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Setembro 2018 | Ano III | N.º 36
Tânia Lourenço, Bau Special Solutions
“O Move PME veio ajudar enormemente no nosso crescimento”
Ca CO3 restaura património de norte a sul do país… mas quer lançar-se além-fronteiras
P. 16
P. 44
NERSANT Business em Tomar em outubro
Ribatejo é palco de um dos maiores encontros internacionais de negócios do país
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ÍNDICE
24 Setembro 2018 | Ano ||| | N.º 36
DESENVOLVIMENTO REGIONAL
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Notícias
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Poder Local
16
Tânia Lourenço, diretora comercial da Bau Special Solutions: “O Move PME veio ajudar enormemente no nosso crescimento”
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AVIS Portugal assina protocolo com a NERSANT
INFORMAÇÃO E APOIO 23
Comissão Europeia: Atualização da legislação de bloqueio entra em vigor para apoiar o acordo nuclear com o Irão Esclarecimentos sobre o Decreto-Lei aprovado pelo Governo relativo ao registo e seguro de drones
24
Brexit: Comissão Europeia esclarece preparativos de saída do Reino Unido da UE
27
Projetos empresariais já podem arrancar com o investimento antes de formalizar candidatura ao Portugal 2020
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28 33
VIVER O TEJO Vote na sua praia fluvial preferida
EMPREENDEDORISMO E INOVAÇÃO 30
Notícias
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Bons Sons teve pratos de base biológica feitos a partir de farelo de trigo
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In-Bottle: Especialistas em engarrafamento
INTERNACIONALIZAÇÃO 36
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Notícias
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Ca CO3 restaura património de norte a sul do país… mas quer lançar-se além-fronteiras
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Informação Jurídica: Preços de Transferência em Moçambique
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Travões e servofreios são os produtos da região com maior potencialde exportação para o México
38 FICHA TÉCNICA Diretora: Maria Salomé Rafael Conselho Redatorial: Cláudia Monteiro Sandra Pereira ribatejo.invest@nersant.pt
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Publicidade: Maria João Rodrigues maria.joao@nersant.pt Propriedade: NERSANT, AE. Várzea de Mesiões - Apartado 177 2354-909 Torres Novas Tel.: 249 839 500 | Fax: 249 839 509 www.nersant.pt
Periodicidade: Mensal Tiragem: 500 exemplares
Isento de registo na ERC ao abrigo do decreto regulamentar 8/99 de 9/6 artigo 12.º, n.º 1 a)
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DESENVOLVIMENTO REGIONAL
Editorial
Ribatejo Invest
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stá em discussão pública, durante este mês de setembro, o Programa Nacional de Investimentos (PNI). No PNI 2030 estarão definidas as prioridades de investimentos estratégicos de médio e longo prazo, nos setores da Mobilidade e Transportes, Ambiente e Energia. Dito de outro modo, este será um documento estratégico e orientador, que irá condicionar os investimentos a realizar, pelo menos, nos próximos 25 anos. Tendo em conta a importância e a repercussão que o PNI representa para a região, a NERSANT está empenhada em participar ativamente nesta discussão. Queremos avançar rapidamente com este debate alargado, envolvendo as duas Comunidades Intermunicipais da Região, câmaras municipais, empresas, instituições de ensino superior, entidades da vida social e económica, mas também individualidades que possam trazer um valor acrescido a esta reflexão. Esta será uma das prioridades que nos irá mobilizar no imediato. Há muito que a NERSANT defende o desenvolvimento harmonioso do território, tendo já identificado alguns dos constrangimentos que contribuem para a manutenção de algumas assimetrias regionais. Deste amplo debate que queremos promover, estabelecemos apenas como condição que a defesa dos interesses da região, como um todo, prevaleça sobre qualquer ruído local que possa surgir. Há por isso que estabelecer prioridades, definir claramente onde e como nos queremos posicionar, e promover consensos. Avizinham-se duras negociações e é importante que do Ribatejo surja uma voz única, só assim fortalecida.
Maria Salomé Rafael Presidente da Direção da NERSANT
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SETEMBRO 2018
HIDRO IBÉRICA CELEBRA 30 ANOS A Hidro Ibérica, empresa de Salvaterra de Magos com um vasto historial no mercado dos sistemas de rega, acaba de comemorar o seu 30.º aniversário. A empresa fez questão de partilhar a efeméride com os seus clientes e fornecedores, tendo remetido uma comunicação aos mesmos a agradecer a confiança e colaboração ao longo dos anos. “Só faz sentido comemorar os 30 anos da Hidro Ibérica se o fizermos juntos. É com uma enorme alegria que o fazemos e que aproveitamos para partilhar todos estes anos que permanecemos ao serviço dos sistemas de rega, não só em Portugal, como agora também no estrangeiro”, referiu a empresa em comunicado. A Ribatejo Invest congratula a empresa pelo aniversário.
CAMIÕES ELÉTRICOS DA MITSUBISHI PRODUZIDOS NO TRAMAGAL JÁ CIRCULAM EM LISBOA É sabido que a Mitsubishi em Portugal, com sede em Tramagal, concelho de Abrantes, está a produzir os camiões totalmente elétricos, os eCanter, já em testes em cinco cidades do mundo - Amesterdão, Berlim, Londres, Nova Iorque e Tóquio. Lisboa juntou-se agora a estas cinco cidades para a segunda fase de testes do Fuso eCanter, que deverá ter a duração de cerca de dois anos. As viaturas já foram entregues à autarquia lisboeta e serão utilizadas para a recolha de resíduos e objetos de grande volume. As mesmas estão equipadas com baterias que asseguram 100 quilómetros de autonomia. A comercialização do Fuso eCanter apenas deverá iniciar-se em finais de 2019 ou início de 2020. No total, foram 100 as unidades produzidas no Tramagal, em Abrantes, para serem testadas em todas as cidades que integram o projeto, com exceção de Tóquio. Tal como já acontece com a produção atual da fábrica no Tramagal, a maioria das unidades fabricadas serão canalizadas para as exportações. Esta será a única unidade na Europa a fabricar o Fuso eCanter, tendo a seu cargo o abastecimento de todo o mercado europeu.
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AGROSPORT É PME LÍDER 2018…
A Agrosport Lda., empresa com sede no Cartaxo, acaba de ser agraciada com o selo de reputação criado pelo IAPMEI, o estatuto PME Líder. Na sua página de facebook, a empresa agradeceu a distinção agora atribuída: “é com satisfação que recebemos, uma vez mais, o Estatuto PME Líder 2018! Agradecemos a todos os colaboradores, clientes, fornecedores e parceiros, toda a confiança que depositam em nós. Sem vós nada disto seria possível.”
A Agrosport teve o seu início de atividade em 1990, com o negócio dos equipamentos para a construção civil. Em 1993 surgiu a necessidade de complementar a sua atividade com um serviço de pós venda, inaugurando assim oficina própria. A Agrosport tem como princípio fundamental a satisfação contínua das necessidades identificadas nos seus clientes, procurando na experiência do passado os alicerces do futuro. Representante de várias marcas, a empresa lançou em 2001 a PNTECH, que veio revolucionar a forma tradicional de construir estruturas em betão na construção civil. O sistema PNTECH é um sistema de painéis modulares em alumínio com revestimento de madeira marítima que permite uma constru-
ção rápida, segura e antissísmica. O sistema PNTECH é já reconhecido internacionalmente por empresários de vários países como os Estados Unidos da América, França, Alemanha, Espanha, Angola, Africa do Sul e muitos outros.
O estatuto PME Líder é um selo de reputação de empresas criado pelo IAPMEI para distinguir o mérito das PME nacionais com desempenhos superiores e é atribuído em parceria com o Turismo de Portugal, um conjunto de bancos parceiros e as Sociedades de Garantia Mútua, tendo por base as melhores notações de rating e indicadores económico-financeiros. O estatuto tem associado um conjunto de benefícios, como o acesso em melhores condições a produtos financeiros e a uma rede de serviços, a facilitação da relação com a banca e um certificado de qualidade para as empresas na sua relação com o mercado. Faz ainda parte dos objetivos
deste programa estimular a eficiência do processo de intermediação bancária e potenciar o alargamento do mercado de capitais a empresas de dimensão intermédia.
… E A ZONE SOFT TAMBÉM Quem também conseguiu alcançar o estatuto PME Líder 2018, foi a Zone Soft, empresa dedicada à produção e comercialização de produtos de software desenvolvidos integralmente para a área de restauração e bebidas, comércio em geral e mobilidade. A empresa do Entroncamento agradeceu de igual forma este reconhecimento nas redes sociais: “Obrigado a Todos os parceiros, clientes, colaboradores, familiares, fornecedores, amigos e demais que nos ajudaram a conquistar mais este reconhecimento importante. Agora é aguardar a chegada do Excelência 2018. Obrigado a todos, este reconhecimento é vosso”, disse Michael Salvado, Diretor Comercial da empresa.
SERVIROAD INVESTE 4 MILHÕES EM BENAVENTE EM PROJETO DE IMOBILIÁRIO A Serviroad Trading - Logística e Transporte vai investir no concelho de Benavente mais de 4 milhões de euros num projeto de imobiliário, junto às Piscinas Municipais de Benavente. O lote tem mais de 7.800 m2 e vai ter uma área de construção de 6.000 m2 com 25 apartamentos de T2 a T4 com garagens, ginásio, Health Club e Penthouse. Prevê-se que a obra esteja concluída no ano de 2020, estando o projeto a cargo da empresa Risco Singular - Arquitetura Lda. A Serviroad Trading foi criada em 2011, com objetivo de auxiliar os mercados português e angolano na sua expansão e crescimento, eliminando os riscos habitualmente associados à importação e exportação de produtos e garantindo total transparência, confiança e profissionalismo. Com instalações próprias em Angola e Portugal (Benavente) e uma ampla rede de contactos e parcerias, a equipa
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da empresa garante maior agilidade em todas as fases do processo, minimizando os transtornos burocráticos e logísticos, fidelizando cada vez mais clientes pela sua inteira satisfação. Um processo “chave-na-mão”, delineado por três passos simples:
orçamentar, recolher e entregar. De forma a assegurar a continuidade das relações comerciais com os seus clientes, a empresa exclui apenas o transporte perigoso de mercadorias (ADR), abrangendo todas as restantes áreas de atividades.
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DESENVOLVIMENTO REGIONAL
Sumol lança edição limitada tribal de Sumol Maracujá
A Sumol lançou uma edição limitada tribal nas latas de Sumol Maracujá, sob o mote “Maracujá? Já ou já foste”, com o propósito de levar os consumidores a colecionar as quatro latas. A temática desta edição foi inspirada nas máscaras das tribos do Pacífico e Américas, onde o maracujá é cultivado. Tudo nesta campanha foi pensado para gerar curiosidade. “Queremos, com esta nova campanha, criar desejo e excitação à volta de Sumol Maracujá através das novas latas temáticas, num tom disruptivo e irreverente que acreditamos que irá surpreender o ‘target’”, referiu Filipe Guerreiro, Marketing Manager Refrigerantes & Águas Sumol+Compal. A nova campanha, produzida pela Bro com animação Musgo, assinada pela J.Walter Thompson, planeada pela Initiative Media, com gestão das redes sociais pela Live Content, foi lançada no dia 9 julho, com um plano integrado em diversos meios como TV, exterior, digital e redes sociais, com um especial foco em “mobile”. O plano será ainda apoiado por uma ação de “sampling” pelas praias de norte a sul do país. De referir que a Sumol é uma marca produzida pela Sumol+Compal, que tem uma unidade fabril no Ribatejo, mais concretamente em Almeirim.
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TRIGÉNIUS reforça presença em Lisboa A TRIGÉNIUS adquiriu uma carteira de clientes em Lisboa, reforçando desta forma a sua presença nesta zona geográfica. Simultaneamente, inaugurou um novo espaço, no Alfrapark, em Alfragide, e reforçou a equipa com dois novos consultores. Não é segredo que a TRIGÉNIUS tem vindo a crescer de forma sustentada ao longo do tempo. No ano em que a empresa completa 20 anos de existência, esse crescimento tem-se traduzido num acréscimo de procura de recursos humanos qualificados por forma a dar resposta às solicitações cada vez mais exigentes dos seus clientes. Mantendo a sua sede em Fátima, local da sua origem, a TRIGÉNIUS abrange hoje todo o território nacional ainda que a sua atividade seja mais acentuada nos distritos de Leiria, Santarém e agora Lisboa. Com este reforço em Lisboa, será ainda possível estar mais próximo dos atuais clientes TRIGÉNIUS nesta zona geográfica. No que respeita a parceiros, com esta
incorporação de clientes e recursos, a TRIGÉNIUS passa a representar também o software Eticadata que se junta ao vasto leque de importantes parceiros como o Software Primavera, PHC, SAP, Microsoft, Xerox ou Fujitsu, entre outros. Abrem-se assim novas oportunidades que representam sinais de prosperidade e ambição para os próximos 20 anos de atividade da TRIGÉNIUS.
Compal lança campanha de comunicação para novo sabor A atriz Cláudia Vieira é a cara da nova campanha de comunicação da Compal, referente ao lançamento do novo Compal Vital Tangerina e Água de Coco. “A campanha assenta numa narrativa de equilíbrio e dualidade, demonstrando que é possível ter todo o sabor Compal sem sentir culpa”, diz a marca em comunicado. “Todos temos dois lados. Mas nenhum resiste ao delicioso sabor da tangerina e à frescura da água de coco” é a assinatura da nova campanha criada pela Young & Rubicam, produzida pela Krypton com a Film Brokers e com planeamento de meios da Initiative. A campanha vai estar no ar durante todo o verão, com televisão em canais generalistas e cabo, em exterior com mupis, degustação de produto em praias de norte a sul do país, ponto de venda e em vários canais digitais, entre os quais
redes sociais. A doçura da tangerina, que contrasta com o seu sabor cítrico, alia-se à frescura da água de coco, criando uma combinação muito refrescante e baixa em calorias, pois é adoçada naturalmente com stevia, uma planta cujo poder adoçante é 300 vezes superior ao do açúcar.
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Nobre volta a apoiar o Verão de Santarém, apadrinhando as tradicionais “Pombinhas”… A Nobre, marca líder de mercado nos produtos de charcutaria em Portugal, com sede em Rio Maior, volta a marcar presença no “Verão In. Str… é um Espanto”, iniciativa de âmbito cultural que tem como objetivo dinamizar e revitalizar o centro histórico de Santarém, apadrinhando as tradicionais “Pombinhas de Santarém” – delicioso pão, símbolo do culto do Espírito Santo, que remete para o bodo distribuído aos pobres no Pentecostes. No âmbito desta iniciativa que se realiza até 23 de setembro, e em parceria com o Município de Santa-
rém e com a Compal, a Nobre apresenta o “Menu História com Arte” composto por uma “Pombinha” com Fiambre Nobre e por um Néctar Compal. Este Menu está disponível nas melhores e mais prestigiadas pastelarias da cidade, nomeadamente as do centro histórico. “É com grande orgulho que a Nobre, que
… é distinguida nos Masters da Distribuição 2018…
A Nobre recebeu a distinção de Master Produto Charcutaria, com o seu produto Salsichas Nobre Baixo Teor de Gordura, na 27.ª edição dos Masters da Distribuição, o evento que tem como objetivo distinguir o que de melhor se faz no retalho e na produção, com várias categorias a concurso. Lançadas em 2017, as Salsichas Nobre Baixo Teor de Gordura têm menos de 3% de gordura, não têm aditivos, lactose ou glúten. Adicionalmente as Salsichas Nobre Baixo Teor de Gordura têm um elevado teor de proteína, quinoa, soja e ainda fibra. Uma fórmula que mereceu um parecer do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) que refere que as Salsichas Nobre Baixo Teor de Gordura apresentam valores consideravelmente baixos em diversos parâmetros, o que a favorece sob
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o ponto de vista nutricional, quando comparada com a média de produtos de peito de peru e peito de frango. Em média e de acordo a Tabela da Composição de Alimentos (2015) esta nova gama de salsichas apresenta uma diferença de -27% no valor energético e de -24% no teor de gordura total em comparação com a média de peito de peru e peito de frango. “Este reconhecimento do Masters da Distribuição 2018 significa que a Nobre continua fiel ao seu ADN, focada em antecipar as necessidades dos seus consumidores inovando”, refere Lia Oliveira, Diretora de Marketing da Nobre. A Nobre é uma marca portuguesa de origem familiar, com mais de 60 anos de história. Reconhecida pela qualidade e inovação dos seus produtos, a Nobre mantém-se fiel aos processos e às receitas que ao longo de seis décadas lhe dão a liderança de mercado nos produtos de charcutaria. Em 2016 obteve a certificação IFS FOOD, com uma pontuação de 96%, o que reforça a excelência na qualidade, segurança alimentar e satisfação dos clientes e consumidores.
nasceu em Rio Maior, se associa mais uma vez a este projeto que pretende dinamizar e revitalizar a capital do Ribatejo e do gótico tão presente no centro histórico da cidade. Ficamos felizes por podermos contribuir para a divulgação de uma das mais deliciosas tradições de Santarém”, comenta Lia Oliveira, Diretora de Marketing da Nobre.
