Maternidade Humanizada|Nathália Ferreira Bussioli

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FICHA PERINATAL - Fictícia

Sistema Único de Saúde

NOME COMPLETO DA GESTANTE

COMO GOSTA DE SER CHAMADA:

ENDEREÇO

ESTADO CÍVIL SOLTEIRA

PESO ANTERIOR

IDADE

M.H.

ILUSTRAÇÃO PRÓPRIA

CIDADE CASADA

OUTRO

ALTURA (CM)

GRAVIDEZ RISCO HABITUAL

ALTO RISCO

FORMÇÃO NENHUMA

FUNDAMENTAL

GRAVIDEZ PLANEJADA SIM NÃO

MÉDIA

SUPERIOR

GRUPO

GRUPO SANGUÍNEO

Rh +

Rh -

Maternidade Humanizada

Maternidade pública baseada em princípios da humanização do espaço Aluna: Nathália Ferreira Bussioli

“Humanizar é tirar o outro do anonimato.” - Poeta Douglas Domingos Américo

ANTECEDENTES FAMILIARES DIABETES TRANFERIDA NÃO

HIPERTENSÃO ARTERIAL

GEMELAR

UNIDADE

OUTROS DUM

GESTAÇÃO ATUAL FUMO (Nº DE CIGARROS) ÁLCOOL OUTRAS DROGAS VIOLÊNCIA DOMÉSTICA HIV/AIDS SÍFILIS TOXOPLASMOSE INFECÇÃO URINÁRIA ANEMIA INC. ISTMOCERVICAL AMEAÇA DE P. PREMAT. ISOIMUNIZAÇÃO RH OLIGO/POLIDRÂMNIO ROTURA P. MEMBRANA CIURURGIA

DPP

/ /

SIM SIM SIM SIM SIM SIM SIM SIM SIM SIM SIM SIM SIM SIM SIM SIM SIM

NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO

DPP eco

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Projeto de Arquitetura MEMORIAL

PROPOSTA MATERNIDADE HUMANIZADA UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO - Swift Localização do projeto: RUA 1; BAIRRO CIDADE SIGER CAMPINAS -SP

Maternidade Humanizada |

CAMPINAS 2020

M.H.



Universidade São Francisco Curso de Arquitetura e Urbanismo Trabalho Final de Graduação

Maternidade Humanizada Universidade São Francisco Nome da Autora: Nathália Ferreira Bussioli Prof. Orientadora: Bárbara Puccinelli Perrone Campus Campinas 2020



DEDICATÓRIA “Dedico este trabalho primeiramente а Deus, por ser essencial em minha vida, e autor da minha história, dedico esse trabalho a um sonho, e que espero ainda realizar, a arquitetura é minha paixão, e torna-la mais humana e digna é o que me motiva constantemente, sendo uma das razões pelas o qual eu escolhi este tema. Dedico esse projeto a todas as mães, mulheres e famílias que ainda sonham com dias melhores, a eles que dependendem constantemente do sistema público, e ficam à mercê de suas atitudes. Dedico ао mеυ pai Marcos Roberto, minha mãе Edinéia, a minha irmã Natasha, minha prima Aryella, e a minha tia Ândrea, que me incentivaram e se envolveram tanto no tema quanto eu. Obrigada família, vocês são tudo para mim, agradeço pelo carinho е apoio, vocês não mediram esforços para qυе еυ chegasse аté esta etapa da minha vida. Sem vocês, esse trabalho e muitos dos meus sonhos não se realizariam.”



Uma visão realista, otimista e futurista, por mudanças pequenas e soluçoes arquitetônicas.


B o le t í n In for mat iv o I LUST R A Ç Â O P R Ó P R I A *Veja as reportagens completas em ANEXO B



FOTOGRAFIA Ker-Fox Photography Fonte: kerfox.com


MATERNIDADE HUMANIZADA E O RESPEITO A NATUREZA HUMANA “Para criar, você deve questionar tudo primeiro”. - Eileen Gray

FOTOGRAFIA Brittany Fisher Fonte: micahlynnbirthstories.com


ASSINATURA


AGRADECIMENTOS Nesse breve parágrafo, venho agradecer primeiramente aos que me incentivaram a ser cada dia mais uma pessoa melhor, a se preocupar com o próximo a ponto de utilizar os estudos a favor, obrigada família, agradeço todos vocês, mãe, prima, tios, e tias, ao meu pai, e a Deus, meu guia e protetor. A gradeço a professora Bárbara, pela orientação, e sua grande dedicação em nos orientar. Agradeço aos meus amigos que trabalham na área da saúde, e que me instruíram e me orientaram sob informações as quais não pude visitar presencialmente devido a situação pandêmica, vocês me ajudaram, e muito. Agradeço tia Andrea, pelas belas palavras e direcionamento. Eu amo todos vocês, obrigada por presenciarem e me ajudarem nessa grade etapa da minha vida.


1 2 3

4

INTRODUÇÃO OBJETIVOS

18 24

2.1. Objetivo Geral 2.2. Objetivo Específico

TEMA

30

ESTUDO ÁREA DE IMPLANTAÇÃO

66

3.1. Saúde pública da mulher 3.2. Saúde mental da mulher na maternidade 3.3. Qualidade e atenção na relação entre profissionais da saúde e pacientes 3.4. Regulamento Técnico para Funcionamento dos Serviços de Atenção Obstétrica e Neonatal segundo Agência Nacional de Vigilância Sanitária 3.5. Humanização de maternidade e Estratégias que recuperam a saúde dos usuários 3.5.1. Parto Humanizado, normal e natural 3.5.2. O papel da cor na arquitetura 3.5.3. A influência das cores sob nosso corpo e psicológico. 3.5.4. Iluminação artificial e sua influencia direta sobre o equilíbrio fisiológico e psicológico dos pacientes 3.5.5. O conforto hidrotérmico 3.5.6. Espaços Verdes e o uso da vegetação dentro e fora da arquitetura 3.5.7. A arte racional de projetar e pensar nas futuras adaptações 3.5.7.1. Aplicações modulares futuras e suas tipologias 3.4.8. Construção comunitária

4.1. Estudo Macro 4.2. Levantamentos 4.2.1. Histórico 4.2.2. Legislação 4.2.3. Uso e ocupação 4.2.4. Cheios e vazios 4.2.5. Topografia 4.2.6. Infraestrutura e mobiliário urbano 4.2.7. Criminalidade, pontos de Interesse e mobilidade de pedestres 4.2.8. Transporte público 4.3. Rede de auxílio a mulher 4.4. Leitura do território e estudo micro 4.4.1 Entorno imediato 4.4.2 Terreno


5 6 7

8

REFERÊNCIAS PROJETUAIS

114

ESTUDO DE CASO

130

PROJETO MATERNIDADE HUMANIZADA

140

5.1. Butaro Hospital 5.2. Panzi Hospital 5.3. Casa Brasília 5.3. Casa Oasis

6.1 Triologia do documentário: O renascimento do parto 6.2. Maternidade Pro Matre Paulista

7.1. Conceito e Partido 7.2. Programa de necessidades 7.3. Fluxograma 7.4. Topografia 7.5. Análise bioclimática 7.6. Materialidade 7.7. Implantação 7.8. Evolução da forma 7.9. Plantas técnicas 7.10. Cortes 7.11. Elevações 7.12. Perspectivas 7.13. Detalhamentos

E.I.V. ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

9 ANEXOS 10 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

275 283 301


A forma humana: irregular, imperfeita, enrugada e unica.

F OT O GR A F I A A gnieszk a L e pk a Fonte : https://cargo col le c tiv e .com /le pk ie

Natureza: selvagem, misteriosa extraordinรกria e singular.



M.H. maternidade humanizada


FOTOGRAFIA Nayara Andrade Fonte: https://www. nayaraandradefotografia.com/gallery/3


“ O parto tem hora certa e não hora marcada.” - Doula Erica de Paula


Maternidade Humanizada | Capítulo 1

1 INTRODUÇÃO

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M.H.


INTRODUÇÃO O presente estudo constitui-se em uma pesquisa e análise da Região Campo Belo, bairro periférico de Campinas, e atua com uma proposta projetual de uma maternidade pública oferecendo infraestrutura completa e atendimento humanizado aos moradores da região com atenção a saúde das mulheres gestantes. Segundo a Constituição de 1988, a qual discorre sobre os direitos e deveres voltados a saúde da população em seu Artigo 196, deixa claro que:

Maternidade Humanizada | Capítulo 1

“A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução dos riscos de doença e de outros agravos e o acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação”. (BRASIL, [2016])

20 M.H.

Tal preceito é complementado pela lei 8.080/90, em seu artigo 2º: “A saúde é um direito fundamental do ser humano, devendo o Estado prover as condições indispensáveis ao seu pleno exercício”. Esculpido entre linhas da nossa Constituição, o direito à saúde é de todos e vem como dever do Estado garantir tal exercício. No Brasil, possuímos um dos maiores e mais complexos sistemas de saúde pública do mundo, que teria como função cumprir tal alusão da norma constitucional. No entanto, pesquisas controvertem esse fato. Segundo estudos da consultoria norte-americana Bloomberg (2013), que avaliou e estabeleceu um índice de eficiência do sistema de saúde de 48 países que possuem PIB per capita acima de US$ 5.000, o Brasil destaca-se na 45ª posição, deixando o SUS entre os sistemas de saúde pública mais ineficiente do mundo. Outra questão a ser levantada no cenário brasileiro é a falta de humanização na saúde, que segundo pesquisas mais recentes registradas pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), o número de ações por erro médico com relação a falta de ambientes humanizados vem crescendo intensamente. Desse modo, a carência da humanização em ambientes da saúde abre espaço para condutas que lesam os pacientes de forma física e/ou psicológica em momentos de maior fragilidade. Apesar disso, pouco é feito para ampliar a assistência plena aos pacientes, tanto no âmbito público quanto no privado. “Constatado pela recente pesquisa do CFM, foi registrado que 55% dos brasileiros avaliam a saúde do país como ruim ou péssima;” completando que somente “10% considera boa” afirma o advogado Raul Canal, presidente da Sociedade Brasileira de Direito Médico e Bioética (ANADEM), já os 34% classificam como regular.


Maternidade Humanizada | Capítulo 1

A ineficácia da atuação e as necessidades ainda não supridas deixam a desejar em inúmeros aspectos, e vem sendo um problema e realidade de todos os brasileiros que dependem. Segundo a Pesquisa Ibope, divulgada pelo jornal “O Estado de S. Paulo” em 2018 que no estado de São Paulo a saúde é o principal problema, concentrando com seus 70% de casos. Em Campinas a área pública de Saúde lidera o ranking de reclamações recebidas pela Ouvidoria da Prefeitura, que subiram 53,2% no 2º trimestre de 2018. A região do Campo Belo possui em sua totalidade 3 centros de postos de saúde que atendem uma larga demanda de pessoas, porém para casos maiores, os pacientes recorrem aos hospitais mais próximos. Voltando a atenção para a Saúde da Mulher, a situação se mostra ainda mais precária. No caso das maternidades as suas localidades estão ainda mais distantes de toda área envoltória da região estudada, no mínimo a uma meia hora de trajeto com veículo privado, e uma hora para àqueles eu não possuem. Trajeto este feito pelo transporte público. Visto que dentre os problemas para a região do Campo Belo está a falta de um pronto atendimento à mulher e a necessidade de uma maternidade, com assistência a população de baixa renda, a qual entram em trabalho de parto precocemente. Desenvolve-se assim, uma proposta arquitetônica de uma maternidade com atendimento Humanizado, propondo uma ligação direta entre a natureza externa e o ambiente construído, suprindo a demanda de baixo custo sob uma implantação dinâmica e um local que prima justamente pela saúde e bem estar das mães e bebês.

FOTOGRAFIA “Detalhes do Parto” Cindy willems. Fonte: www.birthdaygeboortefotografie.nl

21 M.H.


M.H. maternidade humanizada


FOTOGRAFIA Ker-Fox Photography Fonte: kerfox.com


“ Para mudar o mundo, primeiro é preciso mudar a forma de nascer” - Michel Odent


2 OBJETIVOS

2.1. Objetivo Geral 2.2. Objetivo EspecĂ­fico


OBJETIVOS

2.1. Objetivo Geral

Promover gradativamente a qualidade de vida e o acesso rápido ao atendimento na área da saúde da mulher em seu período gestacional, prénatal, parturiente e ao recém-nascido, através de uma estrutura e de um atendimento humanizado no Sistema Público.

Maternidade Humanizada | Capítulo 2

2.2. Objetivo Específico

26 M.H.

Projetar uma maternidade com estrutura e atendimento humanizada na Região Campo Belo, local este de grande vulnerabilidade social e carência de equipamentos voltados a saúde pública. Introduzir o conceito “humanizado” nos preceitos arquitetônicos e no tratar dos usuários do espaço proposto. Reduzir o número de adolescentes grávidas, com a ajuda de um programa de conscientização, estendendo as ações ao pré-natal. Realização de projetos internos de auxílio comunitário, contando com a colaboração de outras entidades, pertencentes à rede na qual este estará inserido, e as pessoas que farão uso desse espaço para palestras e rodas de conversas. Adaptar com futuras demandas, sugerindo modelos de aplicações modulares de fácil construção comunitária para as expansões. Fazer o uso do sistema de ecologia integrada com a natureza, visando a melhoria da qualidade de vida e a preocupação com o meio ambiente. A maioria dos problemas de saúde pública são decorrentes da organização do trabalho, da desigualdade social e do estilo de vida das pessoas. Por exemplo, algumas doenças crônicas, como LER/DORT, hipertensão, diabetes, as doenças infecto-contagiosas e outros agravos/ fenômenos da vida moderna: violência, depressão, doença mental, abandono de idosos, uso abusivo de medicamentos, entre outros. Analisando os principais Indicadores de Saúde do Município, notase o declínio da mortalidade infantil, que também está entre os fatores a serem considerados. Com o seu declínio no início da década de 70 e se mantendo numa trajetória de decréscimo, a exemplo do ano de 2004, em que a taxa de mortalidade infantil atingiu o nível mais baixo chegando a 11,0 por mil nascidos vivos. Ainda assim é um fator para o qual devemos voltar a atenção e levar esses dados ao conhecimento da população de baixa renda, visto que esse índice notório entre essa população. Assim a maternidade trará um acompanhando desde a gestação ao puerpério mediato, oferecendo apoio técnicos e humano, colaborando para a redução o número de mortalidade infantil, mortes pós-parto, e o número de mães que engravidam precocemente.


Maternidade Humanizada | Capítulo 2

F OT O GR A F I A “C olostr um Dr unk ” She a L ong Fonte :https://w w w.b ore dpanda .com / bir th-photography-comp e titionw inners-2020

27 M.H.


M.H. maternidade humanizada


FOTOGRAFIA Veronika Richardson Fonte: https://mymodernmet.com/birthbecomes-her-birth-photography-contest/


“A forma como somos recebidos no mundo fica registrada em nosso inconsciente. ” - Daiane Macluf

“ Se a criança é recebida de uma forma amorosa e respeitosa, ela responderá da mesma maneira em suas relações interpessoais. Estudos mostram que bebês que vieram ao mundo de parto violento têm maiores chances de se tornarem pessoas mais impacientes ou agressivas” - Daiane Macluf


3 T3.1. EMA Saúde pública da mulher

3.2. Saúde mental da mulher na maternidade 3.3. Qualidade e atenção na relação entre profissionais da saúde e pacientes 3.4. Regulamento Técnico para Funcionamento dos Serviços de Atenção Obstétrica e Neonatal segundo Agência Nacional de Vigilância Sanitária 3.5. Humanização de maternidade e Estratégias que recuperam a saúde dos usuários 3.5.1. Parto Humanizado, normal e natural 3.5.2. O papel da cor na arquitetura 3.5.3. A influência das cores sob nosso corpo e psicológico. 3.5.4. Iluminação artificial e sua influencia direta sobre o equilíbrio fisiológico e psicológico dos pacientes 3.5.5. O conforto hidrotérmico 3.5.6. Espaços Verdes e o uso da vegetação dentro e fora da arquitetura 3.5.7. A arte racional de projetar e pensar nas futuras adaptações

3.5.7.1. Aplicações modulares futuras e suas tipologias 3.4.8. Construção comunitária


Maternidade Humanizada | Capítulo 3

TEMA

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Visto que a saúde pública é direito de todos os brasileiros e que muitas das vezes contrasta a uma triste realidade e descaso com a população, o projeto busca melhorar esses assuntos os quais estão relacionados diretamente com o nosso bem-estar e o nosso psicológico, principalmente nos primeiros dias de vida, momento de maior vulnerabilidade emocional. O ambiente proposto terá uma arquitetura mais humanizada, harmoniosa e com uma ligação direta com a natureza, uma maternidade de parto normal humanizado. A proposta arquitetônica procura reduzir o número de partos cirúrgicos e as taxas de mortalidade materna e pós-natal, oferecendo auxílio, disponibilizando assistência médica digna, orientação e cuidados as jovens mães, as mulheres vítimas de violência sexual e todas as demais gestantes. A maternidade auxiliará na recuperação dos indivíduos em seu período gestacional e puerpério mediato, com métodos baseados nos princípios de humanização, trazendo o parto humanizado como foco aos processos dos partos. O projeto arquitetônico atua como uma iniciativa de construção comunitária, na qual propõe e instrui como construir com a ajuda e mão de obra da população local. Pondo em exercício planejamento modular, para que possa ter aplicação de futuras unidades complementares, e que contribua conforme a demanda da região. Além de colaborar nos custos, auxiliará no pertencimento dos indivíduos sob a arquitetura consolidada, sem deixar de lado a preocupação socioambiental, e a conscientização por meio desta implantação. Em síntese o projeto tem como objetivo promover holisticamente a saúde de mulheres e bebês dentro da maternidade, suprindo a carência, visando um atendimento mais humano, digno e centralizado.


FOTOGRAFIA Sabrina Pierre. Fonte:http://www.sabrinapierri.com.br/

O Sistema Único de Saúde hoje, também conhecido pela sigla “SUS”, oferece uma série de direitos voltados a saúde da mulher, em atendimentos sem custo, que vão desde sua infância até sua fase adulta, entre eles estão os acessos ao planejamento familiar, exames de mamografia, Papanicolau, à atenção humanizada durante o parto, entre outros. Dessa forma, a política nacional que visa a Atenção Integral à Saúde da Mulher em conjunto com as políticas públicas só se cumpre com o exercício do estado e do município, os quais são responsáveis por praticá-las, com atenção obstétrica, oncológica, climatério e ginecológica às mulheres em situação de violência, e populações específicas e vulneráveis (SUS. 2019). Vale lembrar a importância das ações educativas e eventos de conscientização que também são oferecidos. A atenção à saúde das mulheres, e a concretização de práticas de atenção devem ser garantidas pelo acesso a todo esse sistema planejado, responsável pelo ciclo vital feminino. Garantir o bem estar e o atendimento digno aos envolvidos, é trazer a eles condições básicas constitucionais. Porém trabalhar o diferencial para o atendimento local é muito importante, principalmente quando se trata de ambiente arquitetônico que atende às pacientes que estão prontas à dar a luz, e se encontram em seu período de grande vulnerabilidade emocional.

IMAGEM: Uma mulher grávida no Recife. Fonte: https://brasil.elpais. com/brasil/2016/06/22/ ciencia/1466616529_299644. html

IMAGEM: : Cartilha de Gestante. Fonte: https://brasil.elpais. com/brasil/2016/06/22/ encia/1466616529_299644. html

Maternidade Humanizada | Capítulo 3

3.1. Saúde pública da mulher

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Maternidade Humanizada | Capítulo 3 34 M.H.

IMAGEM: atendimento ao gestante no SUS

A reflexão sobre a prática e o atendimento oferecido pelo sistema de saúde, em muitos dos casos trazem constrangimento e desrespeito aos que são atendidos. Desta forma podemos analisar o quanto tem influencia situação social, o ser e ter, pois o descaso se encontra em uma das classes que mais sofre com as desigualdades. A classe de baixa renda, a qual depende, sem outras opções do serviço do sistema público. Constantemente a mesma vêm vivenciando o medo e o sentimento de inferioridade diante de profissionais de várias áreas, inclusiva da Saúde. Vale ressaltar que o atendimento precário se tornou um problema nacional, afetando aos que mais dependem desse sistema, aqueles que não têm outra opção, e que deveriam por direito serem atendidos sob respeito e


Maternidade Humanizada | Capítulo 3

IMAGEM: atendimento ao gestante no SUS

atenção direcionada. Segundo dados, a falta de um digno atendimento mata mais que a falta de acesso a médicos. O mesmo estudo indica que no Brasil são 153 mil casos de mortes por ano por má qualidade de atendimentos, segundo a publicação do jornal científico “The Lancet” que analisou 137 países de baixa e média renda, então é fato que isso não deve ser deixado de lado e sim, deve ser motivo de buscar ferramentas que promovam um ambiente agradável, justo e que atenda a demanda de forma mais digna e humana aqueles que necessitam. Por isso fatores como esses estão diretamente ligados a saúde mental da mulher gestante, sendo de suma importância o contato, a atenção ao paciente e ao profissional, ambiente e paciente, podendo influenciar principalmente no período gestacional, em que há grande vulnerabilidade emocional.

35 M.H.


Maternidade Humanizada | Capítulo 3

3.2. Saúde mental da mulher durante a maternidade

36 M.H.

IMAGEM: Florence Nightingale Fonte: https://upload.wikimedia. org/wikipedia/commons/ thumb/1/13/Florence_Nightingale_ three_quarter_length.jpg/1200pxFlorence_Nightingale_three_ quarter_length.jpg

O bem-estar físico, emocional e a saúde mental, sempre foram discutidos, mas em muitos casos esquecido, e principalmente em ambientes que promovem a saúde. Florence Nightingale foi uma enfermeira e escritora britânica, muito conhecida, sendo pioneira no tratamento de feridos na Guerra da Criméia. Ela buscava sempre melhorar o ambiente e garantir o bem-estar dos paciente com soluções e modelos de espaços e locais de internações, os quais inspiraram e incentivaram as divisão nas clínicas e hospitais. Dessa forma notou-se que o ambiente influencia diretamente na saúde e bem-estar dos pacientes, familiares e colaboradores da instituição, e ajuda na recuperação, qualidade de vida e promoção à saúde. Segundo análises recentes cerca de um quinto da população de mães brasileiras já tiveram depressão pós-parto. (ARRAIS, 2017). A atenção então redobra quando se trata de questões psicológicas que podem comprometer a vida e saúde da mãe e do filho. A morte e ou pensamento suicida, no período gravídico e puerperal é um transtorno raro e com uma prevalência de 1 caso a cada 1000 partos ( SCHIAVO, 2016), e se encontra com os índices entre aproximadamente 5,0% a 8,1% (FONSECAMACHADO et al.,2015) segundo a revista Pan Americana de Salud Pública, a qual conclui que geralmente quem está em risco de sofrer de distúrbios durante a maternidade são todas as mulheres, porém vale ressaltar, que em sua maioria, alguns fatores socioeconômicos fazem com que esse risco agrave, e muito. Questões como pobreza; exposição a violência doméstica e sexual; com baixo apoio familiar e social. (BROTTO, 2020), estão entre esses fatores. As demais mulheres mais propícias a tal transtornos do humor no puerpério apresentavam diagnóstico de transtorno disfórico pré-menstrual ou possuem traços de depressão no segundo ou quarto dia do pós-parto. Pacientes que trouxeram história de sensibilidade aumentada ao uso de anticoncepcionais orais também entram na lista dos mais vulneráveis (BLOCH et al.,


2005), (CAMACHO, 2016). Em ambientes como a maternidade, a saúde mental das E1 -ESTRONA mães após o nascimento do bebê se encontra muito frágil, Produzido podendo comprometer a sua alimentação e cuidados de si, e em alguns casos contribui para o aumento do risco de suicídio e ao principalmente na mesmo tempo potencializa doenças prolongadas, dificultando gordura corporal, o apego da mãe ao bebê, a amamentação e o cuidado infantil. É e nos ovários e na importante ressaltar que a gravidez é um período de mudanças placenta. não só físicas, mas também psicológicas. Outro problema da saúde mental na maternidade é a psicose, um transtorno mental marcado por ideias obsessivas e desconexão da realidade, podendo levar ao suicídio e inclusive, E2 - ESTRADIOL causar danos ao recém-nascido. A psicose pode acontecer em decorrência de uma doença Este é o tipo psiquiátrica como a esquizofrenia, ou também por uma mais ativo de condição de saúde, medicamentos ou uso de drogas. A psicose estrogênio, que puerperal é mais rara, porém possível, e que vale a atenção é o tipo que está tendo um quarto de incidência, ou seja, 1,1 e 4 para cada 1.000 envolvido no nascimentos (BLOCH, 2003). ciclo menstrual Em termos mais técnicos a Ciência explica tal vulnerabilidade emocional durante a maternidade, mostrando em estudos mais recentes que, mulheres com histórico de ansiedade e de depressão possuem riscos maiores de terem distúrbios emocionais no pós-parto, isso aumentou em 36%, E3 - ESTRIOL enquanto que para mulheres sem este histórico, o risco foi para de 32%. ( ZECCHINELLI, 2019). Principal estrogênio Pesquisas revelam que na gestação, os níveis de estrógeno da gravidez e progesterona são superiores comparados às mulheres não e secretado grávidas, e esse fator pode estar envolvido nas alterações do humor que ocorrem no período gestacional. Desta forma com sobretudo a partir a súbita baixa desses hormônios no pós-parto, é um indicador da placenta (com a da alteração de humor e o risco de depressão e ansiedade ajuda do feto). estaria envolvida na etiologia principalmente com o risco de depressão puerperal (SHOLOMSKAS, 1993). Outros estudos apresentam que o puerpério é a época de maior vulnerabilidade para o desencadeamento do primeiro E4 - ESTETROL episódio de pânico. Geralmente é de se esperar emoções como Produzido felicidades, alegria das mães, e nunca tristeza e incapacidade. durante a gravidez Segundo especialistas em psicologia perinatal, as conotações a partir do fígado imprevisíveis e as atitudes do entorno social e familiar perante do feto. ao estigma da saúde mental, influenciam, em muitas ocasiões para os problemas como depressão pós-parto. E esse distúrbios são vivenciados por mães em uma clandestinidade cultural e social marcada pelo traçado de uma cenografia subjetiva IMAGEM:Elaboração própria

Maternidade Humanizada | Capítulo 3

Hormônio Feminino

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[...] pelo segredo, medo incerteza, culpa, condenação moral e a solidão (CORDELLAT, 2018). Falar sobre a preparação para o parto, de parto humanizado e respeitoso, com o mínimo de intervenções e tendo a mulher como indivíduo principal, é tratar da saúde mental da gestante, da prevenção psicológica e ao mesmo tempo, é pensar no impacto de cada ato e procedimento neste âmbito da sua saúde, a qual precisa ser trabalhada de forma mútua e abrangente a fim de cuidar e respeitar os princípios, em favor do bem-estar do seu bebê, e de sua família. Por isso, a atenção e cuidados voltados a mãe e filhos devem ser respeitosas e são assuntos importantes a serem tratados dentro do projeto.

