Centro Cultural de Dança Nóvi

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CENTRO CULTURAL DE DANÇA NÓVI

A valorização da arte e da cultura na Baixada Fluminense

CENTRO CULTURAL DE DANÇA NÓVI

A valorização da arte e da cultura na Baixada Fluminense

Trabalho Final de Graduação apresentado ao curso de Graduação em Arquitetura e Urbanismo da Universidade do Grande Rio como requisito para obtenção do título de Arquiteta e Urbanista.

Orientador: Prof. Gabriel Botelho

NATHÁLIA DE OLIVEIRA ROSA
DUQUE DE CAXIAS RJ 2022.2
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arquitetura urbanismo U N I G R A N R I O

CENTRO CULTURAL DE DANÇA NÓVI

BANCA EXAMINADORA

Felipe Ungaro Marino Convidado Externo

DUQUE DE CAXIAS

Gabriel Botelho Neves da Rosa Orientador Rachel Sampaio de Oliveira Supervisora
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A valorização da arte e da cultura na Baixada Fluminense RJ 2022.2

A dança é a linguagem escondida da alma.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus, pois sem ele nada disso seria possível. Em seguida, agradeço a mim mesma por não ter desistido mesmo quando tudo dava errado e o cansaço falava mais alto.

Agradeço também as duas pessoas mais importantes da minha vida, meu pai e minha mãe. Sem eles o caminho teria sido infinitamente mais difícil. Cada um me ajudando a sua maneira, com palavras de inventivo, consolo e vários litros de chá de camomila. Obrigada por serem os melhores que eu poderia ter.

Aos meus amigos Mikaelly e Victor por sempre confiar no meu potencial mesmo quando eu não confiava, por me apoiar em todos os momentos, por aguentar meus surtos de semana de entrega e por 1 milhão de coisas mais. Eu vou levar vocês dois para sempre no meu coração.

Agradeço também a todos os meus colegas de faculdade e amigos de longas datas que em algum momento me ajudaram, de qualquer forma que seja, a percorrer esse caminho. Não conseguiria citar todos os nomes aqui mas lembro de cada um. À vocês, minha eterna gratidão.

Por último mas não menos importante, deixo aqui meu agradecimento a todos os professores que tive a honra de conhecer durante minha jornada na Unigranrio. Em especial, meu orientador Gabriel Botelho, que desde o início entendeu minha proposta e me ajudou a lapidar esse projeto.

Muito obrigada!

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01 APRESENTAÇÃO 1.1 INTRODUÇÃO 1.2 TEMA 10 10 1.3 OBJETO DE ESTUDO 10 1.4 OBJETIVO GERAL 1.5 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 1.6 JUSTIFICATIVA/RELEVÂNCIA 10 10 11 08 02 FUNDAMENTAÇÃO 2.1 CULTURA 2.2 DANÇA 14 14 2.2.1 A HISTÓRIA DA DANÇA 14 2.2.2 ESTILOS DE DANÇA 2.2.3 A IMPORTÂNCIA E OS BENEFÍCIOS DA DANÇA 2.3 CENTRO CULTURAL 15 16 16 12 03 REFERÊNCIA
3.1 CENTRO DE ARTES
GLORYA KAUFMAN 3.2 EDIFÍCIO DO
22 23 3.3 CENTRO
REHOVOT 24 20 2.3.1 DEFINIÇÃO DE CENTRO CULTURAL 2.3.2 A IMPORTÂNCIA DO CENTRO CULTURAL 2.3.3 CENTRO CULTURAL DE DANÇA 2.4 CENTROS CULTURAIS DE DANÇA NA BAIXADA FLUMINENSE 17 17 18 18 04 ÁREA DE INTERVENÇÃO 4.1 LOCAL 4.2 USOS E GABARITOS DO ENTORNO 28 29 4.3
30 26 06 4.4
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PROJETUAL
CÊNICAS
BALLET NACIONAL BRITÂNICO
COMUNITÁRIO
ENTORNO IMEDIATO
INDÍCES URBANÍSTICOS
05 CONCEITUAÇÃO 5.1 DIRETRIZES PROJETUAIS 5.2 CONDICIONANTES CLIMÁTICOS 34 35 5.3 COMPOSIÇÃO FORMAL 36 32 06 O PROJETO 6.1 IMPLANTAÇÃO 6.2 SOBRE O PROJETO 42 43 6.3 PLANTAS 44 51 40 07 5.4 COMPOSIÇÃO URBANA 37 5.5 PROGRAMA 38 6.4 CORTES 52-53 6.5 FACHADAS 55 54 6.6 PERSPECTIVAS 56-67 07 DETALHES 7.1 SISTEMA ESTRUTURAL 7.2 SALAS DE DANÇA 70 71 7.3 VENEZIANA E PAINEL DE POLICARBONATO 72 68 08 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 74
01 APRESENTAÇÃO 08

Se você olhar para um dançarino em silêncio, o corpo dele ou dela será a música. Se você ligar a música, esse corpo se tornará uma extensão do que você está ouvindo.

- Judith Jamison

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1.1

INTRODUÇÃO

A partir de pesquisas e mapeamentos dos municípios da Baixada Fluminense, a fim de estudar os centros culturais existentes, foi possível entender a carência de espaços culturais com infraestrutura adequada na Baixada. Além disso, foi constatado que apenas alguns desses centros culturais ofertam a modalidade da dança. Portanto, esse trabalho visa a elaboração de um anteprojeto arquitetônico de um Centro Cultural de Dança que busca atender a demanda de dançarinos e apreciadores dessa arte na região.

Para a elaboração desse projeto foi realizado uma análise bibliográfica por meio de artigos, teses, matérias, entrevistas, notícias e outras mídias informativas a fim de entender as importâncias de um centro cultural e suas particularidades, bem como, estudos relacionados ao tema para compreender melhor as especificidades necessárias para projetar espaços voltados para a dança.

1.2 TEMA

Centro Cultural de Dança. A valorização da arte e da cultura na Baixada Fluminense.

1.3 OBJETO DE ESTUDO

1.4 OBJETIVO GERAL

Projetar um centro cultural de dança na Baixada Fluminense que busca valorizar a arte, a cultura, estimular a convivência e proporcionar entretenimento para a população.

1.5 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

I. Projetar espaços com infraestrutura adequada para atender as necessidades específicas das atividades ofertadas.

II. Colaborar com a comunidade desenvolvendo um espaço de uso exclusivo para receber eventos, espetáculos, e atividades de interação social, a fim de proporcionar entretenimento e estimular a convivência da população.

III. Criar espaços externos que conversem com a edificação e seu entorno com a intenção de promover a utilização do local.

