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Outubro 2018 | Ano III | N.º 37
Exportações: Região cresceu 21,6% em 5 anos Portugal 2020: Fundos comunitários alavancam mais de 400 milhões de euros de investimentos das empresas
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ÍNDICE
18 Outubro 2018 | Ano ||| | N.º 37
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DESENVOLVIMENTO REGIONAL Notícias Poder Local Hidro Ibérica - Agricultura, Regadio e Vida: 30 anos de paixão Imobiliária “Vendo o Mundo” não pára de crescer Ações de formação gratuitas com inscrições abertas na NERSANT Casas do Ambiente repete vitória no Grande Prémio Empresarial de Karting
INFORMAÇÃO E APOIO 30
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Portugal 2020: Fundos comunitários alavancam mais de 400 milhões de euros de investimentos das empresas
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Alojamento Local: As sete grandes mudanças a partir de Outubro
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IVA: novos dados mostram que os Estados-Membros da UE continuam a perder quase 150 mil milhões de euros de receitas
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O Marketing Digital e as PME em Portugal. Uma oportunidade perdida?
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VIVER O TEJO XLIII Feira Nacional do Cavalo
EMPREENDEDORISMO E INOVAÇÃO Notícias MGarlic: Mendes Gonçalves está a desenvolver produtos inovadores com base no alho Empresa Rosarium cria terços de Santa Jacinta Marto e São Francisco Marto
INTERNACIONALIZAÇÃO Notícias Galardão Empresa do Ano 2017: Bonduelle é Empresa do Ano no Ribatejo Exportações: região cresceu 21,6% em 5 anos
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Passado um ano, o acordo comercial UE-Canadá traz resultados positivos
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NERSANT Business 2018 junta empresários de 36 países para fazer negócios
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Turquia representa mercado potencial de 4 mil milhões de euros para o Ribatejo
46 FICHA TÉCNICA Diretora: Maria Salomé Rafael Conselho Redatorial: Cláudia Monteiro Sandra Pereira ribatejo.invest@nersant.pt
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Publicidade: Maria João Rodrigues maria.joao@nersant.pt Propriedade: NERSANT, AE. Várzea de Mesiões - Apartado 177 2354-909 Torres Novas Tel.: 249 839 500 | Fax: 249 839 509 www.nersant.pt
Periodicidade: Mensal Tiragem: 500 exemplares
Isento de registo na ERC ao abrigo do decreto regulamentar 8/99 de 9/6 artigo 12.º, n.º 1 a)
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DESENVOLVIMENTO REGIONAL GRUPO BONDUELLE COM VOLUME DE NEGÓCIOS DE 2,8 MIL MILHÕES DE EUROS
Editorial
Ribatejo Invest
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ecorre este mês, em Tomar, a sétima edição do NERSANT Business, um dos maiores encontros internacionais de negócios do país. É inegável o contributo que este evento tem dado ao incremento das exportações regionais, em particular das empresas que têm participado nas edições anteriores. Os dados analisados pela NERSANT revelam que as empresas participantes no NERSANT Business viram o seu volume de negócios aumentar mais de 75 milhões de euros, o que equivale a 19%, entre os anos de 2012 e 2016. O mesmo aconteceu com o VAB, que aumentou 41%, o que representa 28 milhões de euros, no mesmo período. Este ano estarão representados 36 países, com empresários vindos de todas as partes do mundo, em busca de oportunidades de negócio. As áreas mais procuradas são a agroindústria, o comércio de produtos agroalimentares e bebidas, construção civil, energias renováveis, metalomecânica, transportes e logística, entre outros. Esta procura crescente mostra que estamos no caminho certo e, ao mesmo tempo, dignifica a excelência das empresas do Ribatejo e de Portugal, que têm sabido procurar caminhos alternativos, investindo na internacionalização do seu negócio e na procura de novos mercados. A importância das exportações para a economia regional e nacional leva-nos, por isso, a olhar com especial atenção (e preocupação) para a “guerra comercial” que se tem vindo a desenrolar entre EUA e China. Qualquer que seja o cenário que se venha a concretizar, a subida das taxas alfandegárias e a imposição de medidas protecionistas irá ter repercussões em todas as economias, incluindo na nossa. É por isso que o NERSANT Business tem, este ano, uma importância redobrada.
Maria Salomé Rafael Presidente da Direção da NERSANT
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O Bonduelle Group anunciou um volume de negócios consolidado de 2,8 mil milhões de euros, exercício de 2017/1018, num aumento de 21,4% em relação ao ano anterior. Este crescimento foi alcançado num ambiente de consumo lento na Europa e nos Estados Unidos da América condições difíceis, mas a melhorar, na Europa Oriental. A aquisição da Ready Pac Foods foi a principal força motriz do crescimento da Bonduelle no último exercício financeiro. A Europa Ocidental respondeu por 46,5% do volume de negócios do grupo, enquanto a outra região, compreendendo as Américas, Europa Central e Oriental, gerou 53,5% da faturação. Houve um aumento de 47% na atividade na zona fora da Europa devido à integração anual da Ready Pac Foods no período. O crescimento também foi prejudicado pelo efeito das taxas de câmbio com o dólar americano, o dólar canadense e o rublo russo. Recentemente, o grupo anunciou também a compra do negócio canadense da Del Monte à Conagra, por 28 milhões de euros. A aquisição confere à Bonduelle o direito de usar a marca Del Monte numa série de frutas e vegetais processados. No entanto, exclui ativos industriais e funcionários, pois a Bonduelle utilizará os seus locais de produção existentes. De acordo com a empresa, esta aquisição destaca o “desenvolvimento desejado em atividades de marca e expansão além dos vegetais”.
VIBEIRAS FAZ MANUTENÇÃO DO ESTÁDIO MUNICIPAL DE AVEIRO A Vibeiras S.A., empresa com sede em Torres Novas dedicada a projetos e obras de arquitetura paisagista, anunciou o reforçou da sua presença na manutenção dos relvados desportivos. Este reforço assenta na recente adjudicação recebida pela empresa para a manutenção do relvado do Estádio Municipal de Aveiro pelo período de 24 meses. De referir que a Vibeiras teve a sua primeira obra em 1990 e desde aí não mais parou, totalizando neste momento mais de 1000 intervenções na paisagem – desde o pequeno jardim ou simples praça até ao grande parque urbano ou à requalificação de toda uma frente marítima. Não obstantes as diferenças de tipologia ou dimensão, existe um princípio fundamental comum a todas elas: uma boa obra exige um bom projeto.
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VOLTA A PORTUGAL: NOBRE DOOU 762 QUILOS DE PRODUTOS A INSTITUIÇÕES A Volta a Portugal chegou ao fim e com ela a empresa Nobre, com instalações em Rio Maior, conseguiu angariar um total de 762 quilos de produtos alimentares, que foram doados a várias Instituições de Solidariedade das localidades por onde a prova passou. A Nobre doou 762 kg de bens alimentares a instituições de solidariedade de norte a sul do país no âmbito do “Prémio Portugal é Nobre”. Este é o balanço final de mais um ano de apoio da Nobre à Volta a Portugal em Bicicleta que, ao longo dos 11 dias de prova, ofereceu produtos alimentares da
marca em quantidade equivalente ao peso do vencedor de cada etapa a instituições das localidades por onde passou a prova. “É para nós um grande motivo de orgulho poder participar na mais importante e emocionante prova de ciclismo em Portugal e, ao mesmo tempo, apoiar instituições de solidariedade de norte a sul. Ações como esta mostram que a responsabilidade social faz parte do ADN da Nobre, marca que pretende contribuir para uma cidadania mais ativa e mais próxima de quem mais precisa”, referiu a diretora de marketing da Nobre, Lia Oliveira.
PASCOALINI SANTARÉM TEM NOVA ÁREA DEDICADA AO PÃO A Pascoalini Santarém, conhecida geladaria da capital de distrito ribatejana, tem agora uma nova área dedicada ao pão. Diariamente, os clientes podem agora encontrar pão alentejano, pão de sementes ou pão rústico. A geladaria tem assim diariamente sanduíches variadas em menu, preparadas diariamente. Com mais de 100 variedades de gelados idealizadas, a Pascoalini continua a surpreender com as suas criações exclusivas produzidas com produtos portugueses para assegurar sabores únicos e muito próximos dos originais. De salientar que a Pascoalini foi responsável pela transformação em gelado de alguns dos doces regionais do Ribatejo, como os pampilhos, os famosos bolos escalabitanos, celestes, doces conventuais à base de ovos e amêndoa, e a mousse de chocolate com arrepiado, típico de Almoster. Em 2016 a empresa foi ainda
premiada com duas medalhas de ouro pelo sorvete de morango de Almeirim e o gelado de celeste de Santa Clara atribuídas no concurso
Great Taste Award. Recentemente, a empresa concebeu um gelado com base no Abafado Quinta da Alorna, de Almeirim.
BINDOPOR COM NOVOS PROJETOS A empresa de Ourém Bindopor, dedicada conceção e fabrico de soluções integradas de sinalética, artwork e iluminação decorativa, tem novos projetos em mãos. Neste momento, divulgou a empresa no seu portal, a mesma trabalhou colaborativamente com a RRJ Arquitetos no desenvolvimento do conceito da sinalética e elementos decorativos de interior que convivem com diversos apontamentos de azulejaria portuguesa, do novo Hotel da Baixa, situado na Rua da Prata, em Lisboa. Nesta mesma rua, a empresa laborou na sinalética de exterior e interior e elementos decorativos em forma de coração que remete para a malha urbana Pombalina, do Altis Prata Suítes, através do seu cliente de sempre, o Grupo Lisboeta Altis. Mais a norte do país, em Vila Nova de Gaia, a Bindopor participou no projeto do The Hou-
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se of Sandeman Hostel & Suites, o primeiro branded hostel do mundo, um trabalho original do designer Miguel Guedes Ramos. Nos Açores, a empresa colaborou com os Arquitetos Gomes de Menezes e Paulo Lobo,
tendo produzido uma solução de sinalética inovadora mas simultaneamente clássica com base em latão envelhecido, para o novo Grand Hotel Açores Atlântico, de 5 estrelas, um dos mais emblemáticos hotéis de Ponta Delgada.
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DESENVOLVIMENTO REGIONAL
Fábrica Compal de Almeirim de portas abertas…
Tecfresh’18 em Santarém em novembro A Tecfresh’18 – Feira Tecnológica para Frutas e Hortícolas vai voltar a realizar-se no CNEMA - Centro Nacional de Exposições e Mercados Agrícolas, em Santarém, de 15 a 17 de novembro. O certame tem como objetivo divulgar e mostrar as evoluções tecnológicas que acontecem no setor agrícola, promover o encontro de profissionais e ser uma ponte para estabelecer relações comerciais entre empresas, avaliar a estratégia definida para o futuro e promover parcerias técnico/profissionais. Integram o evento um ciclo de conferências e seminários, ações de formação e outros acontecimentos ligados ao setor agrícola, com destaque para a fruticultura e horticultura para que agricultores, profissionais e futuros técnicos possam partilhar experiências e debater o presente e o futuro do sector. A Tecfresh’18 tem como público-alvo profissionais como agricultores, empresários agrícolas, engenheiros agrónomos, engenheiros mecânicos, estudantes do ensino profissional e ensino superior, fruticultores, horticultores entre outros ligados ao mundo rural.
A fábrica da Compal situada em Almeirim está de portas abertas para receber famílias e escolas. O intuito das visitas é apresentar os produtos os interessados os produtos da empresa, bem como a sua forma de produção. De acordo com a Sumol+Compal, as visitas estão abertas a particulares e a escolas de todo o país (crianças a partir dos 6 anos), às terças, quartas e quintas-feiras, das 9h30 às 12h30 e das 14h30 às 17h30. As marcações podem ser feitas através dos contactos 214 243 500 e/ou marcacao.visitas@ sumolcompal.pt.
… e o Pomar Pedagógico também
No Pomar Pedagógico do Centro de Frutologia Compal, as crianças podem ficar a conhecer qual a origem da fruta. Entre 38 variedades diferentes de árvores de fruto e muitas atividades, este pomar em plena cidade – na Quinta Pedagógica dos Olivais, em Lisboa – recebe escolas e famílias de terça a domingo. O Pomar Pedagógico do Centro de Frutologia Compal é o 1º pomar pedagógico interativo que, em meio urbano,
ensina sobre a produção de fruta em Portugal e sobre os benefícios e a importância da fruta para a saúde e para a nutrição. Complementando os formatos de pedagogia em sala, o Centro de Frutologia Compal convida as famílias e as crianças a saírem para o ar livre e para o terreno para adquirirem no Pomar conhecimento sobre fruta. As reservas são feitas em http://quintapedagogica.cm-lisboa.pt/.
Rações Zêzere divulga produtos em feiras No fim-de-semana entre 14 e 16 de setembro, a empresa de Ferreira do Zêzere Rações Zêzere esteve simultaneamente em dois locais a divulgar a empresa. Dedicada ao fabrico e comercialização de rações para animais, a empresa marcou presença na Feira Agrícola de Portalegre e na 1ª feira do Touro e do Cavalo, no Soito, Sabugal.
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Em Portalegre, a empresa foi representada pelo seu distribuidor “Rotundalegre”, e no Sabugal, pelo seu distribuidor “Armazém do Agricultor”. De referir que a empresa, que foi recentemente agraciada com o certificado PME Líder 2018, fabrica e comercializa cereais, misturas e alimentos compostos para animais de criação.
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ikimobile recebe Selo Portugal Sou Eu A marca portuguesa de telemóveis ikimobile, conhecida por fabricar o primeiro smartphone com componentes em cortiça, recebeu o selo Portugal Sou Eu. O selo é atribuído aos produtos e serviços com base em critérios de incorporação nacional, marcas e patentes, emprego nacional e valor acrescentado nacional da empresa. Tito Cardoso, administrador da ikimobile, refere a importância de receber este selo. “Sermos reconhecidos como uma marca Portugal Sou Eu é um orgulho para a nossa equipa e eleva, ainda mais, o patamar de responsabilidade da ikimobile na representação além-fronteiras, dando também maior destaque internacional aos nossos equipamentos exclusivos constituídos com componentes de cortiça e Made In Portugal, os modelos BLESS e BLESS PLUS”. O programa Portugal Sou Eu, ao qual
se junta agora a ikimobile, foi lançado em dezembro de 2012 pelo Governo de Portugal para dinamizar a competitividade das empresas portuguesas, promover o equilíbrio da balança comercial, combater o desemprego e contribuir para o crescimento sustentado da economia. Até ao momento, estão inscritos no progra-
ma cerca de 3.400 empresas e 1.200 estabelecimentos, sendo que mais de 9.800 produtos e serviços estão qualificados com o selo. De referir que a marca ikimobile tem a sua unidade de produção instalada em solo ribatejano, mais concretamente em Coruche.
Guloso reforça aposta na gama Colheita Fresca
Raúl Maurício & Filhos comemorou 50 anos A empresa Raul Maurício & filhos, Lda., dedicada ao transporte de vinhos da região, acaba de comemorar o seu 50º aniversário. A empresa de cariz familiar, orgulha-se de manter na sua estrutura empresarial, há três gerações, avô, pai e neta, que trabalham diariamente juntos para levar avante o negócio, que trabalha com quase todas as adegas e produtores de vinho da região. De referir que integram o mesmo grupo, as empresas Transmaucal e Maurício Calvário.
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A Guloso, marca portuguesa líder de mercado em produtos à base de tomate, reforça o compromisso da gama Colheita Fresca com tomates colhidos e embalados no mesmo dia, sem adição de sal. A campanha publicitária, que assinala o início da colheita do tomate de 2018, está presente na televisão, redes sociais e em mupis, pondo lado a lado a colheita fresca Guloso e o tomate fresco, deixando ao consumidor a escolha “para quem prefere tomate a tomate”. O objetivo é promover a frescura do produto, associada ao reduzido tempo que leva entre a colheita e o embalamento e o reduzido processamento, que permite guardar o máximo das características do fruto fresco. A aceitação da gama de produtos Colheita Fresca reflete-se nos
resultados, com a marca a registar um crescimento de 6%, acima do mercado alimentar, que assinalou um crescimento de 1,9%. Os produtos derivados da gama Colheita Fresca incluem tomate concentrado, em polpa, triturado, com pedaços e pelado. Todos os produtos são baseados exclusivamente em tomate ribatejano, colhido e embalado fresco no mesmo dia. Os novos produtos não têm adição de sal, de acordo com os objetivos de promoção da alimentação saudável recomendados pelos especialistas e autoridades de saúde pública. A associação da Guloso a um objetivo central da promoção da saúde insere-se na estratégia de reposicionamento dos produtos da marca, aproximando-os das necessidades e preocupações dos consumidores.
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DESENVOLVIMENTO REGIONAL
Lançado Manual de Boas Práticas na Produção, Processamento e Utilização de Insetos em Alimentação Animal A Direção Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV), em colaboração com a empresa Entogreen, promoveu no dia 24 de setembro, no Auditório do “Centro de Atualização Propedêutica” do Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária (INIAV), situado na Quinta do Marquês, em Oeiras, a sessão de lançamento do “Manual de Boas Práticas na Produção, Processamento e Utilização de Insetos em Alimentação Animal”. Com este manual pretende-se dotar os operadores dos princípios, requisitos e critérios que permitam a implementação e cumprimento das disposições legais referentes à utilização de proteínas animais transformadas, provenientes de insetos de criação, na alimentação de animais de aquicultura.
Portal do Supremo Tribunal Administrativo produzido pela Crivosoft
O novo portal do Supremo Tribunal Administrativo já se encontra em produção, tendo a Crivosoft sido responsável por todo o desenvolvimento, cumprindo os requisitos no prazo estipulado. O portal permite acesso a jurispru-
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dência, legislação diversa, documentação, notícias, estatísticas e relações internacionais, assim como ao SITAF (neste momento apenas disponível internamente). A manutenção será assegurada pela equipa do Supremo Tribunal Admi-
nistrativo, através do backoffice do portal. Os interessados em visualizar o trabalho da Crivosoft com o portal do Supremo Tribunal Administrativo, poderão fazê-lo no link: https://www.stadministrativo.pt//.
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Torneio Empresarial de Golfe agendado para 10 de novembro A NERSANT - Associação Empresarial da Região de Santarém, já tem data marcada para a realização do seu Torneio Empresarial de Golfe. O evento, que reúne anualmente dezenas de empresas da região, vai voltar a realizar-se em Benavente, desta vez no dia 10 de novembro. O Santo Estêvão Golfe, situado em Vila Nova de Santo Estêvão, a poucos quilómetros de Benavente, será palco da realiza-
ção desta iniciativa, que pretende reunir em ambiente de salutar competitividade, diversas empresas da região, bem como os seus colaboradores, fornecedores, clientes ou demais convidados. À semelhança dos anos anteriores, a prova será disputada na modalidade Stableford, em que o resultado do jogador é contado em pontos e não em pancadas. Os prémios serão atribuídos nas vertentes
Net e Gross. Para mais informações sobre o evento, os interessados devem contactar o Núcleo NERSANT da região do Sorraia, para os contactos nucleo.sorraia@nersant.pt ou 263 516 510. As inscrições podem ser efetuadas no portal da associação empresarial, em www.nersant.pt, onde estarão também disponibilizadas as condições de participação no evento.
