Modernização do Sistema de Identidade Visual

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Universidade Federal de Goiás

Modernização do sistema de identidade visual Ênfase no processo criativo

Orientadora: Andreia Bordini de Brito

Lucas Lacerda B. A. Martins Mariana Mendonça Rizzi Nathan Felipe Santos



DEDICATÓRIA

Aos nossos pais, que acreditaram e tornaram possível nossa caminhada, aos amigos, que nos in­ centivaram e compartilharam momentos, e aos nos­ sos professores, que nos guiaram até este trecho do caminho.


RESUMO

O design há muito não é apenas uma ferramenta estética ao final de um processo, em conjunto com o planejamento estratégico, se torna uma pode­ rosa ferramenta decisória de forma a criar estratégias adequadas a imagem e filosofia das empresas. O foco na estratégia e no processo de criação guia toda a construção da nova identidade visual corporativa da HD Tecnologia, que se baseia no concei­ to de modernização da imagem, onde a empresa necessita mudar sua imagem ­ade­quando-se aos novos valores e ambiente em que seus clientes se encontram. Mesclando os conceitos do planejamento estratégico, design de identi­ dade visual corporativa e a metodologia compilada por GOMES (2011) E BON­ SIEPE (1984), o projeto apresenta o desenvolvimento da nova identidade visual da empresa HD Tecnologia. Palavras-chave: IVC, design gráfico, metodologia projetual, processo criativo.


ABSTRACT

It has been a while since design would be just considered an aesthetic tool in the end of any process; nevertheless, currently, the design join with a strategic planning has become an awesome decision instrument, being able to breed the right strategy to any enterprise’s image and philosophy. The aim in the creation’s strategy and in its process guides all the new HD Tecnologia’s corporative visual identity construction, which is based in a modern­ image concept, where the enterprise most need changing on its image to fit within the new values and environment, whereabouts its clients are found. Mixing those strategic planning concept, the corporative visual identity design and GOMES (2001) & BONSIEPE’S (1984) strict methodology, this pro­ ject delivers the development of HD Tecnologia’s new visual identity. Key words: CVI, Graphic Design, Project Methodology, Creative Process.


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Introdução Capítulo 1

Teoria de Fundamento

Capítulo 2

Teoria de Foco sumário

Capítulo 3

Teoria de Dados Capítulo 4

Contribuição Conclusão

Bibliografia


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CD Anexos Manual da marca Aplicações

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INTRODUÇÃO

O design foi e ainda é visto, por muitos, apenas como ferramenta estética no final de um processo produtivo, mas essa denominação, atribuída ao designer, não representa as reais ações que esse profissional pode e deve ter dentro de uma empresa. O designer tem a ca­ pacidade de agir de maneira estratégica e juntamente com outras áreas da empresa como, adminis­tração e marketing, deve ser incluído no processo de tomada de decisão e crescimento da empresa, desde seu cerne (MAGALHÃES, 1997). Estratégia é uma palavra chave para o design. Do grego antigo stratègós que designava o comandante militar e indicava liderança, estratégia é hoje amplamente utilizado como concei­ to na vida empresarial. Segundo MINTZBERG trata-se da “forma de pensar o futuro, integrada no processo decisório, com base em um procedimento formalizado e articulado de resultados”. Para uma empresa agir de forma estratégica, primeiramente, é necessário apresentar sua missão, visão e valores para seus consumidores. Isso pode ser feito a partir de uma identi­ dade visual condizente com seus valores e juntamente com outras ações da empresa, o cliente vai formando em sua mente a imagem da marca. Esse trabalho objetiva por construir uma identidade visual corporativa, desenvolvida a partir de um método de Processo Criativo (GOMES, 2001) e Metodologia Projetual (BONSIEPE, 1984), que baseia a projetação no planejamento estratégico e organiza as fases de criação, deixando o processo criativo mais organizado e fluido. Traçar uma estratégia, conhecer melhor seu cliente, antes mesmo de ter um contato mais direto com ele, traz confiança e mais argumentos para que você enfrente essa batalha, pois como afirma SUN TZU: “táticas militares são como água corrente. A água corrente sempre se move de cima para baixo, evita o terreno alto e flui para o terreno baixo. Assim, são as táticas militares,sempre evitam os pontos fortes do inimigo e atacam os seus pontos fracos.”. Juntamente com o desenvolvimento de um pensamento estratégico, o briefing, em sua gestão, conduzirá as ações e planejamentos do projeto. Com essa ferramenta, o trabalho ga­ nha mais dinamicidade e concede ao design caráter estratégico alinhado à empresa. A elabo­ ração de um briefing pela equipe de design juntamente com a empresa, faz com que todas as


INTRODUÇÃO 9

etapas e conceitos do projeto sejam de conhecimentos de todos e possibilita maior agilidade e menores erros, a produto final (PHILLIPS, 2004). O método utilizado para gerir esse projeto é dividido em três etapas: definição do proble­ ma, concepção e especificação. Na primeira etapa temos a identificação, a preparação e a in­ cubação. Na identificação, é feita a definição do problema, a delimitação e a problematização. Na preparação são feitas as técnicas analíticas através análises linguísticas e desenhísticas. Na segunda etapa temos as fases: esquentação e iluminação. Na esquentação é feita a lista de requisitos e a geração de alternativas. Na iluminação, por sua vez, são feitas avaliação e mode­ lagem. Na última etapa, existem duas fases: elaboração e verificação. Na elaboração é feita a estruturação e formulação, através dos desenhos operacionais e, por fim, são feitas a verifi­ cação parcial e final. Alinhado ao foco desse trabalho que une o planejamento estratégico, responsável pela qualidade no desenvolvimento de produtos e na consolidação da imagem da empresa no mer­ cado, juntamente com a criação de identidade corporativa, que constrói a imagem visual da filosofia de empresa através de uma marca, o projeto aplicará a metodologia na HD Tecnolo­ gia. A empresa trabalha na área de softwares de gerenciamento comercial, programas respon­ sáveis por dar agilidade para a empresa, gerenciar estoque e controle fiscal e tributário. A HD age estrategicamente utilizando um método próprio para desenvolvimento e implementação de seus softwares, pois, para a empresa, cada cliente é único. O público-alvo da instituição são os pequenos e médios empresários. Assim, o trabalho a seguir une um projeto de pesquisa onde foi utilizado um método que guia, de maneira estratégica, a construção de uma identidade visual. Essa fundamentação foi aplicada na prática no desenvolvimento do desenho de identidade visual da HD Tecnologia.


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CAPÍTULO 1

TEORIA DE FUNDAMENTO


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Identidade corporativa Jarros de cerâmica, telhas, tijolos, gravados com o nome do monarca a que pertenciam ou com o símbolo do projeto a que se destinavam, são os primeiros indícios do que pode se chamar de identidade visual e surgiram nos primórdios da Antiguidade. No final do Período Medieval, surgiram marcas de corporações e nos séculos XV e XVI, com o Renascimento, eclodia a prática da agregação de sinais. Nesse cenário, configurou-se o uso de house marks, marcas de identificação pessoal, como brasões, de um núcleo familiar, de uma extensa gera­ ção familiar ou até mesmo de comerciantes e artesãos. A partir do século XV, com o advento da imprensa, os editores passaram a usar marcas em livros (MELO, 2000). Após a Segunda Guerra Mundial, com a aparição dos grandes conglomerados industriais­ e a evolução dos meios de comunicação em massa, o termo identidade visual ganha corpo, juntamente com a figura do designer como um especialista nos problemas técnicos de cria­ ção dos elementos estruturais do comportamento visual (WOLLNER, 1983). Desde então, o tema vem complexificando-se cada vez mais, na medida em que as instituições e empresas percebem que a identidade corporativa está muito além da identificação visual. Segundo PINHO (1996), a empresa moderna é uma estrutura que se torna cada vez mais complexa pela diversificação dos seus negócios. Ela também caminha para a globalização, como as multinacionais, que operam em escala mundial defrontando-se com as mais variadas cul­ turas. Obrigadas por esses dois motivos a descentralizar a administração de suas operações, as organizações procuram uma identidade comum. A marca corporativa e o logotipo são elemen­ tos-chaves para o estabelecimento de uma identidade, mas não são os únicos. O conceito de DIEFENBACH (1968, p. 156) expressa a abrangência dos elementos de um programa de identi­ dade corporativa: “Um programa de identidade corporativa é essencialmente um ‘sistema’ – um sistema cuidadosamente projetado de todos os elementos visuais que servem como ponto de contato com os diversos públicos.” A identidade corporativa, segundo PEÓN (2000), integra a imagem corporativa de uma instituição. A imagem corporativa abarca tudo aquilo que voluntariamente ou não, vai for­ mando a posição da empresa na sua relação com o público: isto vai desde a forma como os


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seus funcionários lidam e se apresentam para os clientes até as estratégias de marketing as­ sumidas, as campanhas publicitárias, a arquitetura, a decoração, a sinalização, etc. Tudo vai formando na mente do público uma determinada imagem da instituição. A identidade visual é um dos veículos que geram a imagem corporativa. É o mais explícito e, em alguns casos, o mais importante, mas não é o único. De maneira semelhante, OLINS (1978) conceitua a identidade corporativa como algo inerente a toda organização que necessita ter seu propósito facilmente entendido pelas pes­ soas que a integram, assim como ser percebida pela sociedade onde está inserida, com suas características únicas, sua capacidade, sua força, sua personalidade, suas intenções. Olins alega ainda que a identidade corporativa não é apenas um slogan, uma marca ou algumas mensagens visíveis, construída de forma intuitiva ou consciente. Todas as afirmações de uma organização são, também, afirmações de sua identidade. Os produtos que a companhia pro­ duz ou vende projetam seus padrões e valores. Seus prédios, seus escritórios, sua decoração, a forma como vestem os funcionários, a satisfação de seus públicos internos e externos, seus “rituais” de comportamento estabelecidos, suas estratégias competitivas são manifestações de sua identidade. Dentro das vertentes da identidade corporativa será destacada sua parte visível, um componente de suma importância para o sucesso da identidade de uma organização. Esta, atividade destinada ao designer responsável, é chamada de identidade visual corporativa.

Identidade visual corporativa Todo grupo ou organização tem uma razão de existir. A identidade visual corporativa, elegida pelos mesmos, revela para o mundo exterior quem são eles e reafirma para o público interno sua razão de existência. OLINS (1978, p. 15), então, define: “Identidade visual é a parte da identidade mais profunda de um grupo, o signo externo de comprometimento in­ terno, servindo para lembrar o seu real propósito.” Habitualmente, o termo identidade visual está associado apenas à estética de uma organização, referindo-se a logotipo, símbolo, cores, tipografia. Portanto, uma identidade


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visual corporativa tem como função esclarecer, também, como uma companhia está organi­ zada. Uma identidade visual pode indicar se a companhia é centralizada ou descentralizada e qual sua abrangência e pode, além disso, exibir se possui divisões ou estratégias de produto e como estes se relacionam com o todo. Em suma, a organização tem um número infinito de maneiras de expressar sua estrutura. Se uma companhia, por exemplo, possui cinco divisões e utiliza o mesmo padrão grá­ fico para todas, isto transmitirá uma ideia de centralização da mesma. Todavia, se a mesma organização atribui a cada uma destas divisões um estilo tipográfico, por exemplo, trans­ mitirá consequentemente uma ideia mais descentralizada. E se utilizar ainda diferentes no­ mes, símbolos e cores para cada divisão, comunicará um conceito ainda mais divergente. Os recursos de identidade visual podem explanar a estrutura da organização, propagando, claramente, sua missão, objetivos e valores. Para que sejam transparecidos corretamente os conceitos que envolvem a história de uma empresa é preciso que a imagem corporativa da mesma traduza a visão de seu públicoalvo. As representações visuais revelam as diferentes percepções que os stakeholders cons­ troem a partir dos diferentes elementos de comunicação, tais como publicidade, relações públicas, símbolos, marcas, logotipos, cores, embalagens, sinalização, etc. A imagem corporativa, mesmo que relacionada com a visão externa da organização, de­ pende essencialmente do resultado da sua atuação e do seu relacionamento com o mercado. Uma atuação pouco estruturada pode resultar em imagens não pretendidas ou incompatíveis com o público-alvo. Assim, para que haja uma comunicação efetiva, é preciso que os setores instituci­o­ nais e de marketing estejam em consonância com as estratégias e propósitos da organização.

Categorias de identidade corporativa De acordo com PINHO (1996), as organizações dispõem de inúmeros modos de expres­ sar sua estrutura, que acabam sendo evidenciados no programa de identidade corporativa adotado, já que a identidade pode ser vista como um instrumento da administração, na


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medida em que define as relações dentro da organização e torna visível o propósito da cor­ poração. De maneira geral, a estrutura das identidades pode ser dividida em três categorias: monolítica, de endosso e por marcas.

