TFG - INSTITUTO VERDE (Pesquisa & Educação)

Page 1

INSTITUTO VERDE PESQUISA & EDUCAÇÃO



Universidade Anhembi Morumbi Escola de Ciências Exatas, Arquitetura e Design e Moda Curso de Arquitetura e Urbanismo

INSTITUTO VERDE PESQUISA & EDUCAÇÃO

TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO

NAYARA CHEN BEILI ORIENTAÇÃO: ROBERTO LAUDELINO SCHWEIGERT ORIENTAÇÃO METODOLÓGICA: VIRGÍNIA CÉLIO MARCELO

SÃO PAULO - 2017



” “ As pessoas têm medo das mudanças. Eu tenho medo que as coisas nunca mudem. (Chico Buarque)


Dedico esse trabalho aos meus pais, principalmente à minha mãe que sempre respeitou meu tempo e espaço.

{ } 6


AGRADECIMENTOS

A

gradeço aos meus pais que sempre confiram na minha capacidade e dedicação nos estudos, nunca me impediram de sonhar alto. Aos meus irmãos, Vinícius, Alessandra e Daniel Chen, que sempre me trouxeram alegria e risadas, principalmente sempre presentes na minha vida. Um agradecimento especial ao meu irmão Vinícius Chen que me fez companhia nas noites de projeto. A minha amiga Bianca Batista que sempre me apoiou em todas as minhas ideias, e atendeu em todos os socorros, apesar de sempre esquecer de me responder. Aos meus colegas de sala, que

foi compartilhado tantos altos e baixos nesses cinco anos. Aos meus orientadores Virgínia Célio Marcelo e Laudelino Roberto Schweigert, que me acompanharam nesse processo de crescimento e me instruíram até a finalização desse trabalho. A todos os professores e assistentes que me passaram bons ensinamentos e conselhos, gostaria de dizer que aprendi muito com vocês não apenas na área como também na vida.


S U M Á R I O

ESTUDO DE CASO

15 CONCEITO DE INSTITUTO

INTRODUÇÃ0

17

21 • HISTÓRICO DE PARELHEIROS • DESENVOLVIMENTO DA AGRICULTURA • DESMATAMENTO • REFLORESTAMENTO

PARELHEIROS

• ACADEMIA DE CIÊNCIAS DE CALIFÓRNIA • CAMPUS DA UNIVERSIDADE DE AMAZONAS • THE SUSTAINABILITY TREEHOUSE

31


ÁREA DE INTERVENÇÃO

• LEVANTAMENTO FOTOGRÁFICO • ZONEAMENTO • MAPA DE USO E OCUPAÇÃO DO SOLO • MAPA DE CHEIOS E VAZIOS • MAPA FLUXO DAS VIAS • MAPA DE TOPOGRAFIA

59

93 71 • PARTIDO E DIRETRIZES ADOTADAS • PROGRAMA DE NECESSIDADE • ORGANOGRAMA • FLUXOGRAMA • ESTUDO DE INSOLAÇÃO • PROJETO ARQUITETÔNICO

CONSIDERAÇÕES FINAIS

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

97

95 ANEXOS

PROJETO


LISTA DE FIGURAS .............................................................................22 Figura 2.2 – Cratera ..........................................................................................23 Figura 2.3 – Aldeias indígenas em Parelheiros ........................................................23 Figura 2.4 – Cemitério de Parelheiros ....................................................................24 Figura 2.1 – Igreja Santa Cruz

Figura 2.5 – Comparação das duas estações a esquerda em 1940 e a direita a atual situação ........................................................................................................24 Figura 2.6 – Comparação das duas estações a esquerda em 1940 e a direita a atual

........................................................................................................24 Figura 2.7 – Agroecologia ..................................................................................25 Figura 2.8 – Logo de Cooperabas .......................................................................25 Figura 2.9 – Desmatamento em Parelheiros ...........................................................26 Figura 2.10 – Desmatamento em Parelheiros ..........................................................28 Figura 2.11 – Desmatamento em Parelheiros ..........................................................28 Figura 2.12 – Projeto de Reflorestamento em Parelheiros ..........................................29 Figura 2.13 – Viveiro Florestal da ONG ..................................................................29 situação

...................................................32 Figura 3.1.2 - Croqui de Renzo Piano - Academia de Ciências de Califórnia ..................32 Figura 3.1.3 – Implantação- Academia de Ciências de Califórnia ................................33 Figura 3.1.4 – Planta Térreo - Academia de Ciências de Califórnia ..............................34 Figura 3.1.5 – Corte AA - Academia de Ciências de Califórnia ....................................35 Figura 3.1.6 – Fachada - Academia de Ciências de Califórnia ...................................35 Figura 3.1.7 – Perimetros e Acessos- Academia de Ciências de Califórni ......................36 Figura 3.1.8 – Estudo Solar- Academia de Ciências de Califórnia ................................37 Figura 3.1.9 – Academia de Ciências de Califórnia ..................................................38 Figura 3.1.11 – Estudo de Conforto- Academia de Ciências de Califórnia .......................39 Figura 3.1.12 – Estrutura do Edifício- Academia de Ciências de Califórnia .....................40 Figura 3.1.10 – Telhado Verde- Academia de Ciências de Califórnia .............................41 Figura 3.1.1 – Academia de Ciências de Califórnia

{ } 10

..............................................42 Figura 3.2.2 – Implantação esquemática- Campus da Universidade de Amazonas .........42 Figura 3.2.3 – Implantação do Campus da Universidade de Amazonas ........................43

Figura 3.2.1 – Campus da Universidade de Amazonas

Figura 3.2.4 – Setorização do Térreo da Unidade de Pesquisa Campus da Universidade de

.....................................................................................................44 Figura 3.2.5 – Setorização da Biblioteca - Universidade de Amazonas .........................45 Figura 3.2.6 – Corte da Biblioteca - Universidade de Amazonas .................................46 Figura 3.2.7 – Fachada Frontal da Biblioteca - Universidade de Amazonas ...................46 Figura 3.2.8 – Fachada Lateral da Biblioteca - Universidade de Amazonas ...................46 Figura 3.2.9 – Estudo Solar - Campus da Universidade de Amazonas ..........................47 Figura 3.2.10 – Jardins entre as edificações - Campus da Universidade de Amazonas ....48 Amazonas

Figura 3.2.11 – Corte das Salas de Aula com Demosntrações do ventos - Campus da

...............................................................................48 Figura 3.2.12 - Campus da Universidade de Amazonas ............................................49 Figura 3.2.13 - Campus da Universidade de Amazonas .............................................51 Figura 3.3.1 – Sustainability Treehouse .................................................................52 Figura 3.3.2 – Setorização - Sustainability Treehouse ..............................................53 Figura 3.3.3 – Setorização do Corte AA - Sustainability Treehouse .............................54 Figura 3.3.4 – Estudo Solar - Sustainability Treehouse ............................................54 Universidade de Amazonas

Figura 3.3.5 – Análise das soluções sustentáveis na implantação - Sustainability

.....................................................................................................55 Figura 3.3.6 – Análise das soluções sustentáveis no Corte - Sustainability Treehouse ...55 Figura 3.3.7 – Detalhe da Estrutura - Sustainability Treehouse ..................................56 Figura 3.3.8 – Detalhe da Estrutura - Sustainability Treehouse ..................................56 Figura 3.3.8 – Sustainability Treehouse .................................................................57 Treehouse

.......................................................................60 Figura 4.2.1 – Levantamento Fotográfico ...............................................................62 Figura 4.3.1 – Mapa de Zoneamento – Lei. 16.402/16 ................................................63 Figura 4.1 – Região de Parelheiros


LISTA DE TABELAS

LISTA DE GRÁFICOS

........................................................25 Tabela 2.4.1 – População: taxa anual de crescimento e densidade demográfica ............27

Grafico 2.1 - Proporção de moradias em área de risco

Tabela 2.3.1 – Agricultura química X orgânica

Tabela 3.2.1 - Materiais construtivos e Revestimento utilizados na construção da Sala de Aula - Campus da Universidade do Amazonas .......................................................49

.............................................28

Gráfico 3.1.1 – Estudo dos Ventos – Academia de Ciências de Califórnia........................37

..................47 Gráfico 3.3.1 – Estudo dos Ventos – Sustainability Treehouse ....................................54

Gráfico 3.2.1 – Estudo dos Ventos – Campus da Universidade de Amazonas

................................................64 4.3.2- Quadro 4 – Usos Permitidos por Zona ...............................................65

Tabela 4.3.1- Quadro 3 – Parâmetros de Ocupação Tabela

Tabela 5.2.1- Programa de Necessidades

.............................................................73

{ } 11


RESUMO

A

concepção de um espaço de pesquisa e educação ambiental para a região de Parelheiros é o conteúdo a ser desenvolvido neste trabalho. Parelheiros é uma região marcada pelo grande patrimônio ambiental, várias áreas consideradas de preservação ambiental permanentes (APP’s), muitos destas, infelizmente estão atualmente sendo desmatadas e invadidas por ocupações clandestinas, em decorrência do aumento populacional ao longo desses anos. Outra questão a ser mencionada, que poucos possuem conhecimento, é que na região possuem territórios de cultivo muito bem consolidadas, onde é um setor que está em crescimento no local. O projeto de um Instituto Verde é um espaço de estudo do meio ambiente em que ele será implantado, o desenvolvimento e o conhecimento daquilo que se estuda é o fundamental para sua preservação, o espaço educacional tem o intuito de fornecer cursos na área da agricultura, ensinando as práticas sustentáveis no uso do solo sem danificá-lo, incentivando o cultivo sustentável.

Palavras chave: Educação, Parelheiros, sustentável, preservação.


ABSTRACT

T

he approach of a space of research and environmental education for the region of Parelheiros is the content to be studied in this work. Parelheiros is a region known for its great environmental patrimony, several areas considered permanent environmental preservation (APP’s), which are currently being deforested and invaded by clandestine occupations, in question of population increase over those years. Another issue to be mentioned, which few have knowledge of, is that in the region they have very well established cultivation territories, where it is a sector that is growing in the area. The project of a Green Institute is a space of study of the environment in which it will be implemented, the development and the knowledge of what is studied is the fundamental one for its preservation, the educational space has the intention to provide courses in the area of agriculture, Teaching sustainable practices in land use without damaging it, encouraging sustainable cultivation.

Keywords: Education, Parelheiros, sustainable, preservation.


{ } 14


INTRODUÇÃO

O

questionamento que abordam a discussão de temas ambientais e sustentáveis está aumentando importância e atenção em várias áreas, pois são assuntos que influenciam questões políticas, econômicas e sociais de um país. A educação ambiental é um processo que desperta a preocupação individual e coletiva na crise ambiental que o mundo se encontra, desenvolvendo valores e atitudes voltada a conservação do meio ambiente. O intuito do projeto de um Instituto Verde é fazer crescer a conscientização ambiental não apenas da população da região de Parelheiros, como também servirá de exemplo de consciência pelo meio ambiente. A importância da implantação do projeto em Parelheiros é trazer o patrimônio ambiental do lugar como base de pesquisa e desenvolvimento, assim introduzir maior conhecimento do local e melhor preservação. A região também possui várias áreas de cultivo, deste modo, a instituição fornecerá formação profissional e técnico na área da agricultura, como apoio aos pequenos produtores ou interessados no manejo sustentável da atividade.