… E apoiou a prova Volta a Portugal em Bicicleta
A Nobre apoiou, mais uma vez, a Volta a Portugal em Bicicleta, a maior prova da modalidade realizada em território nacional, e que decorreu este ano entre os dias 1 e 12 de agosto. Com ativações da marca em todas as etapas, a Nobre esteve presente na 80.ª edição da prova com o “Prémio Portugal é Nobre”, que consiste na oferta de produtos alimentares da marca, em quantidade equivalente ao peso do vencedor de cada etapa, a instituições de solidariedade das cidades por onde passou a Volta a Portugal. Em simultâneo, a marca, nascida em Rio Maior há 61 anos, disponibilizou ainda na tenda Nobre um conjunto de jogos, incluindo Matraquilhos XXL, e brindes Nobre Cuida-t+, a gama para consumidores que procuram uma alimentação mais equilibrada e um estilo de vida saudável. “É com orgulho redobrado que a Nobre apoia, pelo quarto ano consecutivo, a Volta a Portugal em Bicicleta, uma festa apaixonante e que aproxima todos os portugueses, de norte a sul do país. A responsabilidade social faz parte do ADN da Nobre. Somos uma empresa de causas e apostamos na luta contra a fome e na cidadania ativa. Fazemo-lo através de ações como o ‘Prémio Portugal é Nobre’ ou através de iniciativas como a ‘Nobre Casa de Cidadania’, que tem como objetivo reconhecer e homenagear os cidadãos autores de atos nobres e, através desses exemplos, estimular e motivar à cidadania”, afirmou Lia Oliveira, diretora de Marketing da Nobre.
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DESENVOLVIMENTO REGIONAL NERSANT VOLTA A ORGANIZAR EVENTO EM BENAVENTE
Torneio Empresarial de Golfe agendado para 10 de novembro A NERSANT - Associação Empresarial da Região de Santarém já tem data marcada para a realização do seu Torneio Empresarial de Golfe. O evento, que reúne anualmente dezenas de empresas da região, vai voltar a realizar-se em Benavente, desta vez no dia 10 de novembro. O Santo Estêvão Golfe, situado em Vila Nova de Santo Estêvão, a poucos quilómetros de Benavente, será palco da realização desta iniciativa, que pretende reunir em ambiente de salutar competitividade, diversas empresas da região, bem como os seus colaboradores, fornecedores, clientes ou demais convidados. À semelhança dos anos anteriores, a prova será disputada na modalidade Stableford, em que o resultado do jogador é contado em pontos e não em pancadas.
CasaBang a recrutar… A CasaBang, empresa do ramo da construção com sede em Ferreira do Zêzere, encontra-se neste momento a recrutar colaboradores para a execução de tarefas variadas
Os prémios serão atribuídos nas vertentes Net e Gross. Para mais informações sobre o evento, os interessados devem contactar o Núcleo NERSANT da região do Sorraia, para os contactos nucleo.sorraia@nersant.
pt ou 263 516 510. As inscrições podem ser efetuadas no portal da associação empresarial, em www.nersant.pt, onde estarão também disponibilizadas as condições de participação no evento.
neste setor de atividade. A empresa procura colaboradores, com ou sem experiência, para acompanhar as tarefas inerentes à produção da empresa que está maioritariamente associada à construção em madeira. São valorizados bons conhecimentos de eletricidade, canalização, carpintaria e pintura. A CasaBang é uma empresa jovem e inovadora que aposta na construção em madeira de elevada qualidade e design exclusivo, nomeadamente, abrigos de jardim, bungalows, casas, armazéns, garagens, gazebos, entre outros. A CasaBang disponibiliza um produto de elevada qualidade, de design exclusivo e parâmetros de exigência que só a madeira
como matéria-prima de excelência pode oferecer, sem deixar de parte as preocupações atuais com a conservação e preservação da natureza. A empresa só utiliza nas suas construções matérias-primas com a Certificação CE0380-CPD-4001 e segue as normas PEFC/10-32-4. Os interessados em enviar o seu curriculum vitae ao cuidado da empresa, devem fazê-lo através do e-mail geral@casabang.pt ou entrar em contacto com a empresa por telefone, através dos contactos 249 575 051 ou 910 815 206. É ainda possível a entrega presencial da candidatura na sede da empresa, sita na Rua José Simões Baião, N.º 67, em Águas Belas - Ferreira do Zêzere.
agrícolas, conhecimentos de espanhol, inglês e francês, aptidão pela área comercial, carta de condução e disponibilidade para deslocações.
Os interessados em enviar o seu curriculum vitae, podem enviar o mesmo para vinomatos@vinomatos.com, com referência ao anúncio “Comercial”.
… E Vinomatos também A Vinomatos, Lda, empresa líder de mercado na plantação guiada por GPS, exportadora de máquinas e serviços agrícolas para toda a Europa e em fase de expansão a outros mercados internacionais, está a recrutar comercial. De acordo com a empresa, o profissional será responsável pela comercialização de tratores e máquinas agrícolas desenvolvidas e representadas pela empresa no mercado ibérico. Terá como função a gestão de clientes, venda direta, elaboração de propostas, prospeção de mercado e angariação de novos clientes. Para esta função, a empresa solicita experiência anterior em funções similares, conhecimentos de máquinas e serviços
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Wise Learning
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DESENVOLVIMENTO REGIONAL
Caima patrocina duas bolsas universitárias a alunos de Constância A conhecida empresa de celulose situada em Constância, a Caima, vai patrocinar duas bolsas para alunos deste concelho que pretendam continuar os seus estudos no ensino superior. As duas bolsas oferecidas pela Caima integram o projeto Bolsas Sociais EPIS – “Escolas de Futuro”. São bolsas de mérito académico para alunos do concelho de Constância que tenham concluído com sucesso o 12.º ano e estejam a iniciar os estudos na universidade no próximo ano letivo. As candidaturas, processos de seleção e atribuição de bolsas, devem ser feitos em nome do aluno, com o apoio da escola a que pertenceram no 12.º ano de escolaridade. As bolsas serão atribuídas nominalmente aos alunos e são intransmissíveis, estando condi-
cionadas à aceitação e frequência de um curso universitário, confi rmada pela instituição de ensino superior. A Caima é uma das empresas que integra a associação EPIS – Empresá-
rios pela Inclusão Social criada, em 2006, para combater o insucesso e abandono escolares, com particular atenção à potenciação e capacitação de jovens em risco.
Annie Campers adquire segunda viatura
A Annie Campers, empresa de aluguer de autocaravanas inspirada no conceito “Road-Trip” em carrinhas rápidas e versáteis, com sede em Rio Maior, acaba de adquirir a segunda viatura, que está já ao dispor dos clientes. A empresa arrancou a sua atividade com o aluguer de uma autocaravana, que transformou num hotel itinerante, com todas as comodidades. Neste momento, devido ao crescimento do negócio, a empresa já dispõe de uma segunda viatura, que já pode ser alugada pelos clientes. As autocaravanas são entregues com um vasto conjunto de extras incluídos que garantem umas férias memoráveis com o máximo conforto e autonomia, tais como televisão, internet, atoalhados e talheres, e ainda vários extras de acordo com diversas necessidades específicas a nível de desporto e outras atividades lúdicas. De referir que a Annie Campers nasceu de uma enorme paixão pessoal de viver livremente as férias sem barreiras geográficas ou preocupações de horários, com o máximo de conforto.
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CTIC dinamiza apresentação de tendências outono/inverno 2019-2020 Dando continuidade ao trabalho que tem sido desenvolvido no âmbito do projeto PT Leather In Design promovido pela APIC, foram apresentadas no auditório do CTIC, as tendências de outono/inverno 2019-2020, perante uma plateia bastante interessada. Além de uma forte presença por parte do setor, o evento contou também com a participação de representantes do IAPMEI, Direção Geral das Atividades Económicas, Câmara Municipal de Alcanena e Centro de Formação Profissional da Indústria de Calçado. A estilista/consultora Marita Ferro apresentou a Coleção AW 2019/20, patente no Book elaborado para o efeito. Na exposição realizada no hall do CTIC foi feita uma mostra das peles desenvolvidas pelas empresas aderentes e ainda de vários protótipos de calçado elaborados pelos estudantes do CFPIC, futuros designers.
Gallo desafia Hamburgueria do Bairro a lançar hambúrguer que celebra o seu novo piri-piri Com um nível de picante superior ao da versão original, a Gallo, marca detida pela empresa Vítor Guedes, de Abrantes, desafia os amantes de picante com o lançamento de um novo piri-piri mais intenso. Agora, a marca desafiou a Hamburgueria do Bairro a lançar um hambúrguer especial para celebrar o lançamento deste novo produto. De acordo com Susana Costa, responsável de Marketing de Gallo, “Gallo é a única marca a oferecer aos consumidores piri-piri em azeite, uma receita única e autêntica que combina o sabor rico e encorpado do azeite Gallo com o intenso paladar da malagueta. E se Gallo Piri-Piri Original já era forte, esta nova versão consegue ser ainda mais intensa. Extra Forte é para os aventureiros, para aqueles que gostam de paladares mais intensos. A comida picante é uma tendência crescente e este produto marca, uma vez mais, a aposta de Gallo em inovação. A Hamburgueria do Bairro é, por isso, o parceiro perfeito para
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este desafio. Duas marcas inovadoras que não têm medo de arriscar novos sabores.” Pica Pica é nome deste novo hambúrguer do mês, composto por 120 gramas de frango, rúcula, alface, maionese de lima, bacon, pico
de gallo e cebola frita crocante, em bolo do caco. É o próprio consumidor que, ao ser servido, escolhe na mesa qual o nível de picante com que quer finalizar o prato, Original ou Extra Forte.
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DESENVOLVIMENTO REGIONAL
Chamusca submete candidaturas a linha de apoio ao turismo A Câmara Municipal da Chamusca aprovou quatro projetos impactantes para o concelho na área da cultura, turismo e promoção local. Os projetos comportam um esforço financeiro de cerca de 2 milhões de euros, candidaturas submetidas à linha de apoio do Turismo de Portugal do Programa Valorizar. O Centro de BTT no Arripiado é o primeiro a receber sinal verde, com a aprovação da candidatura à linha de apoio, num valor de 24.357,04€, com cofinanciamento a 90%. Considerado na Rede Integrada de Centros de BTT a nível nacional está também, inserido num projeto conjunto da responsabilidade da Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo e direciona-se para a oferta turística de produtos walking e cycling, com características ligadas ao conceito de vida saudável e atividades outdoor. A remodelação do Cais de S. Marcos, no Arripiado, Freguesia da Carregueira é um projeto de intervenção que visa a requalificação da infraestrutura existente, criando um cais capaz de promover a atividade turística local. Os passeios ao longo do rio Tejo e a visita à ilha do Castelo de Almourol, são o objetivo maior, onde é levado em consideração o acolhimento inclusivo de pessoas com necessidades especiais temporárias ou permanentes. Pretende-se assim, afirma o Presidente da Câmara, Paulo Queimado, “viabilizar o acesso e desfrute dos recursos patrimoniais e culturais, a todos, sem constrangimentos ou limitações, sobretudo num concelho envelhecido, como é o nosso”. Salienta ainda o Presidente da Câmara,
a criação de pelo menos, quatro postos de trabalho, para assegurar o desenvolvimento deste projeto, boas notícias, num concelho com um fraco índice de oportunidades de emprego. A execução deste projeto está orçamentada em 596.933,29€ e a candidatura à linha de apoio do Turismo de Portugal já foi submetida, aguardando-se o seu resultado. Diretamente ligado à remodelação do Cais de S. Marcos está, relembra Paulo Queimado, o Parque dos Amores Impossíveis, outro projeto, este do conhecimento público, a implementar numa área de cerca de 40.000 m2, na aldeia do Arripiado. Com uma estimativa orçamental de execução, na ordem dos 600.000,00€, afirma o Presidente, “este é um projeto que pretende tornar-se num parque de referência para todo o país, uma vez que apresentará além de outras características, áreas de estímulo sensoriais, caracter inovador, que se prevê, atraia as escolas do distrito e de outros circundantes, bem como apreciadores de turismo ativo, rural e de lazer”. Reconhece-se neste momento, uma atenção maior na Aldeia do Arripiado, do ponto de vista da requalificação e do empreendedorismo que é justificável pelas suas características ribeirinha e pitoresca, muito atrativas ao turismo e, foco de interesse para empreendedores, nesta área de negócios. As linhas de apoio criadas pelo Turismo de Portugal justificam naturalmente, a oportunidade da decisão. “As requalificações atraem investidores e aqui não houve exceção, diz Paulo Queimado, acrescentando que “o Parque dos Amores Impossíveis
e a remodelação do Cais de S. Marcos têm atraído apostas privadas, nomeadamente a criação de empresas vocacionadas para propostas cross e up-selling, como é o caso dos passeios de barco, das experiências no rio e no Castelo do Almourol. Além disso, está prevista a implementação de um hostel e de um resort com bungalows, iniciativas privadas que resultam igualmente, em oportunidades para valorizar o turismo, enquanto atividade económica e diminuir a taxa de desemprego”. A atenção do executivo da Câmara não está, no entanto, exclusivamente focada na Aldeia do Arripiado. O antigo Centro de Artesanato da Chamusca, assim é conhecido por todos, será também, alvo de intervenção. Um projeto que vai além da promoção turística, alcançando também, as áreas da cultura e da arte. A Casa das Artes, assim será denominada, pretende ser, segundo Paulo Queimado, “uma espécie de incubadora, onde se prevê, nasçam ideias de negócios, no âmbito das artes e da cultura”. A defesa do património imaterial em foco, a ganhar mais consistência agora, com a execução deste projeto. Contudo, sublinha o Presidente da Câmara, a remodelação do edifício será também possível, com a execução deste projeto, a rondar um investimento de 819.232,63€. O espaço acolherá o futuro Posto de Turismo e outras valências nomeadamente, uma sala multiusos com um pequeno auditório polivalente, loja, bar, ateliers, sala de reuniões, etc. A utilização da Casa das Artes será gerida através de um Regulamento de Ocupação de Espaços Municipais.
AbrantesINVEST continua a apoiar desenvolvimento económico do concelho A Câmara Municipal de Abrantes e a empresa Logical Minds assinaram recentemente, no Salão Nobre dos Paços do Concelho, um contrato que formaliza o apoio financeiro da Câmara à contratação de emprego qualificado no Parque Tecnológico Vale do Tejo, no âmbito da campanha de desenvolvimento económico, Abrantes INVEST. O apoio da CMA reporta-se a apoio financeiro para um posto de trabalho. Assinaram o contrato a presidente da Câmara Municipal de Abrantes, Maria
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do Céu Albuquerque e o gerente da empresa, Luís Miguel de Matos Rosa, natural do Tramagal. A Logical Minds é uma empresa de Consultoria de informática e segurança. O promotor instalou a empresa no Parque Tecnológico, em Alferrarede, “pelas condições ali oferecidas”. No quadro do incentivo à contratação de emprego qualificado no Parque Tecnológico Vale do Tejo, o Município de Abrantes já apoiou a criação de 9 postos de trabalho.
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Taxa de desemprego em mínimos dos últimos 16 anos
A taxa de desemprego caiu para 7% em maio, de acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) agora revelados. O valor apurado em maio representa uma descida de 0,1 pontos percentuais (p.p.) face ao mês anterior, menos 0,6 pontos percentuais em relação a três meses antes e uma queda de 2,2 pontos percentuais face ao mesmo mês de 2017. “Ter-se-á de recuar até outubro de 2002 para encontrar uma menor taxa de desemprego”, refere o INE. A população desempregada de maio foi estimada em 362,8 mil pessoas, tendo diminuído 1,4% em relação ao mês precedente (menos 5,1 mil pessoas), enquanto a população empregada foi estimada em 4.791,8 mil pessoas, tendo aumentado 1,7 mil (a que corresponde uma variação relativa quase nula) relativamente ao mês anterior. Já a taxa de desemprego jovem ficou nos 20,5%, o valor mais baixo em 10 anos, sem alteração face ao mês anterior e 3,3 p.p. abaixo da taxa homóloga. No balanço desde o início da legislatura, a taxa de desemprego diminuiu 5,2 p.p., no correspondente a menos 258,6 mil desempregados (-41,6%) e o emprego cresceu 6,7%, com um acréscimo de 301,9 mil pessoas empregadas. Para o Ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, José António Vieira da Silva, os dados do INE vêm confirmar os elementos da Segurança Social e do Instituto do Emprego “da continuação de uma significativa criação de emprego e diminuição do número de desempregados”. Segundo Vieira da Silva, “essa diminuição da taxa de desemprego é feita principalmente pela criação de emprego”. “O emprego cresce substancialmente e cresce mais do que a diminuição do desemprego. É um sinal extremamente positivo estes dados confirmarem uma descida da taxa de desemprego em maio”, sublinhou. De acordo com o Ministro, a continuação de um crescimento sustentado da economia e uma criação sólida de emprego podem contribuir para uma revisão em baixa do valor da taxa de desemprego para este ano: “Há todas as expectativas para podermos vir a ter um valor anual que seja inferior àquele que o Governo estimou”. O Programa de Estabilidade aprovado pelo Governo em abril estimava que a taxa de desemprego se fixasse nos 7,6% em 2018, abaixo dos 8,9% de 2017 e dos 8,6% estimados no Orçamento do Estado para 2018.
