NATHALIA CARDOSO DE OLIVEIRA
Acerca das Relações Sociais, Equipamentos e
Espaços Públicos: Projeto de um Centro Cultural, Educacional e Esportivo para Ribeirão Preto
2017
NATHALIA CARDOSO DE OLIVEIRA
Acerca das Relações Sociais e Espaços Públicos: Projeto de um Centro Cultural, Educacional e Esportivo para Ribeirão Preto
Projeto de pesquisa apresentado ao Centro Universitário Moura Lacerda para cumprimento das exigências parciais para a obtenção do título de arquiteto e urbanista sob a orientação da PROF. DRa. Rosa Farias
RIBEIRÃO PRETO - SP 2017
OLIVEIRA, N. C. Acerca das Relações Sociais e Espaços Públicos: Projeto de um Centro Cultural, Educacional e Esportivo para Ribeirão Preto. Orientadora: Rosa Suelaine Farias - Ribeirão Preto, SP, 2017. XXX p. il. Color. Trabalho de Conclusão de Curso (graduação) - CUML / Centro Universitário Moura Lacerda. Graduação em Arquitetura e Urbanismo. Inclui Referências 1. Arquitetura e Urbanismo. 2. Espaços Públicos de Convivência. 3. Centro Cultural. 4. Esportes. 5. Educação. 6. Requalificação. 7. Zona Norte de Ribeirão Preto.
NATHALIA CARDOSO DE OLIVEIRA
Acerca das Relações Sociais e Espaços Públicos: Projeto de um Centro Cultural, Educacional e Esportivo para Ribeirão Preto
Este trabalho de Conclusão de Curso foi julgado adequado à obtenção de título de Bacharel em Arquitetura e Urbanismo e aprovado em sua forma final pelo Curso de Arquitetura e Urbanismo, do Centro Universitário Moura Lacerda.
RIBEIRÃO PRETO - SP 2017
Rosa Sulaine Silva Farias Orientadora
Fabiana Miano Mori Examinadora Interna
Examinador Externo
AGRADECIMENTOS
À Deus pela opotunidade e a toda minha família, principalmente às minhas queridas Adrianas, mãe e tia que me proporcionaram amor, carinho e suporte que me concederam forças de concluir esta etapa. Ao meu pai David, aos meus avós e tios pelo apoio. Ao meu namorado Rafael, por todo companheirismo, lealdade, incentivo e, principalmente pela paciência. À todos meus professores, em especial Rosa Farias, pela paciência e auxílio no decorrer deste trabalho e por todos conhecimentos a mim repassados, os quais foram fundamentais para minha formação acadêmica.. À Bruna Reinaldi, arquiteta e urbanista que compartilhou comigo seus conhecimentos. Aos meus queridos parceiros de trabalho e amigos Adisson, Lucas, e em especial, Kamille por toda amizade, companheirismo e ajuda. Obrigada à todos vocês que fizeram parte desta jornada, que doaram um pouco de si a mim e contribuíram no meu crescimento não só profissional, mas também pessoal.
RESUMO
O espaço urbano é resultado das interações sociais de seus integrantes, e cabe à arquitetura conceber o espaço existencial aos indivíduos, para que assim, este se torne capaz de sentir-se pertencente à cidade. Diante deste conceito, o projeto proposto, portanto, busca amenizar esta grande problemática das cidades atuais, devolvendo parte do território urbano de Ribeirão Preto à população, independentemente de seu status social e idade, proporcionando assim melhor qualidade de vida e a possibilidade de participação e transformação espaço urbano que o integra. A partir dos levantamentos apresentados neste trabalho de pesquisa, verifica-se a grande escassez de equipamentos de cultura e lazer na Zona Norte de Ribeirão Preto, motivo este que regeu a escolha pelo local de intervenção. O projeto será inserido dentro de um espaço público de convivência, objeto de maior significado nas práticas de interações sociais, de maneira que o equipamento proposto funcione como um objeto polarizador, que além de fornecer diversas atividades para a população, garante segurança e vitalidade para seu entorno.
ABSTRACT
The urban space is the result of the social interactions of its members, and it is the responsibility of the architecture to conceive the existential space to the individuals, so that this one becomes able to feel belonging to the city. Given this concept, the proposed project, therefore, seeks to alleviate this great problem of the current cities, returning part of the urban territory of RibeirĂŁo Preto to the population, regardless of their social status and age, thus providing a better quality of life and the possibility of participation and urban space transformation that integrates it. From the surveys presented in this research, there is a great scarcity of cultural and leisure equipment in the Northern Zone of RibeirĂŁo Preto, which was the reason for choosing the place of intervention. The project will be inserted within a public space of coexistence, object of greater significance in the social interaction practices, so that the proposed equipment works as a polarizing object, which besides providing diverse activities for the population, guarantees safety and vitality for its environment.
3
3.0 APRESENTAÇÃO, CONTEXTUALIZAÇÃO E ANÁLISE DA ÁREA DE INTERVENÇÃO
3.1 Breve Histórico da Área de Interveção..................................24 3.2 Requalificação e Revitalização: conceitos e importância no espaço urbano e suas aplicações no entorno da CIANÊ........................................................................................................25 3.3 A Importância dos Equipamentos e Espaços Públicos e Atividades na cidade.................................................................26 3.4 Uso do Solo.................................................................................................................28 3.5 Ocupação do Solo..............................................................................................28 3.6 Equipamentos Urbanos..............................................................................28 3.1.6 Equipamentos Culturais e de Lazer em Ribeirão Preto................................................................................................................................................29 3.7 Mobilidade Urbana e Hierarquia Viária........................................34
1 1.0 INTRODUÇÃO..........................................16
2
2.0 ACERCA DOS ESPAÇOS EQUIPAMENTOS PÚBLICOS
3.7.1 Transporte Público.................................................................................35 3.7.2 Hierarquia Física......................................................................................35 3.7.3 Hierarquia Funcional.........................................................................35 3.7.4 Polos Geradores....................................................................................35 3.7.5 Sistema Cicliviário...............................................................................35 3.8 Conexão com os Bairros..............................................................36 3.9 Perfil Sócio-Econômico dos Moradores do Entorno
E
3.9.1 População por Raça/Cor, Idade e Sexo....................37 3.9.2 Escolaridade................................................................................................37 3.9.3 Emprego e Renda...............................................................................37
2.1 Espaços Públicos, Semi-Públicos e Privados................20 2.2 Sobre Espaços e Equipamentos Públicos no Decorrer da História...........................................................................................................21 2.3 A Importância dos Equipamentos e Espaços Públicos e Atividades na cidade.......................................................................22
3.10 Estudo da Área de Intervenção....................................................38 3.10.1 Altimetria.......................................................................................................38 3.10.2 Declividade................................................................................................38 3.10.3 Vegetação....................................................................................................38 3.10.4 Insolação e Ventilação...............................................................38
5 4
4.0 REFERÊNCIAS PROJETUAIS
5.0 O PROJETO 5.1 Sobre a Prosposta.........................................................58 5.2 Estudos Preliminares.................................................60 5.3 Conceito................................................................................61 5.4 Diretrizes Projetuais....................................................61 5.5 Programa de Necessidades...................................62 5.6 Fluxograma........................................................................62
4.1 Centro Cultural Iberê Camargo............................44
5.7 Zoneamento........................................................................63
4.2 Centro Cultural Les Quinconces.........................48
5.8 Memorial Descritivo....................................................69
4.3 Arena Cultural Do Hospital De Câncer De Barretos........................................................................................52
5.9 Considerações Finais..................................................76
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS......................77
1.
INTRODUÇÃO
“ [...] gregária por definição, a cidade é o centro
membro do lugar, de pensar, refletir e agir sobre
a partir do qual se criaram os códigos de convivência.
o espaço, enfim, de criar sua própria identidade.
[...] A cidade é uma estrutura de vida e trabalho, juntos.
E é para estas questões que estão direcionados
Quanto mais você integrar as funções urbanas, quanto
os olhares contemporâneos para a construção
mais misturar renda, idade, mais humana a cidade
do ambiente urbano. E mais do que isto, as discussões
ficará. [...]” (LERNER, 2006).
sócio-espaciais
atuais
circulam
entorno de um dilema político fundamental: a reivindicação do direito à cidade. Está urbanos
eminente
atuais
são
que
os
resultados
modelos
de
projetos
que priorizam o automóvel e ao interesse de grandes
empreendimentos
imobiliários
em
detrimento de seus lucros. Desta forma, os espaços públicos passam por um processo de privatização e, devido também as questões de falta de segurança pública, estão perdendo cada vez mais sua importante função social. Em Ribeirão Preto, a situação não é diferente: a falta de ambientes e equipamentos coletivos
públicos
veem
transformando
profundamente o modelo de espaço doméstico em razão da necessidade de locais apropriados para de
recreação. cultura
e
Como lazer
solução,
são
as
práticas
interiorizadas
nas
residências, através, principalmente, dos meios de
comunicação.
