Mercado Urbano - CASCAVEL/PR - TCC Arq. e Urb.

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PRODUÇÃO ILIMITADA

DESEJOS

NOVOS MERCADOS

CAPITALISMO E A SOCIEDADE DE CONSUMO

COMPRAS SEM NECESSIDADE

EXPERIÊNCIA DE COMPRA

‘‘Quando os elementos culturais e ideológicos passam a comandar o processo de consumo, visando mais os valores, as satisfações e a experiência de compra do que o próprio objeto material nasce essa nova sociedade.’’ (PALMIERI,2012)

ARQUITETURA SENSORIAL ILUMINAÇÃO CONFORTO INTERAÇÃO CIDADE | USUÁRIO | CONSUMO

VAREJO+ ARQUITETURA+ URBANISMO


Vive-se em uma sociedade cada vez mais consumista, resultado do sistema capitalista que começou a emergir após a segunda guerra mundial. No capitalismo a capacidade de produção de novos produtos é ilimitada, o que faz com que o sistema crie novos desejos e novos mercados, onde o consumidor não busque mais produtos apenas por necessidade, mas sim pela experiência que o ato da compra lhe causará. Em uma época em que se pode comprar qualquer tipo de produto pela internet sem sair de casa, o varejo necessita de investimentos atrativos e adequados para essa nova sociedade. Neste contexto, a arquitetura tem papel fundamental uma vez que pode proporcionar experiências sensoriais no indivíduo, podendo influenciar positiva ou negativamente na experiência de consumo por meio da inserção de novos ambientes nas lojas tradicionais, utilização de novas possibilidades dentro da área de conforto térmico, iluminação e uso de cores, ergonomia ,circulação e sua relação com o ambiente urbano.

criação de um novo mercado aberto.

AV EN ID A CA RLO S G O M ES

A ER EC M

Segundo Souza e Awad (2012) tem-se observado nas últimas décadas que os antigos espaços urbanos centrais não possuem mais funções produtivas, resultando em locais obsoletos formando os chamados vazios urbanos. Áreas obsoletas estão se tornando palco de projetos urbanos com intervenções no espaço degradado e inutilizável

HI

Na edificação funcionava a antiga rodoviária de Cascavel. Muitos dos colonizadores chegaram até a cidade por esse local, de muita importância para a memória do município. Com o crescimento da cidade, a implantação que antes era isolada, virou centro. Quando a nova rodoviária foi construída, o local foi tomado por comércios populares , além de abrigar um hotel nos andares superiores, não havendo revitalização do entorno. Com o passar dos anos, o local se tornou perigoso, com altos índices de marginalidade e uso de drogas.

RU

para reintegrar à cidade uma área de vazio urbano

AL

CI

3

ÁREA RESIDENCIAL

ER

por meio de uma parceira público x privado.

Segundo Souza e Awad (2012) se faz necessário a parceria público privado para a revitalização dos espaços chamados vazios urbanos por meio de clusters urbanos criativos baseados na nova economia retomando a memória urbana do local e reutilizando a infraestrutura existente. São Paulo deu inicio a esse tipo de parceria com o Mirante 9 de Julho e segue aprovando projetos que façam com que espaços abandonados se reintegrem a cidade.

por que?

Rodoviária Velha - Ano 2010

M

2

como?

Rodoviária Velha - Década de 70

CO

Revitalização de um edificío abandonado no centro da cidade de Cascavel -PR implementando um espaço de consumo e convivência com fatores que influênciam no consumo por meio da arquitetura.

Próximo a implantação, vemos a característica de um bairro de desenho tradicional (TND) onde segundo Farr (2013) seu grande diferencial é a facilidade de se locomover ao setor de serviços e lazer sem o uso do automóvel. Neste tipo de região é importante que se crie comércios com uma ampla gama deprodutos que supram as necessidades dos moradores do entorno.

EA ÁR

1

o que ?