O
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I. A dança II.
dançarino III. O lugar

A motivação para a escolha do tema partiu de uma afeição pessoal pela dança. Desde criança sempre gostei de dançar e tinha o sonho de fazer aulas de balé, mas devido a situações financeiras, nunca foi possível. Ainda assim, nunca deixei de dançar, em casa, em festas e projetos de escola, pois para mim dançar me traz uma sensação inexplicável de leveza e liberdade.

A intenção de trazer um Centro Cultural de Dança para a Baixada Fluminense é oferecer um espaço público de qualidade para a população local e possibilitar algum tipo de entretenimento e atividade cultural para os moradores, tendo em vista que a região da baixada possui uma carência de espaços culturais voltados para a dança. Muitas crianças e adolescentes de famílias de baixa classe média moradores da Baixada não possuem recursos para custear aulas de dança ou momentos de lazer.

Sendo moradora da Baixada, a ideia de possibilitar a essas pessoas algum tipo de diversão e experiências culturais e artísticas no seu dia é mais uma das minhas motivações pessoais.

Além disso, a dança traz inúmeros benefícios para a saúde e o bem estar do ser humano. Faz bem para o corpo e para a mente e já foi comprovado ser uma atividade terapêutica. A prática da dança ajuda no combate a depressão e ansiedade e melhora a autoestima e a autoconfiança.

É um tipo de atividade física que pode ser expressa das mais diversas maneiras. São movimentos corporais que te permitem ser você mesmo. Pode ser executada em grupo com as pessoas que você gosta, sozinho em frente ao espelho, em uma apresentação na escola, de forma profissional e em muitas outras ocasiões. Além disso, essa é uma atividade em que não há distinção de raça, gênero ou idade. A dança conecta pessoas. A dança produz memórias afetivas. A dança é para todos.

Figura 1, 2 e 3: Apresentação de dança do colégio.

Fonte: acervo pessoal.

1.6 JUSTIFICATIVA/RELEVÂNCIA
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FUNDAMENTAÇÃO

A dança se faz não apenas dançando, mas também pensando e sentindo: dançar é estar inteiro.

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CULTURA

Do ponto de vista da sociologia, cultura é algo adquirido e compartilhado pelo ser humano ao decorrer da sua convivência. A cultura simboliza um conjunto de aspectos que são cultivados por um mesmo povo refletindo na realidade daquele grupo e que podem ser definidos por linguagens, hábitos, conhecimentos, arte, valores, crenças, modo de vestir, entre outros. Esses aspectos são os pilares para a formação de uma sociedade.

Segundo Milanesi (1997), cultura pode possuir diversos significados. Inicialmente, a palavra era atribuída ao cultivo de vegetais e a criação de animais, expressando o ato de cuidar. Atualmente, a palavra cultura possui dois significados diferentes, sendo o primeiro, a relação do homem com a sociedade e as questões filosóficas que distinguem os povos e as regiões. Já o segundo significado, diz respeito a intelectualidade, referindo-se aqueles que possuem amplo conhecimento e que podem classificar as pessoas como cultos e incultos dependendo do nível de informação que possuem (MILANESI, 1997).

Segundo a sociologia e a filosofia, a cultura pode ser dividida em três áreas. A cultura erudita, a qual foi criada pela elite e para a elite, conhecida por ser mais desenvolvida, de alto padrão e intelectual e pode ter como exemplo, a pintura, a música clássica e exposições artísticas; A cultura popular, criada pela sociedade periférica que expressa as manifestações artísticas de maneira espontânea, como por exemplo festas populares, danças, músicas e folclore; E a cultura de massa, um produto do capitalismo para gerar lucros através da junção da cultura erudita e popular.

2.2 DANÇA

2.2.1 A HISTÓRIA DA DANÇA

A origem da dança pode ser registrada no início da humanidade. Pesquisadores e históricos apontam que essa é uma das artes mais antigas e que dançar era instintivo para os homens da Era Primitiva. Os registros da pré história marcam a existência da dança através de pinturas feitas em gru

tas, cavernas e galerias subterrâneas espalhadas pelo mundo. A dança surgiu da necessidade do homem de se expressar, não necessita de materiais ou ferramentas e pode ser expressa apenas com o corpo. “Antes de polir a pedra, construir abrigo, produzir utensílios, instrumentos e armas, o homem batia os pés e as mãos ritmicamente para aquecer e se comunicar” (PORTINARI, 1989).

Figura 4: Registro de pintura em caverna representando um grupo de pessoas dançando. Fonte: Estúdio Fiorire.

A dança é definida por movimentos corporais que podem ser pré estabelecidos, assim como as coreografias ou podem ser improvisadas, de forma livre e espontânea. “A dança propriamente dita é a arte que ensina regras para o movimento rítmico e expressivo do corpo humano, criado pelo desejo espontâneo de exprimir em geral o estado da nossa alma.” (COSTA, 1962).

Ao longo da evolução da humanidade, cada país elaborou sua própria dança e em um primeiro momento a dança foi criada para ser realizada coletivamente, porém, posteriormente foram adaptadas aos pares. Sendo

2.1
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assim, é possível dividir a história da dança em alguns períodos.

Na Era Primitiva a dança se tornou uma questão de sobrevivência para o homem, podendo assim ser chamada de dança primitiva. O ato de dançar era utilizado para obter alimentos, água e também como forma de agradecimento. Na Era Paleolítica (8.000 a.C), a dança se fazia presente nos rituais que possuíam a intenção de evitar os eventos naturais que pudessem vir a prejudicar a colheita, a caça e a pesca.

A dança milenar surge em 5000 a.C, momento em que os egípcios utilizavam a dança para adorar os Deuses. Na Idade Média a dança passou a ser considerada pecado e foi proibida, voltando a ganhar forças apenas no Renascimento. E em meados do século XVII, o rei Luis XIV torna o balé a principal atração dos bailes de Versailles. Diante disso, o balé se solidifica e se torna um marco por grandes nomes como Felipe Taglioni (1777-1871) e Fanny Elssler (1810 1884).

Por volta da segunda metade do século XIX a dança ganha uma grande transformação provocada por uma mulher. Isadora Duncan traz o que conhecemos como dança moderna, com movimentos mais livres, soltos e ligados à vida real. A dança moderna não rompe totalmente com a estrutura do balé clássico, porém explora a liberdade e o improviso.

Em 1960, com a ideia de romper com a cultura clássica, transmitir conceitos, ideias e sentimentos, surge a dança contemporânea. Contudo, é apenas em 1980 que a mesma ganha uma definição clara de sua linguagem própria. A dança contemporânea compreende movimentos mais livres que surgem do desejo de expressar as emoções sem técnicas estabelecidas, geralmente voltadas para temas que envolvem a sociedade e a cultura em que estão inseridos.

Dessa maneira, é possível notar que, assim como qualquer outra manifestação cultural, a dança se transformou ao passo que a sociedade evoluiu, e mesmo atualmente, a dança continua evoluindo.

