua Campos Sales que são importantes regiões comerciais. Como ainda é uma área em expansão vários lotes do bairro Bethaville ainda estão em construção, vazios ou possuem estacionamento privado.
GABARITO ESC.: 1/10000
DE 1 A 2 PAVIMENTOS
SUPERIOR A 10 PAVIMENTOS
DE 3 A 4 PAVIMENTOS
NÃO EDIFICADO
DE 5 A 10 PAVIMENTOS
ÁREA DE INTERVENÇÃO
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Pode-se analisar que a região residencial possui um adensamento muito maior que o EQUIPAMENTOS PÚBLICOS entorno. Mesmo com grandes edifícios comerciais no eixo Campos Sales, o interior dos ESC.: 1/10000 bairros ganha em adensamento. No eixo Boulevard é possível notar a falta de construções, e o grande distanciamento que o viaduto causa em termos urbanísticos. A região é bem servida de equipamentos públicos. No centro do município estão concentrados hospitais adulto e infantil, a prefeitura e secretarias. No bairro Bethaville existem várias secretárias públicas, um grande polo educacional em expansão onde foram instaladas as escolas do SENAI, ETEC e FATEC. Contudo, existem poucos equipamentos de lazer na região. A praça do Boulevard carece de equipamentos, de sombreamento e falta de fiscalização. As barreiras existentes prejudicam a interação entre ambos os lados do perímetro. O Rio Barueri forma uma barreira a leste bem delimitada. A linha ferroviária e a Rodovia Castelo Branco compactam o território, não existindo alternativa senão o do viaduto existente. Este viaduto perceptivelmente divide o centro da cidade, a área abaixo dele é subutilizada com mais estacionamentos. O viaduto e a Av. Trindade que o segue, dificultam a passagem de pedestre entre o Boulevard e o eixo comercial acima, fazendo com que o pedestre atravesse uma avenida movimentadíssima ou de a volta na quadra inteira.
EDUCAÇÃO
SERVIÇOS PÚBLICOS
1 - FATEC 2 - SENAI 3 - ETEC 4 - E.E. MYRTHES THEREZINHA ASSAD
1 - PREFEITURA 2 - SECRETARIA DA SAÚDE 3 - SECRETARIA DO DESENVOLVIMENTO E TRABALHO 4 - SECRETARIA DO PLANEJAMENTO 5 - SECRETARIA DA HABITAÇÃO 6 - CÂMARA MUNICIPAL
SAÚDE 1 - PRONTO SOCORRO ADULTO 2 - PRONTO SOCORRO INFANTIL
ÁREA DE INTERVENÇÃO
CULTURA E LAZER 1 - GINÁSIO DE ESPORTES JOSÉ CORREIA 2 - QUADRA DE FUTEBOL
CHEIOS E VAZIOS ESC.: 1/6000
BARREIRAS ESC.: 1/10000 EDIFICADO
VAZIOS URBANOS
ÁREA DE INTERVENÇÃO
BARREIRAS
ÁREA DE INTERVENÇÃO
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3.2 ANÁLISE TOPOGRÁFICA A região é como um vale, baixa na área central e possui um grande desnível até chegar na Rodovia Presidente Castelo Branco. O terreno em questão tem um desnível de 20 metros. Portanto, a maioria dos edifícios localizados nessa quadra possuem a entrada na cota mais alta fazendo com que a rua da cota mais baixa fique sem movimento e também, dando as costas para a paisagem do centro, um erro pois os visuais são bastante interessantes. Ao lado do lote se encontra uma área de canteiro, portanto não haverá impedimentos para a paisagem.
PLANTA PLANALTIMÉTRICA ESC: 1:2000
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3.3 ANÁLISE CLIMÁTICA O estudo de insolação foi realizado das 08:00h as 17:00h do inverno (julho) e verão (dezembro). No inverno o terreno sofre com a falta de insolação no período da manhã, porém compensado com o período da tarde. Já no verão, o terreno receberá um pouco do sol da manhã e a partir das 13h receberá todo o sol da tarde, havendo a necessidade de proteção solar do lado oeste. Os ventos predominantes são de direção sudeste, fazendo com que a orientação das aberturas do edifício seja nesse sentido para a entrada, a circulação e a saída de ar.
