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Exportações do setor agroalimentar fecham 2020 a crescer

As exportações do setor agroalimentar tiveram um comportamento positivo ao longo de 2020 apesar dos efeitos provocados pela pandemia Covid-19. Segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), o complexo agroalimentar fechou o ano a crescer 2,5% nas exportações. O crescimento é ainda maior se for analisada apenas a agricultura. No acumulado de janeiro a dezembro, quando comparado com o mesmo período de 2019, as exportações deram um salto de 5,5%. No que respeita aos dados do complexo agroalimentar por tipo de produto - ao longo do ano passado, quando comparado com o mesmo período de 2019 - verifica-se que as exportações de “Animais Vivos” cresceram (20,9%), as “carnes, miudezas, comestíveis” (15,7%) foram os grupos de produtos que mais subiram em percentagem. Por sua vez, as “plantas vivas e produtos de floricultura” cresceram 8,8%, as “frutas: cascas de citrinos e melões” cresceram 6,3% e os “vinhos e mostos” 3,2%.

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A Ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes, afirmou que estes dados “evidenciam a resiliência e a capacidade de trabalho dos agricultores portugueses e de todo setor agroalimentar”, mas revelam também a eficácia das medidas de crise adotadas para apoiar o setor.

A área da Agricultura lançou, ao longo de 2020, várias medidas de apoio, em parceria com os agentes do setor. No caso do vinho foi criado um pacote de medidas de crise no valor de 18 milhões de euros (12 milhões para a destilação de vinho, seis milhões para o armazenamento de crise) e, ainda, uma medida específica para a Região Demarcada do Douro, com a criação de uma reserva qualitativa para o Vinho do Porto, para a qual foram disponibilizados cinco milhões de euros.

Também o setor das “flores de corte e plantas ornamentais” foi apoiado com a criação de uma linha de crédito a juros bonificados no valor de 20 milhões de euros. Por sua vez, no âmbito do Programa Operacional das Frutas e Hortícolas, foi alargada a medida de Retiradas de Mercado, específica os frutos de pequena baga, com o apoio de 40% do valor médio nos últimos cinco anos. No âmbito do FEADER, foi lançado um pacote, no valor de 12,2 milhões de euros, para apoiar o setor das aves e dos ovos - 7,1 milhões de euros; da carne de suíno - 2,9 milhões de euros; e do setor do leite de pequenos ruminantes - 2,2 milhões de euros.

A titular da pasta da Agricultura sublinhou que “a Política Agrícola Comum (PAC) contribui para a resiliência e uma maior capacidade de resposta do setor agrícola às crises, como a que atravessamos, através de medidas específicas, como as que temos vindo a adotar e que permitem não só responder, mas também promover a recuperação dos setores mais fragilizados”. “Continuaremos a acompanhar de forma muita próxima os nossos produtores para podermos, a todo o tempo, continuar a disponibiliza as medidas e as ações necessárias para que a agricultura continue a alimentar quem sempre nos alimentou”, acrescentou.

Ministros dos Estrangeiros de Portugal e Angola discutiram relações bilaterais

O Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, reuniu-se, por videoconferência, com o Ministro das Relações Exteriores de Angola, Tete António, tendo passado em revista as relações bilaterais e a cooperação entre a União Europeia, Angola e a União Africana.

“Os Ministros aproveitaram para passar em revista as relações bilaterais, abordar temas de cooperação entre a União Europeia, Angola e a União Africana e temas regionais e internacionais”, escreveu o Gabinete do Ministro na sua conta na rede social Twitter.

Também a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa foi discutida pelos dois Ministros. A presidência da comunidade lusófona, atualmente detida por Cabo Verde, deverá passar para Angola durante a cimeira de Luanda, que deveria ter-se realizado em julho do ano passado, mas que foi adiada para 2021 devido à pandemia de Covid-19.

Medway Primeiro contentor da China transportado por comboio chega a Portugal

A MEDWAY concluiu o primeiro transporte de um contentor proveniente da China para Portugal, por comboio, ao fim de uma viagem por 9 países de dois continentes, que percorreu quatro bitolas diferentes. Carlos Vasconcelos, Administrador da MEDWAY destaca: “estamos muito orgulhosos por ter realizado este feito inédito com os nossos parceiros e clientes internacionais. No ano em que se assinala o Ano Europeu do Transporte Ferroviário, a concretização deste serviço é uma clara demonstração da competitividade do transporte ferroviário e também um contributo para o cumprimento de metas de redução de CO2. Além disso, este transporte confere ainda mais importância ao alargamento do nosso leque de operações a nível ibérico.”

O serviço, para transportar 11,7 toneladas de eletrodomésticos da China para Portugal, chegou ao país pelo comboio Magalhães, lançado pela MEDWAY em 2020 e que liga Madrid a Portugal (Lisboa, Setúbal, Sines, Entroncamento e Leixões). O contentor encontra-se atualmente no terminal da Bobadela, pronto para ser levantado.

De referir que a MEDWAY é o um operador logístico e o maior operador ferroviário provado de transporte de mercadorias da Península Ibérica. A empresa possui um terminal no Entroncamento.

