(pré-projeto) A VOZ DO SAMBA

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Rio de Janeiro DEZEMBRO de 2011

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Ano I - nยบ.00

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Bota pra cantar

Editorial

Força, Garra, Perseverança e Contribuição O comércio ambulante da passarela do mercado municipal de Duque de Caxias tem, entre seus representantes, o ambulante Luiz Cláudio Rodrigues Veloso, 42 anos que já trabalha a 15 anos nesta profissão. Além de exercer com carinho a profissão de ambulante, também exerce outras profissões para reforço orçamentário. Uma delas é vestir-se de papai noel e a partir de contratos ou serviços solidários, vai a orfanatos, creche e asilos apresentar seu trabalho as pessoas que por ele aguardam. Entende que a profissão de ambulante deva ser legalizada para que todos possam exercê-la sem medo e possam contribuir para o crescimento da sua cidade. Espera com isso, junto com seus companheiros, con-

seguir Adepto a conservação do meio ambiente, Luiz Cláudio faz um alerta e apela aos seus companheiros de profissão: - Faço um apelo aos companheiros, não só os do turno da noite mas a todos os ambulantes amigos que não produzam lixo mas se o fizerem, não os deixem nas ruas, mantenham nossa cidade limpa e seu local de trabalho organizados, contribuindo assim para o bem estar de todos os cidadões caxienses.

“ Artigos assinados, informes publicitários e anúncios são de responsabilidade de seus autores”.

Expediente

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MANGUEIRA G.R.E.S. ESTAÇÃO PRIMEIRA DE

ESTAÇÃO PRIMEIRA DE MANGUEIRA

Escola de samba carioca fundada em 28 de abril de 1928, no morro da Mangueira. O Grêmio Recreativo Escola de Samba Estação Primeira de Mangueira se orgulha de ter como fundador Carlos Cachaça, Cartola e Zé Espinguela. A sua sede está situada na Rua Visconde de Niterói. Antes da fundação da escola, no morro da Mangueira já havia cordões de carnaval, dentre os quais se destacavam “Guerreiros da Montanha” e “Trunfos da Mangueira”. Além dos cordões, havia os ranchos que permitiam a participação das mulheres nos cortejos, o uso de ale- cível Cartola, cantor e compositor gorias, enredos e portaestandarte. de samba do Rio de Janeiro, buscou Aos 19 anos de idade, o inesquereunir o melhor do samba do morro da Mangueira para fundar o Bloco Estação Primeira. O nome Estação Primeira era uma re-

marcação do surdo de primeira na bateria. No símbolo da escola, o surdo representa o samba; os louros, as vitórias; a coroa, o bairro imperial de São Cristóvão; e as estrelas, os títulos. A escola possui em sua história, 18 títulos e 1 super-campeonato conquistado no ano da inauguração do Sambódromo em 1984. Nesse ano, a Mangueira foi campeã na segunda-feira de carnaval, e a Portela no desfile realizado no domingo. As três melhores escolas desfilaram novamente no sábado, nos desfiles das campeãs, onde foi disputado o suferência à primeira estação de trem percampeonato. O cantor Jamelão, que não gosa partir da Central do Brasil, e as cores verdes e rosa do bloco em virtude tava de ser chamado de puxador, foi do rancho que havia em Laranjeiras. o intérprete dos sambas da escola Como escola de samba, a Mangueira de 1949 a 2006. A escola conquistou começou a aglutinar os demais blo- títulos nos anos : 1932, 1933, 1940, 1949, 1950, 1954, 1960, 1961, 1967, cos do morro. Na história do carnaval carioca, 1968, 1973, 1984, 1986, 1987, 1998 e foi a primeira a manter uma única 2002. Leia abaixo o hino da escola.