O primeiro capítulo explica de forma sucinta o conceito, mostra a diferença entre um instituto de pesquisa e um centro de pesquisa. A partir daí, é analisado os institutos presentes no Brasil e a tendência do país na pesquisa. No segundo capítulo será apresentado o histórico de Parelheiros, destacando questões do desenvolvimento da agricultura na região, como também a problemática que a região vem sofrendo ao longo dos anos, o desmatamento, e o processo de reflorestamento que procura florestar as regiões que estão sofrendo desarborização. No terceiro capítulo, há análise de estudos de caso, relacionados ao tema, como também ao objeto do projeto. No quarto capítulo será abordado o estudo da área de intervenção, da legislação, do sistema viário, o entorno e estudo do microclima. E por fim, o capítulo do projeto arquitetônico, onde será apresentado o partido e suas diretrizes, programa de necessidades e análises estruturais e conforto, como também as peças gráficas, assim mostrando todo resultado final do projeto.



01

{ CONCEITO DE INSTITUTO }


{ 1. CONCEITO DE INSTITUTO }

{ 1.3 INSTITUTOS DE PESQUISA PRESENTES NO BRASIL }

O conceito de instituto é uma organização com objetivos definidos, geralmente é um órgão voltado a pesquisa científicas com fins filantrópicos. Assim como, instituição direcionado à educação de ensino superior e técnico, ou mesmo para fins políticos. (The Scripps Research Institute, 2017) Um instituto de pesquisa ou instituto de investigação é uma entidade formado por pesquisas científicas, onde o objetivo principal é o desenvolvimento e estudo de uma determinada área ou objeto, para uma possível descoberta ou solução, como pesquisas da área de humanas, social, ambiental, históricas e outros das mais variadas áreas, da qual dependendo do foco de estudo da área, há modelos diferentes de pesquisa e investigação a serem feitas. (The Scripps Research Institute, 2017)

Nesses últimos o Brasil deu um salto significativo nas pesquisas científicas. No país há pesquisas realizadas em universidades federais, estaduais, comunitárias e privadas. Mas além das universitárias, também possui os institutos de pesquisa federais e estaduais, sobretudo centro de pesquisas. De acordo com o Centro Alemão de Ciência e Inovação, as universidades, maioria públicas, participam de pesquisas de diversas áreas de conhecimento, sob orientação de docentes, universidades como USP, Unicamp, Unesp, IFMG, dentre outros. Em relação aos institutos federais:

{ 1.2 INSTITUTO DE PESQUISA X CENTRO DE PESQUISA } Um instituto de pesquisa é um local de investigação de uma determinada área ou objeto, instituições essas que se especializam em pesquisas básicas ou mais aprofundadas. Os institutos de pesquisa possuem um objetivo ou programa mais complexo e abrangente, onde podem realizar pesquisas especializadas em várias áreas de estudo, como também podem conter questões de ensino ou outras políticas relacionadas. Já, os chamados de centro de pesquisa, são espaços de estudo especializados em uma única área, com objetivos bem claros, onde seu campo de pesquisa é bem específico e especializado na amplitude do trabalho. Assim um centro de pesquisa pode fazer parte de uma instituição ou mesmo ser independente.

{ } 18

A maior parte dos institutos federais de pesquisa não-universitária está vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), tais como o Instituto Nacional de Tecnologia (INT), no Rio de Janeiro, e o Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), em Campinas (SP). O primeiro atua nas áreas de engenharia de avaliações, corrosão e degradação, energia, processamento e caracterização de materiais. Já o CNPEM reúne quatro unidades de pesquisa de relevância no cenário nacional: Laboratório Nacional de Luz Síncroton (LNLS), Laboratório Nacional de Biociências (LNBio), Laboratório Nacional de Ciência e Tecnologia do Bioetanol (CTBE) e Laboratório Nacional de Nanotecnologia (LNNano). (Site DWIH, acesso abril 2017) Há também outros institutos e centros de pesquisas relacionados ao MCTI (Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação) são eles: Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Instituto


Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), Centro de Tecnologias Estratégicas do Nordeste (Cetene) e a Agência Espacial Brasileira (AEB). (Site DWIH) Unidades de Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), localizados em Brasília e Rio de Janeiro, tratam de estudos na área de economia que são fundamentais para ações governamentais e políticas públicas. Outro instituto que é bastante conhecido e valorizado é o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que se encontra no Rio de Janeiro. Como também há as instituições vinculadas ao Ministério da Defesa, são elas as principais: Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA) e o Instituto Militar de Engenharia (IME). (Site DWIH) No Brasil há inúmeros centros estaduais de pesquisa, com pesquisas que atendem a necessidade de cada região. Na Cidade de São Paulo possui um grande número de centros de pesquisa, principalmente de referência nacional, como o Instituto de pesquisas Tecnológicas (IPT) e o Instituto Butantã (IB) de pesquisas imunobiológicas, em Campinas temos o Instituto de Tecnologia Agronômico (Ital) e o Instituto Agronômico (IAC). (Site DWIH) O Instituto de Tecnologia Agronômico (Ital) e o Instituto Agronômico (IAC), possuem um foco de pesquisa similar ao projeto:

De acordo com o estudo, as pesquisas predominantes no Brasil em geral, são os temas como ciências, tecnologias e engenharia em geral.

Gerar e transferir ciência, tecnologia e produtos para otimização dos sistemas de produção vegetal, com responsabilidade ambiental, visando ao desenvolvimento socioeconômico e à segurança alimentar, por meio da pesquisa, da formação de recursos humanos e da preservação do patrimônio. (...)realiza atividades de pesquisa, desenvolvimento, assistência tecnológica, inovação e difusão do conhecimento nas áreas de embalagem e de transformação, conservação e segurança de alimentos e bebidas. (Site Ital, acesso abril 2017)

{ } 19



02

{ PARELHEIROS }


{ 2.

PARELHEIROS

}

Localizado na zona sul da cidade de São Paulo, é o segundo distrito com maior extensão territorial, apesar de ser pouco povoado. A região possui cerca de 353 Km² de área, com uma população de 146.908 (Censo SEADE, 2017), região responsável pela Prefeitura Regional de Parelheiros. Tem a maior parte da área coberta por reservas ambientais de Mata Atlântica - nele se localiza a APA Capivari-Monos e a APA Borore-Colônia. Apesar das restrições impostas pela legislação ambiental, a região apresenta urbanização intensa e desordenada, com parte da população residindo de forma precária e com sérios impactos sobre os processos naturais de produção de água, devido à impermeabilização do solo, ao desmatamento, ao despejo de esgotos e ao assoreamento dos corpos d’água. (Site Prefeitura Regional de Parelheiros) A região tem como características climáticas um elevado índice pluviométrico e mais baixa temperatura no inverno, com geadas frequentes. (Prefeitura Regional de Parelheiros)

{ 2.2

HISTÓRICO DE PARELHEIROS

O nome Parelheiros vem do nome parelhas, que era uma antiga corrida de cavalos que era realizado entre alemães e brasileiros. Parelheiros já foi conhecida como Santa Cruz, pela existência de uma grande cruz de madeira na praça central da região, ela foi construída por Amaro Pontes, participou na guerra do Paraguai, prometeu que se conseguisse voltar, construiria uma capela de gratidão. Assim com seu retorno construiu a capela em 1898, conhecida hoje como a Igreja Santa Cruz, da qual é atualmente tombada como Patrimônio Histórico (Figura 2.1). (Site Prefeitura Regional de Parelheiros)

}

Parelheiros é considerado Patrimônio Ambiental, por seu grande território possuir mata atlântica, área de proteção aos mananciais e uma grande abundância de recursos naturais. Abrange uma área de 360,6 Km2, representando 24% do município, com ocupação urbana de 2.5% e dispersa 7.7% (SEADE 2001). Situado no Extremo Sul do município, sua divisa está cerca de 10 KM do mar. A região possui três bacias hidrográficas, são elas: Capivari, Guarapiranga e Billings. (Site Prefeitura Regional de Parelheiros)

{ } 22

Figura 2.1: Igreja Santa Cruz. Fonte: <http://www.folhadeparelheiros.com>. Acesso: Mar. 2017


Na época Dom Pedro I, teve a intenção de “clarear” a “raça brasileira” (Antonio Petaan, 2013), então em 1827 recebeu 200 mil imigrantes em São Paulo, entre eles, alemães, austríacos e suíços que vinha com o objetivo da formação de uma colônia agrícola. Com um ano de estudo, foi concluído que a área de implantação seria aproximadamente 50 Km de distância do centro da cidade, da qual ficou conhecida como a colônia alemã. Com a pose do território, houve a chegada de mais alemães, num total de 94 famílias que habitam até hoje a região. (Site Prefeitura Regional de Parelheiros) Com o tempo a colônia entrou em decadência, pelas várias dificuldades encontradas e na época não possuíam qualquer tipo de apoio do governo, assim a colônia mudou de nome para Colônia Paulista ou apenas Colônia. (Site Prefeitura Regional de Parelheiros) Em torno de 1940, principalmente após a Segunda Guerra Mundial, houve a chegada de imigrantes japoneses no porto de Santos, posteriormente em Parelheiros, da qual tiveram grande participação na área de cultivo, tornando Parelheiros e Marsilac as maiores áreas agrícolas de São Paulo. (Site Prefeitura Regional de Parelheiros) A conhecida cratera da região (Figura 2.2) - considerada um grande marco geológico, com formato circular cerca de 3,6 Km de diâmetro, onde há aproximadamente 36 milhões de anos houve a queda de um meteorito. Atualmente a região é ocupada por um loteamento irregular, contento cerca de 40 mil pessoas, parte dela é preservada como área agrícola. A cratera é atualmente tombada pela CONDEPHAAT conforme Resolução SC 60 de 20.08.2003, e recebido em dezembro/2011 o título de Patrimônio Geológico do Estado de São Paulo pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente. (Site Prefeitura Regional de Parelheiros)

Figura 2.2: Cratera. Fonte: <http://www.compolsoc.files.wordpress.com>. Acesso: Mar. 2017

Na região também habitam duas aldeias indígenas Pyau (Krucutu), e Tenondé Porá (Morro da Saudade), da qual estão localizados na margem da Represa Billings, eles preservam firmemente a própria língua, cultura, religião e outros costumes (Figura 2.3). (Site Prefeitura Regional de Parelheiros)

Figura 2.3: Aldeias indígenas em Parelheiros. Fonte: <http://www.compolsoc.files.wordpress.com>. Aces23 so: Mar. 2017

{ }


{ 2.2.1

PATRIMÔNIO HISTÓRICO }

Além do Patrimônio Ambiental, Parelheiros também possui Patrimônios Históricos, além da Igreja Santa Cruz que foi comentado anteriormente, tem o cemitério de Parelheiros de 1910 (Figura 2.4); a Capela de São Sebastião na Ilha do Baroré de 1904; a Capela de Nossa Senhora Aparecida localizada no bairro da Colônia construída em 1910 e o Cemitério da Colônia Alemã de 1829, acredita-se que é o mais antigo cemitério particular do Brasil. (Site Prefeitura Regional de Parelheiros)

histórico, também muito visitado por turistas, tornando um ponto turístico (Figura 2.6). (Site Prefeitura Regional de Parelheiros)

