Identidade Absoluta

Page 1

IDENTIDADE ABSOLUTA QUESTIONAMENTOS

SOCIEDADE CONSTRUTIVA

ARGUMENTOS DIVERSIDADE TENDÊNCIAS OPINIÕES RELATOS FATOS

Por André Karam Trindade. “Contra fatos não há argumentos”. Positivista-descritivista-objetivista Parte da premissa de que a argumentação é inútil e, portanto, dispensável diante de determinados fatos

A IMPORTÂNCIA DO OUTRO NA CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE E COMO ESTA IDENTIDADE INFLUÊNCIA NA CONSTITUIÇÃO DE GRUPO


SUMÁRIO

4 - O mistério de cada um

5 - A importÂn-

cia de cada um

6 - Amar o

outro como a si

8 - O valor da

solidariedade

9 - Semear a solidariedade

10 - Vivenciar a solidariedade

11 - Praticar a

solidariedade

12 - A solidarie-

dade

14 - Filosofia 15 - A importÂn-

cia da Filosofia

16 - Hangel 17 - Identidade e a diferença

18 - Conceito de Hangel


MONA LISA EM NOVA YORK Em 1963,A OBRA MAIS FAMOSA DE LEONARDO DA VINCI FICOU EXPOSTA POR QUASE UM MÊS NO MUSEU METROPOLITANO DE ARTE, EM NOVA YORK, LEVANDO 1,1 MILHÃO DE VISITANTES AO LOCAL. DEPOIS DISSO, SÓ SAIU DO LOUVRE MAIS UMA ÚNICA VEZ EM 1974, PARA UMA TURNÊ QUE INCLUIU TÓQUIO E MOSCOU.


OS MISTÉRIOS DE CADA UM A identidade é construída entre o eu e não eu, a expressão objetiva subjetiva é a construção histórica de cada indivíduo. No indivíduo está toda expressão de como se apropriou do que viveu historicamente. As suas expressões características. “Muitas são as coisas estranhas, nada, porém há de mais estranho do que a identidade humana” (Sófocles, Antígona, v. 27Ss). O que mais há de estranho na identidade é a existência, o impulso ou a liberdade de arrancar-se de si e de projetar-se, como vôo de águia, que buscando junto à dinâmica da realidade, na prática de um engajamento solidário. A sensibilidade, o pensamento e o desejo dispõem à identidade humana num modo de existir que a direciona a uma ancoragem além de si. Para ancorar além de si, ela se abastece de conhecimentos práticos que constroem o mundo de sua existência. Este, mais que a si mesmo, sinaliza o escondimento de outra realidade, Aristóteles ao referir-se a identidade no desejo de conhecer vai falar que: Todos os homens têm, por natureza, desejo de conhecer: prova disso é o prazer das sensações, pois fora até da sua utilidade ela nos agradam por si mesmas e mais que todas, as visuais. Com efeito, não só para agir, mas até quando não nos propomos operar coisa alguma, preferimos a visão aos demais sentidos. A razão é que ela nos faz melhor conhecer as coisas” (Metafísica I, 1) 4


A IMPORTÂNCIA DO OUTRO EM NOSSAS VIDAS NA INVENÇÃO E NO USO DE INSTRUMENTOS, DE SINAIS E SÍMBOLOS DE TODA SORTE, SATISFAZEMOS O DESEJO DE CONHECER, PORQUE NOS APROXIMAMOS DO DESCONHECIDO NO JÁ CONHECIDO.

T

emos o presente, temos a nós mesmos, talvez relacionar-se pode ser mesmo algo difícil em tempos nos quais todos almejam a liberdade, ainda que não tenham a menor clareza do que ela se trata. Vivemos aprisionados pelo trabalho, pela necessidade de sustentar-nos através de uma atividade considerada socialmente de respeito, que nos possibilite uma estabilidade que não nos tire o sono de amanhã, ter a ilusão de que precisamos de algo a mais em adquirir as coisas e então escolher nossas relações a partir disso! Sendo assim, o dinheiro, se interpõe entre as necessidades mais básicas da nossa vida e as nossas escolhas, manipula nossas relações, é ele quem mantém uma imagem criada daquilo que talvez nunca seremos. Muitos interpretam que o outro foi amado o suficiente, que foi querido o suficiente ou que teve qualquer outro tipo de afeto o suficiente para poder vivê-lo plenamente. Desconsideramos nesse julgamento a própria percepção do outro, e logo revelamos que somos incapazes de ter empatia com a mesma consistência com a qual julgamos.

