CENTRO de BEM ESTAR & CONVIVÊNCIA de ANIMAIS DOMÉSTICOS Nathália Silveira Celso Ledo Martins
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES NATHALIA SILVEIRA | RGM 11151504237
BICHO DE PET CENTRO DE BEM ESTAR E ACOLHIMENTO DE ANIMAIS DOMÉSTICOS | SUZANO - SP
Mogi das Cruzes, SP 2019
NATHALIA SILVEIRA TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO CENTRO DE BEM-ESTAR E CONVIVÊNCIA DE ANIMAIS DOMÉSTICOS BICHO DE PET Trabalho de conclusão de curso apresentado ao curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Mogi das Cruzes como parte dos requisitos para avaliação da banca.
BANCA EXAMINADORA
Aprovado em: ________________
____________________________________ Professora Orientadora Arquiteto Celso Ledo Universidade de Mogi das Cruzes ____________________________________ Professor Convidado Universidade de Mogi das Cruzes ____________________________________ Arquiteto convidado Nathália Silveira Celso Ledo Martins
Nathรกlia Silveira Celso Ledo Martins
AGRADECIMENTOS Agradeço aos meus pais, Fátima e Geraldo, por todo incentivo durante toda a minha trajetória acadêmica, por todas as palavras e incontáveis atitudes de apoio, não somente para conclusão deste trabalho, mas para a conclusão de todas as minhas escolhas. Agradeço ao Renan, por todo o apoio e companheirismo , por compreender minha ausência em alguns momentos para que os trabalhos fossem concluídos . Aos meus irmãos, Douglas, Fernanda e Marisa por acreditarem em mim e sempre me incentivarem a correr atrás dos meus objetivos, tanto em conversas, como com exemplos. Aos meus sogros, Flávia e Marcelo por acreditarem em mim e me incentivarem a nunca desistir. À TODOS os meus amigos, mas principalmente, Rose, Thais e Bruna que sempre estiveram ao meu lado, me apoiando, me auxiliando e caminhando comigo nessa longa jornada. Agradeço também a minha amiga Larissa, que por um longo período esteve diariamente ao meu lado e quando não pôde mais estar, se manteve presente, além de auxiliar diretamente no design deste caderno. Agradeço ao meu orientador Celso Ledo Martins por todo apoio prestado, por compartilhar comigo seus conhecimentos e permitir que este trabalho fosse concluído. Agradeço também a todo corpo docente desta universidade, por compartilharem suas experiência e intelecto. Por fim, agradeço aos animais, por sempre nos dar lições de amor ao próximo e gratidão.
Nós seres humanos, estamos na natureza para auxiliar o progresso dos animais, na mesma proporção que os anjos estão para nos auxiliarem. Por isso, quem maltrata um animal é alguém que ainda não aprendeu a amar. Chico Xavier Nathália Silveira Celso Ledo Martins
RESUMO O presente trabalho tem como objetivo exemplificar os problemas gerados pelo abandono de animais domésticos, principalmente contextualizando como a relação homem e animal se desenvolveu ao longo dos anos elucidando como está o atual cenário do abandono no Brasil e no município de Suzano. Não deixando de descrever brevemente como a o problema passou a ser preocupação da sociedade e como ela o enxerga hoje, descrevendo brevemente como e quando surgiram as primeiras instituições não governamentais em defesa dos animais no Brasil e no mundo, além de uma breve análise de projetos referenciados no segmento tanto quanto descrições do que tem sido oferecido a população de Suzano nos últimos anos. Por fim, a proposta arquitetônica para implantação de um centro de bem estar e convivência de animais domésticos, tanto para animais resgatados das ruas quanto para animais que possuem tutor, estabelecendo assim um iniciativa público-privada em prol da sociedade. Palavras-Chaves: Bem-estar animal, Animais Domésticos, Defesa Animal, Abandono, Arquitetura animal.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 9
VISITAS TÉCNICAS 41
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO TEMA 11 Domesticação Animal 12 Abandono Animal 13 Defesa Animal 14 Abandono Animal em Suzano 16
LOCAL DE INTERVENÇÃO 48 ESQUEMAS ESTRUTURANTES 57 Conceito Arquitetônico 58 Partido Arquitetônico 60 Programa de Necessidades 64
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA TIPOLOGIA 17 Habitações 18 Entidades Filantrópicas 20 Medicina Veterinária 22
SUSTENTABILIDADE & TECNOLOGIA 69 MATERIAIS, CORES & REFERÊNCIAS 73
ORGANIZAÇÕES, ESTRUTURA & FUNCIONAMENTO 24
ESTUDO PAISAGÍSTICO 75
LEGISLAÇÕES PERTINENTES 27
PROJETO 77 Desenhos Técnicos 78 Maquete Eletrônica 97
ESTUDOS DE CASO 32 Animal Refuge Center | Amsterdã 33 Hospital Veterinário Santa Catarina | Santa Catarina 35 Clínica Veterinária Masans | Suíça 37 Palm Springs Animal Shelter |Califórnia 39
CONSIDERAÇÕES 104 REFERÊNCIAS 106
Nathália Silveira Celso Ledo Martins
INTRODUÇÃO Suzano é uma cidade com grande número de animais nas ruas e com poucas políticas públicas que auxiliem no controle destes animais, possuindo apenas um canil e contando com o apoio de ONGs, são cerca de 10 mil animais abandonados e os números não param de aumentar devido a grande quantidade de animais sem castração nas ruas, gerando uma reprodução descontrolada da espécie, além da possível transmissão de doenças no ambiente público. Hoje, a pauta de respeito aos animais e ao meio ambiente está cada vez mais em alta, principalmente impulsionados ativistas que dedicam sua vida a cuidar e amparar destes animais, como Luísa Mell, proprietária e presidente de uma ONG animal de grande notoriedade que vem realizando grandes resgates em todo o Estado, além de pressionar o poder público em relação ao endurecimento das leis em casos de maus-tratos e abandono. Em alguns de seus resgates, Luísa Mell relatou em sua rede social que o socorro foi pedido por parte da polícia ambiental sob a alegação de que nenhum órgão do governo tem condições de assumir um resgate de grande porte, evidenciando assim a necessidade de mudança e existência de organizações deste segmento. Segundo BARROSO (2012), é possível identificar o grau de desenvolvimento de uma sociedade pela quantidade de animais abandonados nas ruas e os dados referentes a proliferação de doenças devidas a estes abandonos, dentre elas, leptospirose, hidatidose, doença de chagas, leishmaniose, entre outras.
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OBJETIVO Elaborar um espaço que atenda tanto as necessidades dos animais, como de toda a sociedade, iniciando pela escolha do terreno que hoje é utilizada para uso de entorpecentes, grave problema social de todo o país, e transformá-la (total ou parcialmente) em área de convivência e uso da população, com áreas de passeio e repouso ao ar livre, além do fornecimento de produtos com uma loja do segmento pet, clínica veterinária, áreas educacionais para palestras de conscientização sobre a importância do bem estar e educação animal, abrigo de médio porte para animais domésticos resgatados das ruas, espaço para pequenos eventos, como feiras de adoção e desfiles de animais de estimação, além de espaço para banho e tosa. A área de abrigo poderá ter sua função facilmente alterada, caso a necessidade de abrigo diminua com o passar do tempo, como um hotelzinho para animais. A escolha do terreno estará garantida por limitações estipulados pelo poder público municipal, além de estar ao alcance dos moradores, garantindo participação e controle.
JUSTIFICATIVA Segundo o Conselho Federal de Medicina Veterinária – CFMV -, existem cerca de 200 milhões de cães abandonados no mundo, em contrapartida projeção populacional do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE – informa que a população de pessoas no país está 209.700 milhões, ou seja, o número de animais abandonados no mundo é muito próximo a população de um país. Desses citados 200 milhões, 30 estão em território brasileiro, valor equivalente a quase 15% da população brasileira. Conforme dados disponíveis no Manual de Controle e Prevenção de Zoonoses, emitido pelo Ministério da Saúde em 2016, entre os problemas gerados pelo descontrole populacional de animais em situação de abandono, está o vírus da raiva, doença que altera as condições psicológicas ao animal, como agressividade, e problemas motores, com a paralisação gradual dos membros, podendo ser transmitidas aos humanos, apresentando outros sintomas, como vômitos e mal estar e até o óbito. Hoje, esta doença é controlada através de campanhas de vacinação, mas os animais que não tem lar muitas vezes não são vacinados e acabam fazendo parte de uma estatística que preocupa os brasileiros. Nathália Silveira Celso Ledo Martins
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EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO TEMA
RELAÇÃO HOMEM X ANIMAL Segundo Susana Pereira (2009) desde os primórdios os seres humanos convivem com as mais diferentes espécies animais, muitos deles, até selvagens. Em sua grande maioria eram utilizados para facilitar o dia-a-dia dos homens e essa relação vem se alterando de acordo com os paradigmas de cada época. Entretanto, a diferença no trato com o animal não estava apenas relacionada ao período vivido, mas ao local e toda a estrutura cultural que cada lugar e região carregava, como na Roma Antiga, onde, segundo Federico Lavanche (2015) algumas raças de cães eram utilizadas em batalhas e guerras com gladiadores.Esse convívio entre homens e animais era tão constante que os primeiros desenhos desenvolvidos nas cavernas pelo homem, as chamadas pinturas rupestres, eram da fauna existente, entre eles, os mais representados, eram cavalos, veados, algumas espécies de peixes e entre outros animais, alguns já extintos. Este relacionamento ocorreu devido ao impacto e influência que estes animais exerciam na comunidade pré-histórica, principalmente na questão alimentar, segundo a nutricionista Marcia Reis Felipe (2014) isto ocorre no Período Paleolítico, primeira fase da Pré-História. De acordo com Susana (2009) com a evolução humana esta relação ficou mais estreita, se antes os animais eram caçados, com as mudanças no mundo, sejam climáticas ou populacionais os animais começaram a conviver com os homens em outros aspectos, além daquelas, temos então, os primeiros indícios de domesticação, onde cada espécie foi sendo domesticada conforme a necessidade humana que enxergava no animal, oportunidades de alimentação, sobrevivência, segurança, mão de obra, Nathália Silveira entre outros. Celso Ledo Martins
Figura 1 – Pintura Rupestre em caverna francesa.
Figura 2 – humano e gato sepultados há 9.500 anos
ABANDONO ANIMAL Segundo o Conselho de Medicina Veterinária, o abandono animal é algo muito frequente em toda a América Latina, e gera uma série de problemas, como: Saúde pública, problemas sociais, ecológicos com o desequilíbrio ambiental e econômicos. Além disso, ainda de acordo com o CFMV, todos esses fatores ligados ao abandono, está o bem-estar do animal, o mais comum são as baixas condições de saúde física e mental, agravadas pela falta de amparo e cuidados. Segundo ALVES, GUILLOUX, ZETUN, POLO, BRAGA, PANACHÃO, SANTOS e DIAS (2012) há pouco literatura sobre o problema do abandono no Brasil, os dados exatos e conteúdo de qualidade sobre o assunto, são de origem americana ou asiática e não mostra a forma como o Brasil vive e lida com a situação, nem o real motivo problema, visto que em alguns países trata-se de uma questão cultural. Uma das principais instituições do Brasil informa que as autoridades brasileiras são negligentes ao tratar do assunto e destacam que além dos maus tratos que geram danos físicos aos animais, existem também os danos emocionais e mentais, que podem ser ocasionados por grandes traumas psicológicos. Segundo a Sociedade Americana para a Prevenção da Crueldade a Animais – ASPCA – conforme matéria publicada no site “The Brasilians” em dezembro de 2017, o bem-estar do animal, inclui todos os sentidos, tanto físicos quanto psicológicos.
“Ajudar os animais vulneráveis e manter os animais de estimação em casas seguros e rodeados de amor requer um compromisso de todos nós – defensores, donos de animais, abrigos, líderes e comunidades inteiras” - Matthew BERSHADKER, 2017. Um relatório, desenvolvido pela ASPCA, conforme cartilha disponível no portal oficial da associação, em prol do bemestar animal estabeleceu cinco direitos dos animais, determinando que o animal tem que ter direito à liberdade de: Fome e Sede; Desconforto; Dor, lesão ou doença; Comportamento normal, medo e aflição, podendo supri-la e saná-las a todo momento. O comportamento dos animais vem sendo estudado em busca de semelhanças e características que ajudem a identificar os ancestrais da espécie humana e desde o século XIX, legislações vêm sendo criadas a fim de estabelecer a proibição aos maus – tratos, que sofrem os animais domésticos. A fim de entender reais causas por trás do abandono animal, duas pesquisas apontaram que a falta de espaço, problemas comportamentais dos animais, estilo de vida dos proprietários, altos custos para mantê-los e nascimento de um filho são alguns dos principais motivos para o abandono A preocupação com essas situações de abandono e maus-tratos é cada vez maior e cada ano que passa mais leis são criadas e sancionadas em defesa do bem-estar animal. No entanto os animais que já se encontram em situação de abandono precisam de amparo e por estarem em espaço público, passam a ser problemas da sociedade. Nathália Silveira Celso Ledo Martins
DEFESA ANIMAL Segundo OSTOS (2017), historiadora graduada pela Universidade Federal de Minas Gerais, foi a partir do Século XIX, na Inglaterra que a defesa em prol do bem estar animal deu seu primeiro suspiro. Para FEINBERG (1974) apesar de as leis em defesa dos direitos dos animais estarem sendo criadas, por serem fisicamente incapazes de reivindicar o cumprimento delas, os animais necessitavam serem representados legalmente e protegidos. Segundo o portal Band News FM, atualmente a organização UIPA, fundada em 1895, resgata cerca de 300 animais por ano, entre cães e gatos, disponibilizando tratamento médico aos animais resgatados e a comunidade com a renda arrecadada mantém o abrigo. Além disso, a ONG acompanha a rotina dos animais adotadas podendo interferir em caso de qualquer irregularidade por parte do adotante. Segundo informações do Portal Virtual da instituição, seu surgimento se deu após um suíço ficar indignado ao presenciar o sofrimento de um cavalo sendo explorado no centro da cidade de São Paulo e não haver nenhum organização em defesa dos animais, com isso, chamou a atenção da mídia, mais precisamente do jornalista Furtado Filho, que publicou um artigo referente aos maus tratos animais, incitando a sociedade a se posicionarem perante a questão, a partir daí um grupo de pessoas que exerciam certa influência na cidade de uniram e fundaram a associação, possuindo sua primeira sede própria, onde hoje, está o parque Ibirapuera, com a mudança de endereço, a associação atualmente está localizada na Avenida Castelo Branco, número 3200, bairro Canindé, São Paulo, SP. De acordo com, Nelson Aprobato Filho, historiador graduado pela Universidade de São Paulo, em reportagem publicada no portal UOL, nos primeiros anos a UIPA, era focada em defender o bem-estar dos cães, pois no Brasil, os cães eram vistos como problema do município e como problemas sanitários, de higiene e saúde pública e por isso faziam parte de outro patamar de vigilância, os animais encontrados pela vigilância eram sacrificados, pois não havia métodos medicinais para tratá-los, apesar de existir multa e pena para quem os abandonassem doentes nas ruas, estabelecida pelo Código de Posturas de 1886.