Figura 2.5 e 2.6: Comparação das duas estações a esquerda em 1940 e a direita a atual situação. Fonte: <http://www.estacoesferroviarias.com>. Acesso: April. 2017

{ 2.3

Figura 2.4: Cemitério de Parelheiros. Fonte: <http://www.cidadedesaopaulo.com>. Acesso: April. 2017

Em Parelheiros também se encontra os antigos casarões como da Família Roschel localizadona Estrada do Juza, da década de 1840; a Casa Taipa de pilão, edificada por João Frederico Glasser no ano de 1847, que fica na Estrada Kaio Okamoto e mais outros casarões espalhados no território. (Site Prefeitura Regional de Parelheiros) Apesar de muitos desconhecerem, Parelheiros já teve uma estrada de ferro - estação ferroviária Evangelista de Souza, foi construída em 1936 em homenagem ao Barão de Mauá (Figura 2.5), atualmente se encontra abandonada e é tombada como patrimônio

{ } 24

DESENVOLVIMENTO DA AGRICULTURA

}

Atualmente Parelheiros possui umas das maiores áreas com atividade de agricultura na cidade de São Paulo (Foto 2.7). Há, na capital, 420 unidades de produção agrícola (UPAs), para fins de comercialização, cadastradas no levantamento realizado pela Supervisão de Abastecimento (Abast) em conjunto com a Secretaria do Verde e do Meio Ambiente (SVMA). A maior parte delas situa-se na zona Sul (320). Neste cenário, 14 unidades são certificadas como orgânico e cerca de 15% recebem assistência técnica. (Site cidade de São Paulo)

Figura 2.7: Agroecologia. Fonte: <José Cordeiro>. Acesso: April. 2017


A região possui cinturão verde de produção agrícola, principalmente familiar, além de representar uma região prioritária para a conservação ambiental e da biodiversidade a qual abrange unidades de manancial de extrema importância para o Estado de São Paulo, que garantem o abastecimento de água para quatro milhões de pessoas da região metropolitana de São Paulo. No entanto, essa produção de água sofre impactos negativos da expansão urbana desordenada e práticas agrícolas inadequadas. (Site cidade de São Paulo) Diante desse contexto se faz necessário atividades relacionadas à extensão rural, que têm como papel principal intuito o diálogo entre o setor público e o mundo rural, contribuindo ativamente no que diz respeito aos processos de desenvolvimento local (CALLOU, 2008). As dificuldades ainda vivenciadas pelo agricultor familiar no rural brasileiro reafirmam a importância da extensão, estimulando a atualidade do debate em torno das políticas de ATER (Assistência Técnica e Extensão Rural) tanto nas universidades, como em órgãos públicos e privados e ONGs. Nessa perspectiva, faz parte dos princípios da extensão rural uma série de atividades informais, por diversos setores da sociedade voltados às transformações do sistema produtivo-econômico e social do meio rural. (Site cidade de São Paulo) Com a discussão de atividades de extensão rural em uma zona de preservação ambiental, o governou criou o Programa Agricultura Limpa, da qual possui o objetivo de estímulo de produção agrícola e orienta a conversão de uma agricultura convencional em orgânica, como também adoção de práticas sustentáveis agrícolas no município de São Paulo. Assim, com a mudança, os agricultores ganham segurança, autoestima e renda maior, e o meio ambiente é preservado dos graves impactos causados pelo uso indiscriminado de agrotóxicos. (Site cidade de São Paulo)

ORGÂNICA

QUÍMICA

Tecnologia de processo (Solo - Planta - Ambiente)

Tecnologia de Produtos Depende de Recursos Externos

Equilíbrio do Solo/Ambiente Vida Microbiana - matéria orgânica Minerais essênciais balanceados

Erosão do Solo, empobrecimento em umus e microorganismos, desequilíbrio mineral

Plantas equilibradas e resistentes Produtos sadios

Plantas desequilibradas com baixa resistência, Uso de Pesticidas agressivos, produtos contaminados

Ecossistemas equilibrado auto-sustentável

Poluição e deterioração do Ecossitema Descapitalização

Tabela 2.3.1: agricultura orgânica X Química Fonte: <http http://www.cura.metafisica.nom.br>. Acesso: April. 2017

Além do programa há outros órgãos de apoio como CAE (Casas da Agricultura Ecológica) que tem como foco dar assistência aos produtores, fazendo visitadas para ajudar na identificação de pragas e doenças, na análise do solo, ajuda na recuperação da mata ciliar e na adubação do solo. Em 2011 foi fundada a Cooperapas (Foto 2.8), onde possui Figura 2.8: Logo de Cooperapas. a missão de comercialização e na Fonte: <http://www.cidadedesaopaulo.com.br>. Acesso: April. 2017 organização social, representando os agricultores. Tudo isso foi adquirido pelos esforços dos conselhos gestores das APAS paulistanas, e da câmara técnica de agricultura e desenvolvimento rural. (Site cidade de São Paulo)

{ } 25


{ 2.4 DESMATAMENTO } “Um dia aquela região estava cheia de árvores. No outro, havia sido murada. No dia seguinte, já tinham derrubado todas as árvores e, logo depois, já estava tudo construído.” O relato da agricultora orgânica Valéria Maria Macoretti, moradora há cerca de oito anos da Área de Proteção Ambiental (APA) Bororé-Colônia, no extremo sul da capital, conta como o crescimento populacional crescente nos últimos tempos e de forma descontrolada. (Romão, 2016)

Figura 2.9: Desmatamento em Parelheiros. Fonte: <http://www.folhadeparelheiros.com>. Acesso: April. 2017

Parelheiros, território pela LUOS(Leis de Uso e Ocupação do Solo) possui cerca de 80% de preservação ambiental, nos últimos anos tem sofrido situações de desmatamento (Figura 2.9), devastando suas florestas e recursos naturais, comprometendo o equilíbrio do ecossistema. (Folha Estadão, 2015) Um dos maiores responsáveis pelo desmatamento local, é o crescimento populacional desordenado, gerando um avanço da

{ } 26

urbanização descontrolada e precária, são elas, invasões pequenas que se tira duas ou três árvores para montar uma moradia ou de caráter comercial, esses pequenos desmatamentos são conhecidos como “efeito formiga”, o tipo de problema que não se sente o prejuízo na hora e sim com tempo, e quando se identifica a grande invasão que está acontecendo ali, o loteamento irregular já está consolidado. (Romão, 2016) De acordo com a pesquisa da SEADE (Fundação Sistema Estadual de análise de dados) – SP Demográfico 2014, foi realizado uma síntese de indicação demográfico de 2014 a 2030, onde Parelheiros fica em segundo lugar com maior porcentagem de crescimento, onde Vila Andrade possui 1,68% e Parelheiros 1,25%, observe a tabela 2.4.1, abaixo:


Tabela 2.4.1: População; taxa anual de crescimento e densidade demográfica. Fonte: <http://www.seade.gov.br>. Acesso: April. 2017

{ } 27


Barracos avançando sobre locais em que ainda havia floresta. Um córrego canalizado virou espaço para despejo de esgoto. E áreas em que a cobertura vegetal foi toda suprimida, seja com serra elétrica ou com queimadas. (Estadão, 2015)

Gráfico 2.1: Proporção de moradias em área de risco. Fonte: <http://www.simdh.com.br>. Acesso: April. 2017

Figura 2.10 e 2.11: Desmatamento em Parelheiros. Fonte: <http://www.estadao.com.br>. Acesso: april 2017

Todo esse movimento é grande o bastante para permitir a chegada de novas famílias à região, que aumentam a pressão sobre uma área que já é frágil, mas pequeno para ser visto, por exemplo, por imagens de satélite que ajudam no monitoramento dos remanescentes da Mata Atlântica. (Estadão, 2015) Abaixo um gráfico que mostra a comparação do crescimento de moradias em áreas de risco do Município de São Paulo e Parelheiros em 2010, dados adquiridos pelo SIMDH (Sistema Intraurbano de Monitoramento de Direitos Humanos).

{ } 28

A fiscalização nessas áreas é difícil mesmo pelo monitoramento aéreo, por questão do “efeito formiga”, e um outro chamado de “bosqueamento”, uma invasão mais disfarçada, onde se tira uma parte de árvores para o loteamento e outras mantidas para esconder o desmatamento, assim com as copas altas das árvores não fica fácil a identificação da invasão ou mesmo passando de carro. (Folha Estadão, 2015) A população consegue identificar a mudança da cidade ao longo dos anos, a região atualmente tem um maior acesso ao transporte, equipamentos públicos, comércio e outros, como também a mudança ambiental. Apenas parte dos habitantes locais estarem preocupados com a situação atual, a população necessita de informações e conhecimentos técnicos ambientais para a preservação do meio que querem manter, e a importância da participação de todos é crucial para o meio ambiente, pois depender apenas do governo para a proteção de tamanho valor, não é suficiente.


{ 2.5 REFLORESTAMENTO } Reflorestamento é um processo de recuperação de áreas degradadas com plantio de florestas, que tiveram sua vegetação removida ou prejudicada pela força da natureza ou humana. Parelheiros possui a ação de reflorestamento (Figura 2.12).

de Preservação das propriedades rurais. (...) Cerca de 30 agricultores já se inscreveram para realizar esta parceria de adoção de práticas e ações destinadas a consolidar o desenvolvimento rural sustentável no Município de São Paulo. (Site da Prefeitura Regional de Parelheiros, 2014) Outra organização na região que realiza a ação é a ONG Capivari Monos que foi fundada em 2007, desde então trabalha no reflorestamento de áreas devastadas, a instituição mantém um viveiro florestal (Figura 2.13), onde realiza a produção de mudas e conta com a ajuda de trabalhos voluntários para seus projetos. (Site Cidade de São Paulo)

Figura 2.12: Projeto de Reflorestamento Voluntário em Parelheiros. Fonte: <Alessandro S. Dantas>. Acesso: April. 2017

A Secretaria do Desenvolvimento, Trabalho e Empreendedorismo através da Casa de Agricultura Ecológica juntamente com a Subprefeitura de Parelheiros e a Secretaria do Verde e Meio Ambiente, estão disponibilizando mudas de espécies florestais nativas para adequação ambiental e recomposição das Áreas

Figura 2.13: Viveiro Florestal da ONG. Fonte: <http://www.capivarimonos.org.br>. Acesso: April. 2017

Com essas questões estudadas, percebe-se a necessidade de investir no ensino ambiental a população local, indivíduos esses que estão cercados por uma preservação ambiental que atualmente está sofrendo desmatamento e desrespeito. A instituição em projeto será um grande apoio a conscientização ambiental aos habitantes e incentivo contínuo de projetos de reflorestamento, como também auxílio aos jovens produtores e futuros.

