Um cristĂŁo chamado Bruno Pedron
Luiza Marilac Teixeira
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Primeira edição: 2018 Copyright © by Luiza Marilac Teixeira Todos os direitos reservados e protegidos pela lei 9610, de 19/02/1998. É expressamente proibida a reprodução total ou parcial deste livro por quaisquer meios eletrônicos, mecânicos, fotográficos, gravação e outros, sem prévia autorização, por escrito, da autora. Revisão: Conceição Milagres - MG.02632.JP (31) 3482-6086 Diagramação: Marcos de Lima Ferreira Conceição Milagres Capa: Marcos de Lima Ferreira Idealizadora do projeto: Uldezira Toginho da Silva, “ULDE” Autora: Luiza Marilac Teixeira
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Dedicatรณria
Para Bruno Pedron, homem que conciliou o papel de cristรฃo e evangelizador.
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Agradecimento Às vezes, somente dizer obrigada é suficiente? Com este questionamento, quero expressar minha gratidão aos colaboradores Uldezira Toginho da Silva, Manoel Raimundo de Oliveira, Simone Rossi Lopes e Marina Rossi Lopes de Oliveira, os quais, com carinho e dedicação, funcionaram como “meus filtros”, auxiliando na construção do capítulo deste livro, “A GRANDE CONQUISTA”. Através da junção de suas narrativas e da minha, construí o referido texto. Certo é que, sem a colaboração deles, talvez não conseguisse transmitir a verdade dos fatos com tamanha clareza, lucidez e sutileza. Passamos pela vida. E nela, às vezes, temos a oportunidade de conhecer pessoas que sabem fazer de pequenos instantes grandes momentos. A meu ver, Uldezira Toginho da Silva, Manoel Raimundo de Oliveira, Simone
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Rossi Lopes e Marina Rossi Lopes de Oliveira são essas pessoas. Então, só obrigada é pouco. Por isso, meu melhor agradecimento a vocês, colaboradores! A autora
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Sumário Dedicatória 03 Agradecimento 05 Apresentação 09 Nascimento 11 Memórias da infância 13 As perdas 17 O despertar da vocação 19 Caminhada cristã 23 As motivações vocacionais e o desfazimento da unidade familiar 25 O amor e o apoio dos familiares 27 A decisão 29 O noviciado 31 A chegada ao Brasil 33 A ordenação de Bruno Pedron e seu retorno ao Brasil 35 As missões evangelizadoras 37 Eleição 41 A chegada em Ji-Paraná 43 A grande conquista 45 Tempos atuais 51 Gratidão, idealizadora! 53 Anexos 57
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Apresentação Discorrer sobre a trajetória de Bruno Pedron me levou a abranger pessoas, lugares e eventos relacionados à sua existência. Numa forma de ordenar ideias, propaguei os fatos importantes da sua história sem faltar com a verdade. No intuito de escrever algo agradável e verdadeiro, desvendei sua trajetória pessoal e cristã, buscando dar mais “cor” às suas conquistas. Esse manancial de normalidade desenfadonha, temperada com a dinâmica existencial, me faz perceber o quanto os fatos que envolvem a vida desse evangelizador são bastante singulares. Assim, os acontecimentos e situações foram transformados em uma narrativa interessante e agradável, ao mesmo tempo em que revelam notáveis experiências e conquistas que serviram como pilar desse círculo dissertivo.
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Parte considerável dessa afirmação encontra-se no fato de que, em seu caminhar, claro está que não foram poucas as vezes em que as provações surgiram em forma de pensamentos, mudanças, conceitos e domínios, impulsionando-o às mais diversas formas de centralizar seus objetivos cristãos. Porém, valeu-se da Bíblia em seus vários gêneros literários: poesia, sabedoria, evangelhos, parábolas, epístolas, narrativas e profecias, agarrando-se à máxima de que a Bíblia interpreta a própria Bíblia. E foi adiante! Quer saber? Vale cada página lida! Luiza Marilac Teixeira, autora
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Nascimento
Ano de 1944. Junho, dia 3, sábado. Nasce Bruno Pedron, em Torreglia, Província de Padova, norte da Itália, na Região Véneto.
