O livro de fundamentos básicos em design que todos podem e devem utilizar

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fundamentos

bรกsicos em

des ign

que todos

podem e devem

utilizar

por: Nathalia

Torres


Copyright © 2019, Nathalia Cristina Corrêa Torres.

Este livro foi desenvolvido durante o trabalho de conclusão do curso de Design Gráfico, realizado na Escola de Design da Universidade do Estado de Minas Gerais. Todas as informações aqui contidas foram selecionadas a partir de livros e manuais sobre a temática, sendo reproduzidos em alguns casos na íntegra e também com adaptações. A comercialização deste projeto é expressamente proibida.

Título Professor orientador Preparação, diagramação, capa e projeto gráfico

O livro de fundamentos básicos em design que todos podem e devem utilizar Flávio Nascimento Nathalia Cristina Corrêa Torres


Não enxergue o mundo como ele é, enxergue como ele poderia ser. Cinderela • O filme



Agradeço primeiramente a Deus, por estar comigo ao longo de todo o caminho até aqui. Ao meu pai, por sempre me apoiar e ser meu exemplo. Ao Pedro, por todo o companheirismo e dedicação. Aos professores, alunos e funcionários da Escola de Design, por todo conhecimento e apoio durante essa etapa que tanto contribuiu para o meu crescimento pessoal e profissional. E ao Flávio, meu orientador, por todo o empenho, dedicação e conhecimentos ao longo de terça-feiras com chuva ou com sol, meu muito obrigada por ter feito parte dessa etapa tão importante. Àqueles que não citei, mas que fizeram e/ou fazem parte da minha vida, que moldaram e continuam moldando o que sou, meu muito obrigada!


f e r r a m 16 brainstorming 26 briefing


m e n tas 36 mapa mental 46 moodboard


con cei tos


58. cor 62. tipografia 66. ponto & linha & plano 70. ritmo & hierarquia 74. layout & grid 78. alinhamento 82. proximidade 86. contraste


Apesar da popularização do termo nos últimos anos, Design está em praticamente tudo que utilizamos e consumimos: está no celular, nos carros, no computador, na cadeira, na televisão, nas embalagens, nas imagens. Ele está presente em soluções tangíveis ou intangíveis em tudo no nosso dia a dia. Seu campo de atuação é extenso e sua definição apresenta dificuldades até mesmo para os mais renomados autores, variando principalmente entre as áreas de atuação de cada um. E apesar da grande amplitude de atuações englobadas pelo Design (Gráfico, Produto, Ambientes, Moda, etc) é consenso que, Design é pensar em soluções simples para os problemas das pessoas, sendo útil, agradável e coerente com meio onde é utilizado/aplicado, levando em consideração aspectos que vão desde o público-alvo até questões sócios-culturais. Sua importância ultrapassa os limites do visual e da estética. Ele também se relaciona com inovação, estratégias de negócio, informação, comunicação, entre outros. E, apesar da aparente dificuldade em encontrar uma definição única para o termo, algumas palavras representam bem o que design significa: projeto, pessoas, utilidade, problemas e soluções. Assim, design pode e deve ser utilizado em áreas das mais diversas, não apenas para o visual, mas para tornar mais eficiente o projeto e a comunicação pretendida, em todo lugar e contexto que for aplicado.

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d i


des ign



ferra mentas

Brainstorming Briefing Mapa Mental Moodboard


brie fing



briefing

a ferramenta O briefing é um elemento muito importante em um planejamento, seja ele de marketing, publicidade, design ou, mesmo, relacionado a questões gerenciais. Ele é necessário porque é o início de tudo e o que irá definir o que cada membro da equipe irá fazer. Por isso, coletar as informações da forma correta é indispensável para que se tenha sucesso em cada projeto. O termo tem origem inglesa e significa resumo, por isso deve ser breve e conter apenas os dados realmente necessários.

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A criação de um briefing geralmente se dá por meio de uma reunião, que pode ser com toda a equipe ou apenas com o responsável pelo projeto, enfim, com todos os que possam ser importantes para o desenvolvimento do trabalho. Então, são coletadas todas as informações relacionadas ao que se pretende realizar. Lembre-se sempre de que é fundamental manter o equilíbrio entre ser detalhado e, ao mesmo tempo, breve e objetivo. Um briefing mal formulado pode prejudicar todo o trabalho, já que ele é o mapa que guiará todos os envolvidos. Da mesma forma, quando é feito da maneira certa, pode trazer resultados extremamente satisfatórios para o trabalho desenvolvido.

O que é 29


briefing

faça perguntas Faça uma lista de perguntas possíveis sobre o projeto. As perguntas servirão como um primeiro rascunho do briefing.

conduza a pesquisa Faça pesquisa de campo e converse com pessoas sobre o projeto. O que foi feito antes? Em que ambiente seu projeto será inserido? Suas descobertas estão alinhadas com as respostas anteriores?