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5 G.R.E.S. UNIÃO DA

ILHA DO GOVERNADOR

GRÊMIO RECREATIVO ESCOLA DE SAMBA UNIÃO DA ILHA DO GOVERNADOR

A União da Ilha do Governador foi fundada por Maurício Gazelle, Joaquim Lara de Oliveira (o Quincas), Orphylo Bastos e mais 59 sócios. Manteve-se algum tempo entre o segundo e o terceiro grupos e em 1974, quando se sagrou campeã do segundo grupo, obteve o acesso ao grupo principal, a partir do ano seguinte. De 1977, com o enredo "Domingo", a 1980, quando ficou em segundo lugar com o enredo "Bom, Bonito e Barato", a União da Ilha fez grandes desfiles, consagrando-se definitivamente como uma das escolas de samba mais simpáticas do grupo especial. O samba “É hoje O Dia”, de 1982, é um dos mais conhecidos e regravados da história do Carnaval. A escola levou para a Sapucaí desfiles leves, baratos e animados. Esta seria a marca registrada da União da Ilha, mantida até hoje. Suas fantasias costumam ser leves, sem grandes esplendores, facilitando o desfile para o componente. A escola também consegue estabelecer uma ótima comunicação com o público, sendo consideradas uma das mais simpáticas do carnaval carioca. O Amanhã foi o samba enredo da União da Ilha em 1978 e neste mesmo ano foi gravada por Elizeth Cardoso, mas foi com a primeira gravação de Simone, em 1983 (CD Delírios e Delícias e regravada no CD Simone ao vivo), que ela se popularizou. N o s

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anos mais recentes, o desfile mais lembrado da União da Ilha foi em 1989. O samba-enredo "Festa profana" trazia o refrão "Eu vou tomar um porre de felicidade, vou sacudir eu vou zoar toda cidade". Este samba é cantando até hoje nos quatro cantos do país. Naquele ano, a escola ficou em terceiro lugar. Em 1991 a escola fez uma homenagem a Didi, o poeta que ganhou 22 disputas de samba enredo. O samba

peãs. Desde então, não vem obtendo boas colocações. Em 2000, com "Pra não dizer que não falei das flores", a União da Ilha chegou em oitavo lugar, abordando um dos períodos mais nebulosos dos 500 anos do Brasil: a ditadura militar, de 1964 a 1985. no anio seguinte, a escola obteve o 13.º lugar do Grupo Especial, sendo assim rebaixada ao Grupo de acesso A em 2002, onde vem tendo altos e baixos.

Após 9 anos no Grupo de Acesso a União da Ilha voltará ao Grupo Especial. Para 2010, contratou a carnavalesca Rosa Magalhães, e apresentou um enredo que falava do famoso personagem da literatura espanhola, Dom Quixote de La Mancha. Em sua disputa interna de sambas de enredo, a escola optou por fundir duas composições finalistas, pegando por base o samba de Grassano, Gabriel Fraga, Márcio André Filho, João Bos-

trazia os versos "Hoje eu vou tomar um porre, não me socorre, que eu tô feliz" e "Bebo vem bebo vai, que nem maré, balança mas não cai, boêmio é", além de frases como "Garçom, garçom bota uma cerva bem gelada aqui na mesa". Sem sombra de dúvida, um grande carnaval sob a voz do grande mestre Aroldo Melodia. O último bom resultado foi obtido em 1994, com "Abrakadabra", em que chegou em quarto lugar, sua última participação no Desfile das Cam-

Em 2008, mesmo sem muitos recursos, a escola fez um desfile de garra, e reeditou o É hoje, o que lhe valeu a quinta colocação. Em 2009, a escola insulana escolheu o enredo "Viajar é preciso - viagens extraordinárias através de mundos conhecidos e desconhecidos", do carnavalesco Jack Vasconcelos, sagrando-se campeã do carnaval do Grupo de Acesso A com 239,9 pontos, voltando após o seu rebaixamento em 2001, ao Grupo Especial em 2010.

co e Arlindo Neto, e juntando com segundo refrão da parceria de Gugu das Candongas, Marquinho do Banjo, Barbosão, Ito Melodia e Léo da Ilha ("nesse feitiço/ tem castanhola/ a bateria hoje deita e rola"). Algumas modificações nas letras e melodia foram feitas para harmonizar o samba, uma vez que logo o seu anúncio, os comentaristas em geral criticaram a fusão, embora elogiassem a qualidade do samba.. No dia do desfile, a frente da bateria, junto com a15

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6 G.R.E.S. ACADÊMICOS DO

GRANDE RIO

Enredo: ”Eu acredito em você. E você?”