DEFESA ANIMAL Segundo OSTOS (2017), além de UIPA, outras entidades com prol dos animais foram criadas nas primeiras décadas do século XX, como a Sociedade Brasileira Protetora dos Animais (1907) e a Sociedade União Infantil Protetora dos Animais – SUIPA – em 1930, a última promovia a causa através da educação infantil, em todas as entidades, a colaboração da elite social foi de suma importância, garantindo a divulgação e espaço na mídia da época, além de divulgadas em revistas de própria criação, como a revista Amigos dos Animais, divulgadas pela SUIPA. De acordo informações da página oficial da UIPA, a organização contava com hospital, cemitério, asilo zoophilos e linhas telefônicas exclusivas para receber denúncias e pedidos de ajuda, além de plantão noturno, sendo que os atendimentos prestados não eram só aos animais abandonados, havendo também auxílio aos proprietários que não tinham condições de arcar financeiramente com os custos de um tratamento médico ao animal em casos de acidentes, como atropelamentos, quedas e afins. Natasha Ostos informa em seu artigo referente a luta em defesa dos animais no Brasil, que a relação homem-animal tem sido instrumento de pesquisa relacionado a preocupação com o bem-estar dos animais e também relacionada com a natureza, foi nos entre 1920 e 1940 que o Brasil iniciou discussões acerca da preservação e controle de destruição da natureza e talvez por isso, nesse mesmo período tenha ocorrido a crescente abertura de entidades em prol dos animais. Concluindo que foi graças a pressão dessas entidades que em 1934 a primeira lei brasileira em prol da proteção dos animais entrou em vigor e a partir daí os animais passaram a ser mais observados pelo poder público e os infratores eram passíveis de multa e punições. De acordo com, Nelson Aprobato Filho, historiador graduado pela Universidade de São Paulo, em reportagem publicada no portal UOL, nos primeiros anos a UIPA, era focada em defender o bem-estar dos cães, pois no Brasil, os cães eram vistos como problema do município e como problemas sanitários, de higiene e saúde pública e por isso faziam parte de outro patamar de vigilância, os animais encontrados pela vigilância eram sacrificados, pois não havia métodos medicinais para tratá-los, apesar de existir multa e pena para quem os abandonassem doentes nas ruas, estabelecida pelo Código de Posturas de 1886.
“Ajudar os animais vulneráveis e manter os animais de estimação em casas seguros e rodeados de amor requer um compromisso de todos nós – defensores, donos de animais, abrigos, líderes e comunidades inteiras” - Matthew BERSHADKER, 2017.
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ABANDONO ANIMAL EM SUZANO Segundo informações do site oficial da prefeitura de Suzano, desde 2017 a Secretaria do Meio Ambiente de Suzano-SP vem atuando em prol da causa animal e em poucos meses de trabalho obteve alguns resultados. As denúncias recebidas desde a instituição do departamento de Proteção e Bem-Estar Animal na pasta referente as causas ambientais são relacionadas a abandono de incapaz, agressões físicas e zoofilia (prática de relações sexuais de humanos com animais), entre outras. Segundo Solange Wuo (2018), Diretora do departamento de Fiscalização e Controle Ambiental, a pasta conta com o engajamento em rede social contra o crime ambiental, com o apoio de organizações não governamentais, protetores e todos os cidadãos que lutam pelo fim da impunidade contra animais. De acordo com dados da Secretaria do Meio Ambiente também informou que até julho de 2017 haviam recebidos cerca de em menos de seis meses do citado ano eram cerca de 70 denúncias de maus tratos a animais abandonados, segundo o órgão municipal e
cerca de 10 mil animais abandonados na cidade. Segundo várias mídias de comunicação, a cidade realizou o Festival do Meio Ambiente, que teve sua primeira edição em 2017, reunindo cerca de 8 mil pessoas e teve como tema a preservação dos recursos naturais, a sustentabilidade e posse-responsável de animais domésticos, dentre as atividades oferecidas estava a feira de adoção.
Apesar dos esforços públicos, os números referentes ao abandono animal não param de aumentar, como mostram as figuras a seguir, tiradas em dias e horários diferentes, a fim de exemplificar a real situação do abandono na cidade. Nathália Silveira Celso Ledo Martins
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REVISÃO HISTÓRICA DE TIPOLOGIA
HABITAÇÕES
Os primeiros abrigos conhecidos por toda a humanidade foram as áreas de matas onde os humanos tinham hábitos nômades e não possuíam uma residência fixa, neste período já eram acompanhados pelos animais. Segundo matéria publicada pela revista Esfinge, com a mudança do hábito, onde então os humanos passaram a residir em apenas um lugar os animais passaram então a exercer o mesmo habito, ficando nos ambientes que lhes eram destinados, como no período medieval onde os cavalos, animais de grande importância do período eram abrigados em estábulos. Segundo CARVALHO; PESSANHA (2013), durante muitos anos os animais foram utilizados pelos humanos como mão de obra, seja para controle de pragas ou segurança, e por isso ficavam apenas nas áreas externas das casas, mas com o tempo essa relação foi se modificando e em alguns casos, os animais passam a ser considerados como membros das famílias. No período colonial, de acordo com Reis Filho (1978), nas casas assobradadas, propriedade dos ricos, os pavimentos térreos, quando não era utilizados, abrigavam os escravos e os animais. Enquanto nas térreas, propriedades dos pobres, os porcos, que eram os animais que que a classe conseguia adquirir, ficavam nos quintais. As mais comuns tipologias residenciais no período eram os sobrados e as casas térreas, sendo que os quintais ficavam no fundo do lote, como pode ser observado na figura.
Nathália Silveira Celso Ledo Martins
Figura 10 - Esquema de sobrado do Brasil Colonial.
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HABITAÇÕES
Os sobrados eram construídos e ocupados por famílias de classe social superior, comerciantes sendo um pavimento, muito similar ao outro, sem balanços e/ou técnicas arquitetônicas muito diferenciadas podendo ser observado na figura 10. Segundo Montezuma (2002), as plantas da época ainda eram simplificadas, construídas com paredes grossas, alcovas e corredores, telhados elementares e balcões de ferro fundido. Ainda neste período havia uma preocupação com a decoração, com o uso de escadas torneadas, estátuas acima da edificação. Segundo Zimmermann, professora de História das Artes do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Pontifícia Católica de Goiás, no período compreendido por Colonial, a característica da residência urbana era a planta estreita e alongada, que ocupava grande parte do lote. De acordo com Vanessa Correia (2014) até 1980, os animais viviam nos quintais, alguns tinham acesso livre a cozinha, quando isso mudou e eles passaram a viver dentro das casas, a expectativa de vida deles aumentou devido à proximidade e a facilidade dos tutores em identificar mudanças no comportamento e identificar problemas de saúde. Antigamente, muitos condomínios não autorizavam que os moradores tivessem animais de estimação devido aos ruídos, sujeira e possíveis incômodos aos moradores que não estivessem de acordo com a convivência com animais, mas com a aproximação cada maior dos animais com os donos e o conhecimento referente aos direitos dos animais, eles passaram a ser aceitos sobre a garantia de obedecer regimento interno determinado pelo condomínio, FILHO (2011)
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Figura 9 - Planta baixa pavimento térreo (esq.) e pavimento superior (dir.)
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ENTIDADES FILANTRÓPICAS
Figura 11 - RSPCA Austrália
No que se refere a entidades filantrópicas, de Acordo com Renata de Freitas Martins, advogada ambientalista, nos primeiros anos após o fim do período colonial no Brasil, foi fundada na Inglaterra a primeira entidade em defesa dos animais, a Royal Society for the Prevention of Cruelty to Animals - RSPCA - (Tradução livre: Sociedade Real para prevenção da crueldade com animais). Segundo descrito pela própria entidade, a RSPCA foi fundada em uma cafeteria e hoje conta com algumas filiais que atuam oferecendo educação referente aos cuidados e direitos animais, microchip e tratamento de saúde e acolhimento aos animais, além de várias unidades comerciais. Uma de suas unidades e referência como projeto do segmento, com dois prêmios relacionados a sustentabilidade, tendo seu projeto desenvolvido pelo escritório NH archtecture. Na página oficial do escritório é relatado que a unidade foi projetada para atrair mais pessoas ao local, promovendo taxas mais altas de adoção e promovendo educação relacionada aos direitos dos animais, tendo sua obra concluída em 2007, com um investimento de 10 milhões de dólares. Segundo Peter Bickle (2008) os velhos abrigos da entidade eram de pavimento térreo e descobertos, com isso os animais ficavam submetidos às condições climáticas e a comunidade dos arredores sofria com os ruídos gerados pela aglomeração de cães. O problema foi resolvido com a nova construção totalmente fechada e dividida em dois pavimentos, aumentando com isso, a capacidade de lotação do abrigo. Ainda segundo Bickle, o projeto foi pensando de forma a favorecer o aproveitamento solar, permitir a individualidade de cada animal, mantendo-os mais calmos por não ficarem em contato visual com os demais cães. O abrigo também conta com o uso de tecnologias sustentáveis, possuem sistema que auxiliem na ventilação de odores dos cães, vidro duplo para amenizar ruídos. Tendo seu exterior revestido em metal com nervuras (figura 11), além disso o uso das cores preto e branco tem ligação direta com a estimulação dos cães, evitando que eles fiquem entediados, evitando com isso, comportamento antissocial. Nathália Silveira Celso Ledo Martins
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ENTIDADES FILANTRÓPICAS
Figura 12 – Abrigo Primeiras Instalações.
Figura 13 – Abrigo Atualmente
Figura 14 – Consultório Atualmente
Não podemos deixar de citar então, a estrutura física da primeira entidade instaurada no Brasil, como foi mencionado no capítulo anterior, onde segundo FILHO (2010) em 1895 era fundada a primeira entidade filantrópica em defesa da causa animal no país, a já citada UIPA. Segundo Douglas Nascimento (2015) após a instituição da entidade, ainda no século XIX, a UIPA conseguiu com apoio da prefeitura a criação de depósitos para animais apreendidos e a autorização para que os “cães vagabundos”, denominação dada aos animais sem raça abandonados nas ruas, fossem enviados para esses depósitos, ao invés de serem mortos por envenenamento. Por volta de 1910, a UIPA montou sua sede na rua França Pinto, número 400, esse número equivale hoje, aos portões 4 e 5 do Parque Ibirapuera, que não existia ali quando a organização se estabeleceu. As primeiras instalações tinham abrigo para alguns tipos de animais (figura 12), como cães e gatos, estábulo, hospital veterinário, onde eram atendidos animais resgatados ou não e o cemitério de animais. Ainda segundo o pesquisador, mesmo com a implantação do parque, a instituição permaneceu no local, até a década de 70, saindo apenas quando o prefeito em exercício, Figueiredo Ferraz conseguiu remover a entidade para o local onde ela está hoje, na Avenida Castelo Branco, ao lado do Estádio Canindé. Em seu atual formato, a instituição conta com abrigo (figura 13), centro cirúrgico, consultório (figura 14), maternidade, sala de soroterapia e de exames. Nathália Silveira Celso Ledo Martins
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MEDICINA VETERINÁRIA
MUNDO
Segundo informações disponíveis no portal do Conselho Federal de Medicina Veterinária – CFMV -, vestígios encontrados no Egito em 1890 descrevem a cura em animais há cerca de 4000 a.C, além disso, ainda de acordo com essas informações é possível entender que a medicina veterinária acontecia 2000 a.C em algumas regiões da Africa, Ásia, Índia Oriental e Egito. De acordo com o CMFV a crescente demanda populacional e a importância afetiva que existia em relação aos cães e gatos também causou um aumento populacional nestas espécies, no entanto, a falta de infraestrutura e acesso a saúde do animal deu início ao abandono destes animais na rua. Esse fator, aliado aos recursos tecnológicos cada vez mais desenvolvidos, e com as pesquisas acerca da saúde animal fez com que os sacrifícios e ou medidas que antes comprometiam a vida do animal diminuíssem e trouxe então, a necessidade de clínicas e hospitais públicos. A legislação referente ao assunto é recente e não muito ampla e abrangente, se comparada aos materiais disponíveis para outras áreas da saúde. Assim os primeiros indícios de locais para tratamento de saúde animal eram encontrados em campus universitários, construído em comum acordo entre os médicos veterinários e os engenheiros. A resolução 1015 de 9 de novembro de 2012 do Conselho Federal de Medicina Veterinária conceitua e estabelece condições para o funcionamento de estabelecimentos médico veterinários, indicando por exemplo, qual deve ser o fluxo ideal para o funcionamento da unidade, a fim de evitar possíveis contaminações e a proliferação de doenças. Ainda segundo o Conselho, na Europa os primeiros indícios da Medicina Veterinária são originais da Grécia (SÉC. VI a.C.) e em algumas cidades era referida como hipiatras ou hippatros, responsáveis pelo cuidado com cavalos e outras espécies domésticas. Enquanto em Roma, eram denominados medicus veterinários e a medicina era chamada de ars veterinária e assim ocorreu de formas diferentes em vários países e regiões do mundo. Há cerca de todos os estudos, há registros da existência de grandes clínicas veterinárias no século XVI.