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Governo aprova nova versão do Programa de Valorização do Interior O Governo aprovou, em reunião extraordinária do Conselho de Ministros realizada em Pampilhosa da Serra, a nova versão do Programa de Valorização do Interior com o objetivo de concretizar “medidas de discriminação positiva e de incentivo ao desenvolvimento dos territórios de baixa densidade, visando a fixação da população, a diminuição das assimetrias regionais, a coesão e a competitividade territorial”. O programa surge numa ótica de revisão do Programa Nacional de Coesão Territorial, no qual 146 das 164 medidas já se encontram executadas ou em curso, e pretende fazer um reajustamento e recalendarização das iniciativas previstas para afirmar um interior mais coeso, mais competitivo, mais sustentável, mais conectado e mais colaborativo. Na conferência de imprensa após o Conselho de Ministros, o Ministro Adjunto, Pedro Siza Vieira, afirmou que este programa incute uma “nova ambição na coesão territorial”, encontrando ferramentas mais precisas que possam ajudar a inverter as tendências de desequilíbrio regional. O Ministro destacou o objetivo de se focar em “fatores de atração de investimento para territórios do interior”, realçando que a atração de investimento permite também criar emprego, fixar e reter populações, naquela que será uma “tarefa fundamental tendo em conta os fenómenos demográficos”. O comunicado do Conselho de Ministros refere que as 62 medidas aprovadas que farão parte do Programa de Valorização do Interior vão ao encontro de três grandes opções estratégicas: “a atração de
investimento que crie emprego e que permita fixar populações, a valorização do capital natural e a manutenção da paisagem, e a necessidade de promover a equidade no acesso aos serviços públicos pela população dos territórios de baixa densidade”. Estão incluídas nas 62 medidas do Programa de Valorização do Interior: • Reforço dos mecanismos de transferência de serviços públicos para o Interior; • Localização no Interior de estruturas operacionais, de formação e de comando de forças e serviços de segurança e proteção civil; • Incentivos à mobilidade geográfica, em particular de funcionários públicos; • Redução do IRC em função dos postos de trabalho criados com conexão e territórios do interior; • Reforço dos benefícios fiscais ao investimento no Interior; • Programa de Captação de Investimentos para o Interior, materializado num conjunto de apoios e incentivos dirigidos ao interior, incluindo uma Linha de Apoio Específica para o Interior para Projetos Empresariais de Interesse Estratégico; • No âmbito da Reprogramação do PT2020, criar uma programação de concursos para os territórios do Interior para apoiar 1700 M€ de investimento empresarial; • Regime complementar de redução de taxas de Portagem para os veículos afetos ao transporte de mercadorias em vias do interior, com acréscimo de desconto para as empresas situadas nesses territórios; • Alargar a penetração do ensino superior e garantir a redistribuição regional de vagas no ensino superior público.
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Estatuto da Agricultura Familiar foi publicado no Diário da República O Estatuto da Agricultura Familiar foi publicado no Diário da República, entrando em vigor dentro de 90 dias. Cerca de 40% dos agricultores portugueses serão beneficiados por este estatuto. A agricultura familiar representa 242,5 mil explorações agrícolas, ou seja 94 % do total das explorações, abrangendo 54 % da superfície agrícola utilizada e mais de 80 % do trabalho total agrícola. Verifica-se também que entre 2009 e 2016 o número de explorações familiares decresceu 17 %. As atividades da agricultura, da produção animal, da floresta, da caça, da pesca, bem como as atividades dos serviços que estão diretamente relacionados com a agricultura familiar são determinantes em grande parte do território nacional. Estas atividades assumem relevância na produção, no emprego, na biodiversidade e na preservação do ambiente através, nomeadamente, da produção e do consumo locais, que por sua vez minimizam as perdas e o desperdício alimentares, garantindo também uma presença em muitas áreas do interior, o que torna imperiosa a promoção de
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políticas públicas que reconheçam e potenciem essa contribuição da agricultura familiar.
30% DAS EXPLORAÇÕES NUNCA BENEFICIOU DA PAC Por outro lado, estima-se que 30 % das explorações agrícolas recenseadas pelo Instituto Nacional de Estatística não recebem pagamentos diretos ou outros prémios anuais da Política Agrícola Comum (PAC) de apoio e incentivo ao desenvolvimento da atividade agroflorestal. Estes apoios e incentivos devem assegurar, ao mesmo tempo, um nível de vida equitativo da população ligada a esta atividade, minimizando uma situação de relativa injustiça económica e social. Assim, o Governo, reconhecendo a importância da pequena agricultura, pôs em prática um conjunto de medidas no quadro da Política Agrícola Comum, nomeadamente o aumento do montante forfetário de pagamento anual, a criação do Pagamento Redistributivo e alterações nos apoios aos Pequenos Investimentos nas Explorações Agrícolas do
Programa de Desenvolvimento Rural do Continente. Contudo, o Governo considera necessário complementar estas medidas, de forma a contribuir para que os territórios rurais possam ser valorizados, numa ótica de sustentabilidade e do reforço da coesão social e territorial.
DISCRIMINAÇÃO POSITIVA Para isto, é necessário promover um esforço institucional público de discriminação positiva não só através de políticas sociais redistributivas, mas sobretudo da sua inclusão ativa em intervenções promovidas por políticas públicas de desenvolvimento. A aprovação do Estatuto da Agricultura Familiar reconhece a sua especificidade e valoriza-a através de adoção de medidas de apoio específicas, a aplicar preferencialmente ao nível local para atender à diversidade de estruturas e de realidades agrárias, bem como aos constrangimentos e potencial de desenvolvimento de cada território. O Estatuto da Agricultura Familiar esteve consulta pública entre 22 de dezembro e 31 de janeiro de 2018.
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Ministério da Economia lança Portal do Conhecimento Económico Nasce em setembro o novo Portal do Conhecimento Económico, com versões em português e inglês. O objetivo é torná-lo numa plataforma de difusão do conhecimento económico mais interativo e de fácil de acesso aos dados. O Gabinete de Estratégia e Estudos (GEE) do Ministério da Economia está a renovar o seu site que se vai transformar no novo Portal do Conhecimento Económico. O objetivo é tornar a presença digital do GEE mais acessível aos cidadãos nacionais ou estrangeiros que queiram perceber melhor o contexto da economia portuguesa. O portal, que será bilingue (em português e em inglês) deverá nascer no presente mês de setembro. Tendo por missão prestar apoio técnico ao Ministério da Economia, este gabinete tem atualmente um site que acompanha diariamente os indicadores económicos nacionais e internacionais. O GEE divulga ainda estudos, análises e apresentações sobre temas económicos, que servem de base para o trabalho dos organismos do Ministério. O portal, que deverá ser apresentado no final de setembro, será mais dinâmico e interativo, bem como terá um novo mecanismo de pesquisa. Para além disso, o site será agora “responsive”, ou seja, vai adaptar-se aos vários tamanhos de ecrã dos smartphones, dos tablets e dos portáteis. Com o novo Portal do Conhecimento Económico será também mais fácil partilhar conteúdos nas redes sociais. Neste momento o GEE está presente no Linkedin e no Facebook.
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Governo destaca “evolução mais positiva de toda a legislatura” no desemprego do segundo trimestre O Ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, José António Vieira da Silva, afirmou que os dados do desemprego do segundo trimestre divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) representam a “evolução mais positiva de toda a legislatura do ponto de vista trimestral”. O INE refere que a taxa de 6,7% de desemprego no segundo trimestre atinge o “valor mais baixo da série iniciada no primeiro trimestre de 2011” e representa uma queda de 44% do número de desempregados e da taxa de desemprego quando comparada com a que existia no início da atual legislatura (12,2%). Vieira da Silva realçou também a relevância de esta queda ser acompanhada “por um forte crescimento do emprego”. “Foram criados em termos líquidos, nestes cerca de dois anos e meio, 312 mil postos de trabalho, foi diminuído em 282 mil o número de desempregados, dos quais 211 mil são desempregados de longa duração”, afirmou, em declarações à Lusa. Para o Ministro, “este é um dos dados mais significativos desta informação do Instituto Nacional de Estatística: a forte concentração da diminuição do desemprego em desempregados de longa duração”,
que é agora de 3,5% quando no início da legislatura era de 7,6%. “O dinamismo do emprego está a ser muito forte, está a recuperar para o mercado de trabalho pessoas que estavam afastadas há muito tempo, e faz com que também tenha crescido a população ativa”, acrescentou, sublinhando ainda a melhoria muito forte no emprego juvenil.
CRESCIMENTO DO SALÁRIO MÉDIO Vieira da Silva referiu que os indicadores em causa apontam para o reequilíbrio e são acompanhados por um crescimento do salário médio superior a 4% em termos anuais. “Há, de facto, um dinamismo muito forte do mercado de trabalho que corresponde ao dinamismo da economia e que é provavelmente das melhores notícias que podemos ter do ponto de vista estrutural, porque quer dizer que a economia portuguesa se está a modernizar e está a modernizar-se com forte conteúdo de emprego”, afirmou. “É um sinal muito positivo para o País. O Governo sempre disse que a prioridade tinha de ser emprego, emprego, emprego. Sem crescimento do emprego e dos salários tudo se torna mais difícil”, disse.
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Tânia Lourenço, Diretora Comercial da Bau Special Solutions
“O Move PME veio ajudar enormemente no nosso crescimento”
Tânia Lourenço
A Ribatejo Invest entrevistou Tânia Lourenço, Diretora Comercial da Bau Special Solutions, com o objetivo de fazer um balanço relativamente à participação da empresa no Move PME. Modernizar, Otimizar e Valorizar Empresas é o mote deste projeto, que combina formação teórica e consultoria, e que, ainda por cima, é financiado... a 90%. Os resultados não poderiam ter sido melhores. Que carências sentiu a empresa ao nível de formação profissional que a motivou a frequentar este projeto? O que motivou a BAU a frequentar este projeto foi o facto de a empresa querer uma melhoria ao nível do sistema integrado de recursos humanos. Sabemos que é necessário todo um processo, desde recrutamento, seleção, assim como definir bem os objetivos, domínio no marketing, etc., pelo que isso nos ajudaria a melhorar o pouco que tínhamos implementado. Sabíamos da importância desta iniciativa da NERSANT, por sermos associados ativos, pelo que o projeto nos despertou desde logo a atenção e nos motivou na participação. Além disso, percebemos que todo este processo nos levaria a melhorar e adequar a organização de modo a, posteriormente, avançarmos com a implementação do Sistema da Qualidade.
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Que trabalho foi desenvolvido na empresa? Foi desenvolvido um trabalho de fundo em vários âmbitos, nomeadamente: redefinir a Corporate Culture da BAU, sistema integrado de gestão de RH, definir uma política de comunicação e marketing, realizar prospeção para oportunidades de negócio no centro e interior do país, desenvolver um centro de formação em parceria com a UBI - Universidade da Beira Interior (com a qual temos um protocolo) e aposta em feiras internacionais (América latina e Canadá). Praticamente em todos os âmbitos, houve desenvolvimento e atuação por parte da BAU, obtendo um resultado de melhoria contínua. Apenas o centro de formação ainda não está desenvolvido, tendo-se firmado, em vez disso, uma adenda ao protocolo existente com a UBI, de modo a podermos
desenvolver este conceito posteriormente. Vamos observando que, com esta ação Move PME, a organização está cada vez mais estruturada, com quadros intermédios em posições de decisão, o que faz com que estas medidas façam todo o sentido para as PME que o desejam/necessitam.
O Move PME permite às empresas definirem e analisarem a sua situação atual e, igualmente, ajudar na obtenção de objetivos e resultados que outrora não conseguiam sem a ajuda de um consultor.” www.nersant.pt
Quais as vantagens da consultoria em relação à formação tradicional? Sem sombra de dúvida que existe uma maior proximidade entre consultor e empresa. Aprende-se, criam-se laços mais efetivos e o consultor apenas analisa questões objetivas e particulares, verifica todos os processos da empresa, permitindo conseguir fornecer ações mais concretas e diretas para a empresa. Como nos habituamos a afirmar: “cada obra é uma obra, cada cliente é um cliente diferente, independentemente do serviço e do projeto”. Desta forma, uma empresa de idêntico setor e que executa o mesmo tipo de serviços terá a sua própria estrutura, ajustada aos seus clientes e mercado, daí que é sempre benéfico para uma empresa como nós ter um acompanhamento e consultoria objetiva, tendo em conta os nossos valores e missão. De que forma vai o projeto permitir qualificar a sua empresa? De uma forma geral, a BAU vai conseguir obter melhores resultados a médio/ longo prazo, o nosso cliente vai entender, que além dos projetos onde o ajudamos/ colaboramos, tem à sua disposição uma estrutura organizada, alinhada e capacitada para exercer um serviço de qualidade. Complementar a tudo isto, decidimos avançar com a implementação do Sistema da Qualidade ainda este ano. Concretamente, que alterações foram feitas na empresa no âmbito da consultoria do Move PME?
As alterações já foram feitas em algumas situações, nomeadamente no que diz respeito à adoção de documentos que não existiam nem estavam implementados e que deram, de alguma forma, “corpo” aos trabalhos prestados. Também o modo e forma de toda a gestão de documentos foi alterado. Isso ajudou-nos a alterar a gestão diária. Consideramos que foi um processo simples e de fácil implementação porque os colaboradores estão abertos a todas as iniciativas de melhoria da empresa. Somos uma equipa coesa e unida na qual todos colaboram de uma forma muito simples e prática. Consultoria vs formação em sala. Que importância atribui a cada uma destas componentes do projeto? Resolvemos colocar mais ênfase na consultoria, onde possuímos mais amparo, onde o apoio à conceção, desenvolvimento e implementação é mais direcionado e focado na empresa. A formação em sala não se pode menosprezar porque é onde se juntam várias empresas que podem ter outras questões relevantes ou experiências com as quais podemos aprender, além de que conhecemos novas pessoas com outras perspetivas, que nos podem ajudar ou até perceber se realmente estamos inseridos no mercado. Que importância atribui à formação de trabalhadores no âmbito deste projeto? É muito importante a formação de colaboradores neste projeto. Colocamos uma forte relevância na formação humana por-
que a BAU quer crescer perante o mercado onde se insere, onde os colaboradores devem ser acompanhados e apoiados em
A BAU Special Solutions, dedicada à aplicação de soluções especiais para o setor da construção, nasce em Barcelona em 2009. Em 2010 face aos vários projetos no mercado nacional, passa a localizar-se também em Portugal, na cidade de Lisboa. Aqui inicia-se também a abordagem às obras especiais no mercado nacional, nomeadamente com os trabalhos desenvolvidos em vários túneis no Funchal, na Região Autónoma da Madeira. Em dezembro 2012 é criada uma delegação em Torres Novas, passando, posteriormente, a sede em 2015. Esse ano veio a revelar-se um ano de crescimento com a abertura da delegação a sul, em Beja e com atividade em todo o território nacional, Geórgia e Argélia. A empresa tem também, desde 2016, uma delegação da Covilhã. Em maio de 2017 a empresa deu o definitivo passo para a internacionalização, criando a BAU Special Solutions Colombia SAS em Bogotá, Colômbia, um país com uma aposta na infraestrutura bastante interessante e no qual a BAU espera ter alguns projetos de impermeabilizações especiais em obras subterrâneas.
Colocamos uma forte relevância na formação humana porque a BAU quer crescer perante o mercado onde se insere, onde os colaboradores devem ser acompanhados e apoiados em capacitações adequadas ao seu cargo e funções.” www.nersant.pt
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Com o Move PME, a organização está cada vez mais estruturada.”
Só desta forma foi possível alcançar os objetivos pretendidos e garantir que este processo fosse uma ferramenta chave para a implementação do Sistema da Qualidade.
capacitações adequadas ao seu cargo e funções. O Move PME veio ajudar enormemente no nosso crescimento, estamos mais organizados e além do mais há sempre uma comunicação subjacente que também ajuda neste processo contínuo.
Como vê o papel da NERSANT enquanto dinamizadora deste tipo de ações de apoio ao desenvolvimento do tecido empresarial? A NERSANT está de parabéns por esta iniciativa às empresas da região. Faz com que as mesmas sejam cada vez mais organizadas e especializadas no que produzem/ executam. Permite às mesmas definirem e analisarem a sua situação atual e, igualmente, ajudar na obtenção de objetivos e resultados que outrora não conseguiam sem a ajuda de um consultor.
O que significa para si participar num projeto desta natureza? A integração deste projeto na BAU não só foi determinante do ponto de vista do envolvimento da “gestão de topo” e das pessoas consideradas “elementos chave” para disponibilizar os conhecimentos necessários ao desenvolvimento da empresa, como também foi fundamental o envolvimento de alguns colaboradores de modo a entenderem alguns processos.
Em suma, quais os pontos fortes deste projeto de formação-ação? Ajuda-nos a compreender a situação e saúde da empresa em vários níveis e
Somos uma equipa coesa e unida na qual todos colaboram de uma forma muito simples e prática.” também como se encontram no mercado de hoje. Um acompanhamento por um consultor é mais efetivo, mais direcionado e mais corporativo para perceber os pontos fortes e fracos da empresa. A formação é sempre importante para ajudar os colaboradores a sentirem que a empresa também é deles e devem estar preparados para as situações do mercado atual, para crescerem juntamente com a organização. A empresa são os seus ativos humanos, os mesmos não são números, fazem parte integrante da empresa para que esta possa gerar resultados importantes, sejam empresariais ou pessoais.
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Um acompanhamento por um consultor é mais efetivo, mais direcionado e mais corporativo para perceber os pontos fortes e fracos da empresa.” O Move PME é um programa de formação-ação (formação e consultoria) desenvolvido pela NERSANT em parceria com a AIP/CE - Associação Industrial Portuguesa/ Confederação Empresarial. Financiado a 90%, o projeto pretende aumentar as capacidades de gestão das empresas para encetar processos de mudança e inovação, bem
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como incrementar a qualificação específica dos trabalhadores em domínios relevantes para a estratégia de inovação, internacionalização e modernização das empresas. O projeto pode dinamizar-se em diferentes áreas temáticas, tendo em conta os objetivos da empresa. São elas Organização e Gestão, Implementação de Sistemas de
Gestão, Internacionalização, Economia Digital e Tecnologias de Informação e Comunicação, Ecoeficiência e Gestão Estratégica. A BAU integrou o Move PME na área de Implementação de Sistemas de Gestão, pretendendo com o mesmo a implementação do Sistema de Gestão da Qualidade, com vista à certificação.