3.3. Qualidade e atenção entre profissionais da saúde e pacientes

Maternidade Humanizada | Capítulo 3

38 M.H.

Voltando ao bem estar emocional, é importante ressaltar que não só o ambiente influencia diretamente na saúde mental da gestante, como o atendimento e a atenção dos funcionários para com as mães e família são de extrema importância nesse período, e devem ser discutidas e levadas em consideração. As relações profissionais da saúde e paciente estão entre o tema de atenção primária e ainda é um desafio para implementação de práticas mais humanizadas dentro do ambiente em que estão inseridos. O acesso da comunidade nesse ambiente e a forma de recepcioná-la compõem pontos importantes a serem estimados, a fim de viabilizar princípios básicos importantíssimos para garantir um atendimento digno e expor as vertentes que estão ligadas ao assunto foco do projeto, que é a humanização. Portanto, há uma necessidade de rever tais princípios para que sejam melhorados na totalidade a prática e a organização dos serviços de saúde. O desconhecimento e despreparo, no cuidado e atenção ao usuário, retrata a carência de comunicação entre profissionais e população, o que causa reais deficiências deste último segmento impossibilitando e dificultando a variação das práticas de atenção à saúde, limitando os métodos e buscas nos quais os sistemas e serviços se

IMAGEM: Poder do toque Fonte:https://cmtecnologia.com.br/bl


Maternidade Humanizada | Capítulo 3

l é uma fend

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c ia

estruturam. (CAMPOS, 2006; LOPES, 2014). Em 1999, o Programa Nacional de Humanização da Atenção Hospitalar (PNHAH), vinha com essa preocupação sob a baixa qualidade no atendimento aos usuários do serviço de saúde pública. Tanto para PNHAH quanto as Portarias que tratam de assuntos sobre acolhimento e humanização, não foram suficientes para estreitar e melhorar essa relação entre o usuário e profissional/ acolhimento ao usuário do sistema público de saúde. Com a publicação do dia 30 de março de 2006 da Portaria GM n. 675 ficou aprovada a Carta dos Direitos dos Usuários da Saúde, o qual hoje consolida os direitos e deveres do exercício do atendimento mais humano, atencioso e respeitoso, por parte de todos os profissionais de saúde em todo o País. É direito de o paciente ser reconhecido e identificado pelo nome, ser informado sobre os procedimentos aos quais ele será submetido, o seu estado de saúde, ações diagnósticas e tratamentos, como também informações do tempo e duração dos mesmos, assim como localização de sua patologia, necessidade de anestesia, qual instrumento será utilizado e quais regiões do corpo serão afetadas pelos procedimentos, sendo direito do paciente autorizar ou não (BRASIL, 2006). Embora esteja estabelecido entre linhas e parágrafos suntuosos estes direitos humanos insignes, deveriam servir de modelo e referência nos espaços que prestam serviços na área da saúde, porém não ocorre a ldade s igu o s desta forma. Encontramos no cenário atual essa discrepância que e contrasta e só se intensifica em determinadas classes, uma vez analisados os dados recentes, e estudos, revela-se que essas questões estão sendo deixadas de lado e se agravando em ambientes públicos da saúde localizados em áreas mais afastadas e carentes. Outro assunto a ser discutido são os serviços obstétricos disponíveis em todo o mundo, que não são igualitários e que trazem descaso quando a questão é atendimento humano e especializado (Leal et al. 2010). Onde dificilmente encontramos ambientes que forneçam espaços assim, respeitam o ser humano e seu poder de escolha sobre tudo ao que ele está submetido. Quando o assunto é atendimento digno e respeitoso, não devemos deixar de lado questões que tiram o direito do ser humano de ser humano, como o parto e suas técnicas evolutivas e atuais, onde constantemente encontramos procedimentos cada vez mais mecânicos e artificiais, abandonando processos acatados como naturais, alegando que os artifícios tomados são medidas rápidas e menos dolorosas, fazendo o uso intenso de técnicas laboratoriais e mais induzidas possíveis.

39 M.H.

r r ac ion a l


O desenvolvimento das práticas obstétricas e buscas por soluções artificiais que trazem menos dor e sofrimento ao submetido, tentam de alguma forma facilitar estes fenômenos naturais do corpo da mulher, com métodos e aplicações que intensificam constantemente, abordando o trabalho de parto como o processo cada vez mais frio e traumático, com substâncias induzidas e nada próximo ao convencional natural. Nesses procedimentos encontramos o uso constante da ocitocina, episiotomia, alguns casos manobra de Kristeller (Silva et al. 2014 ), e o aumento significativo e preocupante das taxas de cesarianas, como também a da prematuridade e do baixo peso ao nascer, fora outros serviços que caracterizam a fragilidade dos cuidados prestados. (Leal et al. 2010; Silva et al. 2014 ).

Maternidade Humanizada | Capítulo 3

3.4. Regulamento Técnico para Serviços de Atenção Obstétrica e Neonatal segundo Agência Nacional de Vigilância Sanitária

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O Regulamento do Sistema Público de Saúde que rege espaços que oferecem a atenção humanizada estabelece na Resolução nº 36, de 3 de junho de 2008, uma norma que regula a Obstetrícia e Neonatologia, foi necessário considerá-la para criação de uma Maternidade Humanizada, considerando a Política de Humanização do Parto e Nascimento, instituída pela Portaria GM/ MS n. 569, de 01 de junho de 2000, e a Política Nacional de Humanização da Atenção e Gestão da Saúde, implementada pelo Ministério da Saúde em 2003; Conforme a norma brasileira que regula o funcionamento de serviços técnicos de atenção obstétrica e neonatal em seu artigo 2º da Agência Nacional de Vigilância Sanitária: “Art. 2º Estabelecer que a construção, reforma ou adaptação na estrutura física dos Serviços de Atenção Obstétrica e Neonatal deve ser precedida de avaliação e aprovação do projeto físico junto à autoridade sanitária local, em conformidade com a RDC/Anvisa n. 50, de 21 de fevereiro de 2002, e RDC/ Anvisa n. 189, de 18 de julho de 2003.” (BRASIL, 2008, Art. 02).

Ou seja, todo e qualquer ato, construção reforma ou mesmo adaptação na estrutura em serviços que prestam atenção Obstétrica e Neonatal, devem ter aprovação e


avaliação desta norma, o projeto deve estar de acordo com o que norma regulamenta, para o bom funcionamento técnico e futura aprovação, sejam eles públicos, privados, civis ou militares. Entre as definições destacadas neste artigo, uma que vale reforço é importância de trabalhar a humanização no atendimento, como cita no item transcrito:

Outro fato a ser destacado, são as estratégias que garantem que todo esse contexto seja considerado com um espaço humanizado, um deles está baseado em métodos específicos como o Método Canguru: modelo de assistência perinatal voltado para o cuidado mais humano, o qual reúne estratégias de intervenção biopsicossocial, integradas, na qual inclui contato pele-a-pele precoce e crescente, além de permitir uma participação maior dos pais e família envolvidos nos cuidados neonatais. Seguindo a norma, que cita preceitos básicos que devem ser seguidos e oferecidos em espaços humanizados, são eles: quartos de pré e pósparto (PPP) com capacidade para um leito, banheiro anexo (BRASIL, 208, p.01). Nos quartos de alojamento conjunto, o ambiente deve ter espaço para os berços do recém-nascido, e para a puérpera após a primeira hora de dequitação, contando com banheiro anexo. (BRASIL, 208, p.01). Já os espaços destinados as enfermarias, segundo a norma, eles devem conter alojamento integrado aos ambientes destinados a assistência a puérpera e seu recém-nascido, após a primeira hora de dequitação, e um outros com capacidade de 03 (três) a 06 (seis) leitos e berços, com banheiro anexo, sofrendo variações conforme a demanda e necessidades da região. (BRASIL, 208, p.01). O espaço será destinado a atendimentos específicos, com o foco e atenção não só a mulher e ao recém-nascido, mas ao bem estar dos seus acompanhantes e familiares, visitantes externos e trabalhadores da instituição, além do gestor do sistema (BRASIL, 208, p.01). Conforme estabelecido pela norma, o espaço deve dispor de serviços que garantam o acesso em tempo integral, funcionando 24 horas,

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“Humanização da atenção e gestão da saúde: valorização da dimensão subjetiva e social, em todas as práticas de atenção e de gestão da saúde, fortalecendo o compromisso com os direitos do cidadão, destacando se o respeito às questões de gênero, etnia, raça, orientação sexual e às populações específicas garantindo o acesso dos usuários às informações sobre saúde, inclusive sobre os profissionais que cuidam de sua saúde, respeitando o direito a acompanhamento de pessoas de sua rede social (de livre escolha), e a valorização do trabalho e dos trabalhadores.” (BRASIL, 2008, Art. 02).

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contando com recursos terapêuticos e de diagnósticos, e em alguns casos, se necessário pode incluir Laboratório clínico; Laboratório de anatomia patológica; Serviço de ultrassonografia, e Dopplerfluxometria; Serviço de ecocardiografia; Assistência hemoterápica. O espaço também deve garantir um ambiente para assistência clínica cardiológica; clínica nefrológica; clínica neurológica; clínica geral; clínica endocrinológica; cirúrgica geral; além de unidades de Terapia Intensiva adulto e neonatal. Além disso deverá conforme a RDC/Anvisa n. 171, de 04 de setembro de 2006, o espaço tem que conter uma área destinada para ao Banco de Leite Humano, com disponibilidade de leite humano ordenhado e pasteurizado. (BRASIL, 208, p.01). Aos ambientes que oferecem serviço de Atenção Obstétrica e Neonatal e que realizam mais de sessenta transfusões por mês, é necessário que uma agência transfusional fique dentro da maternidade, conforme disposto na RDC/Anvisa n. 153, de 14 de junho de 2004. (BRASIL, 208, p.02).

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FOTOGRAFIA Ker-Fox Photography Fonte: kerfox.com

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FOTOGRAFIA: Fonte: https:// mymodernmet.com/birth-becomes-herbirth-photography-contest/

IMAGEM: Ilustração. Fonte: https://i.pinimg.com/564x/73/ ec/10/73ec1056562b3caf5984e2912567 53e1.gec/10/73ec1056562b3caf5984e 291256753e1.jpg


3.5. Humanização de maternidade e Estratégias que recuperam a saúde dos usuários

Imagem 10 - Enfermeira na década de 80. Fonte:https://www.pinterest.jp/ pin/195062227588902244/

FOTOGRAFIA. Bruna Costa Recém-nascida segurando mão de médica após o nascimento. Fonte: https://iviagora.com.br/ noticia/3414/ainda-dentro-dabarriga-da-mae-bebe-segura-maode-medica

FOTOGRAFIA. Bruna Costa. Parto Cezária . Fonte:https://iviagora.com.br/ noticia/3414/ainda-dentro-dabarriga-da-mae-bebe-segura-maode-medica.

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Segundo Ministério Público Federal, no Brasil o número de denúncias de violências obstétricas cresceu, com isso abriu-se um inquérito civil público para averiguar os casos de desrespeito, violência e qualquer ato ou intervenção dispensável sobre a parturiente ou ao neonato no momento do parto, como também, praticas adotadas sem o consentimento da mãe e/ ou em desrespeito a integridade física, psicológica de sua autonomia própria e direito, indo contra os seus sentimentos e opções. (Silva et al. 2014). É de extrema importância evidenciar e reconhecer a mulher como sujeito ativo e protagonista do parto, dando-a o direito de escolha. É por isso que humanizar também trata a decisão e escolha como um dos pilares e base de seu conceito. Em 2003 foi lançada a Política Nacional de Humanização (PNH), com foco tornar o espaço mais humano, com o intuito de pôr em exercício os princípios do SUS e hábitos dentro do serviço de saúde voltados a essa atenção humanizada, provocando modificações na forma de administrar e cuidar. A importância da valorização dos ambientes, da organização e criação de espaços acolhedores, tornou uma das diretrizes lançada pela PNH. A humanização pode ser definida também, como a forma que o usuário percebe o espaço os elementos de textura, cor do ambiente, mobiliários entre outros. Por isso, uma proposta arquitetônica que integra assuntos como: maternidade ou qualquer outro ambiente hospitalar deve trabalhar soluções inteligentes e inovadoras, capazes de propor espaços que gerem menos estresses aos usuários, que façam uso dos consentimentos citados anteriormente, pondo em prática valores humanos no centro do atendimento. Dentro do campo da arquitetura aplicada à maternidade Humanizada, deve-se pensar projetos que atendam a necessidade da região lembrando que o espaço construído influencia diretamente o bem estar emocional e percepção do ambiente, buscando proporcionar um recinto acolhedor que respeita a

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IMAGEM: Quarto de parto humanizado. Fonte:https://hspaulo.com.br/ervicos/ maternidade

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FOTOGRAFIA Parto Humanizado. Belle Verdiglione. Fonte: https://storage.alboom.ninja/ sites/5911/albuns/323973/img8229. jpg?t=1537989067

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3.5. Parto Humanizado, normal e natural

FOTOGRAFIA. Parto humanizado. Dania Watson Fonte:https://brasil.elpais.com/brasil/2020/02/11/ album/1581411272_918303.html#foto_gal_14

privacidade e sua escolha. Tratando o parto como um momento único na vida da mulher, e que necessita de cuidados e respeito à família em formação e ao bebê. Humanizar significa confiar no parto normal sabendo que ele é um evento fisiológico e natural do ser humano, desde os primórdios, e que muitas vezes não precisa de qualquer interferência, é conscientizar a mulher sobre os procedimentos, orienta-la, é saber que ela é capaz de ser a protagonista e conduzir o evento, é sempre informala, incentivando e garantido a presença de um acompanhante escolhido por ela, com a intenção de ajudá-la a sentir mais confortável, passando mais segurança e tranquilidade. Segundo as Normas Técnicas e recomendações do Ministério da Saúde Humanizar significa promover um espaço acolhedor, dar aos seus usuários um ambiente confortável que está diretamente associado à experiência. Sendo assim, a arquitetura tem um papel fundamental integrada às demais ações, as quais juntas devem ter como princípio o respeito e a individualidade de cada lugar e de cada ser, em toda sua particularidade, buscando oferecendo um espaço acolhedor para que se sintam amparados, com espaços que permitam garantam e incentivem o contato mãe bebê logo ao nascer e durante o período de internação, levando em consideração os medos e as necessidades; sem deixar de lado a importância de trazer para dentro do ambiente melhores condições e recursos, com toda assistência necessária ao parto da mulher e ao nascimento da criança.


FOTOGRAFIA. Parto na banheira Belle Verdiglione. Fonte: https://storage.alboom.ninja/ sites/5911/albuns/323973/img8229. jpg?t=1537989067

O conceito de humanização é extenso e envolve conhecimentos, práticas e as atitudes que buscam promover partos e nascimentos de forma saudável, garantindo a privacidade, a autonomia e o protagonismo da mulher, oferecendo procedimentos comprovadamente benéficos, que evitem intervenções desnecessárias , sendo capaz de prevenir a morbimortalidade materna e fetal (Brasil, 2001; Serruya, 2003; Tornquist, 2003; Diniz, 2005) O parto normal, nada mais é que um procedimento tratado como método tradicional, com o desfecho natural de uma gravidez, mas nem sempre é humanizado, e geralmente é assistido em ambiente hospitalar, no qual são utilizados todos os procedimentos e intervenções protocolados como “de rotina”. Procedimentos esses como tricotomia, uso da sonda vesical para esvaziar a bexiga, jejum completo de pelo menos seis horas, lavagem intestinal pré-parto conhecida como “Enema”, punção venosa permanente, intervencionismo no auxílio durante todo o trabalho de parto, tanto na administração dos medicamentos como analgésicos, ocitócicos para

FOTOGRAFIA. Parto na banheira. Evelien Koote. Fonte: https://www.evelienkoote. com/

FOTOGRAFIA. Gestante na perifería. F. Dana. Fonte: https://www.dw.com/ image/19013992_303.jpg

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3.5.1 Parto Humanizado, normal e natural

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estimular as contrações, anestésicos, sedativos, por vezes, indevidamente as contrações, e quanto manobra invasiva que pertence a realização dos exames obstétricos, que são toques vaginais repetitivos, ruptura antecipada e artificial da bolsa das águas (amniótica), episiotomia (corte no períneo) ou até mesmo a aplicação do fórceps rotineiro desnecessário. No parto normal geralmente a mulher se encontra em um ambiente cirúrgico sob ar condicionado e excesso de iluminação, em alguns casos, sob falta de privacidade, e em alguns casos sob a ausência de um acompanhante, o qual acaba afetando diretamente todo o envolvente emocional adequado àquele tão significativo momento. De tal modo, o “parto normal” deixa de ser um evento fisiológico e envolve todo um sistema de ações e métodos que fazem uso de várias interferências. O parto humanizado é um conjunto de comportamentos e procedimentos que buscam tratar o parto e o nascimento de forma saudável, onde não se limita apenas ao momento do nascimento do bebê, mas sim à todo processo, obedecendo o processo natural do corpo, com a intensão de conter condutas desnecessárias ou risco para os envolvidos. (OMS, 2000) O excesso de intervenções médicas é questionado desde a década de 70, os primeiros manuais de parto na Europa surgiram no século XVI, publicados por cirurgiões, afim de difundir fundamentos da medicina greco-romana, caída no esquecimento durante a Idade Média (Martins, 2004). Segundo o Manual Técnico de Assistência Pré-natal do Ministério da Saúde do Brasil- 2000 a Humanização da assistência ao parto compreende: “ na relação de respeito que os profissionais de saúde estabelecem com as mulheres durante o processo de parturição” (Brasil. 2000) e submerge conceitos como analisar a naturalidade do parto evitando ao máximo as condutas intervencionistas, leva em conta as necessidades, os valores individuais e os sentimentos da mãe que está prestes a conceber um filho, reconhecendo o seu protagonismo. Para a mãe, no parto humanizado, diferente do parto normal sem humanização, cada intervenção é feita apenas se necessário, buscando respeitar toda fisiologia do processo da gestação e da parturição. Avaliando e acompanhando a mãe, cuidados que se iniciam desde o pré-natal, com avaliações obstétricas especializada, analisando a elasticidade, flexibilidade e, força muscular do abdômen, assoalho pélvico e períneo, e aos poucos preparando-a emocionalmente para que entenda toda a experiência do gerar e dar à luz, e assumir papel de mãe. Para o bebê, o parto humanizado é totalmente benéfico, na qual envolve condutas afetuosas ou não invasivas, no momento em que chega ao mundo, dá a ele o tempo necessário para cortar o cordão umbilical e para que aprenda a respirar, adaptando aos poucos às novas condições no mundo.


Maternidade Humanizada | CapĂ­tulo 3 F OT O GR A F I A Esther Edith Fonte :esthere dith .com

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3.5.2. O papel da cor na Arquitetura

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A cor pode ser definida como sensações visuais derivadas do reflexo da luz sobre os objetos e superfícies. (REZENDE, Luiz Claudio 2004).[ii] As percepções e as cores, são responsáveis por estímulos inconscientes e conscientes em nossa relação de espaço e psicológico, portanto, a percepção visual, é distinta para cada pessoa. Em alguns ambientes o uso das cores é trabalhado com objetivos específico, não só por questões emocionais, mas como identidade arquitetônica. Um exemplo claro disso é a obra de Siza Vieira, que adere ao acromatismo das superfícies a fim de trabalhar essa identidade visual com o uso especifico de combinações de cores, já Luis Barragán utiliza cores que evidenciam a pureza espacial como ícone emergente à emoção. Quanto a outros arquitetos, como Ricardo Legorreta, faz p uso de cores exuberantes provenientes da cultura de seu pais de origem, que no caso é o México. As cores podem evidenciar alguns elementos na arquitetura ou mesmo mimetizar visualmente determinados aspectos do espaço, assim alguns em sua concepção aplicam de forma cautelosa apelando por questões visuais e emocionais em simples superfícies, diferenciando-as por cores. Quando inseridas as cores em determinados ambientes com paredes, piso e forro neutros, ou em determinadas IMAGEM: Hotel Camino Real de Polanco / Ricardo Legorreta. Fonte:https://www.archdaily. com.br/br/01-61601/classicos-daarquitetura-hotel-camino-real-depolanco-ricardo-legorreta

IMAGEM: A natureza e suas cores. Fonte: https://pixabay.com/pt/

IMAGEM: Edifício sobre a Água/ Álvaro Siza e Carlos Castanheira. Fonte: https://www.archdaily.com. br/br/626132/edificio-sobre-aagua-alvaro-siza-mais-carlos-cast anheira/53e8ee09c07a800962000

IMAGEM: Torres de Satélite / Mathias Goeritz e Luis Barragán. Fonte: https://www.archdaily. com/906682/architecture-guideluis-


superfícies distintas com variadas combinações, encontraremos diferentes efeitos visuais provocados. Como mostra a imagem ilustrativa a seguir:

ESTREITAR AMPLITUDE Para estreitar, pinte as paredes opostas Tons claros nas paredes e teto, com um tom escuro e deixe claro o fundo, preferencialmente branco e bege refletem o teto e o piso do cômodo a luz e dão a sensação de amplitude.

ALONGAR / LEVANTAR COMPACTAR Para alongar as linhas horizontais. Uma Parta ambientes que aparentam grande demais, podemos usar cores das estratégias é combinar as paredes escuras na parede e no teto, o qual dão escuras com o teto e piso claros em ambientes retangulares. a sensação de aconchego. O mesmo dá a impressão de levantar, com o teto pintado com tons mais claros e as paredes com tons mais escuros, isso dá a impressão de pé direito mais alto.

REBAIXAR Para diminuir o pé direito é só pintar o teto com uma cor escura e deixar as demais claras. IMAGEM: fonte CoralTintas com adaptação própri.

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ENCURTAR ALARGAR Para diminuir a profundidade em Para ter a sensação de um ambiente largo, basta pintar o a parede do fundo e ambientes retangulares, basta pintar a o teto com tons mais escuros. Funciona paredes do fundo com uma cor escura e deixar as demais paredes e tetos claros. muito bem com corredores.

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Em ambientes hospitalares, a harmonia visual bem como o equilíbrio cromático, depende do tamanho da superfície ou forma revestida, podendo trazer sensações de calor e frio, bem como causar excitação e exaltação pacientes. Segundo Kandinsky (1979) a cor quente em uma superfície tende a aproximar o objeto do espectador, já a cor fria causa a impressão de estar distante o objeto, enquanto os pisos e tetos também interferem e trazem sensações distintas. Em pisos, quando aplicadas cores escuras a sensação é de apoio é melhor, já o teto em branco, traz a sensação de um espaço mais aberto, passando leveza. Em ambientes como maternidades, a preocupação das cores é muito importante, por ser um espaço que atende pessoas em sua extrema vulnerabilidade emocional, é muito importante para que o ambiente não seja mais um motivo de estresse. A cor também influencia na assimilação e localização, como citado Bins Ely (2003) quando usadas em blocos ou determinada arquitetura, geram uma identidade visual, na qual se marca o conjunto e sua orientação espacial, facilitando a locomoção do indivíduo, permitindo definir seu próprio deslocamento através de um “mapa mental”. O Mesmo autor afirma o quanto é importante entender esses elementos, o que são as cores, e como elas interferem no ambiente podendo causar estímulos sensoriais, recebendo e percebendo informações como respostas aos nossos comportamentos. (BINS ELY, 2003). A reflexão das cores em nosso campo de visão está ligada às sensações e

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tipo de ambientes, tanto na sua importância no campo de visão quanto para o conforto, o qual dependendo da intensidade luminosa (brilho). Por isso é IMAGEM: Cores em ambientes hospitalares. de suma importância Fonte:https://medworld.com.br/blog/entenda-mais-sobre-as- trabalhar com superfície, cores-em-ambientes-hospitalares/ objetos, de maior destaque do campo visual, com semelhantes intensidades luminosas, para que não gerem incômodos e problemas posteriormente. Na tabela abaixo, vemos algumas IMAGEM temperatura de cor. cores e suas intensidades, Fonte: https://plugdesign.com.br/temperatura-cor/ segundo Grandjean (1998, p.311).


GRANDJEAN, Etienne. Manual de Ergonomia: adaptando o trabalho ao homem. 4.ed. São Paulo: Bookman, 1998. 311p.

IMAGEM: Pé de recém nascido carimbado. Fonte: https:// catracalivre.com. br/saude-bemestar/teste-dopezinho-e-temade-palestras-noGRANDJEAN, Etienne. Manual de Ergonomia: adaptando o hospital-sao-luiz/ trabalho ao homem. 4.ed. São Paulo: Bookman, 1998. 227p.

GRANDJEAN, Etienne. Manual de Ergonomia: adaptando o trabalho ao homem. 4.ed. São Paulo: Bookman, 1998. 227p. A relação da psicologia das cores com sensações e bem estar, estão resumidas em um dos estudos de Etienne Grandjean, onde nele, estão especificadas questões de combinações de cores, importantes para as unidades de saúde. Afirmando que as cores quentes e frias, devem ser equilibradas (GRANDJEAN. 1998). Como na tabela abaixo, com as especificações, em efeito de distância, temperatura e disposição psíquica.