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MEDICINA VETERINÁRIA
BRASIL
Figura 15 – Recepção Hospital Público Veterinário
Conforme descrito em matéria disponível no portal do Conselho Federal de Medicina Veterinária, a história da medicina se deu após a vinda da família Real portuguesa no Brasil que os profissionais ligados à natureza vieram ao país a fim de estudá-la. Os cientistas pesquisaram então nossa fauna, flora e costumes e durante o reinado de Dom João VI foram implantadas instituições em prol da Natureza e ensino sobre a agricultura. D. Pedro II demonstrava bastante interesse pela área de ciências agrárias, ainda mais depois de visitar à França e conhecer os investimentos franceses no segmento, retornando ao Brasil com o desejo de criar uma instituição veterinária nos mesmos moldes da que havia conhecido na França, sendo o primeiro homem público a reconhecer a profissão e a real necessidade de uma organização para formação destes. Segundo Eduardo Gonçalves (2013) o primeiro hospital público veterinário aberto no Brasil, foi inaugurado em 2012, totalmente custeada pelo Poder Público Municipal de São Paulo e administrada pela Anclivepa Associação Nacional dos Clínicos Veterinários de Pequenos Animais – tendo como objetivo auxiliar a favorecer as causas relacionada ao tratamento dessa classe de animais. A prefeitura disponibiliza 900 mil reais para a unidade, sendo cerca de 300 animais por dia, entre atendimentos clínicos e cirurgias. De acordo com Leandro Alves (2013), conforme reportagem de Eduardo Gonçalves, a unidade teve seu programa ampliado após ser transferida para um local maior do que o que estava quando foi inaugurado, quando iniciaram as os atendimentos, a unidade dispunha de apenas três centros cirúrgicos, hoje conta com 5, uma sala de raio-x, uma sala de internação e quatro consultório, a recepção onde inicialmente comportava 30 pessoas, hoje comporta 150. (Figura 15)
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ORGANIZAÇÃO, ESTRUTURA & FUNCIONAMENTO GENÉRICO
Este capítulo visa resumir como as organizações do segmento se organizam e como alguns órgãos determinam que elas sejam projetadas.. Um manual desenvolvido por um grupo de veterinários, oficializado pelo Fórum Nacional de Proteção e Defesa Animal, determina termos, comportamentos, atividades e políticas a cerca de abrigos para animais. Segundo informações do manual, um abrigo de animais deve ser um local de passagem e tem três funções principais, são elas: • Garantir segurança aos animais abandonados; • Ser local de passagem e buscar sempre a adoção dos animais resgatados; • Ser referência em bem -estar animal. Dentre as dimensões mínimas para áreas de abrigo, o manual estipula que nas áreas de canis haja 5m² a cada 1 animal, enquanto nas áreas de gatis deve haver 0,84m³ por gato. Ainda segundo o manual, o planejamento de um abrigo deve ser realizado levando em consideração o conforto, segurança, espaço do animal, fluxos que evitem a contaminação e proliferação de doenças, além disso, é necessário prever áreas de separação dos animais saudáveis, dos enfermos e áreas para preparo de alimentação específica e tratamentos. Além disso, deve sempre ser projetado áreas de recreação e local específico para armazenamento de animais mortos até que eles sejam levados ao local ideal conforme informações da vigilância sanitária do município. O manual determina que os espaços devem ser idealizados garantindo o bem-estar do animal. A estrutura deverá proporcionar a todos os animais estímulos físicos e mentais, evitando estresse e acidentes. Os ruídos sonoros proveniente dos canis deverá ser solucionado com o uso de materiais que reduzem a transmissão de ruídos para o exterior. A fim de entender como as organizações do segmento se estruturam no espaço em que estão inseridas foram avaliados alguns projetos e artigos da área e com as análises foram desenvolvidos organogramas (Figura 16), fluxogramas, programa de necessidades e agenciamento médios. Nathália Silveira Celso Ledo Martins
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É comum observar que dentre as entidades do segmento a grande maioria delas apresentam quase sempre os mesmos ambientes, sendo divididos em: SETOR ADMINISTRATIVO SETOR DE ABRIGO SETOR COMERCIAL SETOR EDUCACIONAL SETOR DE SAÚDE SETOR DE SERVIÇOS.
Figura 17 – Fluxograma Padrão
Figura 16 – Organograma Padrão
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De acordo com fluxograma exibido acima, as áreas de saúde e abrigo têm seu uso controlado, enquanto as áreas de serviços tem aceso restrito e administrativos tem acesso livre dependendo do ponto, como normalmente podemos observar recepções, áreas de cadastro e afins, que recebem o cliente e o direcionam pra o setor desejado, enquanto áreas de diretoria, arquivos e controle, são de acesso restrito dos funcionários. Áreas comerciais e educacionais tem livre acesso ao público.
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LEGISLAÇÕES PERTINENTES
Este capítulo visa citar quais as principais legislações a serem seguidas para a execução de um projeto de arquitetura de um Centro de Bem Estar Animal. Dentre as legislações analisadas, estão: NBR 9050 – 2015 - Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos; No que se trata da circulação interna, existem as seguintes informações: Os corredores devem ser dimensionados de acordo com o fluxo de pessoas, livre de barreiras ou obstáculos. As larguras mínimas para corredores em edificações e equipamentos urbanos são: a) 0,90 m para corredores de uso comum com extensão até 4,00 m; b) 1,20 m para corredores de uso comum com extensão até 10,00 m; e 1,50 m para corredores com extensão superior a 10,00 m; c) 1,50 m para corredores de uso público; d) maior que 1,50 m para grandes fluxos de pessoas. Para a utilização das portas em sequência, é necessário um espaço livre de 1,50 de diâmetro entre as aberturas (ainda com as portas abertas), além dos 0,60m ao lado da maçaneta de cada porta, para permitir a aproximação de uma pessoa em cadeira de rodas. Normas Técnicas para Estruturas Físicas de Unidades de Vigilância de Zoonoses – Edição 2017. a) No que se refere ao terreno de implantação da unidade, o artigo 8.1 dispõe das seguintes afirmativas: b) Orientação da edificação deve permitir o melhor aproveitamento solar, com iluminação e ventilação natural; c) Verificar ventos predominantes a fim de evitar a dispersão de odores e possíveis incômodos aos usuários e entorno; d) Murar toda a área de uso dos animais com 2m para impedir possíveis fugas; e) Múltiplos acessos para garantia de saúde e privacidade.
Nathália Silveira Celso Ledo Martins
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Este capítulo visa citar quais as principais legislações a serem seguidas para a execução de um projeto de arquitetura de um Centro de Bem Estar Animal.
Dentre as legislações analisadas, estão: RESOLUÇÃO - RDC Nº 50, DE 21 DE FEVEREIRO DE 2002 (regulamento técnico para desenvolvimento e aplicação de projetos arquitetônicos para edificios da área de saúde, como clínicas, hospitais e afins. )
Nesta resolução, no que diz respeito a dimensionamento, quantificação e instalações prediais dos ambientes, a resolução diz que: “O programa arquitetônico de um centro de saúde irá variar caso a caso, na medida em que atividades distintas ocorram em cada um deles”, além disso também informa no mesmo capítulo que “Para fins de avaliação de projeto, aceitam-se variações de até 5 % nas dimensões mínimas dos ambientes, principalmente para atendimento a modulações arquitetônicas e estruturais.” NBR 9077 - SAÍDAS DE EMERGÊNCIA EM EDIFÍCIOS; No que se refere as larguras das saídas a norma estabelece que a sua largura deve ser medida pela parte mais estreita, livre de qualquer saliência que ultrapasse 10cm de relevo, sendo admitidas apenas em saídas com largura mínima de 1,1m. A abertura das portas não pode interferir na medida livre de circulação deste, mantendo a medida mínima de 1,1m para locais de usos gerais e 1,65m para locais que obrigatoriamente serão ocupados em grupos. Referente aos acessos, estes devem permitir com que todas os ocupantes saiam facilmente da edificação, pé-direito mínimo de 2,50m, ter sinalização e luminação adequados, livres que qualquer tipo de obstáculos.
Nathália Silveira Celso Ledo Martins
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Este capítulo visa citar quais as principais legislações a serem seguidas para a execução de um projeto de arquitetura de um Centro de Bem Estar Animal. RESOLUÇÃO Nº 1015, DE 9 DE NOVEMBRO DE 2012 (Determina programas básicos para funcionamento de unidades veterinárias) “Art. 2º Hospitais Veterinários são estabelecimentos capazes de assegurar assistência médico-veterinária curativa e preventiva aos animais, com atendimento ao público em período integral (24 horas), com a presença permanente e sob a responsabilidade técnica de médico veterinário. […] Art. 8º Ambulatórios Veterinários são as dependências de estabelecimentos comerciais, industriais, de recreação ou de ensino onde são atendidos os animais pertencentes exclusivamente ao respectivo estabelecimento, para exame clínico e curativos, com acesso independente, vedada a realização de procedimentos anestésicos e/ou cirúrgicos e a internação. I - setor de atendimento: a) mesa impermeável com dispositivo de drenagem e de fácil higienização; b) sala de atendimento, contendo geladeira com termômetro de máxima e mínima para manutenção exclusiva de vacinas, antígenos e outros produtos biológicos; c) pias de higienização; d) arquivo médico; e e) armários próprios para equipamentos e medicamentos.” Resolução nº 1015, 2012.
CÓDIGO SANITÁRIO DO ESTADO DE SÃO PAULO O artigo 14 do capítulo II deste código informa que toda edificação, urbana ou rural, deverá ser construída ou mantida, garantindo as seguintes condições: “I - proteção contra as enfermidades transmissíveis e as crônicas; II - prevenção de acidentes e intoxicações; III - redução dos fatores de estresse psicológico e social; (…) VI - respeito a grupos humanos vulneráveis.” Código Sanitário do Estado de São Paulo, 1998, Página 3)
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Este capítulo visa citar quais as principais legislações a serem seguidas para a execução de um projeto de arquitetura de um Centro de Bem Estar Animal. DECRETO Nº 12.342, DE 27 DE SETEMBRO DE 1978 (Estabelece dimensões mínimas para projetos arquitetônicos.) O título I, do livro II, passa a informar áreas mínimas para determinados ambientes, conforme seu uso, como salas de uso público devem ter pelo menos 10m², no que se refere a sanitários e vestiários, tem-se que: “IX - compartimentos sanitários: a) contendo somente bacia sanitária: 1,20 m², com dimensão mínima de 1,00 m; b) contendo bacia sanitária e lavatório: 1,50 m², com dimensão mínima de 1,00m; c) contendo bacia sanitária e área para banho, com chuveiro, 2,00 m², com dimensão mínima de 1,00 m; […] h) celas, em compartimentos sanitários coletivos, para chuveiros ou bacias sanitárias, 1,20 m², com dimensão mínima de 1,00 m; i) mictórios tipo caina, de uso coletivo, 0,60 m, em equivalência a um mictório tipo cuba; j) separação entre mictórios tipo cuba, 0,60 m, de eixo a eixo. X - Vestiários: 6,00 m²;” Decreto nº 12.342, de 27 de setembro de 1978.
DECRETO Nº 40.400, DE 24 DE OUTUBRO DE 1995 (estabelece normas referentes às instalações veterinárias) Clínicas veterinárias precisam ter salas de espera, consulta, cirurgia, sanitário e compartimento de resíduos sólidos e se a clínica for internar animais, precisa ter sala de abrigo de animais e cozinha; Para funcionamento do “Pet-Shop” são necessárias área de loja com piso impermeável, sala de tosa, sala de banho, sala de secagem e estética e compartimento para resíduos sólidos. Demais áreas que não foram citadas devem seguir regimento da vigilância sanitária. Além disso, gaiolas e jaulas não poderão ser empilhados.
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ESTUDOS DE CASO
ANIMAL REFUGE CENTER DESENVOLVIMENTO O Centro de Refúgio animal de Amterdã é o maior abrigo da Holanda e trata-se de um projeto fluído que segue o formato do terreno, além de fazer margem para um rio. Além de respeitar o formato do terreno, seu revestimento externo para fazer parte da vegetação que o circunda, fundindo-o com a paisagem de uma forma muito eficaz. O revestimento é feito com uso de placas de aço com uma gama de diferentes tons de verde, fazendo alusão a coloração irregular das gramas. Com capacidade para quase 700 animais, tem como principal objetivo o bemestar deles. O Funcionamento da edificação se por meio de dois pavimentos e fica voltado para dentro da edificação com o objetivo de diminuir os ruídos provenientes dos latidos dos cães, além disso, no pavimento superior estão posicionados os gatis, o que aumenta ainda mais o abafamento dos ruídos gerados pelos cães. O centro de refúgio é comporto por dormitório do zelador, loja de produtos pets, clínica veterinária, espaço de lazer para os animais refugiados, cozinhas, salas de aula, entre outros.
Endereço: Amsterdã Arquiteto: Arons en Gelauff Architecten Área do Terreno: Desconhecida Área Construída: 5.800m² Ano do Projeto: 2006/2007
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ANIMAL REFUGE CENTER
A setorização do centro animal foi pensada de forma a concentrar os serviços em uma só área, onde quem estivesse cuidando dos cães não precisasse ficar circulando por outras áreas para conseguir tratar a todos os animais do abrigo. Ao observar a imagem de setorização e possível observar que a área administrativa pode ser acessada pelas duas áreas de abrigo do instituto. No piso de acesso principal, estão todos os canis, que foram posicionados paralelamente a um extenso corredor, permitindo que a obra seguisse o curvas do terreno e no pavimento superior, como já citados, estão os gatis, assim como a área dos cães, dispostos paralelamente ao corredor . É importante ressaltar que esse formato de corredor, permite uma maior circulação de ar um funcionamento contínuo de toda a unidade. Além das áreas de reclusão, há também áreas de soltura, onde os animais podem correr e se divertir Outro ponto importante a ser observado, é a preocupação com o conforto ambiental e de segurança dos animais, onde todos os canis e gatis possuem entrada de ventilação e iluminação natural. No caso dos gatis essas aberturas são pensadas de forma a impedir a dos animais.
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HOSPITAL VETERINÁRIO DE SANTA CATARINA Endereço Rua Iguaçu, 177 - Itoupava Seca – Blumenau – SC Arquiteto: Fantin & Siqueira Arquitetura Área do terreno: 2.500 m² Área Construída: 1.200 m² Ano do Projeto: 2013 Inicialmente pensado para ser um projeto com características de uma arquitetura germânica, com traços marcantes e mais tradicionais, o projeto hoje é referência em arquitetura contemporânea. Seriam cerca de 500 m² construídos, mas conforme os estudos em relação as necessidades dos animais e com a execuções de estudos de projetos preliminares esse valor praticamente foi duplicado, o que antes era pensado para realizar consultas e pequenas cirurgia, passou a conter toda a infraestrutura necessária para o funcionamento de um grande hospital, com alas de internação, salas de emergência , UTI, entre outras. Característica muito forte dos arquitetos, com grandes aberturas para entrada de luz natural, aliadas a grandes espaços não poderia ser diferente no projeto do Hospital Veterinário, para Alexandre Fantin, arquiteto responsável, era imprescindível aliar as especificidades de um ambiente destinado à saúde e ao mesmo tempo proporcionar conforto ambiental aos usuários já que ali, em sua grande maioria, seriam vividas situações delicadas
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HOSPITAL VETERINÁRIO DE SANTA CATARINA Com o intuito de utilizar os materiais mais modernos e futuristas disponíveis no mercado, os arquitetos Alexandre Fantin e Eduardo Siqueira, fizeram uso de placas de Alucobond para revestir as fachadas, este material é interessante por permite maior maleabilidade em sua aplicação, podendo ser curvado e até dobrado. Outra medida, foi a utilização de um elevador panorâmico agregando tecnologia e beleza ao projeto, que tem a sua lateral aberta com grandes fechamentos em vidros que permitem uma melhor relação do ambiente externo com o ambiente interno. Mas além da preocupação estética e ambiental, foi preciso considerar fatores necessários para um bom funcionamento de uma instituição de saúde, como a circulação de pacientes e médicos, a fim de evitar vai e vem em áreas de acesso controlado, como o segundo pavimento, que contem áreas exclusivas a uso médico e dormitório do plantonista. Além da circulação, outro ponto pensado, foram os revestimentos, sendo sempre utilizados materiais que facilitassem a manutenção e higienização dos espaços. Além dessas ambientações, existe também uma área destinada ao atendimento específico de felinos, com arquitetura e decoração diferenciada, sempre em busca do melhor resultado e resposta em relação ao conforto e saúde dos pets.