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Memórias
da infância
Casa onde Bruno Pedron nasceu
Filho dos agricultores meeiros Giovanni e Maria Mario, Bruno nasceu em uma família católica e tinha quatro irmãos: Evelina, Francesco, José e Renzo. Das memórias tristes da infância, o pós Segunda Guerra transformou-se na mais dura.
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A escassez se instalara, fazendo com que seus pais se desdobrassem para atender às necessidades da família. A terra era pouca. Mesmo assim, Giovanni e Maria Mario não pediram auxílio à Prefeitura. O que fizeram foi se empenhar, substituindo a necessidade familiar pelo resultado de seus trabalhos. Porém, quando chegava a colheita ou nasciam os bezerros, o patrão vinha e pegava o melhor. Bruno viu sua mãe chorar por isso. Viu, também, seu pai otimista, mesmo quando a tempestade levou a plantação de trigo, milho e uva, deixando-os na miséria.
Bruno e sua mãe 14
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Apesar das dificuldades, numa vasta rede de compaixão e solidariedade, por vezes Bruno levou comida às pessoas necessitadas, a pedido de sua mãe. Em um processo de reconstrução das relações cotidianas, ela entremeava-se no espetáculo da vida, criando patos, gansos, galinhas, coelhos, perus e porcos. E quando chegava o natal, fazia e servia aos familiares seus deliciosos salames.
Tia Ada
A presença de sua avó materna enchia seus dias de amor e afeto. Ao mesmo tempo, a convivência com sua tia materna, Ada, lhe 15
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proporcionava uma nova dimensão em sua infância. Ela o levava a Monteortone (onde dois primos estudavam teologia) para assistir as ordenações e missas dos salesianos e, também, cuidava dele e de seus irmãos como se mãe deles fosse. A vida em família era muito boa. Com habilidade e esforço constante, os dias eram tomados de esperança, trazendo alegria na infância de Bruno.
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As
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perdas
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As tensões do momento fizeram por instalar redes de intrigas e desavenças na família. Com isso, as tias solteiras, que moravam com eles, mudaram para Milão, onde trabalharam servindo nas casas. Mas não foi só isso. A escuta virou história. E nas tristes lembranças de Bruno está a morte do seu bondoso avô Ângelo. Está, também, a feição triste e desolada de seus pais, quando o patrão vendeu a terra sem dar prazo para que pudessem comprá-la. Porém, o longo e complexo processo de fé e esperança traçou caminhos curiosos na vida de Bruno, moldando, de forma decisiva, o curso da história. O “abrir da janela” para o vasto mundo das oportunidades possibilitou aos seus pais comprar quatro hectares de terra com a casa, mesmo que para isso sua mãe tivesse de trabalhar como faxineira no hotel em Ábano Terme, a seis quilômetros de casa.
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O
despertar da vocação
Hoje, debruçado em lembranças, recorda que sentiu o despertar da vocação aos cinco anos, quando era coroinha. Em um determinado dia, quando se preparava para participar da missa, o Pároco lhe disse que era hora de vestir a “tuniquinha”
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para ficar mais bonito. Mas isso não escondia a verdade dos fatos. Mesmo fazendo sua tarefa com dedicação, Bruno era sapeca e brincava muito no altar. Porém, a paciência do Pároco o fez gostar de ser coroinha, tornando-se fiel mesmo quando, no inverno, depois de caminhar dois quilômetros, por vezes, enfrentando o frio, debaixo da chuva e da neve, estava na igreja às cinco horas da manhã. Não há como negar que o tempo em que foi coroinha influenciou bastante sua vida. Apesar de exercer a função com responsabilidade, a curiosidade era presente na vida deste jovem cristão. E os motivos para isso eram muitos. Porém, vamos nos ater a este fato: certo dia, Bruno, seu irmão Renzo e os amigos, Galeto, Toni e Siguea, perguntaram-se como o padre fazia ao partir tão bem a hóstia grande ao meio. Como não tinham a resposta, restou-lhes experimentar. O sacristão tocava o sino já há dez minutos e o Pároco não havia chegado. Então, Bruno, o irmão e os amigos pegaram a caixa de hóstias grandes e começaram a parti-las. Mas não conseguiam fazer como o Padre, pois as hóstias quebravam no lugar errado. Para não deixar provas, foram comendo as que quebravam, até que ficasse somente uma. O sacristão, ao pegar a caixa das hóstias para colocá-las no 20
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cálice, notou que só havia aquela. De pronto, perguntou-lhes se sabiam quem havia sumido com as hóstias. Silêncio e espanto tomaram conta de suas faces, como forma de assegurar-lhes a inocência. A situação se complicou ainda mais com a chegada do Pároco, ao qual o sacristão comunicou o fato. Este, por sua vez, nada disse. Em palavras outras, foram ajudar na celebração esperando, ansiosos, o que viria depois. Ao final da missa, tiraram ligeiramente as batinas e estavam saindo quando o Pároco os parou e disse: “Um dia, algum de vocês aprenderá a partir as hóstias direitinho. Por agora, deixe que as parta eu. Agora vão para a escola e comportem-se”. Estaria ele profetizando?