Quando
essas
atividades
são desenvolvidas fora das áreas residenciais, ambientes restaurantes
privados, e,
como
cafés,
principalmente,
cinemas, Shopping
Centers, assumem o papel de promotores de encontros sociais. Os espaços e equipamentos públicos
Fig. 01. Fonte: Mr Cout, licensa gratuita.
existentes
na
cidade
encontra-se
mal
distribuídos e em situações de abandono. Os que se encontram em melhores condições, O espaço urbano nada mais é do que fruto
2011, Jaime Lerner defende que a cidade é um
das relações entre aspectos públicos e privados.
cenário de encontros, “ [...] gregária por definição,
Portanto, o aspecto social não pode distanciar-se
a cidade é o centro a partir do qual se criaram
da arquitetura, visto que a qualidade da cidade
os códigos de convivência. [...] A cidade é uma
está associada à sua vida pública. Uma cidade
estrutura de vida e trabalho, juntos. Quanto mais
nada mais é de que um sistema complexo de
você integrar as funções urbanas, quanto mais
composição de espaços, espaços estes que
misturar renda, idade, mais humana a cidade
Milton Santos (2006) define como resultado
ficará. [...]” (LERNER, 2006).
da configuração territorial somada às relações sociais. Em
16
A cidade deve permitir que o cidadão tenha a oportunidade de se relacionar, de
sua
obra
Acupuntura
Urbana
de
experimentar, de existir, de sentir-se como
estão localizados na Zona Sul, o que justifica a grande valorização do setor, e as demais áreas, sofrem com a falta e má conservação destes espaços. Em virtude disto, Ribeirão Preto perdeu completamente seu caráter público, e consequentemente, o espaço urbano vem perdendo sua identidade, tornando-se sinônimo de desigualdade e segregação social. Deste
modo,
a
partir
das
questões
levantadas acima, este trabalho justifica-se pela necessidade atual de criar espaços que devolva
a cidade um dos principais pontos para sua
jeto de mobilidade, para que assim, o edifício
mico dos moradores do entorno com base em
vitalidade: a relação coletiva de seus habitantes.
público possua fácil acesso à toda a população.
dados de órgãos públicos como, por exemplo,
Para isto, o conceito de espaço público não deve se restringir à produção de praças e parques, mas deve agregar a dimensão cultural e política da vida urbana. Para uma cidade mais democrática e igualitária, é imprescindível a existência de espaços urbanos onde se produz práticas sociais de convívio, que provém da presença e coexistência de uma multiplicidade
Para cumprir os objetivos propostos, a metodologia de estudo deste trabalho se dará através de Levantamento Bibliográfico - a fim de acrescer os conhecimentos acerca do tema por meio da leitura de artigos, dissertações, livros, teses, entre outros -, Pesquisa em Banco de Dados – para caracterização do perfil socioeconô-
IBGE e SEADE -, Pesquisa in Loco – para auxílio na elaboração de materiais fotográficos e audiovisuais da área de intervenção - , Estudos de Casos Semelhantes – em que busca-se ampliar e subsidiar o projeto a ser desenvolvido -, além de contar com o uso de softwares para produção de mapas e materiais projetuais.
de pessoas, ofícios, culturas que se completam mutuamente. Espaços públicos aliados à equipamentos de cultura e lazer se apresentam como um instrumento eficaz para a promoção de saúde do ambiente urbano. Considerando que uma boa qualidade urbana é expressa pela riqueza dos ambientes que a compõem, investir em espaços que impulsione o relacionamento social favorece a criação de um espaço urbano democrático, onde é possível transformar em públicas as expressões políticas e culturais de seus cidadãos. Sendo assim, o projeto visa estabelecer um antídoto para a deplorável situação mercadológica atual, através de um equipamento e espaço público voltado para a sociedade, com objetivo geral de produzir um edifício público de cultura e lazer que resgate a relação de convívio e bem-estar da população de Ribeirão Preto, independentemente de sua classe social e idade, de modo que proporcione a cidade as seguintes condicionantes: • Devolver a população o direito de apropriação da cidade; • Resgatar as práticas de convívio social da população; • Suprir a carência da população em questões de cultura, educação, esporte e lazer, afim de garantir-lhes melhor qualidade de vida e cidadania; • Qualificar e Revitalizar o entrono deste equipamento, promovendo assim, a melhoria na paisagem urbana do local; • Proporcionar um eixo de ligação entre a cidade e o objeto através da criação de um pro-
Fig. 02. Fonte: Mr Cout, licensa gratuita.
17
2. QUADRO TEÓRICO DE REFERÊNCIA
Fig. 03 e 04: Teatro de Arena Ribeirão preto. Fonte: OLIVEIRA, N., C., 2017..
2.1 ESPAÇOS PÚBLICOS, SEMIPÚBLICOS E PRIVADOS
Pode-se dizer que uma cidade é formada pela composição de um conjunto de três tipos de espaços – Públicos, Semi-públicos e Privados –, delimitados entre si por meio de suas estruturas físicas e também sociais. Um espaço privado possui um caráter íntimo, em que seu proprietário exerce extremo controle sobre ele, sendo as habitações um exemplo mais contundente desta tipologia. O território Público, por sua vez, pertence aos habitantes de um determinado local que é regido mediante a uma determinada política e cultura. É neste espaço que as diversas formas de socialização devem acontecer, e por teoria, proporcionar livre acesso a todos indivíduos de uma determinada cidade, independente das atividades ali desenvolvidas. Estes espaços, por sua vez, manifesta a vida cultural e política do ambiente urbano, onde a população expressa suas ideologias. A partir destes conceitos, há um espaço de transição entre o Público e o Privado, denominados como semi-públicos, que não possui caráter nem complemente privado e nem público, formados por ambientes onde a socialização ocorre de forma mais restrita. De modo mais específico, trata-se de um espaço público 20
“privatizado”, que, mesmo sendo de domínio público, podem ser influenciados por intervenções de apropriação privativa que tornam seu acesso restrito. Ou seja, embora seja público, o espaço público funciona de acordo regras de um determinado grupo que o controla. Hoje, pode-se afirmar que os sistemas de transportes, baseados no automóvel, são, majoritariamente, considerados nos projetos urbanos. Nestas “cidades dos veículos”, os espaços públicos perdem cada vez mais sua função. O tráfego de pedestres, que deveria ser priorizado, é ameaçado por uma quantidade exorbitante de automóveis em movimento e estacionados, restando muito pouco espaço para as práticas sociais. Em virtude desta crise de espaço público, a qualidade de vida da população urbana deteriora-se gradativamente; a cidade atual também é consequência dos bens de consumo e serviços “ditados” pelas organizações empresariais em detrimento de seus lucros, e converteu-se em sinônimo de exclusão social. Gerados através da privatização dos espaços públicos pelo mercado imobiliário, cresce progressivamente a produção de espaços excludentes, contribuindo assim para o processo urbano de segregação
social. Em grande parte dos casos, quando mantido pelo poder públicos, os espaços urbanos ficam à mercê do abandono, em virtude da falta de projetos eficazes que promovam atividades sociais e culturais no local. Desta forma estes espaços não cumprem seu propósito de promoção a vida social dos habitantes e, conforme acontece em Ribeirão Preto, passam a ser utilizados de maneira inadequada, principalmente por moradores de rua e comércios informais, gerando a falta de interesse da população de frequentar estes locais. Com esta situação, os espaços e equipamentos públicos não só Ribeirão Preto como nas demais cidades brasileiras, tornaram-se sinônimo de vandalismo e violência, desperdiçando assim, oportunidades de desenvolvimento social e até econômico. Um exemplo gritante deste caso são o Teatro Municipal e de Arena da cidade, sendo estes dois equipamentos envoltos por um grande espaço público. Devido à falta de planejamento de atividades que chamem a população até o local, os equipamentos hoje se encontram em más condições de conservação, tomados por lixos e vegetação, causando repulsa ao uso destes pelos habitantes.
2.2
SOBRE ESPAÇOS EQUIPAMENTOS PÚBLICOS DECORRER DA HISTÓRIA
E NO
A ideia de espaço público coletivo não é algo novo. De acordo Leonardo Benévolo (1997), durante a Antiguidade Clássica, o modelo urbano grego expressou, de modo positivo, a preocupação com a convivência civil da cidade, sendo esta fragmentada em áreas privadas, ocupadas por habitações, áreas sagradas, com templos de adoração aos deuses, e as áreas públicas, destinadas às discussões políticas e filosóficas, ao comércio, teatro, jogos esportivos, entre outras atividades civis. Com o passar do tempo, a distinção entre espaço público e o privado entra em colapso. Na Idade Medieval, no período entre 500 – 1500 d.C., cidades europeias se estabeleceram através de um desenho confuso, desordenado, configurado por seus próprios habitantes, em que preponderava o traçado de ruas irregulares, estreitas e insalubres. As ruas, dispostas conforme a necessidade dos moradores, dividiam-se em secundárias, que ofereciam apenas passagem, e principais, que por sua vez, disponibilizava os usos de circulação, comércio e encontro. Assim, o espaço urbano passa a ser uma ferramenta moldada pelo uso e perde-se a fragmentação entre o público e o privado.
cal de promoção de convívio social, mas não havia questionamento até que ponto estes espaços verdes serviriam como elemento social. (GEHL, 2006) Na Europa, na segunda metade do século XIX, devido ao Revolução Industrial, as cidades passam por um intenso processo de transformação populacional. Grande parte da população rural migra para os centros urbanos. Intervenções urbanas, como aberturas de novas avenidas de tráfego, foram necessárias. Estas, somadas a motivações sócio-políticas, motivaram a segregação social. A industrialização das cidades diminuiu, e até extinguiu, consideravelmente, a existência de vida social nos espaços públicos de convívio devido a imposição de novos fluxos de circulação. Como resposta, cafés, cinemas, bares, entre outros, surgem como novas experiências de espaços de convivência social.
A partir do Renascimento, profissionais urbanos assumem o papel de projetar as cidades, criando teorias e modelos acerca de como deveriam ser. A relação entre os edifícios e suas funções são deixados de lado, e há a priorização dos efeitos espaciais e visuais. O desenho da cidade – ruas, praças, edifícios – conversam harmonicamente com os sentidos humanos e favorece a circulação dos pedestres. (GEHL, 2006) No século XIX, com o surgimento do modelo urbano sanitarista da cidade pós-liberal em Paris no ano de 1851, os ambientes públicos assumem mais uma vez o caráter de distinção: espetáculos e cerimônias coletivas privam-se a pequenos ambientes fechados. Enquanto isso, no exterior, na parte pública da cidade, as pessoas saem dos ambientes internos e se ignoram entre si. (BENEVOLO, 1997). Em 1930, surge novas bases teóricas urbanas denominada Funcionalismo. Ao contrário do período renascentista, para este grupo, os aspectos funcionais, tanto da cidade como do edifício, são considerados em projeto, e não só a estética destes. Os funcionalistas afirmam a separação entre as áreas residenciais e de trabalho, afim de assegurar melhores condições de vida a população. Defendiam que os jardins dispostos entre os edifícios evidenciaria um lo-
Fig. 05: Esquema Espaço Público no decorrer do Tempo. Fonte: PEIXOTO , N.G.B., 2016.