1/8

ANÁLISE DA IMPLANTAÇÃO

R UA R IO G R A NDE DO SUL

ARQUITETURA DE CONSUMO/ RETAIL DESIGN – A INFLUÊNCIA DA ARQUITETURA NO CONSUMO DO NOVO VAREJO

ANÁLISE DAS CONDICIONANTES

quanto a insolação no período da manhã

quanto a insolação no período da tarde

quanto aos ruídos

Se o objetivo é construir unicamente em função da utilidade, então basta estar atento aos critérios técnicos. Contudo, se estiver atento e sensível as possíveis influências da cultura na construção, é importante que os padrões rituais da sociedade sejam registrados na arquitetura. (Michael Graves) quanto a ventilação

NATASHA FERNANDES GASPAR - TC: DEFESA - PROFESSOR ORIENTADOR: CAMILA PEZZINI - ARQUITETURA E URBANISMO CENTRO UNIVERSITÁRIO ASSIS GURGACZ - ANO 2016


2/4 2/8

PRINCÍPIOS DO PROJETO

1

ECONOMIA COMPARTILHADA COM HORTA DISPONÍVEL E FORTALECIMENTO DO PRODUTOR LOCAL COM PRODUTOS FRESCOS TODO DIA.

2

COMUNIDADE INTERAGINDO COM A ARQUITETURA POR MEIO DO PROJETO, E OCUPANDO O CENTRO DA CIDADE COM EVENTOS E ENCONTROS NA EDIFICAÇÃO

3

UNIÃO DAS PESSOAS EM TORNO DO ATO DE COMER,CRIANDO UMA EXPERIÊNCIA DE COMPRA COMPLETA DESDE A ESCOLHA DOS INGREDIENTES ATÉ O PRATO SERVIDO NA MESA.

4

CRIAÇÃO DE ESPAÇOS VERDES NO CENTRO DA CIDADE

Nesse novo tipo de relacionamento entre o consumo e o consumidor se faz necessário a proposta de um novo tipo de programa de necessidades do ambiente construído mais complexo em relação às sensações, percepções e experiências, mais ao mesmo tempo simples, nos fatores sociais e de serviços. Buscando dar mais ênfase no envolvimento do usuário no ambiente e em espaços que promovam essa interação do que na setorização e divisão do local.

A ESCOLHA DO NOME O nome VIDRA surgiu a partir da ideia de qual função o espaço ocupava antes da implantação do mercado. O local era ocupado pela antiga rodoviária da cidade onde as pessoas iam e vinham de várias cidades e percorriam dentro daquele espaço o tempo todo. Unindo os termos IR e VIR com o fluxo que irá ocorrer dentro do novo espaço ,com o formato da implantação da edificação e a sensação de estar presente na cidade por meio do vidro que fará parte da nova fachada, formou-se o logo do VIDRA.

ad merc

a o urb

dra

tudo fresco,

no

sempre!

O PROJETO A planta apresentada neste desenho representa como era o projeto da rodoviária quando o edifício ainda mantinha essa função. Pilares PAREDES EXTERNAS

Com a mudança de função, a edificação foi alterada, havendo unificação de salas, alterando o layout inicial. Por meio de estudo da planta inicial, e pelo fato do local ser de alta periculosidade, não sendo possível fazer um levantamento atual, a proposta apresentada se baseia na planta fornecida pela prefeitura.

A escada que dá acesso aos outros dois pavimentos também será mantida, mantendo também a configuração de vão livre para os dois pavimentos superiores.

Todas as paredes internas serão demolidas, mantendo-se os pilares, o que tornará a edificação um grande vão livre, facilitando a circulação dos usuários e propondo diversificação no layout sempre que necessário.

aberturas

1

Há algum tempo foi criado um acesso ao espaço livre presente nos fundos dessa edificação. Esse espaço será mantido.

ACESSO FUNDOS PAREDES EXTERNAS

aberturas

escada

Pilares

4 3

4 2

PRINCÍPIOS APLICADOS VISTOS PELAS FACHADAS

2

FACHADA PRINCIPAL

FACHADA LATERAL RUA RIO GRANDE DO SUL

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OS CONCEITOS DA FORMA SE RELACIONANDO COM A FUNÇÃO

3/8

Permeabilidade Visual

Fachada Verde

Através de amplas janelas e a utilização do vidro na fachada, é possível estabelecer um contato visual entre o interior da edificação e o entorno, qualificando a relação entre o espaço público e privado. Esse método também causa curiosidade e atrai novas pessoas para dentro da edificação. (MEHTA,2009)

Além de renovar a fachada, a vegetação possui o papel de drenante da poluição ,e contribui para o isolamento térmico, além de auxiliar na melhora da qualidade de vida das pessoas que circulam pelo o local diariamente.