Mediotejo.net firma parceria com Jornal de Notícias O jornal mediotejo.net foi convidado pelo Jornal de Notícias para ser um dos parceiros da Rede de Notícias JN, tendo sido firmado no Porto, no dia 19 de setembro, um protocolo válido por um ano entre o diário centenário e 13 títulos regionais, como o Jornal do Fundão, A Voz de Trás-os-Montes, o Sul Infor-
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mação e o Jornal do Centro. O protocolo visa a partilha de conteúdos do mediotejo.net na Rede de Notícias JN, com referência e hiperligação para o nosso jornal. A utilização de informação do mediotejo.net na edição impressa do Jornal de Notícias também está prevista, bem como a utilização pelo
mediotejo.net de conteúdos deste diário nacional e o desenvolvimento de outras iniciativas conjuntas de carácter editorial. Este protocolo une igualmente os treze títulos de norte a sul do país que se juntaram ao JN, formando uma rede de notícias que cobre todo o território.
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DESENVOLVIMENTO REGIONAL Primeiro Dia Aberto do GoFigoProdução
Produtores querem preservar figo torrejano Torres Novas é uma região tradicionalmente produtora de figo, que apresenta vantagens competitivas nomeadamente ao nível dos solos e do clima, sendo de referir a especial adaptação de duas variedades de figo, o Preto de Torres Novas (característico da região e único) e o Pingo Mel, que se tem mostrado, que se tem mostrado particularmente interessante sob o ponto de vista comercial. Estes fatores podem ser considerados como a oportunidade que se pretende aproveitar, sendo para isso necessário apostar decididamente no aumento da produtividade dos pomares no aumento da produtividade dos pomares e melhoria da qualidade dos frutos. Esta aposta deverá incidir sobre a proteção e o uso eficiente do solo; a proteção fitossanitária do figueiral e métodos de condução das árvores consentâneos com as exigências atuais de produtividade, de modo a atrair o investimento e tornar exigências atuais de produtividade, de modo a atrair o investimento e tornar rentável a exploração do figueiral. Foi nesta sequência que a Rosagro Sociedade Agrícola, Lda., juntamente com a Esteiros Ribatejo, iniciou em 2016 um projeto de recuperação do Figo Preto de Torres Novas e Figo Pingo Mel de Torres Novas. Resultou a apresentação de um projeto de financiamento, enquadrado na ação “Grupos Operacionais”, da medida “Inovação”, integrada na área de “Inovação e Conhecimento” do Programa de Desenvolvimento Rural do Continente (PDR 2020), sendo o consórcio constituído pelas empresas Rosagro e Casal dos Cardos - Sociedade Agrícola, Lda. (produtores), o Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária (INIAV), a Associação Qualifica/oriGIn Portugal, o Centro Operativo Tecnológico Hortofrutícola Nacional (COTHN) e o Instituto Superior de Agronomia de Lisboa (ISA). Surge assim o grupo operacional GoFigoProdução, que tem como objetivo melhorar a qualidade e produtividade dos figueirais através da modernização das técnicas utilizadas e da eficiente utilização do solo e cuja atuação assenta em quatro vetores principais: fertilização, coberto vegetal, poda e pragas. No dia 15 de setembro, o grupo operacional GoFigoProdução promoveu o seu 1º Dia Aberto. Num figueiral, em Adofreire, freguesia de Pedrógão (Torres Novas), com vários participantes, debateu-se sobre o figo torrejano, com diversos momentos: O
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que é o projeto GoFigoProdução? (Michele Rosa – Rosagro - Sociedade Agrícola, Lda.); O que se está a fazer para melhorar a qualidade do Figo Preto de Torres Novas (Rui de Sousa – INIAV, I.P./ENFVN); Para que serve a análise de solos e de folhas das figueiras? (Cristina Oliveira – ISA); Como se analisa a qualidade do figo, caso prático (Claudia Sanchez – INIAV, I.P./ENFVN); A qualificação do Figo Preto de Torres Novas – um caminho em construção (Ana Soeiro – Qualifica oriGIn Portugal); Como pode a Paladin contribuir para o reconhecimento e valorização do Figo Preto de Torres Novas? (Olga Matias – Mendes Gonçalves). Após serem abordadas estas temáticas, seguiu-se um momento de debate e degustação. O Município de Torres Novas apoiou este evento, marcando presença o Presidente da Câmara Municipal de Torres Novas, Pedro Ferreira, que na abertura reforçou a importância do projeto para Torres Novas e para a afirmação de dois dos seus produtos endógenos de excelência, um deles único no mundo (Figo Preto de Torres Novas).
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Empresas de curtumes de Alcanena visitadas pela Secretária de Estado da Indústria A Secretária de Estado da Indústria, Ana Teresa Lehmann, efetuou, no dia 14 de setembro, uma visita a Alcanena, com deslocação a algumas empresas de curtumes do concelho, entre outras entidades. O programa da visita teve início na Câmara Municipal, onde decorreu a sessão de receção, que contou com as intervenções da Presidente da Câmara Municipal de Alcanena, Fernanda Asseiceira, do Presidente da APIC – Associação Portuguesa dos Industriais de Curtumes, e da Secretária de Estado da Indústria, Ana Teresa Lehmann. Seguiu-se uma visita ao CTIC - Centro Tecnológico das Indústrias do Couro, onde foi efetuada a apresentação do setor de curtumes do concelho de Alcanena,
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pela APIC, após o que teve lugar uma visita à empresa Couro Azul. Seguiu-se a Visita ao Artspace João Carvalho. À tarde, foi efetuada uma visita à empresa Curtumes Ibéria, S.A. e, por último, a comitiva efetuou uma breve visita à ETAR – Estação de Tratamento de Águas Residuais de Alcanena. Na visita que efetuou a Alcanena, a Secretária de Estado da Indústria foi acompanhada pela Presidente da Câmara Municipal de Alcanena, Fernanda Asseiceira, pelo Presidente da Assembleia Municipal, Silvestre Pereira, pelos Vereadores Maria João Gomes, Luís Pires, Hugo Santarém e Óscar Pires, representantes da APIC, representantes da AUSTRA, representantes da CIP – Confe-
deração Empresarial de Portugal, representantes do Agrupamento de Escolas de Alcanena, nomeadamente Ana Cláudia Cohen (diretora) e Mónica Rodrigues, Deputada Idália Serrão, representantes da AED Portugal Aeronautics, Space and Defender Cluster, representantes da AICEP – Portugal Global, Secretário Executivo da Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo, Miguel Pombeiro, representantes do CTIC. Marcaram também presença representantes da DGAE – Direção Geral das Atividades Económicas, representantes do IAPMEI, representantes do Instituto Politécnico de Leiria, Presidentes de Junta e membros do executivo das Juntas de Freguesia do concelho, representantes do Sindicato de Curtumes do Distrito de Santarém, representantes AFIA – Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel, representantes do Centro Tecnológico do Calçado, representantes da APICCAPS – Associação Portuguesa dos Industriais de Calçado, representantes da PFP – Plataforma Ferroviária Portuguesa, representantes da NERSANT, Comandante dos Bombeiros Municipais de Alcanena, Jorge Frazão, Comandante do Posto Territorial da GNR de Alcanena, 1º Sargento Patrícia Fernandes, entre outras entidades.
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DESENVOLVIMENTO REGIONAL
CIP defende o reforço do movimento associativo empresarial regional para fortalecer o apoio às PME A Confederação Empresarial de Portugal (CIP) em conjunto com a consultora Deloitte, está a ultimar o primeiro estudo realizado em Portugal sobre o Associativismo Empresarial Regional. Com este documento, a CIP quer contribuir para a restruturação do movimento associativo empresarial regional, de forma a garantir que as associações empresariais possam responder de forma mais eficaz às necessidades das pequenas e médias empresas de todas as regiões do país. O estudo será entregue em breve e em primeira mão ao Primeiro-Ministro, António Costa. No total, o documento identificou a existência de 1.064 associações empresariais em Portugal, sendo que deste número 549 associações são de âmbito regional. Mas mais do que traçar uma radiografia sobre o trabalho realizado pelas associações empresariais por todo o país, o estudo “Movimento Associativo Empresarial Regional – Um Contributo para o Desenvolvimento do País” desenha uma estratégia com medidas concretas que visam repensar e reforçar o movimento associativo empresarial regional em Portugal. “Com este trabalho a CIP, através do seu
Conselho Associativo Regional, pretende dar um contributo para restruturar o movimento associativo em Portugal e fornecer um conjunto de soluções que permitam preparar as Associações Empresariais Regionais do Século XXI”, afirma António Saraiva, Presidente da Confederação Empresarial de Portugal (CIP). Entre os principais objetivos identificados no estudo está o aprofundamento da cooperação entre a Administração Pública e as Associações Empresariais Regionais. Por outro lado, o documento defende também o desenvolvimento de uma nova proposta de valor para as associações empresariais regionais, com base num novo modelo de prestação de serviços. Ao mesmo tempo, o estudo recomenda a criação de um enquadramento legal e reivindica a participação obrigatória das Associações Empresariais Regionais nos organismos regionais de desenvolvimento regional e gestão de fundos europeus (Ex: CCDR e CIM). Luís Miguel Ribeiro, Presidente do Conselho Associativo Regional da CIP, lembra o papel decisivo que as associações empresariais desempenharam no desenvolvimento económico das várias regiões e ao seu tecido
empresarial: “As Associações Empresariais têm tido um papel decisivo na disseminação de informação às empresas, na formação profissional dos gestores e colaboradores e na promoção da internacionalização”, sublinha.
gados)”. O crescimento da economia ocorre num contexto de maior equilíbrio das contas externas (o saldo externo de bens e serviços manteve um excedente nominal de 0,4% do PIB) e de gestão criteriosa das contas públicas (o consumo público regista uma variação homóloga de 0,4%). O crescimento do PIB foi ligeiramente superior ao europeu e à zona euro (2,2% em termos homólogos), permitindo a Portugal prosseguir a tendên-
cia de convergência com a União Europeia. “Este é o décimo sétimo trimestre consecutivo de crescimento da economia portuguesa, num quadro de maior equilíbrio macroeconómico interno e externo e de consolidação fiscal. Este cenário é o melhor garante de resiliência da economia portuguesa face às exigências macroeconómicas e de provisão sustentável de serviços públicos”, sublinha o comunicado.
Investimento, exportações e emprego continuam a impulsionar o crescimento da economia O Instituto Nacional de Estatística confirmou o crescimento de 2,3% do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre de 2018, por comparação com o período homólogo, e de 0,5% face ao trimestre anterior. “É de salientar a forte dinâmica de investimento (6,4% em termos homólogos), com especial destaque para o aumento de 10,2% do investimento em outras máquinas e equipamentos”, referiu o gabinete do Ministro das Finanças em comunicado, acrescentando que “o crescimento das exportações de bens e serviços também acelera para 6,8%”. Os dados mostram ainda que se manteve “uma forte dinâmica na criação de emprego (aumento de 2,1% do emprego total e de 2,9% do emprego remunerado, corrigidos de sazonalidade) e na redução do desemprego (queda de 2,1 p.p., menos 110 mil desempre-
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Números do desemprego Portal INFÁTIMA convida internautas a visitar Fátima e a conhecer a região demonstram “boa situação no mercado de trabalho”
O Ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, José António Vieira da Silva, afirmou que a queda da taxa de desemprego para 6,8% em junho, a mais baixa desde setembro de 2002, vem demonstrar “uma boa situação no mercado de trabalho”. Vieira da Silva sublinhou também que “a dinâmica de emprego continua muito elevada»: «No horizonte desta legislatura, neste mês completa-se a criação de mais de 321 mil postos de trabalho, o que é um resultado muito forte e muito impressivo, e que demonstra a dinâmica do mercado de trabalho, quer na parte dos jovens, quer na parte dos menos jovens”. O Ministro referiu que o emprego e os salários “estão a comportar-se de uma forma positiva”, o que é “um fator muito importante para a sociedade e para a economia”, e destacou que “as contribuições para a Segurança Social também continuam a crescer a um ritmo muito elevado”. A taxa de desemprego de junho de 2018 situou-se em 6,8%, menos 0,2 pontos percentuais do que no mês anterior, menos 0,7 pontos percentuais em relação a três meses antes e menos 2,3 pontos percentuais do que no mesmo mês de 2017, de acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística. Em junho, a população empregada foi estimada em 4.811,6 mil pessoas, tendo aumentado 0,4% (20,3 mil) em relação ao mês anterior (maio de 2018), 0,7% (32,6 mil) em relação a três meses antes (março de 2018) e 2,8% (132,3 mil) em comparação com igual mês do ano passado. A taxa de emprego situou-se em 61,8%, o que corresponde a um decréscimo de 0,1 pontos percentuais em relação ao mês anterior e a um acréscimo 0,2 pontos percentuais em relação a três meses antes e de 1,4 pontos percentuais em comparação com o período homólogo de 2017.
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Desde o pré-lançamento, em maio de 2017, por ocasião da celebração do Centenário das Aparições de Fátima, o site INFÁTIMA. PT soma e segue notoriedade e adesão por parte de investidores e internautas. Depois de vários meses a trabalhar na otimização de conteúdos, e angariação de presenças para os diretórios “Onde Dormir”, “Onde Comer”, “Onde Comprar” e “Serviços”, a plataforma digital aposta agora na sua própria divulgação. A mais recente ação de promoção foi o lançamento do vídeo promocional “A sua Viagem Começa Aqui”, filmado em vários concelhos dos distritos de Leiria e Santarém. O INFÁTIMA é uma iniciativa da empresa de desenvolvimento web e produção de vídeo BILD CORP e apresenta-se como “um portal de informação turística que permite ao utilizador pesquisar todos os dados necessários para planear uma viagem com estadia em Fátima”. Em simultâneo, é também “uma plataforma onde agentes económicos podem promover o seu negócio, angariar e fidelizar clientes”. A informação online, em português e inglês, está disponibilizada de forma simples, subdividida em diretórios, e procura responder às perguntas com que todos se deparam quando pretendem visitar ou estão de visita a um lugar: “Onde Dormir”, “Onde Comer”, “Onde Comprar” e “Serviços”. O INFATIMA promove assim a divulgação de marcas, produtos e serviços, mas, e sobretudo, presta um serviço de informação aos internautas que pretendem conhecer Fátima, a Região Centro e Portugal. Parte do conteúdo do portal digital é dedicado em exclusivo a Fátima. Na página “Peregrinação”, por exemplo, é possível encontrar informações e contactos úteis, sugestões, conselhos e até testemunhos de peregrinos.
“O planeamento da viagem – no diretório “Planear a Viagem” – é uma área bastante consultada. Cada vez mais os turistas e, no caso de Fátima, os peregrinos, pretendem conhecer de forma antecipada o local e a região que pretendem visitar”, explica Luís Frazão, CEO da BILD CORP e coordenador do projeto INFÁTIMA. Na página “Diário de Bordo” os utilizadores podem encontrar artigos, vídeos, fotografias com sugestões, novidades, curiosidades, notícias e opiniões. A vertente “Agenda” tem também grande adesão e é atualizada com regularidade, integra sobretudo informação sobre os principais eventos agendados para os distritos de Leiria e de Santarém. O projeto disponibiliza a componente de publireportagem, aberta ao investimento empresarial e institucional. Todos os conteúdos são partilhados nas redes sociais do INFÁTIMA, nomeadamente no Instagram e no Facebook. A newsletter, enviada mensalmente, é aberta à subscrição de todos os interessados. “A ideia do projeto surgiu enquanto solução para a inexistência de um serviço turístico integrado sobre Fátima e a região, sem que fosse necessário saltar de website em website e estamos a conseguir cumprir esse objetivo, de reunir toda a informação turística, religiosa, cultural, empresarial de Fátima e da região numa só plataforma digital”, conclui Luís Frazão que destaca que os internautas, nas suas avaliações ao INFÁTIMA, valorizam, além da informação, a apresentação moderna, simples e clara dos conteúdos, quer nos textos quer nas imagens (fotografia e vídeo). Os interessados podem aceder ao portal INFÁTIMA em www.infatima.pt. Para mais informações, estão disponíveis os contactos +351 244 060 633 e info@infatima.pt.
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Investimento de 81 milhões em três centrais solares em Santarém
O Governo licenciou três novas centrais solares que representam um investimento total de 81 milhões de euros. “Estas novas centrais inserem-se na mudança de paradigma de redução de custos no sistema elétrico nacional que o Governo tem vindo a implementar: Renováveis sim, mais custos para as famílias não”, disse o Secretário de Estado da Energia, Jorge Seguro Sanches. O Secretário de Estado acrescentou que “o Governo já autorizou mais de 1 000 megawatts de energia solar sem que as famílias portuguesas tenham de pagar qualquer tipo de subsídio na fatura de
eletricidade”, as chamadas tarifas feed-in. “As centrais solares que foram aprovadas no passado vão custar, só este ano, cerca de 134 milhões de euros às famílias, com os consumidores a pagarem mais de 300 euros por megawatt hora por esta energia, o valor mais elevado entre as diferentes fontes de eletricidade subsidiadas em Portugal”, afirmou Jorge Seguro Sanches.
INVESTIMENTO DE 81 MILHÕES DE EUROS As centrais de Alforgemel, Casal do Paúl e Encarnado vão ficar localizadas na freguesia de Almoster, no concelho de Santarém. Cada central vai ter cerca de 160 mil painéis fotovoltaicos, com uma potência de 48,5 megawatts, num total conjunto de 485 mil painéis, com uma potência de 145,5 megawatts. A empresa promotora Escalabis Solar
prevê efetuar um investimento de 27 milhões de euros em cada um destes parques, com o montante total a atingir os 81 milhões de euros.
OBJETIVO 2020 Portugal está em linha para cumprir até 2020 a sua meta de 31% de incorporação de energias renováveis no consumo final de energia. A meta europeia para 2030 foi recentemente fixada nos 32%, mas o Governo continua a insistir em metas mais ambiciosas. “Portugal tem como objetivo atingir uma meta superior a 40% de incorporação de energias renováveis no consumo final até 2030, mas sem que as novas centrais tenham de ser pagas pelos consumidores, tal como a recém-inaugurada central solar de Ourique com 46 megawatts”, disse o Secretário de Estado.
Governo cria entidade para fiscalizar todo o setor energético dotada dos melhores mecanismos para cumprir a sua missão de vigiar o setor energético”, disse o Secretário de Estado.