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AVIS Portugal assina protocolo com a NERSANT
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centemente a Avis Portugal, empresa de rent-a-car, e a NERSANT – Associação Empresarial da Região de Santarém juntaram-se para a assinatura de um protocolo de colaboração. O objetivo do documento é proporcionar aos associados da NERSANT as melhores condições no aluguer de viaturas. Desta forma, a parceria atribui às empresas associadas da NERSANT, excelentes condições no aluguer de viatura, nomeadamente acesso ao serviço preferred, que torna o aluguer ainda mais rápido, 15% de desconto garantido e acesso à frota mais recente do mercado no que diz respeito a viaturas ligeiras e comerciais. Para ter acesso às vantagens no aluguer de veículos Avis os associados deverão dirigir-se ao portal da NERSANT. A marca Avis pertence ao Grupo Avis Budget que está presente em aproximadamente 170 países, detendo cerca de 5.500 estações e realizando mais de 20 milhões de alugueres por ano. Em Portugal a presença da rent-a-car remonta ao ano de 1959, data em que deu início a uma história repleta de sucesso. Actualmente tem uma presença consolidada de norte a sul do país com 38 estações dispersas por cidades, aeroportos e estações ferroviárias. A empresa tem a qualidade e o serviço ao cliente como principal prioridade e por isso os seus veículos têm
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uma idade máxima de 6 meses. A frota nacional inclui cerca de 10 mil veículos de uma enorme variedade. Nas estações Avis é possível encontrar uma oferta que engloba veículos pequenos, médios, familiares e compact, mas também carrinhas seguras, práticas e multifuncionais, adequadas para o transporte de mercadorias ou para uma mudança. Com o objetivo de oferecer a melhor experiência de aluguer, a Avis disponibiliza soluções práticas de mobilidade e um serviço de fidelidade de caráter internacional dentro do setor de rent-a-car – o Avis Preferred. Este programa, disponível para as empresas associadas da NERSANT, irá permitir que os seus membros aproveitem as vantagens exclusivas de um serviço premium e personalizado. Desta forma, o Avis Preferred irá permitir um serviço fast track no balcão, acesso exclusivo à nossa frota Select Series (uma seleção exclusiva de veículos de topo), documentação de aluguer pré-preparada, viaturas estacionadas em lugares mais acessíveis, linha exclusiva prioritária, email para membros e bónus como upgrades e alugueres gratuitos. Ao longo da sua história, a Avis tem-se distinguido por um compromisso especial com a inovação e o desenvolvimento de serviços que respondam às necessidades dos seus clientes em todos os momentos. Em consonância com este esforço, a Avis foi pioneira
na inclusão de serviços Wi-Fi a bordo ou no uso de um novo sistema de aluguer de carros e reservas automático criado em 1986 e que permite reservar um carro em qualquer escritório da Avis no mundo e em tempo real, conhecendo a disponibilidade de carros também em tempo real. A Avis disponibiliza ainda o serviço one-way, que permite recolher um veículo num local e devolver num outro diferente e oferece três opções diferentes para a devolução de veículos ao nível do combustível. Por um lado, o cliente pode entregar o veículo com o depósito cheio, que se torna a opção ideal para evitar custos adicionais. Se não houver tempo e o cliente também não tiver a certeza sobre o combustível que será usado, pode optar por devolver o veículo vazio se pagar antecipadamente um depósito anterior. Esta opção irá evitar procurar um posto de combustível nos últimos minutos e irá ganhar tempo na viagem. A terceira opção dada pela Avis é a EZFuel. O pagamento desta tarifa especial permite que todos os clientes que viajaram menos de 120 quilómetros não tenham que reabastecer antes de entregar o veículo. Com uma frota de alta qualidade e um serviço diferenciado, a Avis conseguiu posicionar-se como uma empresa de rent-a-car global que oferece soluções práticas de mobilidade e adaptadas às necessidades dos seus clientes durante o seu trabalho (corporativo) ou tempo livre. O Grupo Avis Budget trabalha diariamente na procura de novos produtos relacionados com experiências de viagem, actualmente dispõe de soluções direcionadas para diferentes cir-
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O Avis Preferred irá permitir um serviço fast track no balcão, acesso exclusivo à nossa frota Select Series, documentação de aluguer pré-preparada, viaturas estacionadas em lugares mais acessíveis, linha exclusiva prioritária...”
cunstâncias e actividades como neve, surf, festivais, etc A optimização do processo de aluguer de veículos mediante a digitalização, automação e personalização dos serviços, tem permitido continuar a desenvolver o negócio com sucesso e é uma das apostas da empresa. Como parte deste processo de inovação tecnológica, a Avis está a trabalhar num ambicioso projecto de digitalização de todo o negócio, de forma a garantir que a frota está completamente conectada e integrada permitindo assim disponibilizar novos serviços que aportem valor aos clientes. O objectivo é contar com 100.000 carros conectados em todo o mundo no final deste ano e operar uma frota global completamente conectada até 2020. Em paralelo, a marca continua empenhada em melhorar as plataformas online de forma a tornar o processo de aluguer mais rápido e simples proporcionando ao cliente uma experiência melhor e mais personalizada. Neste seguimento, as novas funcionalidades da aplicação Avis, por exemplo, que estão a ser implementadas em toda a Europa, irão permitir que os usuários alterem directamente a partir do seu smartphone o modelo do veículo quando chegam ao ponto onde levantam o seu carro ou mesmo antes da sua chegada. Poderão ainda confirmar, cancelar ou prolongar um aluguer, aceder ao seu contrato digital, e solicitar assistência online em qualquer momento. A inovação nos serviços é a chave para a satisfação dos clientes da Avis e é por isso que a prioridade da marca é liderar a mobilidade do futuro.
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INFORMAÇÃO E APOIO
Comissão Europeia Atualização da legislação de bloqueio entra em vigor para apoiar o acordo nuclear com o Irão No momento em que o primeiro conjunto de sanções reimpostas pelos EUA sobre o Irão produz efeitos, a atualização da legislação de bloqueio da UE entrou em vigor em 7 de agosto para atenuar o impacto das sanções sobre as empresas da UE que desenvolvem atividades comerciais legítimas no Irão. A atualização da legislação de bloqueio insere-se no apoio da União Europeia à prossecução da implementação plena e efetiva do Plano de Ação Conjunto Global (PACG) — o acordo nuclear com o Irão, nomeadamente através do apoio às relações económicas e comerciais entre a UE e o Irão, que foram normalizadas aquando do levantamento das sanções relacionadas com o nuclear, na sequência do PACG. O processo de atualização da legislação de bloqueio, que acrescenta ao seu âmbito de aplicação as sanções extraterritoriais que os EUA reimpuseram ao Irão, foi iniciado pela Comissão em 6 de junho de 2018. O Parlamento Europeu e o Conselho dispuseram de um período de controlo de dois meses. Uma vez que nenhuma das instituições formulou efetiva do PACG, desde que o Irão respeite objeções, a atualização foi publicada no Jor- as suas obrigações em matéria nuclear. O nal Oficial e entrou em vigor em 7 de agosto. levantamento das sanções relacionadas com o nuclear, a fim de permitir a normalização MAIS INFORMAÇÕES SOBRE A LEGISLAÇÃO das relações comerciais e económicas com DE BLOQUEIO o Irão, constitui uma componente essencial A legislação de bloqueio autoriza os do PACG. Simultaneamente, a União Eurooperadores da UE a obter indemnizações peia está também empenhada em manter pelos danos decorrentes da aplicação das a cooperação com os Estados Unidos, que sanções extraterritoriais norte-americanas continuam a ser um parceiro e um aliado junto das pessoas que os causaram e anula essencial. Para além da medida acima referida, a UE, o efeito na UE de quaisquer decisões judiciais estrangeiras baseadas nessas sanções. em estreita coordenação com os EstadosProíbe igualmente as pessoas singulares ou -Membros e outros parceiros, está a estudar coletivas da UE de cumprirem essas san- medidas concretas com vista a apoiar a cooções, salvo se excecionalmente autorizadas peração com o Irão em setores económicos pela Comissão no caso de o incumprimento fundamentais, especialmente o setor bancáprejudicar gravemente os seus interesses ou rio e financeiro, o comércio e o investimento, os interesses da União. As autorizações obe- o setor petrolífero e os transportes. decerão a critérios acordados, já definidos. Para ajudar as empresas da UE na apli- CONTEXTO cação da legislação de bloqueio atualizada, Em 8 de maio, o Presidente Trump decidiu a Comissão publicará também uma nota de retirar os EUA do Plano de Ação Conjunorientação para facilitar a compreensão dos to Global (PACG) e repor todas as sanções anteriormente levantadas ao abrigo desse atos jurídicos pertinentes. acordo. As sanções dos EUA repostas entraPRÓXIMAS ETAPAS rão em vigor após um período de transição A União Europeia está plenamente empe- de 90 dias (até 6 de agosto de 2018) para nhada em prosseguir a aplicação integral e determinadas sanções e de 180 dias (até 4
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de novembro de 2018) para outras. Em 18 de maio, a Comissão deu início a várias medidas para preservar os interesses das empresas europeias que investem no Irão e para permitir que o BEI financie atividades no Irão, demonstrando assim o empenho da UE no PACG. Em 6 de junho, a Comissão Europeia adotou as atualizações da legislação de bloqueio e do mandato de concessão de empréstimos externos do Banco Europeu de Investimento (BEI), que entraram em vigor em 7 de agosto, após um período de dois meses durante o qual não foram formuladas objeções. Em 6 de julho, teve lugar em Viena uma reunião da Comissão Conjunta do PACG, a nível ministerial, que juntou a UE, os E3 (França, Alemanha e Reino Unido), a Rússia, a China e o Irão e que foi presidida pela Alta Representante/Vice-Presidente Federica Mogherini. Todas as restantes partes no acordo reafirmaram o seu empenhamento na continuação da plena aplicação do acordo nuclear. Apoiaram os esforços recentes para manter o processo de normalização das relações comerciais e económicas com o Irão, salientando também os esforços da UE no sentido de atualizar a legislação de bloqueio para proteger as empresas da UE.
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Esclarecimentos sobre o Decreto-Lei aprovado pelo Governo relativo ao registo e seguro de drones A ANAC - Autoridade Nacional da Aviação Civil, face aos inúmeros pedidos de esclarecimento recebidos, depois de ter sido aprovado, dia 5 de julho, em Conselho de Ministros, o Decreto-Lei que estabelece o regime jurídico referente ao registo e seguro de responsabilidade civil obrigatório aplicável aos sistemas de aeronaves civis pilotadas remotamente, vulgarmente conhecidas por drones, que complementa o Regulamento da ANAC n.º 1093/2016, de 14 de dezembro, que define as condições de operação aplicáveis a estas aeronaves (“regras de utilização do espaço aéreo”) e acompanha a futura regulamentação prevista ao nível da União Europeia, vem informar o seguinte: i. A entrada em vigor deste Decreto-Lei ocorrerá após a sua publicação; ii. A obrigatoriedade de registo está dependente da disponibilização pela ANAC da plataforma eletrónica, cuja operacionalidade será divulgada na sua página oficial, na página do “Voa na Boa” e página do facebook; iii. A necessidade de um seguro de responsabilidade civil tornar-se-á obrigatória após densificação das condições de celebração de um contrato de seguro para os drones, com peso superior a 0,900 kg. A concretização das coberturas, das condições e dos capitais mínimos do contrato de seguro serão aprovadas por portaria do Governo, num futuro próximo; iv. O registo dos operadores de drones, com um peso superior 0,250 kg, será efetuado na plataforma eletrónica já referida, a disponibilizar pela ANAC. Após o registo do operador na plataforma eletrónica, a ANAC emitirá uma etiqueta que deverá ser colocada na aeronave, de modo a permitir identificar o operador do drone. Destaca-se, ainda, que este diploma prevê a possibilidade futura de utilização da identificação eletrónica, a qual dependerá dos avanços tecnológicos verificados a nível da União Europeia; v. O registo da venda pelos Comerciantes será realizado com recurso à mesma
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plataforma, no ato da compra, onde são registados os dados do adquirente e as caraterísticas do drone; vi. A atualização desta informação e outros desenvolvimentos serão divulgados de imediato no site da ANAC (www.
anac.pt), site “Voa na Boa” (www.voanaboa.pt) e facebook.
MAIS INFORMAÇÃO AUTORIDADE NACIONAL DA AVIAÇÃO CIVIL WWW.ANAC.PT * +351 21 284 22 26
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INFORMAÇÃO E APOIO
Brexit: Comissão
Europeia esclarece preparativos de saída do Reino Unido da UE
A Comissão Europeia adotou dia 19 de julho uma comunicação que descreve os trabalhos em curso de preparação para todos os cenários de saída do Reino Unido da União Europeia.
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m 30 de março de 2019, o Reino Unido sairá da UE e tornar-se-á um país terceiro. Tal terá repercussões para os cidadãos, as empresas e as administrações, tanto no Reino Unido como na UE. As repercussões far-se-ão sentir a vários níveis: introdução de novos controlos nas fronteiras externas da UE com o Reino Unido, validade das licenças, certificados e autorizações emitidos pelo Reino Unido e regras diferentes sobre as transferências de dados, entre outros. O texto, que resulta de um pedido do Conselho Europeu (artigo 50.º) do passado mês de junho, convida os Estados-Membros e as entidades privadas a acelerarem os seus preparativos a todos os níveis e para todos os cenários. Embora a UE esteja a trabalhar dia e noite para chegar a um acordo que garanta uma saída ordenada do Reino Unido, tal saída irá seguramente causar perturbações (nas cadeias de abastecimento das empresas, por exemplo), com acordo ou sem acordo. Visto que ainda não há certeza de que existirá um acordo de saída ratificado na data prevista, nem das suas eventuais implicações, estão a decorrer preparativos para procurar assegurar que as instituições da UE, os Estados-Membros e as entidades privadas estão preparados para a saída do Reino Unido. De qualquer modo, e mesmo na eventualidade de ser alcançado um acordo, com a sua saída, o Reino Unido deixará de ser um Estado-Mem-
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bro após a sua saída, pelo que deixará de beneficiar das mesmas vantagens de um Estado-Membro. Preparar-se para o facto de que o Reino Unido passará a ser um país terceiro é pois primordial, mesmo em caso de acordo entre a UE e o Reino Unido. Dito isto, os preparativos de saída do Reino Unido não são apenas da responsabilidade das instituições da UE: trata-se de um esforço realizado em conjunto a nível da União, a nível nacional e a nível regional, que deverá igualmente envolver os operadores económicos e outras entidades privadas. Cada um deve agora acelerar a sua preparação para todos os cenários e assumir a sua quota de responsabilidade.
CONTEXTO Em 29 de março de 2017, o Reino Unido notificou o Conselho Europeu da sua intenção de abandonar a União Europeia. Salvo se um acordo de saída ratificado estabelecer outra data ou o Conselho Europeu, nos termos do artigo 50.º, n.º 3, do Tratado da União Europeia e em acordo com o Reino Unido, decidir por unanimidade que os Tratados deixarão de ser aplicáveis numa data posterior, todo o direito primário e derivado da União deixará de ser aplicável ao Reino Unido a partir de 30 de março de 2019, 00h00 (CET) (“data de saída”). Nesse momento, o Reino Unido passará a ser um país terceiro.
As partes interessadas, bem como as autoridades nacionais e da UE devem, por conseguinte, preparar-se para dois cenários principais possíveis: • Se o acordo de saída for ratificado antes de 30 de março de 2019, o direito da União deixará de se aplicar ao Reino Unido e no seu território em 1 de janeiro de 2021, ou seja, após um período de transição de 21 meses. • Se o acordo de saída não for ratificado antes de 30 de março de 2019, não haverá período de transição e o direito da União deixará de se aplicar ao Reino Unido e no seu território a partir de 30 de março de 2019. Este cenário é
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As repercussões far-se-ão sentir a vários níveis: introdução de novos controlos nas fronteiras externas da UE com o Reino Unido, validade das licenças, certificados e autorizações emitidos pelo Reino Unido e regras diferentes sobre as transferências de dados, entre outros.”
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conhecido por “no deal” (sem acordo) ou “cliff-edge” (caótico). Durante o último ano, a Comissão examinou a totalidade do acervo da União (todo o direito da UE) para apurar se serão necessárias alterações face à saída do Reino Unido. Neste contexto, a Comissão adotou (e continuará a fazê-lo sempre que necessário) propostas legislativas específicas para garantir que, após a saída do Reino Unido, as normas da UE continuarão a funcionar bem na União a 27. A Comissão publicou também mais de 60 avisos sobre os preparativos para o Brexit (por setor), destinados a informar o público
acerca das consequências da saída do Reino Unido sem um acordo de saída. Por último, até 30 de março de 2019, as duas agências com sede em Londres – a Agência Europeia de Medicamentos e a Autoridade Bancária Europeia – bem como os outros organismos localizados no Reino Unido, como o Centro Galileo de Acompanhamento de Segurança, deixarão o país, pelo que uma série de tarefas desempenhadas pelas autoridades britânicas terão igualmente de ser reatribuídas fora do Reino Unido. Os preparativos da Comissão são coordenados pelo Secretariado Geral da Comissão.
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INFORMAÇÃO E APOIO
Novo mecanismo de registo prévio
Projetos empresariais já podem arrancar com o investimento antes de formalizar candidatura ao Portugal 2020 em serem iniciados para aproveitarem oportunidades de mercado. Os beneficiários que não tenham previsto iniciar os projetos a curto prazo devem apresentar a candidatura mais tarde, aquando da publicação do Aviso de concurso para apresentação de candidaturas.
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om o objetivo de continuar a estimular o investimento das empresas, sem que estas tenham de adiar o arranque dos seus projetos, e tendo em conta que o Portugal 2020 não permite o apoio a projetos já iniciados, um novo mecanismo de registo prévio irá em breve ser implementado para candidaturas aos Sistemas de Incentivos à Inovação Produtiva e ao Empreendedorismo Qualificado e Criativo. Permitindo um pré-registo de candidaturas, antes mesmo da abertura de fases de candidatura, este mecanismo salvaguarda o início dos investimentos, podendo as propostas de investimento ser posteriormente completadas e apresentadas numa candidatura, aquando da abertura dos concursos, o que ocorrerá após a aprovação da Comissão Europeia à proposta de reprogramação apresentada por Portugal.