INSOLAÇÃO E VENTOS PREDOMINANTES SEM ESCALA
Inverno 08:00h
Verão 08:00h
Inverno 13:00h
Verão 13:00h
Inverno 17:00h
Verão 17:00h
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4. PROJETOS ANÁLOGOS
4.1 CENTRO DE FORMAÇÃO CULTURAL DA CIDADE TIRADENTES Ficha Técnica Arquitetos: José Rollemberg de Mello Filho e Lara Melo Souza Arquitetura Ano do projeto: 2005 Construção: 2012 Status: Construído Estrutura: Concreto armado Localização: Cidade Tiradentes, São Paulo, SP, Brasil Implantação no terreno: Isolado Área construída: 7277,00m² Área do terreno: 23000m²
O Centro de Formação Cultural da Cidade Tiradentes (CFCCT) é um equipamento cultural relacionado à Fundatec (Fundação Paulistana de Educação e Cultura). Foi idealizado primeiramente pelos moradores da região da Cidade Tiradentes que conseguiram fazer dos ideais um projeto concreto. O distrito da Cidade Tiradentes é em grande maioria um bairro “dormitório”, com altos índices de vulnerabilidade social. O projeto em questão se fez necessário para suprir a falta de equipamentos urbanos de qualidade em um local que é culturalmente e etnicamente diversificado. A proposta do conjunto é simples, porém um programa extenso. Além do centro cultural em si com salas de aula, exposições, o projeto contempla um teatro, biblioteca, circo, quadras externas e sala de cinema. O terreno é em aclive de 12 metros e os arquitetos utilizaram desse empecilho para criar rampas que se tornam passeios pelo edifício, passando pelo jardim até chegar ao último pavimento. A volumetria é básica, são dois volumes retangulares distanciados conectados pela rampa que permeia todos os pavimentos, acima a iluminação zenital é proporcionada por telhas transparentes. Materiais simples foram utilizados, sem adornos; apenas pensando na qualidade do ambiente com iluminação e ventilação naturais. O trajeto para a Cidade Tiradentes é difícil. Porém durante o percurso já podemos entrar e perceber como é o “mundo” daquele bairro carente de São Paulo. O edifício é um alivio, tranquilo e confortável. O arquiteto sabia a necessidade da região e pôs em prática no projeto. É a prova de que uma arquitetura simples e básica não significa ruim. E que, é possível fazer uma edificação com materiais baratos e ao mesmo
Imagens disponíveis em <http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/cultura/de c/cfc_cidade_tiradentes/> Acesso em 25/03/2017 36
PLANTA 2º PAVIMENTO IMPLANTAÇÃO
1 - BIBLIOTECA 2 - HALL 3 - EXPOSIÇÃO 4 - ADMINISTRAÇÃO 5 - Wc’s 6 - FOYER 7 - COPA 8 - CINEMA 9 - SALA DE PROJEÇÃO 10 - SALA TÉCNICA 11 - JARDIM 12 - ANTE-CÂMARA 13 - PÁTIO 14 - DEPÓSITO 15 - DESCARGA 16 - VESTIÁRIOS 17 - COZINHA 18 - REFEITÓRIO 19 - SALA DE LÍNGUAS 20 - SALA DE LITERATURA 21 - TELECENTRO 22 - LIMPEZA 23 - TERRAÇO 24 - ARTES PLÁSTICAS 25 - TEATRO 26 - BASTIDORES 27 - CAMARINS 28 - FOYER 29 - SALA DE PRODUÇÃO 30 - BILHETERIA 31 - BOMBONIERE 32 - FAB LAB 33 - ESTÚDIO 34 - SALA DE CENOGRAFIA 35 - SALA DE ILUMINAÇÃO 36 - SALA DE FIGURINO 37 - SALA DE MÚSICA 38 - SALA DE DANÇA 39 - SALA DE TEATRO
PLANTA PAVIMENTO TÉRREO PLANTA 3º PAVIMENTO
ENSINO CINEMA ADMINISTRATIVO TEATRO ÁREAS MOLHADAS CIRCULAÇÃO HORIZONTAL
3
CIRCULAÇÃO VERTICAL EXPOSIÇÃO BIBLIOTECA ÁREAS VERDES/CONVÍVIO ÁREA TÉCNICA
PLANTA 1º PAVIMENTO
CORTE VERTICAL 37