Identidade monolítica A empresa usa um único nome e estilo visual para tudo. O nome corporativo figura em todos os seus produtos e serviços, além de a marca ser empregada como instrumento básico de comunicação em todos os níveis e para todos os públicos. Mitsubishi, IBM, Shell e Coca-cola são exemplos de companhias cujas identidades re­ ceberam elevados investimentos para sustentar sua coerência com a organização como um todo. Esse tipo de identidade visual permite que os clientes tenham uma clara noção do que podem esperar, em termos do marketing dos produtos, na expectativa de que permanecerão leais à organização que respeita as suas necessidades e com a qual estão familiarizados. Os concorrentes, os fornecedores, os acionistas, a comunidade profissional e financeira, jor­ nalistas e demais públicos externos são também muito influenciados por uma ideia única expressa visualmente de forma clara, graças a direcionamentos bem definidos de seu posi­ cionamento perante as exigências do mercado (MACHADO, 2009). Na identidade monolítica, a própria empresa é a marca e todo processo de identidade é fundamentado na imagem da instituição como um todo, sendo a longevidade sua maior caracte­ rística. Muitas empresas não alteram sua identidade visual por muito tempo, apenas subme­tem as mesmas a alterações, a fim de atualizá-las, sem modificar seus elementos básicos. ­MURPHY (1990, p. 46-47) apud PINHO (1996) alega que a abordagem monolítica é mais comum quando os negócios da empresa são mais homogêneos, como bancos, companhias aéreas e empresas petrolíferas. OLINS (1990) afirma que as empresas japonesas ilustram perfeitamente como é pos­ sível ter sucesso utilizando apenas um nome em uma vasta gama de atividades. A Yamaha é um exemplo claro, pois produz instrumentos musicais e motores e acredita que sua força e credibilidade vêm da utilização de um só nome em todos os seus produtos.


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A relativa falta de flexibilidade da identidade monolítica é uma de suas desvantagens, como no caso da IBM, a excessiva atenção aos computadores pessoais de grande porte impe­ diu o desenvolvimento de marcas distintas e abriu espaço para que a concorrência lançasse os microcomputadores, ocupando o nicho de mercado.

Identidade de endosso As unidades recebem o endosso da organização por meio da identidade corporativa, ou seja, a organização cobre com o seu nome e identidade as diversas atividades ou empre­ sas que a compõe. Também chamada de identidade mista, a identidade de endosso, per­ mite que os produtos e serviços desenvolvam personalidades próprias e distintas, podendo assim­ser facilmente identificadas como parte de um todo maior. A marca corporativa é um “guarda-chuva” que protege e transfere valor para as demais marcas. A General Motors, Ford e American Express fazem uso da estrutura de identidade mis­ ta. A maioria das companhias com identidade de endosso cresceu por meio da aquisição de outras empresas com nome e cultura próprios. A organização central almeja sobrepor seu estilo de administração e o nome corporativo nas subsidiárias, mas, ao mesmo tempo, procura preservar as tradições e a reputação das marcas e companhias adquiridas. As empresas que buscam criar uma identidade corporativa que cubra um amplo leque de atividades, com subsidiárias de origens distintas, e possivelmente concorrentes, enfren­ tam uma árdua tarefa. Por um lado, a nível corporativo e para as audiências corporativas co­ munidade financeira e política, distribuidores, fornecedores, jornalistas, etc. - querem criar a ideia clara de uma estrutura que é única, de múltiplas facetas, com propósitos determina­ dos. Por outro lado, querem permitir que as identidades das numerosas marcas adquiridas floresçam, de modo a reterem a mais valia em relação ao mercado e aos seus empregados. É importante ressaltar que o sucesso de uma estrutura mista depende da compreensão de todos que estão dentro da companhia e dos seus públicos externos. Assim, é preciso que a corporação tenha tino para compor as personalidades das marcas adquiridas, para que elas não tragam desordem ou danos para a marca corporativa (MACHADO, 2009).


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Identidade por marcas Na identidade por marcas, a organização atribui marcas distintas aos seus produtos, que podem não estar relacionados entre si ou com a própria empresa. Neste sistema, a marca da organização é usada na comunicação com determinados públicos, como os inves­ tidores, e as demais identidades são utilizadas como o único meio de comunicação com o consumidor. A Unilever e a Proctle & Gamble ilustram bem um modelo multimarcas pode ser bem-sucedido. Criar uma marca consistia na ideia de pegar um produto indiferenciado e atribuir-lhe características especiais através do uso de um nome, embalagem e publicidade. As primeiras organizações a oferecerem produtos de marca vendiam bens de uso doméstico, padronizados, como o café ou o sabão, e davam-lhe nomes e embalagens diferenciados, investiam em sua publicidade e depois os distribuíam em larga escala. Além disso, considera­ vam que era possível separar a empresa dos produtos que ela produzia, e que, por isso, cada produto podia ser dirigido a um grupo específico de consumidores. Esta perspectiva permitiu a produção de uma gama completa de produtos direcionados para diferentes segmentos, garantindo uma cobertura generalizada do mercado. As diferen­ ças entre os bens eram pouco perceptíveis aos consumidores, porém cada um deles tinha nomes e embalagens individualizadas e eram promovidos de forma distinta e adequada ao seu respectivo público-alvo. Na identidade por marcas, também chamada de estrutura diferenciada ou modelo multimarcas, bem-sucedidas são as marcas que conseguem ter vida própria, independente da organização, e que possuem uma imagem tão sólida que deixa de ser relevante a quem elas pertencem. A adoção de uma estrutura diferenciada dá à empresa mais chances de con­ trolar o espaço na prateleira e na mente do consumidor. A GAP, por exemplo, pro­prietária das marcas Banana Republic e Old Navy, alcança o consumidor em diferentes preços e através de uma variedade de estilos. Atualmente, o modelo multimarcas puro corre riscos de entrar em decadência. Criar uma nova marca cada vez que se lança um novo produto no mercado não é só dispendioso,


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mas se tornou também inviável, pois muitas marcas continuam desconhecidas e sem sentido para os consumidores (MACHADO, 2009).

Componentes da Identidade Visual Corporativa Os componentes de uma identidade visual corporativa são: marca, tipografia e o pa­ drão cromático. Eles constituem a assinatura da empresa e são responsáveis pela identifi­ cação visual da organização.

Marca NÁPOLES (1988, p. 19) define: “Marca é a forma gráfica da denominação de uma orga­nização, pois é a parte visível do programa de identidade corporativa, auxiliando a “­humanizar” uma companhia pela apresentação de uma face, uma personalidade, na forma de um símbolo.” O Comitê de Definições da American Marketing Association estabeleceu, em 1960, os conceitos de marca, nome de marca e marca registrada (VIEIRA, 2002 apud PINHO, 1996, p. 14): Marca é um nome, termo, sinal, símbolo ou desenho, ou uma combinação dos mesmos, que pretende identificar os bens e serviços de um vendedor ou grupo de vendedores e diferenciá-los daqueles dos concorrentes. Nome da marca é aquela parte da marca que se pode ser pronunciada ou pronunciável. Marca registrada é uma marca ou parte de uma marca a qual é dada proteção legal, porque é capaz de apropriação exclusiva (Pinho, 1996, p.14)


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SÍMBOLO

LOGOTIPO

Figura 1 – Exemplo de símbolos e logotipos. Fonte: STRUNCK, 2001, p. 75.

Já STRUNCK (2001, p. 18) define: “Marca é um nome, normalmente representado por um desenho (símbolo e/ou logotipo), que, com o tempo, devido às experiências reais ou virtuais, objetivas ou subje­ tivas que vamos relacionando a ela, passa a ter um valor específico.” O termo logotipo (do grego lógos – palavra – e typos – impressão, marca) foi inicialmente utilizado como a denominação dada para a peça única que reunia os caracteres móveis tipográficos. Mais tar­ de, passou a designar qualquer marca corporativa constituída por uma palavra ou sigla escrita em um estilo específico de caracteres tornando-a distinta e facilmente reconhecida. VIEIRA (2002), declara que mesmo havendo discordâncias em relação às definições de uma mar­ ca, pode-se distinguir dois elementos básicos em sua formação: •logotipo – composto por letras escritas em estilo especial de caracteres, corresponde à parte pronunciável da marca; •símbolo – formado por figuras, imagens, ele­ mentos gráficos, equivale à parte não pronunciável da marca;


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O Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) considera como marca um nome, símbolo ou figura utilizado para identificar em­ presas, entidades, produtos ou serviços. De acordo com sua apresen­ tação, as marcas classificam-se em (STRUNCK, op. cit., p. 23-24): •Figurativas (figura 2) – uma combinação de figuras, símbolos e si­ nais gráficos; a particularização da escrita de um nome, logotipo; •Mistas (figura 3) – uma combinação das marcas nominativas e figurativas (logotipo e símbolo). WHEELER (2008, p.60) descreve que as marcas, desenhadas numa variedade quase infinita de formas e personalidades, podem ser clas­ sificadas em várias categorias. As fronteiras entre essas categorias não são rígidas e muitas marcas podem combinar elementos de mais de uma cate­goria: •Logotipo (figura 4) – Um logotipo é uma palavra ou palavras inde­­pendentes. Pode ser o nome de uma empresa ou um acrônimo. Os melho­res logotipos impregnam uma palavra legível com as características distintas de uma fonte tipográfica e podem integrar elementos abstratos­ ou pictóricos. •Monograma (figura 5) – A letra isolada é frequentemente usada pelos designers como um ponto focal gráfico diferenciador para uma marca. A letra é sempre um design único que está impregnado de perso­ nalidade e significado. •Emblemas (figura 6) – Os emblemas são marcas que mostram um desenho pictórico intrinsecamente ligado ao nome da empresa. Os ele­ mentos nunca são isolados. • Pictóricas (figura 7) – Uma marca pictórica usa uma imagem lite­ ral e reconhecível. A imagem em si pode aludir ao nome da empresa ou à sua missão, ou pode ser o símbolo de um atributo da marca.

Figura 2 - Exemplo de marcas figurativas

Figura 3 - Exemplo de marcas mista

Figura 4 - Exemplo de logotipo

Figura 5 - Exemplo de monograma

Figura 6 - Exemplo de emblema

Figura 7 - Exemplo de marca pictórica


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Figura 8 - Exemplo de marcas abstrata

Figura 9 - Exemplo de personagem

•Abstratas (figura 8) – Uma maca abstrata usa a forma visual para transmitir uma grande ideia ou um atributo da marca. Essas mar­ cas, por sua natureza, podem proporcionar ambiguidade estratégica e funcionam­ eficazmente para grandes empresas que tenham muitas di­ visões pouco relacionadas umas com as outras. •Personagens (figura 9) –A marca com um personagem é criada para incorporar os atributos e valores da marca e geralmente está vin­ culada a uma marca de produto. As personagens rapidamente tornamse o elemento central nas campanhas publicitárias e promocionais.

Tipografia A tipografia tem por funções assegurar a legibilidade e garantir a coerência e a uniformidade das mensagens visuais da empresa. Assim, cabe ao designer responsável indicar uma família tipográfica que cor­ responda a um desenho básico e suas variações em estilo e corpo. Ele também deve considerar a ação psicológica que cada tipo de letra exerce, evocando sentimentos que vão influenciar diretamente na construção da personalidade da empresa (PINHO, 1996).

Padrão Cromático O terceiro componente de uma identidade visual corporativa é a cor ou combinação de cores que, devidamente padronizadas, contribuem para a identificação da empresa. Os sistemas de identidade podem ter dois sis­ temas de cores: primário e secundário. Um sistema, por exemplo, pode ter uma série de cores pastel e uma série de cores primárias. O simbolismo das cores varia de uma cultura para outra. No Ocidente, por exemplo, o branco indica pureza e limpeza, mas, no Oriente, é a cor do luto. Impregnadas de


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forte simbolismo e com possibilidade de criar fortes associações, as cores precisam ser escolhi­ das com cautela pelas organizações para virem a constituir fatores de expressão da identidade, a exemplo das marcas corporativas e da tipografia (PINHO, 1996).

O Planejamento estratégico do design O design a partir das décadas de 60 e 70 passou a ter uma ligação direta com o marketing­ dentro das empresas e, assim, o planejamento estratégico das ações tornou-se prioridade para as empresas que popularizaram os bens de consumo e precisavam se renovar a cada dia para lidar com novas empresas que buscavam fatias de mercado. O âmbito estratégico do design encontrou terreno fértil para se desenvolver no campo industrial, com a multiplicação de produtos similares, as empresas buscaram investir na com­ petitividade dos seus produtos e em suas marcas. A popularização do design nas últimas décadas atraiu os olhares não só das grandes empresas, mas conquistou empresas no varejo que lidam diretamente com o consumidor e precisam se diferenciar da concorrência. É insuficiente que a forma siga a função, ou mesmo o design ser uma mera ferramenta estética no final de um processo. É preciso planejar e fazer acontecer em um cenário mais amplo. Essa percepção contemporânea a cerca do design abriu espaço, segundo ZURLO (2010), para definir essa “nova” abordagem do design que passou de mero agente passivo para um articulador nas ações decisivas de uma empresa em relação ao mercado. SANTOS (2000) define que o planejamento estratégico surge como fator determinante e agente responsável pela qualidade no desenvolvimento de produtos e na consolidação da imagem da empresa no mercado. Nessa perspectiva uma estratégia em design visa produzir um sistema produto-serviço com um diferencial baseado em valores reais, a partir de uma extensa reflexão sobre a ex­ periência da empresa no mercado e condiciona a empresa a alinhar seus valores, missão e visão, assim como demais fatores para a produção de soluções estratégicas que visam conso­lidar ou reposicionar a empresa em um novo cenário. De acordo com MERONI (2008), a ­estratégia em


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design trabalha com um sistema de regras, crenças, valores e instrumentos que permitem a uma empresa evoluir e sobreviver ao mercado, adaptando sua própria identidade. A relação de um cliente com uma determinada empresa se dá primeiramente pela experiência de marca. As marcas têm função primordial em um mercado saturado de ofertas de satisfação em curto prazo, os clientes têm o privilégio de decidir. A primeira opinião sobre uma marca nasce dos códigos visuais que tem função determinada de identificar a entidade. Parece lógico que no ato de decisão de compra, os clientes procurem marcas que intuitiva­ mente reafirmem promessas de satisfação de forma clara e objetiva. O designer gráfico com suas ferramentas busca materializar valores em elementos grá­ ficos, criando uma personalidade capaz de conquistar a fidelidade do consumidor. NIEMEYER (1998, p. 7) descreve: “As empresas estão atrás de um design que acrescente valor agregado e cuja utilização garanta resultados”. Produzir soluções com uma clara marca de inovação tem a ver com a capacidade de decodificar e antecipar problemas e principalmente solucionar os mesmos. Segundo ­MAGA­LHÃES­(1997), o controle das intenções da empresa perante o mercado e do processo são mais importantes que uma mera estética final. De acordo com ZURLO (2010), é preciso primeiramente que a empresa se enxergue, buscando conhecer sua finalidade. Segundo, é preciso prever cenários futuros onde a em­ presa possa se encontrar, como novas tecnologias, gostos e estéticas. Terceiro, a capacidade de fazer-ver, onde a empresa acelera a tomada de decisões e se adapta facilmente. Com a centralização do processo na perspectiva estratégica, é necessário pensar em um méto­ do que visa atender as necessidades da empresa e permita que a mesma tenha uma capacidade de re­ sposta rápida às demandas do mercado, projetando além das certezas atuais. Segundo ­MAGALHÃES (1997, p. 26), o design para ser estratégico deve estar integrado e participar das definições estratégi­ cas, a partir do nível decisório mais alto e interagindo com todas as áreas relevantes. Outro ponto decisivo da estratégia é fortalecer a relação da empresa com o público conquistado e conhecer o público pretendido: “Design usado para transmitir valor disponível para o mercado pretendido.”. Assim, toda comunicação deverá ser projetada para os olhos do público que deverá receber a mensagem (MAGALHÃES, 1997, p. 28).