Figura 5: Movimentos expressos pela dança contemporânea. Fonte: Estúdio Fiorire.

2.2.2 ESTILOS DE DANÇA

Com a constante evolução da humanidade, a arte da dança passou por diversas transformações derivadas da cultura de povos de lugares distintos. Graças a esses acontecimentos, hoje é possível conhecer e entender melhor os diversos estilos de dança que existem ao redor do mundo e que foram compartilhados pela sociedade durante a história.

Dentre os diversos estilos de dança existentes, é possível citar o balé clássico, a dança contemporânea e a dança moderna como as modalidades que mais são praticadas e ofertadas nas instituições de dança ao redor do mundo, por serem os precursores na história da dança. É evidente que, derivado da particularidade da cultura de cada país, outros estilos de dança foram surgindo ao decorrer do tempo. Sapateado, dança cigana, dança africana, dança do ventre, tango e samba são exemplos de danças que carregam consigo as raízes de seus respectivos países e histórias.

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Atualmente foi possível notar o surgimento de outros estilos de dança que acompanharam a evolução da sociedade do novo século. Dança de rua, hip hop, pole dance, zouk, reggeaton, stiletto, e uma das mais atuais, as coreografias de kpop, podem ser citados como exemplos da modernização e da constante evolução da arte da dança.

dança é capaz de trazer benefícios tanto para o corpo quanto para a mente. Já foi comprovado cientificamente ser a melhor maneira de cuidar do estado físico e mental e já foram realizadas pesquisas cientificas que comprovaram a melhora no quadro clínico de pacientes com problemas de saúde através da prática da dança.

A dança é de extremamente importância para o desenvolvimento humano e seus benefícios podem ser terapêuticos, sociais, culturais, educacionais e científicos. “Funciona como agente motivador para manter ou recuperar a vida, a alegria pessoal e coletiva, por seu aspecto lúdico e sua versatilidade” (SZUSTER, 2011, p.26).

A dança é capaz de influenciar diretamente o sistema fisiológico, afetivo e cognitivo do ser humano. (SZUSTER, 2011). É uma atividade física que gera diversos benefícios para a saúde que vão desde a melhora do condicionamento físico até o combate a ansiedade. Alguns benefícios que podem ser associados ao ato de dançar são perda de peso, melhora da postura e flexibilidade, melhora do sistema cardiorrespiratório, ganho de músculos, prevenção da depressão, estímulo da memória e desenvolvimento da autoconfiança.

Figura 6: Evento Kpop in the City, no Criciúma Shopping em Santa Catarina Fonte: 4oito.

2.2.3 A IMPORTÂNCIA E OS BENEFÍCIOS DA DANÇA

Muitas vezes a dança pode ser vista como um ato realizado por pura descontração, contudo, diante de toda sua trajetória evolutiva, é possível perceber a importância da dança na história. Está presente no dia a dia de todo ser humano, em grandes ou pequenos momentos e é uma importante referência para simbolizar a cultura, pois a dança traz consigo uma bagagem repleta de tradições e histórias de diversos povos. Como afirma Wener Lambersy, (UNESCO, 1996) “as pessoas dançam para celebrar grandes ocasiões e expressar o prazer de estarem juntas.”

Característica por expressar sentimentos através de movimentos corporais, a

Uma meta análise realizada por pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Universidade La Salle, Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e outras universidades estrangeiras, avalia a relação entre a atividade física e a incidência da depressão. Para esse estudo foram analisadas mais de 265 mil pessoas de 20 países diferentes. A conclusão obtida nessa pesquisa é que a atividade física funciona para a prevenção da depressão.

Além disso, a dança é muito benéfica para o bem-estar e o convívio social das pessoas da terceira idade e durante o processo de formação das crianças. A dança contribui na coordenação motora, no estímulo cerebral, na formação da cultura, no desenvolvimento cognitivo e mantém o corpo saudável.

2.3 CENTRO CULTURAL

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DEFINIÇÃO DE CENTRO CULTURAL

O termo centro cultural pode ser definido como um espaço onde são realizadas manifestações culturais de inúmeras modalidades. São instituições sem fins lucrativos criados com o objetivo de disseminar e propagar a cultura e a informação para a população. Além disso, um centro cultural pode ser definido como um lugar que tem o propósito de oferecer lazer, bem estar, entretenimento e promover a interação social de uma comunidade. Como afirma Neves (2013), os centros culturais ‘’são espaços para se fazer cultura viva, por meio de obra de arte, com informação, em um processo crítico, criativo, provocativo, grupal e dinâmico.’’

‘’O conceito de museu evoluiu basicamente da ideia de um cofre onde se guardavam tesouros culturais e artísticos para algo muito mais dinâmico e que interage de forma muito mais aberta com a cidade’’ (ROCHA, 2014).

Posteriormente, Rocha (2014) cita o Centro Cultural de São Paulo (CCSP), inspirado pelo Centro Cultural Georges Pompidou de Paris, como exemplo de uma edificação que antes possuía o papel de abrigo de acervos e agora passou a disseminar a arte. O edifício incialmente foi pensado para ser um anexo da Biblioteca Mário de Andrade, porém, com a direção do Mario Chamie, o projeto foi modificado com espaços para abrigar teatro, música, espetáculos e mais.

Os centros culturais podem ser ofertados por órgãos municipais e estaduais ou por instituições de ensino e podem ser utilizados para abrigar diversas atividades como, aulas de teatro e dança, bibliotecas, oficinas, cursos, exibição de filmes, apresentação de espetáculos, entre outros. Sua estrutura varia de acordo com as atividades que serão ofertadas no mesmo, que podem ser todas ou apenas algumas.

De acordo com Milanesi (1997) um centro de cultura é “a reunião de produtos culturais, a possibilidade de discuti-los e a prática de criar novos produtos.” E para a autora Neves, um centro cultural deve proporcionar a integração da população com os espaços do entorno.

O centro de cultura é um espaço que deve construir laços com a comunidade e os acontecimentos locais, funcionando como um equipamento informacional, no qual proporciona cultura para os diferentes grupos sociais, buscando promover a sua integração. (NEVES, 2012, p 1).

A origem dos centros culturais se deu na metade do século XX, porém conforme a autora Ramos (2007), surgiu ainda na Antiguidade Clássica um modelo de complexo cultural, tendo como o mais conhecido a Biblioteca de Alexandria, que funcionava como uma espécie de biblioteca e museu.

Portanto, entende-se que o centro cultural se tornou um espaço que abriga diversas atividades e tem como objetivo promover a inclusão, a convivência e o encontro de pessoas.