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Já nos ambientes que promovem a melhoria na qualidade da saúde, como a maternidade, podemos encontrar o uso intenso da iluminação artificial, espaços com pouca ou nenhuma iluminação natural, são vistos como ambientes claustrofóbicos e sufocantes. As paredes em ambientes como esses possuem como exigência a claridade que é fundamental, porém em alguns caso nada impede que se inove na forma e disposição das cores, e aberturas em determinados espaços, sem ir contra a norma que regulamenta esses ambientes. Segundo Dr GRANDJEAN Etienne, em seu Manual de Ergonomia, são recomendados os seguintes graus de reflexão, para um bom conforto visual (GRANDJEAN, 1998, p.227):

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Tabela 1 - Efeitos psicológicos das cores segundo Grandjean Fonte: http://bvsms. saude.gov.br/bvs/publicacoes/cor_ambiente_hospitalar.pdf

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GRANDJEAN, Etienne. Manual de Ergonomia: adaptando o trabalho ao homem. 4.ed. São Paulo: Bookman, 1998. 338p. Segundo Morton Walker, em seu livro: “O Poder das cores”, é muito importante entender sobre a harmonia delas com outras, o que são cores contrastantes, análogas, e correlatas. A harmonia entre as cores e o “esquema harmonioso” causa sensações relaxantes, e se dão através das cores análogas, que são cores próximas umas das outras na roda das cores; das cores contrastantes que são cores complementares e se encontram como opostas; e das cores correlatas compreendem em cores monocromáticas, ou seja, possuem a mesma cor, mas em tonalidades diferentes. O efeito monocromático pode ser aplicado afim de trazer harmonia, porém deve ser trabalhado de forma cautelosa, por ser alcançado pelo emprego da mesma cor em suas variação de tonalidades, isso pode trazer efeitos opostos. O efeito de tom sobre tom é desenvolvido pelo uso de cores análogas, ou vizinhas, como a combinação entre verde e o amarelo, o laranja e o vermelho ou o lilás e o azul (WALKER, 1995), podendo ser usados em ambientes da saúde se trabalhado de forma acautelada. Em desenho contrastante usa-se cores complementares, criando um resultado dinâmico e vibrante, entre as cores quentes e frias. Como exemplos de cores complementares, encontramos o vermelho e o verde, azul e o laranja, o lilás e o amarelo. Os esquemas neutros são formados por tons pastéis ligados e trabalhados de forma cautelosa podem trazer bons resultados. Existe um quadro que Waljer que mostra os quatro princípios que devemos respeitar em relação as cores: o primeiro é a ordem alcançando a harmonia na

IMAGEM: Adaptação própria


seleção e disposição das cores, seguindo o Sistema de coordenadas cartesiano; o segundo princípio é a familiaridade, onde possui harmonia por meio de várias cores conhecidas pelas pessoas em seu cotidiano; o terceiro princípio trata dos aspectos comuns, onde se obtém a harmonia que evitam o choque de duas cores contrastantes; já o quarto princípio citado por ele é que se deve evitar a ambiguidade, afim de conseguir a harmonia, com o uso de duas combinações de cores que não tenham diferenças tão brusca de tom.

Esquemas de contrastes

Esquemas neutros

A influência das cores sob nosso corpo e psicológico. Para compreender o quanto as cores influenciam na arquitetura é necessário se aprofundar e compreender o quando elas afetam o nosso bem estar e nossa saúde mental, é muito importante entender suas influencias como Boccanera, Lacy, Matarazzo e Guzowski afirmam em seus estudos e teorias. Algumas cores como o azul diminui a compressão sanguínea, bloqueia a descarga de adrenalina, podendo também auxiliar em sensações relaxantes aumentando o sono. (BOCCANERA, 2007), já Lacy (2002), complementa que o azul é a cor aconselhada para usar em hospitais, entretanto solicita cautela e atenção, pois pode trazer a sensação de um ambiente frio. Para Lacy (2002), seria proveitoso e benéfico usar os tons azuis com o rosa nos enfermeiros que trabalham de dia e de noite, buscando sempre propor espaços com tons claros e suaves, para que tragam mais tranquilidade ao ambiente e não reflitam tanta luz quanto a cor branca, a que mais encontramos aplicada em ambiente como esses. A cor verde é saúde e equilíbrio. Age sobre o sistema nervoso simpático, diminui a pressão e suaviza tensão dos vasos sanguíneos. Pode agir como sedativo e ajuda em casos de exaustão, insônia, e impaciência, além de ser um estimulador da glândula pituitária, é bactericida, tendo propriedade

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bactericida, antisséptica e germicida. Traz a sensação de calma e alívio, porém em alguns casos pode tornar cansativa. (BOCCANERA, 2007). Cor violeta é efetiva contra anemia (BOCCANERA, 2007), auxilia no a balanceamento entre o agradável e desagradável; estimula baço, cérebro e ossos; o sistema linfático e os nervos, acalma músculo cardíaco, produz leucócitos; equilibra o sódio e o potássio, controla irritabilidade e diminuía a fome. Lilás transforma energias negativas em positivas, ajuda a sanar e cauterizar pequenos cortes e infecções. Diminui a pulsação, a transpiração, a temperatura, IMAGEM: Adaptação e o apetite, e aprofundando a respiração. própria (BOCCANERA, 2007). Segundo Boccanera (2007), o laranja aumenta o apetite, o potencial para o sono, induz o relaxamento, e diminui a frequência do fluxo sanguíneo. A cor marrom dispersa a depressão, ajuda a eliminar a fadiga crônica e promove a formação de prostaglandina IMAGEM: Adaptação E1(sinais químicos celulares similares a própria hormônios, mas que não embarcam na corrente sanguínea). Também aumenta o nível de aminoácido de aminoácido essencial (triptofano), evitar a enxaqueca, estimula o sono e ajuda na imunidade. (BOCCANERA, 2007). As cores amarelas e matizes, para Tofle et.al. (apud Matarazzo, 2007), podem prejudicar a memória, IMAGEM: Adaptação interferindo na avaliação do paciente. própria Robert Carr (apud Matarazzo, 2007:152), destaca que na maioria das vezes os pacientes se encontram com a pele em tons pálidos e a junção dessa cor com o tipo de iluminação, prejudica ainda mais o aspecto do paciente. Para os ambientes da saúde, como a maternidade, segundo os autores citados anteriormente, usar cores em tons claros, frios e suaves em tetos, IMAGEM: Adaptação escadas, corredores e ambientes própria pequenos ajudam na iluminação


IMAGEM: própria

Adaptação

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porém para reduzir o alto nível de estresse de ruído gerado por ambientes próximos, podemos usar cores por exemplo a cor azul, que ajuda a atenuar a dor, relaxar e liberando tensões. (LACY,2002). Já as cores quentes são recomendadas para ambientes grandes, que tenham superfícies com texturas moderadas, ambientes com curta permanência de tempo. Para a sala de cirurgia, recomenda os tons de azul com verde, para o relaxamento e descanso. Em sala de espera é bom buscar aplicar cores variadas em harmonia. É muito importante trabalhar uma identidade também com o uso da cor, o qual ajuda a localização e gera uma grande influência sobre como o ambiente o qual será identificado e, posteriormente, vivenciado. (MATARAZZO, 2007:173). Evitar o uso de cores monocromáticas e o uso de uma única cor em diversos tons, pois isso faz com que o ambiente fique monótono, trazendo um desconforto, cansaço e fadiga nos pacientes e nos profissionais envolvidos. (GUZOWSKI apud MATARAZZO, IMAGEM: Adaptação 2007:161) própria O contraste de cores deve ser usado de forma controlada e harmônica, pois o excesso gera um ambiente com alta reflexão de luz ou com baixa luminosidade. O uso de contrastes como técnica visual, atua como estratégia para manter o estímulo, promover a leitura espacial e cultivar a variedade cromática sob o ambiente. Enfim, a maioria dos autores citados, não possuem concretamente resultados plausíveis que suportem tais aplicações, IMAGEM: Adaptação porém justificam as informações como própria como sendo obtidas por experiências realizadas, e que tais analogias das cores e emoções dependem de suas culturas, região e costumes, alterando segundo suas tradições. (MATARAZZO, 2007:156).

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3.5.4. Iluminação artificial e sua influencia diretamente o equilíbrio fisiológico e psicológico dos pacientes.

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A iluminação artificial, no ambiente hoje é indispensável, e requer atenção às disposições, principalmente em ambientes hospitalares, as quais influenciam diretamente no conforto visual e equilíbrio psicológico e fisiológico dos indivíduos. Não se deve pensar em iluminação separadamente da seleção dos materiais e cores, pois é um erro muito habitual e que deve ser evitado. É necessário para que haja melhor conforto, integrar ambos os assuntos desde o princípio, a luz no projeto arquitetônico é fundamental, e sua luminância e intensidade é necessária identificar e pré-definir, antes da escolha das cores. Devemos levar em consideração alguns princípios para que aplicação da iluminação artificial atue de forma adequada e contribua para o conforto visual do ambiente, seguindo suas necessidades e exigências. São eles: a qualidade da iluminação e a quantidade da mesma. A quantidade de iluminação consiste na percepção individual e varia segundo os locais e a atividade, seja ela contínua ou não. O outro parâmetro é a qualidade, que depende

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IMAGEM:Corredor do escritório Klap Verzekeringsmakelaar Offices. Fonte:https://i.pinimg. com/564x/d8/ea/9d/f1.Jpg

do índice de temperatura da cor e expressões. Nesse caso, por exemplo, temos a luz branca natural, cujo espectro é completo e contínuo, possuindo seu valor de expressão de cores como 100. O autor MIQUELIN (1992) lembra que os feitios básicos devem ser analisados antes de ser aplicados, como a iluminação, seus níveis de iluminância, conforme as as requisições do conforto humano. Os sistemas de iluminação podem atuar de forma mista, direta ou indireta; pode alterar, dependendo do tipo de fonte de luz; sua luminosidade e eficiência; como também sua reprodução da cor.

IMAGEM: Centro Médico Zaans / Mecanoo. Fonte: https://images.adsttc.com/ media/images/594c/e82a/ b22e/38e9/2900/04bb/

IMAGEM: Centro salam para cirurgia. Fonte:https://www. archdaily.mx/mx/02-7460/ remodelacion-chilevisionelton-leniz-ramirez-y-17jpg

IMAGEM: Centro salam para cirurgia cardíaca. Fonte:https://www. archdaily.mx/mx/02-7460/ remodelacion-chilevisionelton-leniz-ramirez-y00017jpg


Maternidade Humanizada | CapĂ­tulo 3 F O T O GR A F I A A gnieszk a L e pk a Fonte :https://w w w.archdai ly.com .br/br/01-36653/ classicos-da-arquite tura-hospital-s arah-kubits cheks alv ador-joao-fi lgue iras-lima-lele/img_9235/

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É muito importante também trazer de alguma forma a luz natural para dentro dos ambientes internos, visto que o nosso clima colabora e proporciona condições de bom aproveitamento para usos como esses. Alguns autores evidenciam tamanha importância da iluminação natural em benefício a saúde, conforme afirma Corbella (2003), o qual destaca que a iluminação natural oferece e traz a sensação psicológica do tempo, seja na forma cronológico ou climática, no qual se encontra o ambiente e o usuário. Dessa forma, visto que a luz é uma necessidade geral de todo o ambiente, e sua aplicação adequada colabora como um todo, até mesmo no bem estar dos envolvidos, nada impede que exploremos soluções em ambientes secundários, que não necessitam tamanha preocupação intensa e rigorosa de luz artificial, atuando de alguma forma, com ideias que tragam a luz natural ao dia, e durante a noite e dias nublados tenha o poio da luz artificial para suprir ausência da natural, afim de não a substituir integralmente. Como Corbella (2003) ressalta, devemos lembrar que indivíduo só se encontra confortável em um determinado ambiente quando não o atrapalha, sendo assim, no caso dos edifícios que promovem holisticamente a saúde, a arquitetura deve ser pensada cautelosamente pois está diretamente ligada ao psicológico desses pacientes, assim é necessário buscar de alguma forma contribuir como um instrumento terapêutico a favor do bem-estar físico do paciente, e não como um meio de atrapalhá-los.

Maternidade Humanizada | Capítulo 3

3.5.5.

58 M.H.

O conforto hidrotérmico O conforto hidrotérmico está ligado diretamente com o bem-estar e a sensação de humidade e temperatura do ambiente, dependendo muito do equilíbrio entre o calor produzido pelo corpo e as perdas dele com o espaço. O conforto e o grau dependem de inúmeros fatores para que se tenha satisfação, como a saúde, sexo, idade, atividade, roupas e região. O mesmo está condicionado a variáveis, como: velocidade do ar, umidade relativa e temperatura. O autor Corbella (2003) menciona algumas soluções e medidas que podemos adotar no projeto para que tenha esse equilíbrio e conforto, baseado em princípios bioclimáticos, são eles: • Buscar dispersar a energia térmica de dentro do edifício; • Conter-se as fontes de ruído. • Controlar o acúmulo de calor; • Privilegiar o uso da luz natural; • Promover o movimento do ar para retirar toda umidade em excesso do local.


Espaços Verdes e o uso da vegetação dentro e fora da arquitetura Lidar com vegetação e a criação de espaços verdes junto com a arquitetura é indispensável, pois além de se destacarem visualmente trazem consigo inúmeros benefícios, um deles é contribuir para a acústica local, ou seja, por possuir inúmeras folhagem e facetas que vibram ao receber energia sonora, o elemento pode auxiliar parcialmente na dispersão do som, reverberando os ruídos de um ambiente interno ou urbano. Além disso, a vegetação pode ajudar controlando a radiação solar, a umidade do ar e auxiliando quanto a ventilação, importante destacar que dependendo da escala de aplicação desse, seus benefícios são maiores. De modo geral, é fato que a natureza pode nos ajudar e trazer vários proveitos, até mesmo aqueles psicologicamente comprovadas, integrá-la ao nosso meio vai muito além de abordar seus benefícios superficiais e proporcionar maior contato com o meio ambiente, mas também, é uma forma de buscar nossa origens, melhorar a qualidade de vida daqueles que fazem uso do local, além de trazer a eles um refúgio em meio ao caos dos dias de hoje . O bem estar e melhoria da qualidade de vida são pontos fundamentais que uma maternidade deve abordar, entre vários temas e itens que ajudam com que isso se cumpra, a natureza e sua integração no espaço deve operar e contribuir para a ampliação de efetividade, trazendo a vida e suas formas como foco. Projetar e gerar espaços para que componha e traga essa harmonia de verde e vivência, é acima de tudo valorizar e respeitar o nosso meio ambiente, e dar valor e demonstrar sua importância no espaço, além de trazer benéficos.

Maternidade Humanizada | Capítulo 3

3.5.6.

59 M.H.


Maternidade Humanizada | Capítulo 3

3.5.7. A arte racional de projetar e pensar nas futuras adaptações 3.5.7.1. Aplicação modulares futuras e suas tipologias

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A racionalidade humana está diretamente ligada a ideias do pensamento lógico e funcional do ser humano. Pensando dessa forma, fazer o uso da razão e da lógica é pôr em práticas conhecimentos específicos e soluções que auxiliam outras áreas. Antigamente o uso da modulação e racionalização, compatibilização construtiva e dimensional, estavam diretamente ligadas às construções economicamente baratas e de baixa qualidade, porém, atualmente devido a fatores sociais e soluções alternativas de rápida realização, agora voltam a ser consideradas como sistemas alternativos para a necessária redução de custos e o aumento de produtividade. A arquitetura e a razão estrutural, em algumas propostas, atua de forma lógica e funcional, e acima de tudo uma como uma arte de experimentar a regularidade e soluções em ambientes com desníveis e topografias irregulares, é propor ideias que sigam uma raciocínio e obedeça as características únicas e distintas, seguindo a conformidade e condições naturais da região o qual será implantado. A busca por construções e flexibilidades tipológicas facilitou soluções contemporâneas frente a assuntos e desafios futuros, sua definição sintática de “tipo” refere-se a uma ideia de um elemento que deve seguir uma regra ao modelo, e não necessariamente ser copiada e imitada perfeitamente. A tipologia na arquitetura, é um método de categorizar um estudo sistemático na qual faz parte e compõe toda essa linguagem arquitetônica a que se insere. As tipologias seguem uma regra o qual dá a ela uma entidade e singularidade em toda composição. Trabalhar a tipologia e a racionalidade e desafixar a flexibilidade e adaptações, porém segue como regra para que tenha uma linguagem e supra necessidades futuras sem que fuja do antigo construído. A Modulação atua como instrumento na qual pretende contribuir para essas futuras aplicações contribuindo para soluções de flexibilidade de implementação de novas áreas de leitos conforme o aumento a população suas necessidades por módulos tipos. Os módulos hoje seguem uma variação de medidas que auxiliam na precisão e melhoramento na produtividade e compatibilização dos projetos, sendo utilizados módulos de 1,25 m e seus múltiplos. No Hospital Sarah, segue-se a modulação básica de 1,25 me sua relação aos prensados, pois as peças vêm em 62,5 cm, facilitando o uso, racionalizando o consumo dos materiais, exemplos esse de um uso bem sucedido com a utilização do sistema modular. A rede Sarah teve seu sistema construtivo formado por vedação em argamassa armada e estruturas metálicas produzidas no Centro de Tecnologia da Rede Sarah, componentes pré-fabricados, que acarretaram


IMAGEM: Padrões Fractaiscardíaca

IMAGEM: Arquitetura Racional

Maternidade Humanizada | Capítulo 3

na construção e sua aplicação futura viabilizando a flexibilidade de eficiência operacional. A proposta busca por em prática uma solução de futuras necessidades de aplicações reais e que possam ser feitas por quem o usa, além de atuar e estimular novos processos de gestão coletiva e técnicas construtivas de conhecimentos compartilhados, com aplicação e montagem de componentes industrializados que auxiliam na produtividade, aplicação e tempo, reduzindo a geração de resíduos de forma que conscientize e atende a demanda atual. De acordo com PENTEADO ( 1980, p.14 , apud CARVALHO, TAVARES p. 1)). “ A coordenação modular consiste num sistema capaz de ordenar e racionalizar a confecção de qualquer artefato, desde o projeto até o produto final. ”

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Maternidade Humanizada | Capítulo 3

3.5.8. Construção comunitária

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A construção comunitária atua como resgate do viés social da arquitetura realizada em comunidades carentes, com propostas frente a realidades sociais que se encontram sob descasos públicos e falta de atendimento especifico que supram suas necessidades, o qual busca por meio da prática a conscientização pela aplicação. Assim conforme a demanda da região, a ideia é proporcionar um espaço que contribua para a comunidade como uma experiência prática e como meio de incentivar o trabalho coletivo e solidário, em conjunto com voluntários locais principalmente que auxiliaram com o trabalho em equipe e mão de obra, mostrando preocupações sociais e ambientais para enriquecimento pessoal e qualificação da vida do envolvidos. A proposta busca trabalhar a consolidação desta arquitetura comunitária, baseada em ferramentas, programas existentes e grupos colaborativos e voluntários. Em conjunto com os responsáveis municipais e com o PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento) buscaram combater e suprir a situação da região estudada, região do Campo Belo, pondo em prática um dos cinco eixos prioritários que a rede global de desenvolvimento que a PNUD se baseia. O eixo trabalhado é o eixo pessoa, eixo este que busca a erradicação da pobreza em determinadas regiões, reduzindo a desigualdade por meio de melhoramentos de serviços públicos com foco nas pessoas em situação vulnerável. Desta forma com a aplicação desse eixo da PNUD, um projeto semelhante a esse que poderá ser desenvolvido integrado a proposta arquitetônica, que colocará em prática um plano de cooperação e que atuara com a disposição do governo municipal, possibilitando a construção do espaço desejado, com auxílio de voluntários e programas de inscrição voluntariado, consolidando assim a construção da Maternidade Humanizada contribuindo e orientando esse trabalho em conjunto, com os saberes arquitetônicos, e orientação de profissionais e líderes da área, fazendo com que gerem uma reflexão e uma conscientização acerca de problemas reais, viabilizando a aplicação de conhecimentos técnicos para transformação da sociedade e do indivíduo, gerando apego e pertencimento por aquilo que ele parcialmente contribuiu para sua consolidação. Dessa forma, trabalhasse diretamente a Psicologia Social Comunitária em sua total aplicação, na qual se busca alternativas originais e sustentáveis de desenvolvimento, elaborando soluções para os principais problemas específicos, agregando-o à dinâmica social do destino, e tendo o sujeito como transformador da sua própria realidade. A construção comunitária privilegia o trabalho em grupo, colabora para a formação da consciência crítica e para a construção de uma identidade social e individual, orientada por preceitos eticamente humanos (Freitas, 1996). Promovendo relações de solidariedade e transformação para concretizar o projeto final.


IMAGEM: Construção Comunitária Butaro Hospital. Fonte:https://www.architectmagazine.com/ awards/the-2011-latrobe-prize-recipientslay-the-groundwork-for-public-interestdesigno

IMAGEM: Construção comunitária Fonte:https://www.artribune.com/ progettazione/architettura/2018/03/ scuola-insideout-ghana-andrea-tabocchinifrancesca-vittorini/

Maternidade Humanizada | Capítulo 3

Para Campos (2002), o cultivo da prática da Psicologia Social Comunitária é marcado pela busca do desenvolvimento da consciência crítica, da ética, da solidariedade e de práticas cooperativas ou mesmo auto gestionárias, a partir da análise dos problemas cotidianos da comunidade. Segundo Sachs (1986) a perspectiva de um trabalho bem-sucedido se efetua na medida que se consegue auxiliar e identificar as indulgências e aspirações, a fim de expressar com clareza e ser capaz de buscar soluções para a transformação da realidade local.

63 M.H.


M.H. maternidade humanizada


FOTOGRAFIA Ker-Fox Photography Fonte: kerfox.com


"Falta mesmo o reconhecimento e as bases para identificar e tipificar a violĂŞncia obstĂŠtrica", Caroline Ferreira


4 ESTUDO ÁREA DE IMPLANTAÇÃO

4.1. Estudo Macro 4.2. Levantamentos 4.2.1. Histórico 4.2.1. Legislação 4.2.2. Uso e ocupação 4.2.3. Cheios e vazios 4.2.4. Topografia 4.2.5. Infraestrutura e mobiliário urbano 4.2.6. Criminalidade, pontos de Interesse e mobilidade de pedestres 4.2.7. Transporte público

4.3. Rede de auxílio a mulher 4.4. Entorno imediáto 4.5. Terreno


ESTUDO ÁREA DE IMPLANTAÇÃO

Maternidade Humanizada | Capítulo 4

Campinas hoje é uma das maiores cidades do estado abrigando um dos mais importantes centros industriais do Brasil. Metrópole da RMC (Região Metropolitana de Campinas), com mais de um milhão de habitantes, oferecendo uma larga e vasta rede de serviços e trabalho para muitas pessoas das cidades e do entorno. Em meio a tudo isso, com o seu desenvolvimento e reorganização do espaço, Campinas recebeu uma acentuada expansão de pobreza, destacando-se como a terceira cidade com o maior número de pessoas residentes em favelas e ocupações no Ranking do estado de São Paulo. Uma cidade corporativa, porém fragmentada. Destacada por diversos autores sobre essa discrepância e contrastes espaciais, Cano (2002) evidencia a cidade de Campinas como uma Macrorregião fragmentada entre norte e sul por condições socioespaciais, sendo Sul Pobre e uma Macrorregião Norte Rica (CANO; BRANDÃO, 2002). Ao Sul encontramos duas das maiores ocupações de terras urbanas da região metropolitana, o Parque Oziel e o Jardim Campo Belo, conectadas por rodovias e destacadas zona opaca (Santos,1996) no território de Campinas, uma das regiões mais esquecida pelo poder público. Carente de inúmeras necessidades básicas urgentes, recursos, equipamentos e infraestrutura. Deverá ser implantada uma maternidade na região, desde que atenda a legislação municipal para construções novas, seguindo padrões normativos que estabelecem medidas e direções mínimas obrigatória, estabelecidas na resolução nº 004/97, 07 de janeiro de 1997, sujeito à aprovação.

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4.1. Estudo Macro Para maior aprofundamento e análise sobre a necessidade de implantação desse tipo de equipamento, foram analisados diferentes dados, tanto os obtidos por levantamentos de estudos da área, quanto segundo o informe do Projeto de Monitoramento de óbitos de Campinas com o Boletim de Mortalidade nº. 51 que trata sobre Mortalidade e indicadores sócio gráficos. Observa-se que muitos fatores de desigualdade e saúde estão ligados à área com maiores índices e taxas de mortalidade e outros problemas. Taxas essas que destacam os bairros mais afastados da região central, como: São Domingos, Ipaussurama, Oziel, Campo Belo e Itatinga apresentando taxas superiores à média do município em relação à proporção de mães adolescentes. Proporção essa que está diretamente relacionada com as condições socioeconômicas da população. Conforme apresentado na figura ao lado:


Maternidade Humanizada | Capítulo 4

Figura 1 - Coeficiente padronizado* de mortalidade segundo áreas de abrangências de Centros de Saúde de Campinas, 2008-12. Fonte: http://www.saude.campinas.sp.gov.br/saude/boletins/mort_51/boletim_ mortalidade_51.pdf

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Maternidade Humanizada | Capítulo 4

Esses altos índices apresentam o baixo amparo e insuficiência de programas voltados a essas adolescentes da região para evitar e minimizar a gravidez precoce e todas as consequências, e o que eles acarretam na vida e no desenvolvimento de mães e filhos. Sem excluir dessas consequências, os demais membros da família. O mesmo Informe apresenta as taxas de mortalidades que destacam novamente as 5 regiões que encontramos ao sul do perímetro de Campinas, como as que apresentam taxas superiores à média geral do município. Figura 2 - Proporção de gestantes adolescentes (com menos de 20 anos de idade) segundo áreas de abrangências de Centros de Saúde de Campinas, 2013.Fonte:http://www.saude.campinas.sp.gov.br/saude/ boletins/mort_51/boletim_mortalidade_51.pdf

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Segundo dados deste informe as áreas que possuem maiores taxas de homicídio, óbitos infantis, número de gestantes adolescentes e taxas de mortalidade global mais elevadas, estão em áreas que possuem os piores níveis socioeconômicos. “Os altos índices de desigualdades sociais constatadas nos indicadores demográficos e de mortalidade no município, (...) áreas que convivem com os piores indicadores de condições de vida e de saúde. ” (CAMPINAS, 2014, p.3). Em relação as mortalidades de mulheres em idade fértil segundo o Boletim de Mortalidade nº. 53, destaca o conjunto de mulheres em idade fértil entre 10 a 49 anos, que em Campinas teve um declínio importante desta taxa, contado na primeira década de 1995 a 2004 com 33,4%, comparado a 2005 e 2014 com 8,3%.