Fachada Ativa

Arquitetura Efêmera

Relação com o entorno

A fachada quando ocupada por comércio e serviços abertos para a rua, humaniza o passeio público pelo contato das edificações diretamente com a cidade, ajudando a fortalecer a vida urbana e tornando a interação dos consumidores com os serviços propostos pelo comércio mais dinâmicos. Esse conceito também evita a mutiplicação de edificações fechadas que formam verdadeiros “becos de concreto”.

Tomando como base a a mobilidade, a instantaneidade, a efemeridade e a reciclagem, gera-se uma solução efêmera para a manutenção dos espaços,tornando a área em frente a edificação, um espaço para geração de eventos que acendam a economia local e revitalizem o entorno, gerando assim uma nova economia pensando no crescimento econômico não só do mercado, mas sim da comunidade como um todo.

O edifício não é só o espaço onde as coisas acontecem, o espaço não pode ser separado das coisas que fazemos no espaço e consequentemente das coisas que acontecem no entorno desse espaço. O edifício é parte das relações e das dinâmicas que acontecem no cotidiano da cidade. A criação de um espaço público em frente a edificação com bancos e vegetações, engrandece o entorno, hoje ocupado em sua maioria pelo tráfego de veículos, e retoma a ocupação de pedestres nas vias próximas a edificação.

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4/8

Fruição Pública Um espaço considerado público dentro de uma edificação privada, promove um redesenvolvimento urbano sustentável (SOUZA,2012) retomando a vitalidade de áreas urbanas antes esquecidas.Esses espaços abertos entre público e privado criam uma sensação de pertencimento ao cidadão, tanto na cidade quanto no espaço privado. O mercado urbano, com a criação do espaço livre nos fundos, incentiva a socialização e a convivência em comunidade no centro da cidade além de retomar a memória da edificação, uma antiga rodoviária, onde as pessoas estavam sempre de passagem,relembrando ecriando novas memórias e lembranças a cada chegada e partida.

+9,36

COBERTURA

+6,24

SEGUNDO PAVIMENTO

+3,00

PRIMEIRO PAVIMENTO

300

300

300

150

O conceito de fruição pública está ligado a áreas no térreo abertas para a circulação de pedestres gerando um desenvolvimento de atividades sociais, culturais e econômicas, que envolvem a cidade e a edificação privada. Abrindo esses meios de circulação, se amplia a quantidade de espaços públicos com o objetivo de encontro entre pessoas. (GESTÃO URBANA DE SP,2016)

0,00

CORTE AA

4

0

4

8

12

TÉRREO

CORTE B

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4

0

4

8

12

EDIFICAÇÃO EXISTENTE

765

4350

TÉRREO ÁREAS TOTAL

1.385,25 M²

CERVEJAS

26,54 M²

ADEGA

22,10 M²

LOJA DE CASA

67,50 M²

FLORICULTURA

10,35 M²

MERCEARIA

60,40 M²

FRIOS

25,00 M²

AÇOUGUE

23,88 M²

MESAS

123,18 M²

CAIXAS

49,52 M²

PADARIA

30,78 M²

ARMAZÉM

58,03 M²

DO DIA

15,00 M²

COZINHA

31,06 M²

CAFÉ

15,70 M²

BAR

17,50 M²

BWC MASCULINO

39,79 M²

BWC FEMININO

42,83 M²

5/8 RUA RIO GRANDE DO SUL

N

148,84 M²

CIRCULAÇÃO

500,00 M²

CORTE A

CORTE A

100

MESAS EXTERNAS

100

3040

CORTE B

4075

RUA ERECHIM

PASSEIO PÚBLICO

ESQUADRIAS JANELAS J1 J4

DIMENSÃO 100X50/210 200X60/210

QTDE 05 01

PORTAS P1 P2 P3 P4 P5

DIMENSÃO 80X210 90X210 70X210 430X250 455X250

QTDE 07 04 15 15 02

BLOCO RECEBER

Bloco destinado à venda de objetos e itens para receber os amigos e familiares em casa. Desde um arranjo de flores à um prato diferenciado, por vinhos e cervejas artesanais.

