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dentro da lei e sem traumas
TEÉ
DETODOS St10SASCO
Capítulo VII
1. A História do Brasil reinterpretada segundo certas correntes da "Teologia da Libertação Há precisamente uma década, o autor do presente livro teve ocasião de denunciar, em seu ensaio Tribalismo indígena, ideal comuna-missionário para o Brasil no século XXI (Editora Vera Cruz, São Paulo, 1977, 4a. ed.), uma corrente ideológica constituída de clérigos e leigos agitadores, inspirados em certa "Teologia da Libertação".
Índios de várias o rigens visitaram a Co nstituinte, alguns deles empunhando armas típicas. O Proj eto de Constituição que se quer tão igualitário , procura fazer ci os silvícolas o grupo priveligiado, com uma situ ação ímpar em relação aos demais brasileiros.
índios: os aristocratas da nova ordem constitucional
Entre os objetivos de tal corrente, figurava uma reforma na política indigenista, própria a lacerar em vários pontos o território nacional deste Brasil que emergiu soberano e robustamente uno para todo o sempre, do brado histórico "independência ou Morte". Em matéria de política indigenista, o Substitutivo Cabral 2 parece adotar inteiramente esse pensamento, bem como o programa correlato do ClMI (Conselho Indigenista Missionário), organismo anexo à CNBB. A exposição da Teologia da Libertação, objeto de tão reiteradas polêmicas, não cabe nos limites de um simples capítulo deste livro. Sobre ela pode informar-se especialmente o leitor na já célebre instrução sobre alguns aspectos da "Teologia da Libertação", divulgada em 6 de agosto de 1984 pela Congregação para a Doutrina da Fé. Um leitor que deseje fazer-se uma idéia sumária do que seja a Teologia da Libertação enquanto aplicada aos temas indígenas, pode tomar conhecimento dos escritos de D. Pedro Casaldáliga, Bispo de São Felix do Araguaia, nitidamente críticos da expansão portuguesa no Brasil e da evangelização dos índios, obra de Anchieta e dos heróicos missionários jesuítas e franciscanos das primeiras eras, e dos que - de tão variadas famílias religiosas - lhes vêm sucedendo nesta gloriosa faina, desde o século XVI até nossos dias*. * Cfr. Tribalismo indígena, ideal comuno-missionário para o Brasil no sérn/o XXI, pp. 30, 81, 91 , 96, 108-109, 112, 115, 11 6 e ss.
Já de alguns anos se vem notando, em livros didáticos brasileiros, uma tendência cada vez mais acentuada de reescrever a História do Brasil, reinterpretando-a no sentido de criticar a obra colonizadora portuguesa, bem como a influência civilizadora dos Missionários. Ora, no art. 35 das Disposições Transitórias do Substitutivo Cabral 2 está proposta a adoção dessa linha de pensamento revolucionária, no ensino brasileiro de todos os níveis:
170 ''Art. 35 - O Poder Público reformulará, em todos os níveis, o ensino da história do Brasil, com o objetivo de contemplar com igualdade a contribuição das diferentes etnias para a formação multicultural e pluriétnica do povo brasileiro. "Parágrafo único - A lei disporá sobre a fixação de datas comemorativas de alta significação para os diferentes segmentos étnicos nacionais''.
1500-2000 Cinco séculos de existência
Implantando a primeira cruz, erguendo o primeiro altar, rezando a primeira Missa, e ~ongregando, no ato sagrado, portugueses e índios,
Plinio Corrêa de Oliveira
Frei Henrique de Coimbra lançava as bases do Brasil cristão.
Vencendo os obstáculos opostos pela natureza bravia, pelas distâncias imensas, pelas agressões externas como pelos entrechoques internos, o Brasil vem crescendo num ritmo seguro e vencedor. É o êxito da Fé, implantada pelo fervor dos missionários e servida pela intrepidez dos-bandeirantes e dos guerreiros, como pela inteligência de seu povo e as mil destrezas, ágeis e sorridentes, do "jeitinho" nacional, que se vai tornando lendário.
MAS ... Nestes dias, novo adversário se apresenta, mais possante do que os calvinistas franceses e holandeses de outrora, ou os adversários com os quais pelejamos no Continente, para a defesa de nossas fronteiras e de nossos direitos. E que só com coragem e "jeitinho" não dá para vencer. Pois suas garras, que chegam agora até nós, também já vão envolvendo o orbe. Diante de um adversário maior, as circunstâncias exigem que se levante uma nação capaz de se engrandecer pe la própria dramaticidade da conjuntura. Os trabalhos da Constituinte mostram quanto vai ganhando terreno entre nós essa penetração alienígena, que não se omitiu de fazer infiltrações em esferas das mais altas da sociedade temporal, e ousou até esgueirarse no Santuário. Diante de nós abrem-se vias mais incertas do que as que tiveram de palmilhar missionários e bandeirantes. O Brasil contemporâneo encontrará, nas suas reservas morais, os recursos necessários para vencer esta terrível conjuntura?.
SIM! Mas sob a condição de levantar a Deus a mesma súplica humilde dos seus fundadores, reunidos em torno do primeiro altar: ''Senhor, protegei o país que está sendo fundado sob um céu azul e luminoso ': rezavam eles. ''Senhor, protegei o país que vai crescendo nesta atmosfera carregada de preocupações, de desavenças e ameaças ': devemos dizer nós, para nos prepararmos a transpor, cristãmente vencedores, o grande limiar do terceiro milênio do Salvador.