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Caminhada
cristã
Procurando romper barreiras em busca da realização de seus objetivos, nos anos de 1954 a 1956, Bruno, seu irmão Renzo e amigos caminhavam cerca de três quilômetros até chegar à Casa de Retiros (no alto do morro),
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para ajudar nas missas dos Bispos do Regional Vêneto e Friúli, com a presença do Patriarca de Veneza, Mons. Ângelo Roncalli (que seria o Papa João XXIII), ao qual várias vezes Bruno ajudou nas celebrações. Terminada a Missa, Mons. Ângelo Roncalli dava, para eles, doces tirados dos profundos bolsos da batina e, no fim do retiro, dava-lhes 500 liras para comprarem livros ou roupas. Bruno já estava no Aspirantado quando Monsenhor foi eleito Papa, no ano de 1958. Cravou-se, assim, uma experiência peculiar, proporcionando-lhe grande devoção para com o Papa João XXIII, o qual foi proclamado Santo, em 27 de abril de 2014.
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As
motivaçþes vocacionais e o desfazimento da unidade familiar
Dom Bruno e Pe. Romano Bettin
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Analisando a trajetória da vida de Bruno, a qual, muitas vezes, desafiou sua missão, é fácil concluir que suas motivações para a vocação vieram do exemplo do seu Pároco e de seus primos (que estudavam para serem Padres), os quais sempre lhe falavam da beleza de ser Sacerdote. Vieram, também, de amigos do Instituto Teológico (o qual frequentava com sua tia Ada). Seu primo, Padre Romano, foi quem o acompanhou nessa maravilhosa jornada. Sem medo das lembranças, Bruno recorda que ingressou no Aspirantado Salesiano aos doze anos, ocasião em que viajou de ônibus pela primeira vez. Desse tempo, a saudade que ficou foi do seu Pároco Padre Luigi Bressanin, que o incentivou na vocação pelos exemplos e bons conselhos. Ao mesmo tempo em que ingressava no Aspirantado, seu irmão Francesco ingressava na marinha, Renzo mudou-se para a Suíça (onde foi trabalhar como torneiro mecânico), Evelina se casou e foi morar em Turim, e José continuou morando com seus pais, mas trabalhando com o tio nos jardins de um Hotel. A acumulação dos fatos redirecionados pelo cenário existencial passou a se mostrar além das resistências, por não conciliar as transformações trazidas pelo tempo. Com isso, desfez-se a unidade familiar. 26
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O
amor e o apoio dos familiares
Dom Bruno e sua irmã Evelina
Muito embora tivesse de passar por dificuldades para vencer os obstáculos que surgiam pelo caminho, a família não mediu esforços para apoiar a decisão de Bruno. Sua mãe e sua avó materna rezaram muito por ele. Seu irmão Francesco, quando possível, mandava dinheiro para suas despesas. Sua irmã Evelina, nas férias ajeitava suas roupas, renovando seu enxoval.