Figura 26 – Planta Pavimento Superior
Figura 25 – Planta Pavimento Térreo Nathália Silveira Celso Ledo Martins
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CLíNICA VETERINÁRIA MASANS Nome: Clínica Veterinária Masans. Localização: Chur – Suíça Área Construída 1.145 m² Ano do projeto: 2014
Figura 26 – Fachada Lateral
A Clínica Veterinária Masans foi idealizada para acomodar 17 veterinários proporcionando um ambiente adequado para realização dos procedimentos veterinários, a fim de oferecer conforto aos médicos e aos pacientes, com o uso de tecnologias inovadoras disponíveis no mercado. O edifício é composto por dois pavimentos, sendo um pavimento subterrâneo e o outro, que tem seu acesso direto para a rua, e sua laje de cobertura serve de jardim e parque infantil para um conjunto habitacional construído no mesmo terreno. (Fig26) Além disso, o projeto foi pensado de forma onde os ambientes onde a entrada de luz natural seja obrigatória, ficaram posicionados nas laterais da edificação e os demais, onde não houvesse essa obrigatoriedade, ficar concentrados no centro do edifício, como os consultórios que precisam de iluminação e ventilação natural, e as salas de exames de imagens e procedimentos que não têm essa necessidade. Mas, devido ao fato de alguns ambientes não possuírem a entrada de iluminação natural, os arquitetos envolvidos no projeto decidiram que o uso da cor branca seria primordial para mantê-los mais amigáveis, além de utilizarem tonalidades de cinza claro nos pisos e algumas paredes em concreto
Figura 27 – Sala de Radiografia Nathália Silveira Celso Ledo Martins
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HOSPITAL VETERINÁRIO DE SANTA CATARINA
No pavimento térreo, é onde as principais atividades voltadas aos serviços veterinários acontecem. São consultórios, salas de exames e procedimentos cirúrgicos, recepção, sala de espera, salas administrativas, como sala de reunião, depósitos e sanitários. O acesso ao pavimento subsolo acontece apenas através de escadas, localizadas no interior e exterior da edificação, sendo este pavimento responsável apenas por vestiário, depósito e uma grande sala de procedimentos. Apesar de ser um projeto com o uso de materiais tecnológicos e com um conceito contemporâneo em relação as técnicas construtivas, com o uso de grandes aberturas em vidros, vãos livres sustentados por pilares em concreto, e revestimentos da mais alta qualidade, o projeto apresenta problemas em questões ligadas a acessibilidade. Outro ponto negativo, é a existência de ambientes os não há a mínima entrada de iluminação e/ou ventilação natural, recurso que deveria ser imprescindível para garantir o bem-estar e conforto dos usuários, sem desrespeitar as normas que regem os projetos de saúde. Apesar dos fatores citados, a construção tem um potencial estético, com estrutura imponente e integrando o entorno, com sua cobertura ajardinada que conecta sem prejuízos uma edificação de cunho habitacional a clínica.
Figura 28 – Planta Pavimento Térreo
Figura 29 – Planta Subsolo Nathália Silveira Celso Ledo Martins
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PALM SPRINGS – ANIMAL CARE FACILITY Nome: Palm Springs – Animal Shelter Localização: Califórnia Área Construída: Aproximadamente 2mil m² (21 Square Fett) Ano do projeto: 2010 Autor do projeto: Swatt Miers Arquitetos.
Figura 30 – Fachada Principal
O Centro de cuidados animais de Palm Springs (Figura 30) faz parte de uma iniciativa público privada e conta com salas de aula para a comunidade, salas de convivência para gatos, área de socialização, sala de controle dos animais, clínica veterinária. Está localizada em um terreno com área de 3 hectares e em frente ao Parque Demuth, muito frequentado pela população. Palm Springs é uma cidade de clima Árido e por isso a relação com a água deve ser sempre de muito respeito. Pensando nisso, o projeto tem sistema de reuso de água já que o centro animal necessita de uma extensa quantidade de água para a limpeza, que por ser prioridade para o funcionamento da unidade, esteve sempre na primeira fase de execução do projeto. A parte da adoção deveria estar no acesso principal, junto com todas as outras atividades comerciais do segmento. Na edificação há um centro educacional que é utilizada pela comunidade como sala multiuso quando as atividades veterinárias não estão em funcionamento. Pensando nisso, os sanitários foram colocados entre os centros, educacional e de adoção, permitindo o uso em qualquer setor, mesmo quando o outro não estiver em uso.
Figura 31 – Fachada Lateral Nathália Silveira Celso Ledo Martins
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PALM SPRINGS – ANIMAL CARE FACILITY
Toda a distribuição de funcionamento do edifício acontece em um único pavimento, onde na figura podemos visualizar na Figura 33, a sala de aula em coloração amarelo claro, no canto superior esquerdo da planta, áreas em roxo são as áreas de adoção, amarela escura são as áreas administrativas, em azul estão as áreas pata gatos e animais pequenos, na área em rosa no canto superior esquerdo está a Figura 32 – Fachada Principal
área de acesso aberta ao público para adoção e a rosa no canto inferior direito, a área de quarentena dos animais com doenças
infectocontagiosas, entre outras, como área clínica, áreas de serviço e afins. Algumas medidas fizeram parte de outra fase do projeto, como a instalação de um sistema fotovoltaico que fosse responsável por até 30% da energia necessária para o funcionamento da unidade, sendo assim toda a sua estrutura e o sistema elétrico foi pensada para futuramente receber as placas fotovoltaicas.
Figura 33 – Fachada Lateral Nathália Silveira Celso Ledo Martins
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VISITAS TÉCNICAS
MAX VET Hospital Veterinário 24 Horas Clínica: Max Vet Hospital Veterinário 24 Horas Localização: Suzano – SP Área Aproximada: Entre 170 e 200m² Autor do Projeto: Desconhecido
Figura 34 – Fachada Principal
A clínica Max Vet , segundo informações da página oficial da empresa, faz parte de uma rede de clínicas veterinárias fundada em 2005 com algumas unidades na Região Metropolitana de São Paulo, sendo a unidade de Suzano a última a ser aberta e ocupando uma área onde antes havia uma residência. O local não possui estacionamento e há apenas uma entrada, realizada pela Rua Nove de Julho. O primeiro ponto observado é a rampa de acesso que não apresenta acessibilidade, dificultando o acesso de um portador de deficiência física. A sala de espera, ao lado da recepção, é bastante ampla, e nela é possível observar uma pequena farmácia para venda de medicamentos e ou cosméticos do mundo animal, quanto a balança para pesagem dos animais, procedimento necessário para todo o animal que for realizar algum procedimento na instituição, seja consulta, tratamentos e afins. A sala de espera da acesso a dois setores, ao lado direito leva para o corredor onde está o consultório, sala de aula para curso de auxiliar veterinário oferecido pela empresa e sala de internação. Já o acesso ao lado direito leva para área de banho e tosa e para a escada que dá acesso ao piso superior.
Figura 35 – Sala de Internação Nathália Silveira Celso Ledo Martins
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MAX VET Hospital Veterinário 24 Horas
No pavimento superior, estão as áreas de serviço e administrativa, como sanitários de funcionários, sala da gerência, copa e lavanderia, além da sala de exames, sala de cirurgia e sala de esterilização. É possível notar sérios problemas de acessibilidade e materialidade do local, pois além de não possuir áreas de circulação e acessos adequados para os portadores de necessidades especiais, segundo NBR 9050, que determina que estas pessoas tenham mobilidade garantida em toda a edificação que oferece serviços à população de um modo geral, também não possui revestimentos táteis para os deficientes visuais. Ainda observando os materiais, nota-se que os revestimentos existentes na unidade não permitem uma limpeza fácil e eficaz, como na área de banho e tosa, que tem toda a suas paredes com chapisco, revestimento que acumula muita sujeira no relevo criado por ela, além dos pisos, que já estão encardidos. Outro problema encontrado está no acesso, além de não ser acessível como já foi citado, há um único acesso que é utilizado pelos funcionários, proprietários com seus pets e alunos do curso de auxiliar veterinário, criando um problema de fluxo muito grande, visto que até mesmo a sala de aula, está entre um consultório e a sala de internação.
Figura 36 – Rascunho Planta Pavimento Térreo
Figura 37 – Rascunho Planta Pavimento Superior Nathália Silveira Celso Ledo Martins
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PRONTO VET – Pet Shop Suzano Pet shop: Protovet Localização: Suzano – SP Área Aproximada: 100m² Autor do Projeto: Desconhecido
Figura 36 – Fachada Principal
Figura 37 – Animais para adoção.
O estabelecimento está localizado na esquina da Avenida Mogi das Cruzes com a rua Albert Osvaldo e apesar do prédio ter dois pavimento, o estabelecimento ocupa apenas parte do pavimento térreo. O primeiro ponto observado é que o local disponibiliza a calçada todos sábados para que as pessoas da ONG PAS (Organização Não Governamental Projeto Adote Suzano) realizem uma feira de adoção dos animais que estão em lares temporários. A feira acontece embaixo de uma cobertura improvisada, com um gazebo onde os gatos ficam em gatis de alumínio e os cães em cercados. Foi possível observar que tudo é muito improvisado e conta apenas com a boa vontade das pessoas que disponibilizam lares temporários e do proprietário do Pet Shop Pronto Vet. Fica a disposição delas apenas uma mesa com uma garrafa de café, água, alimentos para aperitivo, cadernos para anotações administrativas da saída de animais e pacotes de ração para alimentação dos animais expostos ao longo do dia. As tutoras provisórias dos animais resgatados que estavam no local relataram as dificuldades enfrentadas por elas, onde muitas vezes os animais se apegam por estarem abrigados em um ambiente muito família. Nathália Silveira Celso Ledo Martins
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PRONTO VET – Pet Shop Suzano Já no interior do estabelecimento, está a área de exposição dos produtos com a gôndolas e o caixa, onde ficam expostos alguns medicamentos. Ao fundo da área de circulação há o depósito, onde segundo o proprietário são armazenadas as bagunças de uso privado do pet. Em frente a porta de acesso do depósito há duas pequenas portas, onde ficam um pequeno espaço com um pequeno frigobar, onde os funcionários (no dia da visita apenas o proprietário estava no local) fazem pequenas refeições. E ao lado deste acesso, há o acesso ao sanitário, cabine única, onde há também um armário de aço para armazenamento de objetos pessoais. Atrás da área onde fica o caixa está a sala de higienização dos animais, onde os animais são colocados em canis empilhados para poder aguardar a hora do banho e ou que seus donos venham buscar. Em frente a esta áreas mas ainda dentro do mesmo ambiente está a área de banho dos pets, que é protegida por vidro possibilitando que as pessoas consigam visualizar os seus animais enquanto eles são atendidos pelos profissionais. É possível observar problemas na disposição dos produtos e principalmente nas áreas de serviço, como a copa e o sanitário. O estabelecimento é inacessível, logo na entrada é possível observar um desnível de cerca de 30cm de altura, resolvido com degraus e nenhuma outro acesso para cadeirantes. Além disso, caso já não houvesse este obstáculo logo na entrada principal, um cadeirante encontraria problemas ao circular pelo estabelecimento, visto que o sanitário e a copa são pequenos e não o acomodariam adequadamente,a copa chega a ser incomoda até mesmo para pessoas sem nenhum tipo de dficuldade de mobilidade. A falta de espaços adequados e de auxilio de profissionais da área de design e arquitetura fez com que o proprietário fizesse algumas alterações sem Nathália Silveira pensar nessas questões. Celso Ledo Martins
Figura 38 – Rascunho Planta Pavimento Térreo
Figura 39 – Rascunho Planta Pavimento Superior
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CAZARINI PETS – Centro Estético Animal CENTRO ESTÉTICO ANIMAL: CAZARINI PETS LOCALIZAÇÃO: SUZANO – SP AUTOR DO PROJETO: DESCONHECIDO COM ALTERAÇÕES DA PROPRIETÁRIA – Anna Luiza Cazarini
Figura 38 – Fachada Principal
O Cazarini Pets é um estabelecimento que oferece serviços de beleza aos pets do município de Suzano, ao ser locado pela proprietária, era apenas um salão, amplo e livre, sem nenhum tipo de serviço pré-estabelecido e portanto permitiu a proprietária definir espaços e setorização de acordo com a sua necessidade. O Centro Estético está localizado nas proximidades do Shopping Center de Suzano, em um esquina da Rua Expedicionário João de Carvalho com a movimentada Avenida Armando Salles, uma das principais vias arteriais da cidade. E possui também duas entradas, a principal (Rua Expedicionário João de Carvalho) melhor descrito no decorrer deste capítulo e uma entrada secundária (Av. Armando Salles) que serve para entrada dos animais direto à área de banho. Logo na fachada (Figura 38) é possível observar que o uso de cores e ilustrações torna o ambiente mais convidativo aos olhares do público, possuindo duas entradas, uma na Rua Expedicionário Joao de Carvalho que dá acesso a uma recepção com um pequeno balcão onde são realizados os agendamentos, alguns puffs e uma poltrona para espera dos clientes e alguns produtos do setor pet, como caminhas e roupas.