21
2.2 A IMPORTÂNCIA DOS ESPAÇOS E EQUIPAMENTOS PÚBLICOS E ATIVIDADES NA CIDADE CONTEMPORÂNEA
Tylor:
De acordo o sociólogo Edward Burnett
pois se estes oferecem conforto e segurança, as pessoas começam a realizar práticas opcionais que antes faziam em ambientes individuais ou simplesmente não faziam.
“Cultura é todo aquele complexo que inclui o conhecimento, as crenças, a arte, a moral, a lei, os costumes e todos os hábitos e capacidade adquiridos pelo homem como membro da sociedade.” (Edward Burnett Tylor, 1917)
Para Jane Jacobs (2000), as diversidades de usos de um equipamento tornam o espaço mais interessante, atraindo pessoas em diversos horários do dia, para verem ou serem vistas pelos demais. Desta maneira, se um edifício explora ao máximo as potencialidades e defeitos de seu local de inserção, torna-se um objeto polarizador, que fortalece a presença humana em seu espaço e proporciona ao indivíduo a sensação de pertencimento àquele ambiente urbano, segundo descreve Jamie Lerner:
Sendo assim, considera-se cultura como um fator de mudança social, pois além de oferecer ao indivíduo condições para compreender sua realidade, aponta caminhos para a modificação de seu habitat. Um Equipamento Cultural, quando aliado a outras atividades de grande importância, como Educação e Esportes, é capaz de oferecer subsídios ao indivíduo para conhecer, desenvolver e criar novos olhares sobre o mundo, promovendo desenvolvimento social. Tratase de um objeto que reúne várias atividades culturais e de lazer em um só local, podendo ser considerado como:
“[...] locais de conhecer, de pensar, de elaborar, de criar; espaços de ação contínua e não-linear, não-convencional, de fazer cultura viva; espaço de fortalecer as individualidades para atuarem coletivamente, de maneira criativa, elaborando cultura com as próprias mãos[...]”. (RAMOS, 2007, P.77)
Estes equipamentos quando aliados a espaços públicos, segundo Jan Gehl (2013), são capazes de qualificar o ambiente urbano,
Fig. 06, 07, 08, 09 e 10. Fonte> Biblio. teca do Google. Acesso em maio de 2017.
22
“A sensação de pertencer. Esta é a sensação que um dos bons prédios antigos traz quando observado da rua. Eles pertencem à rua. Abrem-se para a rua com grandiosidade. Logo, se abrem para seus moradores com generosidade. [...]” (LERNER, 2011, p.87)
É impossível proporcionar o bemestar coletivo sem entender a essência da necessidade do ser humano de pertencer ao local. Desta forma, o cidadão estará suscetível ao espaço que o integra, afim de transformá-lo conforme suas propriedades básicas e garantir, assim, melhores condições de vida social àquele espaço. A necessidade por um espaço existencial é que deve reger os projetos urbanos e arquitetônicos contemporâneos. A partir disso, a arquitetura deve exercer a função de concretizar um ambiente que permita a integração social de todos os habitantes da cidade, satisfazendo então as necessidades da população, não de modo individual, mas sim de maneira a promover bem-estar comum.
Fig. 11: Centro Cultural Plassen, 3XN Architets. Fonte: www.archdaily.com.br. Acesso em março de 2017.
3.1 BREVE HISTÓRICO DA ÁREA DE INTERVENÇÃO Ribeirão Preto é um município do interior do estado de São Paulo, fundada em 19 de junho de 1856, a partir de núcleos de fazendeiros de criação de gado, e mesmo com a crise cafeeira de 1929, tornou-se o maior produtor de grãos no fim do século XIX, fator este que foi impulsionada pela construção da linha férrea Mogiana em 1883 (GALDINO,2009). Com a vigência da Lei Áurea, que acarretou o fim da escravidão do país, a região atraiu grande quantidade de imigrantes europeus e de todo o Brasil para o município. Junto a esses novos habitantes, novas culturas foram trazidas para a cidade, como a cana-deaçúcar, a soja, o milho, o algodão, a laranja, consolidando assim uma forte agroindústria no 24
local, e atualmente, é conhecido como Capital Nacional do Agronegócio. (GALDINO,2009) Atualmente, mais de 20 municípios compõe a região de Ribeirão Preto. Segundo o Censo Demográfico de 2010, a cidade possui 605.114 mil habitantes, e encontra-se entre os maiores do Estado de São Paulo e do Brasil. (INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA, 2011) Dentre as zonas que compõe o município, optou-se pela Zona Norte para a implantação do Equipamento Cultural Público, pois é nesta região que se abriga os bairros de menor poder aquisitivo. Ela é constituída por 19 subsetores, 51 bairros, muitos conjuntos habitacionais de interesse social e 25 núcleos de favelas. Além
de ser composta por áreas de ZUP e ZUR, a Zona Norte também abriga grande parte das Zonas de Interesse SociaAl de Ribeirão Preto. O objeto de estudo é cercado por três bairros: Campos Elíseos, Jardim Central Park e Ipiranga. Proveniente de núcleos particulares de empresas paulistas, vendidos primeiramente para imigrantes europeus por volta de 1920, o CamposAElíseos é um dos mais antigos bairros do município, desempenhando um importante papel no surgimento das indústrias da cidade. Um dos fatos consagrantes para a formação do bairro foi a instalação da Companhia Eletrometalúrgica de Ribeirão Preto, em 1922. A empresa, cujo primeiro presidente foi o Dr. João Alves de Meira Júnior, contou com a participação
FACULADE ANHANGUERA
TENDA ATACADO
CIANÊ ÁREA DE INTERVENÇÃO
VIA NORTE AV. DOM PEDRO II
AV. MARECHAL COSTA E SILVA
CARREFOUR
Fig. 11, 12, 13, 14. Imagens de satélite de Ribeirão Preto. Fonte: Acervo Pessoal, ano 2015;
significativa de produtores de café da região para a formação de seu capital. Constituída por noventa acionistas, segundo dados obtidos no arquivo público da cidade, a metalúrgica tinha por finalidade a exploração da indústria de ferro em todas suas modalidades: fabricando e transformando metais em bitolas comerciais da época. A construção do edifício iniciou-se em 1920 com a Usina Epitácio Pessoa e foi uma das primeiras da América do Sul. A empresa adquiriu jazidas ferro próximo a cidade de São Sebastião do Paraíso em Minas Gerais e, para transportar a matéria prima até Ribeirão Preto fez a incorporação da Estrada de Ferro São Paulo-Minas. A partir do “Crack” da bolsa de valores de Nova York em 1929, a economia brasileira,
baseada principalmente em atividades cafeeiras na época, entrou em crise, e assim, em 1930, as produções da metalúrgica caíram significativamente, e em 1931 decretou-se falência. Com a tramitação do processo de falência os bens da empresa foram vendidos e arrematados. Em 1935 a empresa Moinho Santista com o Engº. Eugenio Belloti adquiriu o acervo da Cia. Metalúrgica que foi posteriormente adquirida pela Companhia Nacional de Estamparia- CIANÊ, mas em 1994 abre falência. Ainda em 1994, a Câmara Municipal de Ribeirão Preto declara o valor Histórico e cultural do conjunto arquitetônico do edifício, através da lei municipal nº 6. 826. Em 2002 o complexo passou por um processo de
“destombamento” devido a pretensão de instalação de um projeto de Terminal Rodoviário, provocando a mobilização da comunidade contra a ameaça de demolição dos galpões. Atualmente, por causa de um incêndio, encontra-se na área somente o esqueleto do edifício em condições de abandono. Mesmo assim, o complexo está tombado, sob o Decreto Municipal nº219 de 20 de agosto de 2010. O tombamento do imóvel é restrito as fachadas dos três galpões principais, área de circulação entre os galpões, esquadrias, volumes arquitetônicos e cobertura, ficando permitidas as adaptações necessárias quanto a acessibilidade e ocupação
25
3.2 REQUALIFICAÇÃO E REVITALIZAÇÃO: CONCEITOS E IMPORTÂNCIA NO ESPAÇO URBANO E SUAS APLICAÇÕES NO ENTORNO DA CIANÊ O conceito de revitalizar e requalificar nos coloca a frente de um conjunto de ideias, medidas, ações e soluções que buscam devolver o valor social, político e econômico a áreas degradadas da cidade, que devido ao desenvolvimento urbano acelerado e mal planejado, enfrentam hoje uma série de problemas em todo seu entorno, sendo a desvalorização, marginalização e até mesmo abandono.
e ao alto valor que seria investido na reforma do edifício. Em 2014, o poder público municipal concedeu a propriedade para a construção de uma unidade do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Estado de São Paulo. A obra, que deveria começar ainda em 2014 e terminada até 2018, ainda não iniciaram.