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COMO FUNCIONA O PEDIDO DE REGISTO DO PEDIDO DE AUXÍLIO Os projetos de investimento apenas podem receber apoios públicos se o beneficiário tiver apresentado, por escrito, um pedido de auxílio, anteriormente à data de início dos trabalhos, demonstrando assim que os apoios têm um efeito de incentivo. Desta forma, tendo em conta a existência de situações de investimento de inovação empresarial que têm urgência em serem iniciados para aproveitarem oportunidades de mercado durante os períodos de tempo em que não se encontram abertos avisos para apresentação de candidaturas, e que necessitam de financiamento do Portugal 2020 para a sua concretização, o registo do pedido de auxílio destina-se a dar cumprimento a esse requisito regulamentar, sendo passível de utilização no subsequente concurso de candidaturas ao Inovação Empresarial. O pedido de auxílio serve apenas para as situações de projetos de investimento de que têm urgência
COMO SE ARTICULA O REGISTO DO PEDIDO DE AUXÍLIO COM O SUBSEQUENTE AVISO DE CONCURSO PARA APRESENTAÇÃO DE CANDIDATURAS? O concurso subsequente será concretizada com a publicação de um aviso para a apresentação de candidaturas, informando das condições e critérios aplicáveis ao concurso. Os Pedidos de auxílio devem ser utilizados no âmbito do concurso para apresentação de candidaturas imediatamente subsequente à data da sua solicitação, exclusivamente pela mesma empresa que os submeteu, respeitando a configuração e o calendário apresentados, sem prejuízo das alterações aceites em sede de decisão sobre a candidatura.
ESTE PEDIDO DE AUXÍLIO SÓ É POSSÍVEL DEVIDO À REPROGRAMAÇÃO DO PT2020? Não. Este pedido de auxílio está previsto no artigo 6.º do Regulamento (UE) n.º 651/2014, ao abrigo do qual foi estabelecido o Sistema de Incentivos à Inovação Empresarial. Todavia a sua operacionalização só foi possível com a alteração do RECI publicada através da Portaria n.º 217/2018, de 19 de julho, (vide no artigo 26.º do RECI).
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VIVER VIVER OO TEJO TEJO
Vote na sua praia fluvial preferida
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uma região rica em Natureza, a água não pode faltar. Somos banhados pelo Tejo, mas não só. A nossa região tem disponíveis diversas albufeiras, lagoas e praias fluviais. Neste momento, está a decorrer a votação para a atribuição do galardão “Praias Fluviais do Ano”. Na votação estão todas as praias fluviais do país classificadas pela agência portuguesa do ambiente, assim como uma seleção das melhores zonas balneares não classificadas de Portugal e que estão identificadas com a designação (NC). O Viver o Tejo apresenta-vos as praias da região a concurso:
ABRANTES: ALDEIA DO MATO
TOMAR: ALQUEIDÃO
ABRANTES: FONTES
TOMAR: ALVERANGEL
FERREIRA DO ZÊZERE: LAGO AZUL (CASTANHEIRA)
TOMAR: MONTES
MAÇÃO: CARDIGOS MAÇÃO: CARVOEIRO MAÇÃO: ORTIGA (NC) OURÉM: AGROAL
TOMAR: VILA NOVA – SERRA Votação até 30 de outubro http://www.praiasfluviais.pt/votacao/ index.php.
EMPREENDEDORISMO E INOVAÇÃO
Renova chega ao botão Dash da Amazon A Renova chegou aos botões Dash da Amazon, para que nunca se acabe o papel higiénico. Estes botões são pequenos dispositivos conectados por Wi-Fi, que podem ser colocados em qualquer lugar da casa, e que pretendem facilitar a vida dos consumidores. Após ser inicialmente configurado com o produto Renova desejado, basta premir o botão para que seja feita uma nova encomenda, que será entregue via Amazon Prime. A prin-
cipal vantagem deste botão é que se pode fazer uma nova encomenda de um modo muito imediato, assim que se veja que o produto está a acabar, evitando a rutura de stock, e poupar tempo, indica a Amazon.
Paladin dá toque especial nas suas saladas com os novos vinagretes de fruta A Paladin apresenta, este verão, dois vinagretes de fruta – um com maracujá e outro com romã. Ambos produzidos na Golegã, a escolha destas frutas deve-se às suas propriedades benéficas para a saúde: o maracujá, rico em vitamina C e vitamina A, e a romã, em vitamina C e antioxidantes. A marca de temperos, vinagres e molhos aposta, mais uma vez, na inovação e oferece aos consumidores produtos que se destacam, não só pela frescura e componentes que casam bem com as saladas de verão – critérios quase mandatários num vinagrete – como na irreverência no que diz respeito à eleição destas frutas. Estes produtos são exportados para mais de 30 países e, com a motivação de ir sempre além do óbvio, Carlos Gonçalves, CEO da Mendes Gonçalves, detentora da Paladin, refere que “estes vinagretes foram pensados numa ótica de fazer algo diferente no setor. O desafio de nos destacarmos é complicado e, por isso, procuramos sempre ser criativos na escolha dos elementos que integram cada produto. Desta vez, e numa era em que os consumidores estão cada vez mais atentos ao seu bem-estar, optámos por evidenciar o maracujá e a romã.”
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Programa de aceleração para startups de comunicação A Startup Lisboa e o grupo de comunicação empresarial WPP apresentaram o “WPP Booster”, um programa de aceleração destinado a startups na área de comunicação e marketing, fruto de uma parceria entre a empresa e a incubadora. Ambos procuram inovação e projetos cujo modelo de negócio seja sólido. Criatividade (redes sociais, desenvolvimento de conteúdos…), media e predictive analytics (estratégia e tratamento de dados) e tecnologia (realidade virtual, inteligência artificial…) são os segmentos de atividade que a primeira edição deste programa irá abranger. A aceleradora de comunicação,
cuja duração é de até um semestre, está já a receber candidaturas de startups em early stage. Da WPP os empreendedores interessados podem contar com acesso a mentores especialistas por disciplina de comunicação, bem como a clientes do grupo e ao espaço Garagem, o cowork para trabalho, reuniões e de networking. A empresa prevê que cerca de 15 startups cheguem ao dia do pitch e, desse universo, espera investir na mais inovadora. O montante para apoiar a(s) startup(s) preferida(s) será oriundo de fundo de investimento em capital de risco que o grupo tem em Portugal. Mais informações em http://wppbooster.com/.
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Papel higiénico da Renova diz adeus ao plástico Programa de aceleração Data Pitch com candidaturas até 2 de outubro
A Renova lançou no mercado inglês, e vai estender às diversas geografias onde opera, uma nova gama de produtos com embalagem em papel, substituindo o plástico, numa resposta a uma expetativa crescente dos cidadãos em todo o mundo e que diz respeito às melhores práticas ambientais. A Renova, que este ano celebra 200 anos como marca, oferece ao mercado uma linha de papel higiénico com quatro referências distintas, com um só formato de quatro rolos e o mesmo preço recomendado para facilitar o processo de escolha do cidadão. Todos os produtos disponíveis serão de papel branco, sem
perfume e sem decoração: Hyper Soft, de folha dupla e tecnologia 4D, para quem valoriza a máxima suavidade; Balance, de folha tripla e equilíbrio funcional; Ultra Fort, de quatro folhas que oferecem maior resistência, para quem procura confiança extra; e Recycled, a opção com papel 100% reciclado. Esta é a primeira etapa de uma estratégia que a Renova vai alargar a mais produtos e que consiste no abandono do plástico, acompanhado de uma simplificação da rotulagem das embalagens. De referir que a Renova – Fábrica de Papel do Almonda, é uma empresa com sede em TORRES Novas.
Finalistas aos Prémios RegioStars anunciados em outubro Os prémios RegioStars são organizados pela Comissão Europeia desde 2008, com o objetivo de identificar boas práticas ao nível do desenvolvimento regional e destacar projetos originais e inovadores ou apoiar regimes que possam inspirar outras regiões e gestores de projetos. Os prémios recompensam os melhores projetos da política de coesão em cinco categorias: concretização da transição
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industrial; promoção de um estilo de vida hipocarbónico; melhoria e melhor acessibilidade dos serviços públicos; abordagem sobre a migração a longo prazo; e preservação do património cultural da UE. Os vencedores das cinco categorias serão anunciados em 9 de outubro, no âmbito da Semana Europeia das Regiões e dos Municípios de 2018. Entre os finalistas já apurados, há duas empresas da região Centro do país.
Estão abertas as inscrições para o Data Pitch, até 2 de outubro. O programa pretende acelerar startups oriundas de toda a Europa. A área de atuação pode ser vasta: desde o retalho, à reparação de automóveis, passado pelo turismo e pelo tratamento da infertilidade. O ponto que todas têm em comum é o tratamento de dados. É este o pressuposto do programa de aceleração “Data Pitch”. No programa, cada startup vai dedicar-se a resolver um desafio específico, com cinco deles a terem sido propostos por algumas das mais relevantes empresas d a E u ro p a , i n c l u i n d o o operador ferroviário alemão Deutsche Bahn e a Sonae. A coordenação do projeto será assegurada pela Beta-i, em parceria com a Comissão Europeia e em conjunto c o m a U n i v e rs i d a d e d e Southampton, o Open Data Institute e a plataforma francesa de dados Dawex. Os interessados podem obter mais informações sobre o programa no seu portal, em: http://https//datapitch.eu/.
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EMPREENDEDORISMO E INOVAÇÃO NERSANT apoia preparação e qualificação dos projetos do Centro e Alentejo
Portugal Ventures abre call que vai injetar até 1 milhão de euros em cada projeto empresarial Estão abertas até 1 de outubro as candidaturas à Call For MVP para projetos nas áreas de Digital e Engineering & Manufacturing. Esta iniciativa possibilita o acesso a investimento de capital de risco para projetos inovadores de tecnologias, produtos ou serviços que prevejam a valorização de um MVP e sua comercialização no mercado global. Os projetos selecionados beneficiarão de um investimento mínimo de 300 mil euros, que pode ascender a 1 milhão de euros. Empresas do Centro e Alentejo podem preparar a sua candidatura com o apoio da NERSANT, que integra a rede de parceiros da Portugal Ventures para a iniciativa. Na análise dos projetos submetidos à Call For MVP será privilegiada a orientação do investimento para a valorização de um MPV (Mínimo Produto Viável), de modo a que o produto tenha as mínimas características necessárias para ser inserido no mercado, nas áreas de Digital (Enterprise, Cibersecurity, Networks, Artificial Intelligence, AR/VR, Marketplaces, Blockchain e IoT) e Engineering & Manufacturing (New Materials, Electronics, Robotics, Cleantech, Agrotech, SeaTech). Serão elegíveis os projetos baseados em inovações distintivas e únicas, que já tenham desenvolvido um protótipo funcional e com, ainda que preliminar, feedback do mercado. Numa fase posterior, o objetivo passa por ajustar esse protótipo às necessidades de mercado e por desenvolver
o respetivo modelo de negócio. Os projetos devem ser promovidos por empresas já constituídas, localizadas nas regiões Norte, Centro e Alentejo, em fase seed, startup ou early stage, que não tenham até ao momento do investimento três exercícios completos desde a data de início de atividade, ou por empresas localizadas na região do Alentejo em fase de desenvolvimento (second Round) de novos produtos e/ou serviços, com foco na inovação. As empresas têm que ser detentoras do Estatuto de Pequenas e Médias Empresas, comprovado através de Certificação Eletrónica da PME emitida pelo IAPMEI. Os projetos candidatos à Call For MVP serão validados por painéis de avaliação, compostos por peritos empresariais, nacionais e internacionais. Os projetos selecionados para investimento beneficiarão de um montante mínimo de 300 mil euros que pode ascender a 1 milhão de euros, do acompanhamento próximo da equipa da Portugal Ventures na gestão e nas decisões estratégicas, do aconselhamento por especialistas, nacionais e internacionais, com experiência acumulada no desenvolvimento do negócio e da partilha de uma vasta rede de contactos, em Portugal e no estrangeiro, para potenciação de oportunidades de negócio e angariação de capital em futuras rondas. A NERSANT - Associação Empresarial da Região de Santarém, integra a Rede de Parcei-
ros do Programa de Ignição (Ignition Partners Network) da Portugal Ventures, estando, desta forma, disponível para apoiar os empreendedores do Centro e do Alentejo na preparação e qualificação dos projetos. Os interessados em estruturar projetos candidatos a esta call devem abordar a NERSANT, através dos contactos datic@nersant.pt ou 249 839 500. De referir que a Call For MVP tem como objetivo fortalecer o ecossistema português e, assim, contribuir para o desenvolvimento de uma economia mais moderna, competitiva e aberta para o mundo, com base em conhecimento, inovação e capital humano altamente qualificado, com um forte espírito empreendedor. Desde 2012, durante as dezassete edições da Call for Entrepreneurship, foram submetidas e avaliadas pela equipa da Portugal Ventures mais de 1200 candidaturas, tendo resultado em mais de 90 investimentos em novas startups com um investimento total de 121 milhões de euros.
Reguladores e Associação Portugal Fintech criam plataforma para apoiar a inovação tecnológica no setor financeiro O Banco de Portugal, a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF), e a Associação Portugal Fintech criam a “Portugal FinLab – where regulation meets innovation”, uma plataforma que visa desenvolver o ecossistema FinTech , InsurTech e RegTech em Portugal. O Banco de Portugal, a CMVM e a ASF juntaram-se à Portugal Fintech para o lançamento da Portugal FinLab, uma plataforma de contacto entre empresas inovadoras nas áreas financeiras e os reguladores nacionais. Trata-se de um projeto pioneiro numa indústria em que a dimensão regulatória assume especial importância e impacto. A Portugal FinLab oferecerá às empresas, incluindo bancos, seguradoras e startups, uma visão dos requisitos regulatórios necessários para a implementação de projetos tecnológicos
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de inovação financeira, através da promoção do diálogo com os reguladores. A Portugal FinLab será, assim, um canal de comunicação entre reguladores e as empresas, eficiente e vocacionado para projetos inovadores, que poderá representar uma vantagem competitiva para atrair empresas internacionais e terá como destinatário qualquer projeto que queira inovar no sector financeiro português. Nesta plataforma, os participantes poderão obter resposta dos reguladores sobre como melhor atuar de acordo com o quadro legal regulatório em vigor, incluindo informação relativa aos procedimentos de instrução de um pedido de autorização ou de registo junto dos reguladores. A oficialização do lançamento da Portugal FinLab será concretizada através da assinatura de um Protocolo entre todas as partes envolvidas, agendada para Setembro, no âmbito
da qual será realizada uma conferência de imprensa com vista à apresentação de mais detalhes sobre esta iniciativa. A Portugal FinLab nasce da necessidade por parte de inovadores financeiros de compreender e dominar a realidade regulatória. Este contributo é especialmente importante num mercado global com um ritmo de crescimento acelerado e enriquecido por diversos ramos emergentes relacionados com novas tecnologias e modelos inovadores.
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SI2E - Sistema de Incentivos ao Empreendedorismo e ao Emprego
NERSANT já viu aprovadas candidaturas de mais de 30 empresas ao SI2E A NERSANT - Associação Empresarial da Região de Santarém, tem vindo a apoiar a candidatura das empresas da região do Ribatejo ao SI2E - Sistema de Incentivos ao Empreendedorismo e ao Emprego, que visa apoiar de forma simplificada pequenos investimentos empresariais de base local e complementar os atuais incentivos às empresas do domínio da competitividade, das empresas da região. Neste momento, já foram aprovados mais de 30 projetos de investimento, apoiados pela NERSANT na elaboração da sua candidatura. O SI2E pretende estimular o surgimento de iniciativas empresariais e a criação de emprego (apoia a criação de micro e PME ou a expansão destas mesmas tipologias de empresas) em territórios de baixa densidade e por essa via promover o desenvolvimento e a coesão económica e social do país. Não se aplica exclusivamente aos territórios de baixa densidade, o SI2E favorece através de majorações específicas os investimentos nelas realizados e sobretudo cria condições para uma maior dinâmica empresarial ao ajustar tipologias de projetos às condições reais das micro e pequenas empresas. Este é um projeto muito interessante do ponto de vista das despesas que apoia e que não são contempladas em muitos sistemas de incentivos. São elegíveis ao projeto, por exemplo, custos de aquisição de máquinas e equipamentos, custos de aquisição de equi-
pamentos informáticos, custos inerentes à criação de novas marcas ou coleções, serviços de arquitetura e engenharia relacionados com a implementação do projeto, material circulante relacionado com o exercício da atividade que seja imprescindível à execução da operação, estudos, diagnósticos, auditorias, planos de marketing e projetos de arquitetura e de engenharia essenciais, obras de remodelação ou adaptação, desde que contratadas a terceiros não relacionados com o adquirente beneficiário dos apoios, e ainda a participação em feiras e exposição no estrangeiro. No âmbito do SI2E, a NERSANT já apoiou a elaboração de 88 candidaturas de empresas da região a este sistema de incentivos, sendo que foram já aprovados mais de 30 projetos de investimento candidatados. No total, estes 32 projetos representam cerca de 3 milhões e 100 mil euros de investimento por parte das empresas e mais de 1 milhão de euros de apoio por parte deste sistema de incentivos e 71 novos postos de trabalho criados.