Maternidade Humanizada | Capítulo 4

Figura 3 – Tendência dos coeficientes* de mortalidade entre mulheres em idade fértil, segundo faixas etárias. Campinas, 1995-2015. Fonte: http://www.saude.campinas.sp.gov.br/boletins/mort_53/boletim_ mortalidade_53_maio_2016.pdf

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Entre as principais causas de óbitos entre essas mulheres de 10 a 49 anos, consideradas em idade fértil, são doenças do aparelho respiratório , Neoplasia, doenças infecto-parasitárias, Causas externas, como também mortes maternas, que correspondem 2,2% , por mais que seja um número pequeno, é de se pensar. Figura 4 – Grupos de causas de óbito de mulheres em idade fértil. Campinas, 2010-2014..Fonte: http://www.saude.campinas.sp.gov.br/ boletins/mort_53/boletim_mortalidade_53_maio_2016.pdf

NEOPLASIAS (TUMORES)

24,6%

D.AP. CIRCULATÓRIO

18,5%

CAUSAS EXTERNAS

17,2%

DOENÇAS INFECTO-PARASITÁRIAS D.AP DIGESTIVO

8% 5,9%

D. ENDÓCRINAS, NUTRICIONAIS E MENTAL METABÓLICAS

3,1%

D. SISTEMA NERVOSO

2,7%

GRAVIDEZ PARTO E PUERPÉRIO

2,2%

Maternidade Humanizada | Capítulo 4

OUTROS

72 M.H.

10,6%

“Embora as mortes maternas não ocorram com grande frequência em Campinas” (entre 2000 e 2014 foram contabilizados 80 casos), “elas são mortes evitáveis em relação às quais existem, em todos os países, um empenho importante para a sua redução” (CAMPINAS (SP), 2016, p.4). Dentre as principais causas de mortes maternas no Brasil estão: em primeiro lugar com a maior taxa as hemorragias com 27%, depois hipertensão na gestação com 14%, infecções com 11%, complicações no parto e outras causas diretas com 9%, complicações de aborto 8% e embolias com 3% (Brasil, 2014). Em Campinas as principais causas são as hemorragias e hipertensões, (Figura 5). O número de mortes obstétricas diretas aumentou entre os períodos 2000-2007 e 2008-2014, enquanto que para as indiretas houve declínio (Figura 6).


Figura 5 – Mortes por complicações de gravidez, parto e puerpério. Campinas, 2000-2014.Fonte: Elaborado pela autora conforme dados fornecidos pelo site http://www.saude.campinas.sp.gov.br/boletins/ mort_53/boletim_mortalidade_53_maio_2016. D. AP. CIRCULATÓRIO GRAV/PARTO/PUERP.

18,74%

OUTRAS DOENÇAS DA MÃE COMPLICAÇÕES GRAV/ PARTO/PUERP. 16,25% D. HIPERTENSIVAS NA GESTAÇÃO 16,25% HEMORRAGIAS 13,76% OUTRAS 13,76% INFECÇÃO PUERPERAL 7,48% INFECÇÃO URINÁRIA 8,77%

Campinas hoje apresenta o número de mortes maternas em inferior número quando comparadas as outras cidades do estado de São Paulo, ou à Porto Alegre e a capital, São Paulo, sendo bem inferior também à outras observadas como, São Luís e Rio, como mostra na tabela abaixo (Tabela 1). Porém se destaca superior quando comparadas a países como Japão, Canadá e França (WHO, 2015), o que preocupa por mais que sejamos países subdesenvolvidos. A taxa de morte materna aumenta sob a ausência de percurso de pré-natal insuficiente e de baixa qualidade de recursos e infraestrutura oferecidas, não são eficientes se não trabalhadas em conjunto com o acompanhamento durante o parto e puerpério. (CAMPINAS (SP), 2016, p.4), podendo favorecer o aumento de condições mórbidas e riscos que poderiam ser previstos. A Gravidez na adolescência vem sendo pautada como um indicador que está diretamente relacionado a desigualdade em regiões que não são as mais propícias para o adequado processo gestacional e desenvolvimento fetal. (CAMPINAS (SP), 2016, p.6).

Maternidade Humanizada | Capítulo 4

EMBOLIA E COMPLIC. VENOSA 4,99%

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Figura 6 – Percentual de parto cesária segundo distrito de saúde. Campinas, 2000-2014.. Fonte: http://www.saude.campinas.sp.gov.br/ boletins/mort_53/boletim_mortalidade_53_maio_2016.pdf

Maternidade Humanizada | Capítulo 4

“O aumento da razão de mortes maternas, do percentual de cesariana e de prematuridade destacam a relevância de monitoramento desses eventos, especialmente em áreas de maior vulnerabilidade social” (CAMPINAS (SP), 2016, p.6). Informação também reforçada pelo Comitê Municipal de Vigilância do Óbito Materno e Infantil.

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4.2. Levantamentos 4.2.1. Histórico A história de formação da região do Campo Belo remonta os primeiros processos de periferização da Cidade de Campinas em seu período de expansão da mancha urbana, época essa de implantação de loteamentos segregados da região central do município, longe dos serviços essenciais e infraestruturas disponíveis, como parte das estratégias de distanciamentos socioespacial. Na região sul, onde se situa o Jardim Campo Belo, a maior parte dos loteamentos que compõem a região se deu por volta de 1940 a 1950. Na década de 1950 a região teve seus primeiros loteamentos aprovados por interesses privados da região, mesmo período esse que se tem a Construção da primeira pista para jatos maiores na área do Aeroporto (MENDES, 2012). Em 1979 o poder público do município declara interesses do Estado


pela região do Campo Belo para ampliação do Aeroporto (Dec. 14.031/79), decreto que acaba atingindo 25 loteamentos aprovados na década de 1950. Segundo informações de jornais da época, a ocupação se deu no início com 500 famílias, em um período de ofertas de terrenos disponíveis loteados, a qual anunciava a venda deles sob um preço acessível. Porém como consequência, acabaram atraindo novas famílias sem condições, parcelas excluídas que buscavam novas terras e que invadiram em pouco o espaço oferecido, ocupações de forma intensa, algumas de forma irregular, que em sua maioria se instala devido a grande proporção de terras existentes sem políticas habitacionais, e infraestrutura adequada. Em 1997 o valor se intensifica com um grande deslocamento de famílias (MENDES, 2012) que cresce de forma exponencial e que se adapta com o tempo dentro de um ambiente periférico. Deixada de lado pelo poder público, a ocupação permaneceu dessa forma até 2006, ano em que começou a discutir e pôr em pauta as condições da região. Atualmente, a região do Campo Belo é desprovida de infraestrutura básica e conta com poucos serviços públicos. O esgotamento atual em sua maioria são por fossas sépticas feitas pelos moradores, algumas correm a céu aberto sob valas laterais das ruas, que também se encontra em determinados trechos sem asfalto sob terra batida. O abastecimento de água hoje em algumas regiões é feito por caminhõespipas, com postos de distribuiçoes em algumas áreas mais afastadas. Em relação ao abastecimento elétrico legal, é parcialmente distribuído, não de forma igualitária, na qual as demais residências fazem o uso de ligações clandestinas.

Maternidade Humanizada | Capítulo 4

IMAGEM: Região Campo Belo-Campinas/SP Evolução e estrutura sócio-ocupacional

75 M.H.


1

17 3

7

Maternidade Humanizada | Capítulo 4

14

20

5 2

18 15

4

6 13

10

12

19

15

9 11

Fonte: Satélite extraído do Google Earth, adaptado pelo autor.

76 M.H.

Fonte: Satélite extraído do Google Earth, adaptação própria

ESCALA 1: 15.000


Atualmente a Região do Campo Belo é subdividida em 19 bairros, conforme apresentado no mapa ao lado

MAPA DIVISÃO DOS BAIRROS E REGIÃO

1 Aeroporto de Viracopos 2 Chácaras Descampado 3 Cidade Singer 4 Jardim Campo Belo 5 Jardim Campo Belo II 6 Jardim Campo Belo III 7 Jardim Columbia 8 Jardim Dom Gilberto 9 Jardim Fernanda 10 Jardim Itaguaçu 11 Jardim Itaguaçu II 12 Jardim Marisa 13 Jardim Puccamp 14 Jardim Santa Maria 15 Jardim Santa Maria II 16 Jardim São Domingos 17 Jardim São João 18 Jardim São Jorge 19 Vila Palmeiras 20 Vila Palmeiras II

Maternidade Humanizada | Capítulo 4

LEGENDA

77 M.H.


Maternidade Humanizada | Capítulo 4

LINHA HISTÓRICA DA REGIÃO E MAPA CRESCIMENTO URBANO SEGUNDO SEPLAN

78 M.H.

Fonte: Ilustração desenvolvida em equipe na disciplina de Projeto Integrado, adaptado pelo autora


ESCALA 1: 30.000

Maternidade Humanizada | CapĂ­tulo 4

Fonte: Elaborado pela autora.

79 M.H.


4.2.2. Legislação A área estudada é composta por 19 bairros localizada dentro da macrozona 7 e faz parte de uma das maiores ocupações irregulares da cidade de Campinas. Essa área Compreende a zona sul/sudoeste do município abrangendo a região rural do Friburgo, todos os bairros da região do Campo belo e o Jardim Nova América, e também o Aeroporto de Viracopos, uma zona que abrange 9,26% de todo o território municipal, com uma area de aproximadamente 74 km2. O recorte de estudo concentra 4 zonas, são elas: Zona de Atividade Econômica A e Zona de Atividade Econômica B e Zona Mista 1 e Zona Mista 2.

Maternidade Humanizada | Capítulo 4

“Art. 6º - São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição.”(Constituição Federal de 1988).

80 M.H.

Amparada pelo constituição federal de 1988 os artigos 182 e 183, propostos a “Política Urbana”, com a intenção de colocar fim às desigualdades criadas pela política de urbanização brasileira adotada até então junto a Lei nº 9.785/99, do Parcelamento do Solo Urbano e o Estatuto da Cidade – Lei nº 10.257/2001, são exemplos de textos legais também reforçam a promoção desse direito à moradia como um direito fundamental. Porém, na maioria dos casos quando voltado a população de baixa rende, tais direitos não são respeitados, e sim tratado com descaso pelo Estado que apresenta a sua precaução voltada para os interesses privados. Essa negligência pode ser observada na região do Campo Belo, como um descaso do poder público. Com o auto crescimento urbano e a intensa migração de 1997, a população foi se instalando sob a grande área de terras ociosas, e nela começaram a se adaptar e construir suas próprias moradias baseadas na autoconstrução sem auxilio ou orientação técnica de um profissional da área, trazendo loteamentos irregulares que crescem de forma exponente nesta época. A região hoje se localiza próxima ao cone aero, e a pista de pouso dos aviões, que interfere e restringem sob normas, limites e com curvas de ruídos sob a região, construído por volta da década de 1930 para algumas atividades aéreas da época, com seu primeiro grande galpão construído no ano de 1948, em sequência nove anos depois é feita a pista destinada aos jatos de grande porte, e três anos depois em 1960 recebe o título de Aeroporto Internacional. Sua ultima alteração foi em 2008 com o inicio de sua expansão, atualmente. Atualmente segundos os dados mais recentes do IBGE, podemos observar que a população que se instalou sob o território foi uma parcela considerada como excluída e atualmente desprovida de políticas públicas,


MAPA MACROREGIÕES DE CAMPINAS

Fonte: Elaborado pelo autor segundo o Plano diretor (2018) *Veja a descrição do zoneamento em ANEXO B

LEGENDA Macrozona de Desenvolvimento Ordenado Macrozona de Relevância Ambiental Macrozona Macrometropolitana Macrozona de Estruturação Urbana Área dos levantamentos (Região Campo Belo)

Maternidade Humanizada | Capítulo 4

ESCALA 1: 300.000

81 M.H.


observamos com gráficos e estáticas que o crescimento populacional vem diminuindo ao longo das décadas de forma distribuída entre homens e mulheres. O ápice de crescimento foi durante a década de 70 e 80, com o aumento da população, quase aproximadamente 300 pessoas por ano, e que em 2020 segundo estáticas esses números se alteram sob um crescimento de pouco menos que 28% do ano anterior.

DADOS

Crescimento populacional da região:

Cálculo este obtido pela fórmula: {[n√(Pf/P0)]-1}*100 afim de obter dados mais recentes sob a população atual.

Maternidade Humanizada | Capítulo 4

São elas:

82 M.H.

Fonte: IBGE 2010 com adaptação

PCD e idosod da Região entre 2014 a 2017: LEGENDA: 2014 2015 2016 2017

Fonte: IBGE 2010 com adaptação própria


Média salarial por domicílio

Domicílios da região:

LEGENDA: - 1/2 s.m. 2,34% 1/2 a 1 s.m. 16,85% 1 a 2 s.m. 44,43% 2 a 3 s.m. 12,24% 3 a 5 s.m. 6,48% 5 a 10 s.m. 2,12% 10 a 15 s.m. 0,16% 15 a 20 s.m. 0,14% sem renda 15,23%

LEGENDA: Domicílios próprios, cedidos ou quitados

82,68% 17,32%

Domicílios alugados

Fonte: IBGE 2010 com adaptação

Coeficiente de mortalidade das principais causas de morte (CID-BR) entre mulheres na idade fértil. Campinas 2000-2004 e 2010-2014: LEGENDA: 2000-2004 2010-2014

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Porcentagem de famílias que receberam o beneficio de superação de pobreza do PBF em Campinas por região. (2) LEGENDA: Região Leste Região Norte Região Sul Região Suldeste Região Noroeste

11,40% 13,43% 23,90% 23,22% 27,70%

Fonte: IBGE 2010 com adaptação própria

Maternidade Humanizada | Capítulo 4

Fonte: IBGE 2010 com adaptação própria

83 M.H.


MAPA SETORES

84 M.H.

SETOR C SETOR D

Maternidade Humanizada | Capítulo 4

SETOR B

SETOR A

Para os levantamentos da região, foi necessário a subdivisão da área em setores buscandos compreender o território e suas particularidades, formando setores principais que abrangem os bairros da área, levando em consideração os atributos físicos e morfológicos de cada uma. Ao todo, o recorte foi dividido em 12 subáreas menores, distintas minuciosamente umas das outras. Por fim, chegamos a 4 setores principais, defi nidos a partir da similaridade de cada subárea, em relação. São eles:

Aqui encontramos áreas de urbanização mediana, as ruas são largas e pavimentadas, outras possuem somente estrada de terra, e em alguns locais não é possível distinguir o que é rua e o que é calçada. Outro fator importante observado são as aglomerações que se formam nas quadras, as residências não respeitam recuos mínimos em alguns locais. Além disso, as ruas não são contempladas com arborização. Neste setor, todas as ruas dessas áreas são pavimentadas e largas. As residências em sua maioria espeitam os recuos mínimos exigidos e é possível identifi car casas com fachadas revestidas e com acabamento. Há também a presença de algumas áreas vazias.

Este setor é marcado pela urbanização precária e com edifi cações caracterizadas pela autoconstrução. Grande parte das mesmas não possuem acabamento, sendo que algumas estão em fase de reforma/ construção. Somente as vias principais são pavimentadas, as demais não são asfaltadas, o que dificulta a mobilidade.

Aqui encontramos regiões com grandes vazios urbanos, que de diferem por seus usos, onde há a presença de fazendas, chácaras, áreas de APP e grandes glebas desocupadas que margeiam a Rodovia Santos Dumond. Este setor também engloba o Aeroporto

B1

Fonte: Satélite extraído do Google Earth, adaptação própria.


D1 C2 C1

A1 D2

Maternidade Humanizada | CapĂ­tulo 4

A2 D3

D4

B2

A2

C3 ESCALA 1: 15.000

85 M.H.


4.2.2. Uso e ocupação

Maternidade Humanizada | Capítulo 4

Sobre as características físicas da área de estudo, com os levantamentos obtidos por meio do mapa elaborado de uso e ocupação, compreendese que a área é predominantemente de uso residencial, com residências térreas unifamiliares ou com dois pavimentos, essas que também em sua maioria se caracterizam pela autoconstrução. Sob os perímetros e no meio da área encontramos eixos viários de maior fluxo da região, os mesmo possuem a suas margens a maior concentração de comércios e a tão conhecida “feira do rolo”. As relações com as áreas verdes se caracterizam por pertencerem aos territórios rurais e grande parte delas se concentram fora do centro urbano, o que é muito evidente, é que dentro desse centro onde antes haviam espaços verdes e livres da região já foram invadidos e ocupados, restando poucos espaços de respiro os quais se limitam a invasão por serem áreas de preservação. Os usos institucionais locam-se de forma espalhada dentro da área.

86 M.H.


ESCALA 1: 25.000 LEGENDA:

Uso predominantemente redencial Uso predominantemente comercial Uso predominantemente de serviços Uso predominantemente industrial Uso predominantemente educacional Vazios Urbanos Áreas verdes

Fonte: levantamentos obtidos na matéria de projeto integrado

Maternidade Humanizada | Capítulo 4

MAPA DE USO E OCUPAÇÃO POR PREDOMINANCIA

87 M.H.


4.2.3.

Cheios e vazios Em relação à morfologia urbana e a distribuição de cheios e vazios, o território não possui um padrão de desenho devido ao crescimento que se deu de forma desordenada e espontânea, sem padrões de desenhos das casas, quadras, ruas e calçadas. Em áreas em que se encontra uma semelhança de desenho urbano, destacase três evidentes tipos, quadras são divididas em longas, curtas e curvas, como apresentadas na imagem ao lado:

Maternidade Humanizada | Capítulo 4

Imagem 39. Quadra tipo 1: Quadras longas

88 M.H.

Imagem 39. Quadra tipo 2: Quadras longas e curvas

Imagem 39. Quadra tipo 3: Quadras curtas


ESCALA 1: 25.000 LEGENDA:

Cheios Quadra Tipo 1 Quadra Tipo 2 Quadra Tipo 3

Fonte: levantamentos obtidos na matéria de projeto integrado

Maternidade Humanizada | Capítulo 4

MAPA DE CHEIOS E VAZIOS E TIPOLOGIA DE QUADRAS

89 M.H.


4.2.4. Infraestrutura e mobiliário urbano

Maternidade Humanizada | Capítulo 4

A Região do Campo Belo dispõe de uma rede de infraestrutura básica, ainda carente de equipamentos públicos sob condições de marginalização na cidade. Segundo dados disponibilizados pela Prefeitura de Campinas a área demonstra a ausência de um Sistema de Esgotamento, e Sistema de abastecimento de Água em determinados locais. As ruas, nem todas são pavimentas e ainda carecem em boa de pavimentação, onde as únicas ruas que possuem asfalto são as de maior fluxo de transporte público, que na maioria das vezes foi pavimentado pela própria empresa de transporte. A iluminação pública ocorre em praticamente toda a região, porém apesar de possuir o básico para se viver o local ainda carece de infraestruturas e aqueles que não possuem iluminação publicas buscam formas de ter acesso com ligações clandestinas e perigosas. Outro ponto a ser evidenciado é a falta de acessibilidade, a área carece de calçadas e ruas acessíveis, e isso só piora em regiões mais afastadas do centro do bairro. O mobiliário urbano na região é totalmente precário, e adaptado pela população. Existem alguns postes, bancos, lixeiras pontos de ônibus, porém a quantidade é insuficiente, visto que as informações levantadas consideravam essas áreas mais carentes de mobiliários.

90 M.H.


MAPA DE INFRAESTRUTURA E MOBILIÁRIO

*

.* *

* LEGENDA:

* * *

Ruas pavimentadas Ruas não pavimentadas Áreas sem tratamento de esgoto Área sem fornecimento de água Vias com insuficiência de mobiliários Vias com mobiliários - Estação Elevatória de Esgoto SANASA - Tubos que faz o transporte de água SANASA - Reservatório de água - SANASA

ESCALA 1: 25.000 Fonte: levantamentos obtidos na matéria de projeto integrado com adaptação própria.

Maternidade Humanizada | Capítulo 4

*

91 M.H.


4.2.5. Criminalidade, pontos de Interesse e mobilidade de pedestres O levantamento de dados realizado na região do Campo Belo, em Campinas, demonstrou fluxos intensos de pedestres na maioria das ruas analisadas. De acordo com o IBGE, o rendimento mensal de 91% dos moradores locais não ultrapassa 2 salários mínimos, esse dado é refletido na diminuição do número de famílias que possuem veículos automotores, ocasionando a preferência do caminhar como meio de mobilidade imediata e maiores números de utilização do transporte público para caminhos mais distantes. De modo geral, os fluxos mais intensos estão em ruas: asfaltadas; com grande oferta de comércios, como bares, mercearias e mercados; serviços, como salão de beleza, lojas varejistas; e por fim em edifícios institucionais e públicos. Em relação às divisões, os fluxos concentram-se principalmente nos setores A e C.

Furto de celular Roubo de celular Furto de veículo Roubo de veículo Homicídio doloso 0 10 20 30 40 50 60

Maternidade Humanizada | Capítulo 4

Setor A

92 M.H.

Setor B

Setor C

Setor D

Fonte: levantamentos obtidos na matéria de projeto integrado adaptada pela autora.

O levantamento de criminalidade realizado na área de estudo, deu-se através de dados obtidos através da Secretária de Segurança Pública do Estado de São Paulo – SSP SP. A partir de um banco de dados obteve-se acesso aos Boletins de Ocorrência realizados nos anos de 2018 e 2019. As informações obtidas dizem respeito aos seguintes crimes: roubo de celular, furto de celular, furto de veículos, roubo de veículos e por fim, homicídio doloso. Ao mapear os dados, tornou-se possível visualizar os setores que possuem maiores incidências de criminalidade. O gráfico abaixo demonstra os tipos de crimes cometidos e qual a quantidade deles realizados em cada setor.


ESCALA 1: 25.000 LEGENDA:

Fluxo pedestres Fluxo de bicicletas Homicídio Doloso Pontos com maiores indices de furto de Vículo Pontos com maiores indices de roubo de Veículo Pontos com maiores indices de furtos de Celular Pontos com maiores indices de roubo de celular Latrocínio Centro de saúde Instituições Entidades e federações

Fonte: levantamentos obtidos na matéria de projeto integrado

Maternidade Humanizada | Capítulo 4

MAPA DE CRIMINALIDADE, PONTOS DE INTERESSES E MOBILIDADE

93 M.H.


4.2.6. Transporte Público

Maternidade Humanizada | Capítulo 4

De acordo com os dados fornecidos pela Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas a EMDEC, junto com a Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos de São Paulo (EMTU/SP), a região do Jardim Campo Belo oferece 13 linhas de ônibus , sendo 5 linhas intermunicipais. As linhas tem uma extensão que varia de 18,2 km a 21,5 km, todas realizam o trajeto pela Rodovia Santos Dumont sentido centro de Campinas, para o Terminal Central e Ouro Verde. O percurso das linhas intermunicipais, estabelece um caminho pela Rodovia Miguel Melhado Campos sentindo ao terminal rodoviário de Vinhedo, e por a Rodovia Santos Dumont para Indaiatuba . Em relação os sentidos das vias a qual destinam ao sistema de saúde mais próximo da região, encontramos diferentes trajetos efetuados pelas linhas 190, 194, 194, 196 e 120, sendo a linha 120 com o percurso mais rápido a qual leva ao pronto atendimento de saúde mais próximo, contabilizando 58 minutos de trajeto. Em relação a maternidade mais próxima encontramos o Hospital da PUC-Campinas, localizado na Av. John Boyd Dunlop, S/N - Jardim Londres, sob 1h20 minutos de distancia com o transporte público. Onde nenhuma das liunhas que saem direto do bairro fazem percurso direto a maternidade mais próxima, o que pode também ser um grande problema para gestante.

94 M.H.


MAPA DE TRANSPORTES PÚBLICOS E LINHAS DE ÔNIBUS

ESCALA 1: 25.000 Fonte: levantamentos obtidos na matéria de projeto integrado

LEGENDA:

Linhas de ônibus - Jd. São Domingos 187 - Jd. São Domingos 190 - Jd. São Domingos 191 - Jardim Fernanda 192 - Vila Diva 194 - Jardim Itaguaçu 95 - Vila Palmeiras 196/198 - Aeroporto 197 - Jardim Marisa 600/601

- Indaiatuba 687 - Vinhedo 687 EX1 - Vinhedo 687 EX2 - Vinhedo 738 - Indaiatuba - Pontos de ônibus

Maternidade Humanizada | Capítulo 4

(mapa de transporte)

95 M.H.


Maternidade Humanizada | Capítulo 4

4.3. Rede de auxílio a mulher arquitetura

96 M.H.

Para melhor integração e aplicação do sistema humanizado, a maternidade que será implantada no Campo Belo participará de uma rede conjunta com outros equipamentos destinados especificamente a atenção a mulheres da região. A Rede de Auxílio a Mulher trata-se de uma ação de diferentes sistemas que atuam em conjunto e em prol da segurança e amparo de todas as mulheres da região, independentemente da faixa etária. Ela foi planejada para agir por meio de três projetos, um Centro de Apoio à mulher, um Centro de Atenção Básica de Saúde e uma Maternidade Humanizada. Tais projetos possuirão seus respectivos objetivos, mas atuarão de forma conjunta, oferecendo assistência um ao outro, quando necessário. Essa atuação conjunta funcionará de diversas formas, entre elas está a adoção de um cartão de identificação que fará parte deste elo entre as Redes, o qual manterá dados técnicos como histórico de atendimento das usuárias e informações pessoais, agilizando assim os serviços prestados. Cada estabelecimento poderá também encaminhar a mulher a algum dos outros dois projetos, visando atender melhor suas necessidades específicas, podendo contar com sistema de transporte em casos de emergência, fornecido pela própria Rede. Haverá ainda espaços disponibilizados nos três estabelecimentos, visando a promoção de palestras e eventos que contribuam para conhecimentos gerais e específicos, destinados a determinados públicos. Dessa forma fica claro a necessidade de implementação de projetos e políticas públicas que atuam nos programas de promoção de equidade, que apliquem atenção especial aos moradores das áreas socialmente mais vulneráveis. O objetivo do Centro de Apoio a Mulher, é oferecer o auxílio necessário tanto às mulheres vítimas de violência, para que denunciem a agressão e disponham de meios para superar o episódio traumático, quanto para todas as mulheres da região, proporcionando formas para que essas alcancem sua independência, através de aulas e cursos disponibilizados no local.