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CAPÍTULO 2

TEORIA DE FOCO


26 TEORIA DE FOCO

Nível estratégico da gestão do design Atualmente a sociedade está em contínua mutação e a rapidez trazida por essa evolução traz à tona novas teorias e realidades. As organizações procurando adequar-se a essa nova forma de administrar e fazer negócios passam por processos de reestruturação. Nesse momento em que as tecnologias se tornaram mais acessíveis e já não são um fator­de diferenciação, a geração de um diferencial competitivo se dá pela forma em que os produtos são pensados e desenvolvidos e seu respectivo valor agregado. Qual será o fator de diferen­ ciação em relação a empresas concorrentes? Uma das formas mais eficientes é a criação e o desenvolvimento de uma imagem corporativa forte. Nesse caso, é necessário que os compo­ nentes da imagem corporativa trabalhem de maneira integrada, a fim de alcançar as melho­ res soluções. Para que isso aconteça, é fundamental planejar as estratégias para garantir que os objetivos sejam atingidos. DRUKER (1999) afirma: “Um dos grandes desafios gerenciais a ser enfrentados pelas organizações do século XXI é a necessidade de estas estarem preparadas para agir em um ambiente de mudanças constantes; as empresas precisam ser receptivas a inovações, visua­ lizando tais situações como oportunidades, de forma a torná-las eficazes dentro e fora da organização. Apenas dessa forma conseguirão garantir sua sobrevivência em um mercado altamente competitivo.” O foco estratégico do design surge, nesse cenário competitivo, como fator deter­ minante e agente responsável pela qualidade no desenvolvimento de produtos e na con­ solidação da imagem da empresa no mercado. O design se torna um dos fatores de uma poderosa­estratégia de vantagem diferencial em relação a concorrência quando utiliza-se de técnicas, adequadamente, na tradução das necessidades da empresa e do produto que ela produz (KOTLER, 2000). Assim, os investimentos voltados à área do design deixam de ser uma mera questão estética para se tornar uma questão estratégica. A gestão estratégica deve ser incorporada ao processo produtivo, desde a concepção da estratégia da companhia até a concepção do produto, como identidade visual, embalagem, comunicação visual, material de apoio de


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vendas,­entre outros. SANTOS (2000), então, afirma: “O design está cada vez mais afirmado como diferencial competitivo, no design dos produtos, sendo ele gráfico, industrial, mídia ou de embalagem, tornando-se a melhor maneira de posicionamento ou de reavaliação de uma nova estratégia.” O design estratégico preocupa-se, ainda, com o equilíbrio entre as necessidades do mercado, a capacidade e a disponibilidade da empresa. O design é a ferramenta que diferen­ cia o produto entre os concorrentes e o consumidor, utilizando-se de estratégias de comuni­ cação de mídias, impressas ou digitais, mostrando a qualidade do produto e sua participação no mercado, como ele é comercializado e a imagem do fabricante perante a sociedade. Aplicar o planejamento estratégico em uma empresa através da Metodogia Projetual­ (BONSIEPE, 1984) e do Processo Criativo (GOMES, 2001) é o alvo do desenvolvimento deste trabalho, construindo uma imagem corporativa bem planejada e, assim, tornar visível o posi­ cionamento da empresa perante o consumidor, transmitindo os conceitos inerentes a ela. D´ávila (2004) descreve: O design gráfico assume essa função, utilizando-se de ferramentas responsáveis pela cons­trução de uma imagem forte por intermédio de um programa de identidade corporativa eficaz e, também, por toda concepção visual dos valores da empresa. Nesse caso, definir para quem será desenvolvida a oferta de design é um fator fundamental.

O planejamento estratégico é o elo entre os níveis da empresa e o consumidor. Através dele, o público-alvo detecta a imagem da empresa definida pela comunicação visual: na identidade visual corporativa, na usabilidade da interface web, nas aplicações visuais, como embalagem, sinalização, frota, auxiliando na fixação da empresa pela percepção do conjunto. Como teoriza o designer americano ROBERT BLAICH (1989, p. 26): “[...] o designer gráfico passa a atuar, dentro do sistema empresarial complexo e altamente multidisciplinar, como elemento de integração, uma ponte que liga e traduz diversas linguagens em uma só: qualidade e satisfação do cliente.” Contrário a esses conceitos a comunicação será super­ ficial, cumprindo apenas sua função de ser agradável visualmente, mas esquecendo-se do


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principal, que é transmitir mensagens de maneira eficiente e gerar valor aos consumidores.

Categorias de estratégias de design Existem inúmeras maneiras para se recriar uma imagem corporativa. De acordo com Catharine Fishel em seu livro “Como recriar a imagem corporativa”, existem cinco categorias que diferenciam as razões que impulsionam essas mu­ danças: reposicionamento, modernização, gestão da mudança, promoção do crescimento e recomeço. Quando um produto de grande consumo se torna tão conhecido em todo mundo que começa a fazer parte do cenário, precisa, então, de uma imagem modificada que o re-personalize. Foi o caso do reposicionamento na imagem da Coca-Cola feita pelo estúdio de design Desgrippes Gobé & Associates em que a estratégia foi chegar ao consumidor em níveis diferentes e em pontos diferentes. A nova imagem foi testada nos Jogos Olímpicos de 1996, em Atlan­ ta. Em conformidade com o objetivo dos designers de criar uma imagem per­ sonalizada para uma marca mundialmente conhecida, os gráficos promoveram a Coca-Cola como a bebida dos fãs. Uma cadeia regional de restaurantes procura uma atualização importante para atrair o consumidor de fast-food que pretende atingir. O estúdio Penta­ gram foi contratado para inverter a imagem conservadora mediante um pro­ grama integrado de implementação da imagem da marca e da sua arquitetura. A modernização da imagem dos restaurantes Taco Bueno tem um ar animado e informal transformando, assim, a cadeia num destino prioritário onde este grupo etário consciente da imagem podia ir para satisfazer a sua ânsia de doses grandes de fast-food mexicana a baixo preço.


TEORIA DE FOCO 29

Uma companhia cheia de designers e diretores de arte talentosos precisa evitar uma imagem com múltiplas personali­ dades. A marca e a imagem antigas da Frankel & Company não correspondiam bem ao perfil da companhia atual: não indica­ vam o que a Frankel fazia e eram antiquadas. Completamente restaurada pela Concrete, através da gestão da mudança, a nova imagem­da Frankel tem força e personalidade e, na assinatura, diz o que a companhia faz controlando, assim, sua imagem interna e externamente. Criar uma imagem separada, mas relacionada para uma divisão de uma companhia com uma imagem corporativa que é das mais reconhecíveis do mundo se refere a uma promoção de crescimento. A Polaroid é a quinta marca mais valiosa do mundo­, pois seu logotipo e sua marca, altamente reconhecíveis, são ele­ mentos visuais extremamente poderosos. A empresa Atelier Works transformou em diamantes os quadrados da marca do pixel­ e acrescentou um subtítulo e uma lente, criando um logo­ tipo e uma nova marca com uma imagem fresca e diferente. Uma marca com prestígio maravilhoso na Europa, mas não tão apreciada nos EUA, precisa recriar o design da sua imagem­preservando o mercado europeu e melhorando o norteamericano­. Foi pedido à Miriello Grafico que injetasse energia na imagem da Eastpak e lhe desse uma atitude mais decidida. Após um percurso longo e bastante sinuoso, criou-se a nova imagem da Eastpak, através de um recomeço da mesma. Além de sua imagem­ mais poderosa, o seu design também foi reformulado para ser mais integrado no produto, em vez de ser uma mera etiqueta.


30 TEORIA DE FOCO

HD Tecnologia Atuando há 17 anos no mercado, a HD Tecnologia atua em cerca de 1.800 municípios do país oferecendo soluções em gestão empresarial e automação comercial. A empresa tem como obje­ tivo oferecer soluções para as necessidades do cliente e foca di­ retamente na solução dos problemas vitais, permitindo que essa empresa em um segundo momento se organize e cresça. O cliente é peça-chave em sua expansão, que no ano de 2005 registrou aumento de 40% no volume de negócios e trabalha­ com um modelo de atendimento, gerenciamento e execução que enfatiza a preocupação da empresa com seus clientes. A empre­ sa investe em novas tecnologias e oferece para os seus clientes, em grande maioria por micro, pequenas e médias empresas, soluções que estão alinhadas com os grandes mercados produ­ tores de tecnologia. A HD Tecnologia consciente do seu crescimento acredita que a marca não reflita mais seus valores e encontra-se desatuali­ zada. O nome da empresa originalmente faz alusão a High Density­, popularmente conhecido como disquete e o símbolo foi cons­ truído a partir do existente no disquete, porém com tipografia sólida e cortada nas extremidades, além da adição de uma seta indicando dinamicidade e cores que segundo o representante da empresa indicam tecnologia.



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CAPÍTULO 3

TEORIA DE DADOS


34 TEORIA DE DADOS

Desenvolver um projeto estratégico dentro de uma empre­ sa não está restrito apenas a ela, é um processo mais complexo e com agentes externos. Conhecer a corporação, onde será de­ senvolvido o projeto, é essencial, mas tão importante quanto é saber quem são os concorrentes, seus produtos, objetivos e se agem com estratégia. Conhecer os adversários, seus alvos e táti­ cas podem definir, com maior segurança, o posicionamento que o projeto irá tomar. Para nortear a metodologia, deve-se ressaltar que existem quatro tipos de trabalhos que a atividade criativa envolve: trabalho­ em engenharia, trabalho em arte, trabalho em publicidade e tra­ balho em desenho. Esse último, por sua vez, é o que o designer deve dominar, pois o trabalho em desenho possui relação direta com as características do indivíduo criativo, tornando qualquer atividade uma fonte de dados, informações e conhecimentos para futuros projetos. O Processo Criativo (GOMES, 2001) orienta o trabalho em desenho e possui sete fases (Figura 9): identifi­ cação, preparação, incubação, esquentação, iluminação, elabo­ ração e verificação. Para iniciar a projetação (figura 10), temos primeiro a doutri­ nação, a desenvolução e a desenhação. A doutrinação auxilia na ­ins­tru­ção da equipe que realizará o projeto. Para isso, é feito reconhe­cimento de necessidade e o planejamento estratégico do projeto (figura 11 e 12, respectivamente). A desenvolução regis­ tra a equipe formada para desenvolver o projeto (figura 13). A de­ senhação se desenvolve com o processo criativo, iniciando com a identificação (figura 14) que, por sua vez, se divide em: definição, delimitação, taxionomia, lista de verificação dos atributos, leitura de fatores e problematização.

DESENHAÇÃO

Preparação

Incubação

Esquentação

Iluminação

Elaboração

Figura 9 (Desenhação)


TEORIA DE DADOS 35

PROJETAÇÃO Doutrinação

Desenvolução

Reconhecimento de necessidade

Formação de equipe

Desenhação

Planejamento estratégico

RECONHECER NECESSIDADE A HD Tecnologia necessita adequar sua imagem corporativa com sua visão, missão e valores. A empresa durante sua existência conseguiu concretizar seus valores e listá-los de maneira clara. Com isso, viu a necessidade da marca e da identidade visual da empresa como todo expre­ssar esses conceitos tão bem definidos.

Figura 10 (Projetação); figura 11 (Reconhecer necessidade)


PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO Atividade Recriar a identidade visual da empresa HD Tecnologia apoiados no planejamento estratégico.

Missão Tornar possível a construção de uma nova identidade visual para empresa, embasados nos conceitos que a HD Tecnologia preza e principalmente desenhar uma marca fundamentada em pesquisas e metodologias próprias de criação.

Visão Construir uma identidade visual forte e adequada às necessidades da HD Tecnologia, a partir­ do planejamento estratégico.

Princípios Políticos Divulgar a importância de uma metodologia bem fundamentada para a construção de uma identidade visual forte e adequada à empresa.

Princípios Doutrinários Desenvolver um projeto de redesenho de identidade visual utilizando uma metodologia de criação e o planejamento estratégico.