Não me peça para desistir. Acredito, sigo em frente porque só sei caminhar! Não me desanimo: caio, levanto, a volta por cima hei de dar. A força não está em mim: Para quem do céu herdou a promessa, a vitória é coisa certa; a questão é esperar. Por entre nuvens os

anjos se puseram a anunciar: ”não te desespera”, não deixa o desânimo tomar conta de ti, tira os olhos das dificuldades e coloca-os em mim. Com a palavra, o céu desce a terra. Das alturas, rica fonte de entusiasmo: a direita do pai, a me guiar, aquele que ao enfrentar o adverso, foi grato exemplo da importância de aprender a superar. Com os olhos fitos nos céus, sinto o calor luminoso que rompe a barreira das nuvens que outrora foram de tempestade. Me banho junto às águas de bonança que seguem após a revolta das marés. Me conforto, ganho ânimo, e um novo carnaval assim eu faço: tudo o que renasce com maestria, todo aquele que enfrenta e vence o que lhe desafia, faz crescer o que imagino, para construir um carnaval. Na perda do amor que se foi, faço hora para o que virá. Se a saúde fizer despedida, espero ela voltar. Não há medo, vício, ou preconceito, que eu não

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possa enfrentar. Enfrento a perda e a dor, venço o medo com sabedoria, rimo a piada com o que não tem graça, lhe conto um conto, de sabedoria popular: Não tema o que lhe parece ”maior”, não te desespere diante ao que lhe parece impossível. Precisamos, dia-dia, enfren-

de peito aberto, para as luzes da ribalta me consagarar! Se a vida me testar, tirar-me o que julgo precisar, se a firmeza das mãos me faltar, o dom de Deus resplandecerá e uma orquestra surgirá. Na busca por superar, topo aceitar o desafio: Vou suar a camisa, correr distancias longas, meu corpo está posto a prova; certamente, eu chego lá! Quero um lugar no pódio, quero os louros da vitória, quero mérito por superar. Cambaleei, enverguei, não desisti, e exemplo me tornei! Na luta pela conquista, sou herói, sou atleta! Recebo sopro divino, corro em linha reta, corro atrás de bola, um fenômeno surgirá. Alço as velas do meu

uma manhã que explodiu, hoje é a pagina virada, ”rosa desbotada”, que ninguém mais viu. O que se destruiu, se reconstruiu. Onde o ”preto” não era ”branco”, onde o ”branco” não era ”preto”, levantou-se a voz da nova ordem a anunciar a união. Dando a mão a um irmão, tijolo por tijolo, lágrima por lágrima, erguemos um bem precioso, reconstruímos uma Nação. O vento sopra a bandeira verde e amarela e faz o exemplo de seus filhos brilharem em nossos olhos. São ”Joãos”, ”Marias”, ”Silvas”, ”moleques” que correm descalços, trabalhadores do asfalto, gente que luta, gente que vence. São mulheres que rompem as barreiras das limitações. São homens que vencem a ”seca” e o ”pau de arara”, para ocupar, quem sabe, o mais alto posto no comando da Nação. Jovens que ultrapassam os barracos da cidade. Mães que fazem da luta prova de superação. Homens e mulheres que levantam a poeira do chão, guerreiros que batem samba na palma da mão; a baiana que gira, o sorriso da velha-guarda, o passista que risca o chão, a bateria quer marca o pulsar do coração, ”gente que enverga mas não quebra”, gente que vem a ser o siginificado mais claro e puro para o nome SUPERAÇÃO! Cahê Rodrigues -- Carnavalesco Pesquisa e texto: Leandro Vieira, Lucas Pinto e Cahê Rodrigues

tar e derrubar nossos temidos gigantes! Por isso vos digo como exemplo a lhe ofertar: Se o som for sepultado em meus ouvidos, faço melodia e canção no silêncio que habita a imaginação. Se na escuridão meus olhos me lançarem, solto a voz para a multidões, faço do canto, luz para iluminar. Quando a dor me castigar, faço dela o incentivo para o entalhe mais perfeito da beleza de um altar. Se pobre eu nascer, se a vida me bater, se a dor me esmagar; abro sorriso ao adverso, luto

barco e lavo minhas dores nas águas do azul que tinge o mar. Em águas cristalinas nado com a força de um tubarão, faço o mundo avançar em braçadas. Saltando próximo as nuvens, com os pés no chão, ou sobre rodas, o que me guia é a superação! Na história do homem sobre a terra, exemplos ei de dar: Quando um homem ajuda um homem, não há dor coletiva que ele não possa se curar. Avança o dia, avança a noite. Corre o tempo, a tristeza fica pra trás. O que se expandiu junto a

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G.R.E.S. ACADÊMICOS DO

SALGUEIRO

“O Cordel Branco e Encarnado”

Minha “fia”, meu senhor Deixa eu me apresentar Sou poeta e meu valor Vai na avenida passar Basta imaginação Um “cadim” de inspiração Que eu começo a versar

Que cruza o céu de relance Dois jovens, e um só romance Vencendo o Conde inclemente Todas essas histórias

Vá de retro, tentação! Nossa Senhora eu não quero (Tô sendo muito sincero) Cair nas garras do cão!