Exportações de vinho encerram o ano a crescer

As exportações dos vinhos portugueses tiveram, no ano passado, um comportamento muito positivo, registando um assinalável acréscimo, quando comparado com 2019. Assim, e segundo os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), relativos a 2020, verificou-se um aumento não só no volume, 5,3%, mas também no valor, 3,2%, com um resultado de 846 milhões de euros, mais 26 milhões de euros do que no anterior.

Para este resultado, a contribuição mais significativa foi registada nos mercados do Brasil, França, EUA, Reino Unido e Canadá, que estão assim no top 5 dos mercados mais importantes. Assim, para o Brasil (de janeiro a dezembro 2020) registou-se um aumento de cerca de 26,5%, em volume, e de 23,5 %, em valor, representando cerca de 68 milhões de euros. No top 5 de principais destinos de exportação de vinho nacional, o Canadá registou o melhor preço médio, com cerca de 3,64 Euros/ litro. Por sua vez, as exportações para os EUA cresceram 13,5%, em volume, e 3,1%, em valor, num total de 92 milhões de euros. Já para o Reino Unido, houve um acréscimo de 26,9%, em volume, e 16,2%, em valor, num um total de cerca de 90 milhões de euros. No caso do Canadá houve um acréscimo de 6%, em volume, e 4,9%, em valor, com um total de cerca de 50 milhões de euros.

Já no mercado comunitário, destaca-se o mercado francês (com 110,5 milhões de euros) que continua a liderar o mercado de exportação do vinho nacional. Segue-se a Alemanha (47,5 milhões de euros) e, em terceiro lugar, os Países Baixos (com 47 milhões de euros). O mercado francês continua a liderar o mercado de exportação do vinho nacional, revelando, no entanto, uma diminuição em volume de cerca de -2%, em ciclo com o mercado comunitário, que apresenta um decréscimo -11,1% No entanto, a redução das exportações para o mercado comunitário foi compensada com as exportações para países terceiros.

Estes resultados positivos das exportações de vinho português refletem, segunda a Ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes, “o bom desempenho do setor, a sua capacidade de resiliência e de adaptação, mas também as medidas que a todo o tempo o Governo, apresentou, em 2020, no sentido de dar respostas que ajudassem a minimizar os efeitos decorrentes desta crise provocada pela pandemia COVID-19. O Ministério teve um papel ativo, agiu rapidamente criando e previsibilidade aos viticultores e às empresas do setor e minimizar a perda de rendimento”.

MEDIDAS DE APOIO AO SETOR DO VINHO

Recorde-se que o Ministério da Agricultura lançou, ao longo de 2020, várias medidas de apoio, em parceria com o setor, incluindo um pacote de 18 milhões de euros de medidas de crise. Para a destilação de vinho foi criada uma dotação de 12 milhões de euros e para a armazenamento de crise disponibilizados mais 6 milhões de euros. Estamos a falar de medidas que tiveram uma adesão significativa por parte dos operadores. Foram pagos quase 11 milhões de euros relativos a estas medidas, correspondentes a 382 candidaturas apoiadas.

Foi ainda criada uma medida específica para a Região Demarcada do Douro, com a criação de uma reserva qualitativa para o Vinho do Porto, para a qual foram disponibilizados 5 milhões de euros. Foi ainda reforçado o programa de reestruturação e reconversão das vinhas (VITIS) de 50 milhões de euros para 73,5 milhões de euros.

Maria do Céu Antunes referiu ainda que “sabendo da importância da internacionalização dos vinhos, num mercado muito competitivo, adiantámos ainda 5,5 milhões de euros na medida de promoção a países terceiros, e flexibilizámos as condições, tornando elegíveis ações canceladas, não penalizando projetos que não atinjam a taxa de execução previstas e prorrogando prazos de execução”.

Foram, também, executadas a 100% as medidas previstas no Programa Nacional de Apoio, tendo sido pagos 65,2 milhões em apoios comunitários.

“Estamos a falar de um setor com um crescimento de 20% no espaço de 5 anos. Temos de acautelar, com políticas públicas, os efeitos negativos desta pandemia no mercado e garantir que continuamos com o ritmo de crescimento que tínhamos antes desta crise sanitária”.

Mais de 200 FUSO eCanter em operações diárias de clientes em todo o mundo

Três anos após o lançamento da produção em pequenas séries, as entregas do camião totalmente elétrico FUSO eCanter, da Daimler Trucks, já ultrapassam 200 veículos. Clientes em onze países e cidades como Nova York, Tóquio, Berlim, Londres, Amsterdão, Paris, Dublin, Oslo, Copenhaga, Helsinquia ou Lisboa confiam no camião de entrega urbana.

Com o lançamento do eCanter em 2017, a FUSO afirmou a sua posição como pioneira e líder em camiões elétricos, trabalhando para fornecer transporte sustentável e neutro de CO2. Em fevereiro de 2021, mais de 40 veículos operavam nos Estados Unidos, mais de 60 camiões no Japão e mais de 100 FUSO eCanter em operações de clientes na Europa.