NOVO AVISO ABERTO A 20 DE JULHO PARA ALGUNS TERRITÓRIOS DA REGIÃO O SI2E reabriu no dia 20 de julho candidaturas para as empresas das áreas de intervenção da APRODER, que aceita candidaturas de projetos dos concelhos de Azambuja, Cartaxo, Rio Maior e Santa-
rém (com exceção do perímetro urbano) e da CHARNECA RIBATEJANA, à qual são candidatados os projetos dos concelhos de Almeirim, Alpiarça, Benavente, Chamusca, Coruche, Golegã e Salvaterra de Magos. No caso específico destes avisos, o sistema de incentivos financia investimentos até 100.000,00 €, sendo condição obrigatória a criação líquida de postos de trabalho (pelo menos 1). O período máximo de investimento é 18 meses. São passíveis de financiamento a criação e expansão ou modernização de micro e pequenas empresas. O incentivo a fundo perdido pode ir de 30 a 60%. O período de candidaturas ao SI2E para este aviso ainda está a decorrer, terminando a primeira fase no dia 12 de outubro, e a segunda no dia 31 de dezembro. À semelhança dos avisos anteriores, a NERSANT continua a estar disponível para apoiar as empresas elegíveis na elaboração das suas candidaturas, devendo as interessadas contactar a associação empresarial através dos contactos portugal2020@nersant.pt ou 249 839 500.
Governo lança concurso dotado com 1 milhão de euros para apoiar inovação agrícola e rural O Ministério da Agricultura Florestas e Desenvolvimento Rural lançou um concurso no valor de um milhão de euros destinado a apoiar o trabalho desenvolvido pelos Centros de Competências do Setor Florestal e Agroalimentar na área da inovação agrícola e rural Financiado pelo Programa de Desenvolvimento Rural PDR 2020, no âmbito do Plano de Ação da Rede Rural Nacional, o concurso tem como prioridades uma boa aplicação, acompanhamento e avaliação das medidas de política de desenvolvimento rural e a promoção do trabalho qualificado e em rede entre os diversos agentes. O concurso destina-se a financiar os vinte Centros de Competências já constituídos no território continental e, entre as operações apoiadas, está a implementação de Agendas de Inovação e Investigação e a realização de sessões de trabalho com o objetivo de atualizar o levantamento de
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necessidades de inovação do setor agrícola e zonas rurais, promover a transferência de conhecimento para o setor, criar redes de parceiros e incorporar a inovação em toda a atividade. Os Centros de Competências são estruturas que agregam agentes económicos de uma área estratégica, entidades do sistema científico nacional e autarquias, com o objetivo de potenciar a competitividade e a inovação das empresas. Visam igualmente
o desenvolvimento científico e tecnológico, aumentando a produtividade das culturas e inovando nos produtos agroalimentares e florestais. Cada Centro de Competências deverá aprovar uma Agenda de Investigação e Inovação que identifique as respetivas prioridades, contribuindo assim para a orientação de políticas públicas. As candidaturas podem ser efetuadas no portal do PDR 2020 - www. pdr-2020.pt - até 28 de setembro.
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EMPREENDEDORISMO E INOVAÇÃO
Portugal Digital Summit 2018 debate transformação e economia digital em outubro O Portugal Digital Summit é um o evento anual de referência sobre a Transformação Digital a Sociedade e a Economia Digital promovido pela ACEPI – Associação da Economia Digital, com o intuito de fomentar a análise e a troca de experiências dos principais intervenientes dos vários setores de atividade no contexto da transformação digital e do seu respetivo impacto no aumento da competitividade, da produtividade e do emprego. Para responder melhor aos desafios lançados pelo enorme sucesso da edição de 2017 da Portugal Digital Summit, que durante dois dias contou com cerca de 3.000 participantes, mais de 130 oradores, de 20 sessões e inúmeros expositores, a ACEPI resolveu inovar o seu formato tornando-o mais abrangente e dinâmico. O Portugal Digital Summit’18 está estruturada em torno de três grandes pilares que refletem a missão e a atuação da ACEPI e serão eles que darão o mote para o grande debate e
troca de experiências acerca dos Desafios e das Oportunidades da Transformação, da Economia e da Sociedade Digitais: Inspiração; Conhecimento; e Networking. A edição de 2018, que irá decorrer nos dias 23 e 24 de outubro, vai contar com a presença de vários representantes dos órgãos de sobe-
rania britânicos, da Embaixadora Britânica em Portugal, bem como com vários keynotes, empresários e responsáveis das principais empresas e instituições do Reino Unido, a par de um grupo de oradores nacionais em representação de várias empresas portuguesas e dos órgãos de soberania nacionais.
Produtores de milho na vanguarda da inovação tecnológica e da competência técnica O Ministro da Agricultura presidiu recentemente à cerimónia de inauguração do Centro de Formação e Demonstração para produtores de milho, na Estação Experimental António Teixeira, em Coruche, e congratulou a ANPROMIS pelo 30º aniversário. Cerca de 200 pessoas participaram no Dia de Campo InovMilho, na Estação Experimental António Teixeira, em Coruche, onde foi inaugurado um Centro de Formação e Demonstração para produtores e técnicos da cultura do milho e apresentada uma proposta de Agenda de Investigação e Inovação para as culturas do milho e sorgo. O Ministro da Agricultura afirmou que “o Centro de Formação inaugurado é uma prova inequívoca da vitalidade da ANPROMIS e da forma como olha o futuro, dirigida para a produção e difusão do conhecimento sem os quais não é possível existir prosperidade no setor, ou seja, rendimento para os agricultores”. Luís Capoulas Santos congratulou a ANPROMIS pelo seu 30 aniversário, considerando que “a ANPROMIS é hoje uma verdadeira instituição da lavoura que o Ministério reconhece e a quem deseja a continuação de sucesso e longa vida”. O Ministro da Agricultura referiu-se na cerimónia à Resolução do Conselho de Ministros que vincula o Governo à execução da Estratégia Nacional para a Promoção da
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Produção Nacional de Cereais, já aprovada. Uma das primeiras medidas a concretizar será a redução dos custos da energia para os agricultores: “estou otimista quanto à cooperação com o Ministério da Economia nesta matéria”, afirmou Luís Capoulas Santos. Recorde-se que a Estratégia integra um conjunto de 20 medidas prioritárias e ações concretas para os próximos 5 anos, com vista a que em 2022 Portugal consiga um grau de autoaprovisionamento em cereais de cerca de 38%, que no caso da cultura do milho corresponderá a 50%. A proposta de Agenda de Investigação e Inovação para as culturas do milho e sorgo, apresentada pelo INIAV-Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária, está agora em fase de análise pelas 34 entidades parceiras do InovMilho - Centro Nacional de Competências das Culturas do Milho e Sorgo, e durante o mês de setembro será divulgado um plano de ação da Agenda para o período 2018-2025. O Dia de Campo InovMilho incluiu uma visita aos ensaios de variedades de milho, instalados na Estação Experimental António Teixeira, onde algumas das principais empresas do mercado testam as suas sementes, fertilizantes e herbicidas desde 2014. Entre as tecnologias em mostra destaca-se o sistema de rega gota-a-gota com tubo enterrado, visando
a poupança de água e energia, e um novo equipamento de sementeira direta, com um sistema inovador de discos duplos, aplicável a semeadores monogrão. Este equipamento, desenvolvido pela Universidade de Évora, está a ser testado para diferentes tipos de solo e quantidades de restolho. José Luís Lopes, presidente da ANPROMIS, disse a propósito do 30º aniversário da associação que a atual Direção “se regozija com a história de três décadas da ANPROMIS na defesa ativa dos interesses dos produtores nacionais de milho e sorgo e assume o futuro com um sentimento de dever e responsabilidade, perante os 67.000 agricultores que a nossa associação representa”. Acrescentou ainda que “nesta ocasião, gostava de deixar uma palavra de reconhecido apreço pelo trabalho desenvolvido pelos meus antecessores no cargo de Presidente da ANPROMIS. Ao nosso fundador, Eng. José Luís Tello Rasquilha, um visionário e pioneiro do associativismo agrícola, ao qual o setor tanto deve. Ao seu sucessor, Eng. Luís Vasconcellos e Souza, um acérrimo defensor dos interesses dos produtores nacionais de milho em Portugal e no estrangeiro, que incutiu a esta nossa organização e à fileira do milho uma forte dinâmica, estando na génese de um novo modelo de associativismo agrícola mais moderno e dinâmico”.
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Bons Sons teve pratos de base biológica feitos a partir de farelo de trigo De 9 a 12 de agosto, o Festival Bons Sons, realizado na aldeia de Cem Soldos, Tomar, contou com boa música, mas também com boas práticas ambientais. Uma das novidades foi a substituição da loiça de plástico para as refeições, por pratos de base biológica feitos a partir de farelo de trigo, um projeto vencedor de um dos concursos de bio-ideias de negócio promovidos pela NERSANT e pelo Agrocluster Ribatejo.
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e forma a continuar o compromisso assumido em anos anteriores, a organização manteve-se empenhada em assegurar o crescimento sustentado do evento mantendo, para isso, uma forte aposta na reutilização de materiais, na diminuição da produção de resíduos e na implementação de sistemas de recolha e tratamento mais eficazes. Assim, além de dar continuidade às medidas implementadas nas últimas edições, o festival introduziu, este ano, algumas mudanças que contribuiram para a diminuição da pegada ambiental do evento.
RESTAURAÇÃO E BARES: KIT DE LOIÇA ECOLÓGICO, GARRAFAS E COPOS REUTILIZÁVEIS Uma das práticas implementadas este ano refere-se à introdução de uma alternativa aos tradicionais recipientes descartáveis: pratos de base biológica feitos a partir de farelo de trigo. Esta loiça, produzida pela polaca Biotrem, uma novidade não só no festival mas também em Portugal, é totalmente biodegradável e, pode até, ser comestível. O processo de compostagem destes produtos leva apenas 30 dias e não centenas de anos, como os pratos de plástico. Esta loiça está a ser comercializada em Portugal através de startup da região, que venceu até um dos concursos de bio-ideias de negócio realiza-
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dos pela NERSANT e pelo Agrocluster Ribatejo. Em parceria com os SMAS Tomar, a garrafa Fill Forever também chegou, este ano, pela primeira vez ao Bons Sons. Com um design inspirado numa cascata de água, a garrafa, à venda por 1,50€, é 100% reutilizável, reciclável e nacional. O próprio processo de produção do recipiente tem um baixo consumo energético e o gargalo e a tampa foram otimizados para serem mais leves para o ambiente. De forma a reduzir também o volume de resíduos no recinto, o Bons Sons, com o apoio da Super Bock, novo parceiro do festival, eliminou totalmente os copos descartáveis de cerveja e refrigerantes, promovendo a utilização de copos reutilizáveis. Os copos foram vendidos no festival, podendo os detentores ficar com os mesmos para recordação, ou devolvê-los em locais específicos do recinto, altura em que lhes foi reembolsado o valor da compra. A pensar igualmente na redução do lixo e, sobretudo, na prevenção de incêndios, foram distribuídos gratuitamente cinzeiros portáteis.
ILUMINAÇÃO E POUPANÇA DE ÁGUA A quantidade de água potável utilizada por descarga de autoclismo no âmbito de um festival com a extensão do Bons Sons implica um enorme desperdício de um recurso que é cada
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vez mais escasso. Por isso, também as casas de banho estiveram, este ano, mais amigas do ambiente: as WC secas foram reforçadas e introduzidos urinóis-fardo de palha em toda a zona do campismo. Esta alternativa não requer a utilização de água para descargas desnecessárias e evita a passagem de resíduos pela estação de tratamento de águas. Desta forma, a pegada ecológica diminui e é valorizado um ciclo natural: os resíduos da WCeco, bem como os fardos de palha que vão absorver os líquidos, juntamente com coberto vegetal
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do próprio terreno, serão decompostos e transformados em matéria orgânica fértil que a população poderá utilizar, passado um ano, nas suas hortas, jardins ou sistemas agroflorestais. Também a iluminação tem vindo a sofrer alterações a pensar na sustentabilidade: gradualmente, está a ser desenvolvido um investimento em lâmpadas LED, uma solução com maior eficiência energética que tem uma longa vida e é amena ao ambiente.
TRANSFER BONS SONS O plano ecológico do Bons Sons
começou mesmo antes da chegada ao festival que convida os visitantes a deslocarem-se até ao recinto de transportes públicos disponibilizando, para isso, um transfer de hora em hora entre Cem Soldos, Tomar (estação de comboios CP e estação de autocarros), e Paialvo (estação de comboios CP, Linha do Norte). O serviço esteve disponível entre 8 e 13 de agosto e o bilhete de ida e volta custa 1,50€. A 9.ª edição do Bons Sons contou com 48 concertos, em oito palcos distribuídos por vários locais da aldeia.
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In-Bottle Especialistas em engarrafamento
Francisco Vicente
É em 2016 que nasce a In-Bottle - Comércio e Representações, Lda., com sede em Santarém. O negócio germina do empreendedorismo de três promotores, que transformaram a empresa numa referência no âmbito da comercialização de linhas de engarrafamento para o setor dos vinhos e azeites. A empresa dedica-se ainda à venda de depósitos em inox e projeta e instala adegas em todo o país.
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n-Bottle. O próprio nome da empresa sugere a área de negócio na qual a mesma se especializou: o engarrafamento. O negócio, com apenas dois anos, tem corrido “de vento em popa”. Foi, de resto, o que nos atestou Francisco Vicente, sócio-gerente e um dos três promotores que deram origem a esta empresa. “A In-Bottle foi criada em 2016 com o know-how de três pessoas, que se vieram a transformar nos seus três sócios”, enquadrou o profissional que também é comercial da empresa. “Todos tínhamos experiência na área. Na verdade, talvez tenha sido esse o ponto de partida para a decisão de arrancarmos, em conjunto, com esta empresa. Pensámos que integrar os conhecimentos e experiência destas três pessoas daria frutos, o que se veio a confirmar: o negócio tem corrido bem”, partilhou Francisco Vicente, orgulhoso. Para constituir formalmente a empresa, recorreram, no início, à NERSANT, que através do projeto Sítio do Empreendedor, aconselhou e acompanhou a elaboração do plano de negócios da In-Botlle. A associação
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auxiliou ainda a empresa no seu processo de candidatura ao PAECPE – Programa de Apoio ao Empreendedorismo e Criação do Próprio Emprego do IEFP – Instituto do Emprego e Formação Profissional, o que permitiu aos promotores receber de uma só vez as prestações do subsídio de desemprego para aplicar no novo negócio. “Sou de Santarém e conheço a NERSANT há muitos anos, pelo que foi com naturalidade que recorremos a esta associação. Essa foi a base para que conseguíssemos arrancar com a empresa”, reconheceu, acrescentando que a NERSANT facultou diversas informações e indicações muito importantes para o negócio. “Tínhamos o know-how do funcionamento da empresa em si, mas dos incentivos disponíveis e da forma de operacionalizar o negócio, nem tanto”, fez saber ainda o gestor, que concluiu ainda: “A NERSANT foi fundamental. Tivemos reuniões de facto muito produtivas, de onde saiu uma candidatura ao Vale Incubação, apoio a projetos simplificados de empresas com menos de um ano na área do empreendedorismo. Só podemos agradecer todo o apoio
É na qualidade dos equipamentos comercializados, e sobretudo no acompanhamento pós-venda aos seus clientes, que a In-Bottle tem estruturado o seu trabalho.” prestado”, desabafou. Para arrancar com o negócio o investimento passou pelo aluguer de um escritório na cidade de Santarém e de um armazém, bem como na frota. “Colocámos imediatamente três carros na rua para irmos ter com os clientes e começarmos a ver resultados no curto prazo”, fez saber Francisco Vicente. Para além de indicar caminhos para o arranque do negócio, o apoio da associação à In-Bottle não se ficou por aqui, tendo a NERSANT acompanhado a empresa nos seus primeiros passos. “Participámos, na Startup Santarém, num Programa de Aceleração composto por diversos workshops que classificamos de
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O espírito empreendedor e o dinamismo da sua equipa, bem como o conhecimento do mercado e a competência profissional, afirmam-se como importantes pilares de trabalho desta empresa.” muito interessantes”, recordou Francisco Vicente, acrescentando que “com estas formações aprendemos a ver a empresa de um outro modo, a conduzi-la, a preocuparmo-nos com aspetos que não se prendem diretamente com o negócio em si… como a necessidade de registar a marca da empresa e a necessidade de presença online, por exemplo”, enumerou. “Uma empresa pequena passa maior parte do tempo absorvida com as vendas no curto prazo, deixando de lado a planificação do negócio a longo prazo. O Programa de Aceleração ajudou-nos a pensar estrategicamente a empresa, a analisar o nosso ponto de situação e definir para onde queremos ir. Fomos muito bem acompanhados”, concluiu ainda Francisco Vicente. Mas… o que faz exatamente a In-Bottle? Como empresa dedicada e especializada em equipamentos de engarrafamento em Portugal, a In-Bottle projeta e instala linhas de engarrafamento, sobretudo, nos setores do vinho e azeite. Francisco Vicente esclarece: “Na verdade o que fazemos como principal ponto de partida é, juntamente com o cliente, perceber bem qual a sua necessidade para desta forma poder orientar e apresentar a melhor solução de modo a ir de encontro às efetivas necessidades dos mesmos. Segue-se então a comercialização e instalação dos equipamentos e por vezes acrescentando mais valias aos próprios equipamentos que adquirimos. Outro fator distintivo e pelo qual primamos muito, é a assistência técnica, o pós-venda”, contou. No caso dos vinhos, área em que existe maior número de clientes, a empresa muniu-se de parcerias estratégicas que lhe permitem entregar ao cliente uma adega chave-na-mão. “Se alguém pretender criar uma adega de raiz, conseguimos fazê-lo. Temos equipamentos
Francisco Vicente, David Gomes e Pedro Vieira são empreendedores que deram origem, em 2016, à empresa escalabitana In-Bottle.”