2.3.2 A IMPORTÂNCIA DO CENTRO CULTURAL

Os centros culturais são de suma importância para o desenvolvimento da sociedade, sendo ele o grande responsável por agregar valor no reconhecimento de uma comunidade. Um centro cultural é capaz de trazer a valorização do local em que está inserido e é fundamental para reavivar a importância da cultura e o direto da população do acesso ao lazer, além de reafirmar a importância do papel da cultura na formação de um indivíduo.

Os centros culturais promovem a inclusão e o convívio social, facilitam o acesso à informação e possuem um papel importante na criação de memórias individuais e coletivas. Assim como menciona Cavalheiro (2011) ‘’os pontos de cultura surgiram, para mostrar que ainda é possível manter vivas nossas raízes, conscientizando as pessoas sobre a sustentabilidade e a conservação da cultura.’’

Em uma entrevista cedida ao Observatório Itaú Cultural publicada pelo website Itaú Cultural, o arquiteto Paulo Mendes da Rocha menciona como o conceito de centro cultural evoluiu da ideia do museu tradicional.

Além disso, um centro cultural pode se tornar um ponto turístico, proporcionando maior visibilidade para a comunidade a qual está implantado e possibilitando o crescimento da economia local. De acordo com a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura

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2.3.1

(UNESCO), a economia criativa, caracterizada pelas atividades do setor cultural, totalizam 6,1% da economia mundial e geram em torno de 30 milhões de empregos no mundo. “A indústrias culturais e criativas se tornaram essenciais para o crescimento econômico inclusivo, reduzindo as desigualdades e colaborando para o desenvolvimento sustentável. Elas estão entre os setores que mais crescem no mundo” (UNESCO, s.d.).

2.3.3 CENTRO CULTURAL DE DANÇA

Após todo o contexto e análise acerca da cultura e da dança, entende se que um centro cultural de dança é um espaço arquitetônico o qual oferece uma infraestrutura adequada para a prática da dança, contemplando um público variado e diversificado, desde crianças até a terceira idade. As atividades ofertadas podem ser praticadas por iniciantes, profissionais e estudantes de dança e aos amantes dessa arte.

Conforme o site Mapa de Cultura do Rio de Janeiro, apenas 3 municípios da Baixada Fluminense possuem um espaço cultural voltado somente para a dança, enquanto os outros 10 municípios possuem poucos ou nenhum espaço que ofereça curso ou aula de dança. Ainda assim, dos espaços encontrados, foi possível notar que os mesmos são de pequeno porte, não possuem infraestrutura adequada e não ofertam a grande gama de estilos que a dança possui.

Sua estrutura tem o objetivo de oferecer ambientes que atendam às necessidades e particularidades de cada estilo de dança, com espaços de ensaios, apresentações, workshops, oficinas e outros. Além disso, seu propósito também é disseminar a arte, proporcionar lazer e estimular a convivência para a população daquele local.

Afinal, um espaço cultural deve ter sua programação e características definidas de acordo com as atividades que serão ofertadas, o local em que está inserido e ao perfil do público atendido, pois as “atividades culturais não devem ser realizadas para as pessoas, mas com elas” (NEVES, 2013, p.5).

2.4 CENTROS CULTURAIS DE DANÇA NA BAIXADA FLUMINENSE

Em todos os 13 municípios que fazem parte da Baixada Fluminense do Rio de Janeiro, é possível encontrar alguns centros e espaços culturais que oferecem diversos tipos de atividades. Dentre essas atividades, estão algumas modalidades de dança, que geralmente são ballet, hip hop e jazz. Porém, poucos deles são voltados somente para a área da dança.

Sendo assim, pode-se afirmar que a Baixada Fluminense não dispõe de um centro de dança adequado para os amantes dessa arte. No entanto, é possível encontrar no Estado do Rio de Janeiro um ótimo exemplo de centro de dança, o Centro Coreográfico da Cidade do Rio de Janeiro, que foi inaugurado em 2004 no bairro da Tijuca e abriga diversas atividades relacionadas a dança. Nitidamente a Baixada Fluminense carece de um espaço desse porte, tendo em vista que o acesso ao município do Rio de Janeiro para os moradores da Baixada se torna inacessível pelo deslocamento necessário.

É comum vermos os espaços voltados para a expressão artística na Baixada Fluminense, como lonas e centros culturais, serem desativados por falta de incentivo do governo. O fato já ocorreu em Mesquita e São João de Meriti, com a Lona Cultural Romildo Souza Bastos e a Lona Cultural Serginho Meriti, que no ano de 2012 foram fechadas (O DIA, 2016), por má gestão do governo anterior, porém, até o presente momento os projetos não tiveram retorno.

De acordo com o Mapa da Desigualdade de 2020, levantado pela Casa Fluminense, os dois maiores municípios da Baixada Fluminense, Nova Iguaçu e Duque de Caxias, não disponibilizaram nem 0,15% de despesas para a Cultura em seus orçamentos municipais. Paracambi, aparece como o município que mais investiu, com 0,92% e alguns municípios como Mesquita e Guapimirim não tiveram investimentos.

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Mapa 1: Mapa com o percentual de despesas empenhadas em Cultura nos orçamentos municipais.

Fonte: CASA FLUMINENSE, 2020.

Sendo assim, como mostra os exemplos acima, fica evidente a desigualdade cultural existente na Baixada Fluminense e é de suma importância que o poder público invista mais em cultura, pois não só a cultura, mas também o lazer, é um direito do cidadão.

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REFERÊNCIA PROJETUAL

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Um dançarino dança porque o sangue dele dança nas veias.

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Figura 6: Fachada translúcida durante a noite.

Fonte: Archdaily.

FICHA TÉCNICA

Autor: AUX Architecture Ano: 2021

REFERÊNCIAS UTILIZADAS

translúcida

Figura 7: Fachada translúcida durante o dia. Fonte: Archdaily.

O projeto do centro de artes trata se de uma remodelação e adição ao Templo existente desde a década de 1950, localizado no campus da Vista Del Mar, uma organização sem fins lucrativos que criou o primeiro orfanato no sul da Califórnia. Esse projeto nasceu com a intenção de se tornar o lar do programa de artes cênicas terapêuticas do complexo.

A edificação de 10.550m² oferece espaços para o aprendizado e apresentações de dança, música e peças de teatro, coordenação de produção, encenação e salas de aula.

Figura 8: Colunas rítmicas. Fonte: Archdaily.

Figura 9: Sala de dança. Fonte: Archdaily.

3.1 CENTRO DE
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ARTES CÊNICAS GLORYA KAUFMAN
1 - Fachada
2 Salas
3 Cores
Local: Los Angeles, Estados Unidos Área: 10.550m² 4 Colunas
de dança
claras
rítmicas
Projetado com elementos que expressam o movimento, o edifício conta com uma fachada semitranslúcida que envolve sua estrutura. Além disso, baseado na peça de dança de Martha Graham, foram criados atrás da fachada, um conjunto de colunas rítmicas que criam uma interação de luz e sombra.