Os usos e costumes de vida contêm conhecimentos que disciplinam e educam a identidade a pertencer aos diferentes acontecimentos do dia-a-dia. São tantos queixando-se da solidão, da desconsideração do outro, da instabilidade dos vínculos, da dificuldade em se envolver emocionalmente quando o outro se fecha para os sentimentos, da necessidade do outro em nossas vidas. A identidade passa por um processo de metamorfose, a cada dia torna-se um ser diferente a partir das influências do outros, é um processo permanente, muitas vezes ocorre de forma intensa e conflituosa em momentos dolorosos. 5


AMAR O OUTRO COMO A SI MESMO A maior riqueza de todas Valorizar o outro E amar a si mesmo

O

ra, isso é bem diferente do que ensina o princípio apresentado pelo apóstolo Paulo – considerar a importância do outro. O apóstolo adverte que a liberdade, quando se torna pretexto para buscar o que satisfaz, mas não convém, provoca desastres. Incapacita a competência humana e espiritual de amar ao outro como a si mesmo. O resultado é nefasto, diz o apóstolo: “Se vos mordeis e vos devorais uns

6

aos outros, cuidado para não serdes consumidos uns pelos outros!”. Paulo indica o caminho a seguir: “Fazei-vos servos uns dos outros, pelo amor”. Ao trilhar esse percurso e reconhecer o valor da solidariedade, colabora-se com a construção de uma cultura que contemple fortes sentidos de pertencimento, patriotismo e apurada sensibilidade humana, que se desdobra em gestos e ofertas mais generosas. Quem se faz servo apura a própria visão da realidade e consegue ouvir os clamores de quem necessita de ajuda.


O PRINCÍPIO DA INCERTEZA O QUESTIONAMENTO? Valorização do relativismo cultural, da capacidade de compreender vários pontos de vista e de evitar a cristalização de um único discurso como se fosse a verdade absoluta!


O VALOR DA SOLIDARIEDADE

V

O apóstolo Paulo faz essa iver a solidariedade recomendação, estabeé indispensável para lecendo esse valor como possibilitar que as fundamento da identidade práticas políticas recupedaquele que tem fé. Explirem a sua inteireza. É neca o apóstolo: exemplar é o cessária uma limpeza nos gesto de Deus ao oferecer mais variados mecanismos à humanide funcioQuando a sua ajuda aos dade o que namento semelhantes é fruto de tem de da política, motivação e preocupação mais pree de forma sinceras, isso lhe traz sorte, cioso, seu urgente. amigos, alegrias e sucesso. filho JeA solidasus, o Salriedade, Dalai Lama vador. Aspor ser um sim, Deus antecipa-se no valor capaz de requalificar, gesto de reconciliação com permite reconstruir o eso ser humano, deixando a garçado tecido da cidadania. lição fundamental de que é Em todos os momentos, em preciso reconhecer a imdiferentes sociedades, é inportância do outro. Esse dispensável fazer referên“outro” é você, eu, cada cia, propor iniciativas e reum de nós. Esse princífletir sobre a solidariedade. pio tem força de equilíbrio, No coração da prática solipois conduz a civilização dária está o princípio fundana direção humanística que mental e inegociável da conpermite superar crises. sideração para com o outro.

8


SEMEAR A SOLIDARIEDADE

E

ciedade brasileira, um tembora, muitas vezes, cido solidário de qualidade. reconheça-se o valor Quase sempre, o que se veda solidariedade, sarifica no Brasil é um discurbe-se que não é tão simso de autoelogio sobre cerples plantar e fazer flotas práticas dedicadas aos rescer essa convicção nos outros. Em “alto e bom som”, corações. Na política, por há os que exemplo, Não temos nas nossas mãos as proclaem vez de se investir soluções para todos os problemas mam que do mundo, mas diante de todos a cultura nos gesos problemas do mundo temos latina e a tos solidáas nossas mãos. brasilirios, predade têm valece a Friedrich Schiller na solidacrença de riedade um valor inerente. que avanços diversos deFazem referências desdependem de conchavos, idenhosas a outras culturas ologias partidárias ou simmarcadas pela objetividaplesmente das promessas de, interpretando essa canunca cumpridas. Contenracterística como “frieza”. ta-se assim com ensaios Mas, na prática, isso serde lucidez, insuficientes ve apenas para aliviar as para atender aos urgentes consciências de pessoanseios do povo, princias que não se doam ou se palmente de quem é mais contentam em fazer tímidas pobre. Falta, o conhecidoações a projetos sociais. mento entre e após, na so-