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na prática reduza o escopo Faça refinamentos e filtre os resultados obtidos, partindo sempre do mais amplo para o mais restrito.

mensagens chave Liste as principais ideias a transmitir. Discuta o briefing com o grupo ou professor. Quando estiverem de acordo, comece a desenvolver soluções adequadas às metas do projeto.

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briefing

O EVENTO nte a r u d á r e s o t n e O ev ou a noite? o dia reparar O que oprdeiac?isa p para lgo Será isenittarnegtuese?a aos v

ação?

resent p a e d la a c s e á r Te

A feira de ciências do colégio se aproxima. O professor dividiu a turma em pequenos grupos e cada um deve preparar um experimento para a apresentação durante a feira. Nosso grupo fez um pequeno briefing para guiar os primeiros passos.

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EXEMPLO O EXPERIMENTO Qual experimento ser

á feito?

Qual o tamanho da eq

uipe?

Como a vidades serão divididass aentitr e o grupo? O que recisa compra para opex perimento? r Qual o razo de entr ega do projepto ? Como s á a avaliaçã o dos traer balhos?

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briefing

Lembre-se sempre do cronograma. Saiba quais seus prazos e os requisitos do professor ou do projeto, e monte o cronograma de acordo com a sua experiência. Com o tempo você terá um maior controle das atividades e prazos e o desenvolvimento junto ao briefing será muito mais organizado e melhor.

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dicas

A metodologia 5W2H pode ser muito útil junto ao seu briefing. Ela apresenta 7 perguntas essenciais para todo projeto. Com estas respostas em mãos, você terá um mapa de atividades que vai te ajudar a seguir todos os passos relativos a um projeto, de forma a tornar a execução muito mais clara e efetiva.

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con cei tos


Cor 58 Tipografia 62 Ponto & linha & plano 66 Ritmo & hierarquia 70 Layout & grid 74 Alinhamento 78 Proximidade 82 Contraste 86


ponto & linha & p

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Partindo dos elementos pontos, linhas e planos, os designers criam imagens, ícones, texturas, padrões, diagramas, animações e sistemas tipográficos. Cada desenho complexo resulta da interação entre esses elementos. Os diagramas constroem relações entre elementos que utilizam pontos, linhas e planos para mapear e conectar dados. Texturas e padrões são construídos a partir de grandes grupos de pontos e linhas que se repetem. A tipografia compreende letras individuais (pontos) que compõem linhas e manchas de texto. Durante Uma linha é a trilha deixada pelo ponto em movimento... séculos, os processos Ela é criada pelo movimento - mais de impressão empregavam pontos especificamente, pela destruição do repouso, e linhas para representar luz, intenso e ensimesmado, do ponto. sombra e volume. Diferentes Kandinsky tecnologias de impressão recorrem a procedimentos diversos. Para produzir uma xilogravura, por exemplo, o artista extrai pedaços de uma superfície lisa. Contrariamente a este processo de subtração, a litografia permite ao artista aplicar marcas positivas, adicionais, ao longo de uma superfície. Nestes Xilogravura é uma técnica de gravura na qual se processos, pontos e linhas utiliza madeira como matriz de reprodução. acumulam-se a fim de constituir Litografia é um tipo de gravura que envolve a criação de marcas sobre uma matriz com um lápis gorduroso. a ilusão de volume.

plano

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O ponto indica uma posição no espaço. Em termos puramente geométricos, um ponto é um par de coordenadas x,y. Ele não possui massa alguma. Graficamente, contudo, um ponto toma forma como um sinal, uma marca visível. Um ponto pode ser uma manchinha de matérias insignificante ou um foco de força concentrada. Ele pode penetrar como uma bala, furar como uma agu- Uma série de pontos forma uma linha. lha ou franzir-se como um beijo. Através de sua dimensão, posição e relação com suas imediações, um ponto pode expressar sua própria identidade ou mesclar-se à massa. Uma série de pontos forma uma linha. Uma massa de pontos torna-se textura, forma ou plano. Pequeníssimos pontos de tamanhos variados criam tons de cinza. A ponta de uma flecha aponta o caminho, assim como o cruzar de um X determina o alvo. Em tipografia, o ponto indica uma parada - o fim definitivo de uma linha. Cada caractere num campo de texto é um elemento singular e, logo, um tipo de ponto, um elemento finito numa série.

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A linha é uma série infinita de pontos. Entendida geometricamente, uma linha tem comprimento, mas não largura. Uma linha é a conexão entre dois pontos ou o trajeto de um ponto em movimento. Uma linha pode ser uma marca positiva ou uma lacuna negativa. As linhas aparecem nos limites dos objetos e onde dois planos se encontram. Graficamente, as linhas existem em muitos pesos, a espessura e a textura, assim como o trajeto da marca, determinam sua presença visual. Elas podem ser retas ou curvas, contínuas ou tracejadas. Quando uma linha atinge certa espessura, tornase um plano. As linhas multiplicam-se para descrever volumes, planos e texturas. Em layouts tipográficos, as linhas são tanto subentendidas como literalmente desenhadas. Os caracteres agrupamse em linhas de texto, enquanto colunas são posicionadas em blocos alinhados à esquerda, à direita ou justificados. Linhas imaginárias surgem ao longo dos limites de cada coluna, expressando assim a ordem da página.