{ } 29



03

{ ESTUDO DE CASO }


OBRA

{ 3.1 ACADEMIA DE CIÊNCIAS DA CALIFÓRNIA }

Figura 3.1.1: Academia de Ciências de Califórnia. Fonte: <http://www.ideialverde.com>. Acesso: Mar. 2017

FICHA TÉCNICA

A escolha do projeto se deu pelo conceito sustentável do projeto e todo seu programa de necessidade similar ao tema de estudo do presente trabalho. O projeto foi realizado por Renzo Piano, a construção faz uma união das duas estruturas, o antigo e o novo, relacionando com o entorno, o Golden Park. Todo estudo do projeto é focado na sustentabilidade, o edifício é considerado um dos dez projetos pilotos de “Green Building” do Departamento do Meio Ambiente de São Francisco, que recebeu o certificado LEED (Leadership in Energy and Environmental Design) de platina. Os antigos edifícios foram construídos entre 1916 e 1976, no Golden Park, foram demolidos para a implantação da atual edificação do Renzo Piano, da qual todas as atividades estão centradas num único prédio. Mas o novo prédio preserva os antigos elementos das antigas edificações, como: o Salão Africano, o Salão Norte-americano e a entrada do Aquário Steinhart. (Site Archdaily) Outra questão relevante é a união de um programa complexo num mesmo ambiente, incorporando o aquário Steinhart, um planetário Morrison, um museu da história natural de Kimball e uma instituição de pesquisas científicas que conduz 11 campos de estudo.

Obra: Academia de Ciências da Califórnia Arquiteto: Renzo Piano Building Workshop e Stantec Architecture Localização: São Francisco, Califónia, EUA Ano de inauguração: 2008 Área do terreno: 36.278 m² Área construída: 11.241 m²

{ } 32

Figura 3.1.2: Croqui de Renzo Piano Academia de Ciências de Califórnia. Fonte: <http:// www.archdaily.com> e arquivo pessoal. Acesso em: Mar. 2017


IMPLANTAÇÃO A cobertura verde possui um desenho orgânico que relaciona com o seu entorno, a materialidade da estrutura é de aço e concreto, com uma camada de vegetação em cima, incluindo a retenção de água. O telhado tem como função o controle térmico interno do edifício, entrada de luz natural e a captação de 98% da água da chuva, da qual é distribuído para vários usos da edificação. Em volta da cobertura há as células fotovoltaicas que são responsáveis por mais de 5% da energia necessária do museu. O edifício é dividido em dois pavimentos o térreo e o subsolo. Há duas entradas para a Academia de Ciências, um no sentido noroeste e o outro sudeste, na entrada noroeste identifica-se o Salão Africano, o restaurante e a loja, no centro da edificação fica a área de exposição, Floresta Tropical, o Planetário e a Praça Central, mais ao fundo se encontra a outra entrada, a sudeste, onde fica as áreas de pesquisa, acervo e laboratórios. (PAIVA, 2011) No subsolo se localiza o grande aquário, que possui dois brejos, e centenas de tanques que faz exibição de 38 mil animais, mais de 900 espécies. O pavimento ainda abriga espaços de manutenção e técnicos, e de pesquisa. (PAIVA, 2011)

LEGENDA 1.

Cobertura de vidro

2.

Cobertura viva

3.

Claraboia basculantes

4.

Terraço-cobertura para o acesso

de visitantes 5.

Cobertura de vidro com células

Figura 3.1.3: Implantação Academia de Ciências de Califórnia. Fonte:<http.www.archdaily.com>. Acesso: Mar. 2017

{ } 33


TÉRREO SETORIZADA

LEGENDA 1.

Praça Central

2.

Área de Exposição

3. Planetário 4.

Floresta Tropical

5. Lobby 6.

Salão Africano e Centro

Naturalista 7.

Loja

8.

Auditório e Restaurante

9.

Área de Pesquisa

10.

Acervo

11.

Laboratório Público

fotovoltáicas Uso coletivo de acesso público

{ } 34

Figura 3.1.4: Planta Térreo Academia de Ciências de Califórnia. Fonte: <http://www.archdaily.com> e arquivo pessoal. Acesso em: Mar. 2017

Espaço privado acesso público

de

Espaço privado acesso restrito

de


CORTE AA

Figura: 3.1.5: Corte - Academia de Ciências de Califórnia. Fonte:<http//www.archdaily.com> e arquivo pessoal. Acesso em: Mar. 2017

LEGENDA Uso coletivo de acesso público

Espaço privado acesso público

de

Espaço privado acesso restrito

de

FACHADA

Figura: 3.1.6: Fachada - Academia de Ciências de Califórnia. Fonte:<http//www.archdaily.com> e arquivo pessoal. Acesso em: Mar. 2017

{ } 35


PERÍMETROS E ACESSOS

LEGENDA Entrada

Perímetro

Acessos horizontais

Acessos verticais

{ } 36

Figura 3.1.7: Perímetro e acessos Academia de Ciências de Califórnia. Fonte:<http.www.archdaily.com>. Acesso: Mar. 2017


ESTUDO DO CLIMA

Gráfico 3.1.1: Estudo dos Ventos - Academia de Ciências de Califórnia. Fonte:<http. www.windfinder.com>. Acesso: Abril 2017

Figura 3.1.8: Estudo Solar - Academia de Ciências de Califórnia. Fonte:<http.www.archdaily.com>. Acesso: Abril 2017archdaily.com>. Acesso: Mar. 2017

Assim de acordo com a figura 3.1.8, a direção ascendente dos ventos em Califórnia – EUA, ao longo do ano, é no sentido noroeste e sudoeste da cidade.

Califórnia está localizado acima da linha do Equador, latitude 35,9; assim ao contrário de São Paulo, a sua predominância solar é no sentido Sul, de acordo representado na figura 3.1.7.

{ } 37


SUSTENTABILIDADE DO EDIFÍCIO A sustentabilidade foi o ponto fundamental para a construção desse espaço, o edifício consome menos de 30% a 35% de energia que uma edificação normal, por questão de todo um planejamento de soluções sustentáveis implantadas no ambiente, como em relação ao calor e umidade, energia renovável, luz natural e ventilação, eficiência no uso da água, uso de materiais recicláveis e outros. (Site Archdaily) Na questão do conforto térmico e reaproveitamento de energia, aproximadamente 90% dos espaços possuem iluminação natural, reduzindo o uso de energia elétrica; o desenho ondulado da cobertura traz ar fresco ao ambiente interno; uma canopla solar em torno do perímetro da cobertura, contendo 60 mil células fotovoltaicas, supre cerca de 213.000 kWh de energia limpa por ano (ao menos 5% das necessidades da academia) e evitam a emissão de mais de 183 toneladas de gás ao ano; a cobertura verde confere uma camada de isolamento térmico superior para o prédio, reduzindo o uso de ar-condicionado. (PAIVA, 2011) O projeto considerou não apenas na questão da eficiência energética de aquecimento e refrigeração, como também o reuso de aproximadamente 90% de materiais e entulhos dos antigos edifícios que foram demolidos e a forma como eles integram a forma. Toda questão da divisão dos espaços com relação a iluminação e ventilação natural, como o sistema de uso eficiente da água, geração de energia, entre outros foram fatores que o projeto em si se mostra bastante aprofundamento, pontos da qual foram essenciais a realização do projeto. (PAIVA, 2011)

{ } 38

Figura 3.1.9: Academia de Ciências de Califórnia. Fonte:<http.www.rwpaisagismo.blogspot.com.br>. Acesso: Mar. 2017


ESTUDO DE CONFORTO

Figura 3.1.10: Estudo de conforto - Academia de Ciências de Califórnia. Fonte:<http.www.archdaily.com>. Acesso: Mar. 2017

1. Projeção do parque adjacente; 2.Cobertura viva (isolamento e resfriamento passivos); 3. Geometria da cobertura favorece o “Efeito Venturi” ;

4. Cobertura de vidro com ceélulas fotovoltáicas; 5. Paredes de concreto (resfriamento passivo); 6.Escotilhas e clarabóias;

7. Brises; 8. Piso radiante; 9. Luz natural para as plantas.

{ } 39


ESTRUTURA DO EDIFÍCIO Na estrutura do projeto não foi possível o reuso da estrutura original dos antigos edifícios pelas más condições que se encontravam, assim a estrutura teve uma grande modificação, perdendo sua importância histórica, mas foi utilizado aço 100% reciclado na nova estrutura. (Site Ideal Verde) A estrutura da Nova Academia fornece uma forma mais útil do espaço, utilizando-se de áreas no subsolo, uma melhor configuração do espaço interno, e alterações na mão de direção dos automóveis e na paisagem. A estrutura pode também ser comparada a uma mesa com quatro pernas, cujas pernas são os alicerces que podem balançar para trás e para frente, dissipando as forças sísmicas de um terremoto que pode eventualmente ocorrer. Medindo aproximadamente 152m de comprimento da direção leste-oeste e 91m na direção norte-sul, a estrutura é composta por quatro edifícios de concreto separados a cada três andares. Estas chamadas “pernas da mesa” são conectadas pelo teto de concreto e suportadas pela área do subsolo, elas compartilham paredes que transmitem forças laterais durante um evento sísmico. (Site Ideal Verde)

{ } 40

Figura 3.1.11: estrutura do Edifício - Academia de Ciências de Califórnia. Fonte:<http.www. archdaily.com>. Acesso: Mar. 2017


ANÁLISE ASPECTOS POSITIVOS

ASPECTOS NEGATIVOS

- Todo sistema sustentável da edificação; - Uso de tecnologia avançada; - Programa elaborado; - Cobertura ondulada Verde; - A criação de uma floresta tropical dentro de uma edificação.

- Volumetria simples do edifício;

A Academia de Ciências da Califórnia possui uma das mais avançadas tecnologias focada na questão sustentável e de conforto térmico, onde a sustentabilidade foi o tema principal do projeto. Com o estudo da setorização é perceptível como o programa da instituição é elaborado e completo, onde a partir dele será projetado o programa do Instituto Verde e as questões das tecnologias e soluções sustentáveis.

Figura 3.1.12: Telhado Verde - Academia de Ciências de Califórnia. Fonte:<http.www.rwpaisagismo.blogspot.com.br>. Acesso: Mar. 2017

{ } 41


OBRA

{ 3.2 CAMPUS DA UNIVERSIDADE DO AMAZONAS }

A obra de Mario Porto é objeto de estudo pela sua forma de implantação como se integra ao meio amazônico de preservação ambiental, aproveitando o clima local, seus ventos e, principalmente, de seu entorno. O projeto deu início em 1973, projetado pelo arquiteto Severiano Porto, uns dos primeiros arquitetos a atuar na Amazônia, criando espaços de acordo com o clima local e valorizando toda questão ambiental e cultural da região. De acordo com Mario Porto (2016), as diretrizes do projeto foi adequar a construção ao clima da região, e a utilização da ventilação natural para minimizar os gastos com ar-condicionado.

IMPLANTAÇÃO Figura 3.2.1: Campus da Universidade do Amazonas. Fonte:<http.www.iab.org.br>. Acesso: Mar. 2017

A Universidade é implantada em uma região de preservação ambiental, área com vegetação nativa. Foram feitos vários estudos para que a construção tivesse um baixo impacto ambiental.