4.2 PRAÇA DAS ARTES Ficha Técnica Arquitetos: Francisco Fanucci, Marcelo Ferraz, Luciana Dornellas, Marcos Cartum / Brasil Arquitetura Ano do projeto: 2006 Construção: 2009-2012 Status: 1ª fase construída e 2ª fase em construção Estrutura: Concreto armado Localização: Av. São João, 281 - Centro São Paulo - SP, Brasil Implantação no terreno: Centralizado Área construída: 28500 m² Área do terreno: 7210m² O projeto da Praça das Artes teve início em 2005 quando a prefeitura buscava atender a demanda dos corpos artísticos do Teatro Municipal e as escolas de dança e música do município. No terreno, antes utilizado como transbordo de lixo, hoje a praça projetada se desenvolve em três direções, Rua Formosa, Conselheiro Crispiniano e Av. São João. A intenção de projeto é utilizar-se dos espaços interiores da quadra para a requalificação urbana local. Os extremos do lote são utilizados para a implantação do conjunto, projetando também o vazio no térreo que se apresenta a praça, permitindo fruição pública. A proposta teve como premissa, além da requalificação, a restauração do edifício do Conservatório Dramático e Musical de São Paulo, e a fachada do Cine Cairo. A acústica foi outra questão a se enfrentar pela necessidade de isolamento, principalmente nas salas de ensaio de música e corais. Com isso todos os pavimentos e salas de aula foram isolados dos demais. Acima do térreo, os três módulos são interligados por rampas e passagens estreitas, as quais, são parte integrante da fachada. No exterior, janelas pequenas são dispostas aleatoriamente como premissa de proporcionar iluminação e ao mesmo tempo privacidade. O edifício é contido mas por vezes utiliza de terraços como respiro. Na fachada o concreto aparente remete muito ao clássico SESC Pompéia de Lina Bo Bardi, porém, de tons ocre e cinza. Os arquitetos compreenderam o lugar de inserção, e mesmo caracterizado como um grande monólito de concreto o edifício não se opõe aos demais. E, mais que o edifício, o vazio da praça dá o tom da intervenção. O projeto, em sua época de lançamento foi um marco na cidade de São Paulo por sua revolução no modo de conceber edifícios dentro da quadra. Hoje, ao visitar a obra, notamos que a permeabilidade tão reverenciada já não é como antes, talvez por ainda não ter finalizado a segunda parte da obra, ou por não ter acontecimentos na praça. Ao entrarmos pela Av. São João nos deparamos apenas com uma fresta de portão aberta. Não havia muitas pessoas por lá, nem passando, nem aproveitando a sombra projetada pela edificação. Talvez quando a obra for terminada a permeabilidade desejada pelos arquitetos seja finalmente atingida. Imagens disponíveis em <https://www.arcoweb.com.br/projetodesign/arquitetura/brasil-arquitetura-marcoscartum-complexo-institucional-sao-paulo-10-04-2013> Acesso em 25/03/2017 38
IMPLANTAÇÃO
PLANTA TÉRREO
PLANTA 2º PAVIMENTO
1 - PRAÇA 2 - PRAÇA COBERTA 3 - RESTAURANTE/LANCHONETE 4 - CAFÉ 5 - BANCA DE REVISTA 6 - Wc’s 7 - AUDITÓRIO 8 - EXPOSIÇÕES 9 - DOCUMENTAÇÃO 10 - HALL 11 - SALA DE APOIO DAS ORQUESTRAS 12 - CAMARIM 13 - TERRAÇO 14 - TERRAÇO JARDIM 15 - SALA DE CONCERTOS 16 - SALA DE DANÇA 17 - ADMINISTRAÇÃO DAS ESCOLAS 18 - COZINHA 19 - SALAS DE MÚSICA 20 - RECEPÇÃO 21 - SALA DE APOIO AOS CORAIS 22 - SALA MAESTRO 23 - SALA DE ENSAIO CORAL LÍRICO 24 - SALA DE ENSAIO CORAL PAULISTANO