Figura 39 – Recepção Nathália Silveira Celso Ledo Martins
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CAZARINI PETS – Centro Estético Animal Ao lado da recepção, há uma pequena área para banho com meia parede de alvenaria e fechamento superior em vidro, além de uma porta de vidro, que segundo a proprietária essa sala serve para dar banhos em animais sem vacina. Atrás da área onde está a sala de espera e recepção está uma sala de tosa e o local onde está uma máquina de secagem dos pets. Ainda segundo a proprietária, a máquina não é preferida dos clientes, mas é o meio mais seguro, já que distribui o ar igualmente em toda a cabine e tem o ar em temperatura ambiente, diferentemente do secador que além de direcionar o ar pontualmente no corpo do cachorro, tem apenas algumas regulagens de temperaturas que alternam entre o morno e o quente e por isso pode ser até perigoso ao animal. Em frente a esta sala está o sanitário de uso livre que assim como nas demais unidades visitadas não possui acessibilidade e a copa com lavanderia que também apresenta alguns problema de Figura 40 – Área de Banho para Animais Sem vacina circulação, devido a falta de espaço adequado para proporcionar conforto aos usuários. A copa é de uso exclusivo da proprietária e de duas funcionárias sendo um espaço adaptado para que elas pudessem realizar pequens refeições no interior do centro. A última sala do corredor (Figura 41), e mais ampla do estabelecimento, é onde se concentra a maior parte das atividades realizadas no centro estético, com áreas de banho, canis de alvenaria , todas as bancadas em alvenaria – escolha exclusiva da proprietária, já que a maioria dos estabelecimentos da área opta por bancadas de inox e os outros materiais, mas todas móveis – segundo a Anna Luiza, os donos dos animais sentem mais segurança com as bancadas e canis em alvenaria, talvez por passarem mais segurança e causar Figura 41 – Sala de Banho menos estresse ao animal. Nathália Silveira Celso Ledo Martins
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LOCAL DE INTERVENÇÃO
BREVE HISTÓRIA DE SUZANO Segundo informações da página oficial da Câmara Municipal de Suzano a história da cidade iniciou no século XVI, quando a busca por minérios estava em alta e por ter sido descoberta uma mina de ouro no limite do município com a cidade de Ribeirão Pires, foi então que a cidade passou a ser uma das mais importantes da Região. Com isso, a cidade começou a receber moradores, até que um padre, por volta dos anos de 1720, construiu a primeira igreja, chamada Capela da Nossa Senhora de Piedade, e então, os interessados em ouro, passaram a se instalar nos arredores da igreja dando origem ao primeiro centro da cidade. Porém, com a inauguração de um trecho ferroviário entre São Paulo e Mogi das Cruzes, em outro ponto da cidade, deu inicio a outro vilarejo, o vilarejo Baruel Estagnar. Ao longo desse trecho, criaram uma para chamada “Parada Piedade”, onde, a partir dela, foi dado inicio ao planejamento urbano da cidade, com a definicão do arruamento. Nesta planejamento estava prevista a contrução de uma igreja, chamada Capela São Sebastião. Entre os séculos XIX e XX, a parada Piedade, estava se deteriorando, já que havia sido construída em madeira, por isso os líderes da região solicitaram a reconstrução da estação em alvenaria e em homenagem ao engenheiro responsável pela obra, Joaquim Augusto Suzano Bradão, passou a ser chamada, Estação Suzano, dando origem também ao nome da cidade. Até esse momento, Suzano era tido como distrito de Mogi das Cruzes, mas em 1948, devido ao alto crescimento populacional Nathália Silveira Celso Ledo Martins
Figura 42 – Localização Suzano em Mapa da Região Metropolitana de São Paulo e ao crescimento econômico que não era repassado a cidade, foi realizado um plebiscito que garantiu a emancipação da cidade, até que em 1962 recebeu sua independência judiciária e foi elevada a Comarca. De acordo com análises nos Suzano é uma cidade pertecente a Região Metropolitana de São Paulo, de onde é possível acessar as principais rodovias do Estado, como Rodoanel, Rodovia Ayrton Senna, Presidente Dutra e Índio Tibiriça. Segundo IBGE (2017) são cerca de 206km² de área dispostos para seus cerca de 295mil habitante (Censo 2018).
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LOCALIZAÇÃO
Figura 43 – Localização Terremo
O Local escolhido para a implantação do Centro de Convivência e Bem Estar Animal é uma área onde está inserido grandes comércios da região, como uma unidade da rede de fast-food Habib’s, uma concessionaria da Chevrolet, uma unidade da rede atacadista Assaí, uma empresa de corrida de Kart e faz fundo com a linha ferroviária de transporte de cargas e CPTM, conforme Figurax. Localizado na Rua Prudente de Morais, no bairro Vila Amorim, e tem cerca 50mil m² de área livre para construção.
Segundo análise de imagem via satélite da área, retirada do Google Earth, em uma comparação superficial da situação dos arredores datadas de dez anos atrás e dos dias atuais, é possível perceber que a área residencial, pouco de ampliou, no entanto é possível notar a chegada de grandes edificações de fins comerciais e aumento de construções para fins industriais. Figura 44 – Imagem Via Satélite Terreno e entorno em 2009.
Figura 45 – Imagem Via Satélite Terreno e entorno em 20019. Nathália Silveira Celso Ledo Martins
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DIMENSIONAMENTO E ZONEAMENTO Através de planta disponibilidade pela setor de planejamento urbano do município de Suzano foi possível identificar medidas aproximadas, onde indicam que a testada do terreno tem dimensão de 199,61m a lateral esquerda 206,52m, a lateral direta 287,38m e a face posterior 213,75m e que perpendicular a lateral direita tem um ângulo de 210º, com esses dados foi possível identificar que a área total tem cerca de 50.082m².
Figura 47 – Planta de Zoneamento – Azul=Local Além disso, o terreno está localizado a menos de 3km de distância do limite do município de Suzano e o Inicio de Mogi das Cruzes. O lote onde está inserido o terreno deve respeitar a legislação municipal pertinente a ZUD - Zona de Uso Diversificado - onde é possível identificar que os recuos laterais devem ter no mínimo 1,5 metros, o recuo posterior deverá ter no mínimo 2,0 metros e frontal 5,0 metros. A Zona de uso diversificado é a zona onde é permitida a maior variedade de tipologias de uso, como indústrias, comércios, serviços, instituições de saúde, danceterias, entre outros. Figura 46 – Planta Terreno com Medidas Nathália Silveira Celso Ledo Martins
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ÍNDICES URBANÍSTICOS A legislação vigente determina que as escolas de animais assim, por se tratar de um edifício que apodem localizar-se dentro do perímetro urbano, fora das áreas de uso residencial a critério da autoridade sanitária competente, sendo brigará animais vindos da rua, muitas vezes portadores de doenças infectocontagiosas e afins, a vigilância sanitária foi contatada em busca de informações sobre possíveis empecilhos por parte deste órgão regulamentador em relação a localização do projeto. Foi então que um dos arquiteto da Prefeitura Municipal de Suzano, Ewerton Mendes Rosa, informou que a vigilância sanitária do município tem regras claras sobre o uso de terrenos com relação as práticas ligadas à avicultura e não ao manejo de animais domésticos. Por isso, a legislação a reger o projeto deverá ser o zoneamento municipal. Sendo assim, foram observados os regimentos referentes ao uso do solo conforme legislação municipal, como mostra a tabela abaixo.
Considerando os dados da Tabela 1, é possível estabelecer os seguintes resultados abaixo.
Tabela 2 – Cálculo Índices Tabela 1 – Zoneamento ZUD
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ANÁLISE ENTORNO
Além disso, é possível notar que há fácil acesso ao terreno, a via pública que liga Ferraz, Poá, Suzano e Mogi é a via arterial que passa em frente ao local, como pode-se notar na figura 151 e segundo informações da figura 152, até as pessoas que utilizam
transporte público terão fácil acesso, visto que há dois pontos de ônibus em frente ao terreno e a estação da CPTM, que dá acesso a linha Coral (Luz – Estudantes) está a 1,0km de distância do local.
Figura 48 – Levantamento Viário
Um problema a ser resolvido é a falta e/ou grande distância da faixa de pedestres da face posterior do terreno, onde
os moradores da região de predominância habitacional terão dificuldades em acessar com segurança o lado da via onde ficará o acesso ao centro animal. Figura 49 – Estudo de Melhoria para Pedestres
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ANÁLISE ENTORNO
Com a análise entorno (Fig.50) é possível observar que o terreno está posicionado em local de fácil acesso, com pontos de ônibus a poucos metros de distância. Mas também permite verificar que a existência da linha ferroviária na face posterior pode resultar problemas de acústica devido aos ruídos gerados eu poder incomodar os animais do abrigo. Figura 50 – Levantamento Entorno
De acordo com o levantamento da Figura 51, assim como o zoneamento vigente, o terreno está em zona de uso misto, apresentando diversas tipologias de uso em um raio de análise de
250m. Com isso, permite a implantação do centro, desde que sua arquitetura
contribua
para
que
os
animais
impactem
minimamente no conforto sonoro do local. Figura 51 – Levantamento Tipologia de Uso
Nathália Silveira Celso Ledo Martins
54
ANÁLISE ENTORNO
Os dois levantamentos ao lado (Figura 52 e 53) permitem perceber que o terreno está em boa condição de insolação, considerando que as edificações vizinhas apresentam poucos pavimentos e estão localizadas predominantemente do outro lado da via. Também é possível observar que observar que os
Figura 52 – Levantamento de Alturas
lotes edificados estão consideravelmente afastados do terreno de implantação, ponto positivo em relação a preocupação com o conforto acústico do local e dos arredores.
Figura 53 – Levantamento de Cheios e Vazios
Nathália Silveira Celso Ledo Martins
55
ANÁLISE TERRENO Hoje, apesar de ser propriedade particular está em situação de abandono, como mostram as figuras abaixo (Fig.54 á 56). A abertura existente na face frontal do terreno é utilizada para trânsito de pessoas, que em sua grande maioria, se isolam nas áreas do terreno para uso de entorpecentes e se colocando em grande situação de risco, visto que o terreno faz fundo com a linha ferroviária e não há nenhuma barreira para evitar possíveis acidentes. Por se tratar de um terreno praticamente plano, devido a sua grande extensão, com grandes possibilidades construtivas e por estar próximo ao limite do município que faz divisa com umas das cidades mais bem conceituadas do Alto Tietê, foi escolhido para trazes novos ares e um novo conceito de bem-estar animal, diferente do que tem estado disponível na cidade.
Figura 54 – Imagem Interna Terreno
Figura 55 – Imagem Interna Terreno
Nathália Silveira Celso Ledo Martins
Figura 56 – Face Frontal Terrenp
56
57
ESQUEMA ESTRUTURANTES
CONCEITO ARQUITETÔNICO Como já citado anteriormente, o local hoje, é utilizado para trânsito ilegal de pessoas, entre as duas extremidades da cidade, com poucos árvores e despejo de lixo. Além disso, está localizado ao lado da rede atacadista Assaí, que faz parte de um segmento que poucos elementos de arquitetura contemporânea ou modernistas tem em sua concepção, projetos engessados que pouco tem sido explorados no país. Se observado para a face nordeste do terreno, é possível visualizar a serra do Itapety, podendo então propor uma arquitetura que valorize este bem da natureza e a traga para mais perto da área urbana, com o uso de revestimentos que além de funcionar como filtro ambiental, protegendo o interior de intempéries devem ser pensados de forma a compor o cenário, valorizando-o e não escondendo.
Figura 57 – Face Frontal Terreno
O problema do abandono em Suzano e a falta de espaços adequados ao tratamento destes animais, como se pôde ver nas visitas realizadas, é que grande parte das instituições destinadas a fins veterinários, faz parte de adaptações de espaços que foram projetados para atender a outras necessidades que não fossem ao trato de animais. Tendo os animais como centro, a edificação deve buscar a interação humana, não só por parte dos que já estiverem envolvidos no projeto, como veterinários e voluntários, mas também de toda a comunidade ao redor. Elas se darão através de elementos e rotas que induzam e tragam o morador da região até o interior do terreno e quando lá estiver, possam participar efetivamente da manutenção e valorização do espaço proposto, mostrando que a arquitetura não somente se preocupa com questões estéticas e funcionais no âmbito dos espaços, mas também da qualidade de vida das pessoas e da cidade, buscando sempre propor com novos projetos, locais de convívio e respeito ao próximo e ao meio ambiente.
Nathália Silveira Celso Ledo Martins
58
CONCEITO ARQUITETÔNICO Sendo possível também com interferências urbanísticas no área compreendida pelo entorno, fluxo contínuo e livre de obstáculos nas áreas de principal circulação. Outro fator, é que além de ser a prioridade de atendimento da edificação, os animais, ficarão ao centro de tudo, inclusive no que diz respeito a ocupação do terreno, sendo envolto por áreas de uso comuns e demais setores, de forma a terem suas necessidades respeitadas e valorizadas, com o devido acolhimento que lhes é de direito. Além disso, o local do terreno está a cerca de 2,5 km do inicio da área residencial de Suzano, vindo de Mogi e será um marco arquitetônico para a paisagem cuja qual está sendo inserida. Trará a região um novo conceito de arquitetura, onde um espaço que hoje, mal utilizado, será espaço para a população, onde vidas serão recuperadas e a natureza estará em perfeita harmonia. Além de uma arquitetura inovadora, baseada nas concepções que têm sido realizadas na região, será o cartão de visitas da cidade em questões relacionadas ao bem estar social, tanto dos animais, quanto da população que tanto sofre com este problema. Oferecer um espaço de conscientização com palestras e eventos que informem á população os atuais dados e prejuízos dos altos indices de abandono, não só em Suzano, mas em todo o país e além das palestras, proporcionar um espaço adequado para feira de adoções, onde os interessados e visitantes possam ter acesso aos animais sem expô-los as situações de altos picos de estresse. Outro ponto importante a ser mencionado, será a adoção de medidas sustentáveis com o uso de tecnologias inovadoras que gerem energia renovável, visto em detalhe no próximo capítulo. Visando a recuperação dos animais e do espaço, e proporcionando saúde animal ao alcance de todos. Arquitetura funcional e ao alcance de todos, garantindo sempre a privacidade do individuo. Então, os termos principais definidos neste conceito serão: Integração, interação, conforme sinestésico, sustentabilidade e arquitetura para todos. Nathália Silveira Celso Ledo Martins
59
PARTIDO ARQUITETÔNICO Buscando atingir os anseios citados anteriormente, serão especificadas vegetações que componham a paisagem existente, além do uso de elementos que remetam a natureza, como o uso de pedras, madeiras e afins. Outro aspecto importante, será a inserção de recursos sustentáveis, tanto para possível reaproveitamento de águas, uso de energias renováveis, quanto o maior aproveitamento dos recursos naturais disponíveis, a fim de garantir maior conforto interno aos usuários da edificação, como estudo da incidência solar. Parte da questão referente ao uso de energias renováveis será realizado através da proposta de aplicação do projeto Park Spark, que consiste na geração de energia através da transformação das fezes animais, sendo na realidade, um processo de combustão e não de energia. Segundo o site do projeto, essa transformação é realizada através de um digestor de metano onde são jogadas as fezes, pelos próprios proprietários dos animais, criando assim uma interação da população com a iniciativa, estando esse digestor acima ou abaixo do solo, exceto a parte do tubo e da manivela até para permitir a participação da comunidade. A ideia de usar esse tipo de metodologia é importante para trazer aos frequentadores a reflexão sobre a como eles efetivamente vivem na cidade e o desafio de manter a chama sempre acesa mostra a grandeza e importância do comportamento humano na vida em sociedade. Sendo utilizado em todo o mundo, mas nessa concepção torna a participação da comunidade algo essencial, além de constribuir com o meio-ambiente, uma vez que a queima de metano em contato com o oxigênio é até 70 vezes mais potente que o dióxido de carbono. Nos atuais problemas ambientais, as grandes fazendas são alvo de duras críticas pela alta produção de esterco, mas não há grande preocupação quanto a isso com o grande número de animais nas cidades que também são geradores desses dejetos e que nesse método convencional de decomposição acabam trazendo prejuízos ao meio ambiente. Figura 61 – Ilustração Park Spark
Nathália Silveira Celso Ledo Martins
60
PARTIDO ARQUITETÔNICO O Centro animal será composto por ambientes de apoio à saúde, tanto para cuidados clínicos como cuidados com higiene pessoal do animal, proporcionando banho e tosa, sala de fisioterapia e recuperação, visto que muitos animais recuperados da ruas passam por acidentes, como atropelamentos, ocasionando sequelas, áreas de lazer para proporcionar momentos de diversão e distração aos animais que já carregam uma estrutura psicológica bastante abalada devido aos traumas sofridos pelo abandono. Há uma grande preocupação quanto aos ruídos sonoros gerados pela ferrovia que margeia a face posterior do terreno, além disso, há também a preocupação com a geração de ruídos provenientes do próprio edifício, pela quantidade de animais em um mesmo local. Pensando nisso, os canis serão projetos de forma a receber e dissipar o mínimo de ruídos possíveis, com o uso de barreiras acústicas, como vegetações densas ao redor do canil.