FICHA TÉCNICA Obra: Campus da Universidade do Amazonas Arquiteto: Severiano Mário Vieira de Magalhães Porto Localização: Manaus, Amazônia - Brasil Ano do projeto: 1973-80 Área do projeto: 6.700 km²

{ } 42

Figura 3.2.2: Implantação esquemática –Campus da Universidade de Amazonas. fonte: <http.www.iab.org.br> acesso: Mar. 2017


Em relação a topografia do terreno, ele se localiza em dois platôs de cotas elevadas: no primeiro há os minicampos já existentes como apresenta na figura 3.1, onde abriga áreas de educação física, e possuem instalações provisórias da universidade, conhecida como minicampos. Já o segundo fica envolta de uma vegetação densa, da qual fica toda a área de administração, salas de aula e biblioteca. (Porto, 2016) Conforme Mario Porto (2016), o desenho de implantação do projeto é um sistema de malha, onde ele acreditava que assim possuía uma flexibilidade de adaptação e de acréscimos. Todo programa e atividade que incorpora a Universidade é dividida em unidades construtivas separadas, onde se interligam através de passarelas. O programa do Campus teve como base de estudo várias universidades brasileiras, formando um programa geral, sendo distribuídas em cada unidade. O programa abrange unidades, institutos, laboratórios de ensino e pesquisa, biblioteca, num sistema modulado, intercalado de jardins e áreas verdes, além de unidades administrativas, centro comunitário, anfiteatros, aula magna e restaurante.

LEGENDA 1.

Reitoria-administração

2.

Ensino e pesquisa

3.

Centro comunitário

4. Restaurante 5. Biblioteca 6.

Estacionamento

Uso livre Uso educacional Administração Estacionamento

IMPLANTAÇÃO Figura 3.2.3: Implantação do Campus da Universidade do Amazonas. Fonte:<http.www.iab.org.br>. Acesso Abril 2017

{ } 43


TÉRREO – UNIDADES DE ENSINO E PESQUISA

LEGENDA Sala de aula

{ } 44

Laboratório de pesquisa

Área verde

Figura 3.2.4: Setorização do térreo da Unidade de Ensino e pesquisa - Campus da Universidade do Amazonas. Fonte:<http.www.iab.org.br>. Acesso: Abril 2017


BIBLIOTECA

LEGENDA Acesso livre

Acesso restrito

Área verde

Entrada

Figura 3.2.5: Setorização da Biblioteca - Campus da Universidade do Amazonas. Fonte:<http.www.iab.org.br>. Acesso Abril 2017

Entrada restrita

{ } 45


CORTE AA

Figura 3.2.6: Corte AA - Campus da Universidade do Amazonas. Fonte:<http.www.iab.org.br>. Acesso: Abril 2017

FACHADA FRONTAL DA BIBLIOTECA

Figura 3.2.7: Fachada Frontal da Biblioteca - Campus da Universidade do Amazonas. Fonte:<http.www.iab.org.br>. Acesso: Abril 2017

FACHADA LATERAL DA BIBLIOTECA

Figura 3.2.8: Fachada Lateral da Biblioteca - Campus da Universidade do Amazonas. Fonte:<http.www.iab.org.br>. Acesso: Abril 2017

{ } 46


ESTUDO DO CLIMA

Figura 3.2.9: Estudo Solar – Campus da Universidade de Amazonas. Fonte:<http.www. googlemaps.com >. Acesso: Abril 2017

Gráfico 3.2.1: Estudo dos Ventos - Campus da Universidade de Amazonas. Fonte:<http. www.windfinder.com>. Acesso: Abril 2017

Na Universidade de Amazonas que se encontra em Manaus, pelo fato da cidade estar localizada perto da linha do Equador, a incidência de sol é quase perpendicular ao longo do ano, tendo uma latitude de 3,13º.

De acordo com o gráfico acima, a região de Manaus possui predominância de ventos vindo na direção sudeste ao longo do ano, tendo base nos dados do site Windfinder.

{ } 47


ESTUDOS DE CONFORTO AMBIENTAL E TÉRMICO Devido ao clima quente e úmido da região, as construções possuem grandes coberturas e circulações cobertas em direção nortesul, para a proteção de insolação e chuvas. Ao longo da passagem possui jardins, sem dizer da vegetação natural ali existente entorno da Universidade, da qual traz um conforto térmico. (Porto, 2016) As edificações são implantadas em sentido leste-oeste, para que os ambientes possuíssem a ventilação cruzada natural, minimizando o gasto de energia e ao mesmo tempo havendo o conforto térmico nos espaços, como os prédios são dispostos em níveis diferentes por questão da sua topografia, os ventos conseguem atingir todas as edificações. (Porto, 2016) Nas salas de aulas há aberturas em fachadas opostas possibilitando a ventilação cruzada. Como também na laje de concreto das salas há uma abertura, permitindo o efeito chaminé como mostra a figura 3.2.12. (Neves, 2006)

Figura 3.2.10: Estudo Solar – Campus da Universidade de Amazonas. Fonte:<http.www. googlemaps.com >. Acesso: Abril 2017

Figura 3.2.11: Corte das Salas de Aula com demonstração dos ventos – Campus da Universidade de Amazonas. Fonte:<http.www.infohab.org.br >. Acesso: Abril 2017

{ } 48


ESTRUTURA Manaus está localizado próximo à linha do Equador (latitude de 3,13º Sul), assim a incidência do sol ao longo do ano é perpendicular. Assim a estrutura metálica independente da cobertura serve como proteção da radiação do sol, e as circulações do entorno, tendo grandes beirais. (Oliveira, 2006) A cobertura de estrutura metálica é independente dos ambientes fechados, formando um colchão de ar ventilado entre as telhas de fibrocimento e o forro de concreto. A cobertura de telhado inclinado favorece a extração do ar mais quente pela cumeeira, através da disposição de lanternins com aberturas na face Sul – lado oposto aos ventos – que oferecem proteção contra as chuvas e propiciam a saída por sucção (efeito chaminé) do ar aquecido que se encontre sob o telhado e dentro das salas. (Oliveira, 2006)

COMPONENTE DO EDIFÍCIO

MATERIAL

Cobertura independente

Telha de fibrocimento

Estrutura da cobertura

Metálica pintada de verde

Estrutura das salas de aula

Concreto aparente

vedação das salas de aula

Parede de Tijolos com furos (esp. 15 cm)

Revestimento externo da vedação

Pastilha cerâmica

Revestimento interno da vedação

Fórmica bege até altura de 1,80m

Revestimento do piso

Cerâmica

Forro Laje de concreto pintada de branco Tabela 3.2.1: Materiais construtivos e Revestimento utilizados na construção da Sala de Aula - Campus da Universidade do Amazonas. Fonte:<http.www.infohab.org.br>. Acesso: Abril 2017

Figura 3.2.12: Campus da Universidade do Amazonas. Fonte:<http.www.iab.org.br>. Acesso: Abril 2017

{ } 49


ANÁLISE ASPECTOS POSITIVOS

-

Integração com o meio ambiente; Possibilidade de expansão projetual; Materiais utilizados é de acordo com o recurso da região; Implantação adaptando à topografia.

ASPECTOS NEGATIVOS - Circulação Labirinto; - Por ser um projeto bem antigo as questões de conforto térmico já não são suficientes para os usos atuais e com o aumento da temperatura ao longo dos últimos anos, onde o uso do ar-condicionado já é necessário; - Péssima manutenção dos edifícios; - Má locomoção de um campus ao outro.

É possível entender neste projeto o respeito que se tem pela natureza, onde o material utilizado é da madeira local, a implantação é pensada na topografia do terreno, assim a questão térmica acontece quase de forma natural. Essas são questões de grande relevância para um projeto sustentável, onde o meio em que está implantado se reflete no desenho do projeto e no volume arquitetônico, pontos que serão levados ao projeto do Instituto Verde.

{ } 50


Figura 3.2.13: Campus da Universidade do Amazonas. Fonte:<http.www.iab.org.br>. Acesso: Abril 2017

{ } 51


{ 3.3 SUSTAINABILITY TREEHOUSE }

Figura 3.2.1: Campus da Universidade do Amazonas. Fonte:<http.www.iab.org.br>. Acesso: Mar. 2017

Figura 3.3.1: Sustainability treehouse. Fonte:<http.www.archdaily.com>. Acesso: Abril. 2017

FICHA TÉCNICA Obra: Sustainability Treehouse Arquiteto: Mithun Localização: West Virginia, Estados Unidos Ano do projeto: 2013 Área do projeto: 310 m²

{ } 52

OBRA As características da Sustainability Treehouse lembram uma casa na árvore, como a edificação se mistura na natureza e os espaços criados em alturas das árvores. O projeto foi selecionado além da questão da relação do edifício com a paisagem, como também em função da construção de ser um espaço de ensino ecológico. O projeto foi realizado pelo escritório Mithun em 2013, a edificação está localizada no interior da Reserva Summit Bechtel, a edificação recebeu bastante premiações, entre eles a AIA Commitee on the Environment e Top Ten Green Project Award, 2014. O Partido foi a criação de um espaço que relacionasse com a paisagem do entorno, da qual a própria edificação fosse base de estudo do ensino ambiental e ecológico. O programa do projeto é dividido num total de 4 pavimentos: o primeiro pavimento é um observatório para o nível térreo, permitindo um contato direto com a natureza; os intermediários são espaços de convivência e exposição, onde possui uma visão panorâmica do entorno; e o quarto que possui uma abertura zenital para a observação do céu. A edificação também possui acesso ao terraço, da qual funciona como um mirante, tendo visão de todo o entorno. (Site Archdaily)


SETORIZAÇÃO 1° PAVIMENTO

P AVIMENTO

3° PAVIMENTO

2° PAVIMENTO

COBERTURA

3

4

1

1

2

1

Figura 3.3.2: Setorização - Sustainability Treehouse. Fonte:<http.www.archdaily.com>.

1. 2. 3.

Área de encontro e exposição Observatório do solo Sistema de energia

4. 5. 6.

Zeladoria Área de manutenção

7. 8.