9


AGORA : E N T R E V I S T A C O M D O M W A L M O R O L I V E I R A

VIVENCIAR A SOLIDARIEDADE Não fortalecerás os fracos, por enfraqueceres os fortes. Não ajudarás os assalariados, se arruinares aquele que os paga. Não estimularás a fraternidade, se alimentares o ódio. Abraham Lincoln

P

or isso mesmo, urgente e prioritário, neste momento em que a sociedade brasileira precisa sair da crise, é reconhecer que a solidariedade é determinante nas dinâmicas sociais. Isso não é uma simples reflexão teórica, mas indicação de uma exigência moral com força transformadora, pois possibilita o surgimento de atitudes que estão na contramão das violências que dizimam, das corrupções que sucateiam e da perda da percepção de que todos são destinatários, igualmente, de condições dignas.

A solidariedade é o princípio social e virtude moral. Vivenciá-la é investir na edificação de um contexto novo e melhor. Sem esse princípio e virtude, não se conquistam os ordenamentos sociais almejados. As relações pessoais continuarão comprometidas 10

e em processo crescente de deterioração. E um perverso ciclo é alimentado, pois as pessoas se tornam cada vez mais distantes das estruturas dedicadas à solidariedade. Com isso, por ignorância, são perpetuadas regras e leis, que são inumanas e pesadas.


PRATICAR

É

muito importante que você tenha em mente que não adianta não colocar o seu poder de decisão em prática para evitar a dor. Quando você menos esperar, em algum ponto da sua trajetória você se verá de frente para as decisões que não tomou e se perguntará: “E se eu tivesse tomado uma decisão?”. Mas aí será tarde demais. Por isso, não sinta medo de ter poder de decisão, não se prive de viver experiências (até mesmo as ruins) não perca oportunidades, não fuja e não se deixe influenciar. Confie em você, realize seus sonhos e vá viver a vida plena e feliz que você merece!

Consentimento e sentimento

Postura

Pratica

Para além de um sentimento qualquer de compaixão vaga e superficial, a solidariedade tem o valor de despertar e criar o gosto imperecível pelo bem comum. E todo cidadão, para ser eterno aprendiz do valor da solidariedade, tem de praticá-la, diariamente, permanentemente.

Uma postura que requer, inclusive, a disposição para tirar do próprio bolso quantias a serem destinadas a projetos sociais e ações solidárias. Pois, a sociedade estará na direção de superar seus descompassos e a cidadania se qualificará quando prevalecer o inestimável valor da solidariedade.

Esse exercício exige considerar a importância do outro, abrir os lhos e os ouvidos para nunca ser indiferente às ores do mundo, lutar para sair das zonas de conforto e deixar-se incomodar pelos sofrimentos da humanidade.

“O primeiro motivo pelo qual se está disposto a ajudar outro nas devidas ocasiões é a alta apreciação que se tem de si mesmo.” Giacomo Leopardi

O Arcebispo Metropolitano de Belo Horizonte, Dom Walmor Oliveira de Azevedo, é doutor em Teologia Bíblica pela Pontifícia Universidade Gregoriana. Atual membro da Congregação para a Doutrina da Fé e da Congregação para as Igrejas Orientais. No Brasil, é bispo referencial para os fiéis católicos de Rito Oriental.

11


A SOLIDARIEDADE CONSTRÓI UM MUNDO MELHOR PRATIQUE ESTA IDEIA! O Absoluto age através do homem e se manifesta no desejo que este tem de conhecer a verdade. Desta forma, quanto mais o sujeito se conhece, mais está perto do Absoluto. Para Hegel tudo aquilo que pode ser pensado é real e tudo que é real pode ser pensado.

12


A arte do grafite é uma forma de manifestação artística em espaços públicos.

A definição mais popular diz que o grafite é um tipo de inscrição feita em paredes.

Grafismo como arte! Grafite é uma manifestação artística surgida em Nova York, na década de 1970.