Pontos fortes Inovação, sustentabilidade, transparência e conhecimento do valor da imagem corporativa.

Pontos fracos O curto prazo para o desenvolvimento do projeto.


Ameaças O não cumprimento das etapas metodológicas, o atraso no prazo de entrega do projeto e a falta de conexão entre o planejamento estratégico e os anseios do cliente.

Processos Metodologia fundamentada no planejamento estratégico de resenho de identidade visual corporativa, com ênfase no desenvolvimento das etapas do trabalho.

Objetivo Específico Redesenhar a identidade visual da empresa HD Tecnologia a partir de um processo criativo fundamentado em uma metodologia de projeto.

Objetivos Secundários Compilar e testar um método de trabalho específico de desenho de produto no resenho de identidade visual, seguindo os preceitos do design estratégico.

Técnicas e Táticas Técnicas analíticas de produto industrial; abertura de hipóteses de estratégias de desenho­; pesquisas referenciais visuais e físicas.

Intenções Estratégicas Utilizar o planejamento estratégico do design gráfico em favor da recriação da imagem cor­ porativa da empresa, a fim de obter o reposicionamento da mesma no mercado.

Oportunidades A força da marca no mercado e o desejo de criar uma imagem corporativa diferenciada, competitiva e compatível com o momento atual da empresa. Figura 12 (Planejamento estratégico)


38 TEORIA DE DADOS

DESENHAÇÃO

IDENTIFICAÇÃO

A identificação é o entendimento das motivações e dos obje­tivos de um problema. Inicia-se com a definição do proble­ ma (figura 15), ou seja, o ato de formar problemas a partir da delinea­ção gráfico-verbal do produto. Com o problema delineado, é preciso delimitá-lo, ­restrin­gindo-o, demarcando-o, circunscrevendo seu “fundo”, no qual o processo projetual se desenvolverá. A delimitação (figura 16) relaciona-se a Ambiente, Sistema e Artefato (GOMES, 2009).

Delimitação

Taxionomia

Figura 13 (Formação de equipe); figura14 (Identificação)

FORMAÇÃO DE EQUIPE Leitura de fatores

Para o desenvolvimento do projeto, contaremos com a equipe de três designers: Lucas Alfaix, Mariana Rizzi e ­Nathan Felipe Santos, contando com orientação da Profa. Dra. Andréia Bordini de Brito.


TEORIA DE DADOS 39

DEFINIÇÃO A marca da empresa HD tecnologia vem do disquete “HD”, que significa high density. A construção da mesma foi feita a partir do arranjo tipográfico encontrado no disquete, porém, foram feitas algumas alterações para que se adequasse a imagem­ da empresa. No “HD” encontrado no disquete, as iniciais são unidas e formadas de retas paralelas, estabelecendo assim, formas sem preenchimento. Para solidificar a imagem da empresa, foi adicionado preenchimento às iniciais e em seguida foi feito um corte nas extremidades para modernizar e dar estabilidade ao logo­ tipo. Por fim, o retângulo central que une os outros dois maiores da letra H, foi substituído por um triângulo, remetendo ao símbolo de “play”, dando movimento ao símbolo. A combinação de cores escolhida foi preto e vermelho. O vermelho aparece no triângulo que forma a letra H, e o preto cabe a todo o restante do símbolo. A cor vermelha traz energia e dinamismo, é provocante e sedutora, por ser um vermelho bordô chega a ser autoritário. O preto, por sua vez, foi empregado para transmitir peso, solidez, imponência e luxo. Ao símbolo foi adicionado “tecnologia em informações” na fonte Crillee. A família tipográfica é uma linear neo-grotesca que transmite poder e velocidade devi­ do à sua inclinação para a direita, suas formas geométricas e suas semi-serifas.

DELIMITAÇÃO Redesenho de identidade visual corporativa através do planejamento estratégico.

Figura 15 (Definição); figura 16 (Delimitação)

Marca High Density (de cima); marca HD Tecnologia (debaixo)


40 TEORIA DE DADOS

Para melhor entender o mundo e para bem transmitir aos outros o que estava se referindo, foi necessário criar nomes e qualificações para todas as coisas, seres vivos e fenômenos (KLAFKE, 2003). A próxima etapa, a taxionomia, é desenvolvida nesse sentido de classificar o produto que está sendo desenvolvido a fim de obter subsídios que somem ao processo criativo. A taxionomia (figura 17) é dividida em: taxionomia alfabética que se refere à organi­ zação através da sucessão alfabética, taxionomia contínua que compara os produtos através de sua magnitude, taxionomia temporal que classifica através de sequência cronológica, taxio­nomia locacional que organiza as referências em localização geográfica e taxionomia categorial que compara os critérios de semelhança ou aparência do produto.

TAXINOMIA Ordem alfabética •Aoki Sistemas - www.aokisistemas.com.br •ATS Informática - www.atsinformatica.com.br •Bematech - www.bematech.com.br •C&S Informática - www.cisinformatica.com.br •Cigam - www.cigam.com.br •Cognum - www.principhia.com.br •Exactus Software - www.exactus.com.br •Intelecta Tecnologia - www.intelecta.com.br •Jiva - www.jiva.com.br •Oracle - www.oracle.com •SAP - www.sap.com •SIL - www.silrs.com.br •Sirrus - www.sirrus.com.br •TOTVS - www.totvs.com


TEORIA DE DADOS 41

sarial / Automação comercial Locacional

Nacionais

TOTVS Brasil

Sirrus

Porto Velho ­ RO

Jiva

Uberlândia-MG

Intelecta Tecnologia

São Paulo – SP

Aoki Sistemas

Campinas – SP

Consistem

Jaraguá do Sul – SC

Cigam

Novo Hamburgo ­ RS

SIL

Caxias do Sul ­ RS

Internacional

Oracle

Estados Unidos

SAP

Alemanha


42 TEORIA DE DADOS

Contínua Pequeno porte

•C&S Informática •Aoki Sistemas •Intelecta Tecnologia

Grande porte •Cigam •Oracle •TOTVS •SAP

Médio porte

•ATS Informática •Bematech •Cognum •Exactus Software •Jiva •Sirrus •SIL

Categorial Empresas que vendem e implementam o sistema:

ATS Informática, Aoki Sistemas, Cigam, Cognum, Exactus, Oracle e SIL.

Empresas que vender hardware e software: Bematech, Sirrus e Intelecta Tecnologia.

Empresas que atuam no segmento de micro e/ou pequenas empresas:

Aoki Sistemas, ATS Informática, Bematech, C&S Informática, Consistem, ­Cognum, Intelecta Tecnologia, Jiva, SIL e Sirrus.

Empresas que atuam no segmento de médias e/ou grandes empresas: Cigam, Oracle, Totvs, SAP e SIL. Figura 17 (Taxionomia)


TEORIA DE DADOS 43

A fim de detectar deficiências informacionais que devem ser superadas, deve-se organizar de forma exaustiva as informações sobre atributos de um produto, anotando tudo o que se sabe sobre ele, seu uso e eventuais problemas (BONSIEPE, 1984). A lista de verificação (figura 18) divide-se em oito categorias de análise: a empresa, os produtos, o mercado, a concorrência, os fornecedores, a distribuição, a comunicação e o público-final.

LISTA DE VERIFICAÇÃO A empresa •Nome: HD Tecnologia •Fundada em: 1994 •Local de Fundação: Goiânia •Breve Histórico da Empresa: Atuando há 17 anos no mercado a HD Tecnologia é presente em cerca de 1.800 municípios do país oferecendo soluções em gestão em­ presarial e automação comercial. A empresa tem como objetivo oferecer soluções que se adequem as necessidades do cliente e foca diretamente na solução dos problemas vitais, permitindo que essa empresa em um segundo momento se organize e cresça. •Segmento de mercado que atua: Soluções em gestão empresarial e automação comercial •Mercados regionais onde está presente: Mercado Goiano e indiretamente em outros municípios do Brasil.


44 TEORIA DE DADOS

Os produtos A HD Tecnologia trabalha na criação de sistemas de gestão comercial personalizado que se adequam as necessidades dos seus clientes e tem como o produto principal a ferramenta Lírio Evolution que são destinados à micro, pequenas e médias empresas. Não possuímos informações referentes aos valores aplicados pela empresa no mercado. A empresa emprega esforço na busca de novos produtos e serviços e busca oferecer para seus ­clientes tecnologias alinhadas aos mercados produtores de tecnologia na área. A HD busca oferecer serviços personalizados, que atuam diretamente na solução dos pro­ blemas das empresas e não apenas distribuir sistemas prontos aos seus clientes.

O mercado •Mercado em que atua: mercado brasileiro, 80% goiano. •As empresas/pessoas que utilizam seus produtos/serviços como consumidores finais: micro, pequenas e médias empresas que procuram automatizar seus sistemas ou tem a neces­ sidade pelas novas leis federais que exigem a emissão de nota fiscal. •As empresas/pessoas que utilizam seus produtos /serviços como componentes dos serviços que produzem/prestam: Os usuários utilizam apenas como apoio para tomada de decisão. •Setores potenciais ainda inexplorados: mercado em expansão e novas tecnologias lançadas no mercado que buscam facilitar e aperfeiçoar o trabalho das empresas/clientes consumidores. •Como está o mercado atualmente, perspectivas a curto, médio e longo prazo: mercado latente, crescente em função das politicas macro econômicas do governo federal. •Pesquisas para novos mercados: existe para nordeste e norte onde as grandes empresas não pretendem focar seus trabalhos.


TEORIA DE DADOS 45

A concorrência •Os concorrentes da empresa: TOTVS, C&S Informática, Bematech •A imagem delas no mercado: SAP e TOTVS são empresas globais e estão um nível acima, trabalham apenas com grandes empresas e valores. Bematech tem uma forte imagem ligada a venda de hardware nos segmentos, é também líder de mercado. Aproveita a venda dos produtos e vende junto soluções prontas que levam sua marca. C&S tem uma imagem ruim por problemas no suporte, mas o produto é considerado bom. •Os diferenciais dos concorrentes em relação à empresa em termos de: Preços: o preço da HD é abaixo da TOTVS. O dobro da C&S Informática e mais de três vezes o preço da Bematech. Produto: o diferencial está na implantação, no suporte e no atendimento. •As estratégias já identificadas dos concorrentes: a C&S tem como estratégia o preço, eles ganham o cliente pelo preço, tentando cobrir ofertas.zt A Bematech atinge o público que já comprou o hardware da empresa e precisa de um sis­ tema para esse hardware. A SAP e TOTVS são empresas multinacionais que aproveitam empresas que atingem merca­ dos estrangeiros e podem pagar valores altos pelos produtos. •Pontos fortes e fracos da empresa: o ponto forte é serviço agregado e satisfação do cliente no final. O tamanho da empresa é o ponto fraco. •Atitudes que já foram tomadas pela empresa em função da atuação da concorrência: ajudar a fundar e reunir todos os concorrentes na COMTEC (Comunidade Tecnológica de Goiás) e também visou todos os concorrentes quando decidiu abrir a empresa.


46 TEORIA DE DADOS

A distribuição •Formas de distribuição: empresas filiais distribuem os produtos e serviços da HD tecnologia. •Formas de compra: a empresa chega até os clientes e procura formadores de opinião como empresas de contabilidade e gestão que o levam até os clientes. A em­ presa foca em oficinas mecânicas e empresas de material de construção que neces­ sitam de um sistema de gestão empresarial maior, mas também fornecem serviços para outros ramos de comércio. •Problemas de distribuição: não existe pelo acesso remoto através da internet que existe hoje.

O público final •Os usuários finais dos produtos/serviços: pequenas e médias empresas interes­sadas em gerir estrategicamente seus negócios. •O Marketing da empresa tem tentado atingir os diversos segmentos responsáveis pelo processo de aquisição, Como: selecionando possível consumidor através de empresas que oferecem outros tipos de serviços, como gestores empresariais e contadores. •A comunicação como esse público: comunicação básica através do telefone sobre informações relevantes para o cliente.


TEORIA DE DADOS 47

A comunicação •A comunicação da empresa com: Público consumidor final; Público fornecedor; Público interno (funcionários, vendedores); Formadores de opinião no mercado, tipo de informação a empresa tem passado: Público Interno - na empresa existe mural nas salas e existe o manual do colaborador, tam­ bém existe um e-mail para toda a equipe que os deixam a parte de tudo que acontece na empresa. Consumidor Final - as assistentes comerciais têm a listagem de todos os clientes e passam informações relevantes para todos através de telefone ou e-mail. Público fornecedor - Não existe comunicação com o público fornecedor. •Canal específico e definido de contato com algum público: Pelo site da empresa, tele­fone, murais e folders informativos. •Eventos junto ao público (convenção de vendedores/representantes) e resultados: A em­ presa realiza periodicamente um evento chamado “Segredos do Sucesso”, onde é selecionado um líder de algum segmento que foi cliente da empresa e conta os resultados obtidos para clientes e possíveis clientes da HD. •Eventos ou feira de negócios que a empresa participou ligado à sua área de atuação e resultados: A empresa participou da CEBIT, maior feira de tecnologia da informação na Alemanha para o levantamento de informações e conhecimento de tecnologia. E irá participar da Riosoft para captar novos canais de distribuição de seus produtos. •Publicidade feita pela empresa: Apenas através de relacionamento de parceiros e internet. Figura 18 (Lista de verificação)


48 TEORIA DE DADOS

Para equacionar simultaneamente os elementos estruturais e físicos necessários ao projeto, é pre­ ciso fazer a leitura de fatores (figura 19) relevantes na aplicação gráfica dos principais concorrentes. São eles: Aoki Sistemas, Bematech, C&S Informática, Oracle, Totvs e SAP.