Abertura zenital Iluminação natural

Área mecânica

LEGENDA Área pública

Área restrita

Circulação

Entrada

{ } 53


CORTE

ESTUDO DO CLIMA

Figura 3.3.4: Estudo Solar –Sustainability Treehouse. Fonte:<.www.googlemaps.com>. Acesso: Abril 2017

A edificação foi implantada em West Virginia – EUA: a cidade possui um clima subtropical úmido com latitude 37,12, por isso acima da linha do Equador, assim diferente de São Paulo, a incidência solar é completamente no sentido sul. De acordo com o gráfico 3.3.1 a predominância de vento durante o ano, é no sentido oeste e uma pequena porcentagem no sentido nordeste. Figura 3.3.3: Setorização no Corte AA - Sustainability Treehouse. Fonte:<http.www.archdaily.com>. Acesso: Abril 2017

{ } 54

Gráfico 3.3.1: Estudo dos Ventos –Sustainability Treehouse. Fonte:<. www.windfinder.com>. Acesso: Abril 2017


SUSTENTABILIDADE

O objetivo do projeto era que a edificação fosse autossustentável, assim a construção tem uma base de soluções sustentáveis nas questões da energia, o uso da água e o conforto térmico. O edifício possui dois sistemas de geração de energia, ambos renováveis: um conjunto de placas fotovoltaicas de 6.450W e duas turbinas eólicas de eixo vertical de 4.000W. Quanto ao conforto térmico, a edificação é naturalmente protegida pela vegetação contra a radiação direta do sol. Inclusive, houve um monitoramento rígido quanto a conservação das árvores das proximidades. (Mena Barreto, 2016) Os espaços internos foram projetados com maior isolamento com relação ao meio externo, para minimizar as trocas térmicas pelo clima local ser frio, mas há janelas operáveis, que possibilitam a ventilação cruzada. A edificação foi projetada para tirar total proveito da luz natural. (Mena Barreto, 2016) Na questão hídrica do projeto, queriam chegar ao ponto netzero. Assim usaram o sistema de aproveitamento de águas pluviais, onde toda água utilizada será a base da água da chuva, tendo todo um processo de coleta e tratamento, a água será armazenada em uma cisterna de aproximadamente 3.800 litros. Essa água será distribuída em lavatórios, tanques, bebedouros e assim por diante. Já os sanitários possuem o sistema de compostagem economizando drasticamente o consumo de água. (Mena Barreto, 2016)

Figura 3.3.5: Análise das soluções sustentáveis na implantação. Fonte:<http.www.greentopia. com.br>. Acesso: Abril. 2017

Figura 3.3.6: Análise das soluções sustentáveis no corte. Fonte:<http.www.greentopia. com.br>. Acesso: Abril. 2017

{ } 55


ESTRUTURA Os materiais construtivos foram encontrados nas proximidades ou mesmo produzidos no local, materiais esses que enfatizavam simplicidade, durabilidade e relação com seu entorno. A edificação é suportada por uma estrutura de um frame de aço corten reciclado, e o revestimento utilizado na forma é de madeira certificada. Todo material utilizado não contém nenhum tipo de composto, são todos mantidos do seu estado natural, assim evitando constantes manutenções e não causando impacto na qualidade do ar no ambiente interno. (Mena Barreto, 2016)

{ } 56

Figura 3.3.7: Detalhe da Estrutura - Sustainability Treehouse. Fonte:<http.www.archdaily.com>. Acesso: Abril 2017

Figura 3.3.8: Detalhe da Estrutura - Sustainability Treehouse. Fonte:<http.www.archdaily.com>. Acesso: Abril


ANÁLISE ASPECTOS POSITIVOS

-

Harmonia com o entorno; Preocupação com o meio ambiente; Exploração visual; Flexibilidade dos espaços; Materialidade da construção;

ASPECTOS NEGATIVOS

- Elevador como único meio de acessibilidade; - Não possui rampas.

O presente estudo faz entender a importância da relação do indivíduo com a natureza, o valor da contemplação do entorno para a conscientização do meio ambiente. A partir desse projeto, o programa do Instituto Verde pode ter um espaço de encontro de discussões do meio ambiente, trazendo um incentivo de debates sobre as polêmicas das questões ambientais.

Figura 3.3.9: Sustainability Treehouse. Fonte:<http.www.archdaily.com>. Acesso: Abril 2017

{ } 57



{

04 ÁREA DE INTERVENÇÃO

}


{ } 60

Figura 4.1: RegiĂŁo de Parelheiros. Fonte:<http://www.redebrasilatual.com.br>. Acesso: Mar. 2017


{ LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA } A área escolhida para a intervenção está localizada na zona sul da cidade de São Paulo, região de Parelheiros, na Estrada Engenheiro Marsilac. Área com aproximadamente 110.000 m².

{ } 61


{ 4.2 LEVANTAMENTO FOTOGRÁFICO }

62

6

4

RUA PARALELA

6

RELAÇÃO DO TERRENO COM O ENTORNO

HEL OSC

{ }

4

1

VEGETAÇÃO EXISTENTE NO TERRENO

OR RINH

RUA PARALELA

3

3

PED

EST

2

G. M

EN

5

TOPOGRAFIA DO TERRENO

RUA

A RAD

C

LA

I ARS

1

Figura 4.2.1: Levantamento Fotográfico. Fonte:<.GoogleEarth/ Modifidacado pela Autora>. Acesso: Maio 2017

2

ESTRADA ENG. MARSILAC

5

RUA PEDRO ROSCHEL


{ 4.3 ZONEAMENTO }

Figura 4.3.1: Mapa de Zoneamento Lei. 16.402/16. Fonte:<http.www.geosampa.prefeitura.sp.gov.br>. Acesso: Mar. 201

{ } 63


QUADRO 3 – PARÂMETROS DE OCUPAÇÃO, EXCETO DE QUOTA AMBIENTAL

Tabela 4.3.1: Quadro 3 Parâmetros de ocupação. Fonte:<http.www.gestaourbana.prefeitura.sp.gov.br>. Acesso: Mar. 2017

A região possui uma grande área de proteção e preservação ambiental, da qual os zoneamentos predominantes se classificam em ZPDS (Zona de Preservação e Desenvolvimento Sustentável) localizadas em áreas urbanas; ZPDSr (Zona de Preservação e Desenvolvimento Sustentável Rural) localizadas em áreas rurais; ZEP (Zona Especial de Proteção) e por último o zoneamento que é classificado no terreno de interesse, ZEPAM (Zona Especial de Proteção Ambiental):

{ } 64

Art. 19. As Zonas Especiais de Proteção Ambiental (ZEPAM) são porções do território do Município destinadas à preservação e proteção do patrimônio ambiental, que têm como principais atributos remanescentes de Mata Atlântica e outras formações de vegetação nativa, arborização de relevância ambiental, vegetação significativa, alto índice de permeabilidade e existência de nascentes, incluin- do os parques urbanos existentes e

planejados e os parques naturais planejados, que prestam relevantes serviços ambientais, entre os quais a conservação da biodiversidade, controle de processos erosivos e de inundação, produção de água e regulação microclimática. (Lei 16.402/16- art 19.)


QUADRO 4 – USOS PERMITIDOS POR ZONA

NÃO RESIDENCIAL

RESIDENCIAL

SUBCAT. USO

CAT. USO

ANEXO INTEGRANTE DA LEI Nº 16.402, DE 22 DE MARÇO DE 2016

R

nRa

PRESERVAÇÃO GRUPOS DE ATIVIDADES

ZER

ZPDS

ZPR ZER-1 ZER-2 ZERa

R1 R2h-1 R2h-2 R2h-3 R2v-1 R2v-2 R2v-3 R2v-4 EHIS EHMP nRa-1 nRa-2 nRa-3 nRa-4 nRa-5 nRa-6

ÁREAS PÚBLICAS E INTEGRANTES DO SAPAVEL

ZPDS

ZPDSr

ZEPAM (k)

AVP

AI

AC

AVP-1

AVP-2

AI

AIa

AC-1

AC-2

SIM

SIM

SIM

SIM

SIM

SIM

SIM

NÃO

NÃO

NÃO

NÃO

NÃO

NÃO

SIM

SIM

SIM

SIM

SIM

SIM

SIM

NÃO

NÃO

NÃO

NÃO

NÃO

NÃO

SIM

SIM

SIM

SIM

SIM

NÃO

NÃO

NÃO

NÃO

NÃO

NÃO

NÃO

NÃO

SIM

SIM

SIM

SIM

NÃO

NÃO

NÃO

NÃO

NÃO

NÃO

NÃO

NÃO

NÃO

SIM

NÃO

NÃO

NÃO

NÃO

NÃO

NÃO

NÃO

NÃO

NÃO

NÃO

NÃO

NÃO

NÃO

NÃO

NÃO

NÃO

NÃO

NÃO

NÃO

NÃO

NÃO

NÃO

NÃO

NÃO

NÃO

NÃO

NÃO

NÃO

NÃO

NÃO

NÃO

NÃO

NÃO

NÃO

NÃO

NÃO

NÃO

NÃO

NÃO

NÃO

NÃO

NÃO

NÃO

NÃO

NÃO

NÃO

NÃO

NÃO

NÃO

NÃO

NÃO

NÃO

NÃO

NÃO

NÃO

NÃO

NÃO

NÃO

NÃO

NÃO

NÃO

NÃO

NÃO

NÃO

NÃO

NÃO

NÃO

NÃO

NÃO

NÃO

NÃO

NÃO

NÃO

NÃO

NÃO

NÃO

NÃO

SIM

NÃO

NÃO

NÃO

SIM

SIM

SIM

SIM

SIM

SIM

SIM

SIM

SIM

SIM

NÃO

NÃO

NÃO

SIM

SIM

SIM

SIM

SIM

SIM

SIM

SIM

SIM

SIM

NÃO

NÃO

NÃO

SIM

SIM

SIM

SIM

SIM

SIM

SIM

SIM

SIM

SIM

NÃO

NÃO

NÃO

SIM

SIM

SIM

NÃO

NÃO

NÃO

NÃO

NÃO

NÃO

SIM

SIM

SIM

SIM

SIM

SIM

SIM

SIM

SIM

SIM

SIM

SIM

SIM

NÃO

NÃO

NÃO

NÃO

SIM

SIM

SIM

NÃO

NÃO

NÃO

NÃO

NÃO

NÃO

Tabela 4.3.1: Quadro 3 Parâmetros de ocupação. Fonte:<http.www.gestaourbana.prefeitura.

Notas: sp.gov.br>. Acesso: Mar. 2017 (a) Permitidos oficina automotiva e posto de gasolina desde que localizados numa distância de até 500m (quinhentos metros) da zona urbana. (b) As subcategorias Residenciais (R) são permitidas observadas as disposições estabelecidas no artigo 55 da Lei nº 16.050, de 31 de Julho de 2014 - PDE. (c) Somente a atividade museu, com possibilidade de usos comerciais e de serviços associados. (d) Nas ZPI localizadas em área de proteção aos mananciais, só é permitida a subcategoria de uso Ind-1a, conforme Lei Estadual nº 1.817, de 27 de outubro 1978. NRA-1: Atividades de pesquisa e educação ambiental; (e) Permitidos somente os usos públicos. (f) NasNRA-2: zonas ZCOR ficam proibidasde as seguintes atividades: albergue; dispensário; flats; apart hotel; hotel; motel; pensionato; pensão; ensino a distância; ensino supletivo; ensino preparatório para escolas; estacionamento privativo do Atividades manejo sustentável. tipo drive-in. (g) Nos lotes localizados nas ZCOR-1 e ZCOR-2 inseridas no perímetro de ZEPEC/AUE nas Subprefeituras Sé, Lapa e Pinheiros, incluindo os lotes externos e lindeiros às ZEPEC/AUE nas respectivas subprefeituras, fica proibida a instalação de usos enquadrados nas subcategorias de uso nR1-2 e nR1-13 e proibidas as seguintes atividades: buffet, buffet infantil, salão de festas e eventos, auditórios, cinemas, teatros, anfiteatros e arenas. De acordo com a análise do zoneamento 16.402/16, no terreno (h) Observado o disposto no artigo 123 desta lei. (i) Atividade shopping center permitida somente nos lotes localizados na área contida no de perímetro de incentivo em estudo, é possível a implantação de um instituto pesquisa e ao desenvolvimento econômico Jacu-Pêssego, nos termos do art. 362 e Mapa 11 anexo à Lei nº 16.050, de 31 de julho de 2014 – PDE. ambiental nomedidas local.protetivas para crianças e adolescentes dependerá de anuência expressa, devidamente firmada e registrada em Cartório de Registro de Títulos e Documentos, de todos os proprietários (j) Naseducação zonas ZCOR a atividade abrigo de limítrofes do imóvel em que se pretenda a instalação do estabelecimento, bem como de, pelo menos, 2/3 (dois terços) dos proprietários dos imóveis que tenham mais de 50% (cinquenta por cento) de sua área contida na faixa de 100m (cem metros) medida a partir do perímetro externo do lote a ser ocupado pelo estabelecimento. (k) Nos parques inseridos em ZEPAM, a permissão de instalação de atividades de comércio e serviços e de espaços destinados a eventos fica condicionada à aprovação do órgão ambiental competente, ouvido o conselho gestor do parque ou, na ausência deste, do Conselho Municipal do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável – CADES.