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con tra ste

O contraste é uma das maneiras mais eficazes de acrescentar algum atrativo visual a uma página (algo que realmente faça com que uma pessoa queira olhar para ela), criando uma hierarquia organizacional entre diSe dois itens não forem exatamente os ferentes elemenmesmos, diferencie-os completamente. tos. A “regra” importante que deve ser lembrada é a de que para o contraste ser realmente eficaz, ele deve ser forte. Não seja tímido. Cria-se o contraste quando dois elementos são diferentes. Se eles diferirem um pouco mas não muito, não acontecerá o contraste e sim um conflito. Este é o segredo: segundo o princípio do contraste, se dois itens não forem exatamente os mesmos, diferencie-os completamente.

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Podemos alcanรงar o contraste de vรกrias maneiras.

Uma letra grande,

pode ser contrastada com uma letra pequena.

Uma fonte serifada, com uma sem serifa.

Um fio fino, Com um grosso.

Linhas muito espaรงadas, com linhas bem prรณximas.

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tĂ­tulo d e s ta cado 88


Mesmo que ninguem lhe diga que esse bloco de texto é, de fato, o texto explicativo desse capítulo, você compreende isso pela hierarquia utilizada. Note que além da fonte diferente dos demais elementos, o tamanho e cor também são diferentes. Essa Subtítulo ou frase em destaque com utilização diferença não foi de estilo que difere do título e do texto mas feita apenas com deixa claro a hierarquia de informação. uma alteração de dois pontos no tamanho, mas foi feita de forma exagerada, ao ponto de que mesmo que você não consiga ler os escritos de muito longe, você não terá dúvidas do que é título, subtítulo e texto nesta página!

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refer

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Todo o conteúdo utilizado para a realização deste trabalho, seja fornecer o conteúdo ou para consulta, veio de livros e autores que há muito falam sobre o design e suas aplicações. Algumas das fontes consultadas são exclusivamente voltadas para o ensino, outras foram adaptadas.

ências

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livros

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GRUSZYNSKI, Ana Cláudia. Design gráfico: do invisível ao ilegível. Editora Rosari, 2008. HASLAM, Andrew. O livro e o Designer II: Como criar e produzir livros. Rosari, 2007. HELLER, Eva. A psicologia das cores: como as cores afetam a emoção e a razão. São Paulo: Gustavo Gili, 2013. LUPTON, Ellen. (org), 2013. Intuição, ação, criação. São Paulo, Editoria G. Gili, 2013. NICOLAU, Raquel Rebouças A. Zoom: design, teoria e prática. João Pessoa. Editoria Ideia, 2013. SAMARA, Tim. Design elements: A graphic style manual. Rockport publishers, 2007. VILLAS-BOAS, André. O que é [e o que nunca foi] design gráfico. Rio de Janeiro. Editora 2AB, 2003 (5ª edição). WILLIAMS, Robin. Design para quem não é designer. Callis Editora Ltd, 2005.

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sites Brainstorming: O Que É, Como Fazer (Passo a Passo). Neilpatel. Disponível em <https://neilpatel.com/br/blog/o-que-e-brainstorming/>. Briefing – Descubra Seu Conceito e Aplicação. Marcus Marques. Disponível em <http://marcusmarques.com.br/estrategias-de-negocio/briefing-descubra-seu-conceito-e-aplicacao/>.

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Canal do educador. Brasil Escola. Disponível em <https://educador.brasilescola. uol.com.br/>. Chief of Design. Disponível em < https:// www.chiefofdesign.com.br/>. Como usar mapas mentais para melhorar aprendizagem na escola. Nova Escola. Disponível em <https://novaescola.org.br/conteudo/17882/como-usar-mapas-mentais-para-melhorar-aprendizagem-na-escola>. Mapa mental: um aliado no processo de aprendizagem. Estadão. Disponível em <https://educacao.estadao.com.br/ blogs/blog-dos-colegios-santa-maria/ mapa-mental-um-aliado-no-processo-de-aprendizagem/>. Painéis Semânticos, Mood Board, Pesquisa Criativa, Prancha Criativa ou Painel de Inspiração? Triaprima. Disponível em <https://www.triaprima.com.br/ paineis-semanticos-mood-board-pesquisa-criativa-prancha-criativa-ou-painel-de-inspiracao/>.

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Este livro foi desenvolvido de forma independente por Nathalia Cristina CorrĂŞa Torres e impresso na Aster Graf, em Belo Horizonte. Composto pelas famĂ­lias tipogrĂĄficas Uni Sans Demo e Chaparral Pro, em novembro de 2019.




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