Pois eles hão de herdar Todo esse sertão sonhado Monarcas que vão reinar Na corte do Sol dourado Poetas de tradição Recebam de coração Um cordel Branco e Encarnado E agora eu vou sem medo Fazer festa “de repente” Vai nascer um sambaenredo Pra animar toda a gente Afinal, não sou melhor Muito menos sou pior Só um poeta diferente!

Vou cantar a minha arte Que nasceu bem lá distante Num lugar que hoje é parte Da nossa origem errante Vim das bandas da Europa Nas feiras, a boa trova Era demais importante! Foi assim que o mar cruzei Na barca da encantaria Chegou por aqui um Rei Com bravura e poesia Carlos Magno o os doze pares Desfilando pelos mares Da mais real fidalguia E veio toda a nobreza Que um dia eu imaginei Rainha, duque, princesa E até quem eu não chamei: Um medonho de um dragão Irreal assombração Dessa corte que eu sonhei Também tem causo famoso Que nasceu lá no Oriente De um tal misterioso Pavão alado imponente

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Ao ver chegar a tal hora Da minha “alegre” partida Saudade, palavra agora Tem posição garantida Mas não se avexe meu irmão Que hoje a coroação Acontece é na avenida

Renato Lage, Márcia Lage, Departamento Cultural

Renasceram no sertão Onde vive na memória O eterno Lampião E não houve um brasileiro Que de Antônio Conselheiro Não tivesse informação Pra viajar no meu verso É preciso ter “corage” Vai que um bicho perverso Surge que nem “visage”? Nas matas sertão afora Lobisomem, caipora Que medo dessas “image”!! Pra findar esse rebuliço Rezar é a solução! Valei-me meu “padim” Ciço!

E não é que meu santo é forte? Cheguei ao céu divinal É tamanha a minha sorte A minha vitória afinal É cantar com alegria Fazer verso todo dia Na terra do carnaval

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BEIJA-FLOR

DE NILÓPOLIS

BEIJA-FLOR DE NILÓPOLIS

Nasceu no dia 25 de dezembro de 1948.E tem seu nome inspirado no Rancho Beija-flor que existia na cidade de Valença-RJ.A idéia nasceu com um grupo de amigos,no entanto o nome foi proposto por D. Eulália, mãe de um deles. O grupo de rapazes era formado por: Milton de Oliveira (filho de D. Eulália), Edson Vieira Rodrigues, Helles Ferreira da Silva, Mario Silva, Walter da Silva, Hamilton Floriano e José Fernandes da Silva. Dona Eulália foi quem sugeriu o nome da agremiação, cabendo a ela o título de fundadora, entretanto foi só em 1953, que o bloco transformou-se em GRES Beija-flor de Nilópolis, e quem ficou responsável por essa mudança foi o Cabana (Silvestre David da Silva) o bloco Beija-Flor foi inscrito na Confederação das Escolas de Samba do Rio de Janeiro. Os primeiros anos da Beija-Flor foram difíceis. A quadra, na verdade, era um terreno baldio, a escola tinha muito pouca estrutura. Um pouco de malandragem

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fora necessário para o crescimento da entidade. Fazendo o seu primeiro desfile oficial pelo segundo grupo em 1954. A Beija-Flor pela primeira vez se apresentou como escola de samba, no Grupo 2 do Rio de Janeiro, e venceu logo de cara com o enredo “Caçador de Esmeraldas”. O compositor do samba era Cabana, o maior nome entre os compositores nilopolitanos em todos os tempos. A Década de 60 foi de altos e baixos para a Beija-Flor ainda tentando se firmar como escola do primeiro grupo, contudo ela foi rebaixada até ao grupo 3 onde ficou por 3 anos. Somente em 1974 a escola voltaria, definitivamente, à elite do carnaval carioca, apresentando o enredo “Brasil ano 2000”. Com a vinda de Joãosinho Trinta, Laíla e outros insatisfeitos do Salgueiro, em 1976, a escola foi a grande campeã do carnaval, com o enredo “Sonhar com rei dá leão” que contava a história do jogo do bicho, demonstrando em suas alegorias um luxo até então atípico para a época, acarretando o fim da hegemonia do quarteto formado por Mangueira, Portela, Salgueiro e Império Serrano. E venceu ainda nos dois anos seguintes. Em 1977, com o enredo “Vovó e o rei da Saturnália”, e em 1978 com “A criação do mundo na tradição