BLOCO PREPARAR Bloco destinado à venda de alimentos. verduras,padaria, açougue, refeições prontas e tudo mais a respeito de alimentação.

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4

0

4

8

12

EDIFICAÇÃO EXISTENTE

PRIMEIRO PISO ÁREAS 918,78 M²

20,21 M²

RESTAURANTE 01

41,12 M²

MESAS 01

87,11 M²

GOSTOU LEVOU 1

18,30 M²

GOSTOU LEVOU 2

21,50 M²

COZINHA 02

20,19 M²

RESTAURANTE 02

43,70 M²

MESAS 02

20,21 M²

RESTAURANTE 03

39,50 M²

BWC MASCULINO

31,06 M²

BWC FEMININO

15,70 M²

CIRCULAÇÃO

980

875

CORTE A

CORTE A

6840

142,76 M²

COZINHA 03

TERRAÇO

600

CORTE B

COZINHA 01

1150

33,13 M²

470

BWC MASCULINO

100

34,19 M²

100

BWC FEMININO

TERRAÇO

PASSEIO PÚBLICO

RUA ERECHIM

TOTAL

112,70 M² 233,60 M²

ESQUADRIAS JANELAS J1 J2 J3

DIMENSÃO 100X50/210 200X110/100 400X130/120

QTDE 08 03 15

PORTAS P1 P2 P3

DIMENSÃO 80X210 90X210 70X210

6/8 RUA RIO GRANDE DO SUL

N

QTDE 06 08 14

BLOCO PARTILHAR

Bloco dedicado a hora da alimentação com restaurantes e espaço para você comprar todos os ingredientes e tentar repetir os pratos em casa.

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4

0

4

8

12

EDIFICAÇÃO EXISTENTE

SEGUNDO PISO ÁREAS 803,16 M²

33,13 M²

ESCRITÓRIO 1

13,50 M²

ÁREA PARA CURSOS

96,28 M²

SALA CURSOS

24,23 M²

ESPAÇO MULTIUSO

127,67 M²

SALA CURSOS

22,59 M²

ÁREA PARA CURSOS

96,28 M²

ESCRITÓRIO 2

13,50 M²

BWC MASCULINO

33,13 M²

BWC FEMININO

34,19 M²

370

1320

CORTE A

CORTE A

PASSEIO PÚBLICO

274,17 M² RUA ERECHIM

CIRCULAÇÃO

1470

970

BWC MASCULINO

655

34,19 M²

655

BWC FEMININO

CORTE B

TOTAL

ESQUADRIAS JANELAS J1 J2 J3 J5 J6 J7

DIMENSÃO 100X50/210 200X110/100 400X130/120 400X300 315x300 300x300

QTDE 08 02 15 05 01 02

PORTAS P1 P2 P3 P5

DIMENSÃO 80X210 90X210 70X210 1290X210

7/8 RUA RIO GRANDE DO SUL

N

QTDE 04 10 14 02

BLOCO APRENDER Bloco com espaços para cursos palestras e eventos relacionados a alimentação ou não.

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N

0

4

8

12

8/8

EDIFICAÇÃO EXISTENTE

RUA RIO GRANDE DO SUL

4

COBERTURA ÁREAS TOTAL

803,16 M²

HORTA COMUNITÁRIA

304,25 M²

ÁREA DE ACESSO LAZER

27,87 M² 438,20 M² 3040 100

100

4350

CORTE A

CORTE A

860

CORTE B

A cobertura do mercado e suas hortas urbanas fazem parte do bloco cultivar. Além de poder cultivar seus alimentos, o espaço conta com local para cultivar amizades e alguma prática de exercício físico.

445

BLOCO CULTIVAR

HORTA COMUNITÁRIA PASSEIO PÚBLICO

RUA ERECHIM

Através de um pagamento mensal, qualquer pessoa poderá utilizar a área destinada para horta comunitária, podendo tratar e colher seus alimentos aumentando o acesso aos alimentos frescos e saudáveis. O acesso para essa área se dá por meio de catracas no terraço do mercado.


ARQUITETURA DE CONSUMO/ RETAIL DESIGN A INFLUÊNCIA DA ARQUITETURA NO CONSUMO DO NOVO VAREJO TC - PROJETUAL: MERCADO URBANO

NATASHA FERNANDES GASPAR


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