Segundo Barreto e Gislon (2013), requalificar uma área urbana é sinônimo de melhorias à qualidade de vida da população, de forma a promover “[...] a construção e recuperação de equipamentos e infraestrutura e a valorização do espaço público com medidas de dinamização social e econômica, através de melhorias urbanas, de acessibilidade ou centralidade [...]”. Trata-se de um conjunto de métodos e recursos com o intuito de oferecer ao lugar uma nova função, diferente da pré-existente. Revitalização, por sua vez, envolve o conceito de planejamento estratégico com o intuito de reafirmar, manter e até mesmo introduzir os valores sociais e culturais do local. Portanto revitalizar significa intervir a médio e longo prazo através de métodos e processos que reforcem os vínculos entre os demais territórios e atividades sociais, provendo também a melhoria da qualidade da paisagem urbana e nas questões socioeconômicas. (BARRETO E GISLON, 2013) Em Ribeirão Preto, a área da antiga CIANÊ é um exemplo claro de degradação e do mal-uso do espaço urbano. De acordo alguns moradores do entorno, em depoimento para alguns noticiários, além do acúmulo de lixo e vegetação, o edifício atualmente abriga moradores de ruas e usuários de drogas, agravando ainda mais a insegurança e violência nos bairros dos arredores. A Secretaria da Cultura de Ribeirão Preto no ano de 2011, chegou a cogitar a requalificação da área através da implantação do Complexo CIANÊ, um espaço que seria destinado ao desenvolvimento sociocultural da cidade, através da transformação dos antigos galpões em espaços culturais que abrigaria centro de formação educacional, bibliotecas e um MIS (Museu de Arte e Som).
Imagens 14, 15, 16 CIANÊ, Ribeirão Preto. Fonte: OLIVEIRA,, N.C.
Em 2012 o poder público municipal considerou em levar a Fatec para a área, o que não ocorreu devido a impasses políticos
27
3.3 DELIMITAÇÃO DO OBJETO DE INTERVENÇÃO A área onde encontra-se o objeto de estudo está localizada próxima a região central de Ribeirão Preto, situada entre os bairros Campos Elíseos, Ipiranga e Central Park. O sistema viário que compõe seu entorno constitui-se pela Avenida Eduardo Andreia Matarazzo, conhecida como Via Norte e Avenida Marechal Costa e Silva, vias estas que são caracterizadas por fluxo intenso de veículos, já que são os principais meios de acesso a maioria dos bairros da Zona Norte.
3.4 USO DO SOLO Através do mapa abaixo de estudo de uso do solo, percebe-se a predominância de comércio e serviços ao longo das avenidas e ruas principais. O setor ainda conta com a presença de algumas áreas industriais, que aliada ao comércio e serviço local aquece o fluxo e oferta de trabalho na Zona Norte, consequentemente, causando um maior fluxo de pessoas e produtos no setor. As quadras localizadas no interior dos bairros, apesar de conter grande números de habitações, possui um caráter bastante misto, composto por residências, comércio e serviço, podendo ser em imóveis separados, o até mesmo juntos.
Fig. 16, Mapa delimitação do objeto de intervenção. Fonte: Acervo Pessoal, 2017.
Fig. 17 Mapa delimitação do objeto de intervenção.w
Fig. 17, Mapa de Uso do Solo. Fonte: Acervo Pessoal, 2017.
28
3.5 OCUPAÇÃO DO SOLO De maneira geral, a área de entorno que envolve o objeto de estudo é caracterizada pelo forte adensamento de área construída por quadra. Através do mapa de estudo de gabarito por predominância de quadra, percebe-se a predominância de construções térreas e algumas com dois ou três pavimentos destinados, principalmente, para fins comerciais e de serviços. No interior dos bairros, é comum a presença de edifícios de 2 pavimentos, sendo um destinado a residência e os outros às práticas de comércio e serviço.
3.6 EQUIPAMENTOS URBANOS Um dos maiores problemas enfrentados pela Zona Norte é a falta de equipamentos urbanos, principalmente públicos, se comparada ao restante de Ribeirão Preto, principalmente na área da saúde, cultura e educação. As poucas quantidades existentes estão localizadas próximo a área central, em torno das principais ruas e avenidas. A maior parte destes pertencem ao Poder Público Estadual ou Municipal, e são, majoritariamente, educacionais. As praças e equipamentos públicos presentes na área não possuem boas condições de uso devido ao descaso do poder público com o assunto, acarretando assim a subutilização destes espaços, causando inúmeras consequências como a falta de segurança, criminalidade, vandalismo e violência.
Fig. 21, Mapa delimitação do objeto de intervenção. Fonte: Acervo Pessoal, 2017.
De maneira geral, os equipamentos presentes na área de estudo responsáveis pelo intenso fluxo local, em grande parte nos horários de pico, são o Atacado Tenda, Supermercado Carrefour e Grick, unidade ambulatorial do Hospital Santa Casa de Misericórdia e as Escolas Públicas.
Fig. 18, 19 E 20. Tipologia de edificações no entorno do objeto de intervenção. Fonte: Acervo Pessoal, ano 2017.
Fig. 22, Mapa Equipamentos Urbanos: Fonte:Acervo Pessoal, 2017. 29
3
12 1 2
8 6 1 9 3 5 7
2 5 11
12
6
4 7
3.6.1EQUIPAMENTOSCULTURAIS E DE LAZER EM RIBEIRÃO PRETO Conforme o mapa abaixo, onde está relacionado todos os equipamentos de cultura e lazer em escala territorial, percebe-se que apesar de ter uma quantidade razoável destes edifícios, o número não é suficiente para atender toda a população do município. Os poucos que exstem, estão mal distribuídos e concentrados no Centro e Setor Sul da cidade, além de outros, que devido ao descaso do poder público, não cumprem sua função social.
EQUIPAMENTOS LAZER
CULTURAIS
E
DE
1. ESTÚDIO KAISER DE CINEMA Localizado na Rua Mariana Junqueira, no Centro, Abriga diversas atividades culturais voltadas para produções audiovisuais, composta de estúdios, pátio cenográfico, núcleo de edição, oficinas de cenografia, camarins, sala s de produção e alojamentos.
2. CENTRO CULTURAL BOA VISTA Instituição particular, sem fins lucrativos, voltada para a formação de jovens, com objetivo de desenvolvimento educacional, científico e social. Fundada em 2006 por pais, professores, empresários e membros da igreja católica. Localiza-se na rua Visconde do Abaeté, no bairro Alto da Boa Vista, setor Sul da cidade.
3. TEATRO DOM PEDRO II Considerado patrimônio municipal de Ribeirão Preto, é o principal teatro da cidade. Nele há apresentações de peças teatrais e musicais de todos os gêneros, sendo a maioria particular. Quando há algum projeto cultural, o teatro proporciona alguns eventos gratuitos. Localiza-se na Praça XV de Novembro, no centro.
4. MARP O Museu de Arte Moderna de Ribeirão Preto, localizado em frente a Praça XV de Novembro, dispõe de acervos históricos da cidade e exposições de arte gratuitas.
5. SESC Localiza-se na R. Tibriçá, no Centro. Oferece diversas atividades culturais, educacionais, esportivas, e até mesmo de saúde para toda a
população de Ribeirão Preto que trabalha no setor comencial e industrial. Algumas das atividades oferecidas são particulares e outras gratuitas.
6. CENTRO CULTURAL PALACE Localizado também na Praça XV de Novembro, trata-se de um antigo hotel que se tornou patrimônio municipal. O espaço foi requalificado de modo a oferecer diversas atividades culturais para toda a população, como dança, exposições de arte, aulas de fotografia e música, yoga entre outros.
7. TEATRO MUNICIPAL Encontra-se na Praça Alto do São Bento, próximo ao Bosque Municipal e à Avenida Treze de Maio. Possui capacidade para 515 pessoas, podendo ser destinado a diversos envetos cultutrais pagos e gratuitos.
8. TEATRO DE ARENA JAIMER ZEIGER Também encontra-se na Praça Alto do São Bento, em frente ao Teatro Municipal. Construído por Jaimer Zeiger, foi o primeiro teatro de arena do interior de São Paulo. Atualmente está em condições de abanadono.
9. INSTITUTO FIGUEIREDO FERRAZ Localizado na R. Maestro Inácio Stábile, no bairro Alto da Boa Vista, trata-se de uma propriedade particular do colecionador artístico João Carlos de Figueiredo Ferraz. O espaço é aberto ao público gratuitamente e conta com a oferta de cursos livres particulares.
10. RIBEIRÃO EM CENA Localizado na Av. Caramuru, Jardim Sumaré, o espaço é uma organização cultural particular, com o objetivo de promover ensino e a difusão do teatro, a fim de garantir inclusão, sociocultural e educacional. Sua principal atividade é a formação gratuita de atores e atrizes, por meio do Curso de Iniciação Teatral para jovens e adultos.
Fiig. 23 a 27. Fonte: Biblioteca de imagens do Google. Acesso em Abril de 2017.
31
11. CENTRO ELÍSEOS
CULTURAL
CAMPOS
Equipamento municipal localizado na Av. Capitão Salomão, no bairro Campos Elíseos. Oferece aulas de música, dança , canto, mediante a um valor acessível. O espaço também é utilizado pra exposições artísticas.
12. MUSEU DO CAFÉ Está inserido dentro do Campus Universitário da Universidade de São Paulo (USP). Possui um rico acervo composto por obras de arte, mobiliário, entre outros, que contam a história de Ribeirão Preto durante o período do café.
13. CENTRO CULTURAL QUINTINO II De propriedade municipal, encontra-se na R. Ernesto Petersen, no bairro Quintino Facci II. Oferece diversas atividades culturais de música, dança, educação, entre outros, para toda população.
ESPAÇOS PÚBLICOS
4. PARQUE RINALDI
ECOLÓGICO
ÂNGELO
Abriga o Horto Florestal Municipal, no Jardim Marchesi, na zona Oeste da cidade. Grande parte de sua àrea é destinada exclusivamente à produção de mudas, que são disponibilizadas gratuitamente à população com orientação técnica.
5. PARQUE PREFEITO LUIZ ROBERTO JÁBALI Conhecido como Curupira, está implantado na Av. Costábile Romano, no bairro Ribeirânea. É o maior parque do município, composto por cachoeiras, lago artificial, pista para caminhada e bicicletas, e um espaço para enventos ao ar livre com palco e capacidade para 20 mil pessoas
6. PARQUE MUNICIPAL CARLOS RAYA
DR.
LUIS
Encontra-se no bairro Jardim Botânico, na R. Severino Amaro dos Santos. Conta com uma área de 40.000m², lagos artificiais, pista de caminhada, recantos destinados a contemplação visual.