3.2 EDIFÍCIO DO BALLET NACIONAL BRITÂNICO

do edifício. Com café público e local para exposições, esse espaço incentiva a interação entre as escolas e as empresas.

Figura 10: Fachada principal do edifício.

Fonte: Archdaily.

FICHA TÉCNICA

Autor: Gleen Howells Architects Ano: 2019

Local: Londres, Reino Unido Área: 9.300m²

REFERÊNCIAS UTILIZADAS

Fachada translúcida

Salas de dança

Foyer

- Materialidade e cores

O centro de dança ENB desenvolvido por Ballymore e EcoWorld Ballymore oferece sete salas de estúdios em tamanho real, espaços para aprendizado e treinamento, instalações médicas, de produção e de figurino. O prédio também abriga a English National Ballet School nos dois primeiros pavimentos e escritórios para os mais de 200 funcionários do ENB. Os estúdios de ensaio em sua maioria são 15x15 e incluem janela de ventilação externa de piso a teto.

No térreo foi projetado um espaço de circulação que funciona como a alma

Figura 11: Sala de dança.

Figura 12: Espaço de convivência.

Fonte: Archdaily.

Figura 13: Recepção e foyer.

Fonte: Archdaily.

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1
2
3
4

Figura 14: Fachada principal do edifício. Fonte: Archdaily.

Projetado pelo escritório Kimmel Eshkolot Architects em 2016, o centro comunitário em Israel possui 2.000m² e contém 2 edificações que podem atuar juntas ou separadamente.

O edifício principal de dois pavimentos abriga estúdios de dança, música, esportes, oficina de artesanato, biblioteca, salas de artes marciais, salão multifuncional e uma ala para os jovens. A biblioteca que também atua como um centro de multimídia e se encontra ao lado da edificação principal, é responsável por atrair visitantes de todas as idades para uma variedade de atividades.

A ideia de posicionar os dois edifícios em torno de um pátio protegido que se conectam foi o motivo pela criação da praça urbana em escala amigável, a

qual foi pensada para que não apenas os usuários usufruíssem da mesma, mas também para que os pedestres utilizassem a praça como caminho enquanto se direcionam para outro lugar.

O andar superior da edificação foi projetado de forma a expor as atividades que alí acontecem, como os estúdios de dança, com o objetivo de atrair o público a vir e participar.

FICHA TÉCNICA

Autor: escritório Kimmel Eshkolot Architects

Ano: 2016 Local: Rehovot, Israel Área: 2.000m²

REFERÊNCIAS UTILIZADAS

1 - Implantação da edificação

2 - Volumetria

3 Praça urbana

4 Fluxo de pedestres

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Figura 16: Praça urbana Fonte: Archdaily.

Figura 15: Planta de implantação. Fonte: Archdaily.

Figura 17: Passarela que conecta os dois blocos. Fonte: Archdaily.

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ÁREA DE INTERVENÇÃO

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Mais do que uma maneira de exprimir-se por meio do movimento, a dança é um modo de existir.

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LOCAL

O centro cultural será implantado no terreno localizado no bairro Da Luz em Nova Iguaçu, tendo acesso na testada pela Av. Luz e nas laterais pela Av. Luís de Matos e Rua Antônio Viêira, medindo aproximadamente 3.014,70 m². Estado do Rio de Janeiro, em destaque Nova Iguaçu

Bairro Da Luz, em destaque área de intervenção

Município de Nova Iguaçu, em destaque Bairro Da Luz

PLANTA DE LOCALIZAÇÃO

ÁREA DE INTERVENÇÃO

SHOPPING NOVA IGUAÇU

100 4.1
28
0 50 100 5

4.2 USOS E GABARITOS DO ENTORNO

A fim de entender melhor o contexto urbano no qual a edificação será implantada, foi realizado um estudo dos tipos de usos e dos gabaritos predominantes no entorno.

Legenda:

ÁREADE INTERVENÇÃO

Legenda:

Edifício misto

Edifício residencial Edifício comercial Edifício institucional/religioso

pavimentos ou mais

2
1
3
4
pavimentos
pavimento
pavimentos
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ENTORNO IMEDIATO

Com o entorno imediato predominantemente residencial, é possível identificar apenas algumas edificações de grande importância no local, como o Shopping Nova Iguaçu localizado a uma quadra do terreno e a praça que se encontra em frente a fachada norte da área de intervenção.

Figura 18: Vista do Shopping.

Fonte: Google Maps.

Figura 19: Vista da praça do entorno.

Fonte: Google Maps.

Figura 20: Vista da área de intervenção.

Fonte: Google Maps.

01 - Vista do Shopping Nova Iguaçu, localizado a 1 quadra do terreno. 02 Vista da praça em frente ao terreno, que atualmente se encontra em reforma. 03 Vista lateral do terreno.

4.3
02 01 03
30
01 02 03

A lei nº 4.812 de 12 de dezembro de 2018, que altera a lei Nº 4.567/15 e dá outras providências, estabelece normas relacionadas aos usos e atividades permitidas no território da Cidade de Nova Iguaçu. A partir de dados coletados, identificou se que o terreno se encontra em uma Área Estratégica (AT 3) e se caracteriza como um Eixo Estratégico de Atividades Diversificadas-2 (ED-2).

Onde:

T testada do lote, em metro linear .

AT área total do lote, em metros quadrados.

AF - afastamento frontal, em metro linear.

TO - taxa de ocupação máxima, em porcentagem.

TP - taxa de permeabilidade, em porcentagem.

De acordo com a lei nº 4.812/18, a qual define a distribuição de usos e atividades do município, o uso predominante institucional do tipo "Cinema, Teatro, Centro Cultural, Museu/Galeria de Arte" localizado em uma área ED 2, é considerado AC (uso aceitável) e compreende os seguintes índices urbanísticos:

IU 1 índice de utilização máximo para usos adequados, em porcentagem.

IU 2 índice de utilização máximo para usos aceitáveis, em porcentagem.

A respeito do número mínimo de vagas de veículos, a lei nº 4.812/18 , diz:

Distribuição de usos e atividades Área: ED 2 X

Uso predominante: Centro Cultural Adequado Aceitável Inadequado

Art. 34 O número mínimo de vagas de estacionamentos de veículos fica a critério do proprietário do imóvel ou responsável pelo empreendimento excetuando se os seguintes casos: a) as edificações e/ou empreendimentos condicionados a ter vagas de estacionamento em decorrência de estudo Prévio de Impacto de Vizinhança conforme previsto no § 2º, do Art. 11. b) as edificações e/ou empreendimentos de interesse social ou vinculadas a programas de financiamento ou de fomento ficando nestes casos obrigadas a cumprir as exigências contidas nas normas da entidade financiadora e/ou responsável pelo projeto ou programa; c) as edificações e/ou empreendimentos que, mesmo isentadas de apresentar o Estudo Prévio de Impacto de Vizinhança sejam classificáveis como sendo Polos Geradores de Tráfego conforme o Manual de Procedimentos para o Tratamento de Polos Geradores de Tráfego do Departamento Nacional de Trânsito DENATRAN.