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que nos permitem montar a adega desde a transformação da uva, até ao produto embalado”, explicou Francisco Vicente. Embora o negócio esteja bem distribuído entre vinhos e azeites – a empresa vende 50% para o setor dos vinhos e 50% para o setor do azeite – o empresário não quis deixar de notar que a importância deste último setor para a empresa se prende com o crescimento desta atividade nos últimos anos. “O setor do azeite tem crescido significativamente desde há 10 anos e a In-Bottle, pela experiência dos seus promotores, tem sabido acompanhar este crescimento”, referiu, acrescentando até que a empresa é já, neste domínio, “uma referência”. Seria um desperdício se uma empresa especializada em engarrafamento apenas o fizesse nestes dois setores de atividade. Neste momento, confidenciou à Ribatejo Invest Francisco Vicente, a empresa está a apostar em mercados paralelos de engarrafamento considerados “muito interessantes”, como é o caso da cerveja artesanal, do gin e do mel. Quanto à aceitação da empresa no mercado, os resultados estão à vista. Dois anos depois do seu nascimento, em vez de três trabalhadores – os promotores do negócio – a empresa já dispõe de cinco. “O negócio superou a nossa expetativa… tem corrido bem. Mesmo com os investimentos que tivemos de fazer nas infraestruturas para acolher a empresa, apresentámos, do primeiro para o segundo ano crescimentos entre 10 a 15%, embora no primeiro ano só tenham sido contabilizados nove meses”, referiu. E o crescimento perspetiva-se: “Se continuarmos a crescer como estamos, se o mercado continuar aberto e dinâmico como está, não temos dúvidas que no curto / médio prazo teremos de contratar mais uma ou duas pessoas para a parte comercial”, disse Francisco Vicente.
INTERNACIONALIZAÇÃO É UM OBJETIVO Embora seja um objetivo da empresa, Francisco Vicente reconhece que o facto de adquirirem as máquinas a países como Itá-
lia, França, Espanha ou Suíça, não ajuda no processo de internacionalização para estes e outros países vizinhos. “Se têm a máquina no seu país, não a vão comprar ao estrangeiro”, confessou. No entanto, uma oportunidade surge no que à internacionalização diz respeito: os mercados africanos, para onde a In-Bottle já realizou algumas vendas. “Sentimos alguma abertura no mercado angolano, porque a língua aproxima os dois países”, avançou Francisco, acrescentando que esta vantagem aplica-se, também, a “outros países africanos”, como Moçambique e Cabo Verde, por exemplo. A empresa quer explorar esta oportunidade e está neste momento a ponderar candidatar-se ao Portugal 2020, que tem abertos concursos para estas áreas. “Estamos a pensar avançar com candidatura para fazermos a necessária prospeção de mercado, sendo naturalmente a visita a feiras uma das atividades que iremos contemplar em sede de candidatura”, revelou. A Ribatejo Invest tem a certeza que esta aposta é um tiro certeiro e estará cá para noticiar o sucesso da empresa além-fronteiras.
EQUIPAMENTOS VINHO Desengaçadores – Esmagadores | Bombas de Massas Volumétricas | Bombas Mono | Bombas Peristálticas | Prensas Pneumáticas | Filtros | Bombas Centrífugas | Monoblocos de Enchimento | Lavadoras – Secadoras | Distribuidores de Cápsulas | Rotuladoras | Encaixotadoras | Paletizadoras / Despaletizadoras | Depósitos em Inox
AZEITE Monoblocos de Enchimento | Distribuidores de Cápsulas | Rotuladoras | Fechadoras de Caixas | Envolvedoras de Paletes
OUTROS Enchedoras | Tapadoras | Rotuladoras | Fechadora Semiautomática de Caixas
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INTERNACIONALIZAÇÃO NERSANT é entidade acreditada para prestar serviços de internacionalização
Vales garantem financiamento de 75% do investimento empresarial Foram publicados no dia 31 de julho, os Avisos relativos ao projeto Vales, programa do Portugal 2020 que permite às PME a contratação de serviços de consultoria em determinadas áreas, a entidades devidamente qualificadas para o efeito, como é o caso da NERSANT - Associação Empresarial da Região de Santarém. As áreas disponíveis a concurso são Internacionalização, Comércio, Economia Circular e Incubação. O projeto garante apoio não reembolsável - a fundo perdido - de 75% da despesa elegível, sendo selecionáveis empresas PME, sob qualquer natureza e forma jurídica, com pelo menos 3 postos de trabalho, exceto candidaturas apresentadas ao Vale Incubação. Neste momento, estão abertos Avisos em diversas áreas, podendo as empresas da região submeter as suas candidaturas ao Vale Oportunidades de Internacionalização, ao Vale Comércio, ao Vale Economia Circular e ao Vale Incubação. Na área de internacionalização, está disponível o Vale Oportunidades de Internacionalização, que têm como objetivo o reforço da capacitação empresarial das PME através do apoio à procura de serviços e do conhecimento de mercados e de interface com os agentes económicos relevantes nos mercados externos. Serviços de diagnóstico à empresa em termos de identificação de oportunidades concretas de internacionalização e de melhoria, serviços de assistência técnica para implementação das recomendações, como visitas de prospeção e de captação
de novos clientes em mercados externos, visitas de prospeção a feiras internacionais, e convites a importadores para conhecimento da oferta, são os serviços suscetíveis de apoio neste âmbito. No caso da internacionalização, o limite máximo do incentivo é de 10.000 euros. A NERSANT é entidade acreditada para a prestação de serviços no âmbito do Vale Oportunidades de Internacionalização, pelo que as empresas interessadas em candidatar-se deverão contactar a associação através dos contactos portugal2020@nersant.pt ou 249 839 500. Quanto ao Vale Comércio, destinado a PME com atividades económicas nos setores do comércio, serviços e restauração, são suscetíveis de apoio os serviços de consultoria, contratados a entidades acreditadas, relacionados com a inovação organizacional e gestão (planos estratégicos, planos de marketing, etc.), a criação de marcas e design, a implementação de sistemas de certificação (qualidade, produtos, entre outros), a implementação de práticas de gestão segura de dados (RGPD), e serviços relacionados com a economia digital e tecnologias da informação e comunicação (desenvolvimento de websites, lojas online, gestão de redes socias, desmaterialização de processos e digitalização, etc.), com limite do incentivo, neste caso, de 5.000 euros. O Vale Economia Circular tem por objetivo apoiar a transição do tecido empresarial nacional para uma economia circular, apoiando ações que constituam boas
práticas de eco-design, eco-eficiência, eco-inovação e simbioses industriais, que conduzam a melhoria do desempenho em matéria de eficiência na utilização dos recursos, novos processos, produtos e modelos de negócio. Neste caso são suscetíveis de apoio, os serviços de consultoria, contratados a entidades acreditadas, relacionados com a eficiência energética (estudos, diagnósticos, auditorias e implementação do Sistema de Gestão da Energia - ISO 50001), com o Ambiente (Implementação de Sistema de Gestão Ambiental - ISO 14001) e ainda com a definição e implementação de outras estratégias conducentes à adoção de planos empresariais de economia circular, como por exemplo a valorização de subprodutos e resíduos, ecoeficiência, eco-inovação, simbioses industriais e eco-design. O limite do incentivo é de 7.500 euros. Por sua vez, o Vale Incubação pretende conceder apoios a projetos simplificados de empresas com menos de um ano na área do empreendedorismo, através da contratação de serviços de incubação prestados por incubadoras de empresas previamente acreditadas.
Bindopor conclui projeto no Bangladesh Desde 1985 que a Bindopor, de Ourém, desenvolve, projeta e fabrica soluções únicas e integradas de Sinalética, Artwork e Iluminação Decorativa. A empresa dirige a sua oferta essencialmente aos setores da Hotelaria & Turismo, Lazer e Entretenimento e Cuidados de Saúde. A empresa acaba de concluir mais um projeto internacional no Bangladesh. No caso desta obra, a empresa produziu o Artwork, de que é exemplo a peça central para o Loby - um Borboletário monumental com cinco metros de comprimento protegido por uma estrutura em acrílico tipo “aquário”, no Intercontinental Dhaka. De referir que a Bindopor permite o desenvolvimento estruturado de soluções integradas de Sinalética - Artwork
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– Iluminação Decorativa, que são criadas individualmente tendo em consideração as especificidades e características particulares de cada projeto. Em consequência,
a estrutura produtiva da empresa assenta numa base de “produto à medida” e está organizada de forma a fabricar soluções únicas, projeto a projeto.
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Cabo Verde: projetar cooperação de Defesa para um patamar superior
O s M i n i s t ro s d a D e f e s a d e Portugal, Azevedo Lopes, e do Luxemburgo, Étienne Schneider, visitaram o Centro de Instrução Militar Zeca Santos e o Comando da Guarda Costeira de Cabo Verde, na sequência da assinatura da declaração tripartida de cooperação, para tomar conhecimento da formação ministrada e das capacidades das Forças Armadas cabo-verdianas. No fi nal, o Ministro da Defesa de Cabo Verde, Filipe Tavares, apontou o equipamento e a formação militar como áreas prioritárias de cooperação. Luís Filipe Tavares acrescentou que os três governantes partilharam bastante informação nestes dois dias de visita: “As bases estão lançadas. Vamos continuar a trabalhar para reforçar esta cooperação entre os nossos três países”. O Ministro da Defesa de Portugal, Azevedo Lopes, afirmou que “se Cabo Verde conseguir ter meios mais eficientes para garantir a segurança marítima nesta sub-região, então ganhamos todos, porque esta sub-região é muito importante do ponto-de-vista global”. “Sabendo-se a posição privilegiada de Cabo Verde em termos geográficos e geopolíticos, saben-
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do-se também a grande tradição militar da Ilha de São Vicente, do que se trata é de olharmos para isto como uma oportunidade para uma cooperação futura que envolva a segurança marítima, e que no fundo reforce não só a segurança de Cabo Verde, mas dos nossos três países”, disse ainda. Esta ideia foi partilhada pelo Ministro luxemburguês, Étienne Schneider, que referiu que o “nível securitário de Cabo Verde também diz respeito ao Luxemburgo”, pelo que é “extremamente útil que o Luxemburgo participe no desenvolvimento da capacidade” de segurança marítima cabo-verdiana. Azevedo Lopes recordou a “grande tradição de formação de militares cabo-verdianos em Portugal” e de projetos de cooperação, afirmando que as reuniões realizadas na Cidade da Praia servem também “para projetar a nossa cooperação para um patamar tecnologicamente superior”. Por isto, “também discutimos as questões de participação de Cabo Verde no Centro de Defesa do Atlântico que vai ser criado proximamente”, assim como a possibilidade de desenvolver projetos objetivos tecnológicos ambiciosos entre os três países.
Linda’s School integra organização Women Economic Forum
Com 30 anos de experiência no ensino de inglês, a Linda’s School – Instituto de Línguas é hoje uma escola conceituada pelos seus excelentes resultados. A empresa de Tomar integra a organização da Women Economic Forum, que se vai realizar em Tomar de 22 a 25 de março do próximo ano. Em parceria com a ALL Ladies League, considerada a maior organização internacional feminina completamente inclusiva e um movimento global para o bem-estar e prosperidade através do apoio à liderança feminina, vai realizar-se entre os dias 22 e 25 de março de 2018, um evento no âmbito do Women Economic Forum (WEF), uma conferência global para promover conversas de empoderamento e conexões entre mulheres comprometidas em promover mudanças construtivas em todos os estilos de vida. Os eventos do WEF são mega facilitadores da troca de pares e da aprendizagem num contexto diversificado e interdisciplinar, e são uma força motriz para conexões massivas e networking em todo o mundo. Os eventos acontecem ao longo do ano e em todo o mundo, capacitando as mulheres a expandir suas oportunidades de negócios e aumentar sua influência global. O WEF também dá as boas-vindas aos homens que apoiam a causa da liderança das mulheres em todas as esferas da vida. Com este evento pretende-se dar voz às mulheres, criando uma plataforma de comunicação através da qual possam expressar e partilhar a sua sabedoria. Os benefícios de participação são: Inspiração, Motivação, Amizade, Partilha, Networking, Novos Potenciais Pessoais e Interpessoais e claro está, Amor e todos os benefícios que daí advêm. A Linda’s School está a apoiar a organização deste evento de caráter mundial.
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Portugal e São Tomé e Príncipe renovam acordos de cooperação até 2020 O Ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social de Portugal, José António Vieira da Silva, e o Ministro do Emprego e Assuntos Sociais de São Tomé e Príncipe, Emílio Lima, ratificaram dois importantes acordos para cooperação entre estes dois países nas áreas sociais e do emprego. O Ministro Vieira da Silva iniciou a 3 de agosto uma visita oficial de dois dias a São Tomé e Príncipe, onde visitou vários equipamentos sociais apoiados por Portugal. A cooperação entre os ministérios da área do trabalho e dos assuntos sociais de Portugal e de S. Tomé e Príncipe (STP) teve início em 1998 e desenvolve-se, essencialmente, em três áreas: luta contra a pobreza, reforço institucional (das estruturas da administração pública tuteladas pelo ministério homólogo são-tomense) e emprego e formação profissional. Desde o início da cooperação entre ambos os ministérios que a área privilegiada de incidência do apoio do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social (MTSSS) tem sido a da luta contra a pobreza, ao qual foi feito cerca de 60% do financiamento concedido até ao final de 2017.
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Em 2018, este valor ascendeu a 70%. Regra geral, os projetos constituem respostas sociais, dirigidas aos dois grupos mais vulneráveis em São Tomé e Príncipe, as crianças em risco e os idosos, e são executados na sua maioria por organizações da sociedade civil são-tomense. No âmbito do atual Programa de Cooperação, o Gabinete de Estratégia e Planeamento/MTSSS apoiou financeiramente cinco entidades da sociedade civil, um Centro de Formação Profissional, 12 respostas sociais, num total de cerca de 7300 beneficiários e 185 postos de trabalho. As atividades de cooperação desenvolvidas entre o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social e o Ministério do Emprego e Assuntos Sociais (MEAS) são enquadradas por programas bilaterais de cooperação, onde constam as principais linhas orientadoras da intervenção, as áreas ou projetos e entidades executoras prioritários, as responsabilidades das partes signatárias, as condições e modalidades de cofinanciamento e a indicação de alguns procedimentos a adotar. Estes programas assinados por ambos os Ministérios são enquadrados pelos
Programas Estratégicos de Cooperação que Portugal, através do Ministério dos Negócios Estrangeiros, assina com cada país parceiro e encontram-se alinhados com as prioridades desses países, expressas nos respetivos programas de governo e em documentos estratégicos globais ou setoriais. A cooperação do MTSSS com o seu homólogo são-tomense em matéria de emprego e formação profissional remonta a 1999, tendo-se intensificado a partir de 2001/2002 com a entrada em funcionamento do Centro de Formação Profissional de São Tomé e Príncipe (CFPSTP), apoiado financeiramente, desde a sua criação, pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP). A principal inovação relativamente ao acordo anterior é a integração no Conselho de Parceiros de representantes dos parceiros sociais portugueses (UGT – União Geral dos Trabalhadores e ANEME – Associação Nacional das Empresas Metalúrgicas e Eletromecânicas) e são-tomenses (ONTSTP – Organização Nacional dos Trabalhadores de São Tomé e Príncipe, UGT – União Geral dos Trabalhadores e CCIAS – Câmara do Comércio, Indústria, Agricultura e Serviços).
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NERSANT Business em Tomar em outubro
Ribatejo é palco de um dos maiores encontros internacionais de negócios do país É já no próximo mês de outubro, que o Ribatejo vai ser palco da 7.ª edição de um dos maiores encontros internacionais de negócios do país. Tomar acolhe o evento organizado pela NERSANT - Associação Empresarial da Região de Santarém, entre os dias 15 e 17. As inscrições no evento continuam abertas. O apoio à internacionalização e à exportação das empresas da região tem sido desde sempre uma prioridade da NERSANT. A associação decidiu, assim, em 2012, levar a efeito a organização do NERSANT Business - Encontro de Negócio do Ribatejo, cuja edição piloto decorreu em Torres Novas com a participação de seis delegações estrangeiras. O evento tem vindo a ganhar escala e maturidade, tendo sido procurado por cada vez mais delegações internacionais, mas também por empresários de todo o país, que veem no evento uma oportunidade de reunir, no mesmo espaço, com dezenas de mercados com potencial para o seu negócio. A edição do ano passado, que decorreu igualmente no mês de outubro, em Tomar,
contou com a participação de 36 delegações empresariais de todo o mundo, tendo sido realizadas, durante o evento, 1091 encontros B2B. Este ano, muitas são já as delegações estrangeiras interessadas em estar presentes, bem como as manifestações de interesse de empresas nacionais. Neste momento, a NERSANT está ainda a receber inscrições e já começou a delinear o plano de reuniões para cada uma das empresas presentes. O encontro, que se realiza de 15 a 17 de outubro no Hotel dos Templários em Tomar, assume o seguinte modelo de sucesso: nos primeiros dois dias, as empresas inscritas e credenciadas recebem o seu plano de reuniões, devendo as mesmas apresentar o seu produto ou serviço, em cada uma das reuniões, que não deverá exceder os 20 minutos. O terceiro dia é reservado para as visitas a empresas, combinadas previamente nas reuniões de negócio. A participação no evento conta ainda com diversos momentos de networking empresarial, onde os participantes podem aprovei-
tar para aprofundar relações profissionais, como coffee-breaks, espaços de mostras de produtos, espaços de reunião e refeições. O NERSANT Business 2018 tem um portal de apoio, disponível em http://business. nersant.pt/, onde os interessados podem consultar mais informação inerente ao evento. No caso das empresas portuguesas interessadas em estar presentes, as mesmas podem desde já credenciar os seus produtos ou serviços, para que as empresas estrangeiras possam consultar os mesmos e iniciar, mesmo antes do evento, o processo de realização do negócio. Para mais informações sobre o Encontro Internacional de Negócios, as empresas interessadas devem contactar a NERSANT através do seu Departamento de Apoio Técnico, Inovação e Competitividade, através dos contactos datic@nersant.pt ou 249 839 500. De referir que o NERSANT Business 2018 é uma atividade alvo de financiamento por parte do COMPETE 2020. Integra o projeto aprovado da NERSANT - Ribatejo Global - no âmbito do SIAC.