Além disso, a ideia de proteger a edificação com vegetações ao redor. Compõem o edifício em um organização centralizada, quando observado em planta, mas com ambientes interseccionados numa escala micro, onde todos se conectam, permitindo um fluxo contínuo de pessoas. Figura 62 – Organização Radial Figura 63 – Formas Interseccionadas
Nathália Silveira Celso Ledo Martins
61
PERFIL DO USUÁRIO O atendimento prioritário deverá ser realizado para animais vítimas de abandono e maus-tratos. Como foi mencionado no capítulo referente a domesticação animal e abandono animal, os cães e gatos são animais queridos no mundo todo e quando adotados, muitas vezes, passam a integrar uma família como membro dela, no entanto, em alguns casos, passado o primeiro momento da adoção, quando o proprietário se depara com os gastos para manter o animal de estimação ou por simplesmente perceber que não está disposto a dedicar parte do seu tempo para distração do animal acaba optando pelo abandono. O cão vitima desta situação de irresponsabilidade são, em sua grande maioria, cães Segundo a matéria “A reação de um cachorro vítima de maus-tratos ao denominados sem raça definida, popularmente receber o primeiro carinho” de abril de 2016, do site, chamadas de vira-lata, de grande e médio porte. meusanimais.com.br, o animal vitima de maus-tratos tende a ser mais Esses animais podem apresentar ferimentos e ou agressivo e apreensivo, tentando até a fuga quando há aproximação traumas físicos decorrentes de acidentes quando humana e quando o animal é exposto a situações intimidantes, como habitam sem segurança os logradouros e por serem gritos e ameaças, tende a ser mais evasivo e evitar estar próximo às vítimas de maus-tratos pelo homem. pessoas. Segundo um relatório realizado por Nayara É comprovado que os maus tratos sofridos pelos animais geram graves Mota Miranda Soares, no período entre agosto/2017 e consequências, tanto físicas, como a amputação de um membro em agosto/2018, referente dados sobre maus-tratos aos caso de acidentes e/ou agressões físicas, quanto psicológicos, levando animais de estimação atendidos em Pinhais, Paraná, alguns cães a depressão. que analisou 148 animais, entre cães e gatos, foir Os casos de depressão, segundo matéria da Editora Abril, são possível identificar que 97% dos animais estava em causados grandes mudanças, separações e solidão e o animal estado de alerta, além disso, quase 10% apresentavam- depressivo pode começar a ter dificuldade alimentar, fica arredio e se assustados, assustados com o veterinário, amoado inconscientes ou com dor. 62 Nathália Silveira Celso Ledo Martins
ORGANOGRAMA E FLUXOGRAMA O organograma abaixo objetiva a demonstração da interligação dos setores e se dispõe em níveis de prioridade, mostrando então, que a atenção estará prioritariamente voltada ao setores do abrigo e clinica veterinária
Além do organograma, foi desenvolvido o fluxograma, buscando exemplificar qual tipo de público teria acesso a cada setor ou ambiente do centro animal.
Nathália Silveira Celso Ledo Martins
63
PROGRAMA DE NECESSIDADES CLÍNICA VETERINÁRIA Ambiente
Pop.
Mobiliários e Equipamentos
Área (m²)
Área Total (m²)
4
Balcão, Computadores, Cadeiras, Arquivos
10
20
QTD
Agenciamento
1
Atendimento e Direcionamentos de Animais Resgatados, Tutores e ou alunos.
2
Realização de pequenas consultas para diagnóstico e direcionamento adequado do animal.
Sanitários
4
Masc., Fem., PNE Fem., Masc.
6
Sala de Espera
1
Local de espera para aguardo dos pacientes
15
3
Local de espera para os donos aguardarem com animais agressivos e/ou que de dificil adaptação.
3
Recepção
Triagem
Sala de Espera Especial
Consultórios
Sala de Exames
Laboratório de Análises
Sala de Laudos
3
2
1
1
4
Mesa de Inox, Mesa de trabalho, Computador, Lavatório Inox, Estufa, Cadeira. Vasos sanitários, mictórios, lavatórios Cadeiras, Televisão, Tótem eletrônico
9
4
16
52,5
52,5
Cadeiras, Televisão, Tótem eletrônico
3,5
10,5
Mesa de Inox, Mesa de trabalho, Computador, Lavatório, Estufa, Cadeira.
15
15
Atendimento e diagnóstico do animal
8
Realização de Exames de Imagens- RAIO X e ULTRASSOM
3
Equipamentos Específicos
4
Lavatório Inox, Autoclave, Estufa, Refrigerador, bacanda de microscópios, arquivo, lavtório de louça, cadeiras, computadores.
20
Impressora, Computador, Negatoscópio, Arquivo , Bancada de escritório,Cadeira giratória com braços, Quadro de avisos.
15
Análise de Exames Laboratoriais
Análise de resultados dos exames laboratoriais.
2
18
Banho e Tosa
2
Área para higienização de animais
2
Centro Cirurgico Pequeno Porte
3
Realização de pequenas cirurgias
3
Paramentação
1
Sala para preparo do veterinário antes de procedimentos cirurgicos
1
Maternidade
2
Sala para auxilio de partos.
Recuperação maternidade
5
AnteCâmara
16
32
30
90
Armários e lavatórios.
5
5
3
Bancadas de inox, lavatórios de inox + Equipamentos específicos.
30
60
Área para recuperação das fêmeas e período de amamentação dos filhotes.
5
Baias
15
75
2
Higienização dos veterinários anteriormente ao precedimento cirúrgico
2
Lavatório + armários.
5
10
Fiosioterapia
1
Área para desenvolvimento de atividades e estímulos físicos fisioterápicos.
6
Equipamentos específicos
20
40
Recuperação e Observação
1
Sala para recuperação de baixa gravidade
10
Canis e lavatórios.
50
50
Canis em alvenaria, lavatórios, mesa e bancada de inox, Mesa de trabalho, computador, televisão + Equipamentos específicos.
120
120
4
20
45
30
Lavatório para banho, bancada inox, secadores, máquinas de corte e tesouras, armários, carrinhos para armazenamento de produtos. Mesa Cirúrgica, mesas auxiliares, lavatórios, carrinhos volantes.
20
Internação
1
Sala para tratamento e recuperação de média/alta gravidade
10
5
Área para acolhimento inicial de animais resgatados e os infectados com alguma patologia infectocontagiosa
5
15 Quarentena
Nathália Silveira Celso Ledo Martins
64
PROGRAMA DE NECESSIDADES SUBTOTAL (m²)
UTI
Parada Corpo Clínico
Sala de prontuários
Sala Administrativa
Necrotério
Almoxarifado Clinico
Dispensários de medicamentos
Esterilização de Materiais
1
1
1
1
1
Área para tratamento de alta gravidade.
Área para descanso e permanêmca de profissionais da saúde. Área para armazenamento de documentos Área para controle e atendimentos, saída e entrada de medicamentos Área para armazenamento de animais que vierem a óbito.
1
Sala de armazenamento de materiais de uso da clínica
1
Área para armazenamento de medicamentos
1
Sala para higienização e esterilização de materiais
8
3
1
2
1
1
2
1
Camas com grades , Lavatórios + Equipamentos específicos. Sofas, televisores, Computador, mesa, cadeira, impressora, arquivos Mesas de trabalho, computadores, impressoras, cadeiras, arquivos. Bancada inox com lavatório, mesa inox, refrigerador. Armários, prateleiras, computador e bancada Mesa de trabalho, computador, cadeira, arquivo, armários, estufa, refrigerador e prateleiras Lavatórios, pias, armários, equipamentos para esterilização.
SUBTOTAL (m²)
EDUCACIONAL E SOCIAL
96
96 Ambiente
15
15
10
15
QT D
Descrição
Sala de aula/
QT D
Descrição Sala para realização de pequenos cursos
Pop .
Área por Ambient e
Área Total
Cadeiras, televisores, computador e quadro branco.
70
140
Equipamentos a depender do uso
250
250
2
Áreas de Exposição
1
Área para realização de eventos e feiras de adoção
15
10
50
SUBTOTAL (m²)
390
ADMINISTRAÇÃO QTD
Descrição
Pop.
Mobiliários e Equipamentos
Área Ind. (m²)
Área Total (m²)
Atendimento e Encaminhamento
1
Área para atendimento inicial, direcionamento do cliente e controle de entrada e saída
1
Balcão, Computadores, Cadeiras, Impressora.
6
6
Recepção
1
Área para cadastro
1
Balcão, Computadores, Cadeiras, totem.
15
15
Sanitários
4
Masc., Fem., PNE Fem., Masc.
6
Vasos sanitários, mictórios, lavatórios
4
16
1
Sala para realização de reunião administrativas
1
Mesa de reunião para 20 pessoas, cadeiras, computadores, televisores.
60
60
1
Mesa de trabalho, computador, cadeira, arquivo, armários.
10
10
Ambiente
15
16
30
9
15
16
30
9
Sala de Reuniões
Área por Área Sala de ADM Ambient Total Nathália Silveira e
Celso Ledo Martins Cadeiras,
Mobiliários e Equipamentos
Sala de aula/ Pequeno auditório
978
Mobiliários e Equipamentos
Pop .
Sala para realização de pequenos cursos relacionados a 30 defesa e aos direitos dos animais
EDUCACIONAL E SOCIAL Ambiente
978
1
Sala para realização de atividades administrativas e controle financeiro da unidade Sala para
65
Sanitários
Sala de Reuniões
Sala de ADM
Sala de Direção
Almoxarifado
Sala de descompressão
4
1
1
1
1
1
Masc., Fem., PNE Fem., Masc.
6
Sala para realização de reunião administrativas Sala para realização de atividades administrativas e controle financeiro da unidade Sala para realização de atividades administrativas e controle financeiro da unidade
Sala para armazenamento de materiais administrativos Área para relaxamento e distração de voluntários e funcionários.
1
1
Vasos sanitários, mictórios, lavatórios
4
Mesa de reunião para 20 pessoas, cadeiras, computadores, televisores.
60
Mesa de trabalho, computador, cadeira, arquivo, armários.
60
Sanitários
4
Canil coletivo
20
1
x
10
Mesa de trabalho, computador, cadeira, arquivo, armários.
10
Armários, arquivos, computador e bancada.
10
Puff, TV, videogames, retroprojetores, computadores, sofás.
45
SUBTOTAL (m²)
10
QTD
Recepção
1
Sanitários
4
Canil coletivo
20
20
20
Brinquedos, Prateleiras, caixas e alimentação.
15
Área para permanência de 180 gatos em grupo
Brinquedos, Prateleiras, caixas e alimentação.
18
270
Gatil Individual
10
Área para permanência de gatos em condições especiais
10
Brinquedos, Prateleiras, caixas e alimentação.
1,5
15
Área de soltura
2
Área ao ar livre para lazer dos animais
20
Pneus, bolas, brinquedos.
300
600
Depósito
1
Área para armazenamento de equipamentos do abrigo
2
Prateleiras, armários
20
20
Canil Individual
45
Canil Individual
Gatil Coletivo
20
15
20
Área para permanência de 180
7
140
172 SUBTOTAL (m²)
Mobiliários e Área por Descrição Pop. Equipamentos Ambiente Balcão, Área para Computadores, 1 5 cadastro Cadeiras, totem. Vasos Masc., Fem., sanitários, PNE Fem., 4 4 mictórios, Masc. lavatórios Brinquedos, Área de Prateleiras, permanência de 300 80 caixas e cães em grupo alimentação. Área para permanência de cães em condições especiais
16
Área para permanência de cães em condições especiais
10
10
4
Área de PROGRAMA DE NECESSIDADES permanência de 300 80 1600
ABRIGO Ambiente
4
cães em grupo
Gatil Coletivo 1
Masc., Fem., PNE Fem., Masc.
16
totem. Vasos sanitários, mictórios, lavatórios Brinquedos, Prateleiras, caixas e alimentação.
Brinquedos, Prateleiras, caixas e alimentação.
7
Área Total
PET SHOP Ambiente
QTD
Descrição
Pop.
Loja
1
Área para exposição de produtos
x
Estoque
1
Área para armazenamento de produtos e materiais
1
Área de Banho
2
Local para banho dos animais
3
1
Local para secagem dos animais
2
5
16
1600
140
Nathália SilveiraÁrea de Secagem Celso Ledo Martins
Brinquedos, Prateleiras,
18
270
2666
Local para tosa
Mobiliários e Equipamentos Prateleiras, balcão, caixas registradoras, computadores, impressoras, cadeira. Prateleiras, armários, computadores. Lavatórios, armários Secadoras fixas, secadores, bancadas, armários. Bancadas,
Área por Ambiente
Área Total
200
200
20
20
16
32
16
16
66
1
Área para exposição de produtos
x
Estoque
1
Área para armazenamento de produtos e materiais
1
Área de Banho
2
Local para banho dos animais
3
1
Local para secagem dos animais
Loja
Área de Secagem
Área de Tosa
Dispensários de medicamentos
Sala Administrativa
Sanitários
2
Local para tosa dos animais
1
Local para armazenamento e venda de medicamentos
1
2
Local para controle geral da loja
Masc., Fem., PNE Fem., Masc.
2
2
1
1
2
balcão, caixas registradoras, computadores, impressoras, cadeira. Prateleiras, armários, computadores. Lavatórios, armários Secadoras fixas, secadores, bancadas, armários. Bancadas, armários, aspiradores. Prateleiras, armários, computadores, caixas registradores, arquivos. Mesas de trabalho, computadores, impressoras, cadeiras, arquivos. Vasos sanitários, mictórios, lavatórios
200
200
20
20
16
32
16
16
20
10
4
DML
Lavanderia
Copa Funcionários
QTD
Descrição
1
Depósito de Materiais de Limpeza
1
Local para limpeza e higienização de roupas
1
Local para pequenas refeições dos
Despensa de alimentos
1
Local para armazenamento de alimentos
1
Armários e prateleiras
10
10
4
Área para troca de vestuário dos funcionários e voluntários
4
Chuveiros, bancos, armários
7
28
Sanitários
3
Masc., Fem., PNE Fem., Masc.