7. PARQUE DAS ARTES 1. PARQUE MUNICIPAL MORRO DO SÃO BENTO Localizado próximo à Av. Treze de Maio, é um patrimônio natural do município. Sua vocação é a conservação da integridade biológica local, caracterizando-se como uma unidade de conservação de uso indireto. Nele encontra-se o zoológico da cidade, o Teatro Municipal e de Arena, e também por um compleco esportivo ue oferece atividades sob um preço acessível e também gratuitas.
Localizado no fundo do Ribeirão Shopping, no bairro Jardim Nova Aliança, este parque conta coma presença de um lago central e pista para caminhada. Até o ano de , o parque encontrava-se em condições de abandono, e no final do mesmo ano recebeu do Ribeirão Shopping um investimento de milhões de reais para sua revitalização.
2. PARQUE MAURÍLIO BIAGI Encontra-se na R. Felipe Camarão, na Vila Virgínia, ficando próximo ao Terminal Rodoviário da cidade. Seu funcionamento é de Segunda-feira a Domingo, das 6 às 20 horas.
3. PARQUE TOM JOBIM Localizado na Av. Octávio Golfeto, no bairro Ipiranga, conta com a presença de equipamentos de academia ao ar livre, uma base da Guarda Civil Municipal, quadras, pista de caminhada e lado central com algumas espécies de peixes. Seu funcionamento é das 6 às 20 horas. 32
Fig 28 a 45, Equipamentos de Cultura e Lazer em Ribeirão Preto. Fonte: Biblioteca de imagens do Google. Acesso em Julho de 2017.
33
Fig. 39 , Mapa linhas de transporte público. Fonte: Acervo Pessoal, ano 2017.
3.7 MOBILIDADE URBANA E HIERARQUIA VIÁRIA Em questão da mobilidade urbana na área, os modais de viagens utilizados pelos habitantes do entorno são transporte público municipal, veículos próprios, moto – táxis, e há pouco uso de bicicletas ou locomoção de a pé, devido ao fluxo intenso das avenidas principais, como mostra o estudo de hierarquia das vias ao lado.
3.7.1 TRANSPORTE PÚBLICO Quanto ao transporte público, a área conta com uma boa quantidade de linhas que percorrem o entorno, porém a grande problemática existente é a baixa qualidade do serviço, que não possui linhas suficientes em momentos de grande necessidade, principalmente, nos horários de picos.
3.7.2 HIERARQUIA FÍSICA
Fig. 40 , Mapa linhas de transporte público. Fonte: Acervo Pessoal, ano 2017.
34
A área conta com a presença de importantes vias de acesso à cidade, conforme demonstra o mapa abaixo. Dentre as vias que compões o sistema viário do local encontra-se a Avenida Eduardo Andréia Matarazzo, mais conhecida como Via Norte, Marechal Costa e Silva, Dom Pedro I, e as ruas Capitão Salomão e Pernambuco.
Fig. 41, 42 e 43, Perfil das Vias de entorno. Fonte: Acervo Pessoal, ano 2017.
Fig. 41 , Mapa linhas de transporte público. Fonte: Acervo Pessoal, ano 2017.
3.7.4 SISTEMA CICLOVIÁRIO Nos dias atuais, Ribeirão Preto conta com uma limitada infraestrutura específica para transporte de ciclistas. A única ciclovia implantada na cidade tem comprimento aproximado de 3,5 km, e está localizada ao longo da Via Norte – Avenida Eduardo Andréia Matarazzo -, entre as avenidas Antônio e Helena Zerrener e Thomaz Antonio Whately. Nestas condições a ciclovia tem pouco potencial atrativo. Além de encontra-se em más condições de manutenção, está situada em faixas caracterizadas por poucos usos urbanos e pela predominância de atividades ligadas à produção e comércio em grande escala, conforme acontece ao longo da Via Expressa Norte.
Fig. 42, Sistema de Ciclofaixas em Ribeirão Preto. Fonte: Plano de Mobilidade de Ribeirão Preto. Acesso em Abril de 2017.
35
3.7.5 POLOS GERADORES O mapa abaixo demonstra os principais equipamentos urbanos no entrono do objeto de intervenção responsáveis por gerar fluxo intenso na região, principalmente em horários de pico. Entre eles encontra-se os Supermercados Carrefour e Grick, Atacado Tenda, Faculdade Anhanguera, Hospital Santa Casa de Misericórdia, os eixos comerciais em torno da Avenida Marechal Costa e Silva, Dom Pedro I, e também devido ao eixo de comunicação principal entre os bairros da Avenida Eduardo Andréia Matarazzo com a Região Central do município.
3.7.6 CONEXÃO COM BAIRROS Os principais eixos de ligação entre os bairros do entorno do objeto de estudo, Campos Elíseos, Jardim Central Park e Ipiranga acontecem pela Rua Capitão Salomão, que ao chegar no bairro Ipiranga torna-se Avenida Dom Pedro I. Aprecem como eixos de ligação entre os bairros da Zona Norte e Região Central da cidade, as Avenidas Eduardo André Matarazzo e Avenida Costa de Silva. Fig. 43 , Mapa de Polos Geradores de Tráfego. Fonte: Acervo Pessoal, ano 2017.
Fig. 44,, Mapa de Conexão entre os Bairros. Fonte: Acervo Pessoal, ano 2017.
36
Fig. 45 e 46, Avenidas Marechal Costa e Silva e Via Norte Ribeirão Preto. Fonte: Biblioteca do Google. Acesso em Maio de 2017.
3.8 PERFIL SOCIO-ECONÔMICO DOS MORADORES DO ENTORNO 3.8.1 POPULAÇÃO POR COR/RAÇA, IDADE E SEXO A atual população da área de estudo segundo o último Censo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas no ano de 2010 (considerando o último levantamento do Censo) é de 31.925 habitantes, sendo a maioria brancos. Em grande parte, a população masculina no setor compreende entre 10 a 50 anos, e a feminina, por sua vez, apresenta maior longevidade.
3.8.2 ESCOLARIDADE Percebe-se que a maioria dos habitantes do entorno possuem apenas o Ensino Fundamental Incompleto. Em contrapartida, poucos tiveram acesso ao Ensino Superior. Este fator incide diretamente nas condições de emprego e renda da população, já que estes locais possuem menores índices de poder aquisitivo de Ribeirão Preto.
Fig. 47, Gráfico População Residente por cor/ raça. Fonte (dados): IBGE, CENSO 2010.
Fig. 48, Gráfico Pirâmede Etária. Fonte (dados): IBGE, CENSO 2010.
37
POPULAÇÃO POR SEXO E COR/RAÇA
3.8.3 EMPREGO E RENDA Define-se Pessoas Economicamente Ativas (PEA) a parcela da população de determinada idade que estão aptas para o trabalho e desejam estar ou estão trabalhando, estando incluídas também pessoas nesse estudo, pessoas que estão trabalhando, juntamente com as pessoas desempregadas, que estão à procura de emprego. Com base nos estudos realizados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas), pode-se perceber no mapa abaixo que o bairro Campos Elíseos possui maior quantidade de PEA em comparação com o Central Park e Ipiranga. Ao todo, a área abriga cerca de 35.125 trabalhadores, sendo que 80% destes possuem carteira assinada.
Fig. 49, População por sexo e raça/cor. Fonte (dados): IBGE, CENSO 2010.
O baixo poder aquisitivo do entorno é gritante: cerca de 70% das famílias não possui renda alguma ou, se possuem, não passa de 2 salários mínimos, que resultam no valor de até R$1.874,00. Em contraste, apenas uma pequena parcela destes habitantes possui renda maiores de 5 a 10 salários.
QUANTIDADE DE PESSOAS QUE TRABALHAM COM E SEM CARTEIRA DE TRABALHO ASSINADA
Fig. 50, Relação da quantidade de moradores grau de escolaridade. Fonte (dados): IBGE, CENSO 2010.
RELAÇÃO QUANTIDADE DA POPULAÇÃO E RENDIMENTO E SALÁRIOS MÍNIMOS
TOTAL = 35.125 TRABALHADORES Fig. 52, Quantidade de Trabalhadores. Fonte (dados): IBGE, CENSO 2010. Fig. 51, Relação da quantidade de moradores por slários mínimos. Fonte (dados): IBGE, CENSO 2010.
38
3.9 ESTUDO DO OBJETO DE INTERVEÇÃO
3.9.1 ALTIMETRIA E DECLIVIDADE Define-se Pessoas Economicamente Ativas (PEA) a parcela da população de determinada idade que estão aptas para o trabalho e desejam estar ou estão trabalhando, estando incluídas também pessoas nesse estudo, pessoas que estão trabalhando, juntamente com as pessoas desempregadas, que estão à procura de emprego. Com base nos estudos realizados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas), pode-se perceber no mapa abaixo que o bairro Campos Elíseos possui maior quantidade de PEA em comparação com o Central Park e Ipiranga. Ao todo, a área abriga cerca de 35.125 trabalhadores, sendo que 80% destes possuem carteira assinada. O baixo poder aquisitivo do entorno é gritante: cerca de 70% das famílias não possui renda alguma ou, se possuem, não passa de 2 salários mínimos, que resultam no valor de até R$1.874,00. Em contraste, apenas uma pequena parcela destes habitantes possui renda maiores de 5 a 10 salários.
Fig. 53, Mapa de Declividade. Fonte: Acervo Pessoal, 2017.
3.9.2 VEGETAÇÃO De modo geral, a área de estudo apresenta um índice de vegetação razoável, fato este que se justifica pela presença de uma Área de Preservação Permanente composta pelo rio que atravessa toda a extensão da Avenida Eduardo Andrea Matarazzo (Via Norte). A partir do mapa de vegetação abaixo, se conclui que o objeto possui em algumas de suas partes a presença de vegetação densa.