A FILOSOFIA É POSSÍVEL QUESTIONAR TUDO O QUE SE APRESENTA COMO VERDADE, COMO ALGO JÁ ESTABELECIDO?

Se sim, a atividade filosófica pode abordar qualquer assunto. Muitos dos temas com os quais os filósofos ocuparam-se estavam relacionados a situações ou assuntos que provocavam dúvidas ou despertavam curiosidade. Cada época teve um ou outro tema que esteve em debate e muitos deles receberam tratamento filosófico. Um dos questionamentos que têm ocupado os filósofos desde a Antiguidade está relacionado à ética. Somos obrigados a ajudar as outras pessoas? Nossos valores morais são reflexos das sociedades em que vivemos? O agir genuinamente moral e não egoísta é possível? Preocupações ainda hoje de como podemos fundamentar racionalmente o que acreditamos? Os sentidos são fonte segura de conhecimento? Há verdades inquestionáveis? 14


A validade das leis A importância da arte A origem da sociedade Temas investigados ao longo da história da filosofia. Esses e outros temas continuam a ser relevantes hoje, conduzindo-nos a novas perguntas ou a novas interpretações. O pensamento filosófico sempre esteve relacionado com o desenvolvimento das ciências em geral, com a reflexão moral e as produções artísticas. O questionamento colocado não se limita em seu aspecto negativo, um desafio àquilo que é, mas abre a possibilidade de construção de novas compreensões. Ao se questionar sobre a vida, por exemplo, não se limita aos aspectos biológicos ou psicológicos, mas considerando-os, visa-se à outra dimensão, a saber, o sentido da própria existência.

15


Hegel foi um importante filósofo alemão do final do século XVIII e começo do século XIX. Foi o fundador do Hegelianismo que se baseava na ideia principal de que a realidade é capaz de ser expressa em categorias reais. Hegel dizia que as concepções filosóficas do passado eram sem vida, não históricas e tendenciosas. Por isso, defendeu a forte ligação entre História e Filosofia. Ele também ressaltou a separação entre Mitologia e Filosofia.

16

O conceito de identidade e diferença na filosofia de Hegel

Filosofia A filosofia de Hegel pode ser compreendida através de sua obra principal “A Fenomenologia do Espírito”, escrita em 1807. Trata-se de uma introdução ao sistema lógico criado por Hegel que compreende três partes: a Lógica, Filosofia da Natureza e a Filosofia do Espírito.


Identidade e diferença para Hegel

A

Este livro pretende superar a dualidade entre o sujeito cognoscente e o sujeito cognitivo e assim aproximá-lo do Absoluto, da Ideia Absoluta, da Verdade. Para chegar ao Absoluto, o homem precisa questionar suas certezas e neste caminho de dúvidas, estará pronto para pensar filosoficamente e então, conhecer o Absoluto.

lguns filósofos trataram da identidade lógica, como, por exemplo, Aristóteles, Parmênides, Heráclito. Mas Hegel, talvez de todos que trataram desse tema, foi o que abordou a identidade de modo mais distinto. Hegel foi um grande leitor das obras de Aristóteles e nisso pôde observar que o conceito de identidade cunhado por Aristóteles não era suficiente. A partir disso ele elaborou esse conceito como relação consigo mesmo, relação de negatividade do seu ser. Segundo Hegel, a essência é a imediação superada. Mas por quê? Porque a relação com o outro ser desapareceu, ela não há mais, e, dessa forma, há somente uma relação consigo mesma, uma relação de negação. O seu ser se nega e a partir dessa negação ele se “identifica”. Usando uma analogia, é como se alguém se olhasse num espelho e lá se enxergasse e, a partir disso, houvesse a negação de si. Mas essa negação do seu próprio ser remete à sua identidade. É uma relação apenas consigo mesmo, sem a necessidade de outro ser. Dessa forma a essência é a identidade consigo mesma. Não é uma igualdade que parte de outro ser, mas a reconstituição surgida de si e em si mesma. Hegel chama isso de identidade essencial, diferentemente de uma igualdade