nagô”, conseguindo o tricampeonato. A agremiação de Nilópolis passou a ser conhecida como a escola do luxo e iniciou o processo de verticalização das escolas, através de grandes alegorias e dos adereços de mão. E o sucesso da Beija-Flor continuou: em 1979 e 1981 conseguiu o segundo lugar, e em 1980 dividiu o título com Portela e Imperatriz, com o enredo “O sol da meia-noite”. Em 1983, a escola foi novamente a grande campeã, com “A Grande constelação de estrelas negras”. Joãosinho deixaria a escola de Nilópolis em 1994. E o tão sonhado título no Sambódromo só viria em 1998, dividido com a Mangueira, com o enredo “O mundo místico dos caruanas” desenvolvido por uma Comissão de Carnaval que levou a Beija-Flor ao seu sexto campeonato. A escola foi vice-campeã por quatro vezes consecutivas entre 1999 e 2002, sempre perdendo pela diferença mínima para a primeira colocada. Mas a Beija-Flor recuperaria o título em 2003. Venceria pela primeira vez sozinha depois de vinte anos (lembrando que seu último título fora dividido com a Mangueira) com o enredo “Saco Vazio Não Pára em Pé - A Mão que faz a Guerra, faz a Paz”. No ano seguinte, conseguiria o bi com o enredo “Manoa, Manaus, Amazônia, Terra Santa: Alimenta o Corpo, Equilibra a Alma e Transmite a Paz”. A escola desfilou sob uma intensa chuva, que combinou com o trecho do samba “Água que lava minh’alma ao matar a sede da população”, o que deu mais um sabor

ao desfile, impulsionando a escola ao título. Em 2005, com um enredo sobre os Sete Povos das Missões, a Beija-Flor, cujo desfile começou já num sol quente das sete da manhã de terça-feira, conquistaria o segundo tricampeonato de sua história. De 1998 a 2005, a escola sempre era ou campeã ou vice do carnaval carioca. A escrita foi quebrada com a quinta colocação em 2006 (Poços de Caldas Derrama Sobre a Terra Suas Águas Milagrosas: Do Caos Inicial à Explosão da Vida - Água, a Nave-Mãe da Existência ). Tudo voltaria ao normal para os ares de Nilópolis com o bicampeonato obtido em 2007 (Áfricas, do Berço Real à Corte Brasiliana) e 2008 (Macapaba: Equinócio Solar, Viagens Fantásticas ao Meio do Mundo). Suas cores: Azul e Branco. Pesquisa: Revista Beija-flor - uma escola de vida Fev.2004

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MOCIDADE INDEPENDENTE DE PADRE MIGUEL

Mocidade Independente de Padre Miguel Grêmio Recreativo Escola de Samba Mocidade Independente de Padre Miguel é uma escola de samba da cidade do Rio de Janeiro, sendo localizada na Rua Coronel Tamarindo, no bairro de Padre Miguel na Vila Vintém . Há rumores de que futuramente poderá se transferir para a Avenida Brasil, no mesmo bairro. Foi fundada em 10 de novembro de 1955 por Sílvio Trindade, Renato da Silva, Djalma Rosa, Olímpio Bonifácio (Bronquinha), Garibaldi F. Lima, Felipe de Souza (Pavão), Altamiro Menezes (Cambalhota) e Alfredo Briggs, a partir de um time de futebol amador da época, o Independente Futebol Clube. No entanto seu crescimento maior foi após os anos 1970, quando passou a ser patrocinada pelo bicheiro Castor de Andrade, seu grande torcedor. Em 1955, o time de futebol Independente Futebol Clube transformara-se em bloco, participando de um concurso de blocos em Padre Miguel, promovido pelo falecido político Waldemar Vianna de Carvalho. Como houve um empate entre a Mocidade Independente e o Unidos de Padre Miguel, Waldemar resolveu as coisas de modo diplomático, considerando a Mocidade uma escola de samba e dando-lhe o primeiro lugar na categoria, premiando assim o Unidos de Padre Miguel como melhor bloco. Em 1956, apresentou o enredo “Castro Alves”, novamente num desfile local. Em 1957, participou pela primeira vez do desfile oficial no Rio de Janeiro, com o enredo “O Baile das Rosas”, quando tirou um 5° lugar. No ano de 1958, foi campeã do segundo grupo com o enredo “Apoteose ao Samba”. De 1959 em diante passou a integrar o grupo principal e não desceu mais. Em 1958, a bateria, sob a batuta de Mestre André, deu pela primeira vez a célebre “paradinha” em frente à comissão julgadora, mantendo o ritmo para que a escola continuasse evoluindo. O povo passaria, mais tarde, a acompanhar tal “bossa” com o grito de “Olé”. Durante este período, a Mocidade era conhecida como “uma bateria que carregava a escola nas costas”, pois a bateria era mais conhecida do que a própria escola, que só alguns anos depois teria condição de competir com as grandes da época (Portela, Império Serrano, Salgueiro e Mangueira). No ano de 1974, com o carnavalesco Arlindo Rodrigues, apresentou o enredo “A festa do Divino”, tirando um 5° lugar. Mas