3
4
12
Almoxarifado
1
Local para armazenamento de materiais de uso geral
1
10
10
10
8
Mobiliários e Equipamentos
Área por Ambiente
1
Armários e prateleiras
8
8
3
Maquinas de lavar e secar roupas, tanques, armários.
40
40
6
Refrigerador, micro-ondas, fogão, mesa,
20
Vasos sanitários, mictórios, lavatórios Armários, mesas de trabalho, prateleiras.
SUBTOTAL (m²)
138
LAZER
338
Pop.
20
1
20
SERVIÇOS
20
Cozinha Clinica 16
32
3
Fogões, refrigeradores, lavatórios, mesas de trabalho.
Local para preparo de alimentos dos animais
Vestiário
SUBTOTAL (m²)
Ambiente
PROGRAMA DE NECESSIDADES
Ambiente
QTD
Descrição
Pop.
Praça
1
Área para lazer e descontração ao ar livre
x
Lounge
3
Área para relaxamento e leitura
15
Sanitários
4
Masc., Fem., PNE Fem., Masc.
8
Área Total
20
Mobiliários e Área por Equipamentos Ambiente Bancos, Postes de iluminação, equipamentos 5.000 de lazer a definir. Bancos estofados 12 impermeáveis Vasos sanitários, 4 mictórios, lavatórios
SUBTOTAL (m²)
Área Total
5000
36
16 5052
INFRA-ESTRUTURA EXTERNA SERVIÇO
Nathália SilveiraAmbiente Celso Ledo Martins Estacionamento
QTD 30
Descrição
Pop.
Área para permanência de 30 veículos
Mobiliários e Equipamentos
Área por Ambiente
Área Total
Postes de iluminação
500
500
67
Lounge
3
Área para relaxamento e leitura
15
Sanitários
4
Masc., Fem., PNE Fem., Masc.
8
Bancos estofados impermeáveis Vasos sanitários, mictórios, lavatórios
12
36
4
16
SUBTOTAL (m²)
PROGRAMA DE NECESSIDADES
5052
INFRA-ESTRUTURA EXTERNA SERVIÇO Ambiente
QTD
Descrição
Pop.
Estacionamento
30
Lavabo
1
x
1
Guarita
1
Área para controle de segurança
1
Mobiliários e Equipamentos
Área por Ambiente
Área Total
Postes de iluminação
500
500
4
4
6
6
Área para permanência de 30 veículos
Lavatório e vaso sanitário. Mesa de trabalho, cadeiras. computador, câmeras.
SUBTOTAL (m²)
510
ÁREA TÉCNICA Ambiente
QTD
Descrição
Pop.
Mobiliários e Área por Equipamentos Ambiente
Área Total
Central de Gás 1
Armazenamentos de reservatórios de Gás
6
6
Central Elétrica 1
Comando elétrico unidade
10
10
2,5
10
2,5
2,5
Depósito de Lixo
4
Abrigo de Resíduos contaminados
1
Armazenamento de resíduos ogânicos, reciclados e biológicos
x
Abrigo de resíduos hospitalares SUBTOTAL (m²) TOTAL (m²)
Equipamentos Específicos
28,5 10.232,50
Nathália Silveira Celso Ledo Martins
68
69
TECNOLOGIA & SUSTENTABILIDADE
BIODIGESTOR Segundo informações retiradas da página oficial do projeto, o sistema faz uso de uma digestão anaeróbica, isto é, sem uso de oxigênio, e funcionam quebrando partículas de material biodegravel. Além disso, esse tipo de digestão é ideal para a reciclagem de nutrientes e controle de odores. Para entrar em funcionamento os dejetos devem ser colocados em sacolas biodegradáveis e jogados no tubo de coleta do digestor, onde serão misturados manualmente com o uso da manivela para auxiliar a subida do gás metano onde será canalizado para um poste de luz a gás. O gás metáno é um o principal gás utilizado em cozinhas e tem sua composição definida pelo seguinte fórmula: Gás Metano – CH4, isso quer dizer que ele é formado por um único átomo de carbono e quatro de hidrogênio. A ideia de usar esse tipo de metodologia é importante para trazer aos frequentadores a reflexão sobre a como eles efetivamente vivem na cidade e o desafio de manter a chama sempre acesa mostra a grandeza e importância do comportamento humano na vida em sociedade. APLICAÇÃO: ÁREA EXTERNA DE USO PÚBLICO. Sendo utilizado em todo o mundo, mas nessa concepção torna a participação da comunidade algo essencial, além de contribuir com o meio-ambiente, uma vez que a queima de metano em contato com o oxigênio é até 70 vezes mais potente que o dióxido de carbono. Nos atuais problemas ambientais, as grandes fazendas são alvo de duras críticas pela alta produção de esterco, mas não há grande preocupação quanto a isso com o grande número de animais nas cidades que também são geradores desses dejetos e que nesse método convencional de decomposição acabam trazendo prejuízos ao meio ambiente.
CONSIDERAÇÕES FINAIS 70
SMART GLASS
O vidro inteligente, Smart Glass, pode ser utilizado em áreas administrativas, garantindo integração e permeabilidade visual entre setores, sem abri mão da privacidade quando ela se fizer necessária, uma vez que a tonalidade do vidro pode ser alterada de transparente para opaca com apenas um toque. Segundo Jennifer Detlinger, esses vidros podem ser denominados vidros eletrocrômicos e funcionam ao mudar a polarização elétrica entre alguns componentes. Trata-se de uma película extremamente fina, fabricada em cristal líquido instalada entre duas camadas plásticas transparentes e condutoras. Em estado de pausa o vidro fica opaco (Figura 28) e pode até ser usado como tela de projeção de imagens, mas quando é energizado com uma voltagem entre 24 e 100 volts, os cristais são ordenados e entregam uma transparência entre 55% e 85% (Figura 29). APLICAÇÃO: FACHADAS, SALA DE REUNIÃO.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
71
MADEIRA PLÁSTICA A madeira plástica, também conhecida como madeira ecológica, é produzida sem derrubar nenhuma árvore, sendo um produto 100% ecológico, sua fabricação se dá por meio de uma moderna tecnologia industrial, com o uso de matérias primas recicláveis, como os resíduos plásticos industriais. Com isso, além de não prejudicar o meio ambiente com a sua produção, ainda auxilia diretamente na retirada de resíduos da natureza. APLICAÇÃO: DECK, FACHADAS. As placas fotovoltaicas são compostas por células fotovoltáicas fabricadas em silício. Funcionam quando os átomos da célula colidem as partículas solares e provocam um deslocamento de elétrons, que são transportados pelas células condutoras até serem absorvidos pelo campo elétrico, formado entre a junção dos materiais. Os elétrons livres são transportados para fora das partículas solares podendo ser convertidas em energia elétrica. APLICAÇÃO: COBERTURA CLÍNICA VETERINÁRIA
PLACAS FOTOVOLTÁICAS
CONSIDERAÇÕES FINAIS 72
73
MATERIAIS, CORES & REFERÊNCIAS.
1
3
2
4
5
6
CONCEPT BOARD
1-Revestimento em Madeira Plástica (Fachada Bloco Central); 2-Telha Shingle Preta para Canis; 3-Brises Articuláveis – Fachada Clínica Veterinária; 4-Cimento Queimado para pórticos; 5-Deck para descanso em madeira plástica; 6-Piso cimentício em ZigZag estilo Chevron para circulação e pedestres na área externa; (Imagens de Ilustrativas)
referência
meramente
75
ESTUDO PAISAGÍSTICO
1
1 9
2
3
4
5
3 6
8
Furcréia
Jequitiba
Paineira
Upressus sempervirens
Furcraea foetida
Cariniana estrellensis
Cariniana legalis
1 0
2 4
Cipreste Italiano
4
7
Grama Esmeralda Zoysia japonica
6
7
8
Palmeira Rapis
Cica
Malvavisco
Rhapis excelsa
Cycas circinalis
Malvaviscus arboreus
9
Canafístula
Peltophorum dubium CONSIDERAÇÕES FINAIS
4
Aroreira Salsa Schinus molle
76
77
O PROJETO
78
DESENHOS TÉCNICOS
CENTRO de BEM ESTAR e CONVIVÊNCIA de ANIMAIS DOMÉSTICOS 740
739
741 742
743
743
742
741
IA
OV
740
F
R ER
741
743 743
742
741
742
740
741
739
740
739
741
744
743
742
741
740
739
745 739
744
743
742
741
740
740
745
SUPERMERCADO ATACADISTA
746 745
744
743
742
741
740
740
740
741
A
A 746
A 741
745
LOJA DE MÓVEIS
742
744
743
A
PISTA DE KART
741
742
741
CALÇADA 742
RUA DOUTOR PRUDENTE DE MORAES
742
CALÇADA
CALÇADA CALÇADA
RESIDENCIAL
RESID. V.
RESID.
SERVIÇOS
SERVIÇOS
RESID.
VAZIO
upeba
S E R V I Ç O
Avenida Taiaç
a
SERVIÇOS Avenida Brasíli
Costa Ramos Rua Benedito
746 745 744 743 742 741 740 739
SERVIÇOS
V. RESIDENCIAL RESID.
SERVIÇOS
V.
V.
V.
RESID.
SERVIÇOS V. V. RESID.
Rua Carlos Ro
RUA DOUTOR PRUDENTE DE MORAES CALÇADA
drigues de Fa
rias
CALÇADA
746 745 744 743 742 741 740 739
ALUNO
NATHÁLIA SILVEIRA
RGM
11151504237
PERÍODO
10º
CURSO
FOLHA
ARQUITETURA E URBANISMO
01
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TÍTULO E CONTEÚDO
PLANTAS e CORTES : TOPOGRAFIA ORIG. + PROPOSTA
DISCIPLINA
TCC II
TURMA
-
ESCALA
INDICADAS
CENTRO de BEM ESTAR e CONVIVÊNCIA de ANIMAIS DOMÉSTICOS ELEVAÇÃO D
2 2
1 2
2
B
4
14
3
5
A
7
10 9
ELEVAÇÃO C
ELEVAÇÃO A
6
10
1| GUARITA 2| SANITÁRIOS PÚBLICOS 3| PET SHOP 4| ÁREA RESERVADA PARA EVENTOS 5| DECK PARA PERMANÊNCIA E DESCANSO DE USO LIVRE 6| ADMINISTRAÇÃO E CONTROLE ABRICO 7| SALA DE AULA E PALESTRAS 8| GATIL 9|CANIL 10| ÁREA DE SOLTURA 11|CLÍNICA VETERINÁRIA 12|ESTACIONAMENTO DE FUNCIONÁRIOS 13|ESTACIONAMENTO PARA PACIENTES CLÍNICA VETERINÁRIA 14| ESTACIONAMENTO DE USO GERAL 15|CENTRAL HIDRÁULICA 16|CENTRAL ELÉTRICA 17| RESÍDUOS 18| RESERVATÓRIO DE ÁGUA
8
18 12
13 13 11
15
17
16
ELEVAÇÃO B
ALUNO
NATHÁLIA SILVEIRA
RGM
11151504237
PERÍODO
10º
CURSO
FOLHA
ARQUITETURA E URBANISMO
02
..\..\..\Desktop\LOGO FINAL.png
TÍTULO E CONTEÚDO
IMPLANTAÇÃO
DISCIPLINA
TCC II
TURMA
-
ESCALA
INDICADAS
B
CENTRO de BEM ESTAR e CONVIVÊNCIA de ANIMAIS DOMÉSTICOS
A
A
ALUNO
NATHÁLIA SILVEIRA
RGM
11151504237
PERÍODO
10º
CURSO
FOLHA
ARQUITETURA E URBANISMO
03
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TÍTULO E CONTEÚDO
PLANTA DE COBERTURA
DISCIPLINA
TCC II
TURMA
-
ESCALA
INDICADAS
CENTRO de BEM ESTAR e CONVIVÊNCIA de ANIMAIS DOMÉSTICOS
C
E
F
D
C
D
E
F
ALUNO
NATHÁLIA SILVEIRA
RGM
11151504237
PERÍODO
10º
CURSO
FOLHA
ARQUITETURA E URBANISMO
04
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TÍTULO E CONTEÚDO
PLANTA DE COBERTURA
DISCIPLINA
TCC II
TURMA
-
ESCALA
INDICADAS
CENTRO de BEM ESTAR e CONVIVÊNCIA de ANIMAIS DOMÉSTICOS
ALUNO
NATHÁLIA SILVEIRA
RGM
11151504237
PERÍODO
10º
CURSO
FOLHA
ARQUITETURA E URBANISMO
05
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TÍTULO E CONTEÚDO
PLANTA DE COBERTURA
DISCIPLINA
TCC II
TURMA
-
ESCALA
INDICADAS
B
CENTRO de BEM ESTAR e CONVIVÊNCIA de ANIMAIS DOMÉSTICOS
A
A
ALUNO
NATHÁLIA SILVEIRA
RGM
11151504237
PERÍODO
10º
CURSO
FOLHA
ARQUITETURA E URBANISMO
06
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TÍTULO E CONTEÚDO
PLANTA DE LAYOUT
DISCIPLINA
TCC II
TURMA
-
ESCALA
INDICADAS
CENTRO de BEM ESTAR e CONVIVÊNCIA de ANIMAIS DOMÉSTICOS E
D
Caixa
F
C
Caixa PNE
C
D
E F
ALUNO
NATHÁLIA SILVEIRA
RGM
11151504237
PERÍODO
10º
CURSO
FOLHA
ARQUITETURA E URBANISMO
07
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TÍTULO E CONTEÚDO
PLANTA DE LAYOUT
DISCIPLINA
TCC II
TURMA
-
ESCALA
INDICADAS
CENTRO de BEM ESTAR e CONVIVÊNCIA de ANIMAIS DOMÉSTICOS
ALUNO
NATHÁLIA SILVEIRA
RGM
11151504237
PERÍODO
10º
CURSO
FOLHA
ARQUITETURA E URBANISMO
08
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TÍTULO E CONTEÚDO
PLANTA DE LAYOUT
DISCIPLINA
TCC II
TURMA
-
ESCALA
INDICADAS
B
CENTRO de BEM ESTAR e CONVIVÊNCIA de ANIMAIS DOMÉSTICOS
A
A
ALUNO
NATHÁLIA SILVEIRA
RGM
11151504237
PERÍODO
10º
CURSO
FOLHA
ARQUITETURA E URBANISMO
09
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TÍTULO E CONTEÚDO
PLANTA ARQUITETÔNICA
DISCIPLINA
TCC II
TURMA
-
ESCALA
INDICADAS
CENTRO de BEM ESTAR e CONVIVÊNCIA de ANIMAIS DOMÉSTICOS E
D
F 0,9
0x
2,1
0
C
C
0
2,1
0x
0,9
0x
2,1
0
0,9
0x
2,1
0
0,9
0 2,1 0x
0,9
0
2,1
0x
2,1
D
E F
ALUNO
NATHÁLIA SILVEIRA
RGM
11151504237
PERÍODO
10º
CURSO
FOLHA
ARQUITETURA E URBANISMO
10