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É importante saber que seus pais não tinham condições de contribuir mensalmente com determinado valor em espécie para que continuasse no Aspirantado. Não se torna diferente a imagem da dificuldade quando quiseram mandá-lo de volta para casa. No entanto, tal situação foi revertida quando seu pai ofereceu, como forma de pagamento, o vinho que produzia. Os padres foram até a casa de Bruno, experimentaram do bom vinho, comeram o salame com pão e aceitaram a proposta. Daquele momento em diante, seu pai fornecia o vinho, ia ao Aspirantado fazer os salames e ajudava na organização da pequena roça do colégio, proporcionando-lhe seguir seus estudos e alcançar seus objetivos.
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A
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decisão
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Contudo, uma decisão devia ser tomada. O Pároco de Bruno queria que ele estudasse no Seminário Diocesano de Padova. Porém, ele sempre admirou os Salesianos tanto pela amizade de seus primos (que eram Salesianos), quanto pela sua frequência no Instituto Teológico dos Salesianos. Bruno via aqueles clérigos sempre junto aos jovens e alegres, participando nas paróquias, acolhendo atenciosamente a todos. Isso o fascinou e influenciou na escolha de tornar-se Salesiano. Na paróquia que frequentava, havia um altar dedicado a Nossa Senhora Auxiliadora, com pinturas dos sonhos de Dom Bosco e Domingos Sávio. Bruno sempre rezava frente a essa imagem, em penitência e após a confissão. Por essa razão, Bruno crê que Nossa Senhora Auxiliadora ouviu suas preces e teve compaixão, conduzindo-o aos Salesianos.
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O
noviciado
Dom Bruno recebendo a Batina das mãos do Monsenhor Giuzeppe Cognata
Os ideais se aguçaram com os efeitos das maravilhas na vida deste cristão. Assim, em 1962, Bruno entra para o noviciado Albaré di Costermano, em província de Verona. Como
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companheira na trajetória desse jovem, permanece a intenção de ser missionário. O primeiro passo oficial para a concretização da vocação de Bruno acontece quando, em um belo dia, o mestre dos noviços anuncia que aquele que tivesse a intenção de ir para as missões deveria pedir ao superior geral. No entanto, havia a proibição por parte do Inspetor de que os noviciados pedissem para ser missionários, pois ele precisava de clérigos nos colégios. Bruno e outros dois noviços mandaram seus pedidos, por vias “não normais”, ao Superior Geral. Para Bruno, chegou a resposta de que seria enviado ao estado de Mato Grosso, no Brasil. No entanto, teve de suportar a raiva do mestre, pois havia passado por cima dele. Porém, Bruno compreendeu que contrariar uma condição finda por estabelecer nova direção no resultado final, proporcionando-lhe a capacidade de viver com o novo e o diferente. Agora, era seguir em frente! Nesta viagem aos ventos do passado, Bruno recorda que sua alegria foi tamanha que nem acabou de ouvir todo o comunicado, saindo em busca dos colegas para anunciar o fato. Recorda, também, que terminou o noviciado em 1963, fazendo sua primeira Profissão em 16 de agosto, indo para o colégio salesiano de Mogliano Vêneto, onde esperou o visto no passaporte. 32
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A
chegada ao
Brasil
E assim foi. Em 08 de dezembro de 1963, embarcou no navio “Provence”, chegando ao Porto de Santos no dia 24 do mesmo mês e ano. De Santos, iniciou sua trajetória no Brasil indo para São Paulo e depois para o Mato Grosso do Sul, aonde chegou no dia 29 de dezembro de 1963. Lá se instalou no Instituto Filosófico de São Vicente, em Campo Grande. No mês de fevereiro de 1964, iniciou os estudos filosóficos, mas ainda não era Sacerdote.