LEITURA DE FATORES TOTVS

Antropologia Ecologia

O degradê em tons azulados do símbolo confere uma policromia à assina­

Ergonomia

e sem modulação.

Geometria

dade de elementos e cores dentro do mesmo.

Mercadologia Psicologia

­

delimitarão custo e não facilitarão as aplicações. A letra T do símbolo se fecha, através da gestalt, na mente do receptor fazendo alusão da Terra com o nome da empresa.


TEORIA DE DADOS 49

Oracle

Antropologia Ecologia

um programa que resolve tudo. A monocromia da assinatura visual visa contemplar o aproveitamento dos

Economia Ergonomia

Geometria Mercadologia

senta síntese visual.

­

e, assim, uma boa promoção do mesmo.

Psicologia

referência ao simbolismo do oráculo.

Tecnologia

dade visual.

­


50 TEORIA DE DADOS

Aoki Sistemas

Antropologia Ecologia Economia Ergonomia

Geometria Mercadologia Psicologia Tecnologia


TEORIA DE DADOS 51

Bematech

Antropologia

Evolução e progresso são representados pelas sequência de elipses que demonstram comportamento.

Ecologia Economia Ergonomia

Geometria Mercadologia Psicologia Tecnologia

Formas geométricas podem ser detectadas na construção do símbolo. O empreendedorismo da empresa é representado pelas elipses que compõem o símbolo.


52 TEORIA DE DADOS

Antropologia Ecologia Ergonomia

Geometria Mercadologia Psicologia Tecnologia


TEORIA DE DADOS 53

SAP

Antropologia

Pode ser percebido pela linha curva da letra A transparece, culturalmente, um sorriso.

Ecologia Ergonomia

Conhecimento, experiĂŞncia e tecnologia, sĂŁo os conceitos da empresa que podem ser percebidos na marca. Geometria Mercadologia Psicologia Figura 19 (Leitura de fatores)


54 TEORIA DE DADOS

Por fim, a última etapa da identificação é a problematização (figura 20), que consiste em configurar o problema como um todo a partir da identificação de uma atividade estra­ tégica através das três perguntas Bonsiepanas, da definição da situação inicial e da delimi­ tação da situação final do projeto.

PROBLEMATIZAÇÃO O que desenvolver com o projeto? Reconstruir e reposicionar a identidade visual da empresa.

Porque projetar uma nova identidade visual? A marca não evolui com a empresa, que cresceu e encontra-se em um novo es­ tágio na sua história. E percebe-se a importância da identidade visual nas estratégias futuras da empresa em busca de novos mercados e valor agregado.

Situação inicial Redesenhar a identidade corporativa visual da HD Tecnologia, empresa de gestão e tecnologia, aplicando o planejamento estratégico.

Situação final Identidade visual corporativa condizente com os valores da empresa, implemen­ tada e otimizada. Figura 20 (Problematização)


TEORIA DE DADOS 55

Desenhação

Preparação

Diacrônica e sincrônica

Figura 21 (Preparação); figura 22 (Técni­ cas analíticas linguísticas)

Paradigma e sintagma

O processo criativo prossegue, então, com a preparação (figura 21) que, por sua vez, permite a construção e a organização dos conhecimentos, através da utilização de técnicas analíticas linguísticas e desenhísticas, adequadas para o potenciamento do vocabulário e da fluência projetual dos desenhadores. A utilização de técnicas analíticas baseadas na linguística visa ampliar o vocabulário verbal e visual dos desenhadores, propi­ ciando o aumento da fluência projetual na solução dos problemas.

As análises linguísticas ou saussureanas (figura 22) são divididas em: • denotativa: a busca significa­ dos literários que os termos já pos­ suam, e conotativa: revisão de litera­ tura que trate do assunto relacionado com o tema que envolve “as imagens sonoras e visuais” de conceitos; • diacrônica: reconhecimento do desenvolvimento histórico e suas mu­ tações no tempo, e sincrônica: identi­ ficação do universo do segmento em que está inserido aquele cliente, seus concorrentes, suas linguagens e recur­ sos gráficos; • paradigma: definição e orde­ nação das propriedades essenciais das unidades dos produtos, e sintagma: reunião de vários paradigmas.


56 TEORIA DE DADOS

ANÁLISE LINGUÍSTICA DENOTATIVA Sistema Do Grego synístanai, “colocar junto ao mesmo tempo”, de syn-, “junto”, maishístanai. Systema passou a designar “reunião de diversas partes diferentes”. • Conjunto de elementos (concretos ou abstratos) interligados e que funciona como um todo estruturalmente constituído. • Conjunto de ideias que configuram uma concepção do mundo e da ­condição humana. • Complexo de normas e padrões de organização da economia, do exercício­do poder e da sociedade. • Conjunto de estabelecimentos e instalações de um determinado setor de atividade ou de serviço. • Reunião bem ordenada de ideias e meios aplicados a certos fins; ­MÉTODO; PLANO. • Qualquer forma específica de classificação ou esquematização. • Equipamento composto de diversos integrantes interdependentes. • Complexo de estruturas políticas, éticas e estéticas preponderantes numa dada ­ordem social. • Procedimento, técnica utilizada por uma pessoa para organização de atividades profissionais, pessoais, domésticas, etc. Tecnologia Do Grego TEKHNE, “relativo à arte, aos trabalhos de artesão”. Um derivado desta é tecnologia, de TEKHNE mais LOGOS, “estudo, tratado, palavra”. • Conjunto de ideias, conhecimentos e métodos para construir algo de forma racional.


TEORIA DE DADOS 57

• Aplicação dos conhecimentos científicos à produção em geral. • Maquinário sofisticado. Gestão Do Latim GESTIO, “ato de administrar, de gerenciar”, de GERERE, “levar, realizar”. • Ação ou resultado de gerir; ADMINISTRAÇÃO; GERÊNCIA. • O período que dura essa ação Empresarial (Empresa) Do Italiano IMPRESA “atividade a que uma pessoa se dedica”, do Latim EMPREHENDERE, formado por EM-, “em”, mais PREHENDERE, “pegar, capturar, levar diante de si, segurar”. • Qualquer coisa que se empreende, que se tem a iniciativa de realizar; EMPREENDIMENTO. • Qualquer organização que produz e/ou vende bens ou serviços; FIRMA. • Firma organizada juridicamente. Software Do inglês soft+-ware, antônimo de hardware (“o computador­ em si”). Termo cunhado em 1953 por Paul Niquette e usado pela primeira vez em papel por John Tukey em 1958. • As instruções do computador, normalmente modificável (a menos que armazenados em alguma forma de memória inalte­ rável tal como a ROM). • Programas que seguem uma lógica definida pelo pro­ gramador para executar tarefas pré- determinadas.


58 TEORIA DE DADOS

CONOTATIVA Gestão Estratégica de Empresas É um termo que se refere às técnicas de gestão, avaliação e ao conjunto de ferramen­ tas respectivas (como software) concebidas para ajudar empresas na tomada de decisões estratégicas de alto nível. Tipicamente é utilizado um sistema de informação estratégico (SIE) para gerir a informação e assistir no processo de decisão estratégica. Os SIE representam a evolução natural dos sistemas de informação de gestão face às necessidades das empresas em tirar partido da informação recolhida e processada por forma a ganhar vantagem com­ petitiva e quiçá redefinir os objetivos da empresa para reajustá-la às alterações ambientais. Sistema de Informação É a expressão utilizada para descrever sistema seja ele automatizado (que pode ser denominado como Sistema de Informação Computadorizado), ou seja manual, que abrange pessoas, máquinas, e/ou métodos organizados para coletar, processar, transmitir e dissemi­ nar dados que representam informação para o usuário e/ou cliente. Tecnologia da Informação É a área de conhecimento responsável por criar, administrar e manter a gestão da in­ formação através de dispositivos e equipamentos para acesso, operação e armazenamento dos dados, de forma a gerar informações para tomada de decisão.

DIACRÔNICA Dentre as empresas citadas, HD Tecnologia, C&S Informática, Bematech, TOTVS e SAP, a única que houve mutação na sua visualidade foi a Bematech. A empresa foi criada em 1989, a partir de uma dissertação de mestrado apresentada por dois alunos de infomática


TEORIA DE DADOS 59

Figura 23 - marca antiga Bematech

Figura 24 - marca nova Bematech

industrial, e tornou-se a primeira companhia brasileira a fabricar mini-impressoras em larga escala. A empresa, porém, queria se tornar uma provedora completa da área de informática, produ­ zindo equipamentos, softwares e oferecendo serviços completos de automação comercial no Brasil e no exterior e necessitava, portanto, reposicionar sua marca no mercado e criar uma per­ sonalidade que refletisse esse novo posicionamento. A antiga marca da Bematech (figura 23) era formada por um símbolo composto de duas elipses. A elipse interna, azul, é en­ volvida por uma elipse maior, incompleta. O símbolo representa a abrangência da atuação da empresa no mercado de automação comercial, reforçada com o uso da cor azul, aludindo tecnologia e fazendo com que o espectador penetre o olhar para a esfera central. As aberturas da esfera externa apresentam uma angulação que aponta para o “TECH” do logotipo, sendo reforçada pela ilu­ minação em degradê de cinza para branco que passa pela esfera menor. A tipografia é sem-serifa, com baixa modulação, mas com alta legibilidade. O logotipo “Bematech”, em preto, tem “Bema” em negrito e “Tech” em maiúsculo, para ressaltar tecnologia. A nova marca da Bematech (figura 24), formada também por logotipo e símbolo, representa dinamismo e evolução, com duas elipses que aludem ao empreendedorismo da empresa. Suas cores transmitem energia e atitude para oferecer soluções inovadoras. A tipografia, criada exclusivamente para a empresa, é sintética e moderna oferecendo um equilíbrio entre a tecno­ logia e o humano.


60 TEORIA DE DADOS

SINCRÔNICA A empresa oferece soluções de gestão empresarial e automação comer­ cial, investindo em captação e manutenção de pessoas com grande poten­ cial de resultados. O foco são redes de empresas onde uma grande empresa, centralizadora, influencia na ação de várias micro e pequenas empresas, que neces­sitam de apoio na gestão de suas empresas e tem atuação semelhante no mercado. Dessa forma, as micro e pequenas empresas terão ferramentas para serem tão competitivas quanto as centralizadoras. As principais concorrentes são: Bematech, C&S Informática; TOTVS e SAP. Tanto as concorrentes quanto a HD Tecnologia possuem marcas tipográ­ ficas e utilizam-se de siglas no logotipo, exceto a Bematech e a Totvs que pos­ suem símbolos. A única que não apresenta azul ou verde em sua assinatura visual é a HD Tecnologia, que utiliza o bordô como sua cor institucional, tendo, assim, uma linguagem visual marcante pelo uso da cor vermelha no ambiente físico, no site e nos impressos institucionais. Todas as empresas tem como público-alvo pequenas e médias empresas, investem em tecnologia de informação e tem mais de 15 anos de atuação no mercado, mas apenas a SAP possui sua imagem forte e diferenciada no mercado. O diferencial das empresas é que elas não são apenas Software House´s, ou seja, elas não criam soluções genéricas para seus clientes, mas sim soluções que se adequam à necessidade de cada uma das empresas-clientes. A única empresa que se diferencia em relação aos serviços prestados é a Bematech, que além dos softwares de automação comercial, vende os hardwares que compõem o sistema.


TEORIA DE DADOS 61

PARADIGMA E SINTAGMA As principais concorrentes da HD Tecnologia, apresentadas no briefing, foram divididas em três categorias baseadas em suas identidades visuais. Observou-se três empresas com suas marcas configu­ radas em tipografia + símbolo: TOTVS, Bematech e C&S Informática; uma empresa com emblema: SAP; e a HD Tecnologia com sua identidade visual como monograma (figura 24). A partir dos sintagmas apresentados é possível observar que a composição da marca, com símbolo ou um emblema, não interfere na qualidade de apre­ sentação das identidades. Os paradigmas presentes em todas as marcas: cor, tipografia e forma, têm sua particularidade, porém existe uma unidade, na grande maioria. Pode-se destacar a marca da HD Tecnologia como a mais destoante entre as apresentadas. As cores das concorrentes têm matizes mais suaves, verde e azul. O azul possui conotação de constância e vitalidade, restauração e preservação da visa por sua associação com a água, enquanto o verde apresenta bem-estar, estabilidade, equilíbrio e harmonia. (AM­ BROSE E HARRIS, 2005).

SÍMBOLO + TIPOGRAFIA

EMBLEMA

MONOGRAMA

Figura 24 (Sintagmas)


62 TEORIA DE DADOS

A tipografia das concorrentes, segundo classificação tipográfica Vox/AtypI de 1954, são lineares, ou tipos sem serifa. Enquanto a marca da empresa em estudo nesse projeto apresenta­ uma tipografia classificada de Incisos, que pos­ suem semi serifas (NIEMEYER, 2006). Índice mais comum entre as marca são as formas, pois todas buscas expressar dina­ mismo, algumas em formas arredondadas como a Bematech e TOTVS, enquanto outras optam por formas angulosas como a SAP e HD Tecnologia. Procurando identificar problemas na construção das marcas foi feita a análise das linhas de construção e formação. As empresas SAP, Bematech e HD Tecno­ logia não apresentam problemas nas linhas de construção de suas identidades visuais, sendo que suas marcas apresentam a possibilidade de aplicação em diversas formas, demonstrando a versatilidade e aplicabilidade dos desenhos.