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neste ano ela poderia ter ganhado o campeonato, se não tirasse uma nota 4 em fantasia - o que foi considerado um escândalo, na época, visto que Arlindo era conhecido e consagrado pelo bom gosto e requinte nas fantasias. A campeã Salgueiro teve apenas 4 pontos a mais que a Mocidade, ou seja, um simples 8 em fantasias daria o título à Padre Miguel, visto que no quesito de desempate, bateria, o Salgueiro tinha 9 e a Mocidade 10.

cionais na Mocidade e projetando-se como um dos mais criativos e inventivos carnavalescos já conhecidos. No primeiro ano de Fernando Pinto na Mocidade, em 1980, a escola conquistou um segundo lugar com o enredo “Tropicália Maravilha”. Em 1983, a Mocidade recebe o Estandarte de Ouro de melhor comunicação com o público com o enredo “Como era verde o meu Xingu”. Fernando permaneceu na escola até 1988 e fez grandes carnavais na

Desde então, a escola deixava de ser conhecida apenas por sua bateria, para impor-se como grande escola de samba. Em 1975, a Mocidade vence pela primeira vez as “quatro grandes”, num desfile realizado em outubro durante o congresso da ASTA American Society of Travel Agents, no Rio de Janeiro, em que as escolas do grupo principal realizaram um desfile competitivo, a Mocidade foi campeã. Em 1976, por ironia, a Mocidade empatou em segundo lugar, com a Mangueira, e perdeu o desempate por ter um ponto a menos na nota da tão famosa bateria nota 10. Em 1979, ainda com Arlindo Rodrigues, a Mocidade conquista o seu primeiro campeonato com “O Descobrimento do Brasil”. No ano seguinte, assumiu o carnaval Fernando Pinto, produzindo desfiles excep-

Mocidade na década de 1980: além de “Tupinicópolis”, deu à escola o título de 1985, com “Ziriguidum 2001”. Nesse carnaval, a Mocidade entraria na Avenida com um enredo futurista, projetando o carnaval do próximo século. Era Renato Lage e morte de Castor de Andrade Em 90, a Mocidade passaria ao comando de Renato Lage, que consagrou a escola em três anos: em 90, contando sua própria história (“Vira Virou, a Mocidade Chegou”); em 91, falando sobre a água (“Chuê, Chuá… As Águas Vão Rolar”); e em 96, com um enredo sobre a relação entre o homem e Deus (“Criador e Criatura”). Para 2012 especula-se enredo sobre Portinari, enredo que, sem dúvida, pode