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Concluída a graduação filosófica, foi enviado a Indápolis, para o tirocínio (prática), numa Escola Agrícola, onde ficou por quatro anos, lecionando e trabalhando na plantação de grãos e frutos com alunos vindos da redondeza, em regime de internato. Existem, ainda, fatos importantes a serem lembrados. Nessa trajetória, Bruno recorda que o tempo em que viveu na Escola Agrícola de Indápolis marcou muito sua vida, tendo em vista esses dois aspectos: ao mesmo tempo em que se vivia uma imensa pobreza, também se vivia uma alegria contagiante. Nesse cenário de caminhada espiritual, Bruno era o irmão maior de outros 56 jovens. Assim, o trabalho na roça e a visita às famílias dos jovens, que findavam por fazê-lo participar das suas histórias, cravou experiências maravilhosas em sua vida. Também lhe proporcionou um olhar interior humanizado a partir das diferenças e das dificuldades vividas por seus irmãos outros. Apesar de tais fatores contribuírem para enfatizar essa etapa como de muito sacrifício e trabalho, tal partilha coletiva finda por fincar o marco existencial na vida de Bruno, quando da sua opção pelo Sacerdócio. Essa era a graça de Deus!
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e
A ordenação de Bruno Pedron seu retorno ao Brasil
Voltou! Na continuidade do processo de evangelização, é enviado à Itália, por seus
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superiores, para estudar Teologia. Após quatro anos de estudo, em 06 de abril de 1974, Bruno é ordenado Sacerdote em sua cidade natal, pelas mãos de Mons. Girolamo Bortignon, Bispo de Padova e amigo da família. Apesar da grandiosidade do feito, não há como negar que com ela vem, também, o aumento das responsabilidades. Assim, a necessidade de voltar à realidade o traz de volta ao Brasil, mais precisamente à cidade de Campo Grande, onde permanece por três meses em uma Paróquia. De lá, segue para Coxipó da Ponte, em janeiro de 1975, onde passa a exercer a atividade de Professor e Coordenador de Estudos, no Aspirantado Salesiano.
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As
missões
evangelizadoras
Fazendo um balanço da vida deste Sacerdote, é certo afirmar que representou e continua representando um importante papel
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na ampliação da trajetória evangelizadora da igreja católica. Prova disso é o seu histórico cristão. Sua primeira missão foi como clérigo, em Indápolis/Dourados, estado de Mato Grosso do Sul, e como Padre, em Coxipó da Ponte/ Cuiabá, estado de Mato Grosso. Após um ano do seu retorno ao Brasil, Bruno foi eleito Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Guia, na cidade de Coxipó da Ponte/Cuiabá, e Ecônomo do mesmo Aspirantado. No ano de 1979, Bruno é transferido para uma missão entre os Índios Xavante de Sangradouro, como Ecônomo e Professor da Escola Indígena. Na ótica do biografado, o trabalho entre os índios o fez se tornar humano e paciente, valorizando coisas como a partilha, a vida comunitária e o uso do “tempo”, o qual foi feito para os homens e não os homens para ele. Quando da vida de Pároco em Rondonópolis, dedicou-se àquela periferia violenta e cheia de problemas, mas com pessoas que pôde ajudar e amar, realizando verdadeiramente o sonho de ser Sacerdote. Bruno se lembra daquele passado com imensa saudade, mas repleto de felicidade, pois estava em comunhão com o Bispo, com os Padres Diocesanos e com o povo daquela comunidade. De maneira simples, porém precisa, esse processo de evangelização continua fazendo 38
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maravilhas na vida de Bruno. Assim, em 1980, é transferido para a Missão Sagrado Coração de Jesus, em Meruri, entre os Bororo, como Diretor. Já no ano de 1983, recebe a obediência para Campo Grande, no Colégio Dom Bosco, a fim de seguir os jovens do Bloco E, Liceu, e os vestibulandos nos turnos diurno e noturno. Na metade do ano é eleito Diretor dos Cursos de Direito, Administração, Ciências Contábeis da FUCMT (Faculdades Unidas Católicas de Mato Grosso). Em 1987, foi eleito Diretor do Aspirantado Salesiano da Lagoa da Cruz, em Campo Grande, onde permaneceu por seis anos. E, em 1993, vai para Roma participar do Curso de Formadores. Lá, em 29 de dezembro de 1993, recebe a notícia da morte da sua querida irmã Evelina. Para Bruno, essa foi uma grande prova, pois era muito ligado a ela. Mas a vida segue seu curso. Assim, em julho de 1994, Bruno volta para Campo Grande. Lá chegando, o Superior lhe designa para abrir a Paróquia Santa Terezinha do Menino Jesus, em Rondonópolis. No ano de 1997, vai à cidade de Lins, no Estado de São Paulo, onde exerce o cargo de Diretor das Faculdades Salesianas. No ano de 1998, volta para a Paróquia Santa Terezinha do Menino Jesus, em Rondonópolis. Por isso, as memórias de Bruno não 39
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precisam ser suavizadas, pois elas nada mais fazem do que rever sua trajetória. E nessa trajetória, o que se busca fazer é a sua radiografia.