COMPETÊNCIAS
O Governo criou uma entidade especializada para fiscalizar o setor energético. A Entidade Nacional para o Setor Energético (ENSE) vai ficar responsável por fiscalizar os setores dos combustíveis, da eletricidade, do gás natural e do gás de garrafa. A ENSE nasce a partir da reestruturação da Entidade Nacional para o Mercado dos Combustíveis (ENMC) e vai agregar competências que estavam distribuídas pela Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), a Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG) e a própria
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ENMC. “A criação da ENSE vem colmatar uma lacuna na área da energia. O facto de passar a haver uma única entidade a monitorizar os combustíveis, eletricidade, gás natural e gás de garrafa vai permitir melhorar a fiscalização do setor energético”, afirmou o Secretário de Estado da Energia, Jorge Seguro Sanches. “Ao centrarmos a fiscalização das diversas atividades económicas na área da energia numa entidade pública empresarial, estamos a garantir que a ENSE vai estar
As competências da ENSE na fiscalização do setor da energia são, sem prejuízo das competências da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), previstas nos seus estatutos e no Regime Sancionatório do Setor Energético. Além da fiscalização do setor da energia, a ENSE também vai ficar responsável pela gestão das reservas petrolíferas nacionais, herdando também essa competência da ENMC. Outras competências que estavam sob a alçada da ENMC vão passar para outras entidades. Para a ERSE vão ser transferidas as competências em matéria de monitorização do mercado e de regulação, na parte respeitante a produtos petrolíferos e a biocombustíveis. A DGEG, por sua vez, vai herdar as atribuições e competências da ENMC no domínio da prospeção, pesquisa, desenvolvimento e produção de hidrocarbonetos. O Laboratório Nacional de Energia e Geologia (LNEG) vai assumir as competências em matéria de coordenação do processo de verificação do cumprimento dos critérios de sustentabilidade dos biocombustíveis.
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Constância visita obras do Villa Tejo Nature & Spa Hotel
No dia 24 de setembro, o Presidente da Câmara Municipal de Constância, Sérgio Oliveira, efetuou uma visita às obras do Villa Tejo Nature & Spa Hotel, um empreendimento turístico em construção na Estrada Nacional 3, na entrada norte da vila de Constância. Certo da importância desta infraestrutura para o desenvolvimento económico e turístico do concelho e da região, o Município tem dado todo o apoio a este projeto, desde o acompanhamento à fase de candidatura até à isenção das taxas de licenciamento de construção de Hotel. Recorde-se que a Assembleia Municipal de Constância aprovou, por maioria, em janeiro, a isenção do pagamento de taxas de licenciamento da construção do Villa Tejo Nature & Spa Hotel, promovido pela Vila Poema, Sociedade de Exploração e Gestão Hoteleira, Lda, no montante de cerca de 23.389,92€. Com esta isenção de pagamento pretende o Executivo e a Assembleia Municipal incentivar o desenvolvimento económico do concelho, aumentar a taxa de empregabilidade (estão previstos cerca de 30 postos de trabalho diretos) e contribuir para as estratégias turísticas preconizadas para o concelho. Recorde-se que a Vila Poema, Sociedade de Exploração e Gestão Hoteleira, Lda, está a construir em Constância o Villa Tejo Nature & Spa Hotel, um empreendimento cujo investimento ronda os cinco milhões de euros, o qual será constituído por 28 quartos duplos, 10 suites, 5 suítes premium com jacúzi na varanda, SPA com piscina interior, jacúzi, banho turco, sala de relaxamento e massagem com duche, restaurante, bar e auditório. No exterior haverá áreas verdes de utilização comum, percursos pedestres, e de btt, zonas de estacionamento, uma esplanada panorâmica e uma piscina exterior para adultos e crianças. O novo hotel deverá estar concluído no ano de 2019.
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Transferidas novas competências para as autarquias locais O Conselho de Ministros aprovou mais quatro diplomas que concretizam a transferência de competências para as autarquias locais, prevista na Lei-Quadro da Descentralização, publicada a 16 de agosto, após um processo de consensualização com a Associação Nacional de Municípios Portugueses e a Associação Nacional de Freguesias. Os diplomas aprovados concretizam o quadro de transferência de competências nos domínios da Proteção Civil, da proteção e saúde animal e da segurança dos alimentos, da habitação e das estruturas de atendimento ao cidadão. Estes diplomas juntam-se aos sete aprovados a 13 de setembro (policiamento de proximidade, exploração das modalidades afins de jogos de fortuna ou azar, fundos europeus e captação de investimento, promoção turística, praias, justiça e associações de bombeiros). As novas competências irão reforçar e aprofundar a autonomia local, respeitando os princípios da subsidiariedade e da descentralização administrativa como base da reforma do Estado e cumprindo, assim, o Programa do Governo. O processo de transferência de competências é gradual, na linha do que prevê a Lei-Quadro da Descentralização, podendo as autarquias locais assumir as novas competências de forma faseada até 2021. Com esta reforma, cumprem-se os objetivos de maior proximidade, maior eficiência e eficácia dos serviços públicos prestados aos cidadãos, e de convergência para a meta de 19% da participação na receita pública prevista no Programa Nacional de Reformas.
A transferência das novas competências não pode pôr em causa a natureza pública das políticas e deve garantir a universalidade do serviço público e a igualdade de oportunidades no acesso ao mesmo. Garante igualmente os necessários recursos financeiros, patrimoniais e humanos.
MAIS QUATRO DIPLOMAS DA DESCENTRALIZAÇÃO APROVADOS EM CONSELHO DE MINISTROS O Conselho de Ministros aprovou dia 20 de setembro, mais quatro diplomas que concretizam a transferência de competências prevista na Lei-Quadro da Descentralização publicada a 16 de agosto, após um processo de consensualização com a Associação Nacional de Municípios Portugueses e a Associação Nacional de Freguesias. Os diplomas hoje aprovados concretizam o quadro de transferência de competências para as autarquias locais nos domínios da Proteção Civil, Proteção e saúde animal e da segurança dos alimentos, Habitação e Estruturas de atendimento ao cidadão. Estes diplomas juntam-se aos sete já aprovados anteriormente. As novas competências irão reforçar e aprofundar a autonomia local, respeitando os princípios da subsidiariedade e da descentralização administrativa como base da reforma do Estado e cumprindo, assim, o Programa do XXI Governo Constitucional. O processo de transferência de competências é gradual, na linha do que já prevê a Lei-Quadro da Descentralização, podendo as autarquias locais assumir as novas competências de forma faseada até 2021. Com esta reforma, cumprem-se os objetivos de maior proximidade, maior eficiência e eficácia dos serviços públicos prestados aos cidadãos, e de convergência para a meta de 19% da participação na receita pública prevista no Programa Nacional de Reformas. A transferência das novas competências não pode pôr em causa a natureza pública das políticas e deve garantir a universalidade do serviço público e a igualdade de oportunidades no acesso ao mesmo. Garante igualmente os necessários recursos financeiros, patrimoniais e humanos.
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Câmara de Santarém reduz taxa de IMI e aplica IMI Familiar A Câmara de Santarém aprovou dia 17 de setembro, em Reunião do Executivo, uma descida do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) a aplicar em 2019, fixando a taxa em 0,438 e a adoção do IMI Familiar. Nos últimos anos, autarquia esteve obrigada a cobrar os impostos pelo valor máximo, uma imposição do Programa de Apoio à Economia Local (PAEL), que aderiu em 2012. Com a saída antecipada deste programa, o Município de Santarém pode reduzir a taxa de 0,45 aplicada desde 2017. Para além desta redução, a autarquia vai aplicar o IMI Familiar, que permite baixar os valores pagos pelas famílias entre 20 € para quem tem um dependente a cargo, 40 € para quem tem dois dependentes e 70 € para quem tem três ou mais dependentes. Este desconto é deduzido de forma automática no IMI, sendo as famílias sinalizadas através da declaração de IRS do ano anterior, onde é discriminado o número de dependentes.
Alcanena: taxa de Derrama a aplicar em 2019 mantém-se em 1,5% A Câmara Municipal de Alcanena deliberou, por unanimidade, na reunião realizada a 17 de setembro de 2018, a manutenção em 1,5% do percentual a aplicar na taxa de derrama em 2019. A presente proposta foi encaminhada à Assembleia Municipal, cuja próxima reunião decorrerá no dia 28 de setembro, para que o órgão deliberativo do município se pronuncie sobre a mesma.
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Médio Tejo: Municípios harmonizam posição sobre localização da nova ponte do Tejo A CIMT – Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo reuniu no dia 13 de setembro para debater e tomar uma posição conjunta sobre a prioridade regional para a localização da nova travessia do rio Tejo. A posição já foi comunicada ao Ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques. A reunião, realizada na Câmara de Abrantes, surgiu na sequência de outra realizada a 31 de julho em Lisboa, com
aquele membro do Governo, a pedido da CIMT, de onde saiu a decisão de se entregar ao Ministro Pedro Marques, até dia 15 de setembro, uma lista concertada politicamente sobre as prioridades da região em termos de pontes e de novas acessibilidades. O objetivo é elencar quais os investimentos considerados prioritários para a região no próximo ciclo de investimentos comunitários no âmbito do Portugal 2020-2030.
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Hidro Ibérica – Estudo e Montagem de Regas
Agricultura, Regadio e Vida: 30 anos de paixão
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a vida de Jorge Salgueiro, fundador da Hidro Ibérica (HI), a paixão pela natureza, pelos espaços verdes e pela agricultura têm sido uma constante, o que o levou desde cedo a aperceber-se do potencial dos recursos naturais e da necessidade de apoio aos agricultores. “É um homem apaixonado pela agricultura, pelo regadio e pela vida! Um homem a quem tudo interessa, que nunca se conforma e continuamente se entrega ao serviço dos outros. Só assim tem sido possível, ao longo dos anos, a entrega total à missão de apoiar e esclarecer o agricultor e empresário agrícola, para que este consiga os melhores resultados”, afirma Alexandre Castilho, Diretor Geral da Hidro Ibérica. Jorge Salgueiro nasceu em África, no seio de uma família tradicional de agricultores do Ribatejo que rumou para Angola à procura de novos desafios. Sendo filho do Presidente da Junta dos Cereais, foi o pai quem lhe incutiu o gosto pela agricultura. Décadas mais tarde, o fascínio por África fê-lo voltar à sua terra natal, onde atualmente detém projetos na área do regadio e presta serviços de consultoria agrícola, em parceria com a Agrozootec (sediada em Luanda, Angola). Licenciado em Agronomia pela Escola Superior Agrária de Santarém, Jorge Salgueiro encontra-se ligado à rega desde o início da sua carreira profissional. Começou como comercial na John Deere e, em 1988, criou a Hidro Ibérica em sociedade com a RKD (Fabricante de Pivots em Valladolid), representando a marca desde então. As histórias que marcam a história da empresa são tantas quantos os hectares que a Hidro Ibérica tem ajudado a regar no nosso país e, mais recentemente, em Angola e Moçambique.
30 ANOS AO SERVIÇO DOS CLIENTES Proximidade e atenção ao cliente: os clientes sabem que podem contar perma-
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nentemente com o apoio dos técnicos da Hidro Ibérica, a qualquer momento, quer se encontrem em Portugal ou em África. À medida que o número de clientes se foi avolumando e alargando de norte a sul do país e depois para o estrangeiro, tornou-se fundamental descentralizar e chegar mais perto de todos, através da criação de delegações em Castelo Branco, Aljustrel e Avis e Luanda. Assim, tem-se conseguido manter um serviço atento e próximo das necessidades de cada cliente. Estimular o emprego local: sendo um orgulhoso Ribatejano, Jorge Salgueiro tem dado sempre prioridade à contratação de recursos oriundos de localidades próximas da sede da empresa, como Benavente, Samora e, claro, Salvaterra de Magos. Têm sido apostas claramente ganhas, pois é graças ao empreendedorismo, à perseverança e ao trabalho dedicado de todos os colaboradores que têm passado pela Hidro Ibérica, que a empresa tem superado os obstáculos que vão surgindo ao longo destes últimos 30 anos. Uma equipa de sucesso: a Hidro Ibérica tem hoje uma equipa coesa, comercialmente forte e tecnicamente competente. A lealdade é fundamental entre os elementos da equipa e para com a empresa. Cada funcionário é como um elemento da família, com funções bem definidas, competências claras e a quem se exige responsabilidade e profissionalismo. Ao mesmo tempo que se estimula uma competição saudável, incute-se o conceito de criação de valor e de crescimento sustentado. Como consequência, regista-se um aumento continuado do volume de vendas e do número de trabalhadores, cada vez mais qualificados e especializados. O trabalho em equipa é essencial, sendo o lugar de cada um claramente definido e específico. A aposta na formação é uma constante na Hidro Ibérica, o que permite contribuir para um serviço completo e eficiente.
Boas relações: além de um serviço vocacionado para o cliente, a Hidro Ibérica tem sempre a preocupação de criar e manter estreitas relações de parceria com os fornecedores. Bons exemplos disso são a relação de 30 anos com a marca de pivots RKD – Irrigation Equipment, da qual é representante exclusivo para Portugal e África, assim como a estreita relação com a viveirista Agromillora, que tem alcançado desenvolvimentos notórios com as mais variadas plantas, como amendoeiras e oliveiras, ao permitir o desenvolvimento do cultivo superintensivo destas espécies.
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SERVIÇOS HIDRO IBÉRICA Projeto, Montagem e Assistência Chave-na-mão Consultoria Agrícola Implantação de Amendoal, Olival, Vinha e outros
ços inegáveis à agricultura, mas o verdadeiro objetivo, que devia ser global, consiste em preservar o futuro das próximas gerações e isso só é possível através da sustentabilidade agrícola”, afirmou Jorge Salgueiro.
30 ANOS DE DEDICAÇÃO E PROFISSIONALISMO
A INOVAR HÁ 30 ANOS Ao manter a aposta na permanente procura de qualidade e inovação tecnológica, os novos desafios têm em conta as preocupações ambientais e, como tal, procuram-se sempre soluções ecologicamente sustentáveis, oferecendo aos clientes um conjunto de equipamentos de rega com eficiência energética superior e que possibilitem uma maior poupança de água. O futuro a curto/médio prazo da Hidro Ibérica passa por apoiar os clientes e parceiros na prática sustentada de agricultura de precisão, associada à utilização de
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aparelhagem de tecnologia avançada, que avalia e acompanha de maneira mais precisa as condições das áreas de atividades agronómicas, com base no princípio da variabilidade do solo e do clima. A qualidade, o profissionalismo, a competência e a inovação fazem parte do DNA da Hidro Ibérica: há 30 anos que apoia o cultivo dos melhores produtos que a natureza proporciona de um modo responsável, eficiente e inspirador. “As novas tecnologias e toda a investigação que tem sido feita nos últimos anos em Portugal e no estrangeiro trouxeram avan-
Toda a equipa se dedica com empenho e profissionalismo a cada projeto que surge. Os novos desafios são uma constante na vida da Hidro Ibérica, que os encara como oportunidades de desenvolver produtos pioneiros, como foi o caso da rega gota-a-gota subterrânea para vinha, num projeto-piloto executado pela Fundação Eugénio de Almeida em parceria com a Universidade de Évora. Tendo em conta que a agricultura representa 6% do PIB, 13% do emprego e 14% das exportações, é claro que envolve uma parte fundamental da economia do país. A água é fonte de vida e uma boa utilização dos recursos hídricos é essencial. Aqui entra o papel fundamental da Hidro Ibérica, ajudando, desenvolvendo e incentivando boas práticas de utilização de equipamento de recursos hídricos. Acima de tudo, ajudando a representar, enquanto portugueses, a sua identidade enquanto bons utilizadores de água. É isto que a Hidro Ibérica representa. É esta a paixão de Jorge Salgueiro.
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Imobiliária “Vendo o Mundo” não pára de crescer
Há 14 anos no mercado, a imobiliária “Vendo o Mundo” é hoje um caso de sucesso. Com quatro lojas abertas e duas novas a abrir brevemente, a empresa está em expansão e pretende reforçar a sua presença a sul do Tejo e nas zonas limítrofes de Lisboa.
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oi em 2004 que António Coelho se deparou com uma oportunidade de negócio no setor imobiliário e nem pensou duas vezes. Criou uma empresa imobiliária, nos Foros de Salvaterra (Salvaterra de Magos) e escolheu um nome que conjuga ambição e confiança. Assim surgiu a imobiliária “Vendo o Mundo”. “Começámos de uma forma muito discreta, eu e outra pessoa, pois na altura eu trabalhava numa instituição bancária”. O negócio correu muito bem nos primeiros anos de atividade. Porém, em 2008, a situação económica do país começou a deteriorar-se, o que levou os bancos a fecharem a torneira do crédito à habitação. A crise, que afetou
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grandemente o setor imobiliário, atingiu também esta empresa, que teve de se redimensionar. “A crise também nos afetou, mas nunca fechámos”, recorda António Coelho, gerente da empresa. “Houve necessidade de reduzir o número de colaboradores, que na altura já eram seis, para metade e apostou-se noutros segmentos do mercado”. A solução para fintar a crise passou por agarrar os poucos negócios que iam surgindo. “Toda a gente foi atrás do caminho mais fácil, mas eu tinha um entendimento diferente”, explica. “Sempre achei que não valia a pena andarmos a correr atrás de quantias pequenas que se conseguiam com o mercado do arrendamento. O nosso objetivo passou a ser conseguirmos fazer as poucas vendas que se concretizavam naquela altura, pois o que se ganhava com uma venda compensava 50 processos de arrendamento”, recorda. A partir de 2014, com o crescimento da economia, o setor imobiliário ganhou um novo fôlego. “Quando abri a loja em Samora Correia, as pessoas chamaram-me louco, porque era um mercado que estava estagnado. Foi uma grande aposta e nós investimos muito numa boa localização. Neste momento, só para as freguesias de Samora e Porto Alto tenho quatro comerciais a trabalhar”.