{ } 65


USO E OCUPAÇÃO DO SOLO Conforme mostra o mapa ao lado, o entorno possui uma predominância residencial, as zonas comerciais e serviços possuem caráter de âmbito local e porte pequeno.

LEGENDA

RESIDENCIAL

RESIDENCIAL COM COMÉRCIO/ SERVIÇO

{ } INSTITUCIONAL 66

COMÉRCIO/ SERVIÇO

LAZER

ÁREA VERDE (BAIXA DENSIDADE)

ESPAÇO SUB-UTILIZADO/ DEPÓSITO/ VAZIO

TERRENO


CHEIOS E VAZIOS De acordo com o Mapa, a região possui um concentração de cheios na extremidade da esquerda e da direita possui uma organização mais dispersa. É possível identificar que ao redor do terreno apresenta uma área vazio, onde se concentra a vegetação densa do espaço.

LEGENDA

CHEIO

VAZIO

TERRENO

CURSO D’ÁGUA/ LAGO

{ } 67


FLUXO DAS VIAS A área escolhida fica localizada em uma via com maior fluxo de autos, a Estrada Eng. Marsilac, é também a única via que possui circulação de ônibus, e nas extremidades do terreno possui pontos de ônibus, assim facilitando a acessibilidade ao local.

LEGENDA

ALTO

INTERMEDIÁRIO

{ } TERRENO 68

BAIXO

CURSO D’ÁGUA

CONSTRUÇÕES

PONTO DE ÔNIBUS


TOPOGRAFIA De acordo com o Mapa ao lado, o terreno possui uma topografia bem sinuosa, tendo aproximadamente 100 metros de declive.

LEGENDA

CURVA DE NÍVEL: INTERVALO DE 5M

CORTE

CURSO D’ÁGUA

TERRENO

900 M

840 M

775 M

{ } 69



{

05 PROJETO

}


{ 5.1 PARTIDO E DIRETRIZES ADOTADAS } A partir dos estudos e análises realizadas foi desenvolvido o partido projetual de um espaço de pesquisa e educação ambiental e agricuturável. O partido do projeto é criar um espaço que se una com a natureza, integrando diretamente o indivíduo ao meio natural, explorando seus sentidos e conhecimento. As atividades serão divididas em edificações diferentes, que serão posicionados em torno de uma circulação principal de uso comum, o espaço de área social, possibilitando encontros de pessoas diferentes, assim compartilhando conhecimentos e experiências. As diretrizes adotadas são: • • • • • •

Arquitetura incorporada ao meio; {1} Exploração visual do indivíduo; {2} Edificações de acordo com o declive natural do terreno; {3} Horizontalidade da construção pelo zoneamento e gabarito local; Garantir o conforto térmico e acústico nos espaços; Sustentabilidade, onde a própria edificação será exemplo de conscientização pelo meio ambiente. • Construção do Deck como meio de conexão entre as edificações; • Plantio da vegetação nativa no terreno;

{ } 72

{1}

{2}

{3}


{ 5.2 PROGRAMA DE NECESSIDADES } QTD.

ÁREA

ÁREA TOTAL

AMBIENTE

QTD.

ÁREA

ÁREA TOTAL

5

100 M²

500 M²

7

80 M²

560 M²

LABORATÓRIOS

3

60 M²

180 M²

SALA DE INCUBAÇÃO

1

50 M²

50 M²

SALA MULTIUSO

2

175 M²

350 M²

DOCA

3 VAGAS

-

70 M²

SALA DE INFORMÁTICA

2

60 M²

120 M²

ELEVADOR TÉCNICO

2

-

14,80 M²

OFICINA

1

210 M²

210 M²

MINIAUDITÓRIO

1

111 ASSENTOS

111 ASSENTOS

SALA DE APOIO

1

50 M²

50 M²

SALA DOS PROFESSORES

1

81 M²

81 M²

COPA

1

40 M²

40 M²

ALMOXARIFADO

1

35 M²

35 M²

SALA DE SERVIÇO

1

20 M²

20 M²

SANITÁRIOS

2

20 M²

40 M²

BICICLETÁRIO

28 VAGAS

-

40 M²

PESQUISA

SALA DE AULA LABORATÓRIOS

HORTA

3

-

2490.94 M²

ESTUFA

1

582.90 M²

582.90 M²

SALA DE TESTE

4

40 M²

160 M²

ALMOXARIFADO

2

50 M²

100 M²

SALA DE AMOSTRAS

3

40 M²

120 M²

MINIAUDITÓRIO

1

118 ASSENTOS

118 ASSENTOS

SALA DE REUNIÃO

2

40 M²

40 M²

BICICLETÁRIO

14 VAGAS

-

13.30 M²

SALA DOS TÉCNICOS

1

106.10 M²

106.10 M²

VESTIÁRIO

1

40 M²

40 M²

ENFERMARIA

1

30 M²

30 M²

SALA DE SERVIÇO

1

25 M²

25 M²

SALA DE INFORMÁTICA

1

50 M²

50 M²

AMBIENTE

QTD.

ÁREA

ÁREA TOTAL

ÁREATÉCNICA

-

-

155 M²

SANITÁRIOS

2

20 M²

40 M²

DIRETORIA

1

50 M²

50 M²

SECRETARIA

1

20 M²

20 M²

ADMINISTRAÇÃO

1

50 M²

50 M²

SALA DE ESPERA

1

38.15 M²

38.15 M²

SALA DE REUNIÃO

2

35 M²

70 M²

RECEPÇÃO

1

12 M²

12 M²

REFEITÓRIO

1

80 M²

80 M²

ENFERMARIA

1

50 M²

50 M²

ESPAÇO DE DESCANSO DOS FUNCIONÁRIOS

1

82.1O M²

82.10 M²

SALA DE SERVIÇO

1

35 M²

35 M²

VESTUÁRIOS (FUNCIONÁRIOS/ BICICLETÁRIOS)

1

40 M²

40 M²

ESTACIONAMENTO

8 VAGAS

-

230 M²

SOCIAL

ADMINISTRAÇÃO

EDUCACIONAL

AMBIENTE

AMBIENTE

QTD.

ÁREA

ÁREA TOTAL

ÁREA DE EXPOSIÇÃO ABERTA

1

278 M²

278 M²

BIBLIOTECA

1

1100 M²

1100 M²

ACERVO

1

50 M²

50 M²

ANFITEATRO

1

660 M²

660 M²

FOYER

1

267 M²

267 M²

ESPAÇO DE REFLEXÃO

1

700 M²

700 M²

CAFÉ

2

-

190 M²

OFICINA

1

156.60 M²

156.60 M²

TRILHA

1

-

-

ESTACIONAMENTO

30 VAGAS

-

900 M²

BICICLETÁRIO

30 VAGAS

-

85 M²

Tabela 5.2.1: Programa de Necessidades

ÁREA TOTAL DO PROJETO

11 371.95 M²

{ } 73


{ 5.3 ESQUEMATIZAÇÃO DO PROGRAMA } LEGENDA PESQUISA EDUCACIONAL

ÁREA COMUM/ SOCIAL

ADMINISTRAÇÃO

{ } 74


{ 5.4 FLUXOGRAMA } LEGENDA

CIRCULAÇÃO COMUM (VISITANTE)

CIRCULAÇÃO EDUCACIONAL

CIRCULAÇÃO RESTRITA

ACESSO PRINCIPAL

ACESSO EDUCACIONAL

FLUXO DE AUTO COMUM

FLUXO DE AUTO RESTRITO

{ } 75


SOLSTÍCIO DE INVERNO 22/06

EQUINÓCIO DE OUTONO 21/03

{ 5.5 ESTUDO DE INSOLAÇÃO } 9:00

12:00

15:00

9:00

12:00

15:00

{ } 76


15:00

9:00 12:00 15:00

EQUINÓCIO DE PRIMAVERA 23/09

12:00

SOLSTÍCIO DE VERÃO 22/12

9:00

{ } 77


{ 5.6 IMPLANTAÇÃO} LEGENDA 1

SETOR EDUCACIONAL

TELHADO VERDE

2

SETOR DE PESQUISA

LAGO

3

SETOR ADMINISTRATIVO

COTA DE NIVEL

4

BIBLIOTECA

CORTE

5

ANFITEATRO AO LIVRE

CAMINHO

6

ESPAÇO DE CONTEMPLAÇÃO E

ARBORIZAÇÃO

REFLEXÃO

VEGETAÇÃO

7

ESTUFA

8

HORTA

9

BICICLETÁRIO

10

ESTACIONAMENTO

G

12

F

11 DOCA TRILHA

C

12

G

6

E

D

B

2 11

7

1

9

8

8

10

A

3

4 8

F

5

9 9 10

B

C

E

78

D

A

{ }


LEGENDA 1. 2. 3.