TEORIA DE DADOS 63

O desenho da TOVTS é complexo e não privilegiam as linhas de configuração, des­ configurando a marca, decorrente de certas aplicações. Enquanto a marca da C&S In­ formática é poluída visualmente, com muita informação tipográfica e o símbolo é engo­ lido pela quantidade de tipos e a relação de tamanho dos mesmos. A partir das análises dos sintagmas das marcas, tanto da HD, quanto das concor­ rentes, é entendido que certos paradigmas têm que ser absorvidos como formas dinâmi­ cas e tipografias lineares. Mas alguns pa­ drões devem ser evitados, excesso de linhas na cons­trução da marca e muita informação, visual ou tipográfica.

Figura 25 (Paradigmas)


64 TEORIA DE DADOS

Já nas técnicas analíticas desenhísticas, a função é detalhar estrutura, função e morfologia dos produtos analisados anterior­ mente pela linguística, preparando o trabalho e o esclarecendo o problema projetual. As análises desenhísticas (figura 26) são divididas em: • estrutural: tem a função de reconhecer os elementos que contribuem para seu desenho gráfico (figura 27); • funcional: visa reconhecer e compreender as funções dos componentes do subsistema do produto, fazendo o planejamen­ to gráfico visual do mesmo (figura 28); • morfológica: retrata a análise das peças em relação às leis de simetria, harmonia, equilíbrio e posição dos elementos que formam sua estrutura, incluindo também informações sobre acabamento cromático e tratamento das superfícies.

Estrutural

Funcional

Morfológica Figura 26 (Técnicas analíticas desenhísticas)


TEORIA DE DADOS 65

ANÁLISE DESENHÍSTICA ESTRUTURAL TOTVS

SAP

Bematech

Símbolo

TOTVS

COMPONENTES

PARTES

ASSINATURA VISUAL

HD Tecnologia

Figura 27 (Análise estrutural)


66 TEORIA DE DADOS

FUNCIONAL HD Tecnologia • Cores: Pouco comum no segmento, mas traz destaque para a empresa entre as outras marcas do segmento. • Contraste: Baixo. O tom de vermelho escolhida está muito próximo da vi­ bração cromática do preto. • Tipografia: A fonte escolhida apresenta alguns problemas, mas cumpre seu papel trazendo imponência para o logo e o itálico traz movimento para o símbolo. • Leiturabilidade: Boa • Legibilidade: Boa • Aplicações e Reduções: Boa

SAP • Cores: Utiliza o azul que representa tecnologia e combina a cor principal com diversas outras cores nas aplicações. • Contraste: Satisfatório. • Tipografia: Moderna e que funciona bem em todas as aplicações da marca e subsistemas. • Leiturabilidade: Boa • Legibilidade: Boa • Aplicações e Reduções: Ótimo. A tipografia e a caixa que a envolve o logotipo permitem que a marca seja aplicada em escalas menores

TOTVS • Cores: Utilza o azul que representa tecnologia na marca e em todas as aplicações. • Contraste: Ótimo.


TEORIA DE DADOS 67

• Tipografia: Ótima, moderna e com presença nas aplicações. • Leiturabilidade: Boa • Legibilidade: Boa • Aplicações e Reduções: Os detalhes do logo podem ser prejudicados em reduções mínimas e em aplicações em outros materiais que exijam uma cor apenas.

C&S Informática • Cores: Verde azulado que não necessariamente remete a tecnologia ou qualquer outro significado pertinente para a marca. • Contraste: Bom. • Tipografia: Não apresenta um estudo tipográfico suficiente para a construção da marca, tipográfica muito fina e sem peso, que não contrasta com o símbolo. • Leiturabilidade: Boa • Legibilidade: Boa • Aplicações e Reduções: A marca se perde nas reduções, além de não possuir um estudo entre suas relações de distâncias que deixa a tipografia distorcida e o sím­ bolo perdido no espaço.

Bematech • Cores: Utiliza o verde que não é comum no segmento, mas que apresenta no discurso da marca uma justificativa plausível para essa escolha. • Contraste: Ótimo. • Tipografia: Ótima. Foi criada especial para o logotipo e demais aplicações. • Leiturabilidade: Ótima. • Legibilidade: Ótima. • Aplicações e Reduções: Ótima, apresenta todos os estudos necessários na construção da marca. Figura 28 (Análise funcional)


68 TEORIA DE DADOS

ANÁLISE DESENHÍSTICA MORFOLÓGICA SAP

A marca da SAP, apesar de ser um trapézio, apresenta simetria, tanto horizontal, quanto­vertical. Essa simetria pode ser observada nos cortes a cima e são reconhecidas na continuidade, lei da gestalt.

Visualmente a SAP apresenta uma harmonia, nas cores, aplicação da tipografia sobre o símbolo e principalmente no conjunto. Essa harmonia confere a marca força e, principal­ mente, confiança. A SAP trabalha com um vasto público-alvo e necessita de uma marca que comunique com todos esses clientes. A identidade visual da empresa apresenta equilíbrio, pois as partes se completam. É um desenho contínuo, dinâmico e simples.


TEORIA DE DADOS 69

O trapézio, do símbolo da SAP, é posicionado com sua ponta angulosa à direta e na parte superior, que transmite um crescimento elevado, para frente, evolução. Os elementos da marca completam-se. A tipografia foi disposta dentro do símbolo dando uma unidade visual para a marca e principalmente permitindo que o desenho tivesse continuidade, sem quebras ou peso abaixo e ou ao lado do símbolo.

TOTVS

O símbolo da TOTVS não apresenta simetria, nem horizontal, nem vertical, pois seu desenho é mais complexo, o que dificulta apresentar essa característica. Porém, a assimetria é aceitável por ser a simplificação de um globo terrestre, figura familiar às pessoas. A marca apresenta harmonia, pois o símbolo foi desenhado com um T, que contrapõe o peso das figuras dos continentes.

Apesar de o desenho ser harmônico a marca é bastante carregada de elementos. A cor em degradê faz com que esse peso fique mais nítido.


70 TEORIA DE DADOS

O posicionamento do T dentro do símbolo traz equilíbrio horizontal, mas deixa um espaço muito grande quando se tem um corte vertical. O equilíbrio do símbolo com a tipo­ grafia é bom, deixando a marca mais homogênea, mas o balanceamento do emblema deixa a desejar.

Bematech

Assimétrico, verticalmente e horizontalmente, é o desenho da marca da Bematech. Essa falta de simetria deixa o símbolo dinâmico. Os componentes gráficos da marca são cor­ respondentes, fazendo com que a gestalt a complemente. O símbolo apresenta equilíbrio dinâmico e é harmônica. O desenho é composto por duas elipses. A elipse menor retirada da elipse maior faz com que o desenho se comple­ mente e tenha movimento.

A tipografia disposta na parte inferior da marca complementa o símbolo, além de ter sido construída exclusivamente para a identidade visual.


TEORIA DE DADOS 71

A marca apresenta uma hierarquia visual cromática. O símbolo que tem maior destaque visual, pela sua centralidade é amenizada pela cor da tipografia, preto que deixa a leitura agradável.

HD Tecnologia O monograma da HD Tecnologia apresenta simetria unilateral. Isso é possível, pois as letras que compõem a marca têm simetria vertical.

A marca é harmônica, as duas letras são complementares, não havendo espaços entre elas. O símbo­ lo é composto pelo desenho de duas letras, que foram cortadas nas extremidades. Esse corte dá a marca maior estabilidade, mas também transmite uma falta de movimento. A posição da escrita “Tecnologia” dá equilíbrio para a identidade, visto que se fosse disposta na lateral do símbolo deixaria a marca muito horizontal. Porém, o tamanho da escrita poderia ser revisto e melhor alinhado com o desenho.

A cor é o elo entre o conjunto marca, pois a tipografia usada não é harmônica com o símbolo. O desenho apresenta uma dureza e obsoletividade que a escrita não tem.


72 TEORIA DE DADOS

C&S Informática

A marca da C&S Informática não apresenta simetria. Mas a composição do símbolo é equilibrada e harmônica. Como o símbolo foi construído com dois C, dispostos de forma a terem um complemento e formando uma nova letra, S. O símbolo apresenta movimento e dinamicidade. O equilíbrio é devido a organização que deixa as duas partes equidistantes.

Porém, a marca como conjunto é disforme devido a escolha cromática, que não é com­ plementar e destoa em relação ao segmento da empresa. O posicionamento da marca não é equilibrado deixando-a muito horizontal. O símbolo e a tipografia se comunicam, mas o excesso de informações escritas deixa a marca pesada e sem hierarquia.


TEORIA DE DADOS 73

A próxima etapa da desenhação é a incubação (figura 29). Ela consiste em uma pausa, voluntária e involuntária, para restabelecer vigor e força para mente criadora. O desenhador deve interromper o projeto a fim de descansar o corpo, para facilitar o processo criativo e deixar seu inconsciente fazer o seu trabalho de associação de ideias, seguindo o seu trabalho de analogia. Voltando para o problema visualmente e não mais verbalmente, com lampejos de solução em direção à iluminação, inicia-se a esquentação (figura 30), a quinta etapa do pro­ cesso criativo.

Desenhação

ESQUENTAÇÃO

Preparação

Lista de requisitos

Incubação

Arrolamento de atributos

Figura 29 (Incubação), figura 30 (Esquentação)

Caixa Morfológica


74 TEORIA DE DADOS

Para iniciar esse processo, são feitos painéis semânticos categorizando três concei­ tos (figura 31) que representem a imagem do público-alvo e da empresa. Após a definição do perfil do público-alvo e dos seus hábitos e costumes (figuras 32) são feitos, então, dois painéis­: o usuário/ambiente e o usuário/produtos. A partir de tais painéis, é feita uma paleta cromática (figura 33), com as cores mais presentes nas imagens, divididas em cores quentes e cores frias.

PAINEL SEMÂNTICO

MODERNIDADE

SIMPLICIDADE

DINAMISMO

Tranquilidade

Unidade

Velocidade

Luxuosidade

Singeleza

Energia

Confortabilidade

Naturalidade

Rapidez

Personalização Elegância

Qualidade

Força

Leveza

Movimento

Figura 31 (Painel semântico)


TEORIA DE DADOS 75

Público alvo Empresários, maioria do sexo masculino, de 30 a 40 anos, que possuam micro, pequenas ou médias empresas, classe média e média-alta e queiram automatizar ou gerir o sistema das mesmas. A renda mensal é de 3 a 15 mil reais. São pessoas que buscam agilidade, conforto, velocidade, prati­ cidade, pela própria condição de tempo disponível. Eficiência e personalização são fatores que as em­ presas querem adicionar ao seu sistema para transmitir credibilidade e segurança aos seus clientes.

Hábitos e costumes São casados e possuem de dois a três filhos, em média. Moram em casas de no máximo dois andares, apartamentos mais compactos estilo americano ou até condomínios fechados, todos de 2 a 4 quartos, sendo que 25% dessa camada vive de aluguel. São pessoas que se preocupam mais com o conforto e durabilidade, mas estão antenadas com as novidades em tecnologia, decoração, esportes e preocupam-se com a segurança da família. Perseverantes, ativos, dinâmicos, esforçados e com personalidade teimosa e ansiosa. Tem um nível médio de estresse cotidiano por estarem sempre se desviando de empecilhos que atra­ palhem o crescimento de sua empresa. Outra característica relevante dos pequenos e médios empreendedores é que cerca de 60% deles abrem empresas familiares ou com sociedade. A tomada de decisão é baseada na experiência ou julgamento do proprietário, pois o mes­ mo, na maioria das vezes, não dispõe de tempo nem habilidade necessária para adotar uma ativi­ dade mais analítica e estratégica. A carga horária desse tipo de usuário é de 12 a 15 horas de trabalho por dia e tem uma vida social pouco ativa, mas nas horas livres prefere ficar com amigos e familiares. Suas vestimentas são finas e elegantes, mas não totalmente formais. São preocupados com os acontecimentos mundiais, assistem televisão e estão sempre conectados à internet. Figura 32 (Público-alvo; Hábitos e costumes)


76 TEORIA DE DADOS

CORES FRIAS


TEORIA DE DADOS 77

CORES QUENTES Figura 33 (Paleta cromรกtica)


78 TEORIA DE DADOS

PAINEL DE CONCEITOS ANTテ年IMOS muito feminino velho bonito

x

passivo caro charmoso comum amigavel relacion. ao negocio alegre simples harmonioso luminoso rico

+/-

x x x x

quente

x

agradテ。vel natural forte Figura 34 (Painel de conceitos antテエnimos)

x

x x x

x x x

+/-

muito

x

x

x

x x

x

banal popular

neutro

masculino novo feio bruto barato seco diferente n/relacion. ao negocio profundo triste complexo discordante

x

apagado pobre

x x

profundo austero de elite

x

vulgar frio

x

desagradテ。vel fraco


TEORIA DE DADOS 79

Requerimentos de uso Requerimentos de função

LISTA DE REQUERIMENTOS

Ainda nos painéis semânticos, também foi construído um painel de conceitos antônimos (figura 34) pertinentes ao trabalho­, onde foram marcados os que possuíam uma escala de importância maior, criando mais diretrizes para a futura geração de alternativas visuais. Com o intuito de limitar as alternativas do solucionador de produtos, é feita uma lista de requerimentos, variáveis que devem cumprir uma solução quantitativa e qualitativa, fixadas previamente por uma decisão, pela natureza ou por requisitos legais, ou por qualquer outra disposição que tenha que cumprir o solucionador do problema (RODRIGUEZ, 1980). Os requerimen­ tos são divididos em: uso, função, estrutura, técnico-produtivos, mercado, identificação e legal (figura 35).