CORTE AA
CIRCULAÇÃO HORIZONTAL CIRCULAÇÃO VERTICAL PRAÇA PÚBLICA ESCOLAS CORPOS ARTÍSTICOS (CORAIS/ORQUESTRAS) RASTAURANTES/LANCHONETES MUSEU CENTRO DE DOCUMENTAÇÃO ÁREAS MOLHADAS ÁREA TÉCNICA
CORTE BB PLANTA 1º PAVIMENTO 39
4.3 CAIS DAS ARTES Ficha Técnica Arquitetos: Paulo Mendes da Rocha e METRO Arquitetos Associados Ano do projeto: 2011 Construção: 2012-Atual Tipo de projeto: Cultural Status: Construído Estrutura: Concreto e aço Localização: Espirito Santo, Brasil Implantação no terreno: Centralizado Área construída: 30000 m² Área do terreno: 2050m² A intenção projetual do Cais das Artes é clara, quando compreendemos o entorno. A visão do pedestre foi o foco, do micro para o macro. O volume principal do edifício erguido do solo possibilita a contemplação da grande esplanada. Vemos uma grande massa de concreto numa vista mais ampla, mas que se torna leve, permeável e transitável de uma forma fluída, com destaque para a rampa de acesso que é convidativa e marca o início do passeio. De frente para a Enseada do Suá, foram criadas passagens, terraços, aberturas e outros elementos para a apreciação dos barcos, e os “espetáculos do mar” como diz Paulo Mendes da Rocha. O bloco do teatro foi erguido do solo para a acomodação dos aparatos mecânicos necessários. O edifício avança ao mar e seus pilares entram no oceano para uma ligação mais próxima com o porto. Pensando nas soluções térmicas para proteção do acervo, as janelas são dispostas de forma inclinadas para receber luz indireta refletida do piso, sendo assim, o usuário consegue ter uma visão do térreo e do pavimento acima com a ajuda de mezaninos dispostos intercaladamente.
Imagens disponíveis em <http://www.metroo.com.br/projects/view/3/2> Acesso em 26/08/2017 40
PLANTA PAVIMENTO TÉRREO
PLANTA 3º PAVIMENTO
PLANTA 1º PAVIMENTO
CORTE LONGITUDINAL
ENSAIO ADMINISTRATIVO TEATRO ÁREAS MOLHADAS CIRCULAÇÃO HORIZONTAL CIRCULAÇÃO VERTICAL EXPOSIÇÃO BIBLIOTECA ÁREA TÉCNICA AUDITÓRIO
PLANTA 2º PAVIMENTO
CORTE TRANSVERSAL
CAFÉ / RESTAURANTE
1 - FOYER 2 - RESTAURANTE 3 - ACESSO ARTISTAS 4 - CARGA/DESCARGA 5 - ÁREA TÉCNICA 6 - CAFÉ 7 - TEATRO 8 - WCS 9 - EXPOSIÇÃO 10 - SALÃO DE ACOLHIMENTO 11 - AUDITÓRIO 12 - ADMINISTRAÇÃO 13 - BALCÃO TEATRO 14 - CAMARINS 15 - ENSAIOS 16 - BIBLIOTECA 17 - DEPÓSITO
41
4.4 REFERÊNCIAS PROJETUAIS
Casa FIRJAN, RJ / Lompreta Nolte Arquitetos. Fonte: archdaily.com Acesso em 10/03/2017
Centro Cultural Bad Radkersburg, Aústria / Gangoly & Kristiner Architects. Fonte: archdaily.com. Acesso em 29/03/2017
Edifício João Moura, SP / Nitsche Arquitetos. Fonte: nitsche.com.br. Acesso em 27/03/2017
SESC Vila Mariana, SP / Bonilha Associados Fonte: abrilvejasp.files.wordpress.com. Acesso em 15/05/2017
Escola de Arte de Manchester, Reino Unido / Feilden Clegg Bradley Studios Fonte: archdaily.com.br. Acesso em 20/03/2017
Museu da Imagem e do Som, RJ / Diller Scofidio + Renfro. Fonte: arcoweb.com. Acesso em 28/03/2017
Biblioteca e Museu Longhua, China / Mecanoo. Fonte: mecanoo.nl. Acesso em 20/03/2017
Centro Perelman de Artes Performáticas, Nova York / REX. Fonte: archdaily.com. Acesso em 19/03/2017
Teatro do Engenho Central, Piracicaba, SP / Brasil Arquitetura Fonte: archdaily.com.br. Acesso em 20/03/2017