abstrata, que é uma igualdade que se faz por meio de um negar relativo a outro ser e no fim das contas só há uma espécie de comparação entre os dois seres. A identidade essencial se dá no âmbito do próprio ser como negação de si. Hegel não determina as coisas dizendo o que elas são, mas sim dizendo o que elas não são, ou seja, negando-as. Em Aristóteles há uma reflexão extrínseca, conhece-se apenas a identidade abstrata. A identidade em Hegel não precisa buscar o não-ser em outro objeto, se busca em si mesmo. Afirmar que a identidade não é a diferença é afirmar automaticamente que a identidade é diferente da diferença e, desse modo, é afirmar que a identidade é algo diferente e quando se tenta definir a natureza da identidade acaba-se definindo-se como se sua natureza fosse em ser diferente. A identidade tal como Hegel entende pode ser buscada no princípio de contradição: A não pode ser ao mesmo tempo A e não-A. O não-A se faz ver para em seguida desaparecer e a identidade está expressada nessa proposição, como negação da negação. A e não- A são diferentes, diferenças essas que são referidas ao mesmo A, disso resulta a essência, logo, a identidade. 17


Conceito

N

o que diz respeito à diferença, para Hegel, essa é a negatividade que a reflexão tem em si. Na identidade vimos que há um momento de reflexão, reflexão essa que é consigo mesma, do eu com o próprio eu que nega a si mesmo e disso temos a essência, ou o que é o mesmo, a identidade. A diferença é a negatividade que esta reflexão contem em si. Identidade e diferença são a mesma coisa apenas em momentos diferentes, cada um em seu momento próprio. Essa diferença é

chamada de diferença absoluta, a diferença da essência. É também diferença simples, porque não se refere a algo extrínseco, se refere a si mesmo. É a diferença da reflexão, não diferença de um ser em relação a outro ser determinado, é em si e por si.

na reflexão é a relação negativa mesmo. Tanto a diferença como a identidade emergem dessa relação, cada uma como seu todo e seu momento, como faces da mesma moeda. Hegel não se prendeu ao conceito aristotélico de identidade.

O diferente da essência é a identidade e as duas juntas constituem a diferença. A diferença simples só pode ser diferente em relação com a identidade. A diferença e a identidade se convertem em um ser posto, porque, como já foi dito antes,

Sem ignorar Aristóteles, ele conceituou a identidade de maneira a criar uma definição que acrescentasse e não apenas ficasse em um conceito que não nos levasse adiante. Desse modo, podemos perceber a importância de Hegel para a lógica.

Biografia - Linha do Tempo

18

ANO - 1770 Hegel nasceu em 27 de agosto de 1770, em Stuttgart, na Alemanha. Era o mais velho de três irmãos, filhos de um funcionário público do ducado de Württemberg. Fez seus estudos em casa com tutores e a mãe. Aprendeu latim, grego, francês e inglês e muito cedo teve contato com os clássicos gregos e romanos tendo uma ótima formação científica.

ANO - 1788 Com incentivo do pai, em 1788, ingressou no seminário da Universidade Tübingen a fim de ser pastor. Entre seus companheiros estavam o filósofo Friedrich Wilhelm Joseph von Schelling (1775- 1854) e o poeta Friedrich Hölderlin (1770 - 1843).

ANO - 1793 Em 1793, começa a atuar como tutor privado em Berna, na Suíça. No ano seguinte, aconselhado por Hölderlin, começa a nálise dos escritos de Immanuel Kant (1724-1804) e Johann Fichte (1762-1814). Em conjunto com Schelling, Hegel escreveu “O Mais Antigo Programa de um Sistema de Idealismo Alemão”. Hegel deixa a tutoria em 1799, e passa a viver da herança paterna.

ANO - 1801 A partir de 1801, Hegel vai trabalhar na Universidade de Jena, onde permanece até 1803, em companhia de Schelling. No período em que deu aulas em Jena, Hegel esgotou o legado deixado pelo pai e passou a trabalhar no jornal de orientação católica Bamberger Zeitung, em Nuremberg. Nessa fase da vida, se casa, tem três filhos e continua os estudos da Fenomenologia.

ANO - 1812 Enquanto viveu em Nuremberg, Hegel publicou vários fascículos de a “Ciência da Lógica” nos anos de 1812, 1813 e 1816. A partir de 1816, o filósofo aceita ser professor de filosofia na Universidade de Heidelberg.

ANO - 1831 Morreu em Berlim, em 14 de novembro de 1831, vítima de uma epidemia de cólera.


DUPLA IDENTIDADE


OS GRANDES MISTERIOS DA MENTE. E AS NOVAS RESPOSTAS PARA ELAS


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.