Índices Urbanísticos

Edificação

AF Área AT-3 ED 2

Lote AF TO mín. mín. 10 300

TO TP IU 1 IU 2 Estac. Recuo AL

mín. máx. mín. máx. máx. 3,00 70% 20% 900% 600% ARt.34 15,00 Cód. de obras

31 4.4 INDÍCES URBANÍSTICOS
05 CONCEITUAÇÃO 32

Se você dança com seu coração, seu corpo seguirá.

- Agnes de Mille

33

Para o projeto do Centro, inicialmente foi planejado um edifício imponente, com peso, que marque sua presença no local, porém, que seja leve e não intimide a população tornando o inutilizável.

VISÃO INTERNA X VISÃO EXTERNA

Por ser localizado na Baixada Fluminense, o entorno imediato do terreno, majoritariamente residencial, é caracterizado por edifícios mais simples com gabarito de dois a três pavimentos e fachadas coloridas.

Logo, a ideia foi trazer um edifício com a fachada mais neutra para não destoar desse entorno já consolidado. Já o peso do edifício, pode ser observado em seus 3 pavimentos com pé direito generoso e seus 65 metros de comprimento.

Uma edificação que permita a visibilidade de quem está fora e de quem está dentro. Trazendo aberturas e vãos que possibilitem os usuários do centro observar as visadas do entorno, o qual possui paisagens naturais, além de proporcionar uma vista do dia a dia dos dançarinos aos transeuntes locais.

Com o objetivo de tornar a edificação parte do entorno e da rotina da população local, o centro foi projeto de modo a manter a implantação mais livre, liberando espaço para a criação de uma praça urbana e criando fluxos convidativos para que as pessoas se sintam a vontade para utilizar o espaço.

5.1 DIRETRIZES PROJETUAIS 34
PESO X LEVEZA IMPLANTAÇÃO LIVRE X

5.2 CONDICIONANTES CLIMÁTICOS

Como é possível observar nas imagens abaixo, o terreno de intervenção possui incidência solar em 3 fachadas. Durante o verão a fachada leste recebe o sol da manhã e as fachadas oeste e norte são contempladas com a sol da tarde. Já no inverno, a fachada leste continua recebendo o sol da manhã e durante a tarde, as fachadas oeste e sul são afetadas.

Percurso solar durante o verão

Legenda:

Percurso solar

Ventos predominantes

Fachadas prejudicadas

Sendo assim, a fachada principal da edificação, oeste, acessada pela Av. Luz, é a fachada mais prejudicada pela incidência solar, fazendo-se necessário utilizar uma proteção para a mesma, bem como as fachadas norte e sul.

Percurso solar durante o inverno

35

A partir da definição das diretrizes projetuais e após estudo de insolação do local deu-se início ao estudo da composição formal da edificação a qual foi

3,00 3,00

15,00

1 Respeitando os afastamentos frontais e laterais determinados pelo índice urbanístico do plano diretor, a forma iniciou se com um bloco retangular e teve sua volumetria elevada.

2 - Em seguida foi subtraído o centro da forma, para que o terreno fique mais livre e seja possível criar uma pequena praça urbana, bem como um pequeno pedaço da lateral, permitindo assim o fluxo de pedestres por entre a edificação para que os mesmos se sintam convidadas a conhecer o edifício.

3 Para aproveitar melhor o espaço e atender ao programa de necessidades do projeto, toda a volumetria foi elevada para mais 2 pavimentos.

4 Por fim, a volumetria da edificação ganhou cheios e vazios provenientes da criação de varandas projetadas para minimizar a incidência solar da parte da tarde nas fachadas norte, oeste e sul.

5.3
36
COMPOSIÇÃO FORMAL

RUAANTÔNIOVIÊIRA

Área verde com bancos para permanência

AV .LUISDEMATOS

Piso destaque em frente a vitrine de dança AV.LUZ

Baia para estacionamento

Legenda:

Área verde Acessos da edificação Acessos do estacionamento Acessos ao terreno

AV.LUZ

Fluxo linear livre

5.4 COMPOSIÇÃO URBANA 37
5.5 PROGRAMA 1. Setor educacional 4. Setor de serviço 2. Setor público 3. Setor administrativo A fim de atender as necessidades de um centro cultural de dança, o programa do projeto foi composto em 4 partes: 38 HALL, CIRCULAÇÃO VERTICAL E HORIZONTAL Total: 3.200,02 m² 1.395,83 m² Área construída 1.049,21 m² 561,35 m² 104,45 m² 89,18 m²

PROGRAMA - QUADRO DE ÁREAS

Recepção/foyer Cafeteria

Auditório

Galeria de exposição

Total:

Sanitário visitante masc. Camarim Vitrine de dança Secretaria Coordenação Direção Sala de reunião Administração Almoxarifado Sanitário func. mas. Sanitário func. fem. Despensa DML Depósito de lixo

130,22 m² 90,71 m² 237,25 m² 195,04 m² 12,78 m²

Sanitário visitante fem. 12,78 m² Sanitário visitante pcd 3,18 m² 51,10 m² 133,86 m² 17,67 m² 13,35 m² 13,35 m² 16,02 m² 19,14 m² 9,12 m² 7,90 m² 7,90 m² 5,27 m² 4,42 m² 5,13 m²

1 º P A V I M E N T O

Auditório 367,25 m²

Sala de dança A 73,83 m²

Sala de dança C 99,71 m²

Sala de dança E 101,37 m²

Varanda salas A e C 46,81 m² Varanda sala E 19,33 m²

Vestiário de alunos masc. 34,01 m²

Vestiário de alunos fem. 34,01 m²

Copa/descanso func. e prof. 27,75 m²

Vestiário professores masc. 16,28 m² Vestiário professores fem. 16,28 m²

Sala de projeção auditório 14,05 m²

Hall 47,87 m²

Circulação horizontal 154,80 m²

Circulação vertical 17,77 m²

Total:

1.071,12 m²

Sala de dança B 82.80 m²

Sala de dança D 101,50 m²

Sala de dança F 122.99 m²

Sala de aula teórica 01 44.85 m²

Sala de aula teórica 02 44.85 m²

Midiateca 42.04 m² Biblioteca 69.00 m²

Descanso alunos 50.39 m²

2 º P A V I M E N T O

Varanda salas B e teóricas 46. 81 m²

Varanda sala D 26.83 m²

Varanda sala F 23.22 m²

Varanda descanso alunos 13.41 m²

Varanda biblioteca 22.82 m²

Vestiário de alunos masc. 34.01 m² Vestiário de alunos fem. 34.01 m² Apoio físico 26.32 m² Enfermaria 15.95 m²

Hall 47,87 m²

Circulação horizontal 192,21 m²

Circulação vertical 17.77 m²

Total: 1.059,65 m²

Circulação vertical

Circulação horizontal 65,29 m² 17,77 m²

1.069,25 m²

39 T
É R R E O
O PROJETO 06 40

Dançar é sentir, sentir é sofrer, sofrer é amar… Tu amas, sofres e sentes. Dança!