3.9.2 VENTILAÇÃO E INSOLAÇÃO Em princípio, segundo Lucina Pagnano Ribeiro (2008), Ribeirão Preto possui clima quente, semi-úmido, inverno seco e verão chuvoso. Toda região de Ribeirão Preto é influenciada, principalmente, por massas de ar equatorial, tropical e polar, o que resulta nas variáveis climáticas da cidade, verificadas nas grandes amplitudes térmicas entre o dia e a noite.
Fig. 54, Mapa de Altimetria. Fonte: Acervo Pessoal, 2017.
39
Fig. 55, Mapa de Vegetação. Fonte: Acervo Pessoal, 2017.
Fig. 57, 58, 59 e 60, Vegetação presente no objeto de intervenção. Fonte: OLIVEIRA, N.C, 2017. Fig. 56, Mapa de Ventilação e Insolação. Fonte: Acervo Pessoal, 2017.
40
4.
REFERÊNCIAS PROJETUAIS
O Iberê Camargo torna-se referência devido ao seu cuidado com o entorno do objeto, visto que o projeto contempla e engrance sua área de inserção, e às suas tecnologias sustentáveis de reaproveitamento de água, controle térmico e iluminação.
4.1 CENTRO CULTURAL IBERÊ CAMARGO - Arquitetos: Alvaro Siza - Ano: 2003 - Área construída: 1350 m² - Localização: Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil
O Cento Cultural Iberê Camargo tratase do único edifício cultural brasileiro a ser construído sob todas as normas de segurança e atendimento internacionais. Semelhante ao Guggenheim de Wright em Nova York, possui uma estrutura monolítica, em que todo carregamento é suportado por paredes maciças configuradas e aço galvanizado e concreto aparente branco, dispensando acabamentos e pinturas, garantindo leveza à obra. A circulação do edifício é bastante clara e respeita todas as regras de acessibilidade: ao chegar o visitante é conduzido a subir o elevador até o último andar e, de lá, pode descer pelas
rampas e circular pelas nove salas de exposições distribuídas em três andares. O térreo abriga um grande átrio, um local de convivência do centro cultural, que dá acesso direto à recepção, lojas culturais e bistrô. O subsolo abriga os ateliês, auditório, biblioteca, instalações da área de utilidades, reserva técnica e infraestrutura de ar condicionado. O museu está inserido próximo a uma mata nativa. Consequentemente, as questões de sustentabilidade foram contempladas minuciosamente no projeto, desde a preparação do terreno até as instalações e equipamentos, contemplando os seguintes aspectos:
no último pavimento, que reproduz esta luz, na mesma intensidade, para as lâmpadas dos pavimentos inferiores. Assim, há grande economia em energia elétrica; • Controle de Temperatura: O prédio conta com um inteligente sistema de controle de temperatura para conservação de seus acervos. Durante a noite, quando a energia é mais barata, o ar condicionado produz gelo para refrigerar o edifício durante todo o dia. Além disso, as paredes são revestidas com lã de rocha, um potente isolante acústico e térmico, e as paredes externas possuem um sistema hidráulico oculto de tubos capilares plásticos, onde percorre água fria durante todo o dia.
• Movimentação de terra: a escavação do terreno foi feita sem explosivos e toda terra retirada foi doada para a Secretaria de Obras e Viação de Porto Alegre, para uso na pavimentação das vias do município;
• Utilização de Água: o edifício ainda conta com um sistema de reaproveitamento de água pluviais, utilizadas nos sanitários, e uma estação de esgoto que prevê o tratamento dos resíduos sólidos e líquidos no próprio prédio.
• Iluminação: Sistema controlado por sensores computadorizados baseados na luz externa recebida pela claraboia presente
O equipamento também se mostrou preocupado com o entorno. Todas as aberturas foram projetadas de modo a enquadrar a paisagem exterior de modo a valorizá-las.
Fig. 61,, 62 e 63 Iberê Camargo. Fonte: Archdaily Brasil. Acesso em maio de 2017.
45
Fig. 63 a 72, IberĂŞ Camargo. Fonte: Archdaily Brasil. Acesso em maio de 2017.
46
47
Les Quinconces é um belo exemplo também de valorizar seu entorno. Além disso, pos-sui espaço central que reforça a relação interior e exterior, e uma estrutura metálica eficiente que garante maior leveza aos volumes.
4.2 CENTRO CULTURAL LES QUINCONCES - Arquiteto: Babin+Renaud - Localização: Le Mans, França - Área: 28.198 m2 - Ano: 2014
O Complexo Cultural Le Quinconzes, insere-se em um importante ponto cultural e social da cidade, erguido entre a “Esplanade des Quinconces” - local palco de eventos municipais emblemáticos – e a “Place des Jacobins” – voltado para o comércio ao ar livre. Em frente ao edifício, está a histórica Catedral Saint-Julien, que se encontra frente à edifícios históricos usados atualmente pela prefeitura da cidade. O edifício afirma-se no espaço através de volumes de formas simples, mas ao mesmo tempo monumentais, sem exageros. Configurada sob a geometria e dimensões de altura predominante de seu entorno, apresenta dois volumes bem definidos, interligados entre si através de uma fina laje metálica. No volume à direita, envolto por vidros ondulados, encontra-se o teatro municipal, revestidos por elementos de madeira, com capacidade para 830 pessoas, de caráter multiuso, podendo ser usado para apresentações de teatro, dança, canto lírico e ópera.
A esquerda, está o complexo de cinema, que possui sua frente voltada para um pátio, configurado entre os dois volumes e servido por um café, com vistas para os edifícios históricos da cidade. Este pátio, após apresentações de teatros e exibições de filmes, recebe espectadores e pedestres que passam pelo local, formando um grande espaço de interação. Adentrando pelo pátio, está o terceiro volume, o qual abriga salas de exposições e educacionais, que podem ser abertas ao público. A cobertura deste volume funciona como uma área de contemplação para a bela paisagem da “Esplanade des Quinconces”. Sua materialidade é composta por estruturas metálicas, revestidas com vidros e pedras em um sistema de fachada ventilada. Toda a circulação interna do equipamento acontece através de escadas rolantes e elevadores. Recebido de maneira positiva pelos habitantes de La Mean, o edifício representa para a população um importante ponto de encontro social, cultural e político. Assim, a análise do Centro Cultural Les Quinconces possibilitou o acréscimo de conhecimentos de princípios e elementos, que serão referenciais para o edifício a ser desenvolvido, conforme ilustra a tabela abaixo.
Fig. 70, 71, 72,7 3, 74 Les Quincinces. Fonte: Archdaily Brasil. Acesso em maio de 2017.
49
Fig. 74 a 88,
50
Les Quincinces. Fonte: Archdaily Brasil. Acesso em maio de 2017.
51
Este projeto de Bucci torna-se referência devido a sua organização do programa de nessecidades, através de uma planta livre baseada em 3 volumes principais interligados por passarelas, e também à combinação da estrutura com a estética, garantindo simplicidade dos volumes, grandes vãos e usos de elementos pré-frabricados garantindo melhor desempendo e organização tanto para a obra quanto para o edifício.
4.3 ARENA CULTURAL DO HOSPITAL DE CANCER DE BARRETOS - Arquiteto: Ângelo Bucci - Localização: Barretos, São Paulo, Brasil - Área: 4.800m² - Ano: 2015 Este espaço cultural é dedicado a promover e difundir conhecimentos sobre ciências de prevenção ao câncer infantil. Sendo assim, Bucci organizou o programa em quatro instalações principais, distribuídos em 120 m de largura e 3 pavimentos, sendo estes Espaço de Exposições, Auditório, Biblioteca e Salas de Aulas Polivalentes. Nesta organização, o visitante, em todas as faces do edifício e guiado pelos pilotis em direção ao espelho d’água no centro do edifício. A partir daí as escadas conduzem para a praça de acolhimento subterrânea, que conta com restaurante, café e lojas, oferecendo também acesso à outras áreas do edifício: espaço de exposição e auditório no mesmo nível, verticalizados em 3 pavimentos, e biblioteca e salas de aulas polivalentes no segundo pavimento. Todo o edifício é configurado em concreto, desde sua estrutura sob pilotis desde sua vedação, vidro e elementos de brises em madeira para proteção solar. Diante disto, a leitura projetual deste equipamento procura basear o projeto proposto nos aspectos relacionados na tabela abaixo.
Fig. 89 e 90, Espaço Cultural do Hospital de Barretos. Fonte: SPBR Arquitetos. Acesso em maio de 2017.
53
Fig. 90 a 99, Espaรงo Cultural do Hospital de Barretos. Fonte: SPBR Arquitetos. Acesso em maio de 2017.
54
55
56
5.
O PROJETO
57
5.1 SOBRE A PROPOSTA
O espaço urbano é resultado das interações sociais de seus integrantes, e cabe à arquitetura conceber o espaço existencial aos indivíduos, para que assim, este se torne capaz de sentir-se pertencente à cidade. Diante desta problemática, O Centro de Cultura, Educação e Esportes, busca, portanto, amenizar este grande problema das cidades atuais, devolvendo parte do território urbano de Ribeirão Preto à população, independentemente de seu status social e idade, proporcionando assim melhor qualidade de vida e a possibilidade de participação e transformação espaço urbano que o integra. A partir dos levantamentos apresentados, verifica-se a grande escassez de equipamentos de cultura e lazer na Zona Norte de Ribeirão Preto, motivo este que regeu a escolha pelo local de intervenção. O projeto será inserido dentro de um espaço público de convivência, objeto de maior significado nas práticas de interações sociais, de maneira que o equipamento proposto funcione como um objeto polarizador, que além de fornecer diversas atividades para a população, garante segurança e vitalidade para seu entorno. Portanto, através do projeto busca-se a requalificação e valorização do espaço urbano do entorno, a fim de também subsidiar as práticas de convívio social, suprir as carências de atividades culturais da população, e propor uma conexão entre a Zona Norte e as demais regiões da cidade, por meio da ligação do equipamento a eixos de mobilidade que priorize e atenda às necessidades de todos os modais de circulação, principalmente o transporte público, pedestres e ciclistas.