Requerimentos de estrutura

Requerimentos de mercado

Requerimentos formais

Figura 35 (Lista de requerimentos)

Requerimentos legais


80 TEORIA DE DADOS

Os requerimentos de uso são aqueles que se referem à in­ teração indireta entre o produto e o usuário. Os requerimentos de função são aqueles que se referem aos princípios físico-químicos-técnicos de funcionamento de um produto. Os requerimentos estruturais referem-se aos componentes, partes e elementos constituitivos de um produto. Os requerimentos técnico-produtivos se relacionam aos meios e métodos de maquinofaturar um produto. Os requerimentos de mercado são aqueles que aludem à comercialização, distribuição e demanda potencial do produto por parte de compradores individuais ou institucionais. Os requerimentos formais se referem aos caracteres estéti­ cos de um produto. Os requerimentos de identificação relatam as apresen­ tações bidimensionais ou tridimensionais que terão o produto, seja para identificar-se, ou dar a conhecer as operações que tem que executar o usuário para seu acondicionamento. Os requerimentos legais se relacionam com as leis que emanam do regime constitucional do país onde se gera o produ­ to, protegendo os direitos do autor do mesmo ou determinando como deve ser.


TEORIA DE DADOS 81

REQUERIMENTOS DE USO A. Praticidade: a nova identidade visual corporativa da HD Tecnologia deve ser maleável, ou seja, fácil aplicabilidade nos diversos usos que a empresa faz uso da marca, ou poderá vir a fazer, como: web (cores aditivas), impressos (cores subtrativas). B. Conveniência: a marca da HD deve transitar nas diversas mídias, de modo com que o usuário não perceba nenhuma quebra ou mudança. É apropriado que a marca tenha arquivos digitais, nas diversas extensões possíveis. C. Segurança: é adequado que a identidade visual da empresa apresente um padrão de apresentação. Também é necessário utilizar uma área de segurança, onde nenhum ele­ mento interfira no desenho da marca. D. Manutenção: as características máximas da identidade visual da HD devem ser as­ seguradas. O símbolo deve ter sua proporção mantida, não podendo ser distorcido, vertical ou horizontalmente, as cores devem ser mantidas ou utilizadas às aplicações em adequação ao fundo utilizado. A tipografia deve ser preservada e a grid da construção da marca mantida. E. Reparo: a marca da HD Tecnologia e suas futuras aplicações devem manter um ar­ quivo totalmente editável, para que num possível problema esse seja facilmente corrigido. F. Manipulação: a nova identidade visual corporativa da HD Tecnologia deve contemplar­ um manual do usuário da identidade, onde seja possível apreender todas as características de utilização da marca e suas futuras aplicações. G. Antropometria: a nova marca da HD Tecnologia deve ser trabalhada num tamanho adequado do desenho em relação a utilização do usuário. No âmbito virtual, o tamanho da marca deve ser proporcional na tela dos sistemas e no site da empresa, já nos impressos, papelaria deve estar em formato adequado ao público da empresa.


82 TEORIA DE DADOS

H. Ergonomia: a cor não deve interferir na leitura dos demais elementos da nova identidade visual. A tipografia utilizada na marca deve ter uma boa leiturabilidade e deve apresentar espaçamentos corretos. I. Percepção: a identidade visual deve ser assimilada e compreendia pelo usuário. A união do monograma HD deve deixar claro a escrita, evitando qualquer outra interpretação. J. Transporte: a nova marca contará com um DVD para transporte dos arquivos digitais e também pode haver um dispositivo remoto em FTP para fácil utilização dos colaboradores da empresa.

REQUERIMENTOS DE FUNÇÃO A. Mecanismos: a identidade visual da HD Tecnologia promoverá a utilização de mecanis­mos de impressão, em offset, para gerir a papelaria da empresa. Serão feitos cartões de visita, folders explicativos, pastas, timbrados. Também será empregada a utilização virtual de toda a identidade nas interfaces dos sistemas da HD e também no site e em possíveis layouts para apresentação. B. Confiabilidade: o redesenho da nova marca da HD está sendo construída embasada em métodos de criação e do planejamento estratégico, visando dar maior confiança ao resul­ tado final da marca para que ela seja adequada à empresa e aos seus usuários. C. Versatilidade: a construção da nova identidade visual corporativa da HD prevê sua uti­ lização nos diversos meios de comunicação utilizados pela empresa, seja eles impressos, offset, digital, serigráfico, ou em mídias digitais, painéis expositivos, sistemas e/ou site da corporação. D. Acabamento: o acabamento da marca será refinado digitalmente, mas esse refina­ mento também será expresso nos layouts desenvolvidos para as mídias impressas e digitais.


TEORIA DE DADOS 83

Deve ser escolhida uma gráfica de conhecida qualidade para execução da peças impressas da identidade visual. E. Resistência: a marca apresentada nesse trabalho foi desenvolvida para que a mesma apresente alto grau de leiturabilidade e assimilidade com o usuário. Seu manual também prevê sua redução máxima para que ela não perca essas características.

REQUERIMENTOS ESTRUTURAIS A. Número de componentes: a marca da HD Tecnologia terá símbolo, logotipo, padrão cromático e padrão tipográfico. B. Carcaça: a construção da identidade visual corporativa da HD Tecnologia terá como guia fundamental para utilização dos padrões componentes da marca o Manual de Identi­ dade Visual, a ser confeccionado. C. União: a marca terá em sua composição: símbolo, padrões tipográficos e cromáti­ cos. A união desses elementos deve ser respeitada de acordo com a grid construtiva que será elaborada, preservando assim a assinatura visual da HD. D. Centro de gravidade: a nova marca da HD Tecnologia deve trazer um dinamismo na sua simetria, mas sendo harmônica e equilibrada. E. Estruturabilidade: a identidade visual deve comportar em sua construção um símbolo­, coerente com a estratégia da empresa, um padrão tipográfico e cromático. Esses componentes formam a assinatura visual da empresa, que deve apresentar duas versões, vertical e horizontal.


84 TEORIA DE DADOS

REQUERIMENTOS TÉCNICO-PRODUTIVOS A. Bens de capital: para execução da marca da HD Tecnologia será utilizados materiais da própria equipe, computador. Para a fase de implementação da identidade será terceiri­ zada a parte gráfica, para gráficas parceiras. B. Mão-de-obra: o projeto prevê a utilização do trabalho dos designers envolvidos. C. Modo de produção: o produto final desse trabalho será um manual impressão em formato digital pela Alphagraphics, devido a qualidade e tempo de produção. D. Normalização: para impressão do manual será utilizado papel couchê e impressão digital, pelo custo/benefício apresentado pela gráfica.. E. Estandardização: o manual será impresso em formato 21x21 cm, visando o aproveita­ mento de papel e dando maior visibilidade ao produto que terá visualização micro e macro. O formato possibilita a utilização total da área, deixando o formato de algumas pranchas 21x42 cm. F. Pré-fabricação: os arquivos enviados para a gráfica estarão finalizados e fechados, ape­ nas para impressão, para que não haja erros no processo entre gráfica e finalização do produto. G. Linha de produção: durante a produção do manual terá três etapas, a pré-produção, impressão e acabamento, visto que a peça será impressa em formato digital. H. Matérias-primas: o manual será impressão em couchê fosco 120g/m² com acabamento em wire-o. I. Tolerâncias: devido a pequena tiragem do material o produto será confeccionado em impressão digital. Para outros produtos advindos da nova identidade visual, como timbra­ dos, é mais indicado a produção em impressão offset.


TEORIA DE DADOS 85

J. Controle de qualidade: todos os materiais que serão produzidos devem apresentar prova contratuais antes de a produção ser autorizada. L. Processo produtivo: a produção fica a cargo da gráfica, sob supervisão dos respon­ sáveis pelo projeto. M. Transporte: o transporte do material será feito pela equipe de design. N. Embalagem: qualquer peça a ser enviada pela empresa deve ser postada com a marca da empresa dentro dos envelopes corporativos. O. Embalar: as peças oriundas da nova identidade visual não podem ser dobradas, amassadas. Essas peças devem ser entregues intrigas aos usuários, passando credibilidade e asseio da empresa.

REQUERIMENTOS DE MERCADO A. Demanda: a empresa terá uma demanda inicial mediana, visto que será necessária a produção de cartões de visitas para os funcionários, papéis timbrados, envelopes e pastas. Além de outros possíveis materiais de divulgação, como folder. B. Oferta: os impressos serão produzidos para atender aos usuários da HD Tecnologia, clientes já estabelecidos e os em prospecção. C. Preço: a produção gráfica não terá interferência direta para o consumidor, visto que são peças meramente para divulgação. D. Meios de distribuição: as peças produzidas serão distribuídas pelos funcionários da empresa, em visitas a clientes, eventos e encontros casuais.


86 TEORIA DE DADOS

E. Canais de divulgação: eventos da área de tecnologia e em loco. F. Centros de distribuição: não existe. O foco da HD é a visita no ambiente de trabalho do cliente. G. Empacotamento: os impressos da empresa devem estar protegidos em pasta para que o produto não amasse, rasgue ou suje. H. Propaganda: serão produzidos, futuramente, folders para divulgação, bem como brindes como canecas e canetas. I. Preferência: folders explicativos do trabalho da HD Tecnologia. J. Ciclo de vida: a identidade visual da HD Tecnologia deverá ter uma vida de 5 anos, após esse período a marca poderá sofrer pequenas alterações para acompanhar o processo de evolução das marcas. L. Competência: a nova marca da HD Tecnologia deve ser destaque entre suas con­ correntes, tendo força estética para ser lembrada e ajudando a empresa a ser preferida no mercado.

REQUERIMENTOS FORMAIS A. Estilo: a identidade visual deve apresentar formas modernas, abstratas e orgânicas para representar dinamismo e tecnologia. B. Unidade: o novo símbolo deve conter formas simples e que represente juntamente com os padrões tipográficos e cromáticos uma unidade visual.


TEORIA DE DADOS 87

C. Interesse: utilizar formas leves e como movimento que atraiam o olhar do expecta­ dor, bem como a utilização de cores que sejam chamativas. D. Equilíbrio: compondo com o conceito de dinamismo os elementos da nova identi­ dade devem apresentar simetria dinâmica. E. Superfície: deve ser criado um padrão de fundo para a marca que ela fique destacada.

REQUERIMENTOS DE IDENTIFICAÇÃO A. Impressão: o produto é bidimensional, visto que sua aplicação será um papel ou uma tela de computador, porém a identidade visual da HD apresentará iluminação que trará características tridimensionais para a marca. B. Situação: a marca será apresentada em duas versões de assinatura, a principal verti­ cal e a secundária horizontal

REQUERIMENTOS LEGAIS A. Registro: a marca deverá ser devidamente registrada no INPI, órgão do Governo Federal que outorga patentes para marcas.


88 TEORIA DE DADOS

A partir da conclusão dos requerimentos conseguimos es­ pecificar metas, requisitos e restrições do projeto e tornar esse conjunto de ações como instrumento seguro no desenvolvimento do projeto para posteriormente definir os requerimentos obriga­ tórios e desejáveis (figura 36).

DESEJADOS

OBRIGATÓRIOS

REQUERIMENTOS

Apresentar conceitos de parceria e tecnologia; Ter seu manual impresso; Aplicado em todos os setores da empresa; Deverá apresentar unidade; Deve ser registrada no INPI.

Figura 36 (Requerimentos desejáveis e indesejáveis)


TEORIA DE DADOS 89

FATORES REEQUACIONADOS PRODUTO IDEAL DO DESENHADOR

Atributos Lógico-Informacionais agrupando os Fatores Antropológico, Ergonômico, Tecnológico;

Atributos Técnico­Funcionais agrupando os Fatores Mercadológico, Econômico e Ecológico

Figura 37 (Fatores reequacionados produto ideal do desenhador)

Assim, teremos o reequacionamento dos fatores (figura 37), por parte dos dese­ nhadores, divididos em: atribu­ tos estético-formais agrupando os fatores: geométrico, filosó­ fico e psicológico; atributos lógico-informacionais agrupan­ do os­ fa­tores: antropológico, ergonômico e tecnológico; atri­ butos técnico-funcionais agru­ pando os fatores: mercadoló­gi­ co­, econômico e ecológico.


90 TEORIA DE DADOS

A próxima etapa consiste em retirar dos requerimentos dois conceitos que representem cada atributo, que servirão para geração de símbolos na próxima fase (figura 38) . Com a definição dos conceitos, é feito um quadro de graforrivos iconográ­ ficos (figura 39), símbolos figurativos e abstratos, com síntese gráfica, para cada um dos dezesseis atributos conceitos.

Atributos: Conceitos

Requerimentos

Uso Função

Legibilidade e Aplicabilidade

Estrutural

Harmonia e Dinamismo Coerência e Ergonomia

Econômico Formal

Simplicidade e Equilíbrio

Legal

Singularidade e Ousadia

Figura 38 (Atributos conceitos)


TEORIA DE DADOS 91

Figura 39 (Graforrivos iconogrรกficos)


92 TEORIA DE DADOS

A seguir, os desenhadores escolherão os três melhores sím­ bolos de cada conceito e colocarão em uma outra tabela, classi­ ficando-os em formas derivadas de triângulo, círculo, quadrado e linha. Deve-se averiguar quais signos se relacionam com quais conceitos, por exemplo, se o triângulo sugere conceitos como obje­tividade, equilíbrio, ele será deixado; mas ele será retirado


TEORIA DE DADOS 93

se ele não representar conceitos como ousadia e poder. Após a refinação da tabela, é feita a contagem vertical (figuras 40) e ho­ rizontal (figura 41) dos símbolos que restaram e por fim, organizase em uma outra tabela (figura 42), três símbolos para cada con­ ceito, que mais apareceram nas contagens vertical e horizontal.