-

Duncan

41
0 50 10 100 6.1 IMPLANTAÇÃO
AV. LUZ AV. LUZ 42
R U A A N T Ô N I O V I Ê I R A A V L U I S D E M A T O S

SOBRE O PROJETO

Situado na Avenida da Luz, o projeto do Centro Cultural de Dança Nóvi conta com 3 pavimentos que abrigam espaços com infraestrutura adequada para que os amantes da dança possam estudar e praticar essa arte. Dentre eles, salas de dança, salas de aula teóricas, teatro, galeria de exposição, uma sala de dança externa para que os alunos possam interagir com o público, com pequenas apresentações, aulas experimentais e mais.

Aberto para todo o público que se interessa pela dança, a edificação possui 3.522,47m² de área construída, uma praça urbana com áreas verdes que foram projetados pensando nos fluxos do dia a dia do local e espaços de convívio planejados para estimular o uso do lugar e a convivência da população do entorno.

O projeto urbano contempla áreas verdes ao redor do terreno que foram projetados de forma que o fluxo dos pedestres fossem priorizados, tendo em vista que o terreno possui acesso de 3 lados. Foram utilizados linhas em diagonal nos desenhos das áreas verdes para tornar os caminhos mais convidativos. No centro do terreno se localiza uma massa vegetal maior com arborização e bancos para permanência. O piso externo em frente a vitrine de dança é diferenciado pela cor para destacar essa área onde acontecerão a interação com o público.

O nome da edificação veio da junção do nome do município que abriga o centro cultural, Nova Iguaçu. Por possuir 2 nomes, "Nova" e "Iguaçu", o carioca em sua maneira de falar, acaba pronunciando tudo junto e é normal ouvirmos algo parecido com "nóviguaçu" . Sendo assim, o início da palavra, Nóvi, foi escolhido como o nome do edifício.

QUADRO DE ÁREAS Área total edificada

Área do lote Taxa de ocupação

Taxa de permeabilidade

Gabarito

Estacionamento

3.522,47m²

16,30m

3.014,70m² 39,56% 20,68% 10 vagas

6.2
43
6.3 PLANTA BAIXA - TÉRREO 0 20 10 5 2,5 44

Bh° func. fem. 7.90m²

Bh° func. masc. 7.90m²

Reunião 16.02m² Adm 19.14m² Cafeteria 90.71m²

Auditório 162.06m² 235 pessoas

Recepção/foyer 130.220m²

Saída auditório

Palco 75.19m² Camarim 51.10m²

Bh° púb. m 12.78m²

Secretaria 17.67m²

Coordenação 13.35m² Direção 13.35m²

Almox. 9.12m²

Bh° púb. pcd 3.18m² Despensa 5.27m²

Bh° púb. f 12.78m²

Dml 4.42m²

Dép. Lixo 5.13m²

Saída serviço

Galeria de exposição 195.04m²

Vitrine de dança 133.86m²

6.3
45 Acesso principal Acesso principal auditório
PLANTA ISOMÉTRICA - TÉRREO
0 20 10 5 2,5 6.3 PLANTA BAIXA - 1º PAVIMENTO 46

Sala de projeção 14.05m² Sala de dança A 73.83m² 18 alunos

Auditório 241.45m² 235 pessoas

Acesso secundário auditório

Vest. alunos fem. 34.01m²

Copa/de func. e 27.75m

Vest. prof. masc. 16.28m² Vest. prof. fem 16.28m² Hall 47,87m²

Vest. alunos masc. 34.01m²

Sala de dança C 99.71m² 24 alunos Varanda 46.81m² Varanda 19.33m²

Mezanino

Sala de dança E 101.37m² 25 alunos

6.3 PLANTA ISOMÉTRICA - 1º
47
PAVIMENTO
0 20 10 5 2,5 6.3 PLANTA BAIXA - 2º PAVIMENTO 48

Apoio físico 26.32m² Enfermaria 15.95m²

Sala de dança F 122.99m² 28 alunos Hall 47,87m²

Sala de dança B 82.80m² 18 alunos Sala de aula teórica 44.85m²

Mezanino

Sala de aula teórica 44.85m²

Vest. alunos fem. 34.01m²

Vest. alunos masc. 34.01m²

Descanso alunos 50.39m²

Varanda 23.22m²

Varanda 26.83m²

Sala de dança D 101.50m² 24 alunos

Biclioteca 69.00m²

Varanda 46.81m²

Varanda 22.28m²

Varanda 13.41m² 49

6.3 PLANTA
ISOMÉTRICA - 2º PAVIMENTO
Midiateca 42.04m²
6.3 PLANTA BAIXA - COBERTURA 50 0 20 10 5 2,5
Reserv. 1 12m³ Reserv. 2 12m³ Área técnica/condensadoras 75,12m² Acesso área técnica Casa de máq. elevador 8,17m² 6.3 PLANTA ISOMÉTRICA - COBERTURA 51
6.4 CORTE LONGITUDINAL 52 +0.10 +3.90 +8.79 +13.68 SALA DE DANÇA B SALA TEÓRICA SALA TEÓRICA CIRC. VESTIÁRIO ALUNOS F SALA DE DANÇA F HALL VARANDA CIRC. VESTIÁRIO ALUNOS F HALL SALA DE DANÇA C SALA DE DANÇA A AUDITÓRIO CAFETERIA FOYER RECEPÇÃO SECRET. DÉP. LIXO 0 10 5 2,5 20
6.4 CORTE TRANSVERSAL +0.10 +8.79 +13.68 +3.90 SALA DE DANÇA C SALA DE DANÇA F VARANDA ENFER. CIRC. CAMARIM AUDITÓRIO SALA DE PROJEÇÃO CAFETERIA 0 10 5 2,5 1 53
54
6.5 FACHADA OESTE 6.5 FACHADA LESTE

HADA SUL

6.5 FACHADA NORTE 55
56
57
58
59
60
61
62
63
64
65
66
67
07 DETALHES 68

O corpo diz o que as palavras não podem dizer.