A estratégia comercial seguida parece ter sido a mais acertada. Hoje, com milhares de imóveis vendidos, a Vendo o Mundo conta já com quatro lojas, em Samora Correia, Salvaterra de Magos, Foros de Salvaterra e Marinhais. Até ao final do ano, o objetivo é abrir dois novos espaços, em Alverca e no Montijo, e aumentar o número de funcionários, passando dos atuais 35 para os 50. De acordo com o gerente da empresa, em média vendem 25 a 30 imóveis por mês, quase um por dia. “Os nossos números são animadores, os nossos objetivos mensais são quase iguais aos objetivos anuais de muitos concorrentes nossos”, revelou à Ribatejo Invest António Coelho. Questionado sobre o motivo pelo qual abre várias lojas no mesmo concelho e entre concelhos tão próximos, António Coelho sublinha que, apesar da proximidade geográfica, “os clientes procuram coisas diferentes, e têm formas diferentes de pensar e de agir”. “A forma de comunicar tem de ser diferenciada, uma campanha promocional pensada para uma freguesia, não funciona na freguesia vizinha”, explica. O conhecimento aprofundado dos gostos e expetativas do cliente, assim como “o estar próximo”, acaba por ser, na perspetiva deste empresário, o que distingue a Vendo o Mundo
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PUB. da concorrência. “Procuramos dar as melhores condições de trabalho ao comercial e ao cliente. Não faz sentido o comercial estar a mostrar uma casa e depois ter que andar quilómetros de carro, com o cliente atrás de si, apenas para tirar uma simples fotocópia. Estarmos próximo dos clientes favorece o negócio”, explica. Tanto assim é que, para além das quatro lojas já mencionadas, a Vendo o Mundo conta ainda com um ponto de atendimento na Glória do Ribatejo (concelho de Salvaterra de Magos) e dispõe de uma rede de consultores comerciais que asseguram a cobertura dos concelhos limítrofes. A zona de influência abrange os concelhos de Santarém, Cartaxo, Azambuja, Carregado, Vila Franca de Xira, Alverca e Sacavém. A sul do Tejo, está presente em Almeirim, Coruche, Vendas Novas, Montargil, Pinhal Novo, Montijo, Benavente e Salvaterra de Magos. De salientar que todos os consultores comerciais dispõem das ferramentas informáticas, software e equipamentos que lhes permitem desenvolver o seu trabalho como se estivessem na sede. Para além disso, a Vendo o Mundo organizou-se e criou departamentos especializados, que abarcam todas as áreas do negócio. Isso contribui para que “não haja atropelos e que cada um apenas tenha que se preocupar em desempenhar a sua função da melhor forma”. As tecnologias da informação e comunicação têm sido uma das áreas onde a Vendo o Mundo tem procurado investir. A começar pelo próprio site, por onde a grande maioria dos clientes acaba por ter um primeiro contacto com a imobiliária. “Não quisemos usar os templates que todos os outros usam, concebemos e mandámos construir o nosso próprio site, com a preocupação que este seja muito intuitivo para o cliente.” revela António Coelho. “Temos dois colaboradores que se dedicam em exclusivo à atualização do site e à inserção de novos imóveis, diariamente”. Para assegurar que as imagens dos imóveis que são colocadas no site são de boa qualidade, a empresa investiu na compra de material profissional de fotografia e de um drone, utilizado para captar fotografias aéreas e para a realização de filmagens. “Não chegámos ainda ao ponto de mudar a decoração das casas para tirar as fotografias, como se vê em alguns programas de televisão americanos mas, às vezes, aconselhamos os nossos clientes sobre alguns detalhes que podem ser melhorados e que podem ajudar a valorizar o imóvel, mas nem sempre é uma tarefa fácil”. Os clientes que vão aparecendo são, maioritariamente, pessoas da região, que trocam de casa ou jovens casais. Contrariamente ao que sucedeu há uns anos, não é notória uma procura por parte de pessoas que vêm de fora, o que era muito usual há cerca de 10 ou 15 anos. Hoje em dia, as tipologias mais procuradas por quem quer comprar casa são os T3 (procurados por jovens casais), e moradias (no caso de se tratar de famílias já com filhos). O trabalho em parceria com as empresas de construção civil tem sido outra das áreas que tem dado frutos. Pelo facto de conhecer as necessidades dos clientes, a Vendo o Mundo presta aconselhamento sobre as localizações e tipologias de habitação mais procurada pelos clientes aos construtores civis, dando ainda algum apoio na obtenção de financiamento bancário. Em troca, a Vendo o Mundo fica com o exclusivo da venda das novas habitações.
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Para colaboradores de empresas e desempregados
Ações de formação gratuitas com inscrições abertas na NERSANT
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uma empresa e deseja cumprir a obrigatoriedade legal de prestar formação aos seus colaboradores? Saiba que agora pode fazê-lo na região de Santarém de forma gratuita. A NERSANT – Associação Empresarial da Região dispõe de formação financiada pelos fundos europeus, não só para os colaboradores das empresas, mas também para desempregados. • • • • • • • • • • • • • • • •
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Desenvolvimento pessoal / comportamental; Línguas; Comércio / vendas; Marketing; Logística; Contabilidade e fiscalidade; Gestão; Secretariado; Qualidade; Direito / Legislação; Informática; Indústrias alimentares; Saúde; Segurança e saúde no trabalho; Produção Agrícola; Serviço de apoio a crianças e jovens Trabalho social e orientação.
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São estas as áreas de formação provadas pelos fundos europeus e que a NERSANT está agora a começar a dinamizar junto dos ativos e desempregados da região. Neste momento, já estão abertas inscrições para algumas formações financiadas, nomeadamente Primeiros Socorros, Inteligência Emocional, Segurança contra risco de incêndio em edifícios, Língua inglesa – vendas, Liderança e motivação de equipas, Ergonomia e movimentação manual de cargas, Acompanhamento de crianças - técnicas de animação, Segurança e prevenção de acidentes com crianças e jovens, Higienização de espaços e equipamentos, Alimentação da pessoa idosa em lares e centros de dia e Prestação de cuidados básicos de saúde. Este projeto de formação visa potenciar a empregabilidade da população ativa, nomeadamente dos empregados, com especial enfoque nos que se encontram em risco de desemprego, mas também dos desempregados (não DLB - desempregados de longa duração). Os candidatos à formação financiada deverão ter habilitação escolar igual ou superior ao 4º ano de escolaridade para
formações modulares integradas em percursos de nível 2, e igual ou superior ao 9º ano de escolaridade para formações modulares integradas em percursos de nível 4. Para o caso dos ativos desempregados, os mesmos devem ser detentores de habilitação igual ou superior ao 12.º ano. Sendo financiadas pelo Fundo Social Europeu e Estado Português, deve evidenciar-se que as ações não terão qualquer custo para os participantes. Os mesmos receberão ainda o subsídio de alimentação no valor de 4,77 € / dia, sempre que a formação frequentada seja igual ou superior a três horas. No caso das empresas, esta é uma forma eficaz de as entidades patronais prestarem as horas anuais de formação obrigatórias por lei, aos seus colaboradores. Para mais informações sobre a Formação Modular Certificada, os interessados deverão contactar o Departamento de Formação e Qualificação da associação, através dos contactos 249 839 500 ou dfq@nersant.pt. A inscrições estão disponíveis no portal da NERSANT, em www.nersant.pt.
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17 equipas competiram no evento da NERSANT
Casas do Ambiente repete vitória no Grande Prémio Empresarial de Karting Depois de ter vencido, em 2017, o Grande Prémio Empresarial de Karting, a empresa de Muge voltou a ganhar este sábado a competição empresarial organizada pela NERSANT - Associação Empresarial da Região de Santarém. Em prova estiveram 17 equipas.
A
empresa Casas do Ambiente venceu a edição 2018 do Grande Prémio Empresarial de Karting, organizado pela NERSANT no Kartódromo de Almeirim no dia 15 de setembro. A empresa voltou assim a ser a grande vencedora deste evento, com 328 voltas dadas à pista durante as seis horas de realização do evento, onde competiram no total 17 equipas. No pódio ficaram ainda a equipa Fast Hope Racing 1, da empresa SPR Esperanças, que arrecadou o segundo lugar e a equipa Riográfica, ambas com 217 voltas completadas ao circuito do Kartódromo de Almeirim (prevaleceu quem o fez de forma mais rápida). Em 4.º lugar, classificou-se a equipa da DigitalSolutions, seguindo-se, em 5.º, a SolAdvance e, em 6.º, a J. Ressonha. A Pegop ficou em 7.º lugar, o Núcleo Inicial em 8.º, e a Fast Hope Racing 2, em 9.º. Em 10.º lugar classificou-se a equipa da NERSANT, em 11.º a Resitejo e em 12.º a Tequalcomvis. A equipa da Trigénius ficou em 13.º lugar, seguida da Mundiarroz, que ficou em 14.º e da Móveis Caneiro, em 15.º. Em 16.º lugar classificou-se a Taguspharma e em 17.º, a MaiorLux. Este ano, o GP Karting NERSANT voltou a realizar-se em Almeirim, tendo a prova tido, como habitualmente, a duração de seis horas. Com uma participação total de mais de 100 colaboradores das empresas da região, o evento proporcionou momentos de salutar competitividade uma vez que os colaboradores das empresas puderam, ao mesmo tempo que competiam por um lugar no pódio, criar laços entre si através do convívio e divertimento proporcionado pelo encontro. Para além disso, a prova foi ainda um excelente espaço de confraternização entre as diferentes empresas participantes.
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INFORMAÇÃO E APOIO
Financiamento das empresas da Região no Portugal 2020
Fundos comunitários alavancam mais de 400 milhões de euros de investimentos das empresas Podendo-se considerar que estamos a meio da execução do Portugal 2020, no que respeita ao financiamento das empresas, importa conhecer as verbas que já estão alocadas, as quais vão permitir que o nosso tecido empresarial possa sair reforçado na sua inovação e competitividade. No quadro seguinte podemos verificar os investimentos e nº de projetos aprovados até 30/6/2018, para o Médio Tejo e Lezíria do Tejo, no Centro2020 e no Alentejo2020, respetivamente, e no que diz respeito exclusivamente a projetos de empresas:
NUT
Nº Projetos
Verbas Aprovadas Investimento
Incentivo
Investimento Médio
Médio Tejo
287
68 965 652,42 €
38 378 669,48 €
240 298,44 €
Lezíria do Tejo
377
84 562 518,98 €
47 815 484,11 €
224 303,76 €
GLOBAL (LT + MT)
664
153 528 171,40 €
86 194 153,59 €
231 217,13 €
A Lezíria do Tejo tem mais projetos aprovados (+ 90) e o Investimento também é maior (+ 15,6 milhões de euros), apesar do investimento médio ser maior no Médio Tejo. Mas se analisarmos os projetos aprovados no Compete2020, a situação do Investimento inverte-se:
COMPETE
Nº Projetos
Verbas Aprovadas Investimento
Incentivo
Investimento Médio
Médio Tejo
79
154 559 445,22 €
65 243 046,07 €
1 956 448,67 €
Lezíria do Tejo
71
94 295 735,33 €
45 950 663,76 €
1 328 108,95 €
GLOBAL (LT + MT)
150
248 855 180,55 € 111 193 709,83 €
1 659 034,54 €
Ou seja, os Investimentos de maior dimensão têm um peso maior no Médio Tejo, que fica com uma fatia de 62% (+ 69,3 milhões de euros), em comparação com a Lezíria do Tejo. Inclusivamente o investimento médio é muito superior (+ 628,3 mil euros/projeto).
NUT/Concelho
Nº Projetos
Verbas Aprovadas Investimento
Incentivo
Investimento Médio
Médio Tejo
366
223 525 097,64 €
103 621 715,55 €
610 724,31 €
Lezíria do Tejo
448
178 858 254,31 €
93 766 147,87 €
399 237,17 €
GLOBAL (LT + MT)
814
402 383 351,95 € 197 387 863,42 €
494 328,44 €
Quando juntamos os 3 programas, a Lezíria continua com mais projetos aprovados, mas o Médio Tejo leva a dianteira no investimento Global aprovado, assim como no incentivo atribuído.
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De salientar os valores de investimento muito significativos que foram induzidos pelo Portugal 2020 na Região. De facto, estamos perante um conjunto de 814 projetos que representam, no seu total, um valor de investimento de mais de 400 milhões de euros e que obtiveram apoios de quase 200 milhões. Estes valores permitem constatar a grande
NUT/Concelho
Nº Projetos
Verbas Aprovadas Investimento
Incentivo
Investimento Médio
Médio Tejo
366
223 525 097,64 €
103 621 715,55 €
610 724,31 €
Abrantes
41
39 648 246,21 €
20 707 791,67 €
967 030,40 €
Alcanena
50
19 379 979,88 €
9 428 128,05 €
387 599,60 €
Constância
6
3 995 549,91 €
2 441 387,46 €
665 924,99 €
Entroncamento
25
9 513 611,20 €
4 008 910,11 €
380 544,45 €
Ferreira do Zêzere
11
4 236 588,75 €
2 706 578,98 €
385 144,43 €
Mação
4
59 550,00 €
44 887,50 €
14 887,50 €
Ourém
105
55 880 779,25 €
31 389 143,94 €
532 197,90 €
Sardoal
2
26 350,00 €
19 762,50 €
13 175,00 €
Sertã
22
5 318 322,10 €
2 915 149,19 €
241 741,91 €
Tomar
31
20 645 029,25 €
11 401 748,45 €
665 968,69 €
Torres Novas
57
63 395 071,43 €
17 832 136,17 €
1 112 194,24 €
Vila de Rei
6
923 408,50 €
458 793,24 €
153 901,42 €
Vila Nova da Barquinha
6
502 611,16 €
267 298,29 €
83 768,53 €
Lezíria do Tejo
448
178 858 254,31 €
93 766 147,87 €
399 237,17 €
Almeirim
23
9 720 250,35 €
5 068 404,92 €
422 619,58 €
Alpiarça
8
1 863 094,37 €
1 115 648,61 €
232 886,80 €
Azambuja
32
33 134 221,23 €
15 582 750,96 €
1 035 444,41 €
Benavente
60
30 254 087,31 €
16 079 059,32 €
504 234,79 €
Cartaxo
44
15 712 600,99 €
9 157 286,01 €
357 104,57 €
Chamusca
22
9 439 572,03 €
6 172 788,56 €
429 071,46 €
Coruche
18
7 842 155,87 €
4 942 449,02 €
435 675,33 €
Golegã
16
5 198 867,09 €
2 536 530,76 €
324 929,19 €
Rio Maior
37
21 269 185,35 €
10 125 567,81 €
574 842,85 €
Salvaterra de Magos
29
5 010 199,21 €
2 791 069,52 €
172 765,49 €
Santarém
159
39 414 020,51 €
20 194 592,38 €
247 886,92 €
GLOBAL (LT + MT)
814
402 383 351,95 €
197 387 863,42 €
494 328,44 €
O concelho de Torres Novas é o que tem maior valor de investimento aprovado (63,4 milhões de euros), enquanto Ourém lidera no montante de incentivo atribuído (31,4 milhões de euros) e Santarém o maior número de empresas a beneficiar dos incentivos (159 empresas). Há um conjunto de concelhos que possuem pouca dinâmica empresarial, pelo que recorrem em muito menor dimensão aos financiamentos (Mação, Sardoal e Vila Nova da Barquinha), tudo concelhos situados no Médio Tejo. Estes números permitem concluir que as empresas
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importância que os fundos comunitários, e neste caso concreto os sistemas de incentivos às empresas, têm na alavancagem do investimento empresarial que, sem qualquer dúvida, sem a sua existência seria muito inferior. Analisando estes Investimentos por NUTIII e concelhos, o resultado que se obtém são os seguintes:
têm que apresentar bons Planos Estratégicos, maturar muito bem o Plano de Negócios, possuírem projetos inovadores, para conseguirem obter apoios da União Europeia para modernizarem e tornarem a empresa mais competitiva. Só com este constante investimento é que o nosso tecido empresarial conseguirá manter-se atual e dinâmico, neste mundo cada vez mais global.
Artigo da responsabilidade da NERSANT – Associação Empresarial da Região de Santarém
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INFORMAÇÃO E APOIO
Alojamento Local
As sete grandes mudanças a partir de Outubro Por Pedro Figueiredo, CP-7479, Solicitador na “PL Solicitors International Office”
As alterações à actividade de alojamento local foram publicadas em Diário da República e entram em vigor daqui a dois meses. São dezanove artigos alterados e três aditados que vêm dar mais poder às câmaras e aos condomínios, responsabilizar mais as entidades que exploram os alojamentos, reconhecer a especificidade das tipologias de quartos e hostels e consagrar a existência de zonas onde a pressão do alojamento local já existente impeça, pelo menos temporariamente, a criação de nova oferta. As alterações à lei do alojamento local foram publicadas no dia 22 de Agosto de 2018 em Diário da República e entram em vigor dentro de 60 dias, ou seja, a 21 de Outubro. A maior parte das mudanças arranca nesse dia, mas há alterações – como a necessidade de seguro, a definição das zonas de contenção ou a contribuição extra para o condomínio – que têm um período de adaptação que em alguns casos chega aos dois anos. Nestes termos, as sete principais mudanças são as seguintes:
CÂMARAS REFORÇAM PODERES Passa a haver comunicação prévia com prazo à autarquia em vez da mera comunicação prévia. Haverá assim um prazo para a atribuição do registo, que é de 20 dias no caso dos hostels e 10 dias nos casos restantes. Nestes prazos, as câmaras – que reforçam o seu papel no processo -
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podem opor-se ao registo se: • A instrução do pedido estiver incorrecta; • O alojamento violar as áreas de contenção ou falte autorização de utilização adequada do edifício; E podem cancelar o registo, mediante audiência prévia, se: • Os condóminos se opuserem ao alojamento local alegando perturbações para a normal utilização do prédio e para o descanso ou incómodos, sendo necessária deliberação fundamentada aprovada por mais de metade da permilagem do edifício. Neste caso o cancelamento dura, no máximo, um ano; • Houver violação de requisitos como os de capacidade, segurança, exploração e publicidade, por exemplo ou desconformidades em relação à informação ou ao documento constante do registo. Além da ASAE, também as autarquias passam a poder fiscalizar estes alojamentos e determinar a interdição temporária da exploração dos estabelecimentos de alojamento local.
ÁREAS DE CONTENÇÃO As câmaras podem definir, em regulamento, limites para o número de estabelecimentos de alojamento local em áreas denominadas de contenção, que podem ter em conta limites percentuais em proporção dos imóveis disponíveis para habitação. Nestas áreas cada proprietário só pode explorar um máximo de sete estabelecimentos de alojamento local. E os que já superarem este valor na data e entrada em vigor do diploma não podem acrescentar mais unidades.
Os perímetros de contenção são reavaliados a cada dois anos e só com autorização expressa da autarquia podem aí ser instalados novos estabelecimentos. Além disso, os números de registo dos estabelecimentos localizados nestas áreas são pessoais e intransmissíveis, excepto nos casos de sucessão. O título de abertura ao público caduca automaticamente se mudarem os titulares dos registos, do arrendamento, se a exploração cessar ou se mais de 50% do capital da empresa que detém o registo for vendido.
QUARTOS GANHAM AUTONOMIA Passa a haver uma nova modalidade. Além das moradias, apartamentos, estabelecimentos de hospedagem, surgem os quartos, que respeitam à exploração destas unidades dentro de casa do locador. Cada casa só pode ter três quartos neste regime de exploração turística.
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HOSTELS COM MUDANÇAS Quando predomina o dormitório (número de utentes em dormitório superior ao de quartos) o estabelecimento é considerado hostel. O condomínio tem de autorizar a instalação dos hostels em edifícios de propriedade horizontal onde coexista habitação e o pedido de registo tem de conter a acta da assembleia a dar essa aprovação. Os ‘estabelecimentos de hospedagem’ e os ‘quartos’ podem usar comercialmente a designação de ‘Bed & breakfast’ ou de ‘guest house’. Os hostels passam a ter de afixar uma placa identificativa no exterior do edifício, junto à entrada principal (enquanto nas outras tipologias a colocação é à entrada do estabelecimento). A aplicação desta alteração não será imediata – há um prazo de dois anos para adaptação.