Figura 40 (Contagem vertical dos graforrivos iconográficos)


94 TEORIA DE DADOS


TEORIA DE DADOS 95

Figura 41 (Contagem horizontal dos graforrivos iconogrĂĄficos)

Figura 42 (SĂ­mbolos finais escolhidos pelos desenhadores)


96 TEORIA DE DADOS

Com essa tabela final, são escolhidos três símbolos, um para cada desenhador do grupo, para desenvolver a criação controlada da forma. Cada símbolo passará por processos de criação controlada da forma (figura 43), através de ro­ tações, gerando elementos gráficos, motivos gráficos e padrões gráficos. Os elementos gráficos são formas gráficas que possui em si mesma um “eixo de simetria” e pode ser identificada a partir de exer­cícios de síntese gráfica. O mo­ tivo gráfico é um conjunto mínimo­ obtido com elementos gráficos da mesma ou diferente natureza, que seria tomado como módulo para a formação de padrões gráficovisuais­. Já os padrões gráficos são obtidos através de operações que permitem trabalhar os motivos grá­ ficos de maneira controlada e sis­ temática na composição de padrões para comunicação visual. A seguir serão mostradas a criação controla­ da da forma dos três símbolos esco­ lhidos por cada desenhador.

CRIAÇÃO CONTROLADA DA FORMA

Hipo-união

Translação

Hiper­união

Rotação

Super­união

União Figura 43 (Criação controlada da forma)

Dilatação


TEORIA DE DADOS

PADRÕES

Enfim, a ultima etapa da esquentação, a caixa morfológica (figura 44) consiste em uma tabela na qual são expostas as for­ mas, os padrões, as combinações cromáticas e a tipografia desen­ volvida por cada desenhador.


SÍMBOLOS CAIXA MORFOLÓGICA

PADRÕES CORES TIPOGRAFIA

Dekar Light Lucida Sans Typewriter

Lether Gothic Std Eurofurence Light

Continuum Lig ht


Figura 43 (Caixa morfol贸gica)


100 TEORIA DE DADOS

A quinta etapa da desenhação é a iluminação: o momento do descobrimento da solução para o problema, não de forma acabada, mas para compreender as relações entre meios e fins e as lacunas a serem preenchidas (BRITO, 2004, p. 112). Ela se desdobra em três etapas: avaliação, sequentização e fatores pro­ jetuais (figura 45). Na avaliação, foram expostas as três alternativas geradas pelo grupo com seus respectivos padrões, cor e tipografia (figuras 46, 47 e 48). Os desenhadores, então, voltaram até os requerimentos desejáveis e indesejáveis para que não houvesse perda do foco do planejamento estratégico frente a missão e visão da empre­ sa chegando, assim, na iluminação. Portanto, foi decidido que a primeira opção seria a melhor alternativa das geradas. A segunda opção foi descartada pois não era um monograma e iria se des­ vincular da proposta de modernização, perdendo ligação com a marca antiga e contrariando com os anseios do cliente. A terceira e última opção, apesar de ser um monograma, foi descartada, pois não apresentava pregnância e autenticidade.

Iluminação

Avaliação

Fatores projetuais Figura 45 (Iluminação)


TE CNOLOGIA

HDTECNOLOGIA

OPÇÃO 3

OPÇÃO 2

OPÇÃO 1

TEORIA DE DADOS 101

Figuras 46, 47 e 48 (Opções 1, 2 e 3, respectivamente)


102 TEORIA DE DADOS

Com a identidade visual escolhida, iniciou-se o processo de sequentização, onde a marca será refinada em questões de forma, cor e tipografia para que se consiga um produto adequado ao planejamento estratégico previsto no início do projeto. O primeiro a ser refinado foi o símbolo, que apresentava problemas de proporção (figura 49).

SÍMBOLO

Figura 49 (Evolução do símbolo)

A angulação da letra D foi repetida nas hastes da letra H, acrescentando coerência e movimento ao símbolo. A letra H foi aumentada em largura pois estava em proporções menores que a letra D. A cor, por sua vez, precisava estar em conexão com o ramo de atividade do cliente e com os objetivos do projeto. Portanto, o marrom com amarelo, apesar de fazer parte da paleta cromática desenvolvida, em conjunto aludem a algo retrô e não tecnológico. Desse modo, os desenhadores voltaram a paleta cromática para testar composições cromáticas que estivessem de acordo com a estratégia projetual (figura 50).


TEORIA DE DADOS 103

COR

Figura 50 (Teste de combinações cromáticas)


104 TEORIA DE DADOS

Feitas análises e comparações, foi decidido que a com­ posição mais compatível com o sistema identitário era cinza 90% e amarelo. Por fim, a família tipográfica escolhida para compor a identi­ dade visual foi mantida: Sansation. Portanto, a trave da letra A foi retirada, pois apresentava uma quebra que concorria visual­ mente com o símbolo (figura 51).

TIPOGRAFIA

Figura 51 (Evolução da tipografia)


105


106


107

CAPÍTULO 4

CONTRIBUIÇÃO


108 CONTRIBUIÇÃO

Finaliza-se, dessa maneira, com a esquentação, a fase de problemati­ zação e concepção do projeto e inicia-se a fase de especificação, o roteiro para o detalhamento técnico do sistema identitário. A penúltima etapa da metodologia de criação é a elaboração, que con­ siste na estruturação, reestruturação e formulação dos novos requisitos para distinguir relações fundamentais e hierarquias, identificar atributos implícitos e gerar inovação. Para provar a aplicabilidade da marca em fundos com diversas cores (policromia, monocromia e texturas) e variadas disposições, foram feitos testes de resistência com a mesma (figura 52 a 55).

TESTE DE RESISTÊNCIA - CORES (POLICROMIA)

TESTE DE RESISTÊNCIA - CORES (MONOCROMIA)

Figuras 52 (Teste de resistência de cor – policromia); figura 53 (Teste de resistência de cor – monocromia)


CONTRIBUIÇÃO 109

TESTE DE RESISTÊNCIA - CORES (TEXTURAS)

Figuras 54 (Teste de resistência de textura)­; Figura 55 (Teste de resistência de disposição)

TESTE DE RESISTÊNCIA


110 CONTRIBUIÇÃO

Através dos testes de resistência, chegou-se a conclusão que o padrão cromático escolhido não apresentou aplicabilidade em fundos claros, devido ao amarelo, e fundos escuros, pelo cinza 90%. Para manter a cor, optou-se por criar um selo com dimensões de telas widescreen 16:9, pois a marca ficará em proporções harmônicas com suas aplicações em tela. Os selos (figura 56), horizontal ou vertical, serão utilizados quando não houver contraste da marca com o fundo.

Figura 56 (Selos vertical e horizontal, respectivamente)


CONTRIBUIÇÃO 111

O fundo cinza-azulado foi escolhido para quebrar a seriedade do padrão cromático da marca, aludindo à tecnologia. Ao cinza da identidade visual, foi adicionado 20% de ciano para aumentar sua aplicabilidade, permitindo uma maior combinação de cores e uma com­ posição visual menos agressiva. A seguir, a grid estrutural da assinatura visual principal e secundária (figura 57 e 58 , respectivamente).

Figuras 57 (Grid estrutural da assinatura principal); figura 58 (Grid estrutural da assinatura secundária)


112 CONTRIBUIÇÃO

O espacejamento foi desenvolvido por meio de uma divisão da letra A (figura 59) da tipografia padrão em 35 partes, sendo que o módulo 1/35 é o menor espaço possível entre cada letra do logotipo.

Figura 59 (Espacejamento logotipo)

A distância entre o símbolo e o logotipo, tanto na assinatura principal quanto na secundária, é proporcional à metade da letra A, do “tecnologia”. O quadro seguinte (figura 60) mostra a assinaturas principal em diversas versões cromáticas.


CONTRIBUIÇÃO 113

VERSÕES CROMÁTICAS

FUNDOS FOTOGRÁFICOS

PRETO E BRANCO

FUNDO PADRÃO

FUNDOS VARIADOS

VERSÕES CROMÁTICAS

TONS DE CINZA

Figura 60 (Versões cromáticas)


114 CONTRIBUIÇÃO

Tipografia primária Juntamente com a identidade visual foi definido o padrão tipográfico para ser utilizada nas aplicações da marca. A tipogra­ fia foi escolhida pois apresentava as características desejadas, não serifada e de boa legibilidade e leiturabilidade. Esse padrão tipográfico foi desevolvida especialmente para o sistema de sinalização do aeroporto da França, Charles de Gaulle.

FRUTIGER 1234567890qwertyuiopasdfghjklçzxcvbn m!@#$%¨&*()_+[];.,<>:^}{` 1234567890qwertyuiopasdfghjklçzxcv bnm!@#$%¨&*()_+[];.,<>:^}{`


CONTRIBUIÇÃO 115

Reduções Para assegurar a legibilidade dos componentes das assinat­ uras visuais, as reduções máximas nas aplicações não deve ex­ ceder 15mm de largura na assinatura principal sem selo e 30mm de largura na assinatura secundária sem selo. Já nas assinaturas com selo, a redução na vertical não deve ser maior que 18mm de largura e na horizontal 25mm de largura.

15 mm

18 mm

30 mm

25 mm


116 CONTRIBUIÇÃO

Usos incorretos É proíbido qualquer forma de a distorção que não respeite as proporções da identidade visual. As cores usadas na identidade visual devem seguir sempre as alternativas descritas nesse manual.


CONTRIBUIÇÃO 117

Cartão

Hdir Godim Presidente

+55 (62) 3233.5053


118 CONTRIBUIÇÃO

Papel timbrado


CONTRIBUIÇÃO 119

Envelope

+55 (62) 3233.5053 Rua P-20 Nº 353 Setor dos Funcionários CEP 74543-340 Goiânia - GO


120 CONTRIBUIÇÃO

Pasta

+55 (62) 3233.5053 Rua P-20 Nº 353 Setor dos Funcionários CEP 74543-340 Goiânia - GO


CONTRIBUIÇÃO 121

CD

+55 (62) 3233.5053

www.hdtecnologia.com.br


122 CONTRIBUIÇÃO

Crachá

Hdir Godim Presidente

www.hdtecnologia.com.br


CONTRIBUIÇÃO 123

Uniforme


124 CONCLUSÃO

O presente trabalho tinha como função desenvolver um projeto de identidade visual fundamentado em uma metodologia de planejamento es­ tratégico, que além de se preocupar com as qualidades básicas do design, vai além e parte do processo de reflexão sobre os problemas projetuais e a ma­ neira como eles serão sanados. O profissional tem a possibilidade de aplicar o planejamento estratégico, que é o agente responsável pela qualidade no desenvolvimento de produtos e na consolidação da imagem da empresa no mercado (SANTOS, 2000). Fishel define que quando um produto de grande consumo se torna tão conhecido que começa a fazer parte do cenário, precisa, então, de uma imagem­ modificada que o re-personalize. A modernização foi o ponto ini­ cial para construir a nova identidade visual da HD Tecnologia. Partindo desse princípio foi utilizada a metodologia Processo Criativo (GOMES, 2001) e Me­ todologia Projetual (BONSIEPE, 1984). A metodologia enxerga o problema de comunicação e desenvolve a solução através das cinco etapas: identificação, preparação, incubação, esquen­tação e iluminação. Conhecendo a empresa e o seu problema de comu­nicação através de requerimentos e questionários, são gerados con­ ceitos que contribuem na criação de símbolos, que trabalhados em diversos métodos de criação, possibilitam chegar a uma solução prévia que seja inter­ essante para a marca, que na última etapa é refinada e testada. A nova identidade visual da HD Tecnologia sintetiza todos os concei­ tos já abordados pela empresa em uma marca alinhada ao atual mercado e tem estreita ligação com a marca antiga. O objetivo desde o principio foi estabelecer uma nova ligação entre a empresa e seus usuários, estreitando e conduzindo-os a enxergarem a empresa que é pioneira no segmento.


CONCLUSÃO 125

O triângulo foi escolhido como forma básica, pois transmitia os três fundamentos da empresa: modernidade, parceria e simplicidade. Em um se­ gundo momento, o triângulo se converteu em uma seta, símbolo poderoso e de grande pregnância visual, que conduz e chama atenção do usuário. Após a criação inicial do monograma, ocorreu o processo de iluminação, onde os conceitos esperados foram adequados ao símbolo. Com os ajustes a nova identidade visual da HD Tecnologia mostrou-se satisfatória tanto con­ ceitualmente quanto esteticamente. Para finalizar a criação foram desenvolvidas aplicações de papelaria e um manual de uso permitindo a aplicabilidade da marca num sistema de identidade visual. Conduzindo através da metodologia permitiu-se desenvolver o projeto de maneira estratégica, pois foi possível aferir o que era necessário para a nova marca e principalmente testá-la, adequando-a a um sistema completo de identidade visual. Fazendo a análise da marca final verificou-se que ela apresenta os re­ querimentos obrigatórios, maleável, monograma com poucos elementos, apresenta movimento. Além dos obrigatórios a marca atingiu requerimentos desejados apresentando uma unidade visual marcante e expressando parce­ ria pelas ligações entre os elementos do símbolo. Os conceitos extraídos para criação foram apresentados noo seu siste­ ma de identidade visual onde a marca transita entre as mídias mantendo-se a mesma, privilegiando a aplicabilidade. O novo sistema visual é harmônico, moderno e singular. Não foi possível expressar alguns conceitos como sustentabilidade e er­ gonomia, que não desvaloriza o trabalho, pois a maioria dos requerimentos e conceitos foram tangenciados com a criação metodológica.


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