A distância total percorrida pela frota global de eCanter excede agora a combinação de 3 milhões de quilómetros conduzidos localmente sem emissões - o equivalente a impressionantes 75 voltas ao planeta Terra.

O veículo de 7,49 toneladas tem uma autonomia de condução de mais de 100 quilómetros com uma única carga e é particularmente adequado para emissão zero localmente e distribuição silenciosa no centro da cidade. Além disso, o FUSO eCanter convence com aspetos, tais como a sua excelente carga útil do chassi de até 4,15 toneladas, o que é mais do que suficiente para fins de entrega urbana. Casos de uso típicos do veículo incluem entrega num raio curto de produtos embalados, pedidos de e-commerce, correio ou mesmo transporte de bebidas e gás industrial.

Os clientes na Europa incluem nomes logísticos bastante conhecidos, como PostNL, Dachser, Deutsche Post, DHL, Rhenus Group ou DB Schenker. Como pioneira em camiões elétricos, a FUSO definiu como visão acelerar a eletrificação e o transporte local de emissão zero na indústria de veículos comerciais. Em linha com a estratégia de sustentabilidade da Daimler Trucks, a FUSO lidera a indústria de veículos comerciais para o futuro e tem como objetivo ter todos os novos veículos da tríade (Europa, América do Norte e Japão) neutros em CO2 até 2039. De referir que os camiões elétricos FUSO eCanter estão a ser produzidos, na Europa, pela Mitsubishi Fuso Truck Europe, com sede no Tramagal, Abrantes.

União Europeia deve criar “estruturas amplas de parceria” com o Reino Unido

O Ministro da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho, afirmou que a União Europeia (UE) deve criar “estruturas amplas de parceria” com o Reino Unido ao nível da política de defesa e segurança.

Numa conferência de alto nível para debater o futuro da segurança e defesa da UE, intitulada “Rumo a uma Bússola Estratégica? Reflexões sobre o Futuro da Segurança e Defesa da UE”, João Gomes Cravinho destacou a necessidade de “fazer parcerias melhor e mais estrategicamente”, através da intensificação da “cooperação” e de “novas dimensões” no trabalho com parceiros tradicionais.

Dando os exemplos do Canadá e da Noruega, o Ministro disse que, no futuro, deverão ser criados, com o Reino Unido, mecanismos corporativos. João Gomes Cravinho referiu ainda necessidade de uma relação mais forte com os Estados Unidos, especialmente em áreas como as “ameaças híbridas” ou as “falhas de capacidade”, entre outras.

“A UE é o aliado mais efetivo dos EUA. Portanto, entendemos que deveria haver, brevemente, um diálogo de segurança e defesa entre as duas regiões ao nível ministerial”, disse ainda.

NATO E NAÇÕES UNIDAS

Quanto a organizações multilaterais, como a NATO e as Nações Unidas, João Gomes Cravinho afirmou que deveria haver “diálogos estratégicos regulares também ao nível ministerial”.

O Ministro sublinhou ainda que “a Bússola Estratégica”, que abarca três fases - uma análise de ameaças à UE, o estabelecimento de objetivos estratégicos para reforçar a UE enquanto ator de segurança e defesa e a criação de orientações políticas para procedimentos de planeamento militar - deve estar articulada com “uma revisão do conceito estratégico da NATO”.

Para tal, é necessário coordenar os diálogos “político de alto nível” e de “nível técnico”, apontou.

Além das parcerias com outros países, João Gomes Cravinho referiu os restantes três pilares da futura estratégia comum da UE, nomeadamente o “gerenciamento de crises”, a “resiliência” e as “capacidades”.

GESTÃO DE CRISES

Sobre a gestão de crises, João Gomes Cravinho destacou a “habilidade de desenvolver missões e operações de políticas comuns de segurança e defesa da UE que correspondam às necessidades” europeias e, para isso, considerou serem precisos “requerimentos mais práticos, sistemas de controlo mais robustos, um melhor planeamento antecipado baseado em cenários de crise, e mandatos mais robustos para as missões” da UE. A pandemia da Covid-19 fez notar “a necessidade de fazer melhor no que toca a lidar com emergências complexas” e, nesse contexto, a resiliência deverá incluir dois aspetos: “tudo o que seja objeto de ação inimiga, o que requer que sejamos muito dinâmicos na identificação de possíveis ações de inimigos” e “qualquer aspeto que possa requerer uma aplicação extensiva de capacidades militares”, disse ainda.

Para o Ministro, a pandemia mostrou “exemplos de boas práticas que deveriam ser a base para uma medicina militar civil conjunta”, que sirva de “resposta a emergências complexas”.

“Deveríamos desenvolver exercícios regulares para acelerar procedimentos. Precisamos de desenvolver mecanismos, por exemplo, que nos permitam incorporar rapidamente capacidades militares de um país noutro país em resposta a emergências civis”, acrescentou. João Gomes Cravinho referiu ainda a necessidade de construção de uma “unidade ciber da UE”, a fim de “suplementar e coordenar os esforços nacionais” dos 27.

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