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LIVRO DE INFORMAÇÕES TEM DE ESTAR DISPONÍVEL Os estabelecimentos de alojamento local ficam obrigados a ter um livro de informações em português, inglês e pelo menos mais duas línguas estrangeiras, com as regras de funcionamento (incluindo dos electrodomésticos), recolha e selecção de resíduos urbanos, sensibilização para evitar ruído e perturbações da tranquilidade e descanso dos vizinhos, além de ter o contacto telefónico do responsável pela exploração – que também deve ser fornecido ao condomínio.
SEGURO DE RESPONSABILIDADE CIVIL OBRIGATÓRIO Passa a ser obrigatório à entidade que explora o alojamento – sob pena de cancelamento de registo – ser titular de um seguro multirrisco de responsabilidade civil que cubra riscos de incêndio e danos patrimoniais e não
patrimoniais causados a hóspedes e a terceiros. Não será imediato – há um prazo de dois anos para adaptação deste requisito. Além dos hóspedes também o proprietário fica responsável por danos que venham por eles a ser provocados no edifício onde funciona a unidade.
DELIBERAÇÃO DE CONDÓMINOS Além de poder pedir à câmara, de forma justificada, que cancele o registo de alojamento local no edifício, o condomínio pode ainda fixar à entidade que explora esse alojamento o pagamento de uma contribuição adicional para suportar despesas resultantes da utilização acrescida das partes comuns em resultado da actividade. Essa contribuição não pode ser superior a 30 % do valor anual da quota respectiva e a aplicação desta alteração não será imediata – há um prazo de dois anos para adaptação.
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INFORMAÇÃO E APOIO
Comissão Europeia
IVA: novos dados mostram que os Estados-Membros da UE continuam a perder quase 150 mil milhões de euros de receitas Os países da UE perderam quase 150 mil milhões de euros de receitas do imposto sobre o valor acrescentado (IVA) em 2016, de acordo com um novo estudo publicado dia 21 de setembro pela Comissão Europeia. Os chamados “desvios do IVA” mostram a diferença entre as receitas de IVA esperadas e o montante efetivamente cobrado. Embora os Estados-Membros tenham desenvolvido grandes esforços para melhorar a cobrança do IVA, os
dados recém-divulgados mostram que é necessária uma reforma do atual sistema de IVA da UE, associada a uma melhor cooperação ao nível da UE, para que os Estados-Membros possam beneficiar plenamente das receitas do IVA nos seus orçamentos. Pierre Moscovici, comissário responsável pelos Assuntos Económicos e Financeiros, Fiscalidade e União Aduaneira, afirmou: “Os Estados-Membros têm vindo a melhorar a cobrança do
IVA em toda a UE. Há que reconhecê-lo e elogiá-lo. Mas uma perda de 150 mil milhões de euros por ano para os orçamentos nacionais continua a ser inaceitável, especialmente quando 50 mil milhões de euros vão para os bolsos dos criminosos, dos autores de fraudes e provavelmente mesmo dos terroristas. Uma melhoria substancial só será possível com a adoção da reforma do IVA que propusemos há um ano. Exorto os Estados-Membros a avançarem com
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É necessária uma reforma do atual sistema de IVA da UE, associada a uma melhor cooperação ao nível da UE, para que os Estados-Membros possam beneficiar plenamente das receitas do IVA nos seus orçamentos.” o regime definitivo do IVA antes das eleições para o Parlamento Europeu em 2019.” Em termos nominais, em 2016, os desvios do IVA registaram uma redução de 10,5 mil milhões de euros, tendo atingido 147,1 mil milhões de EUR. Tal corresponde a uma descida para 12,3 % das receitas totais do IVA, em comparação com 13,2 % no ano anterior. O desempenho individual dos Estados-Membros ainda varia significativamente. Os desvios do IVA diminuíram em 22 Estados-Membros, tendo a Bulgária, a Letónia, o Chipre e os Países Baixos revelado um forte desempenho, com uma diminuição de mais de 5 pontos percentuais nas perdas de IVA em cada caso. No entanto, os desvios do IVA aumentaram em seis Estados-Membros: Roménia, Finlândia, Reino Unido, Irlanda, Estónia e França.
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Embora se tenham conseguido muitos progressos na melhoria da cobrança e da administração do IVA ao nível da UE, os Estados-Membros devem agora avançar e chegar a acordo o mais rapidamente possível sobre a reforma muito mais alargada, proposta no ano passado pela Comissão, destinada a reduzir a fraude em matéria de IVA no sistema da UE. A reformulação permitiria melhorar e modernizar o sistema em benefício tanto dos governos como das empresas, tornando-o mais sólido e mais simples de utilizar pelas empresas.
CONTEXTO O estudo sobre os desvios do IVA é financiado pelo orçamento da UE e as suas conclusões são pertinentes tanto para a União como para os Estados-Membros, uma vez que o IVA representa um importante contributo para
o orçamento da União e para os orçamentos nacionais. O estudo aplica uma metodologia “do topo para a base”, utilizando os dados das contas nacionais para estabelecer estimativas dos desvios do IVA. O relatório de 2018 inclui, pela primeira vez, uma análise mais ampla do efeito de alguns fatores externos, tais como a estrutura produtiva da economia e o desemprego, bem como de fatores sob o controlo direto da administração fiscal, por exemplo a dimensão da administração fiscal e as despesas com tecnologias de informação. Este aspeto é particularmente importante, visto que o investimento nas tecnologias de informação conduz geralmente a uma redução dos desvios do IVA, tal como indicado nas recomendações anteriormente dirigidas pela Comissão aos Estados-Membros.
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INFORMAÇÃO E APOIO
O Marketing Digital e as PME em Portugal. Uma oportunidade perdida?
Diogo Santos Consultor de Marketing Digital
N
o meu dia-a-dia exerço a atividade de consultor de Marketing, formador e diretor de uma empresa de Marketing Digital, o que me dá a oportunidade de trabalhar diretamente com empreendedores e donos ou diretores de empresas nas áreas de comércio, serviços e indústria, quer na região de Leiria como de Santarém. Trata-se de uma atividade muito gratificante de contacto direto com empreendedores que são, para mim, exemplos de superação e uma verdadeira inspiração, pois na sua generalidade são pessoas que conseguiram vencer a adversidade, ultrapassaram várias crises internas e externas e que, atualmente, dão cartas, muitos deles em sectores de exportação projetando Portugal nos quatro cantos do mundo. Talvez seja por isso mesmo que atualmente sinto uma verdadeira mágoa ao
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verificar que muitas destas empresas e empresários podem estar a negligenciar o impacto da revolução digital e a perder “mais um comboio” que, à semelhança da revolução industrial e tecnológica, é demasiado importante para que Portugal não venha a posicionar-se na cauda da Europa outra vez! Mas vejamos… Segundo o estudo Retrato Digital das PME Portuguesas 2018, realizado pela PSE, o qual espelha a perceção que os próprios gestores e técnicos têm do desenvolvimento digital das suas organizações, confirma-se: as PME estão a perder muitas das vantagens que a economia digital tem para oferecer. Segundo este estudo, verificou-se que (26%) uma em cada quatro das empresas portuguesas não apresenta uma estratégia digital. Qual será o impacto decorrente disto? Acontece que a implementação de uma verdadeira estratégia digital com vista à conquista do comércio eletrónico numa PME é um processo que implica
o envolvimento transversal de toda a estrutura da empresa, implica compromisso quer dos funcionários quer das chefias e, por isso, poderá ser um processo moroso. Como tal, cada dia “perdido” na sua empresa em virtude da ausência da implementação de um plano de Marketing Digital, corresponde a mais um dia de caminho aberto à sua concorrência que assim pode validar o seu modelo de Marketing e de comércio online, ganhando desde já notoriedade na internet, até beneficiando eventualmente de caracter pioneiro na sua área. Mas se apenas agora percebeu que o Marketing Digital e o comércio eletrónico podem ser o futuro da sua e das outras PME, então deixe-me alertá-lo que também pode estar enganado. É que já não se trata do “futuro”, trata-se sim do “presente”! Por isso, acho particularmente grave quando constato que ainda existem empresas que negligenciam totalmente aspetos que são imprescindíveis a qualquer empresa, tais como:
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• Ter um website com diversos idiomas, otimizado para aparecer nos motores de busca e que proporcione uma boa experiência de navegação; • Ter uma estratégia de Marketing Inbound de forma a captar o interesse dos clientes e um funil de marketing de forma a converter os visitantes em potenciais clientes e os clientes em embaixadores da marca, promovendo a fidelização; • Utilizar as redes sociais adequadas aos objetivos estratégicos da empresa, possuir um plano comercial e de redes sociais e oferecer conteúdo diferenciado e adequado à imagem institucional da empresa; • Apurar o ROI das ações de marketing perceber a rentabilidade dos investimentos e o impacto das ações de Marketing. Ao apresentar estes exemplos de amadorismo, não me refiro apenas a empresas de estrutura familiar e pequeno volume de negócios, pois não é raro encontrar empresas de cariz exportador, e com volumes de negócio já consideráveis, que os apresentam também e cuja reputação e imagem corporativa podem sofrer bastante em termos de reputação e credibilidade, fruto de uma comunicação descuidada e de erros de “principiante” tais como websites não responsivos e com péssimas experiências de navegação, e redes sociais geridas de forma verdadeiramente amadora. Mas será que ainda vamos a tempo de inverter esta situação? No último ano tenho vindo a acompanhar um número crescente de empresários que já perceberam a importância de implementar uma estratégia de Marketing Digital e que, por isso, solicitam o apoio na consultoria e na implementação de um plano de marketing digital. Penso que o número já é significativo de uma mudança no mercado que é mais exigente, digital e que por isso impele os empresários a abraçarem esta mudança. A verdade é que ainda estamos muito aquém do desejado no que diz respeito ao aproveitamento de todas as potencialidades do comércio eletrónico. Por isso, pode ser importante analisarmos
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alguns dos motivos apresentados pelos empresários para não investirem numa estratégia digital e tentar perceber a sua veracidade: • Os meus clientes não compram online. Eles só compram na nossa loja física ou diretamente aos nossos comerciais. Segundos os dados da Google 81% dos clientes realizam pesquisas online antes de fazer grandes compras. Por isso, mesmo que o seu negócio não seja puramente online é bem provável que os seus clientes comecem por pesquisar online antes de lhe comprarem produtos e mesmo que isso ainda não aconteça é importante estar alerta para as mudanças nos hábitos de compra e de comportamento dos clientes que evoluem nesse sentido, caso contrário, no momento em se aperceber, poderá já ser tarde de mais. • Não tenho tempo para gerir uma loja online. Isso dá muito trabalho. O objetivo de uma loja online, depois de corretamente implementada, não é acrescentar trabalho operacional, mas antes facilitar os processos, podendo até reduzir o trabalho que já tem se conseguir centralizar a informação e integrar os softwares de gestão de stock e de faturação.
• Não acho importante anunciar na Internet ou produzir conteúdos para isso. O que funciona é a publicidade “boca-a-boca”. Os testemunhos positivos serão sempre a melhor forma de publicidade, a questão aqui é que atualmente a passagem da palavra acontece principalmente na web e nas redes sociais e, portanto, negligenciar este meio de comunicação é totalmente desaconselhado. • Eu já tenho um website e nunca vendi nada. Não confunda o fruto de uma solução mal implementada com a eficácia do meio em si. Para conseguir vendas através de um website existem muitos fatores a ter em conta como a experiência de navegação e de compra, gerar tráfego para lá, já para não falar que o seu produto que funciona no canal offline pode não estar preparado e adaptado para o canal online. Consulte um especialista ou peça um diagnóstico para identificar possíveis falhas na sua estratégia. Como implementar uma estratégia de Marketing Digital com sucesso? Deve começar por perceber se tem condições de envolver toda a empresa neste novo projeto de implementação de uma estratégia de Marketing Digital. Isto não diz respeito apenas a um departamento ou um eventual profissional recém-contratado para o efeito, é importante que toda a estrutura esteja envolvida no sucesso deste projeto. De seguida, deve identificar necessidades de formação dentro desta área, pois irá necessitar de profissionais preparados a nível estratégico para acompanharem a implementação da estratégia. Por fim, deve solicitar a opinião de um profissional competente para o ajudar a delinear a estratégia que melhor serve a sua empresa e a sua necessidade de negócio. Este passo é muito importante pois se investir no planeamento pode poupar muito dinheiro evitando assim investimentos mal calculados e erros estratégicos. Depois de ter a ajuda certa, o que interessa é por mãos à obra, pois como se costuma dizer “feito é mais importante que perfeito”.
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VIVER VIVER OO TEJO TEJO
XLIII Feira Nacional do Cavalo XX Feira Internacional do Cavalo Lusitano Feira de São Martinho na Golegã, desde 1571 A XLIII Feira Nacional do Cavalo decorrerá de 2 a 11 de novembro, na vila ribatejana de Golegã, e acolherá também a vigésima edição da Feira Internacional do Cavalo Lusitano. É a Feira Nacional do Cavalo a mais importante e mais castiça de todas as feiras que no seu género se realizam em Portugal e no mundo. Aqui se apresentam todos os criadores, com os seus belos exemplares, razão pela qual, se transacionam na Golegã, os melhores puro-sangue, criados no país, que são vendidos para vários pontos do globo.
GOLEGÃ: UMA VILA COM HISTÓRIA Segundo vários autores, a Vila da Golegã teve origem no tempo de D. Afonso Henriques ou de D. Sancho I, quando uma mulher natural da Galiza e que residia em Santarém veio estabelecer-se com uma estalagem neste local. Que a Golegã já existia no século XV, parece não haver dúvidas, bem como depois de se haver estabelecido nela a dita Galega, ter passado a denominar-se Venda da Galega, Póvoa da Galega, Vila da Galega e mais tarde por corrupção de linguagem, “Golegã”. A par da importância do lugar em que se situa, a região da Golegã detinha uma das maiores riquezas: um solo fértil. A fama das suas terras chamou muito povo a si, como grandes agricultores e criadores
de cavalos. Dos tempos mais remotos vêm alusões à região, à Quinta da Cardiga que em 1169 foi dada por D. Afonso I à ordem do Templo para arroteamento e cultivo. De século para século foi a mesma sendo doada a outras ordens e, a partir do século XIX, comprada por diversos grandes agricultores. Já no século XVIII, e com o apoio dado pelo Marquês de Pombal, a feira começou a tomar um importante cariz competitivo, realizando-se concursos hípicos e diversas competições de raças. Os melhores criadores de cavalos concentravam-se então na Golegã. No século XIX, com base na valorização agrária da região, a Golegã voltou a ter grande importância para o que muito contribuíram as figuras
de dois grandes agricultores e estadistas: Carlos Relvas, fidalgo da Casa Real, grande amigo do Rei, comendador, lavrador, artista, proprietário de diversos estabelecimentos agrícolas e de dois palácios (onde por várias vezes hospedou a família real), e José Relvas, seu filho, imensamente ligado à causa republicana, ministro das finanças e também um grande artista. Em meados do século XVIII, teve o seu começo a Feira da Golegã, chamada até 1972 Feira de S. Martinho, data a partir da qual passou a denominar-se Feira Nacional do Cavalo. Fonte: http://fnc.cm-golega.pt/
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EMPREENDEDORISMO E INOVAÇÃO
Candidaturas abertas ao Prémio Jovem Universitário de Ourém 2018
Ainda se pode candidatar ao Prémio Nacional de Jornalismo de Inovação O prazo de candidaturas ao Prémio Nacional de Jornalismo de Inovação foi alargado para o dia 15 de outubro. A primeira edição desta iniciativa está a ser promovida pela ANI – Agência Nacional de Inovação com o objetivo de valorizar e difundir trabalhos jornalísticos portugueses de destaque na inovação, por empresas ou outras entidades do sistema nacional de inovação. Serão atribuídos dois prémios por categoria: Media Nacional e Media Regional, num total de quatro prémios, cada um no valor de quatro mil euros. Cada categoria subdivide-se em edição escrita e edição digital. Os resultados do concurso serão conhecidos no dia 5 de dezembro. Para mais informações, consulta do regulamento e submissão de candidaturas: https://ani.pt/eventos/premio-nacional-de-jornalismo-de-inovacao/
O Prémio Jovem Universitário de Ourém é uma distinção que visa incentivar a realização de trabalhos académicos relacionados com Ourém ou com contributo para o território concelhio, em várias áreas disciplinares, promovendo a sua divulgação. As candidaturas relativas a dissertações/teses defendidas no ano letivo 2017/2018 estão disponíveis até 31 de outubro. Os trabalhos deverão ser realizados por licenciados, mestres ou doutorados. A atribuição do prémio é feita por especialistas de reconhecida competência na área científica e técnica a que o prémio diz respeito. A cada escalão será atribuído um prémio
monetário (licenciatura – 500€, mestrado – 1000€ e doutoramento – 2500€). A sua atribuição dependerá do júri escolhido para o efeito que poderá atribuir o prémio ou não (podem existir atribuições em ex aequo, sendo o seu montante distribuído igualmente pelos candidatos). A avaliação e seleção das candidaturas decorrerá entre 1 de novembro e 31 de dezembro e a divulgação dos resultados será efetuada durante o mês de janeiro de 2019. O primeiro Prémio Jovem Universitário de Ourém foi atribuído a Daniela Sofia Neves de Sousa que apresentou uma dissertação de Mestrado em Psicologia no âmbito da parentalidade e saúde mental.
EntoGreen obteve idoneidade em matéria de investigação e desenvolvimento por parte da ANI A EntoGreen obteve recentemente, por parte da ANI – Agência Nacional de Inovação, o reconhecimento da sua idoneidade em matéria de investigação e desenvolvimento, nas áreas de investigação em “Alimentos saudáveis e sustentáveis” e “Tratamento e reutilização de resíduos”.
De acordo com a empresa, que se dedica ao desenvolvimento de tecnologias de base biológica que possibilitem reutilizar os desperdícios nutricionais que ocorrem no sector agroalimentar, reintroduzindo-os na cadeia alimentar, “este é mais um passo na afirmação da nossa empresa como líder no desenvol-
vimento de soluções sustentáveis e no nosso compromisso de contribuir para a circularidade do setor agroalimentar. De referir que a empresa foi recentemente uma das Fundadoras da Associação Portuguesa de Produtores e Transformadores de Insectos - Portugal Insect.
J.J.M. Esperança recertifica sistema A J.J.M. Esperança, Lda. reforçou a sua política de gestão com a recertificação concedida pela TÜV Rheinland para os próximos três anos, da norma de gestão da qualidade ISO 9001: 2015. De referir que a empresa é fabricante de equipamentos para máquinas de
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construção e obras públicas, equipamentos florestais e agrícolas e tem sede em Tomar. Com a certificação, a empresa denota uma preocupação com a qualidade dos seus produtos, bem como com a prestação de um cada vez melhor serviço ao cliente.