58
5.2 ESTUDOS PRELIMINARES
60
5.3 CONCEITO
Além da presença dos edifícios históricos, os Galpões CIANÊ, a área conta com a presença de uma topografia considerável, apresentando um declive com cerca de treze metros. Para aproveitar esta questão da melhor forma, a ideia do objeto baseia-se a partir da criação de três níveis que se dará toda a organização do edifício. A implantação do volume é marcado pela sua regularidade e grandeza, de modo a pontuar seu caráter monumental. O programa do edifício está organizado em dois volumes, organiza em planta livre para oferecer maior funcionalidade dos espaços -, ao redor de espaços públicos de convivência, reforçando assim a relação entre o ‘’interno e externo/público/privado’’. Estes espaços públicos, além de subsidiar as práticas de convívio de seus usuários, poderá ainda abrigar exposições artísticas de arte contemporânea do Centro Cultural. Pensando na parte Educacional do edifício e considerando seu caráter mutável ao longo do tempo, as salas de aulas destinadas ao ensino de pintura, artesanato, música e expressão corporal possuem caráter multifuncional, divididas por painéis acústicos que moldam o espaço conforme a necessidade do momento.
5.4 DIRETRIZES PROJETUAIS De modo geral, como já retratado, o equipamento de cultura, educação e esportes, busca subsidiar práticas de cidadania e sociais para a população, resgatando a relação de convívio e bem-estar de Ribeirão Preto, independentemente da classe social e idade de seus habitantes. O quadro ao lado relaciona as diretrizes genéricas e projetuais do edifício proposto. Vale a pena salientar também o intuito de englobar os barracões da CIANÊ ao projeto, que após passar por todos os processos de restauração, auxiliará o Centro Cultural na parte de exposições, tornando-se um museu.
61
5.5 PROGRAMA DE NECESSIDADES
5.6 FLUXOGRAMA
5.7 ZONEAMENTO
63
BARRACÕES CIANÊ (PRÉ - EXISTENCIA)
513.00
525.00
ACESSO SUBSOLO CARGA E DESCARGA
524.00
515.75
AV. MARECHAL COSTA E SILVA
511.00
515.75
511.00
AV. E
ANDR DUARDO
EA MAT
ARAZZO
RTE) (VIA NO
511.00
513.00
516.00
518.00
RUA AMAZONAS (PROPOSTA DE CONTINUAÇÃO)
ACESSO DE VEÍCULOS PARA SUBSOLO
IMPLATAÇÃO N 0
25
50
75
100
CORTE URBANO
64
CORTE COM O ENTORNO URBANO 0 25 50 75 100 Esc.: 1:100
C 10
0.7
10
0.7
10
0.7
10
0.7
10
0.7
0.7
0.7
VISTA 01 10
0.7
10.2
17
12
0.7
9.8
B
16
17
10.2
18
15
14
0.7
PRIMEIRO PAVIMENTO
SOBE
12 - Foyer/Recepção = 680.00 m2 13 - Teatro = 2720.00 m2 14 - Sanitários Masc.,Fem. e PNE = 75.00 m2 15 - DML = 10,70m2 16 - Depósito Teatro = 25 m2 17 - Camarins = 40.00 m2 18 - Área Administrativa = 220.00 m2
0.7
VISTA 03
19 - Ginásio Poliesportivo = 1600.00m2 20 - Enfermaria 70.00 m2 21 - Vestiários Mas., Fem. e PNE = 200.00 m2 22 - Depósito = 50.00 m2 23 - Coordenadoria Esportiva = 30.00 m2 24 - Área Aquática = 1000.00 m2
24 13.7
23
0.7
B 22
19
11.13
B
13.70
0.7
21
Camada de Vegetação Camada de Solo Camada Drenante (cascalhos) Membrana à prova d'água
20
0.7
B
13
Manta Asfáltica N
0.7
9
0.7
9
0.7
9
0.7
9.89 VISTA 02
12.38
0.7
9
0.7
9
0.7
9
0.7
Camada de Concreto
PRIMEIRO PAVIMENTO Esc.: 1:300
Stell Deck Tubulações de Ar Condicinado e Instalações Elétricas
C
Viga Perfil H
DETALHE 1 - TETO JARDIM Esc.: 1:25
18.80
15.00
10.00
5.00
0.00
-4.50
CORTE A-A Esc.: 1:300
C 10
0.7
10
0.7
10
0.7
10
0.7
10
0.7
10
0.7
10
0.7
10
0.7
10
0.7
10
0.7
10
0.7
10
0.7
10
0.7
10
0.7
10.2
0.7
0.7
VISTA 01
0.7
32 31
B 9.8
28
29
30
B 33
33
33
0.7
27 26
0.7
10.2
25
13.7
0.7
VISTA 03
SOBE
B
11.13
0.7
B
34
SEGUNDO PAVIMENTO
0.7
13.70
0.7
25 - Sanitários (Masc., Fem. e PNE) = 75.00 m2 26 - D.M.L = 10.70 m2 27 - Camarins = 40.00 m2 28 - Exposições Permanentes = 75.00 m2 29 - Pátio Interno = 1000.00 m2 30 - Café = 400.00 m2 N
0.7
9
0.7
9
0.7
C
9
0.7
9.89
0.7
12.38
0.7
9
0.7
9
0.7
9
0.7
SEGUNDO PAVIMENTO Esc.: 1:300
VISTA 02
Treliça Metálica Painéis Metálicos Perfurados 17.50
Treliças de Travamento da Cobertura
Laje Impermeabilizada (Técnica)
Terraço Jardim
Rampa de Acesso ao Terreço Verde ( I = 8%, C= 29,00 metros)
15.00
10.00
5.00
0.00
-4.50
CORTE B-B Esc.: 1:300
31 - Sanitários (Masc., Fem. e PNE) = 75.00 m2 32 - Salas de Aula de Uso Multifuncional = 425.00 m2 33 - Depósito e Lavagem de materiais = 25.00 m2 34 - Academia = 400.00 m2
C 10
0.7
10
0.7
10
0.7
10
0.7
10
0.7
10
0.7
10
0.7
10
0.7
10
0.7
10
0.7
10
0.7
10
0.7
10
0.7
10
0.7
10.2
0.7
0.7
VISTA 01
42
0.7
40 41 9.8
B
43
39
38
B 43
43
0.7
37 36
0.7
10.2
35
TERCEIRO PAVIMENTO 35 - Sanitários (Masc., Fem. e PNE) = 75.00 m2 36 - D.M.L = 10,70 m2 37 - Camarins = 40.00 m2 38 - Biblioteca = 75.00 m2 39 - Auditório = 70.00 m2 40 - Salas Multifuncionais para Musica e Dança = 65.00 m2 41 - Sanitários (Masc., Fem. e PNE) = 75.00 m2
13.7
0.7
VISTA 03
48
42 - Salas de Aula de Uso Multifuncional = 425.00 m2 43 - Depósito e Lavagem de materiais = 25.00 m2 44 - Quiosque/Café Fitness = 200.00 m2 44 - Salas de Ginástica Funcional = 150.00m2
Laje de Concreto Impermeabilizada
B
B
Steel Deck
11.13
0.7
44
Viga Perfil H
0.7
Pilar Perfil H Vidros Corrediços
45 13.70
Painéis Metálicos Perfurados
0.7
Forro Metálico Perfurado Instalações Elétricas 0.7
9
0.7
9
0.7
9
0.7
9.89
12.38
VISTA 02
C
0.7
9
0.7
9
0.7
9
0.7 N
TERCEIRO PAVIMENTO Esc.: 1:300
Dutos de Ar Condicionado por exaustão
Perfis de Fixação dos Vidros 18.80
Laje Impermeabilizada
Passarela Elevada de Conexão entre os Blocos Telha Termoacústica
15.00
Treliça de Travamento 10.00
Paíneis Metálicos Perfurados
Perfis de Fixação dos Painéis
5.00
0.00
-4.50
CORTE C-C Esc.: 1:300
DET. FIXAÇÃO DOS VIDROS E PAINÉIS Esc.: 1:50
01
08
09
B
B
07
11
03
02
05
04
06 93 94
01
05
09
02
06
10
57 58 59
20
39
21
03
07
11
04
08
12
ELEVAÇÃO 02 Esc.: 1:300
60 61 62
19
18 17 16
15 14 13 12
B
11
22
40
23
41
63
24
42
64
25
43
65
26
44
98
27
45
97
28
46
96
29
47
95
30
48
66
C
13
16
14
17
12 15
18 75
84 01 02 03 04 05 06
31
49
32
50
68
77
86
06
33
51
69
78
87
05
34
52
70
79
88
04
35
53
71
80
89
03
36
54
72
81
90
02
37
55
73
82
91
01
38
56
74
83
92
10
67
76
85
B
07 08 09 10 11 12 13
09 08 07
18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
N
SUBSOLO 01 - Carga e Descarga = 530. 00m2 02 - Lixo = 27.00 m2 03 - D.M.L = 10.70 m2 04 - Depósito = 33.50 m2 05 - Copa e Descanso de Funcionários = 38.00 m2 06 - Sanitário Masc. = 24 m2 07 - Sanitários PNE = 20m2 08 - Sanitário Fem. = 24 m2 09 - Setor Operacional = 200.00m2 10 - Escionamento = 4.190 m2 11 - Circ. Vertical Cultural = 33.40
14 15 16 17
C
ELEVAÇÃO 03 Esc.: 1:300
SUBSOLO Esc.: 1:300
ELEVAÇÃO 01 Esc.: 1:300
5.8 MEMORIAL DESCRITIVO CONCEITO E PARTIDO A partir do cenário urbano atual, marcado fortemente por influências mercadológicas, busca-se através do Centro Cultural, Educacional e Esportivo amenizar os efeitos negativos ocasionados pelo lucro imobiliário, devolvendo parte do território urbano de Ribeirão Preto à sua população, independentemente de sua classe social e idade, proporcionando assim, melhor qualidade de vida e a possibilidade de participação e transformação do espaço urbano que a integra.
uso da população. Ao chegar pela Via Norte, o usuário poderá permear pelos volumes a partir do teatro e ginásio poliesportivo. A partir de então, um sistema de escadas internas e externas, e elevadores os levarão até os demais ambientes. Entre os dois edifícios será constituído uma praça externa, dotadas de escadas e rampas, que além de servirem como circulação, também poderão ser usadas como mobiliário urbano. Pela Avenida Marechal Costa e Silva, os usuários terão acesso direto aos terraços jardins. Ao meio dos dois volumes, uma passarela, também moldada em estrutura metálica, garantirá a conexão entre eles.