69

SISTEMA ESTRUTURAL

Vigas área técnica em concreto armado pré dimensinamento: 15x50

Laje área técnica maciça Reservatórios em concreto armado

Laje cobertura BubbleDeck BD390

Pela demanda de grandes vãos para as salas de dança do centro, o sistema estrutural escolhido para as lajes principais da edificação foi a laje BubbleDeck. Uma laje que apresenta princípios estruturais de uma laje convencional trabalhando nas duas direções, porém, com redução de 35% do seu próprio peso.

Auditório

em concreto armado

Escadas e caixa do elevador em concreto armado

Laje 2º pavimento BubbleDeck BD390

Pilares em concreto armado pré dimensionamento: 35x60

Laje 1º pavimento BubbleDeck BD390

A BubbleDeck permite o aumento de vãos com ausência de viga e lajes irregulares com recortes pois é um sistema que utiliza esferas plásticas preenchidas de ar que são incorporadas no concreto uniformemente espaçadas entre duas telas metálicas soldadas e fixadas em treliças, eliminando assim o concreto que não possui função estrutural, reduzindo seu peso próprio. A laje é conectada diretamente aos pilares através do concreto in situ.

Além disso, esse sistema reduz o custo e tempo de instalação e proporciona excelente isolamento acústico e baixa condutibilidade térmica.

Cobertura externa em estrutura metálica sustentadas por tirantes

Especificações

técnicas: BD390

espessura da laje: 390mm diâmetro das esferas: 315mm vão: 10 a 16 metros carga: 640 kgf/m² concreto: 0,25 m³/m²

Figura 21: Corte genérico laje BubbleDeck. Fonte: Bubble Deck.

70
7.1

Planta baixa

Sala de dança D Nível: +8.79

Venezianas de policarbonato articulada

0 1 2,5

A edificação foi elaborada pensando em trazer boa infraestrutura para a prática dança, sendo assim, as salas de dança desempenham um papel importante no projeto.

priorizar o formato retangular para melhor orientação dos bailarinos piso de madeira específico para absorção do impacto salas bem iluminadas e ventiladas pé direito alto que permita saltos e elevações espelho em ao menos uma das paredes, priorizando a de maior dimensão barras de apoio fixas para desenvolvimento de atividades e possibilidade de barras de apoio móveis

O programa básico para salas de dança englobam: Para permitir a utilização das salas de maneiras diferentes, seja no estilo de dança praticada ou no tipo de formação dos bailarinos, foram projetadas salas com diferentes tamanhos e capacidades de alunos utilizando os estudos de percentis antropométricos.

O centro conta com 8 salas de dança com capacidade para 173 alunos em aulas simultâneas, sendo elas:

TÉRREO 1º PAV.

Varanda

Veneziana BubbleDeck

Corte transversal

Sala de dança D

Painel de policarbonato

Barra de apoio fixa

Vitrine de dança: 11,57x11,57 | h=3,41m 36 alunos

Sala de dança A: 6,90x10,70 | h=4,50m 18 alunos

Sala de dança B: 6,90x12,00 | h=4,50m 18 alunos Sala de dança C: 6,90x14,45 | h=4,50m - 24 alunos Sala de dança D: 7,00x14,50 | h=4,50m - 24 alunos Sala de dança E: 19,70x10,45 | h=4,50m 25 alunos Sala de dança F: 9,80x12,55 | h=4,50m 28 alunos

7.2
71
Pilar 35x60 Espelho Barra de apoio fixa Painel de policarbonato
SALAS DE DANÇA
2º PAV.

7.3 VENEZIANA E PAINEL DE

POLICARBONATO

Como observado nos condicionantes climáticos do local, a edificação possui três fachadas que são prejudicadas pela incidência solar no período da tarde, sendo elas, norte, sul e oeste. Sendo assim, para suavizar essa situação, foram criadas venezianas articuladas do tipo camarão e varandas em alguns ambientes do centro cultural.

Fachadas prejudicadas pela incidência solar

Outro elemento criado para o edifício, foram os painéis fixos de policarbonato atendendo a diretriz projetual: visão interna x visão externa, mencionados anteriormente. Os painéis fixos foram implantados de forma intercalada com a

Alvenaria para garantir uma proteção dupla na edificação e produzir um jogo de luz e sombra no interior dos ambientes. Esses painéis são posicionados de forma a manter o alinhamento das alvenarias da edificação, sem sobreposição, conforme mostra o detalhe.

O policarbonato foi o material escolhido para compor as venezianas e os painéis de estrutura metálica por 2 motivos principais:

1 - O material translúcido permite que a luz natural continue se infiltrando no ambiente mesmo quando fechado. 2 Sua translucidez permite a visão de quem está fora e de quem está dentro.

Além da sua transparência, o policarbonato é um material reciclável, econômico, possui instalação rápida e simples, alta resistência ao impacto, grande resistência a temperaturas extremas e proteção contra raios UV.

Esse material proporciona a edificação uma estética simples e limpa conforme proposta inicial de projeto. Durante o dia é possível observar os acontecimentos do interior da edificação e durante a noite, o prédio ganha um brilho atraente proveniente das luzes artificiais internas, transformando o edifício em uma grande lanterna na cidade.

Interrupção da alvenaria

Entrada de Entrada de iluminação iluminação

Painel fixo

Ambiente interno Estruturas alinhadas

Varanda

Veneziana artirculada

Estrutura metálica Guarda corpo

Detalhe painel e veneziana sem esc.

Luz e sombra gerado pelos painéis fixos

Venezianas articuladas abertas

72

Simulação diurna | venezianas abertas

Simulação noturna

Simulação noturna | venezianas abertas

Simulação noturna | venezianas fechadas

Simulação noturna

73
08
74
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Aqueles que foram vistos dançando foram julgados insanos por aqueles que não podiam escutar a música.

- Friedrich Nietzsche

75

20 Estilos de Dança Mais Praticados no Mundo. BalletFit Online, 2019. Disponível em: https://balletfitonline.com/8-estilos-de-danca/. Acesso em: 01 maio. 2022.

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CAVALHEIRO, Clarissa Aparecida. A importância dos Pontos de Cultura na sociedade. 2011. Projeto (Pós Graduação em Projetos Culturais e Organização de Eventos) Universidade de São Paulo, São Paulo, 2011. Disponível em: http://celacc.eca.usp.br/sites/default/files/media/tcc/203 646 1 SM.pdf. Acesso em: 12 abr. 2022.

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77

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TUCHLINSKI, Camila. Depressão: A dança como aliada no combate à doença. O ESTADÃO DE S.PAULO, 26 nov. 2019. Disponível em: https://emais.estadao.com.br/noticias/bem estar,depressao a danca como aliada no combate a doenca,70003102980. Acesso em: 14 abr. 2022.

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NATHÁLIA DE OLIVEIRA ROSA
DUQUE DE CAXIAS RJ 2022.2 arquitetura urbanismo U N I G R A N R I O

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