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320 candidaturas ao StartUP Voucher 2018 O IAPMEI recebeu 320 candidaturas à segunda edição do StartUP Voucher, uma medida da StartUP Portugal Estratégia Nacional para o Empreendedorismo, que dinamiza o desenvolvimento de projetos empresariais em fase de ideia, através de diversos instrumentos de apoio, como a atribuição de uma bolsa mensal, mentoria e acompanhamento do projeto. O Ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, considera que “estes números mostram uma forte adesão dos jovens a este programa de apoio ao empreendedorismo, que reforçam a nossa convicção que temos de os apoiar não só nesta fase de projeto, mas também posteriormente com todos os instrumentos do StartUP Portugal, em que se inclui o reforço da rede nacional
de incubadoras”. “Ficamos satisfeitos de haver mais projetos e continuaremos a traba-
lhar para criar as condições para que tenham sucesso e possam crescer no mercado global”, acrescenta o Ministro.
Capacitação para o Investimento Social: candidaturas abertas até 4 de dezembro Entre 4 de setembro e 4 de dezembro de 2018, estão abertas as candidaturas ao instrumento de financiamento Capacitação para o Investimento Social da Portugal Inovação Social, com um total de 7 milhões de euros disponibilizados através do Programa Operacional Inclusão Social e Emprego (PO ISE). Este instrumento de financiamento apoia Iniciativas de Inovação e Empreendedorismo Social (IIES) no reforço das suas capacidades organizativas e competências de gestão, com o objetivo de as
tornar mais preparadas para gerar impacto social e captar investimento de forma mais eficiente. O apoio, realizado através da atribuição de um montante fixo não reembolsável (até um valor máximo de 50.000€) visa apoiar o financiamento do Plano de Capacitação cuja implementação deverá ter uma duração máxima de 18 meses. As intervenções de capacitação previstas no Plano de Capacitação proposto deverão ocorrer nas regiões do Norte, Centro ou Alentejo.
O Aviso POISE-39-2018–13 e respetivo formulário online de candidatura estão disponíveis no Balcão 2020. Na página Capacitação para o Investimento Social da Portugal Inovação Social são disponibilizadas as orientações necessárias ao preenchimento da candidatura.
Governo incentiva empresas a contratar doutorados
A capacidade de I&D das empresas é um fator fundamental da sua competitividade e crescimento a longo prazo. O SIFIDE (Sistema de Incentivos Fiscais à I&D Empresarial) permite às empresas deduzir à coleta um determinado montante em função das despesas incorridas com atividades de I&D. Trata-se de um crédi-
to fiscal que, por insuficiência de coleta, pode ser utilizado nos 8 anos seguintes. O balanço é extremamente positivo, com mais de 1.300 empresas a recorrer este ano ao sistema. O crédito fiscal já atribuído no último exercício disponível ronda os 190 milhões de euros e atinge uma taxa de sucesso de mais de 80%. O Governo quer criar condições para as empresas nacionais contratem ainda mais doutorados, sendo o SIFIDE um instrumento que contribuiu para este objetivo. Em 2017, o número de empresas com atividades de I&D que pretendem
beneficiar de apoios fiscais ao envolver investigadores doutorados foi o mais elevado desde a criação do SIFIDE, totalizando 290 empresas. Desde 2015, verificou-se um aumento de 37% do número de empresas beneficiárias do SIFIDE que empregavam doutorados para atividades de I&D e a intenção do governo é fazer com que este número aumente ainda mais. O número de doutorados em empresas a realizar atividades de I&D que beneficiam de apoio fiscal também cresceu 30% desde 2015 e mais de 10% de 2016 para 2017.
EMPREENDEDORISMO E INOVAÇÃO
Centro de Computação Gráfica promove a inovação empresarial com o Prémio Produto Inovador 2018
No âmbito da celebração dos seus 25 anos de atividade, o Centro de Computação Gráfica (CCG) está a promover o Prémio Produto Inovador 2018.O prémio destina-se a promover a inovação empresarial nacional, em particular produtos (bens ou serviços) lançados no mercado nos últimos 3 anos, resultante de Investigação e Desenvolvimento Tecnológico
nos domínios em que o CCG atua. Os produtos (bens ou serviços) devem integrar tecnologias e conhecimento científico em domínios tais como: visão por computador/inteligência artificial; computação gráfica/realidade mista, computação ubíqua; inteligência urbana; sistemas baseados em localização; sensores e IoT, interoperabilidade de
sistemas de informação, big data, machine learning, cloud computing, interação humano-computador; usabilidade; interfaces de nova geração; ambientes imersivos. A candidatura com a melhor classificação receberá o galardão “Produto Inovador 2018” e um conjunto de 50 horas de consultoria técnica, disponibilizada pelo CCG, a utilizar pela empresa/ entidade vencedora num período de 12 meses. Para concorrer é necessário fazer download do formulário de inscrição, disponível no website http://premioproduto.eventos.ccg.pt/, preencher e enviar, em formato PDF, para o e-mail: premio. produto@ccg.pt. A janela de inscrições encerra a 16 de outubro. A entrega de prémios decorrerá em cerimónia a realizar a 3 de novembro, no dia do 25º aniversário do CCG – Centro de Computação Gráfica. O Prémio Produto Inovador 2018 promovido pelo CCG tem o cofinanciamento do Programa Operacional Regional do Norte - Norte2020 e União Europeia, através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional.
Ecossistema empreendedor NERSANT apresentado em Feira de Emprego na Azambuja A NERSANT – Associação Empresarial da Região de Santarém, integrou o seminário da AZB Emprego, a primeira feira de emprego do concelho da Azambuja, que decorreu no Ouro Hotel, naquela cidade, onde apresentou as medidas de apoio às empresas e o ecossistema empreendedor da associação. O certame decorreu nos dias 28 e 29 de setembro, com o objetivo de colocar à disposição do público em geral, e no mesmo local, vagas de empregos e de estágios profissionais, bem como informações sobre as ofertas formativas oferecidas pelas empresas deste concelho, que podem ajudar o participante do evento na melhoria da sua capacitação profissional. António Campos, Presidente da Comissão Executiva da NERSANT efetuou uma comunicação no dia 29 de setembro sobre “Medidas de apoio às empresas e Ecossistema Empreendedor da NERSANT”, tendo apresentado os projetos de apoio à criação de empre-
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sas, bem como o apoio da associação para alavancar projetos de empreendedorismo. De referir que no evento participaram várias empresas sediadas no concelho, mas também algumas entidades como
a Marinha Portuguesa e o Exército Português. O certame foi apoiado pela NERSANT, pela ACISMA - Associação, Comércio, Indústria e Serviços do Município de Azambuja e pelo IEFP - Instituto de Emprego e Formação Profissional.
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Santarém volta a liderar constituição de empresas em agosto A NERSANT - Associação Empresarial da Região de Santarém, tem vindo a analisar mensalmente a criação de empresas por concelho no distrito de Santarém, tendo verificado ao longo do presente ano, que o concelho de Santarém tem assumido claro destaque neste ranking. O mês de agosto não foi exceção, com este território a criar mais do dobro das empresas criadas pelos concelhos classificados em segundo lugar. De facto, desde o início do presente ano que o concelho de Santarém se têm evidenciado na criação de empresas, tendo ocupado todos os meses - com exceção do mês de março - o 1.º lugar no pódio. O mês de agosto não foi exceção, mas com uma atenuante: o concelho de Santarém não só voltou a ser o campeão no que à criação de empresas diz respeito, como mais do que duplicou o número de empresas criadas pelos concelhos empatados em segundo lugar – Almeirim e Ourém – este último também já habitual no pódio neste ranking de criação de empresas. Vamos a números: durante o mês de agosto foram criadas, no total, 75 empresas, tendo 17 delas sede no concelho de Santarém. Almeirim e Ourém surgem empatados no segundo lugar do pódio, com a criação de 8 sociedades cada um, seguindo-se, em terceiro lugar, os concelhos do Entroncamento e Torres Novas, com a criação de 7 sociedades em cada um dos territórios.
Benavente e Salvaterra de Magos surgem logo de seguida na tabela, com a criação de 6 e 5 sociedades em agosto, respetivamente. Seguem-se os concelhos de Cartaxo e Rio Maior, com a criação de 4 sociedades cada um. Logo de seguida aparece Tomar, com a criação de duas empresas. Os concelhos de Abrantes, Alcanena, Alpiarça, Chamusca, Coruche, Sardoal, e Vila Nova da Barquinha criaram apenas, em agosto, uma sociedade. Constância, Ferreira do Zêzere, Gole-
gã e Mação não criaram, no período analisado, qualquer sociedade. Das 75 sociedades criadas em agosto no distrito, destaque para a área de Manutenção e Reparação de Veículos Automóveis (8), Atividades de programação informática (4), e Atividades dos serviços relacionados com a silvicultura e exploração florestal (3), Construção de edifícios (residenciais e não residenciais) (3), Restaurantes (3) e Arrendamento de bens imobiliários (3).
Bolsa do Empreendedorismo 2018 reúne ecossistema empreendedor Sob o lema “Portugal empreendedor, um encontro com a Europa”, a Representação da Comissão Europeia em Portugal organiza a Bolsa do Empreendedorismo 2018, um evento de entrada livre que tem por objetivo promover um diálogo direto e produtivo entre o ecossistema empreendedor em Portugal e as instituições, agências e redes europeias que apoiam, promovem e financiam empresas e projetos de negócio. Realiza-se dia 15 de outubro, em Lisboa. A partir das 10h00, a Chefe da Representação da Comissão Europeia em Portugal, Sofia Colares Alves, abre os trabalhos deste encontro. Os participantes terão então oportunidade de interagir e trocar
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ideias com os representantes da Comissão Europeia responsáveis pelo apoio às PME e ao empreendedorismo (DG GROW), pela gestão de programas de apoio e financiamento das PME (Agência Executiva EASME) e pela animação de redes de colaboração europeias (DG CNECT e Startup Europe). O programa inclui ainda representantes do Banco Europeu de Investimento, do Fundo Europeu de Investimento ou do EaSI (Programa da UE para o Emprego e a Inovação Social). A nível nacional, juntam-se a estes intervenientes muitos outros, entre os quais se destacam Graça Fonseca, Secretária de Estado Adjunta e da Modernização Administrativa, o Presidente do IAP-
MEI, Nuno Mangas, e a CEO da Portugal Ventures, Rita Marques. Os nove painéis de discussão previstos durante a tarde articulam-se em torno das três fases de maturidade do ecossistema empreendedor – arranque, escala e impacto – e contam com a contribuição de mais de 30 oradores de entidades de relevo do panorama empreendedor em Portugal.
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EMPREENDEDORISMO E INOVAÇÃO
MGarlic: Mendes Gonçalves está a desenvolver produtos inovadores com base no alho “Se é impossível, é para nós”. É este o lema da empresa Mendes Gonçalves, sediada na vila ribatejana da Golegã, cuja aposta na busca incessante de novos produtos inovadores a Ribatejo Invest tem acompanhado. Neste momento, a empresa está a trabalhar no desenvolvimento de novos produtos à base de alho.
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postando numa estratégia de diferenciação, a Mendes Gonçalves tem um claro enfoque na inovação e em políticas de investigação e desenvolvimento de novos produtos. Transformar matérias-primas alimentares
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genuínas e de elevada qualidade, produzidas no solarengo mediterrâneo, em produtos de notável sabor, é o desafio que a equipa da Mendes Gonçalves abraçou e ao qual responde diariamente. Atualmente, e tendo em conta esta estratégia, a empresa está a desenvolver produtos inovadores com base no produto Allium sativum L., uma planta da família Liliaceae, que é como quem diz… alho. Mas… porquê o alho? O aumento sig-
nificativo da preocupação com a saúde e bem-estar, o interesse em produtos mais naturais ligados à saúde levou a que a empresa se decidisse por esta aposta no alho, assumindo assim, de igual modo, uma ligação com a economia local, com a produção agrícola e a criação de valor acrescentado em produtos nacionais. “Os compostos bioativos nos alimentos, como é o caso dos fitoquímicos presentes no alho, podem ser incorporados na alimentação através do consumo dos próprios
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alimentos frescos ou utilizados ao longo da produção de outros produtos”, esclarece a empresa no seu portal, que continuou ainda: “as cabeças dos alhos são um dos constituintes que podem ser usados na indústria alimentar. Outro constituinte é o caule, devido aos seus benefícios nutritivos e saudáveis. A alicina é um fitoquímico com propriedades antibacterianas que está presente no alho, responsável pelo odor pungente, com propriedades emulsionantes e espumantes, assim como a saponina que limita a absorção do colesterol”, explicou, afirmando ainda que todos estes benefícios e propriedades “vão ser focados no projeto”. E por falar em projeto, a Ribatejo Invest vai apresentá-lo. Denominado “MGarlic: Da sementeira ao consumidor: integração, valorização e eficiência da produção de alho e produtos de alho de origem nacional”, o projeto centra-se na investigação, desenvolvimento e procura de inovação focado num único produto hortícola, o alho. Isso já sabíamos. Mas, vamos por partes: o projeto pretende caracterizar diferentes variedades de alho relativamente aos seus compostos bioativos, sendo estes monitorizados desde a sementeira até à colheita, supervisionando-se a perda destes durante todo o processo industrial. Após esta caracterização, o MGarlic pretende o desenvolvimento de produtos de alho inovadores que mantenham as propriedades do alho fresco durante o processo. No fim do projeto pretende-se obter produtos inovadores com sabor característico do alho fresco durante todo o shelf-life, bem como emulsões baseadas em alho. “Além do desenvolvimento local, teremos um controlo total da nossa matéria-prima e uma garantia de controlo de todos os processos desde o campo ao consumidor. Ao validar o processo industrial de produção, atinge-se o objetivo final, que é a obtenção de novos produtos inovadores, de valor acrescentado que potenciem a região internacionalmente”, comunicou a empresa Mendes Gonçalves. Neste momento, o projeto encontra-se em curso, estando na fase de
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desenvolvimento e validação de novos produtos de novos produtos, para lançamento posterior no mercado. Até ao momento, este projeto já permitiu à empresa estabelecer ligação com a economia local, com a produção agrícola e a criação de valor acrescentado em produtos nacionais. Importa ainda referir que o projeto MGarlic está a ser apoiado pelo COMPETE no âmbito do Sistema de Incentivos à Investigação & Desenvolvimento Tecnológico. O mesmo envolveu um investimento elegível de 310 mil euros e um incentivo FEDER de 142 mil euros. A Ribatejo Invest espera ansiosamente pelo lançamento destes novos produtos da Mendes Gonçalves no mercado, sendo certo que os mesmos serão um sucesso ao nível nacional e internacional.
Carlos Gonçalves, administrador da Mendes Gonçalves
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Empresa Rosarium cria terços de Santa Jacinta Marto e São Francisco Marto A Rosarium acaba de criar os Terços de Santa Jacinta Marto e de São Francisco Marto, em homenagem aos santos portugueses canonizados pelo Papa Francisco a 13 de maio de 2017, em Fátima, por ocasião do Centenário das Aparições. Os primeiros exemplares já se encontram à venda nos principais estabelecimentos comerciais de artigos religiosos e santuários de Portugal e em Roma/Vaticano. A ideia mobilizadora para este projeto desenvolvido pela empresa Rosarium foi a de fazer memória da vida e da missão dos dois Pastorinhos de Fátima, Jacinta e Francisco. Foi escolhida a produção artesanal de um terço, por esse objeto ser um elemento caracterizador da devoção mariana vivida pelos dois irmãos videntes e por a oração do Rosário ser um dos apelos constantes da Mensagem de
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Fátima. “Fazia todo o sentido desenvolvermos um projeto exclusivo que enaltecesse Santa Jacinta Marto e São Francisco Marto, já que conhecemos a história e a mensagem deste importante lugar mariano que é Fátima”, afirmam Hélder Santos e Lina
Pereira, administradores da Rosarium. Ambos os terços são produzidos em madeira e cordão. As contas do Pai-Nosso, em forma de candeia, apresentam, respetivamente, de um lado a imagem da Santa Jacinta Marto ou do São Francisco Marto, e, do lado inverso, elementos biográficos de cada um dos santos. “Escolhemos o símbolo das candeias para as contas do Pai-Nosso apoiados nas palavras do Papa São João Paulo II que descreveu os videntes como ‘Candeias que Deus acendeu’; e também pela importância da luz na mensagem de
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Fátima, como bem lembrou o Papa Francisco na homilia da celebração eucarística da canonização, quando afirmou que Fátima é sobretudo este manto de Luz que cobre as pessoas, na Cova da Iria como em qualquer outro lugar da Terra, quando nos refugiamos sob a proteção de Nossa Senhora”, explicam Hélder Santos e Lina Pereira. Recorde-se ainda que, de acordo com os relatos da Irmã Lúcia nas suas Memórias, os dois santos chamavam ao sol ‘a candeia de Nosso Senhor’ e à lua ‘a candeia de Nossa Senhora’. Francisco preferia o nascer e o pôr-do-sol, a candeia de Nosso Senhor; a Jacinta
encantava-se com a candeia de Nossa Senhora, a lua. Cada terço é apresentado dentro de um saco de serapilheira que, por sua vez, é colocado no interior de uma pequena caixa de cartão, matérias-primas também humildes, a par da madeira e do cordão, caracterizadoras da ruralidade da região ao tempo das Aparições. Além do terço, o conjunto devo-
cional é composto por um pingente em madeira colocado num fio de cordão para o pescoço e uma pagela com o resumo biográfi co dos videntes. A empresa Rosarium, com sede em Sobral, Ourém, a 12 quilómetros do Santuário de Fátima, foi criada em 2012 e tem como administradores dois jovens empreendedores, Hélder Santos e Lina Pereira. Além das várias marcas de artigos religiosos e devocionais que representa, comercializa em exclusivo o vinho de missa Rosarium, que obteve a medalha de ouro na Exposição Vaticano (1888).
Hélder Santos e Lina Pereira, administradores da Rosarium
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INTERNACIONALIZAÇÃO
Portugal e Cabo Verde reforçam cooperação nas áreas da segurança social e do emprego Ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Vieira da Silva, e Ministro da Saúde e da Segurança Social de Cabo Verde, Arlindo do Rosário, assinam acordo de segurança social, Cidade da Praia, 20 setembro 2018 O Ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Vieira da Silva, iniciou uma visita de dois dias a Cabo Verde, onde vai homologar quatro acordos de cooperação nas áreas da Segurança Social e do Trabalho, da Formação Profissional e da Inclusão Social. A visita do Ministro português à Cidade da Praia, na ilha de Santiago, começou com homologação do acordo de cooperação bilateral para o período 2018-2021 entre o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social de Portugal e o Ministério da Saúde e da Segurança Social de Cabo Verde. Na mesma ocasião, Vieira da Silva e Ministério da Saúde e da Segurança Social de Cabo Verde, Arlindo do Rosário, assinaram também o Acordo Administrativo da Convenção sobre a Segurança Social entre os dois países.