O Equipamento será inserido em uma área localizada na Zona Norte de Ribeirão Preto, área esta que abriga um importante edifício histórico do município: os antigos Galpões da Antiga Cia Metalúrgica. No século passado esses edifícios foram os responsáveis pela urbanização do entorno, pontuando-se como participante principal na economia de Ribeirão Preto. Desta forma, busca-se também a revalorização da área de inserção do objeto, de modo a transformála, novamente, em um importante ponto para o município, de modo a subsidiar as práticas sociais da população, resgatando suas relações de convívio e bem-estar.
As demais partes do edifício será composto por Núcleo administrativo, Café, Espaço para Exposição Artísticas permanentes, pátio de convívio interno e externos – onde também poderão abrigar apresentações e exposições artísticas -, salas de aula multifuncionais, moldadas conforme a necessidade local por painéis móveis acústicos, podendo oferecer atividades de artesanato, informática, música, e até mesmo dança.
Sendo assim, o CCEE Ribeirão Preto busca alcançar grande parte dos usuários da cidade, principalmente aos que se encontram na faixa etária entre os 12 e 60 anos, oferecendo atividades de cultura, teatro, exposições artísticas, oficinas artísticas de pintura e artesanato, podendo até contemplar aulas tecnológicas de fotografia e informática. Além disso, o edifício ainda oferecerá uma infraestrutura a prática de esportes, por meio de piscina semiolímpica, academia, salas de ginástica funcional e quadra poliesportiva. O edifício ainda oferecerá em seu entorno um espaço comum público voltado para as práticas de convívio e lazer de toda a população.
MATERIALIDADES E SISTEMA CONSTRUTIVOS
Ao distribuir o programa no local, buscouse ao máximo atribuir ao local uma característica de multifuncionalidade. Desta maneira toda a planta encontra-se locada ao meio do edifício, deixado seus extremos para a circulação e convivência dos usuários.
DISTRIBUIÇÃO DO PROGRAMA Os usuários do edifício terão a opção de acessá-lo tanto pela Avenida Eduardo Andrea Matarazzo (Via Norte) quanto pela Marechal costa e Silva. Os volumes assentam-se em um terreno com 13 metros de desnível topográfico, favorecendo a criação de terraços jardins para
Como solução estrutural, será adotada a utilização de placas de lajes Steel Deck e estrutura metálica, configuradas em forma de grandes treliças dispostas nas maiores dimensões dos dois blocos, garantindo assim maiores vãos e sustentabilidade, em razão das estruturas de aço serem de baixo impacto ambiental se comparado a outros tipos de sistemas construtivos devido a baixa produção resíduo na fabricação e montagem, além da considerável diminuição no tempo de obra. A escolha deste sistema também se deve pela alusão aos ambientes industriais, criando um maior vínculo com os barracões Cianê. Neste sentido, será adotado o uso de perfilados do tipo H, com seção 70x70, para pilares e vigas e o contraventamento desta estrutura será atribuído à perfis com seção de 50x50, configurados conforme o esquema ao lado.. Os vidros também serão largamente usados na construção, com o objetivo de criar uma certa transparência nos ambientes do edifício, favorecendo a relação entre os espaços internos e externos. Para solucionar as questões de conforto térmico interno será prevista na maior parte das fachadas elementos de panéis perfurados metálicos, que além de
atuarem na proteção solar, também favorece na trasnparência do edifício e na composição de desenhos à facha.
PERSPECTIVA EXTERNA (ENTRADA PELA VIA NORTE)
PERSPECTIVA EXTERNA (ENTRADA PELA VIA NORTE)
BIBLIOTECA
BIBLIOTECA
CAFÉ (VOLUME CULTURAL)
ÁREA AQUÁTICA
GINÁSIO POLIESPORTIVO
5.9 CONSIDERAÇÕES FINAIS O espaço urbano nada mais é do que fruto das relações entre aspectos públicos e privados. Neste aspecto, a cidade deve permitir que o cidadão tenha a oportunidade de se relacionar, de experimentar, de existir, de sentir-se como membro do lugar, de pensar, refletir e agir sobre o espaço. E é para estas questões que estão direcionados os olhares contemporâneos para a construção do ambiente urbano. E mais do que isto, as discussões sócio-espaciais atuais circulam entorno de um dilema político
76
fundamental: a reivindicação do direito à cidade. Neste contexto, O Centro Cultural, Educacional e Esportivo surge pela necessidade atual de criar espaços que devolva a cidade um dos principais pontos para sua vitalidade: a relação coletiva de seus habitantes. Durante a realização deste trabalho, percebi que a arquitetura permite desenvolver conceitos funcionais dos elementos da construção, e que nós, como Arquitetos e Urbanistas não devemos projetar somente considerando as questões de
espacialidade, mas também considerar seus
usuários de modo geral. A profissão exige pensar em diversas escalas, muitas vezes com soluções globais que afetam o meio urbano ao detalhe do encaixe da estrutura. Assim, o presente trabalho é resultado dos meus aprendizados que obtive durante estes cinco anos de curso de graduação, aprendizado esse que não possui começo nem fim, pois a arte de projetar se faz com cada uma de nossas memórias.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALVES, Manoel Rodrigues. Cidade Contemporânea: questões conceituais da conformação de sua espacialidade. Artigo da Revista FCT, Universidade Estadual de São Paulo- UNESP, 2009. Disponível em: <http:// revista.fct.unesp.br/index.php/topos/article/ viewFile/2196/2009>. Arquivo Público e Histórico de Ribeirão Preto, Companhia Eletrometalúrgica Brasileira. Disponível em: <http://www.arquivopublico. ribeiraopreto.sp.gov.br/scultura/arqpublico/ historia/i14metmetalurg.htm>. Acesso em 04 de abril de 2017. BENEVOLO, Leonardo. História da cidade. Editora Perspectiva, 3ª ed. São Paulo, 1997.
Arquitetura e Urbanismo. Universidade de São Paulo, 2009. RAMOS, Luciene Borges. Centro Cultura: território privilegiado da ação cultural e informacional na sociedade contemporânea. Artigo apresentado no Terceiro Encontro de Estudos Multidisciplinares em Cultura. Salvador, 2007. RIBEIRO, Luciana Pagnano. Conforto Térmico e a Prática do Projeto de Edificações: recomendações para Ribeirão Preto. Dissertação (Mestrado) – Escola de Engenharia de São Carlos. Universidade de São Paulo, São Carlos, 2008.
GALDINO, Rosangela. Os equipamentos culturais da modernidade em Ribeirão Preto: os cinemas e tetros. Universidade de São Paulo, 2007.
ROGERS, Richard. GUMUCHDJIAN, Philip. Cidades para um pequeno planeta. Tradução Anita Di Marco. 1ª Edição. Editorial Gustavo Gili SA, Barcelona, 2001.
GUEDES, Joaquim. Monumentalidade x cotidiano: a função pública da arquitetura. Arquitextos, São Paulo, ano 06, n. 071.01, Vitruvius, abr. 2006 <http://www.vitruvius.com.br/ revistas/read/arquitextos/06.071/359>.
ROSSI, Oriode José. O projeto de arquitetura do Espaço Brooklin: da concepção à implantação. Dissertação de Mestrado em Arquitetura e Urbanismo. Universidade de São Paulo, 2007.
GEHL, Jan. La humanización del espacio urbano. 5ª ed. Tradução Maria Tereza Valcarce. Editora Reverté S.A, Barcelona, 2006.
SANTOS, Milton. A natureza do espaço: técnica, razão e emoção. 4ª ed. Editora da Universidade de São Paulo, São Paulo, 2006.
GEHL, Jan. Cidade Para Pessoas. Tradução Anita Di Marco. 1ª Edição. Editora Perspectiva, São Paulo, 2013.
SCOCUGLIA, Jovanka Baracuhy Cavalcanti. O Parc de la Tête d’Or: patrimônio, referência espacial e lugar de sociabilidade. Arquitextos, São Paulo, ano 10, n. 113.03, Vitruvius, out. 2009 Disponível em: <http://www.vitruvius.com.br/ revistas/read/arquitextos/10.113/20>.
JACOBS, Janes. Morte e vida das grandes cidades. Trad. Carlos S. Mendes Rosa. São Paulo, Editora Martins Fontes, 2000. LERNER, Jamie. Acupuntura urbana. 5ª ed. Editora Record, Rio de Janeiro, 2011. MACHADO, Débora. Público e Comunitário: Projeto arquitetônico como promotor do espaço de convivência. Dissertação de mestrado em
VIOLA, Rafael Brechani. Intervenção Urbana na Avenida Saudade em Ribeirão Preto- SP. Monografia apresentada ao Centro Universitário Moura Lacerda para obtenção de título em bacharel em arquitetura e urbanismo. Ribeirão Preto, São Paulo, 2016.
77
Acerca das Relações Sociais, Equipamentos e Espaços Públicos: Projeto de um Centro Cultural, Educacional e Esportivo para Ribeirão Preto
NATHALIA CARDOSO DE OLIVEIRA
2017