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Eleição
Em 1999, recebe a eleição a Bispo de Jardim, Estado de Mato Grosso do Sul. Sua ordenação ocorreu no dia 21 de maio, tomando
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posse como Coadjutor, em 04 de julho, e, como titular, em 05 de agosto do mesmo ano. Como mostram os fatos supracitados, a história deste Missionário ainda está sendo escrita. Na sua trajetória cristã estava cravada mais uma grande conquista. É de se notar, portanto, que a obediência e dedicação lhe proporcionaram outra missão.
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A
chegada em
Ji-Paraná
Celebração da Missa de posse do Bispo Dom Bruno Pedron na Diocese de Ji-Paraná-RO, 24-06-2007
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E veio o ano de 2007. Uma data inesquecível. Bruno Pedron é transferido para a cidade de Ji-Paraná, tomando posse como Bispo da Diocese, no dia 24 de junho. Numa forma de impregnar a realidade aos fatos, nela permanece, propagando o verdadeiro sentido da fé evangelizadora e do poder transformador da Trindade Santa. No exercício de sua função evangelizadora, espera colaborar para que a Igreja seja a anunciadora de sua renovação no entusiasmo de seguir as pegadas de Jesus, contribuindo com o progresso da prédica evangélica, sem nenhum perigo velado atrás dessa liberdade.
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A
grande conquista Em Ji-Paranรก Uma igreja Protagonista Haja vista Uma histรณria Uma batalha E a grande conquista!
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A Catedral São João Bosco, cuja responsabilidade do imóvel é da Paróquia local e o domínio é da Diocese de Ji-Paraná, teve seus momentos de glória e drama. A glória aconteceu quando o templo foi inaugurado, no dia 31 de janeiro de 1968, com a presença de Dom João Batista, o qual presidiu a missa, concelebrada pelos Padres Adolpho Rohl e Ângelo Spadari. Também prestigiaram o evento, as freiras da Congregação Maria Auxiliadora, de Porto Velho, bem como moradores da então Vila de Rondônia. Por muitos anos, a Catedral São João Bosco acolheu os fiéis católicos, dando-lhes conforto e segurança. Isso é fato! Afastando-se um pouco do hoje e vivendo o ontem, não se pode deixar de falar da trajetória da demolição da Catedral São João Bosco, por nos remeter aos eventos complexos dessa batalha. Esse fato ainda nos impressiona, e não por acaso. Contudo, é preciso definir bem as atribuições que fizeram referência nessa odisseia. O tempo passou. E com ele vieram os problemas. A igreja já não mais comportava os seus fiéis. Por isso, tornou-se inegável que a realidade era bem outra: as fragilidades, complicações e os perigos eram visíveis em toda a sua estrutura. Por certo, algo tinha de ser 46
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feito para segurança daqueles que frequentavam o lugar. Fato é que as infiltrações deterioraram o interior do templo, ao mesmo tempo em que parte do teto, que era feito de madeira, estava caindo. Portanto, não é de se surpreender que as reformas aconteceram. Era o limite! E um novo ciclo se iniciou. Construir a nova Catedral já não era mais uma expectativa. Era meta. Eis que chega o ano de 2007, quando Dom Bruno Pedron toma posse como Bispo da Diocese de Ji-Paraná. De início, depara-se com o desafio de encontrar lugar para construir a nova Catedral, tendo em vista a situação em que o prédio da igreja se encontrava. Para completar o seu conhecimento e decisão sobre a situação, valeu-se dos laudos de engenheiros locais, que condenavam a estrutura por risco de desabamento. Pois bem! A batalha foi travada: visitou as autoridades do Governo Federal em Brasília, não obtendo sucesso; buscou trocar o imóvel de propriedade da Diocese, localizado na BR-364, próximo à cidade de Presidente Médici, pelo terreno do DNIT (em Ji-Paraná), o que também não deu certo. Assim, outra alternativa não houve senão a de demolir a igreja, construindo a nova Catedral em seu lugar. 47