ACORDO SOBRE SEGURANÇA SOCIAL Este acordo tem duas grandes finalidades:
permitirá, por um lado, “encarar a carreira contributiva do trabalhador, não como partes separadas, distintas e sem relação, mas como um todo”, fazendo com que “o tempo que se trabalha num país e noutro possa ser contado em conjunto para garantir direitos”, para que “seja mais fácil para portugueses e cabo-verdianos concretizar o objetivo de trabalhar nos países que escolhe”, explicou o Ministro Vieira da Silva. Por outro lado, vem “garantir aos cidadãos de cada um dos Estados que, quando trabalham ou residem no outro Estado signatário, tenham acesso aos direitos sociais próprios dos cidadãos do país respetivo”. A revisão e alargamento da convenção permitirá um conjunto de novos direitos de acesso em termos de proteção social
que cidadãos cabo-verdianos a residir em Portugal passarão a poder beneficiar e que cidadãos portugueses residentes em Cabo Verde passarão a ter acesso. Com esta assinatura, “os laços de cooperação, de amizade, de trabalho conjunto ente Cabo Verde e Portugal saem reforçados”, disse Vieira da Silva. Durante os dois dias da visita serão ainda homologados outros acordos de cooperação com os ministérios cabo-verdianos da Família e Inclusão Social, da Justiça e Trabalho, e das Finanças. No total, a cooperação entre os dois países para o triénio 2018-2021 ultrapassará os 4,2 milhões de euros, dois quais cerca de 3 milhões correspondem ao cofinanciamento de Portugal.
A edição de 2018 decorreu de 26 a 29 de setembro, em Verona, Itália, e no evento marcaram presença empresas da região do Ribatejo do setor da pedra, entre elas a Fravizel, de Alcanede, e a
Telmo Duarte – Comércio de Pedras Naturais, de Fátima. O certame contou este ano com mais de 1600 expositores vindos de 56 países.
Fravizel e Telmo Duarte na Marmomacc A Marmomac é o principal evento global para a indústria de pedras naturais e representa toda a cadeia de valor, desde a matéria-prima até produtos semi-acabados e acabados, desde o processamento de máquinas e tecnologias até aplicações de pedra em arquitetura e design. Como um encontro internacional fundamental para todos os setores neste campo e uma plataforma influente onde os negócios se encontram com a atualização profissional, Marmomac é o local ideal em termos de qualidade e integridade de exposições combinadas com o mais avançado know-how nas operações de processamento de pedra natural.
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Mitsubishi Portugal vai exportar 30% para os EUA A fábrica da Mitsubishi Fuso em Portugal começou, no primeiro trimestre deste ano, a produção em massa de um modelo para camiões cuja montagem final será feita nos EUA. A empresa está atenta à ameaça de Donald Trump de impor tarifas. A fábrica da Mitsubishi Fuso no Tramagal, em Abrantes, iniciou este ano a produção em massa do chassis e cabine de um modelo de camião, o Eagle, cuja montagem final será feita nos Estados Unidos. No total, a empresa vai exportar para os EUA cerca de 2.500 camiões modelo Eagle, o que corresponde a uma produção mensal entre 200 a 250 unidades, o que representa 30% nas exportações da unidade este ano. A Mitsubishi Portugal irá também fornecer o mercado dos EUA com o Fuso eCanter, o camião 100% elétrico que também chegará à Europa, Marrocos e Israel no final do ano proveniente do Tramagal.
Turismo de Portugal leva 17 startups a feiras internacionais, entre elas uma ribatejana
O Turismo de Portugal selecionou 17 startups, representativas de um universo empreendedor e inovador no setor do turismo, para integrar a representação portuguesa em cinco feiras internacionais nos seis meses. Foram selecionadas as empresas: CORKSUP – Turismo e Animação, Optishower, (Temptation Keeper), Infraspeak, Globestamp, Once Upon a Trip, Strayboots (Explore & Hunt, SA),
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ATB – Ana Bespoke Tours, Hotelvoy (Cjpi Trading), Social Impactrip, Portuguese Table, Upstream – Valorização do Território, XN Lifestylegroup, Hijiffy (Horizon Behaviour), GHOTW, Live Eletric Tours e Secret City Trails. Entre as selecionadas está também a Portugal Farm Experience, projeto da Campónio que pretende oferecemos aos seus clientes a possibilidade de experimentar a vida no campo em
Portugal, através do contacto direto com os agricultores e suas atividades e para adquirir produtos locais e contribuir para o turismo sustentável. Com o objetivo de afirmar Portugal como um polo de referência internacional na inovação, no empreendedorismo e na produção de bens e serviços para o turismo - umas das metas da Estratégia Turismo 2027 - o Turismo de Portugal dá a oportunidade a estas empresas de marcarem presença na ABAV (São Paulo), WTM (Londres), Vakantiebuers (Utrecht), FITUR (Madrid) e ITB (Berlim). Desde 2016, foram já 56 as startups a marcar presença nas feiras internacionais de turismo da Europa, Brasil e Rússia, onde o Turismo de Portugal teve stand próprio. A autoridade turística nacional pretende assim apoiar o desenvolvimento dos recursos, das capacidades e da estratégia das empresas turísticas com elevado potencial de exportação e inovação, criando oportunidades de penetração nos mercados externos e minimizando alguns dos obstáculos diretamente associados ao processo de promoção internacional.
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INTERNACIONALIZAÇÃO
Governo vai fazer do português língua de opção no ensino básico e secundário em 40 países O Ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, afirmou que o Governo vai duplicar, a breve prazo, o número de países com o português como língua internacional de opção, no ensino básico e secundário. “Neste momento, o número de países em que que há português como língua estrangeira, no ensino básico ou secundário, é de 20 e, o nosso objetivo, é duplicar esse número”, disse Augusto Santos Silva, na apresentação Pública da Rede de Ensino de Português no Estrangeiro (EPE), no Instituto Camões da Cooperação e da Língua, em Lisboa. O Ministro referiu que quase 300 mil pessoas em todo o mundo estudam português, sendo 70 mil através do programa Língua de Herança (destinado a descendentes de emigrantes e originários de países lusófonos), 105 mil no ensino superior e 100 mil no ensino básico e secundário como língua estrangeira de opção. Santos Silva afirmou que esta é uma área “absolutamente estratégica” e que “o valor do português como língua internacional é crescente”, apontando o objetivo de aumentar o número de cátedras universitárias de 48 para 51. O Ministro falou ainda da importância do ensino presencial de português, mas também
da oferta digital – em breve, o instituto Camões lançará plataforma Camões Júnior, para aprendizagem progressiva destinada a jovens de 12 a 17 anos.
de alunos de português no ensino básico e secundário em 2017 foi de 68.758, e a projeção para 2019 é de 70.000. No ensino superior, 100.295 alunos frequentaram cursos de português, sendo a previsão para o próximo ano ALARGAMENTO DA REDE de 105.310. “Há um crescimento contínuo do Luís Faro Ramos, presidente do Institu- número de estudantes”, afirmou Luís Faro to Camões referiu, por sua vez, que a rede Ramos, destacando também o aumento de do Instituto cresceu “nas áreas geográficas número de membros do corpo docente. estratégicas: em África, na Ásia Central e na A apresentação da rede contou também América Latina”, projetando alargar a rede de com a presença da Secretária de Estado dos ensino aos Camarões e ao Gana, ao Azerbaijão Negócios Estrangeiros e da Cooperação, Teresa e Cazaquistão, e ao Panamá, em 2019. Ribeiro, e do Secretário de Estado das ComuniSegundo os dados consolidados, o número dades Portuguesas, José Luís Carneiro.
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“O passado ficou no museu e agora compete-nos construir o futuro” entre Portugal e Angola A visita do Primeiro-Ministro António Costa a Angola começou pelo Museu de História Militar, o que “pode significar que o passado ficou no museu e agora compete-nos construir o futuro - é nesse futuro das relações entre Portugal e Angola que temos de estar focados”. “Esta visita é um momento muito importante, conjuga-se com a visita de Estado que o Presidente da República de Angola, João Lourenço, efetuará a Portugal em novembro”, disse o Primeiro-Ministro numa declaração no final da visita Museu Nacional de História Militar na Fortaleza de Luanda. António Costa, que estava acompanhado pelos Ministros angolanos das Relações Exteriores, Manuel Augusto, e da Defesa Nacional, Salviano Sequeira, sublinhou que “vamos assinar o Acordo de Cooperação Estratégica para os próximos anos e vamos dar um sinal de confiança para o aprofundamento das nossas relações económicas”.
“LIGA-NOS MAIS O FUTURO DO QUE O PASSADO” À chegada a Angola, onde foi recebido pelo Ministro das Relações Exteriores, Manuel Augusto, o Primeiro-Ministro sublinhou que “cada vez é mais importante termos a noção de que nos liga mais o futuro do que o passado. É no futuro que temos de estar”. “Há muito que podemos e devemos
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fazer em conjunto a nível das relações económicas entre os nossos países, que é muito intenso. Angola tem a grande missão de diversificar a sua base económica, de substituir pela produção muitas das suas importações”, afirmou. “Isso é uma oportunidade também para muitas empresas portuguesas poderem explorar”, estando os dois Governos “a criar um conjunto de instrumentos para que os agentes económicos dos dois países possam investir cá e lá”. António Costa apontou que o “acordo para evitar a dupla tributação é um caso, a remuneração e o alargamento da linha de crédito é outro caso”, acrescentando que há ainda outros objetivos.
LINHA DE CRÉDITO ÀS EXPORTAÇÕES Numa reunião com empresários portugueses com investimentos em Angola, o Primeiro-ministro anunciou que o Governo português vai aumentar a linha de crédito de apoio às exportações para Angola de 1.000 para 1.500 milhões de euros. “Esta linha de crédito ampliada a renovada é um sinal muito importante da vontade dos dois países continuarem a estreitar as suas relações económicas”, disse. António Costa disse também que “há ainda muito para fazer no futuro. Com a assinatura do novo acordo estratégico para a cooperação (2018/2022) vamos além dos domínios tradicionais da saúde
e da educação. Alargaremos a cooperação a áreas de soberania como a defesa, a colaboração técnica policial ou a administração tributária”, acrescentou.
RELAÇÕES POLÍTICAS ESTÃO SÓLIDAS Os passos que vão ser dados “traduzem que as relações políticas entre Portugal e Angola não só estão boas, como estão sólidas e com grande perspetiva de poderem aprofundar-se ao longo dos próximos anos”. “Da parte de Portugal, creio que não há com nenhum outro país, em qualquer continente, uma relação tão intensa como temos com Angola, assente nos laços individuais que se foram estabelecendo”, disse. Por isto, António Costa referiu ainda que, no âmbito da relação entre África e União Europeia, Portugal e Angola se encontram numa posição privilegiada. O Primeiro-Ministro acrescentou que “como todas relações intensas marcadas pela paixão, muitas vezes essas relações são também emotivas. Mas, como sabemos, sem emoção não há uma boa relação”. “As relações políticas são essenciais, mas é absolutamente indispensável que o relacionamento humano, com a presença constante de quem aqui trabalha e investe, continue a construir a aprofundar as nossas relação com Angola”, disse ainda.
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INTERNACIONALIZAÇÃO
Galardão Empresa do Ano 2017
Bonduelle é Empresa do Ano no Ribatejo
Empresa do Ano
A Bonduelle venceu o prémio Empresa do Ano 2017, atribuído pela NERSANT – Associação Empresarial da Região de Santarém e pelo jornal O Mirante. O evento Galardão Empresa do Ano do Ribatejo, que já vai na 18ª edição, decorreu no Centro Cultural Gil Vicente, no Sardoal no dia 27 de setembro. A iniciativa tem como objetivos destacar as melhores performances empresariais da região e enaltecer o dinamismo empresarial do Ribatejo.
A
s empresas da região têm sabido procurar caminhos alternativos, investindo na internacionalização do seu negócio e na procura de novos mercados que lhes trazem mais-valias”, salientou a Presidente da Direção da NERSANT, Maria Salomé Rafael, afirmando ainda que “o evento Galardão Empresa do Ano já conquistou um lugar de prestígio no Ribatejo.
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Esperamos que este prémio seja mais uma fonte de motivação para o tecido empresarial da região continuar a desenvolver-se, a diversificar-se e a inovar, contribuindo assim para a afirmação do Ribatejo como um dos motores empresariais e económicos do nosso país”. A Bonduelle, sediada em Santarém, é dedicada à produção e comercialização de legumes ultracongelados e em con-
servas. Fundada em França e presente em 80 países, chegou a Portugal em 1989. Hoje transforma cerca de 44.000 toneladas de legumes e contrata anualmente 1700 hectares. É responsável por cerca de 2000 postos de trabalho indiretos, para além do efetivo médio anual de 170 colaboradores diretos. A Bonduelle produz anualmente 30.000 toneladas de legumes congelados (pimento, beringela, courgette, bró-
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colo, ervilha, cebola, tomate e pimento padron), sendo 89% da produção destinada ao mercado externo, tendo as suas vendas ascendido a 34 milhões de euros em 2016. A entrega dos galardões às melhores performances económico-financeiras de 2017 não se ficou pela melhor empresa. O Galardão PME de 2017 foi entregue à empresa Leais & Oliveira, com sede no concelho de Torres Novas. Trata-se- de uma unidade industrial que opera no mercado dos pré-fabricados em betão. O prémio Micro Empresa do Ano foi atribuído à Mundifer, uma empresa que desenvolve soluções de engenharia, fabrico e montagem em estruturas metálicas, de Ourém. Gonçalo Pereira, da empresa VGT
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Portugal, dedicada à cultura de produtos hortícolas, raízes e tubérculos, venceu o prémio Jovem Empresário. Por seu turno, Valter Carvalho, do concessionário automóvel Aníbal Carvalho & Filhos, foi presenteado com o prémio Carreira Empresarial. A Renova, sediada em Torres Novas, recebeu o prémio Empresa Mais Exportadora. O prémio para a Empresa com Maior Crescimento na Exportação foi entregue à TrimNW, de Santarém. Na cerimónia intervieram ainda o Diretor Geral do Jornal O Mirante, Joaquim António Emídio, e o Presidente da Câmara Municipal do Sardoal, Miguel Borges. O Galardão Empresa do Ano é uma iniciativa conjunta da NERSANT e do jornal O Mirante,
Pela primeira vez na história do Galardão Empresa do Ano, o evento criou dois novos prémios de nomeação que distinguem empresas exportadoras.” que pretende dar destaque ao tecido empresarial da região, presenteando e reconhecendo o mérito das empresas e empresários que se destacaram ao longo do ano.
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INTERNACIONALIZAÇÃO
Carreira Empresarial
Empresa + Exportadora
Empresa com maior crescimento na exportação
Jovem Empresário
Micro-Empresa
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PME
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INTERNACIONALIZAÇÃO
As nossas exportações
Região cresceu 21,6% em 5 anos A NERSANT, enquanto Associação Empresarial vocacionada para o aumento da competitividade das empresas da Região, tem colocado como uma das suas prioridades de intervenção, o apoio e incentivo ao crescimento das exportações do tecido empresarial regional. A meta tem sido sempre de potenciar o crescimento médio percentual acima do correspondente nacional. As nossas empresas, os nossos empresários,
Localização geográfica (NUTS - 2013)
valores respeitam às NUT´s III da Lezíria do Tejo e do Médio Tejo. Em termos globais, Portugal cresceu 16,3% (+ 7,7 mil milhões de euros), enquanto que o crescimento na Lezíria e no Médio Tejo foi de 21,6% (+ 320,8 milhões de euros). Assim, em termos percentuais, a nossa região cresceu mais 5,3 pontos percentuais, conforme se pode verificar pelo quadro abaixo:
Exportações (€) de bens por Localização geográfica (NUTS - 2013) 2017
2013
Evolução
Portugal
55 029 316 063,00 €
47 302 913 319,00 €
16,3%
Continente
52 366 104 761,00 €
45 286 504 913,00 €
15,6%
Médio Tejo
904 740 090,00 €
701 805 450,00 €
28,9%
Lezíria do Tejo
899 135 504,00 €
781 229 067,00 €
15,1%
1 803 875 594,00 €
1 483 034 517,00 €
21,6%
GLOBAL (LT + MT)
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os nossos gestores e colaboradores das empresas têm demonstrado qualidade, determinação e resiliência, que tem como resultado um maior desenvolvimento e distribuição da riqueza na nossa região. A análise que aqui desenvolvemos, respeita às Exportações de Bens, não englobando os Serviços, numa base comparativa de 2013 versus 2017 (dados provisórios), num período de 5 anos, o que confere mais solidez na análise. Os
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No que respeita à comparação regional, o Médio Tejo obteve um crescimento de 28,9% (+ 202,9 milhões de euros), enquanto que a Lezíria do Tejo só cresceu 15,1% (+ 117,9 milhões de euros), tendo sido ultrapassada em volume global (diferença de 5,6 milhões de euros). O concelho mais exportador é Abrantes (315 milhões de euros), seguido da Azambuja (234 milhões de euros) e Benavente (205 milhões de euros). Analisando o crescimento relativo no período de 2013 a 2017, o concelho de Abrantes lidera com mais 62,4%, seguindo-se Alpiarça (+46,6%) e Almeirim (38,9%). Ao invés, Vila do Rei (-99,6%), Sardoal (-88,2%) e Vila Nova da Barquinha (-70,7%) diminuíram muito as suas exportações.