MAPA DA REDE DE AUXÍLIO

3

2

ESCALA 1: 20.000

LEGENDA:

Fonte: levantamentos obtidos na matéria de projeto integrado

1 - Maternidade Humanizada 2- Centro de Atenção básica da mulher 3 - Centro de Apoiuo a Mulher

Localização do zoom na área de estudo

Maternidade Humanizada | Capítulo 4

1

97 M.H.


MATERNIDADE HUMANIZADA

1

Centro de Atenção Básica da mulher 2

3

Maternidade Humanizada | Capítulo 4

Centro de Apoiuo a Mulher

98 M.H.

O Centro de Atenção à Saúde Básica da Mulher, direcionado ao atendimento humanizado e adequado para o sexo feminino, será voltado para todas as mulheres que se encontram com qualquer dificuldade de serem atendidas diante de problemas ou necessidades relacionadas à sua saúde psicológica ou física. A atenção básica estará sob quatro aspectos principais: prevenção, diagnóstico, tratamento e reabilitação. A proposta arquitetônica da Maternidade Humanizada buscará reduzir o número de cesáreas desnecessárias e as taxas de mortalidade materna e pósnatal, oferecendo auxílio, disponibilizando assistência médica digna, orientação e cuidados as jovens mães, as mulheres vítimas de violência sexual, e todas as demais gestantes, além de contribuir na recuperação dos indivíduos em seu período gestacional e puerpério mediato, com métodos baseados nos princípios de humanização, trazendo o parto humanizado como foco aos processos dos partos.

4.4. Leitura do território e estudo micro 4.4.1. Entorno imediato O entorno imediato do lote escolhido, possui um uso misto de comércios, instituições, incluindo residências unifamiliares e multifamiliares com equipamentos públicos e privados. A região se encontra dentro da macrozona 7, a qual recebe interferência da curva de ruído nível 2, que é considerado como cenário de manobra aérea da Infraero, o mesmo entorno está dentro de superfície horizontal interna, parte essa específica do plano horizontal o qual rege e limita a altura das edificações presentes, a fim de assegurar um nível adequado de segurança e regularidade para os aviões que manobram dentro desta área, antes mesmo de iniciarem a fase de aproximação.( ANTAS, 1979, p. 756). Segundo a ANAC, e as curvas estabelecidas, a área esta dentro


55

60

65

do raio de 55 dB, curva está representada em verde na imagem abaixo. O entorno imediato do terreno, é caracterizado por esse uso misto, de casas em estados precários, em plena construção inacabada, em sua maioria. Conforme a visita e percepções tiradas em grupo, podemos observar uma urbanização mediana, com estradas de terra locais sem calçadas, nessa região que cerca a área do projeto, observase inúmeras casas que não respeitam os recuos mínimos exigidos, além disso as ruas quase nunca possuem arborização ou qualquer outro verde que venha a complementar a paisagem. Segundo dados dos registros históricos locais, esse recorte foi ocupado no início da invasão logo em 1940 a 1950, com um entorno de surgimento mais tardio, porém secundário, e teve início já na década de 1960. Entorno este, o qual possui duas zonas de usos, a Zona Mista 1 e Zona de Atividade Econômica B. Segundos dados censitários a média de moradores por casa está entre 3,64 a Zonas Mista e 3,58 moradores por domicílio, conforme apresentado nos mapas anteriores. A imagem acima mostra esse entorno no qual o terreno está submetido, visto que essa área se encontra com inúmeros barracos e moradias baseadas na autoconstrução. A rodovia ao norte, Rod. Eng. Miguel Melhado Campos e Rodovia Santos Dumont limita esse crescimento habitacional, contrastando ao se cruzarem sob o trevo, estradas

Maternidade Humanizada | Capítulo 4

Mapa Curvas de ruídos do aeroporto Viracopos 2016. Fonte: https://www.anac.gov.br/AAnac/internacional/meio-ambiente-e-a-aviacao-civilinternacional/5analises-preliminares-de-impacto-ambiental-de-sbkp. Adaptação própria .

99 M.H.


Maternidade Humanizada | Capítulo 4

contínuas e retilíneas com um gramado e canteiros laterais os quais os cercam, abaixo encontramos outro grande vazio verde, o terreno, este sem uso e com resto de uma construção que foi destruída com o tempo.

100 M.H.

IMAGEM GOOGLE EARTH 2020. Com adaptação propria


Maternidade Humanizada | Capítulo 4

50 M ESCALA GRÁFICA:

25 M

100 M

101 M.H.


Maternidade Humanizada | Capítulo 4

4.9. Terreno

102 M.H.

A implantação física do complexo da saúde deve garantir a circulação de materiais e pessoas, definidas segundo a necessidade local, estando sujeita a normas, atendendo prescrição estabelecidas em códigos, leis, decretos, portarias e normas federais, estaduais e municipais. Viabilizando e garantindo acessibilidade NBR-9050, e em conformidade com norma RDC/Anvisa n. 50, de 21 de fevereiro de 2002, e RDC/Anvisa n. 189, de 18 de julho de 2003 em todo o espaço construído, contendo critérios para futura ampliação, estando em uma região disposta de sistemas viários e longe de fontes de ruído, próximo a áreas de infraestrutura e instalações, além de possuir fácil acesso com dimensões de acordo com a demanda de serviços a serem atendidos. O terreno está dentro da Macrozona 7, Zona Mista 1, regida pela Lei 6031/88, revogada e com a aplicação da lei complementar 208/18, no qual determina no parágrafo 4º “(...) o uso não residencial excepcionalmente as quadras poderão ter dimensões diferenciadas, a fim de contemplar tipologia CSEI, mediante EIV/RIV.” (Campinas (SP), 2018). Desta forma a região pertence à área de Patrimônio, porém destinada a uso público e decretadas a utilidades públicas. As restrições que a região é clara, a edificação a ser instalada deve respeita-las “(...) no mínimo 15m (quinze metros) de cada lado ao longo das faixas de domínio público das rodovias e ferrovias, das linhas de alta-tensão, dos oleodutos e gasodutos.” “ No projeto que exigir corte superior a 1,50m (um metro e cinquenta centímetros) entre a rua a ser aberta e o lote, deverá ser prevista e executada a terraplenagem.”, as mesmas deverão respeitar e oferecer “os critérios e parâmetros que garantam a segurança da população e a proteção do meio ambiente ” além das demais regulamentações dos outros artigos. (CAMPINAS (SP), 2018). Segundo a portaria N° 957/GC3-09/07/2015 do Departamento de Controle do Espaço Aéreo | SRPV - Serviço Regional de Proteção ao Voo, os critérios são específicos, com limites de alturas em até 27 metros. O terreno se encontra dentro da área de ruídos, porém em seu nível menor, com 55dB, considerado como moderado na tabela de curvas de ruídos, conforme apresentado anteriormente no mapa de Curvas de ruídos do aeroporto (Ilustração adaptada ao lado).


ÁREA TOTAL DO TERRENO É 36. 700 M²

LOCALIZAÇÃO NA ÁREA DE ESTUDOS

Maternidade Humanizada | Capítulo 4

ESCALA 1: 5.000

103 M.H.


Maternidade Humanizada | Capítulo 4

Segundo a Associação Brasileira de Normas Técnicas ABNT-10152, algumas recomendações para tais níveis de ruídos devem ser consideradas, pois influenciam diretamente no bem estar e saúde dos pacientes. Para se classificar como como dBA confortável é necessário estar de acordo com a norma, no caso de ambientes como a maternidade, hospitais, apartamentos, enfermarias e berçários, o nível sonoro tem que estar 35 dBA para ser considerado como conforto e até 45 dBA o como limite aceitável. No caso para minimizar tais danos futuros e incômodos, a quem utiliza o espaço, é necessário trabalhar a acústica em favor da promoção de um ambiente agradável, a fim de minimizar os 55 dBA recebidos de ruídos vindo da região aeroportuária para 45 dBA classificados como limite aceitável pela norma.

104 M.H.


ILUSTRAÇÃO ADAPTADA Fonte: Mapa desenvolvido pela equipe na disciplina de Projeto Integrado.

LEGENDA:

- Área de Expansão segundo decreto 16.302/06 - Área de Expansão segundo decreto 15.503/06 - Área de Expansão segundo decreto 15.378/06 - Área patrimonial do Aeroporto - Área de proteção do voo - Curva de ruído - Futura área de expansão - Futura Curva de ruído

Maternidade Humanizada | Capítulo 4

ESCALA 1: 100.000

105 M.H.


Maternidade Humanizada | Capítulo 4

PRODUZIDO POR UMA VERSÃO DO AUTODESK PA

106 M.H.


PARA ESTUDANTES

4.8.3 Cheios e Vazios

Cheios Fonte: Elaboração própria

PRODUZIDO POR UMA VERSÃO DO AUTODESK PARA ESTUDANTES

LEGENDA:

Maternidade Humanizada | Capítulo 4

ESCALA 1: 5.000

107 M.H.


108

M.H.

Maternidade Humanizada | CapĂ­tulo 4


4.8.4. Mapa de Uso e Ocupação

LEGENDA: Comércio Residência Instituição Serviço

Área ociosa Fonte: Elaboração própria

Maternidade Humanizada | Capítulo 4

ESCALA 1: 5.000

109 M.H.


110

M.H.

Maternidade Humanizada | CapĂ­tulo 4


4.8.5. Transporte ESCALA 1: 5.000 LEGENDA: Fluxo alto de ônibus Linha 600/6001 - Indaiatuba Fluxo médio de ônibus Linha 687EX1 - Vinhedo Linha Fluxo médio de ônibus 191 - Jd. Fernada Ponto de ônibus Área livre - Projeto Fonte: Elaboração própria

4.8.6. Vias e fluxos ESCALA 1: 10.000

Expressa - trânsitos livres, sem travessia de pedestres. Arterial Coletora Local

Maternidade Humanizada | Capítulo 4

Ro d LEGENDA:

111 M.H.

.E n

g.

Mi gu

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do C

a


M.H. maternidade humanizada


FOTOGRAFIA. Os pĂŠs. Fonte: https://www.mammapretaporter.it/salute/salute-ben-essere-mb/ riflessologia-plantare-per-bebe-e-bambini


”Sem conhecimento e sem comunicação não há Humanização. ” - Camila P. S. C. A. dos Santos


5 REFERÊNCIAS PROJETUAIS 5.1. Butaro Hospital 5.2. Panzi Hospital 5.3. Casa Brasília 5.3. Casa Oasis


REFERÊNCIAS PROJETUAIS 5.1. Hospital Butaro

Maternidade Humanizada | Capítulo 5

O hospital referência é o Hospital Butaro, realizado pelo grupo de arquitetos MASS Design Group em 2011, localizado em Burera, Rwanda, com uma área de 6040.0 m². O motivo da escolha: aplicação de um modelo mais holístico de arquitetura, e o uso modular dos pavilhões, o design é voltado totalmente a um processo de construção local, que buscou, educar e capacitar a comunidade, fazendo com que os mesmos participassem da construção, mão obra 100% local. Outro aspecto que chamou a atenção foram as soluções adotadas para reduzir a transmissão de doenças transmitidas pelo ar por meio de vários sistemas incluindo layout geral, fluxo de pacientes e funcionários e ventilação natural projetados para assim minimizar o risco de infecção.

116 M.H.

IMAGEM: Butaro Hospital, Ruanda / MASS Design Group Cortesia de Zumtobel Group Award 2012. Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/tag/ butaro-hospital


Maternidade Humanizada | CapĂ­tulo 5

FOTOGRAFIA. Entrada do Hospital Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/tag/ butaro-hospital

117 M.H.


Maternidade Humanizada | Capítulo 5

FOTGRAFIA. A construção comunitária Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/tag/ butaro-hospital

118 M.H.


Maternidade Humanizada | Capítulo 5 FOTGRAFIA. A construção comunitária Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/tag/ butaro-hospital

119 M.H.


5.2. Panzi Hospital

Maternidade Humanizada | Capítulo 5

A segunda referência projetual é a realizada pelo grupo de arquitetos White Arkitekter em 2016-2017, um hospital localizado em Bukavu, República Democrática do Congo. O motivo da escolha foi por se tratar de uma arquitetura térrea e os serviços prestados pelo hospital, como o atendimento aos sobreviventes de violência sexual. Trata-se de uma arquitetura que pode ser ampliada futuramente para acomodar camas adicionais e uma nova unidade operacional. O espaço faz uso da luz natural intensamente, com pátios internos que garantem a vista da vegetação circundante, além de adaptações arquitetônicas , com o uso de cobogós e muxarabis próximos aos acessos dos jardins internos, e ambientes que recebem intensa radiação solar, separando ambientes e filtrando a luz natural. Com recursos limitados buscaram soluções inteligentes com as quais podem garantir um bom funcionamento como a redução dos gastos com luz elétrica maximizando o acesso à luz do dia através do tamanho e layout das janelas. Os espaços internos protegidos contra superaquecimento, planejados pensando em soluções de proteção solar bem calibradas. Criação de sistemas para ventilação natural minimizando o uso do ar condicionado o uso de materiais cuidadosamente selecionados nas soluções detalhadas que evitam danos causados pela umidade.

120 M.H.

IMAGEM: Panzi Hospital. Fonte: https://www.panzifoundation.org/panzi-hospital


Maternidade Humanizada | CapĂ­tulo 5

IMAGEM: Panzi Hospital. Fonte: https://www.panzifoundation.org/panzihospital

121 M.H.


5.3. Casa Brasília ou Vila Rica

Maternidade Humanizada | Capítulo 5

O projeto Casa Brasília possui hoje uma característica muito particular. É um projeto do escritório BLOCO Arquitetos realizado em 2017, com uma área de 400,0 m², apresenta em sua fachada de forma crua, os elementos que a compõem. O projeto está localizado em uma área rural a 40km de distância do centro da cidade de Brasília, a topografia do terreno apresenta um leve declive em relação aos fundos do lote, para onde há vista livre em direção a um vale vegetação nativa. Uma forma rústica e que chama atenção a qual motivou a escolha da referência. Pois, uma vez feita com materiais minimalistas, a obra não esconde as aparências naturais do material, fachadas lineares, o uso intensivo de tijolos de cerâmica, cimento e pedras, e deixa os mesmos envelhecerem sob a ação das intempéries, sem a necessidade de manutenção constante. Outra coisa que chamou a atenção foi o uso de grandes aberturas nas fachadas norte e sul, a qual promovem ventilação e iluminação naturais.

122 M.H.

IMAGEM: Casa Vila Rica vista Frontal. Fonte: http://www.bloco.arq.br/arquitetura/casa-vila-rica/


Maternidade Humanizada | CapĂ­tulo 5

IMAGEM: Casa Vila Rica vista Frontal. Fonte: http://www.bloco.arq.br/arquitetura/casa-vila-rica/

123 M.H.


Maternidade Humanizada | CapĂ­tulo 5 124 M.H.

IMAGEM: Casa Vila Rica vista Frontal. Fonte: http://www.bloco.arq.br/arquitetura/casa-vila-rica/


Maternidade Humanizada | CapĂ­tulo 5

IMAGEM: Casa Vila Rica vista Frontal. Fonte: http://www.bloco.arq.br/arquitetura/casa-vila-rica/

125 M.H.


5.4. Casa Oasis

Maternidade Humanizada | Capítulo 5

Por último, temos a Casa Oasis, realizada pelo grupo Esquadra Arquitetos junto com Yi Arquitetos em SMPW (Núcleo Bandeirante, Brasília), Brasil, no ano de 2015, com uma área de 700,0 m². O motivo da escolha foi por questões de Plasticidades, volumetria e os usos os Brise-solei verticais e horizontais que dão um ar de leveza e trazem a iluminação natural para dentro do edifício de forma controlada e minuciosa.

126 M.H.

IMAGEM: Casa Oasis fachada principal. Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/896193/casa-oasis-esquadra-arquitetos-plusyi-arquitetos


Maternidade Humanizada | CapĂ­tulo 5 IMAGEM: Casa Oasis fachada principal. Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/896193/casa-oasis-esquadra-arquitetos-plus-yiarquitetos

127 M.H.


M.H. maternidade humanizada


FOTOGRAFIA Tais Motta Fonte: http://www.taismotta.com.br/


“ Como explicar que cruzar os braços é um problema e que a vida dura só um minuto? ” - Oscar Niemeyer


6 ESTUDO DE CASO

Maternidade Humanizada | CapĂ­tulo 5

6.1 Triologia do documentĂĄrio: O renascimento do parto 6.2. Maternidade Pro Matre Paulista

131 M.H.


FICHA RESUMO DO DOCUMENTÁRIO: Título: O Renascimento do Parto Ano produção: 2013 Dirigido por: Eduardo Chauvet Estreia: 9 de Agosto de 2013 ( Brasil )

Maternidade Humanizada | Capítulo 6

Duração: 90 minutos

132 M.H.

Gênero: Documentário Drama Países de Origem : Brasil Cor filmagem: Colorida


ESTUDO DE CASO Triologia do documentário: O renascimento do parto Para a melhor compreensão e observação da importância em trabalhar com a humanização na arquitetura, principalmente em ambientes que promovem a saúde, o documentário O renascimento do parto, estreou em 2013, e com o tempo teve sua sequência. foi fundamental para entendimento e questionamento de situações atuais desumanas. O mesmo faz uma breve crítica, que se intensifica no decorrer da trilogia, sob reflexões e indagações de atitudes e comportamentos a qual invalida a força e a capacidade da mulher em poder gerar e dar a luz ao seu próprio filho, inseridos em um sistema sem atendimento digno e igualitário acessível e público. O mesmo documentário trás os protagonismos da mulher no parto, e sua importância em relação as escolhas e decisões. Uma verdadeira critica a indústria da cesárea, alimentada por fraudes, trazendo ênfase nas mortes dos bebes por esse método, a qual destaca com índices 2,9 vezes superior a mortalidade em partos vaginais. Na trilogia, o primeiro filme aborta uma síntese conceitual sob as questões que envolvem o parto humanizado, que não é necessariamente só o parto feito em casa ou na água, mas sim, o todo envolvimento pessoal e condições do ambiente, enfatizando as iniciativas do atendimento dignos, com escolhas e protagonismo humano. Em O Renascimento do Parto 2, o assunto é focado principalmente na violência obstétrica, ressaltando vivencias e relatos traumatizantes durante o momento do parto, apresentados em decorrer do documentário. No terceiro filme, os assuntos tratados são questões presenciadas dentro do sistema público de saúde, SUS – Sistema Único de Saúde. No decorrer do filme, ele apresenta a experiência da Casa Ângela, centro de parto normal localizado na zona sul da cidade de São Paulo. A casa Ângela atende gratuitamente as mulheres da região, em seu período de gestação, parto e pós-parto. Onde são atendidas com acompanhamentos humanizados, especializados sob cuidados de uma equipe profissional e capacitada, formada e especializado no assunto.

Maternidade Humanizada | Capítulo 6

6.1

133 M.H.


FICHA RESUMO DO PROJETO Data de inauguração: 4 de outubro de 1936. Responsável pela elaboração do projeto: Grupo de médicos Objetivo: Necessitavam exercer suas atividades em uma maternidade especializada e que fosse destinada a atender as mulheres no período de gestação e primeiros meses do pós parto. Localização: R. São Carlos do Pinhal, 139 - CEP: 01333-001 - Bela Vista - São Paulo - SP - 11 3269 2233 Responsável Técnico: Buzzini - CRM 124390

Dr.

Rodrigo

Área do terreno: 727,5 m² Área da construção: 7 andares e mais de 8 mil metros quadrados Atendimento: Privado

Maternidade Humanizada | Capítulo 6

Número de leitos Total: 100 leitos

134 M.H.

Norma: DECRETO Nº 5.519, DE 15 DE AGOSTO DE 1928 Autoriza a doação de um terreno pertencente ao Patrimonio Nacional, á associação do hospital Pro Matre Paulista, e dá outras providencias.

IMAGEM Tour 360 pela maternidade | Pro Matre Paulista Fonte: https://youtu.be/ I07FblKuF4s/130807233735342.jpg


O hospital Pro Matre Paulista, possui uma maternidade com conforto de hotel e uma estrutura hospitalar, oferecendo ampla rede de espaço, com UTI adulto e UTI neonatal referência, com toda segurança e qualidade. Uma das mais antigas Maternidades Paulista, hoje Pro Matre se destaca sendo referência em todo Brasil, pertencendo ao maior grupo privado de maternidades da América Latina – o Grupo Santa Joana. Pro Matre Paulista é certificada pela Joint Commission International (JCI), principal entidade certificadora mundial da excelência em segurança do paciente, a qual oferece serviços de nutrição específicos para cada estágio da vida e se especializa na humanização do ambiente. Contando com 5 leitos para internação adulta. Uma UTI neonatal da Pro Matre, espaço humanizado, que oferece atendimento individualizado, com conforto acústico e isolamento, diminuindo o ruído nas salas, afim de não provocar estresse no bebê, além da temperatura ser adequada às necessidades dos bebês, com iluminação controlada para preservar seu período de descanso. Pro Matre também possui uma unidade de Banco de Leite e Lactário a qual incentiva o aleitamento materno, um banco de leite próprio para armazenamento à disposição dos recém-nascidos que ainda não são capazes de sugar e destinados para a retirada. A maternidade também faz a aplicação do método canguru a qual lhe permite a participação dos pais na recuperação dos recémnascidos através do contato pele a pele entre mãe e filho e/ou entre pai e filho. Possui salas de centro de parto normal, ao todo 4 salas de parto modernas e bem equipadas.Todas as são equipadas com aparelhos de cardiotocografia sem fio que permitem a mobilidade da gestante durante o trabalho de parto e garantem a segurança do bebê durante todo o trabalho de parto. As salas contam com um conceito inovador que integra banheira ao quarto, som ambiente e todo equipamento necessário para auxiliar no trabalho de parto. Contando com banheira integrada ao quarto com cromoterapia, bola suíça, barra de alongamento, balanço pélvico tipo “cavalinho”, banqueta de parto.

Maternidade Humanizada | Capítulo 6

6.2. Maternidade Pro Matre Paulista

135 M.H.


Maternidade Humanizada | Capítulo 6

O espaço também conta com um Centro cirúrgico, com oito salas para cirurgias, oferecendo serviços de Cirurgias ginecológicas; Cirurgias neonatais realizadas; Cirurgias plásticas realizadas; Cirurgias vasculares; Cirurgias da Medicina Fetal. Outros ambientes que o espaço possui, são: Unidade Semi Intensiva e pronto atendimento, ambientes clínicos como: Obstetras; Ginecologistas; Cardiologistas; Hematologistas; Infectologistas; Anestesistas; Nefrologistas; Gastroenterologistas; Oncologistas; Urologistas; Neurologistas; Otorrinolaringologistas; Fisioterapeutas; Nutricionistas; Farmacêuticos. Reformas: A inauguração do hospital foi em 1936, em 2000 no início tinha 3 andares e realizavam 250 partos por mês, com 20 leitos até 2005, onde aumentou o número de uti neonatal e o número de andares, com 6 pavimentos, e 40 leitos, hoje a área possui 53 leitos de UTI Neonatal, e hoje ela atende mais de 8 mil nascimento anualmente e possui 7 andares.

136 M.H.


Maternidade Humanizada | CapĂ­tulo 6 FOTOGRAFIA Thais Thomazzoni. Fonte: https://www.thaisthomazzoni. com.br

137 M.H.


M.H. maternidade humanizada


IMAGEM GettyImages.com


“O Parto é da Mulher” - Dr. Cristina Balzano


PROJETO

7

7.Maternidade Humanizada 7.1.Conceito e Partido 7.2. Programa de necessidades 7.2,1. Setores e Zons na implantação 7.3. Acessos e Fluxograma 7.4. Análise bioclimática e vegetação 7,5, Topografia e corte 7.6. Implantação Técnica 7.7. Paginação e planta Humanizada 7.8. Evolução da forma 7.9. Estrutura e detalhamentos 7.10. Caixa d’água 7.11. Estrutura do Telhado e fundação 7.12. Acesso externos e estratégias de adequação de vias 7.13. Elevações 7.14. Materialidade 7.15. Imagens Internas 7.16. Imagens Externas


142

M.H.

Maternidade Humanizada | CapĂ­tulo 7


143

M.H.

Maternidade Humanizada | CapĂ­tulo 7


144

M.H.

Maternidade Humanizada | CapĂ­tulo 7


7. MATERNIDADE HUMANIZADA 7.1. Conceito e partido

Maternidade Humanizada | Capítulo 7

Conceito: Humanização na Arquitetura da Saúde. Partido: Buscar de inserir uma arquitetura digna, acolhedora que enfatiza a relação de escala homem-edifício junto a geometria modular arquitetônica aplicada, para que promova o bem-estar físico e emocional, canalizando as necessidades humanas como prioridades, e assim trazendo ambientes vivos e saudáveis, com o foco na humanização do espaço integrado a natureza.

145 M.H.


7.2. Programa de necessidades Gráfico dos ambientes em sua predominância: 1% 1,7% 1,3% 1,3% 1,5% 1,7% 2,5% 6%

Área construída 32%

6%

Internação Obstétrica UCINCo Atendimento ao paciente - Admissão e alta Ambiente de apoio Setor adiministrativo Banco de Leite Materno Área Internação UCINCa Laboratório clínico UTNI Atendimento Clínico

12%

Circulação interna

11%

Jardim Interno

11%

Centro de Parto Normal (CPN)

20%

Área para lazer comunitário

Estacionamento

Maternidade Humanizada | Capítulo 7

Área Livre 68%

146 M.H.

20%

Área para expansão


1,25

0,625

2,5

5

10M

147

M.H.