mostrar e retomar a força dessa grande escola. O que, para isso, obviamente muitos quesitos devem ter seu desenvolvimento repensado, como o samba, muito ruim nos últimos dois anos, bateria (antiga demais com o comando mestre Bereco) e comissão de frente (coreografias simples e de mensagem ultrapassada, sem impacto). Além disso, o carnavalesco dos últimos dois anos da escola Cid Carvalho se desvinculou da escola em 2012. A atual porta-bandeira Cristiane Caldas deixa a agremiação em 2012, o que será também uma grande renovação no quesito “Mestre-Sala e Porta-Bandeira”, com nota baixíssima no Carnaval 2011, devido à apresentação apenas correta do casal. Para 2012 a Mocidade terá como carnavalesco Alexandre Louzada,o grande campeão do carnaval 2011 (título pela Beija-Flor de Nilópolis e Vai-Vai (pelo carnaval paulistano)). A vinda de Louzada à escola será excelente para a escola espantar o fantasma do rebaixamento da última década. Com uma parceira com Louzada, um dos melhores carnavalescos das últimas décadas, a Mocidade poderá finalmente brigar ao título e voltar a desfilar no Desfile das Campeãs, e dispensou Rixxah e Nêgo para contratar Luizinho Andanças ex-Porto da Pedra. alem da Superdireção de Bateria, idealizada por Andrezinho ex-Grupo Molejo, na qual além do próprio contará com o atual diretor de bateria (Mestre Berêco), o consagrado Mestre Odilon e Mestre Dudu. Mesmo não sabendo a colocação em 2012, a verde e branca de Padre Miguel foi a primeira escola a definir seu tema para 2013, que será sobre o Rock In Rio, sendo definido num encontro com o presidente da escola (Paulo Vianna), o carnavalesco Alexandre Louzada com o idealizador do festival Roberto Medina, com um título provisório “Eu vou de Mocidade com samba e Rock in Rio”.

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PORTELA G.R.E.S.

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RENASCER G.R.E.S.

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DE JACACAREPAGUÁ

RENASCER DE Samba Enredo 2011 JACAREPAGUÁ

Na fonte da vida eu vou me banhar Berço das águas vêm saciar A minha sede é tremenda, para a vitória chegar Sou Renascer de Jacarepaguá

A Renascer de Jacarepaguá tem uma honrosa e brilhante trajetória. Hoje se encontra a um passo da elite do carnaval carioca, o grupo especial. O nome Renascer de Jacarepaguá foi escolhido por sintetizar o objetivo de seus fundadores - fazer renascer em Jacarepaguá a chama do carnaval carioca. Esta agremiação é remanescente do Grêmio Recreativo Bloco Carnavalesco Bafo do Bode fundado em 17 de fevereiro de 1959.

Além de ter como finalidade participar dos desfiles de escola de samba, o G.R.E.S. Renascer de Jacarepaguá serve de base para diversos projetos sociais e culturais que são desenvolvidos em sua sede, atendendo e prestando serviço a comunidade. O Renascer se orgulha de sua trajetória bem sucedida, sem nunca ter passado por rebaixamento. A Renascer de Jacarepaguá consangrou-se vice-campeã do carnaval de 2004 ingressando assim no grupo A, com o sonho e a determinação de continuar

O amor... Que o ciúme fez chorar Quando a montanha de Tupã aprisionou A luz do dia como a lua desejou ô O sol a tristeza no mar afogou E da bela princesa tupi Em seu soluçar jorrou Na serra o caminho das águas para a criação Dos rios e cachoeiras em profusão A vida no campo desperta Semeia um sonho e faz Um novo tempo aflorar

esta brilhante trajetória e chegar ao grupo especial. No carnaval de 2005 com um brilhante desfile elogiado por críticos e toda a comunidade do samba o G.R.E.S Renascer de Jacarepaguá ganha respeito junto as grandes escolas que desfilam no grupo de acesso, e continua sua trajetória rumo ao especial.

Vêm da casa grande um cheiro que é bom Da terra molhada o café a brotar Eu sou... Felicidade eu sou... Com esse clima a me levar Do alto as nascentes e suas magias A diversidade é tão natural São oito cidades em plena harmonia Formando um paraíso sem igual Vou mergulhar... Nas corredeiras do meu lazer O esporte faz a emoção da adrenalina em dimensão As águas vão rolar e escorrer pelo chão Pra nos abençoar trazendo purificação E lava o meu corpo, transborda em minha alma Oh natureza de um povo divinal És a dona das águas que emergem em março No meu carnaval Na fonte da vida eu vou me banhar Berço das águas vêm saciar A minha sede é tremenda, para a vitória chegar Sou Renascer de Jacarepaguá

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G.R.E.S.

Sテグ CLEMENTE

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G.R.E.S.

UNIDOS

DA

TIJUCA

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G.R.E.S. UNIDOS DE

VILA ISABEL

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G.R.E.S. UNIDOS DO

PORTO PEDRA DA

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G.R.E.S.

IMPERATRIZ LEOPOLDINENSE

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