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TÍTULO E CONTEÚDO
PLANTAS ARQUITETÔNICAS
DISCIPLINA
TCC II
TURMA
-
ESCALA
INDICADAS
CENTRO de BEM ESTAR e CONVIVÊNCIA de ANIMAIS DOMÉSTICOS A
B
A
B
F
C
D
G
D
G
F
C E
E
ALUNO
NATHÁLIA SILVEIRA
RGM
11151504237
PERÍODO
10º
CURSO
FOLHA
ARQUITETURA E URBANISMO
11
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TÍTULO E CONTEÚDO
CORTES ARQUITETÔNICOS
DISCIPLINA
TCC II
TURMA
-
ESCALA
INDICADAS
CENTRO de BEM ESTAR e CONVIVÊNCIA de ANIMAIS DOMÉSTICOS
ALUNO
NATHÁLIA SILVEIRA
RGM
11151504237
PERÍODO
10º
CURSO
FOLHA
ARQUITETURA E URBANISMO
12
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TÍTULO E CONTEÚDO
PRÉ-DIMENSIONAMENTOS ESTRUTURAIS
DISCIPLINA
TCC II
TURMA
-
ESCALA
INDICADAS
CENTRO de BEM ESTAR e CONVIVÊNCIA de ANIMAIS DOMÉSTICOS
ALUNO
NATHÁLIA SILVEIRA
RGM
11151504237
PERÍODO
10º
CURSO
FOLHA
ARQUITETURA E URBANISMO
13
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TÍTULO E CONTEÚDO
PRÉ-DIMENSIONAMENTOS ESTRUTURAIS
DISCIPLINA
TCC II
TURMA
-
ESCALA
INDICADAS
CENTRO de BEM ESTAR e CONVIVÊNCIA de ANIMAIS DOMÉSTICOS
ALUNO
NATHÁLIA SILVEIRA
RGM
11151504237
PERÍODO
10º
CURSO
FOLHA
ARQUITETURA E URBANISMO
14
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TÍTULO E CONTEÚDO
PRÉ-DIMENSIONAMENTOS ESTRUTURAIS
DISCIPLINA
TCC II
TURMA
-
ESCALA
INDICADAS
CENTRO de BEM ESTAR e CONVIVÊNCIA de ANIMAIS DOMÉSTICOS
ALUNO
NATHÁLIA SILVEIRA
RGM
11151504237
PERÍODO
10º
CURSO
FOLHA
ARQUITETURA E URBANISMO
15
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TÍTULO E CONTEÚDO
PRÉ-DIMENSIONAMENTOS ESTRUTURAIS
DISCIPLINA
TCC II
TURMA
-
ESCALA
INDICADAS
CENTRO de BEM ESTAR e CONVIVÊNCIA de ANIMAIS DOMÉSTICOS
ALUNO
NATHÁLIA SILVEIRA
RGM
11151504237
PERÍODO
10º
CURSO
FOLHA
ARQUITETURA E URBANISMO
16
..\..\..\desktop\pen drive nathália\tcc\logo final.png
TÍTULO E CONTEÚDO
PRÉ-DIMENSIONAMENTOS ESTRUTURAIS
DISCIPLINA
TCC II
TURMA
-
ESCALA
INDICADAS
CENTRO de BEM ESTAR e CONVIVÊNCIA de ANIMAIS DOMÉSTICOS
ALUNO
NATHÁLIA SILVEIRA
RGM
11151504237
TÍTULO E CONTEÚDO
DETALHE 1 e 2 (INDIC. IMPLANTAÇÃO)
PERÍODO
10º
CURSO
FOLHA
ARQUITETURA E URBANISMO DISCIPLINA
TCC II
TURMA
-
17 ESCALA
INDICADAS
CENTRO de BEM ESTAR e CONVIVÊNCIA de ANIMAIS DOMÉSTICOS
ALUNO
NATHÁLIA SILVEIRA TÍTULO E CONTEÚDO
ELEVAÇÕES
RGM
11151504237
PERÍODO
10º
CURSO
FOLHA
ARQUITETURA E URBANISMO DISCIPLINA
TCC II
TURMA
-
18 ESCALA
INDICADAS
97
PROJETO – MAQUETE ELETRÔNICA
CENTRO de BEM ESTAR & CONVIVÊNCIA de ANIMAIS DOMÉSTICOS Suzano-SP
CONSIDERAÇÕES FINAIS
CANIS
ÁREAS DE SOLTURA
CONSIDERAÇÕES FINAIS
104
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Foi possível observar no decorrer da pesquisa, com o uso de levantamentos e matérias de grande notoriedade, que o problema do abandono animal é antigo e crescente, apesar de atualmente existir grande pressão da população e de entidades em relação a isso, não somente na cidade de Suzano, como em todo o País. Sabendo que a medida mais eficaz para extermínio do problema seja referente ao âmbito judicial, onde haveria um aumento das penas, um incentivo a adoção de animais, entre outras medidas públicas, a criação de organizações e edificações que trabalhem em prol do bem-estar animal ainda é imprescindível, atuando na melhoria de qualidade de vida dos que já estão em situação de abandono e promovendo campanhas que conscientizem a população do grande dano causado ao abandonar ou maltratar um animal. Observando as empresas que atuam no segmento veterinário em Suzano, seja comercial ou serviços e matérias referente aos animais da região, foi possível perceber que a cidade vem se mostrando solícita à causa, mas falta estrutura adequada e falta planejamento. Contudo, tratando de questões projetuais, a circulação e conforto dos usuários, animais e funcionários foi o fator de maior consideração na execução do projeto, a fim de garantir que cada setor seja independente, podendo executar suas tarefas e atender ao público de maneira rápida e eficaz, mas garantindo ao mesmo tempo integração entre eles, possibilitando ao funcionário um fluxo mais contínuo dentro da área edificada, sem necessidade de sair para a área externa.
Nathália Silveira Celso Ledo Martins
106
REFERÊNCIAS
ABINPET. Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação. Mercado Pet Brasil, 2018. Disponível em http://abinpet.org.br/download/abinpet_folder_2018_d9.pdf. Acesso em 09 de maio de 2019, ás 09:55. ALVES A.J.S.; GUILOUX A.G.A.; ZETUN C.B.; POLO G.; BRAGA G.B.; PANACHÃO L.I.; SANTOS O.; DIAS R.A.; Abandono de cães na América Latina: revisão de literatura / Abandonment of dogs in Latin America: review of literature / Revista de Educação Continuada em Medicina Veterinária e Zootecnia do CRMV-SP / Continuous Education Journal in Veterinary Medicine and Zootechny of CRMV-SP. São Paulo: Conselho Regional de Medicina Veterinária, v. 11, n. 2 (2013), p. 34 – 41, 2013. ALVES, Simone. A importância da Arquitetura para acolhimento dos animais. CAU, Mato Grosso, 04 Out. 2018. Disponível em <https://www.caumt.gov.br/a-importancia-da-arquitetura-para-acolhimento-dos-animais/.> Publicado em 04 de Outubro de 2018. Acesso em 22 Mar. 2019, 18:34. ANIMAL Refuge Centre / Arons en Gelauff Architecten. ArchDaily, 11 Jun. 2008. Disponível em < https://www.archdaily.com/2156/animal-refugecentre-arons-en-gelauff-architecten> Acesso em 22 de março de 2019, as 17:40. BRASIL registra 18 milhões de cachorros abandonados. Band News FM, Série especial, 19 Jul. 2018. Disponível em <http://www.bandnewsfm.com.br/2018/07/19/serie-especial-brasil-registra-18-milhoes-de-cachorros-abandonados/.> Acesso em 23 de março de 2019, ás 12:49. BICKLE, Peter. Rspca. Archtectureau, 01 Jan. 2008. Disponível em <https://architectureau.com/articles/rspca/.> Acesso em 08 de maio de 2019, ás 12:58. CAMPOS, Marília. Suzanenses transformam suas casas em abrigos para cães e gatos abandonados. Diário de Suzano, Suzano, 24 Set. 2017. Disponível em <https://www.diariodesuzano.com.br/cidades/suzanenses-dedicam-lar-ao-acolhimento-de-animais/39017/> Acesso em: 27 Mar. 2019, ás 13:50. CLÍNICA Veterinária Masans / domenig architekten. ArchDaily. Disponível em <https://www.archdaily.com.br/br/768761/clinica-veterinaria-masansdomenig-architekten>. Acesso em 11 de março de 2019, ás 18:10. COMO a Holanda zerou o número de cães de rua. CLAUDIA, 10 jul 2016. Disponível em: <https://claudia.abril.com.br/noticias/como-a-holandazerou-o-numero-de-caes-de-rua/> Acesso em 15 Mai. 2019, ás 02:52. DARWIN, Charles. A Origem das Espécies, Virtual Books, 2003. Disponível em< http://darwin online.org.uk/converted/pdf/2009_OriginPortuguese_F2062.7.pdf> Acesso em 18 Mar 2019, ás 11:44. FACILITY Hospital, Ambientes de Saúde. Flex Eventos, Edição Nº7, Abril de 2013, p75 á 80. Disponível em <http://flexeventos.com.br/_pdfs/publicacoes/arquishow-731.pdf.> Acesso em 11 de março de 2019, ás 13:03. FEINBERG J. The rights of animals and unborn generations. In: BLACKSTONE, W. T. (Ed.). Philosophy an Environment. Athens: Univ. Of Georgia Press, 1974. p. 43-68. FERNANDES, Fernanda. Abandono de animais em Suzano (SP) ainda é problema. PORTAL NEWS, Suzano, 21 Nov. 2016. Disponível em< http://www.portalnews.com.br/_conteudo/2016/11/cidades/44890-abandono-de-animais-em-suzano-ainda-e-problema.html>Acesso em 18 Fev. 2019, ás 09:17.
Nathália Silveira Celso Ledo Martins
HISTÓRIA Sistema CFMV/CRMVs. Conselho Federal de Medicina Veterinária. Disponível em <http://portal.cfmv.gov.br/pagina/index/id/40/secao/1>. Acesso em 27 de março de 2019, ás 09:54. HOSPITAL Veterinário de Santa Catarina, FANTIN Siqueira Arquitetos, 2019. Disponível em: <http://fantinsiqueiraarq.com.br/hospital-veterinario/>. Acesso em: 11 de março de 2019, ás 13:24. HOSPITAL Veterinário Público – Unidade Tatuapé. ANCLIVEPA, Associação Nacional de Clínicos de Veterinários de Pequenos Animais. SP. 19 Dez. 2017. Disponível em <https://anclivepa-sp.com.br/2015/hospital-veterinario-publico-unidade-tatuape/> Acesso em 12 de março de 2019, ás 12:16. LIMA, Lucas. 10 mil cães e gatos estão abandonados em Suzano; maus-tratos somam 72 casos. Diário de Suzano. Suzano, 01 Jun. 2017. Disponível em <https://www.diariodesuzano.com.br/cidades/10-mil-caes-e-gatos-estao-abandonados-em-suzano-maus-tratos-somam-72/37657/>. Acesso em 18 de Fevereiro de 2019, ás 09:24. MACHADO, Roberta. Saúde Única: Associação Mundial de Veterinária alerta para as consequências do abandono de cães. Conselho Federal de Medicina Vetrinária, Distrito Federal, 11 de janeiro de 2017. Disponível em: <http://portal.cfmv.gov.br/noticia/index/id/4978/secao/6> 23 Mar. 2019, ás 12:48. MONTEZUMA, Roberto. Arquitetura Brasil 500 anos: uma invenção recíproca. Pernambuco: Universidade Federal de Pernambuco, 2002. NASCIMENTO, Douglas. UIPA e a história da proteção animal em São Paulo. SÃO PAULO ANTIGA, São Paulo, 08 Dez. 2015. Disponível em <http://www.saopauloantiga.com.br/uipa/>. Acesso em 08 Maio 2019, 13:23. OUR History. RSPCA. Disponível em: <https://www.rspca.org.uk/whatwedo/whoweare/history> Acesso em 08 Maio 2019, 11:06. OSTOS, Natascha Stefania Carvalho de. A luta em defesa dos animais no Brasil: uma perspectiva histórica. Ciência e Cultura. vol.69 no.2 São Paulo Apr./Jun. 2017. Disponível em http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0009-67252017000200018. Acesso em 09 Abr. 2019, ás 15:35. PALM Springs Animal Care Facility / Swatt | Miers Architects. ArchDaily. Disponível em <https://www.archdaily.com/237233/palm-springs-animalcare-facility-swatt-miers-architects> Acesso em 11 de março de 2019, ás 23:20. PEREIRA, Flávia. Abandono de animais aumenta nas férias de verão, alérta conselho de veterinária. Jornal do Comércio, Jan. 2019. Disponível em <https://www.jornaldocomercio.com/_conteudo/geral/2018/12/663587-abandono-de-animais-aumenta-nas-ferias-de-verao-alerta-conselho-deveterinaria.html.> Acesso em 23 de março de 2019, ás 12:36. RSPCA. Disponível em <http://nharchitecture.net/projects/rspca/>. Acesso em 08 de maio de 2019, ás 12:58 SETE motivos questionáveis de quem abandona o animal de estimação. BOL, 20 Dez. 2016. Disponível em <https://www.bol.uol.com.br/listas/7motivos-questionaveis-de-quem-abandona-o-animal-de-estimacao.htm> Acesso em: 26 de março de 2019, ás 16:35. SÍNTESE da história da Medicina Veterinária. Conselho Federal de Medicina Veterinária. Disponível em <http://www.cfmv.gov.br/portal/historia.php> Acesso em 27 de março de 2019, ás 11:29. SOBRE a atuação da UIPA no início do século XX. UIPA, São Paulo, 20 Jul. 2018.. Disponível em http://www.uipa.org.br/sobre-a-atuacao-da-uipano-inicio-do-seculo-xx/.. Acesso em 08 de maio de 2019, ás 13:37. 151 Anos da ASPCA. The Brasilians, Estados Unidos, Dez. 2017. Disponível em <https://www.thebrasilians.com/pb/2017/12/27/portugues-do-brasil151-anos-da-aspca/> Acesso em 20 de Abril de 2019, ás 12:34.
Nathália Silveira Celso Ledo Martins
106
NATHALIA SILVEIRA Orientação: Celso Ledo Martins