Maternidade Humanizada | CapĂ­tulo 7


Tabela dos ambientes e metragem de cada: Programa de Necessidades Atendimento ao paciente - Admissão e alta Nº 42 39 25 40

Ambientes Entrada principal/ Sala de Espera e recepção Banheiro Masc. Público Banheiro Fem. Público Banheiro PCD Total

Área Total M² 58,3 6,25 6,25 6,25

Quant. 1 1 1 1

77,05

Observações _ _ _ _

Setor Administrativo Nº 39 18 37 34 36 35 25 40 39

Ambientes Secretaria Administrativa Banheiro do Diretor Geral Sala do Diretor Geral Comissão de Controle Infecção Diretoria A Sala de reunião Banheiro Feminino Banheiro Masculino Sala de Espera e recepção Total

Nº 50 46 45 49 47 48 50 39 22 40 39

Ambientes Serviço Social Consultório cardiologista Consultório neurológico Consultório clinico Geral Consultório Obstetrícia Consultório Ginecologia Sala de Exames e Curativos Banheiros no consultório Banheiro PCD Banheiro Fem. Banheiro Masc. Total:

Área Total M² 32,43 7 9,07 11,6 18,7 15,4 6,25 6,25 12,5

Quant. 1 1 1 1 1 1 1 1 1

119,2

Observações _ _ _ _ _ _ _ _ _

Atendimento Clínico Área Total M² 13,5 16,38 13,68 9,38 9,15 9,38 14 57,3 7,7 7,9 5,4

Quant. 1 2 2 1 2 2 2 7 1 1 1

163,77

Observações _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _

Maternidade Humanizada | Capítulo 7

Unidade Funcional de internação UTIN

148 M.H.

Nº 26 27 30 29 31 33 8 10 32

Ambientes Sala de ordenha Sala de reunião com a família Expurgo Rouparia UTIN Sala de Higienização e preparo para equipamentos Área de Serviço de enfermagem e controle de entrada e saída Área de cuidados e higienização² Quarto de plantão coletivo com banheiro anexo Banheiro restrito Berçário de cuidados intensivos – UTI neonatal 4 e 10 leitos para Berçário

Área Total M² 16,3 10,9 15,2 2,3 7,5

Quant. _ _ _ _ _

9,38

5

__ 27,9

1

18,75

1

_ Mínimo de 5 leitos, sendo 1 berços a cada 80 RN/ano de baixo peso (- 2500 g). É obrigatório em todo em EAS que atendam gravidez/parto de alto risco 241,63

Quant. 1 1 1 1 1 1 1

Observações _ _ _ _ _ _ _

1

Total:

Observações _ _ _ _ _ 1 Área de serviços por posto de enfermagem 1 a cada 15 berços ou fração

Área Internação UCINCa Nº 33 42 65 10 44 39 18

Ambientes Registro do Paciente Sala de espera para acompanhantes Posto de Enfermagem Deposito Expurgo Banheiro Funcionários Banheiro visitantes

Área M² 9,3 9,3 9,4 9,4 9,4 9.1 4,1


65 10 44 39 18 X 43 x

Posto de Enfermagem Deposito Expurgo Banheiro Funcionários Banheiro visitantes Banheiro anexo Quarto de Internação Rouparia

9,4 9,4 9,4 9.1 4,1 37,2 36 9,3

Total:

1 1 1 1 1 4 4 1

_ _ _ _ _ _ _ _

133,4

Centro de Parto Normal (CPN) Nº Ambientes 24 Área de prescrição médica e recepção 18 Banheiro anexo a sala de exame Sala de exame, admissão e higienização de parturientes( A sala de admissão e os ambientes de apoio podem ser 19 compartilhados com os ambientes do centro de parto normal.)

17

Área M² 44,55 6,25

Quant. 1 1

Observações _ _

15

1

_

Posto de enfermagem e área de Recuperação anestésicas 15,63 se preciso Ambientes de apoio:

1 Auditório 68,51 38 Banheiro Restaurante 80,78 18 sala de preparo anexo 3,4 Sala preparo de equipamentos/material e preparo de Jardins e Solariuns 15 11,7 213,72 _ anestésicos Jardins internos 21 Vestiário 11,7 Estacionamento 18 Banheiro Visitante 4,7 16 Guarda pertence 9,3 20 Ultrassonografia 16,4 Quarto _ Vagas PPP ( O quarto PPP no centro obstétrico pode ser 2547,73 9 utilizado como pré-parto para as pacientes com 133,45 possibilidade cirúrgica ) 12

Banheiro para parturiente

14 10 11 12 _ 8 23

_ Área para deambulação (interna ou externa); Banheiro Funcionários Rouparia _ Expurgo Solarium ÁREA TOTAL DOS AMBIENTES Quarto de Plantão com banheiro anexo Cozinha e copaÁREA TOTAL OCUPADA Total:

A um a cada doze leitos de A cada doze leitos de recuperação pósrecuperação anestésica com 6,00m² pósanestésica _ _ com 6,00m² 1_ __ 1 6 1

1 3 tipos 5

_ _ _ _ _ 50 vagas livres para visitantes e pacientes 5 vagas para veículos PCD, 5 vagas para Prevê área de 4 metros cuidadosdeRN ambulância 1 para cargapara e descarga com Bancada comde pia, agua quente e fria resids e 38 vagas funcionários

Área para expansão 41,25

5

Instalações de barras de segurança no Box

2545 186 8,96 Área livre de lazer comunitário 14 490,18 8,96 _ 124,16 18,9 21,2

1_ 1 1 1_ 1 1 1

_ Preferencialmente coberta _ _ __ _ 3369,82 _ 6407,73 _ 695,51

70 22

Ambientes Quarto/enfermaria para alojamento conjunto ou internação de gestantes com intercorrências; Rouparia Recepção e sala de espera dos visitantes

18

Banheiro anexo

Nº 67

Área M²

Quant.

Observações

4

4

_

2,3 20,72

1 1

13,58

2

_ _ O box para chuveiro deve ter dimensão mínima de 0,90 x 1,10m com instalação de barra de segurança. 40,6

Total: Laboratório clínico Nº 60 57 64 59 62 61 63 58

Ambientes Sala de recepção e classificação Sala de macroscópica e Sala de ecocardiografia Sala de imuno-histoquímica Sala de biópsia de congelação Sala de necrópsia Arquivo de peças, lâminas, blocos e fotografias Sala Técnica Total:

Área M² 42,1 18,6 6,2 14,63 26,81 7,68 10,9 25

Quant. 1 1 1 1 1 1 1 1

Observações _ _ _ _ _ _ _ _ 151,92

149

Banco de leite Materno – BLM Nº 56 55

Ambientes Sala para recepção, registro e triagem de doadoras Sala de preparo da doadora e Sala para coleta

Área M² 10,6 23,4

Quant. 1 1

Maternidade Humanizada | Capítulo 7

Internação Obstétrica (puérperas ou gestantes com intercorrências) - por 24Hrs UCINCo

Observações _ _

M.H.


64Nº 5933 6242 6165 6310 5844 39 18 X Nº43 56x 55

Sala de ecocardiografia 6,2 M² 1 Ambientes Área Quant. Sala de imuno-histoquímica 14,63 11 Registro do Paciente 9,3 Sala congelação 26,81 11 Saladedebiópsia esperade para acompanhantes 9,3 Sala de de necrópsia 7,68 11 Posto Enfermagem 9,4 Arquivo de peças, lâminas, blocos e fotografias 10,9 11 Deposito 9,4 Sala Técnica 25 11 Expurgo 9,4 Banheiro FuncionáriosTotal: 9.1 1 Banheiro visitantes 4,1 1 Banco de leite Materno – BLM Banheiro anexo 37,2 4 Quarto de Internação 4 Ambientes Área36 M² Quant. Rouparia 9,3 Sala para recepção, registro e triagem de doadoras 10,6 11 Total: Sala de preparo da doadora e Sala para coleta 23,4 1

54

Sala de esterilização de materiais

Centro de Parto 10,7 Normal (CPN)

1

151,92

133,4

_ Observações __ __ __ __ __ _ _ _ _ Observações __ _

Área depender da tecnologia utilizada

Ambientes de limpeza e deposito de produtos 51Nº Departamento

Área M² 19,69

Quant. 10 cadeiras

Observações _

53

Sala para processamento, estocagem e distribuição de leite

10,9

1

_

52 56

Laboratório de controle de qualidade ² Sala para lactentes acompanhantes Total:

18,7 33,51

1 1

_ _

127,5

Circulação interna _

Circulação

1389,63

_

_

Ambientes de apoio: 1 38

Auditório Restaurante

_

Jardins internos

68,51 80,78 Jardins e Solariuns 213,72

_ _

_ _

6

_

Estacionamento

_

Vagas

2547,73

3 tipos

50 vagas livres para visitantes e pacientes 5 vagas para veículos PCD, 5 vagas para ambulância 1 para carga e descarga de resids e 38 vagas de funcionários

Área para expansão _

2545

_

_

_

_

Área livre de lazer comunitário _

Maternidade Humanizada | Capítulo 7

ÁREA TOTAL DOS AMBIENTES ÁREA TOTAL OCUPADA

150 M.H.

_

490,18

Fonte: Elaboração própria. Ambientes do projeto.

3369,82 6407,73


3369,82m²

Maternidade Humanizada | Capítulo 7

Área Maxíma do Programa

151 M.H.


7.2.1. Setores e Zoons na implantação Atendimento ao paciente - Admissão e alta

ZOOM A - Escala 1:25

0

1,25

Maternidade Humanizada | Capítulo 7

0,625

152 M.H.

Num. 42 39 25 40

ZOOM A

Mapa referência do zoom Sem escala

2,5

5

AMBIENTES Entrada principal Banheiro Masc. Público Banheiro Fem. Público Banheiro PCD

58,3 m² 6,25 m² 6,25 m² 6,25 m²


Setor Administrativo

0

1,25 0,625

2,5

5

ZOOM B - Escala 1:25

39 18 37 34

ZOOM B

Mapa referência do zoom Sem escala

36 35 25 40 39

AMBIENTES Secretaria Administrativa 32,43 m² Banheiro do Diretor Geral 7 m² Sala do Diretor Geral 9,07 m² Comissão de Controle Infecção 11,6 m² Diretoria A 18,7 m² Sala de reunião 15,4 m² Banheiro Fem. 6,25 m² Banheiro Masc. 6,25 m² Sala de Espera e recepção 12,5 m²

Maternidade Humanizada | Capítulo 7

Num.

153 M.H.


Atendimento Clínico

ZOOM c - Escala 1:25

0

1,25 0,625

Maternidade Humanizada | Capítulo 7

Num.

154 M.H.

ZOOM C

Mapa referência do zoom Sem escala

50 46 45 49 47 48 50 39 22 40 39

2,5

5

AMBIENTES Serviço Social 13,5 m² Consultório cardiologista Consultório neurológico Consultório clinico Geral Consultório Obstetrícia Consultório Ginecologia Sala de Exames e Curativos Banheiros no consultório Banheiro PCD 7,7 m² Banheiro Fem. 7,9 Banheiro Masc. 5,4

16,38 m² 13,68 m² 9,38 m² 9,15 m² 9,38 m² 14 m² 57,3 m²


Unidade Funcional de internação UTIN

1,25 0,625

ZOOM d- Escala 1:25

2,5

5

Num. AMBIENTES 26 Sala de ordenha 27 Sala de reunião com a família 30 Expurgo 29 Rouparia UTIN 31 Sala de Higienização e preparo para equipamentos 33 Área de Serviço de enfermagem ZOOM d

Mapa referência do zoom Sem escala

18 10 32

16,3 m² 10,9 m² 15,2 m² 2,3 m² 7,5 m² 9,38 m²

Quarto de plantão e banheiro anexo 27,9 m² Banheiro restrito 5,14 m² UTI neonatal 18,75 m²

Maternidade Humanizada | Capítulo 7

0

155 M.H.


Área Internação UCINCa

0

1,25 0,625

2,5

5

Maternidade Humanizada | Capítulo 7

ZOOM e- Escala 1:25

156 M.H.

Num. 33 42 65 10 44 39 18 39 43 6 ZOOM e

Mapa referência do zoom Sem escala

AMBIENTES Registro do Paciente Sala de espera para acompanhantes Posto de Enfermagem Deposito Expurgo Banheiro Funcionários Banheiro visitantes Banheiro anexo Quarto de Internação Rouparia

9,3 m² 9,3 m² 9,4 m² 9,4 m² 9,4 m² 9.1 m² 4,1 m² 37,2 m² 36 m² 9,3 m²


Centro de Parto Normal (CPN)

ZOOM f - Escala 1:25

0,625 Num. 24 18 19 17 18 15

ZOOM f

Mapa referência do zoom Sem escala

1,25

21 18 16 20 9 12 14 10 11 12 8 23

2,5

5

AMBIENTES Área de prescrição médica e recepção 44,55 m² Banheiro anexo a sala de exame 6,25 m² Sala de exame, admissão e higienização 15 m² Posto de enfermagem e recuperação anestésicas 15,63 m² Banheiro sala de preparo anexo 3,4 m² Sala preparo de equipamentos/material e preparo de anestésicos 11,7 m² Vestiário 11,7 m² Banheiro Visitante 4,7 m² Guarda pertence 9,3 m² Ultrassonografia 16,4 m² Quarto PPP 133,45 m² Banheiro para parturiente 41,25 m² Área para deambulação 186 m² Banheiro Funcionários 8,96 m² Rouparia 14 m² Expurgo 8,96 m² Solarium 124,16 m² Quarto de Plantão com banheiro anexo 18,9 m² Cozinha e copa 21,2 m²

Maternidade Humanizada | Capítulo 7

0

157 M.H.


Internação Obstétrica (puérperas ou gestantes com intercorrências) - por 24Hrs UCINCo

0

Maternidade Humanizada | Capítulo 7

ZOOM g - Escala 1:25

0,625

2,5

5

ZOOM g

Num. 67 70 22 18

158 M.H.

1,25

Mapa referência do zoom Sem escala

AMBIENTES Quarto/enfermaria 4 m² Rouparia 2,3 m² Recepção e sala de espera dos visitantes 20,72 m² Banheiro anexo 13,58 m²


Laboratório clínico

0

1,25 0,625

ZOOM H

Mapa referência do zoom Sem escala

Num. 60 57 64 59 62 61 63 58

2,5

5

AMBIENTES Sala de recepção e classificação 42,1 m² Sala de macroscópica 18,6 m² Sala de ecocardiografia 6,2 m² Sala de imuno-histoquímica 14,63 m² Sala de biópsia de congelação 26,81 m² Sala de necrópsia 7,68 m² Arquivo 10,9 m² Sala Técnica 25 m²

Maternidade Humanizada | Capítulo 7

ZOOM H - Escala 1:25

159 M.H.


Banco de leite Materno – BLM

1,25

0

0,625

2,5

5

ZOOM H - Escala 1:25

Num. Maternidade Humanizada | Capítulo 7

56 55 54 51 53 52 ZOOM H

160 M.H.

Mapa referência do zoom Sem escala

56

AMBIENTES Sala para recepção, registro e triagem de doadoras Sala de preparo da doadora e Sala para coleta Sala de esterilização de materiais Departamento de limpeza e deposito de produtos Sala para processamento, estocagem e distribuição Laboratório de controle de qualidade Sala para lactentes acompanhantes

10,6 m² 23,4 m² 10,7 m² 19,69 m² 10,9 m² 18,7 m² 33,51 m²


Ambientes de apoio:

Auditório ZOOM I - Escala 1:25

RESTAURANTE ZOOM J - Escala 1:25 0

1,25 0,625

2,5

5

ZOOM J Num.

AMBIENTES

1 Auditório 68,51 m² 38 Restaurante 80,78 m²

Maternidade Humanizada | Capítulo 7

ZOOM I

161 Mapa referência do zoom Sem escala

M.H.


Maternidade Humanizada | Capítulo 7

Circulação Interna

162

1,25 0,625

M.H.

2,5

5

10M


Legenda - Funcionários de apoio, médicos e paramédicos. - Pacientes em regime de internação e parto - Pacientes em acompanhamento e palestras - Visitantes e acompanhantes ao parto - Doadoras do banco de leite humano

Maternidade Humanizada | Capítulo 7

É importante destacar o quanto os espaços de cisculação foram planejados para melhor qualidade do ambiente, com grandes corredores largos e jardins que trazem um pouco do externo para dentro da arquitetura.

163 M.H.


Jardins e Solariuns

Maternidade Humanizada | CapĂ­tulo 7

Ocupando: 213,72 m².

164 1,25

M.H.

0,625

2,5

5

10M


Estacionamento

Ocupando: 2547,73 m². O estacionamento possui 50 vagas livres para visitantes e pacientes, com 5 vagas para veículos PCD, 5 vagas para ambulância,1 para carga e descarga de residos e 38 vagas de funcionários.

PRODUCED BY AN AUTODESK

ESCALA 1: 100

Área para expansão Maternidade Humanizada | Capítulo 7

Ocupando: 2545 m².

S

FUNCIONÁRIOS Door 2 1

Door 2 1

limite de expansão ESCALA 1: 200

165 M.H.


PRODUCED BY AN AUTODE

Área livre de lazer comunitário

Maternidade Humanizada | Capítulo 7

ZOOM K

166 M.H.

ESCALA 1: 100

S

FUNCIONÁRIOS Door 2 1

Door 2 1

ZOOM K

ESCALA 1: 200


7.3. Acessos e Fluxograma Acessos :

LEGENDA: Área livre e Lazer comunitário Área de expansão Estacionamento Público Estacionamento Funcionários e Serviços

Acesso restrito Acesso pacientes e vizitantes Acesso público

Maternidade Humanizada | Capítulo 7

Ilustração esquemática

167 M.H.


Fluxograma :

Retirada de Leitre Humano Alta SAÍDA

Recepção

Entrada principal

Entrada BLH Doação de Leitre Humano

Área de integração ao modelo de rede de auxilio à mulher

Análise clíinica imediata

Consulta Ginecologista

Consulta Obstetra Recepção Gestante

Exames admissão e higienização de parturientes

Maternidade Humanizada | Capítulo 7

Sala de prescrição

168 M.H.

Sala de Parto

Fluxograma por triagem

Visita

Consulta

Sala de espera

Salas Clínicas

Unidade UTI Unidade UTI Adulta Neo Natal


7.4. Análise Bioclimática e vegetação Análise Bioclimática

PRODUZIDO POR UMA VERSÃO DO AUTODESK PARA ESTUDANTES

Poente

PRODUZIDO POR UMA VERSÃO DO AUTODESK PARA ESTUDANTES

Nascente

Clima: tropical de altitude, verão quente e úmido e inverno ameno e quase seco; Temperatura média: 22°C; A umidade relativa do ar: média anual 72,1%; Direção predominante dos ventos: sudeste; Velocidade média: 2,0 m/s.

Maternidade Humanizada | Capítulo 7

SEM ESCALA - DESENHO ESQUEMÁTICO

169 M.H.

PRODUZIDO POR UMA VERSÃO DO AUTODESK PARA ESTUDANTES


Sabendo disso, foi levantado um estudo de insolação, uma representação gráfica dos percursos aparentes do sol na abóbada celeste ao longo do dia em PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION diferentes épocas do ano., segundo a latitude da região de Campinas. Latitude e longitude do terreno: 23°01’36.4”S 47°07’32.0”W Fachda lado A

PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION

N PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION

30 40

0 10 20

Jun 22 Jul 24 o Ag 28 et S 23 70

30 40 16

15

14

90

20

t

Ou

2

22

z

De

7 10

6

Jan ez 2D

2

0

18

S

0

PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION

18

S

1

Jun i 22 1 MJaun i 2 22 Mra 21Ab r 16 arb 6MA ar 211 M 9021 0 9Fev v 23 Fe 23an J 21 an 1zJ 7 D2e 6 z 2 8 7 De 6 2 22

PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION

0N 00

10 9

8

11 9 Jun 12 70 11 10 22 Jul Jun 13 120 70 4 2 3 1 4 l 6 2 1 2 Ju 14 50 60 24o 15 Ag 0 5 o 1 8 6 g 40 5 2 1 t A e 8 S 30 40 16 232 70Set 7 1 30 223 7 20 O O2u7t0 t 18 1 20 10 O20 Ou 8 1 10 20Nov ozv 22 e N 2D 0 z 222 18 80 De 22 1

S

LADO B

AZ. Alt. Solar PERIODO LADO B AZ. PERIODO 0 Alt. Solar 63º DIA/MÊS07:45 22 Jun 35º 27º 63º 10:15 07:45 0 22 Jun06:45 10:15 0 35º 67º 27º 21 Mai 27º 67º 10:35 06:45 40º 0 78º 27º 21 Mai6:35 10:35 0 40º 16 Abr 27º 78º 52º 11:00 6:35 0 16 Abr06:00 11:00 0 52º 90º 27º 21 Mar 65º 27º 90º 11:10 06:00 0 21 Mar05:30 11:10 0 65º 100º 27º 23 Fev 75º 27º 100º 11:45 05:30 0 0 23 Fev05:20 11:45 75º 111º 27º 21 Jan 90º 27º 111º 12:00 05:20 0 21 Jan05:20 12:00 0 90º 115º 27º 22 Dez 90º 27º 115º 12:00 05:20 0 22 Dez 90º 27º 12:00 DIA/MÊS

S

170

PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION

M.H.

PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION

10 20 20 30 0 40 3 40

PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION

PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION

v

Fe

21

N

PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION

2

10

Fachda lado B Maternidade Humanizada | Capítulo 7

Jan ez 2D

21

20

18

v

o 2N

v

Fe

PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION

O

23

0 82

O Out 0 9 18 11 1 20 Jun 12 70 2 v 3 l 2 Ju 1 No 14 60 z 24 22 De 15 50 o 2 g 2 A 40 28 16 t e S 30 23 70 17 2

90

60 50 40 30

17

2

23

Jun i 22 1 Ma 2 8 7 Abr 0 9 6r 11 1 16 2 0 Ma 1 1 7 13 2

AZ. 63º 297º 67º 297º 78º 297º 90º 297º º 100º 297º º 111º 297º º 115º 297º

PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION

20

22 Jun

PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION

PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION

10

N

LADO A

Alt. Solar PERIODO 0 07:45 5º 17:10 06:45 0 21 Mai 16:30 10º 0 6:35 16 Abr 29º 15:03 0 06:00 21 Mar 48º 14:20 0 05:30 23 Fev 62º 13:30 LADO05:20 A 0 21PERIODO Jan 90ºAZ. 12:00 Alt. Solar DIA/MÊS 0 63º 05:20 0 07:45 22 Dez 22 Jun 90º 12:00 5º 297º 17:10 67º 06:45 0 21 Mai 297º 16:30 10º 78º 0 6:35 16 Abr 29º 297º 15:03 0 90º 06:00 21 Mar 48º 297º 14:20 º 0 100º 05:30 23 Fev 62º 297º 13:30 º 0 111º 05:20 21 Jan 90º 297º 12:00 º 0 115º 05:20 22 Dez 90º 297º 12:00 DIA/MÊS

Jun i 22 1 Ma 2 r Ab 16 ar M 21

0


10 20 30 40

PERIODO 17:10

24 Jul

18:00 17:20 15:30 17:40 14:20 18:00 13:10 18:50 12:00 18:30 12:00 18:40

22 Jun 28 Ago 23 Set 20 Out 22 Nov 22 Dez

Alt. Solar 0º 40º 0º 52º 0º 64º 0º 75º 0º 90º 0º 90º 0º

AZ. 297º

O

63º 293º 63º 283º

27

17

ut

O 20 2

63º 271º 63º 260º 63º 249º 63º 246º

22

23

8

9

7

23

v

Fe

Jan 21 z De 22

6

PERIODO 17:10

24 Jul

18:00 17:20 15:30 17:40 14:20 18:00 13:10 18:50 12:00 18:30 12:00 18:40

28 Ago 23 Set 20 Out 22 Nov 22 Dez

10

z

De

LADO C

DIA/MÊS

22 Jun

20

18

v

o 2N

0 11 1 12 70 13 14 60 50 15 40 16 30

90

Alt. Solar 0º 40º 0º 52º 0º 64º 0º 75º 0º 90º 0º 90º 0º

0

18

90

Jun 22 Jul 4 2 o Ag 28 t Se 23 70

AZ. 297º

O

63º 293º 63º 283º 63º 271º 63º 260º 63º 249º 63º 246º

2

20

17

t Ou

v No z 22 De 22

0

18

S

Jun i 22 1 Ma 2 r Ab 16 r Ma 21

63º 271º 63º 260º 63º 249º 63º 246º

20

t Ou

2

18

v

o 2N

22

0 11 1 12 70 13 14 60 50 15 40 16 30

z

De

PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION

63º 293º 63º 283º

O

17

30 40

8

9

7

6

90

23

v

Fe

Jan 21 z De 22

PERIODO 17:10

24 Jul

18:00 17:20 15:30 17:40 14:20 18:00 13:10 18:50 12:00 18:30 12:00 18:40

28 Ago 23 Set 22 Nov 22 Dez

10

0

18

S

LADO C

DIA/MÊS

22 Jun

20 Out

20

90

23

Alt. Solar 0º 40º 0º 52º 0º 64º 0º 75º 0º 90º 0º 90º 0º

AZ. 297º 63º 293º 63º 283º 63º 271º 63º 260º 63º 249º 63º 246º

Jun 22 Jul 4 2 o Ag 28 t Se 23 0

O

Maternidade Humanizada | Capítulo 7

30 40

2

PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION

20

Jun 22 Jul 24 o Ag 28 et S 23 70

20

Jun i 22 1 Ma 2 r Ab 16 ar M 21

10

40º 0º 52º 0º 64º 0º 75º 0º 90º 0º 90º 0º

S

Lado B

10

0

18:00 17:20 15:30 17:40 14:20 18:00 13:10 18:50 12:00 18:30 12:00 18:40

2

10

N

N

AZ. 297º

6

Lado D

Fachda lado D

Alt. Solar 0º

7

20

18

0

LADO C

Jan ez 2D

21

PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION

PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION

PERIODO 17:10

8

0 9 11 1 12 70 3 1 14 60 50 15 40 16 30

v

Fe

27 20

t Ou

v No z 22 De 22

17

8

0 9 11 1 12 70 3 1 14 60 50 15 40 16 30

18

7

20 10

0

18

S

v

Fe

Jan ez 2D

21 6

2

Lado C

Maternidade Humanizada | Capítulo 7

LADO C DIA/MÊS

30 40

Jun i 22 1 Ma 2 r Ab 16 r Ma 21

0

Jun 22 Jul 24 o Ag 28 et S 23 0

PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION

N

20

PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION

2 Dez

Fachda lado C

PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION

2 Nov

10

PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION

0 Out

0

PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION

3 Set

Jun i 22 1 Ma 2 r Ab 16 ar M 21

PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION

4 Jul

8 Ago

Lado A

N

PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION

2 Jun

PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION

PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION

A/MÊS

PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION

171

172

ESCALA 1: 75 M.H.

M.H.