Localização geográfica (NUTS - 2013)
Exportações (€) de bens por Localização geográfica (NUTS - 2013) 2017
2013
Evolução
Médio Tejo
904 740 090,00 €
701 805 450,00 €
28,9%
Abrantes
315 307 979,00 €
194 119 227,00 €
62,4%
Alcanena
95 670 427,00 €
86 580 410,00 €
10,5%
Constância
171 711 478,00 €
137 262 682,00 €
25,1%
Entroncamento
10 935 731,00 €
12 949 771,00 €
-15,6%
Ferreira do Zêzere
13 231 433,00 €
10 046 474,00 €
31,7%
Mação
640 719,00 €
1 049 880,00 €
-39,0%
Ourém
72 289 118,00 €
63 807 429,00 €
13,3%
Sardoal
7 854,00 €
66 645,00 €
-88,2%
Sertã
17 139 218,00 €
16 064 861,00 €
6,7%
Tomar
31 124 244,00 €
26 033 424,00 €
19,6%
Torres Novas
176 358 380,00 €
152 707 090,00 €
15,5%
50,00 €
13 988,00 €
-99,6%
323 459,00 €
1 103 569,00 €
-70,7%
Lezíria do Tejo
899 135 504,00 €
781 229 067,00 €
15,1%
Almeirim
24 045 230,00 €
17 310 657,00 €
38,9%
Alpiarça
65 605 150,00 €
44 737 653,00 €
46,6%
Azambuja
234 123 982,00 €
191 164 646,00 €
22,5%
Benavente
205 968 632,00 €
161 492 474,00 €
27,5%
Cartaxo
47 712 423,00 €
46 058 724,00 €
3,6%
Chamusca
2 321 330,00 €
2 171 252,00 €
6,9%
Coruche
15 905 258,00 €
37 876 131,00 €
-58,0%
Golegã
4 634 407,00 €
4 148 410,00 €
11,7%
Rio Maior
84 355 041,00 €
99 102 661,00 €
-14,9%
Salvaterra de Magos
10 447 996,00 €
19 859 347,00 €
-47,4%
Santarém
204 016 055,00 €
157 307 112,00 €
29,7%
1 803 875 594,00 €
1 483 034 517,00 €
21,6%
Vila de Rei Vila Nova da Barquinha
GLOBAL (LT + MT)
A NERSANT, enquanto Associação Empresarial vocacionada para o aumento da competitividade das empresas da Região, tem colocado como uma das suas prioridades de intervenção, o apoio e incentivo ao crescimento das exportações do tecido empresarial regional.” www.nersant.pt
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INTERNACIONALIZAÇÃO
Estes números, globalmente são muito animadores e reforçam a necessidade de continuarmos a aposta nas nossas empresas. Contudo, será importante compreender a evolução das exportações no período 2016 a 2017:
Localização geográfica (NUTS - 2013)
2017
2016
Evolução
Evolução Absoluta
Médio Tejo
904 740 090,00 €
835 842 464,00 €
8,2%
68 897 626,00 €
Abrantes
315 307 979,00 €
256 689 177,00 €
22,8%
58 618 802,00 €
Alcanena
95 670 427,00 €
123 041 572,00 €
-22,2%
27 371 145,00 €
Constância
171 711 478,00 €
168 907 899,00 €
1,7%
2 803 579,00 €
Entroncamento
10 935 731,00 €
8 825 143,00 €
23,9%
2 110 588,00 €
Ferreira do Zêzere
13 231 433,00 €
5 857 241,00 €
125,9%
7 374 192,00 €
Mação
640 719,00 €
1 021 549,00 €
-37,3%
380 830,00 €
Ourém
72 289 118,00 €
66 045 181,00 €
9,5%
6 243 937,00 €
Sardoal
7 854,00 €
7 585,00 €
3,5%
269,00 €
Sertã
17 139 218,00 €
18 658 774,00 €
-8,1%
1 519 556,00 €
Tomar
31 124 244,00 €
34 397 608,00 €
-9,5%
3 273 364,00 €
Torres Novas
176 358 380,00 €
152 023 560,00 €
16,0%
24 334 820,00 €
Vila de Rei Vila Nova da Barquinha
As nossas empresas, os nossos empresários, os nossos gestores e colaboradores das empresas têm demonstrado qualidade, determinação e resiliência, que tem como resultado um maior desenvolvimento e distribuição da riqueza na nossa região.”
Exportações (€) de bens por Localização geográfica (NUTS - 2013)
Lezíria do Tejo
50,00 €
- €
323 459,00 €
367 175,00 €
-11,9%
43 716,00 €
50,00 €
899 135 504,00 €
809 342 571,00 €
11,1%
89 792 933,00 €
Almeirim
24 045 230,00 €
22 305 036,00 €
7,8%
1 740 194,00 €
Alpiarça
65 605 150,00 €
58 337 542,00 €
12,5%
7 267 608,00 €
Azambuja
234 123 982,00 €
223 638 887,00 €
4,7%
10 485 095,00 €
Benavente
205 968 632,00 €
184 162 469,00 €
11,8%
21 806 163,00 €
Cartaxo
47 712 423,00 €
43 870 423,00 €
8,8%
3 842 000,00 €
Chamusca
2 321 330,00 €
186 877,00 €
1142,2%
2 134 453,00 €
Coruche
15 905 258,00 €
13 222 728,00 €
20,3%
2 682 530,00 €
Golegã
4 634 407,00 €
4 006 545,00 €
15,7%
627 862,00 €
Rio Maior
84 355 041,00 €
74 071 687,00 €
13,9%
10 283 354,00 €
Salvaterra de Magos
10 447 996,00 €
8 680 990,00 €
20,4%
1 767 006,00 €
204 016 055,00 €
176 859 387,00 €
15,4%
27 156 668,00 €
1 803 875 594,00 €
1 645 185 035,00 €
9,6%
158 690 559,00 €
Santarém GLOBAL (LT + MT)
Podemos retirar as seguintes conclusões: •
A Lezíria do Tejo cresceu mais (+11,1%) que o Médio Tejo (8,2%);
•
O concelho de Abrantes é o que cresceu mais em termos absolutos (+58,6 milhões de euros). Na Lezíria do Tejo, foi Santarém que registou maior crescimento absoluto (+ 27,2 milhões de euros);
•
Em termos percentuais, os concelhos da Chamusca (1.142,2%), Ferreira do Zêzere (125,9%) e
Entroncamento (23,9%), foram os que registaram maior crescimento; •
Na Lezíria, nenhum concelho registou crescimento negativo
•
No Médio Tejo, os concelhos que registaram crescimento negativo foram Mação (-37,3%), Alcanena (-22,2%), Vila Nova da Barquinha (-11,9%), Tomar (-9,5%) e Sertã (-8,1%).
•
É neste sentido que faz toda a diferença a criação de condições para valorizar o produto das nossas empresas, ajudar a encontrar parceiros internacionais para os negócios e realizar encontros de negócios internacionais, como o que se realizará em Tomar, nos dias 15, 16 e 17 de Outubro próximo, enquadrado no 7º Encontro de Negócios – NERSANT Business 2018, que já conta com inscrições de empresários de 36 países.
Artigo da responsabilidade da NERSANT – Associação Empresarial da Região de Santarém
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OUTUBRO 2018
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INTERNACIONALIZAÇÃO
Passado um ano, o acordo comercial
O
dia 21 de setembro marcou o primeiro aniversário da entrada em vigor provisória do Acordo Económico e Comercial Global (CETA) entre a UE e o Canadá. Os primeiros sinais mostram que o acordo começou já a dar resultados positivos para os exportadores da UE. Cecilia Malmström, comissária responsável pelo Comércio, declarou: «O acordo comercial entre a UE e o Canadá está em vigor há um ano e estou satisfeita com os progressos realizados até agora. Os dados preliminares revelam que há muito para celebrar, mesmo nesta fase. As exportações aumentaram em termos globais, e muitos setores registaram aumentos notáveis. Esta é uma excelente notícia para as empresas europeias, grandes e pequenas. Como sempre acontece com estes acordos, há certas áreas em que temos de nos certificar de que aplicamos plenamente o que foi acordado, assegurando que os cidadãos e as empresas podem beneficiar plenamente das novas oportunidades. Este é um aspeto que tenciono discutir com os meus homólogos canadianos no Comité Misto na próxima semana. Congratulo-me por poder afirmar que a nossa parceria com o Canadá está mais forte do que nunca, estratégica e economicamente. Ambos defendemos para o comércio uma ordem internacional aberta e baseada em regras. O CETA é disso uma clara demonstração.» É ainda cedo, mas as tendências são positivas Além de suprimir praticamente todos os direitos aduaneiros, o CETA estimulou o ambiente empresarial entre a UE e o Canadá, oferecendo uma segurança jurídica valiosa para as empresas da UE que pretendem exportar. Embora seja demasiado cedo para tirar conclusões sólidas, os resultados comerciais iniciais apontam na direção certa. As últimas estatísticas disponíveis, que abrangem o período de outubro de 2017 a junho de 2018, indicam que as exportações aumentaram mais de 7 % em termos homólogos ao nível da UE. Determinados setores apresentam resultados particularmente positivos. As máquinas e aparelhos mecânicos, que correspondem a um quinto das exportações da UE para o Canadá, registaram um aumento de mais de 8 %. Os produtos farmacêuticos, que representam cerca de 10 % das exportações da UE
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OUTUBRO 2018
para o Canadá, registaram uma subida de 10 %. Outras exportações da UE importantes registaram também aumentos: o mobiliário aumentou 10 %, os perfumes/cosméticos 11 %, o calçado 8 % e o vestuário 11 %. No que diz respeito aos produtos agrícolas, há igualmente alguns números encorajadores: as exportações de frutos, incluindo frutos de casca rija, aumentaram 29 %, as de chocolate 34 %, as de vinhos espumantes 11 % e as de whisky 5 %. As empresas que já retiram benefícios do CETA de diversas formas incluem, por exemplo: O consórcio de produtores italianos de
fiambre San Daniele, que aumentou as suas vendas para o Canadá em 35 %. As exportações de produtos agrícolas italianos para o Canadá aumentaram 7,4 % em termos globais. A empresa de chocolates belga Smet Chocolaterie, que abriu a sua primeira loja em Ontário, Canadá, para responder ao aumento da procura dos seus produtos; graças à abolição de direitos de importação de 15 %, as suas vendas aumentaram em um quinto em comparação com o ano passado. As exportações europeias de chocolate para o Canadá aumentaram 34 % em termos globais.
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UE-Canadá traz resultados positivos A empresa espanhola Hiperbaric, que produz maquinaria inovadora para preservação de alimentos por alta pressão; graças ao CETA, é mais fácil para os seus trabalhadores entrarem temporariamente no Canadá para instalar e fazer a manutenção do seu equipamento. Estão disponíveis aqui exemplos de empresas da Bélgica, Estónia, Finlândia, França, Irlanda, Itália, Países Baixos, Espanha e Suécia. A Comissária Cecilia Malmström visitou o Canadá em 26 e 27 de setembro para fazer um balanço dos progressos. Em Montreal, a comissária encontrou-
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-se com o Ministro da Diversificação do Comércio Internacional, James Gordon Carr. Irá participar, em 26 de setembro, na primeira reunião do Comité Misto UE-Canadá, a instância máxima para o debate pelas duas partes de assuntos de interesse relacionados com o acordo. Visitará igualmente várias empresas europeias e canadianas, encontrar-se-á com representantes de empresas que estão já a utilizar o acordo, e discursará na Universidade de Montreal, em 27 de setembro.
CONTEXTO O acordo CETA oferece novas oportunida-
des para que as empresas da UE de todas as dimensões exportem para o Canadá. O acordo eliminou os direitos aduaneiros sobre 98 % dos produtos que a UE comercializa com o Canadá, o que corresponderá a cerca de 590 milhões de euros de poupanças em direitos aduaneiros por ano quando todas as reduções pautais entrarem em vigor. Confere igualmente às empresas da UE o melhor acesso aos contratos públicos canadianos jamais oferecido a empresas estrangeiras, não só a nível federal, mas também a nível provincial e municipal. O CETA cria novas oportunidades para os nossos agricultores e produtores de alimentos, mas continuará a proteger plenamente os setores sensíveis da UE. Graças a este acordo, 143 produtos alimentares e bebidas de elevada qualidade da UE (as «indicações geográficas») podem agora ser vendidos no Canadá sob o seu próprio nome e estão protegidos de imitações. O CETA proporcionará também melhores condições aos prestadores de serviços, maior mobilidade para os trabalhadores das empresas e um quadro que permitirá o reconhecimento mútuo das qualificações profissionais, desde os arquitetos aos operadores de gruas. O CETA entrou em vigor a título provisório em 21 de setembro de 2017 no seguimento da sua aprovação pelos Estados-Membros da UE, expressa no Conselho, e pelo Parlamento Europeu. No entanto, o acordo só entrará em vigor de forma definitiva e completa quando todos os Estados-Membros da UE o tiverem ratificado. A UE tem 39 acordos comerciais em vigor com 69 países. O mais recente é o acordo celebrado entre a UE e o Japão. Os acordos comerciais da UE provaram ser um estímulo do crescimento europeu e da criação de emprego. O acordo comercial UE-Coreia do Sul é disso exemplo. Desde a sua entrada em vigor em 2011, as exportações da UE para a Coreia do Sul aumentaram mais de 55 %, as exportações de certos produtos agrícolas aumentaram 70 %, as vendas de automóveis da UE na Coreia do Sul triplicaram e o défice comercial transformou-se em excedente. Na Europa, 31 milhões de postos de trabalho dependem das exportações. Em média, cada mil milhões de euros de exportações suplementares corresponde à criação de 14 000 postos de trabalho na UE.
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INTERNACIONALIZAÇÃO
Grande Forum Internacional de Negócios em Portugal já vai na 7ª ediçao
NERSANT Business 2018 junta empresários de 36 países para fazer negócios Europa, África, América e Ásia. O NERSANT Business 2018 vai reunir este ano delegações de 36 países e cerca de 200 empresários no Hotel dos Templários, em Tomar, entre os dias 15 e 17 de outubro. O fórum internacional de negócios, que já vai na sua 7ª edição, é uma das maiores mostras de networkig em Portugal. Tem um cariz muito pragmático, focado no encontro entre empresários e na concretização de negócios, com o objetivo de promover as exportações e atrair investimento estrangeiro para o Ribatejo.
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NERSANT Business é já uma marca de prestígio. O crescimento alcançado nos últimos anos demonstra isso mesmo. Basta recordar que na primeira edição, em 2012, recebemos delegações de seis países. Este ano estarão 36 países representados, vindos de todas as partes do mundo em busca de oportunidades de negócio em diferentes setores. Esta procura também dignifica a excelência das empresas do Ribatejo e de Portugal, que têm sabido procurar
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caminhos alternativos, investindo na internacionalização do seu negócio e na procura de novos mercados”, afirma Maria Salomé Rafael, Presidente da Direção da NERSANT. África do Sul, Alemanha, Argélia, Bélgica, Brasil, Bulgária, Cabo Verde, Canadá, Colômbia, Emiratos Árabes Unidos, Equador, EUA, França, Holanda, Hungria, Índia, Irão, Marrocos, México, Moçambique, Namíbia, Paraguai, Peru, Polónia, Reino Unido, Roménia e São Tomé e Príncipe. São
estes os países que vão este ano voltar a participar no NERSANT Business, aos quais se juntam os estreantes Arábia Saudita, Argentina, Finlândia, Hong Kong, Lituânia, Qatar, Suécia, Tunísia e Uruguai. No total, são 36 países e muitos os setores de atividade que vão estar representados, com destaque para a agroindústria, comércio de produtos agroalimentares e bebidas, construção civil e obras públicas, materiais de construção, energias renováveis/alter-
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nativas, metalomecânica, transportes e logística, tecnologias da informação e da comunicação (TIC), entre outros. O NERSANT Business permite que cada um dos empresários portugueses que participam no evento possa reunir no mesmo espaço com empresários estrangeiros, com o objetivo de apresentar a sua empresa, o seu negócio, produto ou serviço e daí obter mais-valias comerciais. Há um trabalho prévio por parte da NERSANT no sentido de elaborar um calendário de reuniões B2B para cada um dos participantes e de acordo com os seus objetivos especí-
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ficos, e que se realizarão nos primeiros dois dias do evento (15 e 16 de outubro). O terceiro dia (17 de outubro) é dedicado a visitas às empresas portuguesas participantes. No ano passado foram realizadas mais de 1000 reuniões de negócios. O NERSANT Business tem como objetivos proporcionar a realização de negócios entre os empresários ribatejanos e de todo o país com os empresários estrangeiros, promover a internacionalização das empresas e dar a conhecer aos investidores presentes as potencialidades do Ribatejo, nomeadamente as
infraestruturas de acolhimento existentes, entre as quais se incluem Centros Tecnológicos, cinco novos Parques de Negócios e escolas profissionais que trabalham em cooperação com empresas e instituições de ensino superior. Esta é a 7ª edição do NERSANT Business, que tem, ao longo dos anos, obtido um crescimento assinalável. É uma iniciativa desenvolvida no âmbito do projeto Ribatejo Global, aprovado pelo COMPETE 2020 no âmbito do SIAC e financiado pela União Europeia através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional.
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INTERNACIONALIZAÇÃO
Turquia representa mercado potencial de 4 mil milhões de euros para o Ribatejo
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NERSANT - Associação Empresarial da Região de Santarém, analisou o comércio externo entre Santarém e a Turquia, bem como do resto do mundo e concluiu que este país constituiu uma oportunidade de negócio para o Ribatejo no valor de 4 mil milhões de euros. Para já, a região do Ribatejo apenas exporta 4 milhões de euros, o que significa que há muito espaço para crescimento. Entre os 69 produtos com potencial de exportação identificados, destacam-se duas categorias, quer pela quantidade de produtos, quer pelo valor de mercado potencial. Na categoria Máquinas e aparelhos, material elétrico, e suas partes aparelhos de gravação ou de reprodução de som, aparelhos de gravação ou de reprodução de imagens e de som em televisão, e suas partes e acessórios, com um total de 20 produtos e um potencial de mercado de 650 milhões, evidenciam-se dois produtos, com um potencial de mercado acima dos 100 milhões: Moldes para borracha ou plástico, para moldagem por injeção ou por compressão e Quadros, painéis, consolas, cabinas, armários e outros suportes para comando elétrico ou distribuição de
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energia, para tensão > 1.000 V. De notar também que 19 produtos são da mesma secção a 2 dígitos, Reatores nucleares, caldeiras, máquinas, aparelhos e instrumentos mecânicos, e suas partes. Em termos de países fornecedores deste tipo de produtos os principais são a Alemanha, China, Itália, França e Espanha. Estes top 5 são compostos, salvo raras exceções, por países europeus. De notar que Portugal é o quinto maior fornecedor de Guindastes de torre e o quarto de Máquinas e aparelhos para obras públicas, construção civil ou trabalhos semelhantes. O maior valor de potencial de exportação vai, no entanto, para Material de Transporte, com um potencial de mercado de 1,4 mil milhões de euros, distribuídos em cinco produtos, sendo que dois deles concentram um mercado potencial acima dos mil milhões de euros: Veículos automóveis para transporte de mercadorias, de peso bruto (peso em carga máxima) = < 5 t e Travões e servofreios e suas partes, para tratores, autocarros, automóveis de passageiros, veículos automóveis para transporte de mercadorias e veículos automóveis para usos especiais. De referir que a região de Santarém exporta já 2,3 milhões de euros
de produtos desta secção para a Turquia. Os principais fornecedores destes produtos são a Alemanha, China, Itália, França e Espanha. Com exceção dos Estados Unidos e República da Coreia, os restantes fornecedores são do continente europeu. Estes estudos de mercado estão a ser elaborados pela NERSANT, no âmbito do projeto de apoio à exportação, ExportIntelligence. Para além da informação sobre os produtos da região com maior potencial de exportação, estão ainda disponíveis informações complementares sobre o país, nomeadamente informações sobre as relações económicas com Portugal, comércio internacional, caráter fiscal, e procedimentos para a exportação. Para além da Turquia, as empresas podem ainda aceder a estudos de mercado de suporte à internacionalização referentes a outros países como a Austrália, Canadá, Chile, Colômbia, Gana, Marrocos, México, Moçambique, Polónia e Turquia. Os interessados em solicitar os estudos devem direcionar o seu pedido do Departamento de Apoio Técnico, Inovação e Competitividade da NERSANT através dos contactos datic@nersant.pt ou 249 839 500.
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