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5. O PROJETO
5.1 CONCEITO |TRAVESSIA| Tornar o edifício permeável, fluido e convidativo a uma passagem.
|VISUAIS| Na cota mais alta é possível visualizar o centro da cidade com áreas de muito verde. Através do edifício será possível a contemplação da paisagem e ele se tornará um complemento a ela.
|SIGNIFICADO|
Um edifício que altere o padrão ostentativo do entorno. Ele deve ser monumental no que se refere ao seu significado para a paisagem, para a cidade e seus habitantes.
44
5.2 PARTIDO A forma volumétrica que o edifício foi implantado se deve totalmente pela topografia acidentada. Os volumes foram acomodados ao terreno, não agredindo a topografia e nem descaracterizando o lote por completo. O gabarito é baixo de 12 a 16 metros contrasta e ajuda no equilíbrio entre terreno e edifício, uma antítese aos padrões massivos utilizados no entorno. O teatro que é o coração do projeto, possui a volumetria mais evidente, ele foi acomodado a topografia, vencendo assim o grande desnível entre as ruas. Graças ao grande desnível o térreo foi totalmente liberado, com esse raciocínio foi possível elevar todos os ambientes de permanência para uma cota na qual se pudesse ter ventilação e iluminação natural. As circulações verticais e horizontais utilizadas como passagem entre as ruas também servem como um divisor de blocos entre o Centro Artístico e o de Exibições. A ideia é de um edifício que externe o que ele tem por dentro, que seja totalmente sincero, por esse motivo a materialidade em concreto aparente que transmite a brutalidade, aço corten que possui aspecto pouco nobre e vidros para transmitir seu interior. O lote já é utilizado como passagem alternativa por pedestres entre as avenidas Adelino Cardana e Trindade, com essa admissão houve a necessidade de criar um eixo de circulação interno entre as vias, nessa conexão foram adotadas transparências para integração entre exterior e interior e aproveitamento dos visuais existentes. O corredor possui um pé direito triplo, o que torna a passagem mais solene.