VEGETAÇÃO

Espécie 01 Tamanho variado

Maternidade Humanizada | Capítulo 7

IMAGEM: https://www. solucoesparacidades.com.br

173 M.H.

NOME CIENTÍFICO: Schinus molle e Schinus terebinthifolius NOME POPULAR: Aroeira ALTURA|ORIEGEM: 4 e 8 metros |Nativas da América do Sul DIAMETRO: 30 a 60 cm RAIZ: Pivotante


IMAGEM: https://www. solucoesparacidades.com.br

NOME CIENTÍFICO: Licania tomentosa NOME POPULAR: Oiti ALTURA|ORIEGEM: até 20 m |Brasil DIAMETRO: 30 a 50 cm RAIZ: Pivotante

Maternidade Humanizada | Capítulo 7

Espécie 02 Tamanho variado

174 M.H.


UCINC

R EC EP Ç ÃO

UTILIZADAS NA DECORAÇÃO NOME CIENTÍFICO: Musa ornata NOME POPULAR: Bananeira-ornamental ALTURA|ORIEGEM: até 2 metros |Nativas da América do Sul RAIZ: superficial

ÓRIO

R EC EP Ç ÃO

C O N S U LT Ó R

Maternidade Humanizada | Capítulo 7

UCINCA

175 M.H.

IO

NOME CIENTÍFICO: Ravenala madagascariensis NOME POPULAR: Mini Palmeira Ravenala ALTURA|ORIEGEM: até 8 metros |Nativa de Madagasca RAIZ: superficial

R EC EP Ç

NOME CIENTÍFICO: Melissa officinalis NOME POPULAR: Erva-cidreira ALTURA|ORIEGEM: 30 a 100 cm |Nativa da Europa Meridional, Ásia e norte da África RAIZ: Superficial Trepadeira


NOME CIENTÍFICO: Monstera deliciosa NOME POPULAR: Costela-de-adão ALTURA|ORIEGEM: 25 a 1 metros |Nativa do México SOL PARCIAL

NOME CIENTÍFICO: Lavandula NOME POPULAR: Lavanda ALTURA|ORIEGEM: 30 cm a 2 metros |Nativa da Ásia VAI NO SOL

Maternidade Humanizada | Capítulo 7

NOME CIENTÍFICO: Cymbopogon citratus NOME POPULAR: Capim-limão ALTURA|ORIEGEM: 70 cm a 1metros |Nativa da Ásia VAI NO SOL

176 M.H.


Maternidade Humanizada | CapĂ­tulo 7

7.5. Topografia e corte

177

M.H.


ALTURA MÁXIMA DA MATERNIDADEDE 5 METROS 1M

20 CM

ALTURA MÉDIA DAS RESIDÊNCIAS DA REGIÃO

4M PA= 4,90

PA= 5,00

PA= 4,80

PA= 4,90

Maternidade Humanizada | Capítulo 7

PA= 5,00

Maternidade Humanizada | Capítulo 7

Maternidade Humanizada | Capítulo 7 PA= 0,00

30 CM

178

179

180

M.H.

M.H.

M.H.


7.6. Implantação Técnica

Maternidade Humanizada | Capítulo 7

A implantação foi pensada respeitando o sistema de grid proposto de alinhamento e espaçamentos dentro dos múltiplos de 0,625 metros. O espaço oferece grandes corredores de circulação, com jardins internos. O ambiente foi locado conforme a necessidade de proximidade entre eles, agilização de construção e humanização do espaço. Foram criados ao todo 13 setores dos ambientes e um sepado para circulação.

181

ESCALA 1: 100 M.H.


Maternidade Humanizada | CapĂ­tulo 7

Maternidade Humanizada | CapĂ­tulo 7

182 183

M.H. M.H.


7.7. Paginaginação e planta humanizada

Maternidade Humanizada | Capítulo 7

Paginação

184 M.H.

LEGENDA: Piso interno da Maternidade - Fulget resinado Grama Esmeralda - Resistente ao pisoteamento Asfalto NOVO Areia para Playground

ESCALA 1: 100


Maternidade Humanizada | CapĂ­tulo 7

Maternidade Humanizada | CapĂ­tulo 7

185 186

M.H. M.H.


Maternidade Humanizada | Capítulo 7

O telhado será composto pela telha termoacústica tipo forro a qual fará a vedação quanto a temperatura e aos ruídos, a fim de manter o ambiente em condições agradáveis quando muito calor, aquecido quando muito frio e protegido de ruídos exacerbadores provenientes do externo.

187 M.H.

ESCALA 1: 100


Maternidade Humanizada | CapĂ­tulo 7

Maternidade Humanizada | CapĂ­tulo 7

188 189

M.H. M.H.


7.8. Evolução da forma A concepção da forma se deu a partir do levantamento dos ambientes propostos, em conjunto com os princípios da arquitetura humanizada, sempre deixando o espação de circulação como parte da mesclagem entre natureza e edifício. Sem esquecer a contemplação natural e acesso externo, fazendo o uso de grades vãos internos que proporcionaram melhor circulação de ar e conforto térmico. A proposta volumétrica também conta com pequenos jardins internos que serão responsáveis por garantir iluminação e ventilação nos ambiente citados ao centro da volumetria. Nas ilustrações abaixo podemos ver como a volumetria se comporta frente ao gabarito predominante com a altura media de 3 metros dos edifícios do entorno, além de observar o respeito pelos recuos obrigatórios dispostos nos limites do terreno, com 15 metros de distanciamentos das laterais.

M.H.

Altura máxima 5 metros PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION

Altura predominante 3 metros

PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION

190

PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION

PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION

Maternidade Humanizada | Capítulo 7

Recuo obrigatório 15 m


Forma final

Maternidade Humanizada | Capítulo 4

Área Maxíma do Programa

191 M.H.


PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION

M.H.

PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION

Maternidade Humanizada | Capítulo 4

PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION

192

62,5 cm x 62,5 cm

A forma também obedece o alinhamento com o grid a qual também serve de eixo para a estrutura.


PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION

PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION

PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION

Limite da Volumetria Grid de 0,625 metros por 0 0,625 metros

Maternidade Humanizada | Capítulo 4

CED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION

PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION

193 M.H.

PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT V


194

M.H.

Maternidade Humanizada | CapĂ­tulo 4


7.9.

-

O projeto foi pensado para maior facilidade na execução, por isso desta forma se utilizou materiais que facilitasse a montagem, são eles estruturais, como pilares e vigas de aço, que servirão de apoio para leve cobertura de telha sanduiche com forro embutido. As paredes externas e de principal de apoio, foram colocadas estrategicamente para a execução da comunidade, com um material de encaixe e fácil utilização, são eles os blocos estruturais sustentáveis, explicados melhor no detalhamento de materiais. As 2 paredes internas serão mais complexas, porém foram planejadas de maneira racional, dependeram de maquinas para instalação, deixandoas para ser inseridas por empresas especializadas de pré-moldado. A É importante destacar, que os ambientes que iram com pré-moldado possuíram uma camada de acabamento, que poderá ser executada pela comunidade, tal “reboco” / “acabamento externo” é exigência da vigilância sanitária e do ministério da saúde, bloqueando e uniformizando qualquer rugosidade na superfície.

LISTA DE MATERIAL

---

1

Estrutura e detalhamentos

Ref:___________________ Cliente : ________________________________________________________...

A 01

800

267

267

267

Resp:________________

Obra:_____________________________________________________________

Revisões:_____________

Aprovação/Data:_________________

OBSERVAÇÕES / COMPLEMENTOS : A - Perfis Gerdau Açominas ASTM A572 GR50

B

Perfil

01

W200x35.9 W530x66 W610x101 Total

Peso unitário (kgf/m)

Comprimento (m)

Material

20.80 40.00 16.00 76.80

AÇO A572Gr50 AÇO A572Gr50 AÇO A572Gr50

35.9 66 101

Página : 1 de 1 Área Estruturada (m²) : ____________ Taxa Média (kg/m²) : ________________ Peso total (kgf)

Observações

746.72 2640.00 1616.00 5002.72

B A 01

1

2

PERSPECTIVA 01

NÍVEL 105.00m

PERSPECTIVA 03 A

1 30 30

NÍVEL 105.00m

C-01

C-01

01

01

DETALHE "C" 1 : 10

1

NÍVEL 105.00m 500

NÍVEL 100.00m

3

0

PERSPECTIVA 04

5

1

{3D}

Template Simples - Axiom Treinamentos Não nomeada Prancha: 08

Fundação Estrutura de aço sobre sapatas de concreto armado : influência na flexibilidade das ligações.

RESPONSÁVEL PELA OBRA

NÍVEL 100.00m 0

00.00.0000

Maternidade Humanizada | Capítulo 4

20

45

A

40

500

DIRETOR TÉCNICO

CLIENTE:

RESPONSÁVEL PELO PROJETO:

LOCALIZAÇÃO: ## Rua

ESTRUTURA TIPO:

Projetista

195 M.H.


Maternidade Humanizada | CapĂ­tulo 4 196 M.H.

O Ao lado o corte perspectivado, detalha como funcionarĂĄ e onde se aplicam esses elementros estruturais e seus respectivos encaixe.


1. Brise horizontal metálico retangular 80x100mm com e=8cm 2. Cobertura metalica com telha Forro Sanduíche 3. Abertura no forro para iluminação embutida 4. Viga metálica perfil T com UB305x165x40 5. Pilar estrutural metálico W200X35.9 6. Tirantes metálicos 7. Pilar metálico perfil T com UB305x165x40 para encaixe do pré-moldado 8. Viga metálica perfil U75X40X15 9. Parede de pré-moldado com interior vasado e acabamento externo com massa e textura, para superfície uniforme e lisa. 10. Luminária tipo 1 apoiada na alvenaria 11. Brise vertical metálico fixo 12. Esquadria de corer 4 folhas 5,70x320cm, vidro duplo termoacústico e=4mm 13. Parede em alvenaria em bloco ecológico 30X15X7,5 14. Luminária tipo 2 apoiada na viga , com calha simples de sobrepor com refletor 15. Forro acústico suspenso por tirantes metálicos, com chapas sobrepostas

3

4

5

6

7

8

9 10

11

12

13

14

15

Maternidade Humanizada | Capítulo 4

2

Maternidade Humanizada | Capítulo 4

1

197

198

M.H.

M.H.


PRODUCED BY AN AU

PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION

Detalhamento item 1. Brise horizontal metálico retangular 80x100mm com e=8mm. : Vista Frontal do brise horizontal:

PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION

Vista em planta brise

UCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION

Chapa de metal para fixação na parde Barra metálica de encaixe frontal PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION

Maternidade Humanizada | Capítulo 7

Barra metálica de encaixe lateral

199 M.H.

Placa metálica de encaixe lateral

Brise metálico

Apoio Fixo


PRODUCED BY AN AUTODESK ST

200 AUTODESK STUDENT VERSION

Maternidade Humanizada | Capítulo 7

PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION

Detalhamento item 2. Cobertura metalica com telha Forro Sanduíche.

M.H.


Detalhamento item 9. Parede de pré-moldado com interior vasado e acabamento externo com massa e textura, para superfície uniforme e lisa.

BY AN AUTODESK STUDENT VERSION

Maternidade Humanizada | Capítulo 7

Ilustração: Montagem e acabamento dos painéis com os pilares:

M.H.

Zoom da parede com detalhamento interno AUTODESK STUDENT VERSION

201


PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION

Detalhamento item 11. Brise vertical metálico fixo.

Maternidade Humanizada | Capítulo 7

PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION

VERSION

202 M.H.


203 M.H.

PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION

Maternidade Humanizada | Capítulo 7

Detalhamento item 13. Parede em alvenaria em bloco ecológico 30X15X7,5.


204

M.H.

Maternidade Humanizada | CapĂ­tulo 7


7.10. Caixa d’água

VISTA LATERAL ESQUERDA

VISTA FRONTAL

1,64x2,19 Área = 3.6 m2

Maternidade Humanizada | Capítulo 7

VISTA LATERAL ESQUERDA

205 M.H.

CORTE AA

CORTE AA

VISTA FRONTAL

PLANTA BAIXA ESCALA GRÁFICA

0

1

2

4

8


SEÇÃO A

A

SEÇÃO B

B

CORTE AA ESCADA PARA LIMPEZA E MANUTENÇÃO

SEÇÃO AA

SEÇÃO BB PARTE INFERIOS PARA BOMBAS E CASA DE MÁQUINAS

4

8

A caixa d’água foi planejada para possuir uma capacidade de 17.316 litros cada, que ao todo são 34.632 litros até seu limite máximo. Cálculo efetuado conta também com a reserva de incêndio RTI da NBR 13714. Cálculo: Segundo a tabela de consumo da noma, uma maternidade consome 500 litros/dia por números de leitos. São 19 leitos ai todo então: 500L X 19 = 9.500 LITROS Por ser uma região afastada e longe do grande centro, foi estipulado uma reserva de 24hrs, sendo assim: 9.500 litros x 2 = 19.000 litros Para a reserva técnica segundo a norma NBR 13714, calcula-se: Hospital tipo 100 2 OBS: sabendo disso foi projetada com Total V= 100+100 x60 mais 14.432 litros para uso futuro com 19.000 + 1.200 v=200x60 20.200 litros obrigatório a vida de uma expansão ou unidade v= 1.200 litros integrada. suportando até 34.632 litros.

ESCALA 1: 75

Maternidade Humanizada | Capítulo 7

2

Maternidade Humanizada | Capítulo 7

0

1

206

207

M.H.

M.H.


208

M.H.

Maternidade Humanizada | CapĂ­tulo 7


Maternidade Humanizada | Capítulo 7

IMAGEM EXTERNA DA CAIXAD’ÁGUA.

209 M.H.


Maternidade Humanizada | Capítulo 7 210 M.H.

IMAGEM EXTERNA DA LATERAL DA CAIXA D’ÁGUA.


211

M.H.

Maternidade Humanizada | CapĂ­tulo 7


PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION

7.11. Estrutura do Telhado e Fundação Abaixo temos alguns zoons que mostram conforme a legenda onde estão localizados os itens estruturais, os mesmo da planta de telhado e de fundação.

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4 PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION

TABELAS DE BITOLA TABELAS DE BITOLAS - PERFIS I

Perfil W Abas Paralela

Perfil W Abas Paralelas – Perfil (W) H - HP 3 TABELAS DE BITOLAS - PERFIS I

Maternidade Humanizada | Capítulo 4

2

212 M.H.

1

Perfil W Abas Paralelas – Perfil (W) H - HP TABELAS DE BITOLAS - PERFIS I LEGENDA:

1- Pilar estrutural metálico perfilW T W200X35.9 Perfil (W) H-HP Perfil Abas Paralelas –b=165 Perfile h=181 (W) H

- HP

Perfil Estrutural de Aço

2- Viga e pilar UB305x165x40 3- Perfil U estrutural 75X40X15

Perfil Estrutural de Aço

4- 250x100x12,70 Perfil Estrutural Aço Tubo metalon em aço carbonode retangular Bitola 250 mmx100mm e=12,70 BITOLA Perfil Estrutural de Aço

BITOLA 250,00 X 100,00 ESPESSURA MM 12,70 250,00 X 100,00 PESO BARRA 6 MTS 393.764 ESPESSURA MM 12,70 PESO BARRA 6 MTS 393.764

BITOLA 250,00 X 100,00 ESPESSURA MM 12,70 PESO BARRA 6 MTS 393.764

BITOLA 2


10M 5 2,5 D

E

F

G

H

I

J

K

L

M

Estrutura do Telhado ESCALA 1:25 OBS: CORTE EFETUADO ACIMA DE 3.20 METROS

N

O

P

R

S AF U W

Z AB AD Y AA AC

AN

AS

AE AF AG AH AI AJ AK AL AM AO AP AQ AR

BA BC BE BG

BJ BL

AT AU AV AW AX AZ BB BD BF BH BI BK

BM BN BO BP BQ BR

BS BT BU BV BW BX BY BZ CA CB CC CD

Maternidade Humanizada | Capítulo 4

C

X

0,625

1,25 B

V

Maternidade Humanizada | Capítulo 4

44 45 46 47 48 49 51 53 55 57 59 61

50 52 54 56 58 60 62 16 17 19 21 23 25 27 29 31 33 35 37 39 14 5 7

8

9

10 12

18 20 22 24 26 28 30 32 34 36 38 40 41 42 43 15 13 11 6 4 3 2 1

A

T

213

214

M.H.

M.H.

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Q


6

PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION

215 M.H.

5

TABELAS DE BITOLAS - PERFIS I TABELAS DE BITOLAS - PERFIS I

W Abasbitola Paralelas Perfil (W) HB=100 - HP e h=138. 5- Pilar para oPerfil pré-moldado perfil –I W150X13,0 . W concreto Abas Paralelas 6- Fundação Perfil bloco de moldado–inPerfil loco.(W) H - HP

Perfil Estrutural de Aço

Perfil Estrutural de Aço

BITOLA 250,00 X 100,00 ESPESSURA MM 12,70 BITOLA 250,006XMTS 100,00 PESO BARRA 393.764 ESPESSURA MM 12,70 PESO BARRA 6 MTS 393.764

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Maternidade Humanizada | Capítulo 4

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Maternidade Humanizada | Capítulo 4

OBS: CORTE EFETUADO NO PISO.

Maternidade Humanizada | Capítulo 4

7.50

0.62

0,625

1,25 2,5

5 10M

T VERSION

Estrutura da Fundação ESCALA 1:25 216 217

M.H. M.H.


Maternidade Humanizada | Capítulo 7

7.12. Acessos externos e estratégias de adequação de vias

218 M.H.

LEGENDA:

Abertura nova via de mão dupla Readequar e remodelar para maiores fluxos Acesso livre de veículos particulares Acesso restrito a âmbulancias Acesso restrito a veículos dos funcionarios Entrada Principal


ria

Ma

da

ri

Gló a

5

Antiga Rodovia Santos

R. Miguel Melhado Campos,

R. Luiza Camargo

Ru

M.H.

Sem escala

Maternidade Humanizada | Capítulo 7

lia

Rua 4

220

R. Alc

ides Ma rtins

Maternidade Humanizada | Capítulo 4

Ac

M.H.

Moura

Rua 02

R.

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219

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Rua 01

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Rod. Sa ntos Du m

Rod. En g. Migue l Melha do Cam pos


221

M.H.

Maternidade Humanizada | CapĂ­tulo 7


222

M.H.

Maternidade Humanizada | CapĂ­tulo 7


223

M.H.

Maternidade Humanizada | CapĂ­tulo 7


224

M.H.

Maternidade Humanizada | CapĂ­tulo 7


Maternidade Humanizada | CapĂ­tulo 7 225 M.H.

Novo retorno proposta em planta.


226

M.H.

Maternidade Humanizada | CapĂ­tulo 7


227

M.H.

Maternidade Humanizada | CapĂ­tulo 7


Maternidade Humanizada | Capítulo 7

Adequação das vias.

228

M.H.


7.13. Elevações

Fachada lateral esquerda

Maternidade Humanizada | Capítulo 7

Fachada posterior

229 M.H.

Fachada lateral direita

Fachada frontal

PERSPECTIVA


Fachada frontal

Maternidade Humanizada | CapĂ­tulo 7

Fachada lateral direita

Fachada posterior

Fachada lateral esquerda

Escala grĂĄfica

0

2,5 1

5

10 M

230 M.H.


Maternidade Humanizada | Capítulo 7 231 M.H.

Imagem do projeto - Fachada lateral próximo da entrada dos funcionários.


Maternidade Humanizada | CapĂ­tulo 7 Imagem do projeto - Entrada Principal

232 M.H.


7.14. Materialidade

Maternidade Humanizada | Capítulo 7

A região atualmente possui um entorno simples, evidentes da alta construção, com materiais baratos, e que são predominantes na região. São eles Concreto rústico, tijolo aparente, em sua maioria tijolo Baiano. O solo da região é arenito arcosiano de cor creme e avermelhada, com granulometria média a muito grossa, e uma matriz argilosa e baixa maturidade textura. Todos esses itens compõem a paisagem a qual criam uma paleta única a qual o projeto devera ser inserido respeitando-a e fazendo parte dessa composição rustica e crua. A mesma paisagem é escassa de vegetação e arborização, um problema que deve ser readequado, para melhoria do conforto térmico, na região.

233 M.H.

IMAGEM GOOGLE EARTH 2020. Com adaptação propria

ESCALA 1: 10.000

Cimento Rústiuco

Tijolo baiano aparente

Arenito Arcosiano

Telhas de sanduiche com forro


Chapa perfurada de ferro e cimento Rústiuco e suas diferentes texturas, com acabamentos lisos em algumas áreas.

Paginação com piso de pedras com formatos retangulares diversos.

Variação de pisos de Coverfloor e tijolo maciço aparente.

Maternidade Humanizada | Capítulo 7

Sabendo disso, os materiais a serem ultilizados, materam esse padrão de linguagem , respeitando a paisagem. São eles: Cimento , tijolo e metal e Telhas metálicas termo acústica.

234 M.H.


1. ABERTURAS NA ALVENARIA QUE PERMITEM A CIRULAÇÃO E TROCA DE AR INTERNO NOS CORREDORES.

3. PAINÉIS ACÚSTICOS DECORATIVOS

2. PAREDE INCLINADA QUE PERMITEM A CIRCULAÇÃO DE AR SULDESTE

4. CORTINAS DE VIDRO SOB MEDIDA 5. PAINÉIS ACUSTICOS PARA AUDITORIO

6. BRISE VERTICAIS SOB MEDIDA METÁLICO FIXO 9. ACABAMENTO INTERNO COM REVESTIMENTO

Maternidade Humanizada | Capítulo 7

7. BLOCO CERÂMICO ESTRUTURAL ECOLÓGICO 19X19X39

235 M.H.

8.PAINÉIS MODULARES CONVENCIONAIS ACÚSTICO

10. BRISE HORIZONTAL FIXO

11. TELHA METÁLICA COM FORRO


ABERTURAS NA ALVENARIA QUE PERMITEM A CIRULAÇÃO E TROCA DE AR INTERNO NOS CORREDORES. Criação de pequenas aberturas na alvenaria estrutural vertical, para ventiação cruzada de ar.

FONTE: https://www. freedom.co.jp/ architects/ case642/

Imagem do projeto. Elaboração própria

LEGENDA ABERTURAS NA ALVENARIA DIREÇÃO DOS VENTOS

PAREDE INCLINADA QUE PERMITEM A CIRCULAÇÃO DE AR SULDESTE Parede com inclinaçao que contribuem para a entrada e troca de ar.

IMAGEM: Elaboração própria. Fachada entrada BLH. FONTE:https://i.pinimg.com/564x/ba/ fe/54/546e8c87e8e4ca5e5528de9393f9.jpg

Maternidade Humanizada | Capítulo 7

N

236 M.H.


PAINÉIS ACÚSTICOS DECORATIVOS Sonare é um painel em lã de vidro aglomerada com resina sintética, com revestimento externo em tecido na face aparente. Esses paineis serao ultilizado em revestimento de paredes e melhoram a inteligibilidade do som reduzindo a sensação de “eco” no ambiente.

FONTE:https://i.pinimg.om/564x/23/48/e/23 48befbdc510201df3ac01afa028742.jpg

FONTE:https://i.pinimg.com/564x/ e947dea61af73.jpg

Aplicadas no projeto, em ambientes como corredores, sala de espera e salas de reuniões, como também atrás de equipamentos eletrônicos como item decorativo, em painéis de televisão.

PAINÉIS ACUSTICOS SUSPENSO

Maternidade Humanizada | Capítulo 7

237 M.H.

O painel acústico é um absorvedor de velocidade, responsável por transformar a energia da onda sonora em calor, dissipando-a através de um material de alta densidade (a lã de rocha). Basicamente, ele é um painel de lã de alta densidade em uma estrutura de madeira, com acabamento em tecido ortofônico.Amcos serão aplicados nos espaços que necessitam controles acusticos, como o auditórios e quartos de parto.

ILUSTRAÇÃO PRÓPRIA. Imagem dos painéis acusticos suspenso, aplicados nos quartos PPP.


Brise metálico é um tipo de produto arquitetônico cujo a função é impedir a incidência direta da radiação solar, protegendo dessa forma o interior dos locais onde ele é aplicado. Uma das principais características do brise metálico é que ele contribui com o conforto interno, pois permite a entrada de ventilação e iluminação natural, favorecendo, assim, o bem-estar. Para que o brise metálico possa ser realmente funcional, o seu posicionamento é essencial, pois se inserido incorretamente pode não ser efetivamente útil. Algumas dicas para aplicar adequadamente o dispositivo:orientam para melhor uso, tais como: - Para em fachadas posicionadas para leste e oeste, edifícios que possuem fachadas para o leste e oeste recebem intensivamente a luz solar da manhã e por isso devem optar por brises de aletas verticais; - Para fachadas posicionadas ao norte: esse tipo de fachada recebe luz solar durante o período do inverno ao longo de todo o dia, por isso, o brise metálico mais indicada é a horizontal. Os principais benefícios de investir em brise metálico, são: - Aumenta a qualidade estética do local: além de impedirem a entrada de raios solares excessivos, os brises são produtos elegantes, que conferem requinte e sofisticação ao ambiente; - Maior privacidade: além de beneficiar o ambiente termicamente, os brises favorecem a privacidade do local em que é aplicado; - Ampla durabilidade: os brises metálicos são confeccionados com matériasprimas de alta qualidade e resistência, conferindo ao material uma prolongada vida útil, sendo, portanto, considerado um utensílio de excelente custo-benefício.

FONTE: https://www.galeriadaarquitetura. com.br/img//5177/201849brises-soleils.jpg

ILUSTRAÇÃO PRÓPRIA. Imagem dos Brises externos verticais.

Maternidade Humanizada | Capítulo 7

BRISE VERTICAIS SOB MEDIDA METÁLICO FIXO

238 M.H.


7. BLOCO CERAMICO ECOLÓGICO

Maternidade Humanizada | Capítulo 7

Os tijolos ecologicos tem propriedade mecânicas como resistência à compressão e porosidade/permeabilidade certamente são diferenciadas, em alguns caso podendo também ausentar o uso de argamassa. A escola do tipo de bloco foi fundamental pois os formatos de tijolos ecológicos com furação vertical facilitam a execução, demonstrando claramente como devem ser encaixados. A forma do tijolo permite que eles sejam encaixados uns nos outros na hora da construção. Além desse encaixe seguro, eles possuem o interior vasado com aberturas que viabilizam a passagem de fios e cabos, trazendo praticidade ao projeto.