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Cumpre-nos demonstrar que lutas foram travadas, mudando o rumo da história. Já era o ano de 2013. Por isso, visando completar seu conhecimento sobre a questão, Dom Bruno Pedron revisa prontamente todas as opções, chegando à conclusão que pediria autorização para demolir o prédio. E assim fez! Mas a história tomaria um novo rumo. Ao problema do local da construção da igreja, somaria a opinião pública, instalando-se o litígio. Fato é que uma parcela da sociedade ji-paranaense empenhou-se na busca de tombar o prédio da Igreja Matriz como Patrimônio Cultural do Município. No entanto, esse contraste impressionante entre o pensar e o agir, torna-se o divisor das águas. Diante desse quadro, veio a Demanda Judicial. Retomando a conceituação dos fatos e outrora seguindo pela trajetória jurídica, estudos foram feitos e, consequentemente, laudos foram solicitados pelo Ministério Público Federal, os quais foram elaborados pelos engenheiros/peritos, apontando problemas em toda a estrutura física do prédio. Na sequência, o documento foi apresentado ao IPHAN para Parecer Técnico, o qual foi favorável à demolição. Com isso, registra-se que o trâmite processual se estendeu por longo tempo. Vemos, porém, que, por vários anos, Dom Bruno Pedron persistiu, não abrindo mão de 48
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suas atribuições e responsabilidades. Armado de oração, paciência, humildade e fé, enfrentou os obstáculos e os desgastes da demanda judicial, resistindo aos desafios ora impostos pela situação, os quais pareciam tornar impossível a realização desse sonho. Confesso que a jornada foi árdua. Mas não houve o abandono da busca dos ideais, pois como parceiro de luta lá estava Deus, somando forças, contribuindo para a consolidação desta importante vitória e, ainda, com sua infinita bondade e misericórdia, guiando cada passo e decisão de Dom Bruno Pedron. Uma observação digna de nota nessa trajetória é que Dom Bruno, nosso Pastor, manteve a humildade em seu coração, perseverando na fé e no ideal de possibilitar aos fiéis católicos ji-paranaenses o direito de desfrutar das instalações de uma nova igreja que proporcionasse conforto, bem-estar e segurança, mesmo que, para isso, tivesse de travar a dura batalha. Quando olhamos para trás, podemos dizer, resumidamente, que, ao longo desse trajeto histórico representativo, “desperta-se o olhar” para alcançar, com muita determinação, perspectivas futuras das boas-novas que estavam por vir. E ela chegou no ano de 2016, quando A GRANDE CONQUISTA foi alcançada, com a 49
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autorização para a demolição da antiga Catedral, oportunizando a construção da nova, bela e aconchegante igreja. Por um lado, arrisco dizer que não existe nada mais reconfortante do que acreditar que a humanidade tem a arte de operar o seu maior milagre, que é o de seguir em frente, na busca de seus ideais. E nós, cristãos católicos da Comunidade São João Bosco, seguiremos. Por outro, que é o conceito que vem ganhando maior projeção em meu ser, afirmo respeito e admiração ao nosso Líder Cristão que, após uma longa série de dificuldades, não abandonou sua jornada. Muitíssimo obrigada, Dom Bruno Pedron, por não ter desistido!
Dom Bruno assinando o projeto da Catedral 50
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Tempos
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atuais
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Para finalizar sua trajetória, faz-se importante dizer que os acontecimentos deram unidade às diferentes histórias, pois desempenharam grandiosa contribuição no montante, sem nenhuma atribuição de embaraço no agora ou no futuro. O mais importante de tudo é que foi um trabalho desafiador, divertido, enriquecedor e satisfatório. Diante dessa jornada espiritual, faz-se impossível negar que sua trajetória combina com a história de muita gente. E não tem nada de errado nisso. No entanto, mergulhando de ponta neste apanhado histórico, a vida de Bruno é única e inigualável. Mas não termina, nem começa aqui, indo muito além, pois é fundamentalmente fincada na prática do amor ao próximo, do aprender com a vida e do partilhar da graça de Deus com aqueles que o cercam. Bruno Pedron, graças a Deus pela sua existência!