Renova à venda nas Filipinas
tos em tecnologias inovadoras em papel tissue com vista ao desenvolvimento de novos produtos premium associados à
crescente notoriedade marca Renova, assim como o incremento da capacidade produtiva instalada.
A marca Renova, produzida pela empresa torrejana com o mesmo nome, está à venda nas Filipinas. De acordo com a empresa, o papel mais sexy da terra, está agora disponível na XCEPTION Concept Store, vila legaspi, cidade de Makati. Esta loja junta-se às dezenas de mercados onde a empresa do Ribatejo tem feito furor. A internacionalização da empresa para novos mercados, que se tem vindo a acentuar nos últimos anos, tem até levado a empresa a fazer investimen-
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Ca CO3 restaura património de norte a sul do país… mas quer lançar-se além-fronteiras Tomar é berço da empresa Ca CO3 - Conservação do Património Artístico Lda., que acaba de atingir a maioridade. Definida como uma empresa altamente especializada na área da conservação e restauro do património edificado, a empresa tem realizado obras de norte a sul do país. Nos planos está agora a internacionalização do negócio, para os mercados de Moçambique e Cuba. Quem o confessou foi a sua sócia-gerente e fundadora, Teresa Silveira.
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oi no escritório da Ca CO3, em Vale Florido, a poucos quilómetros de Tomar, que a Ribatejo Invest encontrou Teresa Silveira. Rodeada de ferramentas e utensílios para a conservação e restauro e guardada pelo seu fiel amigo felino, foi assim que a empresária recebeu a nossa revista e contou com orgulho o percurso da empresa, que celebrou 18 anos no passado mês de maio. “Formei-me no Instituto Politécnico de Tomar em Conservação e Restauro, trabalhei para várias empresas e fundei, com mais três sócios, a primeira empresa de Restauro em Portugal formada exclusivamente por técnico com formação superior”, começou por enquadrar Teresa Silveira, acrescentando que esta empresa “acabou, posteriormente, por ser vendida”. Algumas experiências profissionais depois por conta de outrem, prosseguiu, “eis que surge nova oportunidade para fundar, em 2000, a Ca CO3, com o meu sócio Carlos Monteiro”. Até ao momento, já se passaram mais de 18 anos e a empresa Ca CO3 mantém-se de pedra e cal no mercado, ao contrário de muitas outras deste setor que sucumbiram ao longo dos tempos. Mas, qual será o segredo do sucesso?, ques-
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tionou a Ribatejo Invest à empresária. “Bem, se segredos de sucesso houvesse, já o teríamos aplicado”, respondeu com graça a gerente da Ca CO3, que acrescentou ainda que o percurso da empresa “nem sempre foi fácil”. “Embora o património seja um tema querido do nosso país, o que é facto é que o mesmo tem sido alvo de falta de tratamento. As pessoas identificam-se com os seus monumentos, mas não lhe dão a devida atenção no sentido da preservação”, revelou Teresa Silveira, dizendo ainda que esta particularidade se acentua “em tempos de crise”. “O período de 2009 a 2013 foi extremamente duro. Viu-se de facto que, existindo outras prioridades, a cultura se torna o elo mais fraco do investimento nacional, o que é de certa forma compreensível”, relatou, afirmando ainda que à data foi necessário “redimensionar a estrutura, tornarmo-nos mais pequenos, mais equilibrados e conseguir dinheiro para a tesouraria”. Aliás, completou ainda Teresa Silveira, “somos uma micro-empresa e seremos sempre uma micro-empresa. O crescimento nesta área, baseada em prestação de serviços, é até de certa forma perigoso.” Ainda assim, continuou, a Ca CO3 tem conseguido fazer um percurso
equilibrado, neste que é um mercado um pouco inconstante. E porquê?, quisemos saber. “Provavelmente porque há uma mulher a gerir contas! Uma mulher tem por base a economia doméstica sabe que devem ser feitas economias para utilizar em momentos de maiores constrangimentos. Em 2014, fruto da crise e da falha de um pagamento de um cliente, tivemos um momento muito complicado. Na altura alterámos por completo a forma de estar da Ca CO3, os seus investimentos, seguros, refizemos contratos com telecomunicações… é preciso sagacidade para resolver as situações”, referiu, afirmando que se dedica à parte da gestão da empresa, da pesquisa por concursos, enquanto o seu sócio é “a cabeça técnica. Eu ganho os projetos e ele arranja formas, por vezes absurdas, de resolver situações que muitas vezes aparentam não ter solução. Ele inventa ferramentas, equipamentos, ele pesquisa, ele encontra produtos que ninguém sabe que existem, ele implementa materiais em Portugal que ninguém usou, e isso é de igual forma uma mais-valia”, relatou. Para além da gerência da empresa ter uma equipa, também ela, bastante equilibrada e eficaz, outra das vantagens
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Paralelamente à conservação e restauro do Património Histórico Edificado, a Ca CO3 também pode ser contratada para dar pareceres técnicos, formação, fiscalização de obras, prestar serviços de consultoria e assinar relatórios prévios.”
competitivas enumeradas por Teresa Silveira ao longo da conversa com a Ribatejo Invest, é o facto de a Ca CO3 ser uma “empresa de especialidade”. “É errado pensar-se que na área da Conservação e Restauro, todos podem fazer todas as áreas”, disse, “sob pena de ficar comprometida a qualidade técnica do trabalho”. “No nosso caso”, acrescentou, “especializámo-nos em Património Classificado, no Património Histórico, pelo que trabalhamos em monumentos, nos edifícios e suas fachadas. Dedicamo-nos à pedra, ao azulejo, ao estuque e ao reboco tradicional”, enumerou a gestora da Ca CO3. Mas nem sempre isto será uma vantagem: os clientes, muitos deles os Municípios, sem conhecimentos de causa para avaliar as propostas apresentadas, nem sempre entendem como uma empresa do mesmo setor pode apresentar preços mais baixos que a Ca CO3 e isso prende-se, exatamente, com a especialização da empresa. “Temos técnicos altamente especializados neste tipo de intervenção, e isso, naturalmente, paga-se”, fez saber, sendo que a isso acrescem os naturais custos com as deslocações e estadias das equipas. “Ser uma empresa especializada é uma opção. Apesar de muitas vezes sentirmos que remamos contra a maré,
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Teresa Silveira
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sê-lo dá-nos alguma consistência: somos vistos como uma empresa de confiança, uma empresa credível e é exatamente assim que nos queremos manter”, relatou. E asseverou ainda: “Não nos identificamos com a Conservação e Restauro
A Ca CO3 viu reconhecido o seu trabalho na área da conservação e restauro com a atribuição do prémio de melhor intervenção de restauro na obra do Banco de Portugal, no âmbito da Semana de Reabilitação Urbana 2014.”
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em modelo fast”, disse, explicando que o trabalho de qualidade da sua empresa, nem sempre se consegue “barato e rápido”.
MOÇAMBIQUE E CUBA NA MIRA DA CA CO3 Com projetos de norte a sul do país – “de Caminha a Albufeira” – como relata Teresa Silveira, a empresa está a preparar-se para dar o próximo passo: a internacionalização. Assumindo não ser um caminho fácil – “cada país apresenta legislação diferenciada em matéria de conservação e restauro” – a gestora acredita que este é o momento certo para o fazer. Os dois mercados identificados pela empresária são Moçambique, onde esteve há cerca de um ano a perceber a dinâmica do país, e em Cuba, onde esteve há cerca de seis anos, fruto de uma interessante proposta que à data não estavam ainda preparados para executar.
“Maputo tem uma baixa colossal que apesar de estar degradada, não está tão degradada quanto se pensa, uma vez que a construção era muito boa. Há imenso trabalho a fazer na área da reabilitação do centro histórico”, advertiu Teresa, que indicou ainda que Moçambique é “um país agradável e seguro, dentro do panorama africano.” Quanto a Cuba, esclareceu ainda, “há uma nova dinâmica. Com a saída de Raul Castro, há uma nova abertura à possibilidade de trabalhos naquele país”. Após estas duas viagens de prospeção de negócios – que lhe saíram dos bolsos, fez questão de referir – a empresa acredita que há oportunidades para a Ca CO3 nestes mercados, pelo que está a trabalhar cuidadosamente no plano de internacionalização da empresa. Está a participar, através da NERSANT, num programa de formação e consultoria para empresários na área de internacio-
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nalização, onde lhe estão a ser dados os conhecimentos necessários para iniciar o processo de exportação. Por outro lado, e também com o apoio da Associação Empresarial da Região de Santarém, a empresa candidatou um projeto de investimento ao Portugal 2020, no sentido de internacionalizar o seu negócio. No mesmo, se aprovado, serão alvo de financiamento a fundo perdido as viagens de negócios aos mercados, a presença em feiras e respetiva prospeção de mercados. “Espero que este projeto seja aprovado e que o mesmo nos traga contactos para avançarmos com alguns trabalhos nestes países”, avançou, acrescentando que os mesmos serão feitos em parceria. “O nosso objetivo é levar o know-how, materiais e equipamentos, formar equipas e dar emprego aos locais”, fez saber a empresária, acrescentando que é também objetivo deste
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Embora o Património Histórico Edificado seja o grosso da atividade da Ca CO3, a empresa tem realizado ainda algumas obras de reabilitação em hostels e hotéis um pouco por todo o país.” projeto de investimento candidatado, o reforço de alguns protocolos e parcerias já existentes na área da formação, como já existe com a Faculdade de Arquitetura de Maputo. Teresa Silveira, descansa, no entanto, o mercado português: “Não pretende-
mos, de todo, deixar Portugal. Esperamos, sim, vir a ter alguns trabalhos de vez em quando que nos permitem crescer um pouco”, concluiu. A Ribatejo Invest cá estará para testemunhar este sucesso.
ALGUMAS OBRAS EMBLEMÁTICAS •
Igreja dos Terceiros – Porto
• Muralha Fernandina, Ribeira do Porto • Castelo de Mértola – Mértola (mosaicos na Alcáçova) • Arco da Rua Augusta – Lisboa •
Museu do Dinheiro – Lisboa
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Pátio da Galé – Lisboa
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Sé de Braga – Braga
• Sé de Lisboa – Lisboa (em execução)
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Informação Jurídica
Preços de Transferência em Moçambique O Regime dos Preços de Transferência (RPT) publicado pelo Decreto n.º 70/2017, de 6 de Dezembro, e que entrou em vigor em 1 de Janeiro do presente ano, veio estabelecer um conjunto de regras que devem nortear as relações entre entidades relacionadas.
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RPT aplica-se a pessoas singulares e colectivas que sejam residentes ou que se encontrem domiciliadas em Moçambique, bem como a estabelecimentos estáveis de entidades não residentes em Moçambique que realizem operações vinculadas com entidades não residentes, bem como com outros estabelecimentos estáveis da mesma entidade situados fora de Moçambique. Na realidade, o RPT vem desenvolver e concretizar as regras de preços de transferência que se encontravam previstas no Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (Código do IRPC). O artigo 49.º do Código do IRPC já estabelecia algumas regras relativas a preços de transferência, nomeadamente a possibilidade que assistia à Administração Tributária de efectuar as correcções que fossem necessárias para a determinação do lucro tributável sempre que em virtude de relações especiais entre o contribuinte e outra pessoa, sujeita ou não a IRPC,
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tivessem sido estabelecidas condições diferentes daquelas seriam estabelecidas entre entidades independentes. Esta disposição legal do Código do IRPC determina também que existem relações especiais entre duas entidades nas situações em que uma tem o poder de exercer, directa ou indirectamente, uma influência significativa nas decisões de gestão da outra. Contudo, não havia qualquer definição ou clarificação do conceito de “influência significativa”, o que em muito dificultava a aplicação por parte das Autoridades Tributárias das regras de preços de transferência. Assim e com o Decreto n.º 70/2017 passa a estar especificamente regulado o RPT em Moçambique, tendo-se definido e exemplificado quando é que uma entidade exerce uma influência significativa nas decisões de gestão de outra. Assim, considera-se existir uma influência significativa nas decisões de gestão de outra entidade, nomeadamente nos seguintes cenários: • Uma entidade e os titulares do respectivo capital, ou os cônjuges, ascendentes ou descendentes destes, detenham directa ou indirectamente uma participação não inferior a 10% do capital ou dos direitos de voto;
• Entidades em que os mesmos titulares do capital, respectivos cônjuges, ascendentes e descendentes detenham, directa ou indirectamente, uma participação não inferior a 10% do capital ou dos direitos de voto; • Uma entidade e os membros dos seus órgãos sociais, ou de quaisquer órgãos de administração, direcção, gerência ou fiscalização, e respectivos cônjuges, ascendentes e descendentes; • Entidades em que a maioria dos membros dos órgãos sociais, ou dos membros de quaisquer órgãos de administração, direcção, gerência ou fiscalização, sejam as mesmas pessoas ou, sendo pessoas diferentes, estejam ligadas entre si por casamento, união de facto ou parentesco em linha recta; • Entidades ligadas por contrato
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de subordinação, de grupo paritário ou de efeito equivalente; • Empresas que se encontrem em relação de domínio; • Entidades entre as quais, por força das relações comerciais, financeiras, profissionais ou jurídicas entre elas, directa ou indirectamente estabelecidas ou praticadas, se verifiquem situações de dependência no exercício da respectiva actividade; É também de realçar que este Diploma veio estabelecer os seguintes métodos a aplicar para efeitos de determinação dos preços de transferência: • Método do Preço Comparável de Mercado (devendo este método ser especificamente aplicável aos preços de transferência na exportação ou
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importação de commodities); • Método do Preço de Revenda Minorado; • Método do Custo Majorado; • Método do Fraccionamento do Lucro; • Método da Margem Líquida da Operação; • Outro Método apropriado aos factos e às circunstâncias específicas de cada operação. Consagram-se, ainda, regimes específicos para os acordos celebrados entre entidades relacionadas, designadamente acordos de partilha de custos e acordos de prestação de serviços dentro do grupo. Acresce que para efeitos de determinar se as operações entre entidades relacionadas seguem as mesmas
regras das operações entre entidades independentes é estabelecido o intervalo interquartil para se aferir se a operação está conforme com as regras da plena concorrência. Em sede de obrigações acessórias, os sujeitos passivos de IRPC e de Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares que no exercício anterior tenham atingido um valor anual de vendas líquidas e outros proveitos de 2.500.000,00MT têm de preparar um dossier de preços de transferência.
MAIS INFORMAÇÃO PLMJ Advogados, SP, RL www.plmj.com
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Travões e servofreios são os produtos da região com maior potencial de exportação para o México O apoio à internacionalização das empresas da região do Ribatejo continua a ser uma das linhas estratégias prioritárias da NERSANT - Associação Empresarial da Região de Santarém. Entre os 72 produtos identificados com potencial de exportação de 10 mil milhões euros para o México, existe uma categoria de produto que se destaca: travões e servofreios. De acordo com o estudo, já disponível para as empresas da região, existem algumas secções de produtos em destaque. A XVI, referente a “Máquinas e aparelhos, material elétrico, e suas partes, aparelhos de gravação ou de reprodução de som, aparelhos de gravação ou de reprodução de imagens e de som em televisão, e suas partes e acessórios”, é a que apresenta maior número de produtos selecionados, no total de 17, que representam um potencial de mercado de 2,14 mil milhões de euros. De notar que nesta secção, um único produto representa quase metade do valor da secção: moldes para borracha ou plástico, para moldagem por injeção ou por compressão e que todos os produtos, à exceção de dois, são da secção a dois dígitos
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“Reatores nucleares, caldeiras, máquinas, aparelhos e instrumentos mecânicos, e suas partes”. No entanto, apesar da representatividade da secção XVI, pelo número de produtos que apresenta, existe outra que se destaca ainda mais por ser a que tem maior valor de potencial mercado, no total de 2,4 mil milhões de euros, repartidos por cinco produtos. Trata-se da secção XVII, referente a “Material de Transporte” e onde um único produto representa mais de metade do valor da secção: Travões e servofreios e suas partes, para tratores, autocarros, automóveis de passageiros, veículos automóveis para transporte de mercadorias e veículos automóveis para usos especiais. Referência ainda para a secção VII, referente a “Plástico e suas obras, borracha e suas obras”, onde foram identificados 8 produtos com um potencial de mercado de 1,4 mil milhões de euros, sendo que três deles representam mais de mil milhões de euros de mercado potencial: Polietileno de densidade inferior a 0,94, chapas, folhas, películas, tiras e lâminas, de polímeros de cloreto de vinilo
não alveolar, e chapas, folhas, películas, tiras e lâminas, de plástico não alveolar, e para a secção XVIII, de “Instrumentos e aparelhos de ótica, fotografia ou cinematografia, medida, controlo ou de precisão; instrumentos e aparelhos médico-cirúrgicos; aparelhos de relojoaria; instrumentos musicais; suas partes e acessórios”. Nesta secção foi identificado um único produto - “instrumentos e aparelhos para medicina, cirurgia ou veterinária” - que representam um mercado potencial de mil milhões de euros. Para além da análise aos produtos regionais com maior potencial de exportação, a NERSANT dispõe ainda de um documento acessório complementar, que fala sobre a economia, política, relações comerciais e procedimentos para a exportação para o mercado do México. Os interessados em obter os estudos, realizados ao abrigo do projeto de apoio à internacionalização das empresas da região Exportintelligence, devem contactar o Departamento de Apoio Técnico, Inovação e Competitividade da NERSANT, através dos contactos datic@nersant.pt ou 29 839 500.
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Ao serviço do Empreendedorismo da Região
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