ESPAÇO DE REFLEXÃO MIRANTE W.C ENTRADA SOLO

3 2

1

1

ESPAÇO DE REFLEXÃO NÍVEL 817.50

ESPAÇO DE REFLEXÃO NÍVEL 820

0

5

10

20 M

LOCALIZAÇÃO

0

5

10

20 M

{ } 79


LEGENDA 1. SALA DE AULA 2. OFICINA 3. SALA MULTIUSO 4. SALA DE APOIO 5. LABORATÓRIO 6. SALA DE INFORMÁTICA 7. SALA DOS PROFESSORES 8. ÁREA DE CONVIVÊNCIA 9. MINAUDITÓRIO 10. COPA 11. W.C 12. VESTIÁRIO 13. BICICLETÁRIO 14. SALA DE SERVIÇO 15. ALMOXARIFADO

8

2 8 7

3

9

6

11

3

ENTRADA VEGETAÇÃO

14

10

11 15

4 1

5

6 12 13

1 1

5

1

LOCALIZAÇÃO

SETOR EDUCACIONAL SUPERIOR NÍVEL 805

{ } 80

1

5

SETOR EDUCACIONAL INFERIOR NÍVEL 800

1 1


LEGENDA

1

1

1

3

2

5

10

12 12

7

6 6 8 15 19

9 11 SETOR DE PESQUISA SUPERIOR NÍVEL 800

1 1

16 17 18

8

4

1. LABORATÓRIO 2. SALA DE INFORMÁTICA 3. SALA DOS TÉCNICOS 4. ÁREA DE DESCANSO 5. MINAUDITÓRIO 6. SALA DE REUNIÃO 7. ENFERMARIA 8. ESTUFA 9. FOYER 10. OFICINA 11. CAFÉ 12. W.C 13. DOCA 14. ALMOXARIFADO 15. DEPÓSITO 16. CASA DE MÁQUINA 17. SALA DE MANUTENÇÃO 18. SALA DOS FUNCIONÁRIOS 19. ESPAÇO DE CONTEMPLAÇÃO ENTRADA VEGETAÇÃO SOLO

13

14 9

LOCALIZAÇÃO SETOR DE PESQUISA INFERIOR NÍVEL 795

{ } 81


LEGENDA 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7.

ÁREA DE EXPOSIÇÃO AO AR LIVRE CAFÉ ÁREA DE LEITURA E LAZER RECEPÇÃO ACERVO ÁREA DE PESQUISA BIBLIOTECA

5 6 1

ENTRADA SOLO

7 2 4

3 4 3

3

10

20 M

BIBLIOTECA SUPERIOR NÍVEL 795

LOCALIZAÇÃO

{ } 82

BIBLIOTECA INFERIOR NÍVEL 790


LEGENDA 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13.

6 10

3 4

7 5 8

ADMINISTRAÇÃO NÍVEL 785

11

13

RECEPÇÃO SALA DE ESPERA SECRETARIA SALA DE REUNIÃO DIRETORIA VESTIÁRIO REFEITÓRIO ÁREA DE DESCANSO ENFERMARIA ÁREA DE SERVIÇO W.C PALCO PLATÉIA ENTRADA SOLO

2

1

4 12

9

ANFITEATRO AO AR LIVRE PALCO NÍVEL 795

LOCALIZAÇÃO

{ } 83


ANFITEATRO SETOR EDUCAIONAL

SETOR DE PESQUISA

810 805 800 795 790

CORTE AA

785

BIBLIOTECA SETOR EDUCAIONAL

SETOR DE PESQUISA

810 805 EST. ENG. MARSILAC

800 795

CORTE BB

790

810

OFICINA

CAFÉ

805 800 795

EST. ENG. MARSILAC

790

{ } 84

CORTE CC


OFICINA

CAFÉ

BIBLIOTECA

810 805

EST. ENG. MARSILAC

795

CORTE DD

790

SETOR DE PESQUISA

ESTUFA

BIBLIOTECA

805 795 790 785

CORTE EE MINIAUDITÓRIO ESTUFA

805

ADM

795 790

EST. ENG. MARSILAC

785 780

CORTE FF

ÁREA DE REFLEXÃO

825 820 815

CORTE GG

{ } 85


{ 5.7 DETALHES CONSTRUTIVOS} VEDAÇÃO DAS PAREDES EM CONTAINER

TELHADO VERDE As coberturas em telhado verde melhora o isolamento acústico e térmico no interior da construção, como também diminui a poluição e retém a água da chuva.

O revestimento da contrução será em chapas metálicas ondulares na parte externa e interna chapas de MDF com revestimento laminado, entre eles a lã de vidro e OSB como isolamento acústico e térmico.

{ } 86

0

5

10

20

50 M


CANALETA DE CONCRETO Utilizada para drenagem de água pluvial que desce das coberturas até o solo, a água será utilizada para meios acadêmicos, irrigação da vegetação e descarga nos vasos sanitários.

FUNDAÇÃO DE CONCRETO

CALHA

A edificação é estruturada por pórticos de aço e a fundação de concreto pois o metal sofre oxidação quando em contato com o solo, assim perdendo a qualidade e durabilidade do material. As vigas de travamento são para manter o alinhamento da fundação onde os esforços de momento e forças horizontais não sejam transmitidos para as estacas.

Calha metálica utilizada para o escoamento de água pluvial.

TELHA TERMOACÚSTICO

DECK DE MADEIRA PLASTIFICADA

A telha é metálica possui internamente uma espessura de 30mm de isolante EPS, garantindo além do conforto termoacústico nos ambientes, diminui o uso de energia elétrica.

A madeira plastificada possui uma composição de sobras de madeira e resíduos de plásticos gerando um material mais sustentável e duradouro por questões de chuva e umidade.

0

5

10

20

50 M

{ } 87


{ 5.8 ESTRUTURA DA EDIFICAÇÃO } A edificação é sustentada por pórticos de aço corten, o projeto arquitetônico possui um desenho mais irregular e variação de pé direito, assim foi necessário de uma estrutura leve e fácil de moldar de acordo com o edifício. O aço corten possui uma boa resistência tanto na flexão, compresão, tração e entre outros, como também resistência á corrosão atmosférica 8 vezes maior que os aços-carbono normal, assim não necessitando de um revestimento contra corrosão. A contrução também possui pórticos secundários que estão esgastados no pórtico principal, a ligação utilizada nos pórticos são semi-rígidas, garantindo momento fletores menores que em ligações rígidas e momentos fletores positivos menores em ligações flexíveis. O revestimento do edifício é por chapas ondulares (container) é um material prático e versátil de manusear, possui um baixo custo no mercado, bom durabilidade, mas principalmente é um material sustentável por ser utilizada inicialmente por companhias navais.

COBERTURA EM VCHAPA METÁLICAS O N D U L A R E S (CONTAINER)

VIDRO

TELHA METÁLICA

PÓRTICOS DE AÇO CORTEN COM PINTURA PRETA

REVESTIMENTO EXTERNO POR CHAPA METÁLICAS O N D U L A R E S (CONTAINER)

{ } 88

VEDAÇÃO INTERNA EM MDF COM REVESTIMENTO LAMINADO


{ 5.9 ELEVAÇÕES }

{ } 89


{ RELAÇÃO COM O ENTORNO}

EDÍFICIO DE PESQUISA

ENTRADA EDUCACIONAL

{ } EDÍFICIO EDUCACIONAL

ESTRADA ENG. MARSILAC

90


{ PERSPECTIVAS }

ENTRADA PRINCIPAL

SENTIDO SETOR DE PESQUISA

ANFITEATRO

ÁREA COMUM

{ } 91


{ VISTA } DO ESPAÇO DE REFLEXÃO 92


{ CONSIDERAÇÕES FINAIS } Ao longo do estudo deste trabalho foi possível observar a importância da preservação de um patrimônio ambiental não apenas para a região de Parelheiros, como também para a cidade de São Paulo como um todo. A pesquisa identifica uma série de problemáticas que o patrimônio sofre não apenas da invasão desses espaços, mas principalmente pela falta de conhecimento e consciência da população em relação ao meio em que está inserido. Apesar de Parelheiros possuir um crescimento no ramo da agricultura, principalmente no cultivo de produtos orgânicos, o desenvolvimento econômico na região ainda é carente. Assim a partir desse estudo o planejamento de um espaço de pesquisa ambiental que irá promover uma melhor percepção ambiental na região, desenvolvendo novas tecnologias e técnicas para a preservação do meio ambiente, como também para as necessidades de uma agricultura sustentável. O Instituto Verde além da área de pesquisa, também conterá o espaço educacional, da qual toda pesquisa e desenvolvimento adquirido será repassado para estudantes com interesse na preservação ambiental ou práticas sustentáveis da agricultura, assim investindo na questão social e econômica na região, gerando oportunidades de expansão aos futuros produtores.

{ } 93


{ } 94


{ REFERÊNCIAS CONSULTADAS} • Neves, Letícia Oliveira. A Arquitetura de Severiano Porto sob enfoque bioclimático: ventilação natural no Campus da Universidade do Amazonas, Manaus-AM – Florianopólis/SC,2006. • BRASIL. LEI Municipal n.° 16.402/16, de 22 de março de 2016, Uso e a Ocupação do Solo no Município de São Paulo. • <http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/regi parelheiros/noticias/?p=51000> Acesso em : 17 Abril 2017

onais/

• <http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/atitude/c onteudo_264635.shtml> Acesso em: 17 Abril 2017

• <http://www.brasil.gov.br/ciencia-etecnologia/2010/09/conheca-asinstituicoes-defomento-a-pesquisa-no-pais> Acesso em: 20 Abril 2017 •<http://www.saopaulominhacidade.com.br/historia/ver/6 437/ Meu%2Bdocumentario%2Bsobre%2BParelheiros> > Acesso em: 08 Março 2017 • <http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upl oad/governo/ arquivos/historico_parelheiros.pdf> Acesso em: 08 Março 2017 • <http://www.spbairros.com.br/parelheiros/> Acesso em: 08 Março 2017

• <http://www.capivarimonos.org.br/paginas/ver/2> Acesso em: 17 Abril 2017

• <http://www.estacoesferroviarias.com.br/e/evangsouza. htm> Acesso em: 08 Março 2017

• <https://www.folhadeparelheiros.com.br/singlepost/2016/10/24/ Subprefeito-de-Parelheiros-apresentalevantamento-sobre-desmatamentona-regi%C3%A3o> Acesso em: 16 Abril 2017

• <file:///C:/Users/User/Documents/campus_da_universid amazonas.pdf> Acesso em: 21 Abril 2017

• <http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upl oad/governo/ arquivos/historico_parelheiros.pdf> Acesso em: 16 Abril 2017

• <http://www.iab.org.br/projetos/campus-dauniversidade-do-amazonas> Acesso em: 21 Abril 2017

• <http://saopaulo.estadao.com.br/noticias/geral,desmatamentoformigaameaca-area-de-protecao-e-billings-na-zonasul-de-sp--imp-,1749061> Acesso em: 16 Abril 2017

• <http://www.archdaily.com.br/br/01-185804/thesustainability-treehouseslash-mithun> Acesso em: 22 Abril 2017

ade_do_

• <https://www.seade.gov.br/wpcontent/uploads/2014/07/spdemog_ jan2014.pdf> Acesso em: 15 Abril 2017

• <https://ndga.wordpress.com/2014/11/10/exposicaosustainabilitytreehouse/> 23 Abril 2017

• < http://www.imp.seade.gov.br/frontend/#/tabelas> Acesso em: 15 Abril 2017

• <http://greentopia.com.br/sustainability-treehouseestudo-de-caso/> 23 Abril 2017

• < http://www.simdh.com.br/perfil/perfils.php?loc=1018> Acesso em: 15 Abril 2017 • <http://dwih.com.br/pt-br/cenariodeinovacao/instituicoes-de-pesquisa#> Acesso em: 20 Abril 2017 • <file:///L:/TFG/ju170tema_p01.pdf>#> Acesso em: 20 Abril 2017 •<http://www.pesquisaunificada.com/pesquisas/institutos-depesquisacientifica/> Acesso em: 20 Abril 2017

{ } 95


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.