239 M.H.

FONTE:https://lh3.googleusercontent. com/proxy/xPEq2dsN-4SZwzeu_ tXuhjOPZnLRUYohpf-4A37p6eAoZNAh310t3 K8kCkjCdvWmDIYM24GXlGqPd1q6Z59Hzs pV-xFVJXXB3hBfgidde42S5cgpoME

Recepção B.L.H. Aplicalção do bloco ceramico ecolôgico sem acabamento.


Fonte: ILUSTRAÇÃO ADAPTADA

Maternidade Humanizada | Capítulo 7

DETALHES: Tamanho escolhido: 30X15X7,5

240

Recepção B.L.H.

M.H.


Maternidade Humanizada | Capítulo 7

C O N S U LT Ó R UCINCA

241

M.H. IO


7.15. Imagens Internas

C O N S U LT Ó R

IO

UCINCA

Render entrada principal.

Maternidade Humanizada | Capítulo 7

R EC EP Ç ÃO

242 M.H.


243

M.H.

Maternidade Humanizada | CapĂ­tulo 7


Maternidade Humanizada | CapĂ­tulo 7

Jardim da entrada principal.

244 M.H.


245

M.H.

Maternidade Humanizada | CapĂ­tulo 7


Maternidade Humanizada | CapĂ­tulo 7

Imagen interna da sala de reuniĂŁo.

246 M.H.


247

M.H.

Maternidade Humanizada | CapĂ­tulo 7


Maternidade Humanizada | CapĂ­tulo 7

Imagen interna da recepção B.L.H.

248 M.H.


249

M.H.

Maternidade Humanizada | CapĂ­tulo 7


Maternidade Humanizada | CapĂ­tulo 7

Jardim internodo setor B.L.H. e sala de coleta.

250 M.H.


Maternidade Humanizada | Capítulo 7

PREPA RO A

TÓ RI O

251

M.H.


S A L A D E PREPA RO E C O L E TA

Recepção B.L.H.

Maternidade Humanizada | Capítulo 7

L A B O R ATÓ RI O

252 M.H.


2

AT END IME TO C L ÍNI C O

1

UC INC a UNC INC o REC EP Ç ÃO U.T. N. I .

Maternidade Humanizada | Capítulo 7

C . P. N.

253 M.H.


2

AT END IME TO C L ÍNI C O

1

UC INC a UNC INC o REC EP Ç ÃO U.T. N. I .

Corredor 2 e Setor Clínico

Maternidade Humanizada | Capítulo 7

C . P. N.

254 M.H.


255

M.H.

Maternidade Humanizada | CapĂ­tulo 7


Maternidade Humanizada | CapĂ­tulo 7

Ă rea para artesanatos e descanso do UCINCo.

256 M.H.


257

M.H.

Maternidade Humanizada | CapĂ­tulo 7


Maternidade Humanizada | CapĂ­tulo 7

Quarto de Parto

258

M.H.


259

M.H.

Maternidade Humanizada | CapĂ­tulo 7


Maternidade Humanizada | Capítulo 7

Área de deambulação interna

260

M.H.


Maternidade Humanizada | CapĂ­tulo 7

7.16. Imagens Externas

261 M.H.

Imagem Diurna da Fachada Principal da Maternidade.


262

M.H.

Maternidade Humanizada | CapĂ­tulo 7


Maternidade Humanizada | CapĂ­tulo 7 263 M.H.

Imagem Noturna da Fachada Principal da Maternidade.


264

M.H.

Maternidade Humanizada | CapĂ­tulo 7


265

M.H.

Maternidade Humanizada | CapĂ­tulo 7


Maternidade Humanizada | CapĂ­tulo 7

Lateral da entrada do Banco de Leite Humano.

266 M.H.


267

M.H.

Maternidade Humanizada | CapĂ­tulo 7


Maternidade Humanizada | CapĂ­tulo 7

Entrada Banco de Leite Humano

268 M.H.


269

M.H.

Maternidade Humanizada | CapĂ­tulo 7


Maternidade Humanizada | CapĂ­tulo 7

Jardim externo do Centro de Parto Normal

270 M.H.


271

M.H.

Maternidade Humanizada | CapĂ­tulo 7


Maternidade Humanizada | Capítulo 7

Vista externa da caixa d’água.

272 M.H.


273

M.H.

Maternidade Humanizada | CapĂ­tulo 7


Maternidade Humanizada | CapĂ­tulo 7

Vista externa da lateral da maternidade e o entorno

274 M.H.


M.H. maternidade humanizada


FOTOGRAFIA Tais Motta Fonte: http://www.taismotta.com.br/


“(...) um novo espaço para o tempo e gerações.”


8

E.I.V. ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA


8. E.I.V. Estudo de impacto de vizinhança

Maternidade Humanizada | Capítulo 8

Apresentação:

279 M.H.

O presente EIV (Estudo de Impacto de Vizinhança) tem como alvo a identificação e análise dos impactos que o projeto causara no meio urbano da cidade de Campinas, especialmente dentro de uma área periférica situada frente ao Aeroporto de Viracopos. Mediante a tipologia consideradas como obras geradoras de impacto, o projeto está sujeito à elaboração do EIV/ RIV, conforme preconiza no art. 101 do Plano Diretor Estratégico do Município de Campinas. Identificado por construção, ampliação, instalação, modificação e operação de uma nova área publica da saúde, atividades e intervenções urbanísticas, causaram impactos urbanos, socioeconômicos e culturais e de incomodidades à vizinhança, deverão ser instruídos com Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV) acompanhado do respectivo Relatório de Impacto de Vizinhança (RIV), nos termos do Plano Diretor Estratégico do Município e no decreto regulamentador. A região pertence à área de Patrimonial, com destino a projetos e utilidades públicas, especificados em lei municipal. O projeto consiste em uma Maternidade com atendimento Humanizado público, a qual foi projetada para ser inserida dentro da região do Campo Belo, no Jardim Columbia, entre as ruas 01, a Antiga Rodovia Santos Dumont, e o atual acesso ao bairro, Rodovia Santos Dumont. O estudo investiga eventuais impactos de grande relevância às gestões municipais, a qual pode afetar a região e o meio urbano, e assim, com elas soluções mitigadoras para aprovação e futuro licenciamento a serem aplicados. Mais que um documento necessário e exigido em lei municipal, tal estudo apresenta a vital função e necessidade para a construção do espaço projetado, afim de atuar e suprir carência da região. Entre as avaliações estão os possíveis impactos no núcleo urbano próximo do empreendimento comunitário, afim de estabelecer parâmetros e regulamentações normais de propriedades urbanas, de acordo com as legislações de uso e ocupação de solo. O limite da área de estudo, foi estabelecido de acordo com o raio de abrangência da Maternidade pública, a qual não só atenderá a região inteira do Campo Belo, como também alguns bairros próximos. A maternidade esta precisamente definida pelo Zoneamento Urbano do município de Campinas que define o entorno dentro da macrozona 7, e também área esta que faz parte de uma das maiores ocupações irregulares da cidade. O terreno hoje compreende a zona sul/sudoeste do município abrangendo a região rural do Friburgo, todos os bairros da região do Campo belo e o Jardim Nova América. Marcado pelas vias públicas que dão acesso a maternidade e também o Aeroporto de Viracopos, uma zona que abrange 9,26% de todo o território municipal, com uma extensão de aproximadamente 74 km2. Regida pela Lei 6031/88, revogada e com a aplicação da lei complementar


208/18, no qual determina no parágrafo 4º “(...) o uso não residencial excepcionalmente as quadras poderão ter dimensões diferenciadas, a fim de contemplar tipologia CSEI, mediante EIV/RIV.” (Campinas (SP), 2018).

Descrição do Empreendimento – uso e ocupação do solo

Área construída é de 2667,05 m² possui taxa de Ocupação de 32%, já o coeficiente encontra dentro dos limites permitidos pelo Plano Diretor, com a Maternidade ocupando simplesmente 2667,05 m². A altura da edificação é de 5 metros, possuindo somente um pavimento térreo. A área construída abrange: uma edificação em alvenaria de pré-moldados, com modulações entre bases de dimensões pré-estabelecidas, entre 1,25 m² e seus múltiplos, para facilitar a construções e as futuras adaptações, e assim contribuir com redução de gastos e desperdício de materiais na obra. O edifício arquitetônico público, encontra-se dentro de uma zona de ruído com a necessidade de estratégia de absorção, com paredes de alvenaria de 0,25 cm, em conjunto com elementos e vegetações que auxiliaram na reverberação do som, suprindo a necessidade e conforto acústico O solo é sedimentar, constitui-se de três fácies: 1- arenitos médios a grossos arcosianos e conglomerados na base de estruturas de corte e preenchimento; 2- arenitos médios ou grossos com estratificação cruzada acanalada e arenitos médios ou finos com estratificação do solo.Com fundações simples para esse tipo de terreno, já que não se faz uso de um segundo pavimento. médios ou finos com estratificação do solo.Com fundações simples para esse tipo de terreno, já que não se faz uso de um segundo pavimento.

Maternidade Humanizada | Capítulo 8

Identificação do empreendimento Denominação: Maternidade Humanizada Pública – M.H. Endereço: Antiga rodovia Santos Dumont , está previsto sob uma área urbana patrimonial de uso público, com aproximadamente 36. 700 m², Jardim Columbia, Campinas/ SP. O terreno está dentro da Macrozona 7, Zona Mista 1, regida pela Lei 6031/88, a fim de contemplar fim de contemplar tipologia CSEI (COMÉRCIO/ SERVIÇO/ INSTITUCIONAL/ INDUSTRIAL).

280 M.H.


A alvenaria é comum, com aberturas em estruturas metálicas, e com laminados instalados com 3mm+ 3mm+ câmara de 9mm+ 5mm de espessura, com suas características espectrofotométricas em laudo em anexo; e no telhado executado com telhas termo acústicas com forro. Cabe ainda ressaltar que o estabelecimento terá horário de funcionamento no período de 24 horas, todos os dias da semana. E sua construção será comunitária e voluntaria, com ensinamentos específicos dentro da área, aos que participaram da consolidação da arquitetura.

Maternidade Humanizada | Capítulo 8

Influências indiretas

281 M.H.

Analisando em um contexto mais abrangente os malefícios e/ou benefícios desse edifício para a região periférica de Campinas, definisse um conceito de influência indireta, uma vez que o espaço físico analisado transcende o espaço a qual ele será implantado. Esta análise considera o período de funcionamento como importante fator de influência para intenso movimento durante 24 horas diárias, seja diretamente aos vizinhos que serão impactados, como aos percursos que serão criados até o local. As variáveis envolvidas no processo destacam o uso intenso das vias, conexão de acesso comum e que deve ser adaptada. O terreno localiza-se ao sul da mancha urbana periférica residencial, tendo área de influência indireta definida pelo centro urbano da Região Campo Belo e a rodovia Santos Dumont e os bairros que os cercam. A principal via de conexão do edifício com o centro do bairro são sem dúvida ruas mais próximas ao terreno, como a antiga rodovia Santos Dumont, Rodovia engenheiro Miguel Melhados, R. Edson Penha Campo Belo 2, 12, Rua Luiz Alves de Lima e outras ruas locais a qual atuam como rotas alternativas. Conclui-se que, de forma mais ampla, porém mais pontual, haverá a necessidade menos frequente e eventual, de possível atração deste ponto e trajetos, para suportar fluxos de ambulância automóveis e vias duplas em determinados pontos, a outros usuários que não os da vizinhança. Constituindo, portanto, um benefício a uma maior parcela da população.


Influências diretas

Maternidade Humanizada | Capítulo 8

Com a área de influência direta e o conceito de vizinhança mais claramente, àqueles que serão afetados pela proximidade do empreendimento, sendo consideradas as imediações formadas por residências em sua maioria por auto construção, ruas largas porem não pavimentadas, pelas Rua 1, Rua 2, Rua 3, Rua Luiza Camargo, Antiga Rodovia Santos Dumont. Focando também a proximidade com canteiros vazios que serão utilizados para abertura de novas vias com a com a Rua Júlio de Castilhos, bem como a sua testada, Rua 4, vias próximas e novas rotas abertas da cidade e de movimento intermitente de farroupilha, mas mesmo estando próximo, não causa dano algum a circulação tanto de veículos quanto de pedestres, pois o movimento se encontra consolidado. Com foco também em supri aspectos urbanísticos referentes ao bem estar, tranquilidade conforto, e segurança da população local; como a inserção de novas áreas verdes, melhoramento urbano com calçadas, novos espaços urbanos e comunitários, adensando futuramente comércios na região e valorização da região, com espaços mais acessíveis acessibilidade e tráfego e, ainda, medidas preventivas aos possíveis impactos gerados pelo estabelecimento.

282 M.H.


M.H. maternidade humanizada


FOTOGRAFIA DANIELLE HOBBS Fonte: http://www. daniellehobbscom.br/


“ A mulher não pode deixar tudo para o médico decidir” - Obstetra Jorge Kuhn


9 ANEXOS


08/07/2020

Bebê recém-nascido é encontrado abandonado dentro de mochila na periferia de Campinas | Campinas e Região | G1

CAMPINAS E REGIÃO

Bebê recém-nascido é encontrado abandonado dentro de mochila na periferia de Campinas Menino estava enrolado em uma camisa ainda sujo de placenta e sangue do parto. Caso ocorreu no bairro Jardim Campo Belo nesta sexta-feira (28). Por G1 Campinas e Região e Cristina Maia/EPTV

as e Região | G1

28/12/2018 15h53 · Atualizado há um ano

08/07/2020

Bebê recém-nascido é encontrado abandonado dentro de mochila na periferia de Campinas | Campinas e Região | G1

Por volta das 14h30, um morador do bairro Jardim Campo Belo passava pela Rua Engenheiro Alceu César do Nascimento quando ouviu um barulho parecido com um miado de gato na direção onde a mochila estava, debaixo de uma árvore.

eria

Maternidade Humanizada | Capítulo 9

do parto.

287

o dentro

M.H. 28). O

OSSEGUIR

Bebê recém-nascido é abandonado no bairro Campo Belo, em Campinas

Bebê recém-nascido foi encontrado em uma mochila debaixo da árvore no bairro Jardim Campo Belo, em Campinas. — Foto: Cristina Maia/EPTV

Um bebê recém-nascido foi encontrado abandonado em um saco plástico dentro Nós usamos cookies e outras semelhantes para melhorar sua experiência em constatou nossos Moradores chamaram otecnologias Samu, que enviou uma viatura acom médico. Ele

de umapersonalizar mochilapublicidade na periferia de Campinas (SP) na tarde desta sexta-feira (28). O serviços, e recomendar conteúdo de seu interesse. Ao utilizar nossos

que o menino de apenas um dia de vida estava vivo. O bebê foi encaminhado para aPROSSEGUIR

serviços, você concorda com tal monitoramento. Para mais consulte a nossa novae sangue do parto. menino estava enrolado numa camisa einformações, ainda sujo de placenta Maternidade de Campinas, onde passou por exames. política de privacidade.

Ele foi encaminhado para um hospital da cidade e passa por exames. O hospital informou que a assistente social da unidade está verificando junto ao

https://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/noticia/2018/12/28/bebe-recem-nascido-e-encontrado-abandonado-dentro-de-mochila-na-periferia-de-c…

Conselho Tutelar a situação do menino.

Nós usamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência em nossos serviços, personalizar publicidade e recomendar conteúdo de seu interesse. Ao utilizar nossos serviços, você concorda com tal monitoramento. Para mais informações, consulte a nossa nova

PROSSEGUIR

1/7


g1

ge

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ENTRE

CAMPINAS E REGIÃO

Corpo é encontrado carbonizado na região do Campo Belo II, em Campinas Perícia foi acionada, mas ainda não há informações sobre a vítima. Caso foi registrado como homicídio. Por G1 Campinas e Região 14/04/2020 17h40 · Atualizado há 2 meses

Um corpo foi encontrado carbonizado na manhã desta terça-feira (14), por volta das 6h20, na região do Jardim Campo Belo II, em Campinas (SP). Segundo a Polícia Militar, no local não havia testemunhas nem objetos. A perícia foi acionada e, até o momento, não há informações

Um boletim de ocorrência foi registrado como homicídio na Delegacia de Homicídios de Campinas e a Polícia Civil segue investigando o caso. Veja mais notícias da região no G1 Campinas

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sobre a vítima.

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Mortalidade infantil pode ser 23 vezes maior na periferia de São Paulo

© Arquivo/Agência Brasil

Saúde

Mortalidade infantil pode ser 23 vezes maior na periferia de São Paulo Mapa da Desigualdade revela diferenres índices entre bairros

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Publicado em 12/02/2020 - 17:54 Por Daniel Mello - Repórter da Agência Brasil - São Paulo

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O bairro de Perdizes, na zona oeste da capital paulista, registra 1,1 morte a cada mil nascidos vivos. Em Marsilac, distrito rural no extremo sul da cidade, o índice é cerca de 23 vezes maior: 24,6 crianças morrem antes de completar 1 ano em cada grupo de mil nascimentos. A comparação faz parte do Mapa da Desigualdade da Primeira Infância, divulgado hoje (12) pela Rede Nossa São Paulo. “Essa questão da mortalidade demonstra como a nossa desigualdade é sistêmica, porque tem muito a ver com a questão de saúde, mas tem a ver com educação, com tipo de habitação, com mobilidade, com uma série de outros temas que a sociedade e a gestão pública têm que estar preocupadas”, a rma o coordenador-geral da Rede Nossa São Paulo, Jorge Abraão. O secretário executivo de Gestão de Projetos Estratégicos, Alexis Vargas, que representou a prefeitura durante a apresentação dos dados, disse que a vulnerabilidade é crítica em algumas partes da cidade. “Mortalidade infantil é um trabalho em que você vai por cada distrito”, disse Vargas, ao explicar a di culdade em reduzir os índices. “Tem distritos que estão acima de 20 e que são uma vergonha. Um índice absurdo”, acrescentou o secreário, ao dimensionar o problema.

A média da mortalidade infantil na cidade cou em 11 para cada mil nascidos vivos, sendo superior a 20 em https://agenciabrasil.ebc.com.br/saude/noticia/2020-02/mortalidade-infantil-pode-ser-23-vezes-maior-na-periferia-de-sao-paulo

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Mortalidade infantil pode ser 23 vezes maior na periferia de São Paulo

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dois distritos e a 15, em 10 regiões. Em 10 dos 96 distritos paulistanos, o índice era de até 5 mortes de crianças em menos de 1 ano para cada mil.

Antes de nascer A pesquisa mostra que as desigualdades estão presentes antes mesmo do nascimento das crianças. O percentual de lhos de mães adolescentes varia mais de 53 vezes, entre Moema (0,35%), bairro nobre da zona sul, e Marsilac (18,85%). Também têm índices expressivos Parelheiros (16,53%), na zona sul, Cidade Tiradentes (16,42%), no extremo leste, e Brasilândia (14,29%), na zona norte. Em bairros nobres das zonas oeste e sul, os índices cam abaixo de 1%: Perdizes (0,54%), Itaim Bibi (0,70%) e Jardim Paulista (0,74%). Outros problemas são sequer registrados em algumas partes da cidade, como a violência sexual contra crianças de até 5 anos. Em 28 distritos, incluindo Alto de Pinheiros, Jardim Paulista, Butantã e Campo Belo, o índice desse tipo de agressão é zero, mas no Capão Redondo, bairro periférico da zona sul, o percentual ca em 0,30%, seguido por Brasilândia, na zona norte, com 0,21%, e pelo Itaim Paulista, na zona leste, com 0,14%. Em alguns itens avaliados, os bairros mais centrais aparecem com índices piores, como na quantidade de equipamentos públicos para a prática de esportes. Em 10 distritos, incluindo o Alto de Pinheiros, a Vila Leopoldina, a República, a Bela Vista e o Jardim Paulista, não há registro desse tipo de espaço. No Pari, na zona norte, há 1,6 desses equipamentos para cada 10 mil habitantes, e no Jaguara, também na parte norte da cidade, 1,24.

Serviços públicos O secretário Alexis Vargas informou que, para enfrentar os problemas, a prefeitura traçou um plano estratégico com foco nos distritos que têm os piores indicadores para a infância na cidade. “Temos que garantir vaga na creche, vacinação, atenção básica de saúde e visitação domiciliar para 80% das crianças em situação de vulnerabilidade nesses 10 distritos”, ressaltou Vargas. Jorge Abraão, da Nossa São Paulo, destacou que garantir a qualidade dos serviços públicos é uma forma de reduzir as desigualdades na cidade. “Uma desigualdade você pode resolver efetivamente através de uma distribuição de renda, mas também com o acesso a serviços de qualidade. Então, vai ser uma combinação dessas questões que vai reduzir uma desigualdade vergonhosa como a gente em uma cidade como a nossa.”

mortalidade infantil

São Paulo

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Edição: Nádia Franco

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Povos e comunidades tradicionais receberam 250 mil cestas de alimentos

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Extremos de Campinas revelam áreas 'esquecidas' e moradores criticam falta de infraestrutura | Campinas e Região | G1

CAMPINAS E REGIÃO

Extremos de Campinas revelam áreas 'esquecidas' e moradores criticam falta de infraestrutura G1 percorreu bairros das regiões Norte, Sul, Leste e Oeste e ouviu reclamações das condições de ruas e avenidas, falta de saneamento básico e segurança, entre outros. Por Fernando Evans, G1 Campinas e região 02/01/2019 18h52 · Atualizado há um ano

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Extremos de Campinas revelam áreas 'esquecidas' e moradores criticam falta de infraestrutura | Campinas e Região | G1

abandono do poder público em serviços essenciais e a esperança de que em 2019

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os problemas sejam solucionados.

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G1 visita 'extremos' de Campinas

Estradas, avenidas e ruas esburacadas. Falta de saneamento básico. Insegurança. O Nós usamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência em nossos

"extremos" de Campinas (SP) paraAo mostrar como vivem os G1 percorreu ospublicidade serviços, personalizar e recomendar conteúdo de seu interesse. utilizar nossos

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Extremos: G1 percorreu regiões mais afastadas de Campinas (SP) — Foto: Arte/EPTV serviços, você concorda com tal monitoramento. Para mais informações, consulte a nossa reclamações nova moradores de regiões afastadas da metrópole. Em comum, de política de privacidade.

Morando há oito anos do Jardim Itaguaçu, na região Sul, a comerciante Aparecida

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Fonzar, 62 anos, cobra mais atenção da Prefeitura.

"Não tem asfalto, não tem escola, não tem área de lazer, não tem nada. Só tem esgoto correndo a céu aberto. A gente está largado às traças", diz.

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Aparecida Fonzar, de 62 anos, reclama das condições do bairro Jardim Itaguaçu, na região Sul de Campinas (SP) — Foto: Fernando Evans/G1

A diarista Antônia Almeida, 35 anos, também reclama do saneamento básico no Jardim Itaguaçu, região do Campo Belo, quase no limite com Indaiatuba (SP). "Esgoto diz que tem, mas é uma porcaria. Tem dia que está uma carniça. Precisava melhorar em tudo. Segurança, escola, saúde...".

Condições do asfalto, segurança e saúde estão entre os pontos de reclamação de moradores do Jardim Itaguaçu — Foto: Fernando Evans/G1

O que diz a Sanasa sobre o Itaguaçu

Extremos de Campinas revelam áreas 'esquecidas' e moradores criticam falta de infraestrutura | Campinas e Região | G1

O autônomo Rogério Maraia,a43 anos, nasceu e cresceu margens dado Estrada Sobre o Jardim Itaguaçu, Sanasa informou que aàs maior parte bairro possui rede Municipal John Boyd Dunlop, região Oeste da de metrópole. de esgoto. A parte que nãonatem é uma área invasão. Diante disso, a Sanasa Nós usamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência em nossos

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Bem depois do asfalto, domonitoramento. movimentoPara dosmais carros e ônibus, a avenida mais longa de serviços, você concorda com tal informações, consulte a nossa nova política de privacidade. Campinas vira uma estrada de terra, com pouco movimento, quase no limite com

Monte Mor (SP). https://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/noticia/2019/01/02/extremos-de-campinas-revelam-areas-esquecidas-e-moradores-criticam-falta-de-inf… 3/12

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No extremo Oeste de Campinas, próximo a divisa com Monte Mor (SP), paisagem é rural — Foto: Fernando Evans/G1

No Vale das Garças, região Norte, o comerciante Amarildo Dias Rocha, de 47 anos, reclama da segurança. Neste ano a casa dele foi assaltada, e ele acredita que o mato alto que toma conta das ruas e avenidas no bairro facilita a ação dos bandidos. "Antes cortava direto esse mato, [a Prefeitura] não está cortando mais nada. Está abandonado. Com um mato alto desse aí, no dia do roubo da minha casa, alguém estava olhando e viu a gente saindo. Alguém se escondeu", afirma. 08/07/2020

Extremos de Campinas revelam áreas 'esquecidas' e moradores criticam falta de infraestrutura | Campinas e Região | G1

Sobre o Vale das Garças e o Distrito de Barão Geraldo, a Prefeitura informa que passam por manutenção frequente, feita pela subprefeitura do distrito. Em dia de chuva, a tendência é que o mato cresça mais rápido. E, também neste caso, recebe corte de mato mais frequente quando está no verão e nos meses de temporais. Segundo a Prefeitura, a Estrada do Capricórnio é de responsabilidade do Departamento de Estradas de Rodagem (DER) e cabe a eles a manutenção. Em nota, o DER informou que a parte não asfaltada desta estrada é de responsabilidade das prefeituras. Para o órgão estadual, cabe ao DER o trecho asfaltado da SP-081, que está sem buracos, de acordo com a assessoria de imprensa. Nós usamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência em nossos serviços, personalizar publicidade e recomendar conteúdo de seu interesse. Ao utilizar nossos serviços, você concorda com tal monitoramento. Para mais informações, consulte a nossa nova

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política deconta privacidade. Mato alto toma de ruas na região do Vale das Garças, na região Norte de Campinas (SP) — Foto: Fernando Evans/G1

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Nada de prédios ou asfalto na região Leste de Campinas (SP), próximo da divisa com Morungaba (SP) — Foto: Fernando Evans/G1

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FOTOGRAFIA Tais Motta Fonte: http://www.taismotta.com.br/


“Antes dc ser um exelente profissional, seja um bom ser Humano.� - Cris Gusman


10 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS


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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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