EXIBIÇÕESESCOLA
CONVÍVIO
TÉCNICA
EXIBIÇÕES
ENTRADA|CONVÍVIO
ESTACIONAMENTO/APOIO 45
5.3 PROGRAMA DE NECESSIDADES
Área do terreno Ára ocupada Área permeável Área construída Área computável
4723,18m² 1723,74m² 1972,35m² 5951,47m² 4577,73 m²
46
IMPLANTAÇÃO GERAL ESC.: 1:1000
47
CORTE GERAL ESC.: 1:1000
48
1 2 3 4
ESTACIONAMENTO DEPÓSITO DE LIXO DEPÓSITO VESTIÁRIOS
SUBSOLO ESC.: 1:300
49
1 2 3 4
PRAÇA COBERTA CAFÉ ACESSO TEATRO SANITÁRIOS
TÉRREO ESC.: 1:300
50
2 3 4 5 6 7 8 9 10
PALCO BASTIDORES CAMARIM FEMININO CAMARIM MASCULINO CAMARIM COLETIVO DEPÓSITO FIGURINO DEPÓSITO CÊNICO EXPOSIÇÃO SALA EXPERIMENTAL
1º PAVIMENTO ESC.: 1:300
51
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14
PLATÉIA 246 LUGARES PALCO HALL VESTIÁRIO VESTIÁRIOS SALÃO DE ESTAR ADMINISTRAÇÃO SANITÁRIOS COPA TI REUNIÃO ARTES DIGITAIS ARTES VISUAIS AULAS TEÓRICAS ARTES CÊNICAS
2º PAVIMENTO ESC.: 1:300
52
1 2 3 4
PLATÉIA 246 LUGARES PALCO FOYER SANITÁRIOS
8 SALA DE MÚSICA 9 ARTES PLÁSTICAS
3º PAVIMENTO ESC.: 1:300
53
1 PLATÉIA 246 LUGARES 2 PALCO 3 HALL TEATRO 5 CABINE TÉCNICA 6 CASA DE MÁQUINAS 7 SALA AR CONDICIONADO
4º PAVIMENTO ESC.: 1:300
54
CORTE AA ESC.: 1:300
CORTE BB ESC.: 1:300
55
CORTE CC ESC.: 1:300
CORTE DD ESC.: 1:300
56
CORTE EE ESC.: 1:300
CORTE FF ESC.: 1:300
57
FACHADA POSTERIOR (NOROESTE) ESC.: 1:300
FACHADA FRONTAL (SUDESTE) ESC.: 1:300 58
FACHADA LATERAL (SUDOESTE) ESC.: 1:300 59
ACÃ&#x161;STICA DAS SALAS ESC.: 1:35
FACHADA ESC.: 1:35
PISO ELEVADO ESC.: 1:35
BRISES ESC.: 1:35
60
VISIBILIDADE TEATRO ESC.: 1:150
AMPLIAÇÃO TEATRO ESC.: 1:150
61
62
63
64
65
66
67
6 BIBLIOGRAFIA ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Cálculo de Tráfego nos Elevadores. Rio de Janeiro: [s.n.], 1983. ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Níveis de ruído para conforto acús co. Rio de Janeiro: [s.n.], 1987. ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9077 - Saídas de emergência em edi cios. Rio de Janeiro: [s.n.], 2001. ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9050 - Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços. Rio de Janeiro: [s.n.], 2015. ADILSON MELENDEZ, E. G. E. C. A. C. José Rollemberg de Mello Filho e Lara Melo Souza: Centro de Formação Cultural Cidade Tiradentes (CFCCT), São Paulo. Disponivel em: <h ps://arcoweb.com.br/projetodesign/arquitetura/jose-rollemberg-de-mello-filho-e-lara-melo-souzacentro-de-formacao-cultural-cidade- radentes-cfcct-sao-paulo>. Acesso em: 12 Março 2017. ATLAS do Desenvolvimento Humano no Brasil. PNUD, 2010. Disponivel em: <h p://www.atlasbrasil.org.br/2013/pt/consulta/>. Acesso em: 10 Julho 2017. BARUERI. Lei Complementar nº4, de 12 de Dezembro de 1991. Barueri. 1991. BARUERI. Lei Complementar nº 245, de 18 de Dezembro de 2009. Barueri. 2009. BARUERI. Lei Complementar nº 314, de 7 de Novembro de 2013. Barueri. 2013. BOTELHO, M. H. C. Concreto Armado Eu Te Amo. 2. ed. São Paulo: Blucher, 2005. BUENO, G. Ins tuições de arte no Brasil. Rio de Janeiro: Revista de Pós-Graduação em Artes Visuais EBA UFRJ, 2006. CHAGAS, C. D. V. Escola de Música Popular Sérgio Fonseca. Rio de Janeiro: [s.n.], 2014.
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ROCHA, P. M. D. Maquetes de Papel. São Paulo: Cosac & Naify, 2007.
DAMATTA, R. A Casa e a Rua. 5. ed. Rio de Janeiro: [s.n.], 1997.
SOLER, C.; KOWALTOWSKI, D.; PINA, S. Conforto em Auditórios: Proposta de procedimento. [S.l.]: [s.n.], 2005.
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