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Gratidão,
idealizadora!
Todo projeto tem um ou mais idealizadores. E este não foi diferente. Lá estava eu, quietinha na minha casa, quando o telefone tocou. Do outro lado, com sua voz delicada, ela pergunta: - Oi, Luiza, tudo bem com você? De pronto, respondo que sim. - Estou ligando para lhe fazer um convite/pedido... E continuou falando! Confesso que não tive oportunidade de interferir, pois ela falava, falava e falava. Creio que era sua estratégia de convencimento. E devo admitir que funcionou. Depois de explanar sobre o projeto deste livro, colocar-se à disposição para pesquisar, selecionar e organizar os documentos e fotografias que seriam usados, agendar reuniões com Dom Bruno, o Pároco e quem mais fosse necessário, assim como acompanhar o projeto, delicadamente pergunta:
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- Você aceita escrever a biografia do Dom Bruno? Aceita, por favor! Diz que aceita. Gostaria muito que você escrevesse. E calou-se. Ufa! Momento de silêncio. Silêncio outra vez. E aceitei! Pronto! Minha parceria ela já tinha. Agora, era correr atrás do resto. E foi isso que ULDEZIRA TOGINHO DA SILVA, carinhosamente conhecida como “ULDE”, a IDEALIZADORA DO PROJETO DESTE LIVRO, fez: “arregaçou as mangas” e partiu, rompendo barreiras na busca de seus ideais. Vieram as dificuldades e os desafios. Mas ela persistiu. Ciente da importância do estabelecimento de metas a serem conquistadas, armou-se de atitude e determinação, assumindo as tarefas e responsabilidades para realização do que outrora havia idealizado. Se ela tinha um plano “B”? Claro que não! O que tinha era a certeza de ir à luta, realizando o que, antes, parecia impossível, simplesmente movida pela força do entusiasmo. Mas isso é só um pedaço da história. O resto, talvez, um dia, eu lhe conte. No momento, o que é preciso saber é que 54
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ela tinha o ideal de propagar a história de vida deste cristão. Para isso, fez uso da sabedoria, humildade e força de vontade, firmando parcerias, definindo estratégias e trabalhando muito para a realização deste projeto, o qual se torna a mais genuína das formas de reconhecer e agradecer a existência deste líder religioso chamado Bruno Pedron. Gratidão, querida “ULDE”, por essa idealização!
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Anexos
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Primeira ComunhĂŁo 59
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Crisma 60
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Dom Bruno Pedron no Aspirantado
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Dom Bruno Pedron em Valdocco Torino
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Dom Bruno na Escola Agrícola de Indápolis
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Horta cuidada por Dom Bruno Pedron em Indรกpolis - MS
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Parรณquia Santa Terezinha do Menino Jesus, em Rondonรณpolis - MT, fundada por Dom Bruno Pedron
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Dom Bruno Pedron celebrando a Missa para os ร ndios Baroros, habitantes da Aldeia Meruri, em Barra do Garรงas - MT
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Albaré di Costermano Colégio onde Dom Bruno fez o Noviciado
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Igreja Sagrado Coração de Jesus Onde Dom Bruno foi ordenado sacerdote Torreglia/Italia
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Igreja de Sรฃo Sabino Primeira igreja de Torreglia Onde Dom Bruno participava quando crianรงa
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Ordenação de Dom Bruno Pedron, em 1999 Rondonópolis - Mato Grosso
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Crisma em EspigĂŁo do Oeste Ano de 2017
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Dom Bruno Ji Paranรก ano de 2015 Retiro dos bispos do Regional Noroeste
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Sala de Dom Bruno. Cúria Diocesana Ji-Paraná
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BrasĂŁo de Dom Bruno Pedron
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