EXPEDIENTE CREDITS EDITOR EDITOR
4 ENTR EV ISTA INTERVIEW
T H E L L DE C ASTRO MTb 41364/SP
Marcos Arzua
thell@newsprime.com.br
REDAÇÃO WRITERS DA N I E L SMITH J O N A S GO N Ç ALVES E L L E N VISITÁRIO
TRADUÇÃO ENGLISH TRANSLATION SA B R I N A GLEDHILL C H R I ST IN E EIDA
REVISÃO COPY-EDITOR (PORTUGUESE) B I A N C A MO N TAGN AN A
PROJETO GRÁFICO LAYOUT
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RO BE RTA F. BARTHO LO MEU
COORDENAÇÃO EDITORIAL MANAGING EDITOR
M ATÉRI A D E C A PA
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Desafio olímpicos
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Olympic challenges
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35 CULTURA CULTURE Ricardo Cravo Albin, o guardião da MPB Ricardo Cravo Albin, the MPB guardian
EDITORIAL Oportunidades olímpicas Olympic Opportunities — Você está lendo a terceira edição da revista EXIMBR. Continuamos agradecendo as mensagens recebidas de autoridades e parceiros em razão do lançamento desta revista. As inúmeras manifestações nos deixam gratificados e mostram que estamos no caminho certo. Nesta edição, ouvimos câmaras parceiras, especialistas e representantes do governo para debater qual será o legado econômico dos Jogos Olímpicos que serão realizados no Rio de Janeiro em 2016. Você também vai ficar por dentro das oportunidades que serão criadas e do andamento das obras realizadas na cidade. Também apresentamos um especial sobre o evento que promovemos recentemente em parceria com o Ministério de Comércio dos EUA e que discutiu a aviação regional brasileira, potencializada com os recentes pacotes anunciados pelo governo federal. Confira, ainda, um artigo do jornalista e amigo Carlos Tavares, que sempre defendeu as relações comerciais entre Brasil e China, sendo até homenageado pelo governo daquele país em virtude disso, e traz boas notícias econômicas que vêm de lá. Para completar, um perfil sobre um grande amigo e uns dos grandes nomes da música e da cultura brasileira: Ricardo Cravo Albin. Vale a pena conferir. Boa leitura!
— You are reading the third issue of EXIMBR. Once again, we would like to extend our thanks for the messages received from authorities and partners since we launched the magazine. The overwhelming response is both gratifying and shows us that we are on the right track. For this issue, we have heard from partner chambers, experts and government representatives who discuss the economic legacy of the Olympic Games that will be held in Rio de Janeiro in 2016. You will also get the inside scoop on the opportunities that will be created and the progress of the projects currently underway in that city. There is also a special feature on the event we recently organized in partnership with the US Department of Commerce to discuss regional Brazilian aircraft manufacturing, which is getting a boost from the recent funding packages announced by the federal government. Plus, you can read an article by our friend, the journalist Carlos Tavares, who has always advocated trade relations between Brazil and China and has even been honored by the Chinese government for his work in that field. He brings good economic news from those parts. Finally, we profile a very good friend and one of the great names in Brazilian music and culture: Ricardo Cravo Albin. It’s worth checking out. Good reading!
PA ULO FERN ANDO MARCONDES FERRAZ Presidente da FCCE // President of the FCCE
- ENTREVISTA - INTERVIEW -
marcos arzua — Em dezembro de 2014, tomou posse o novo secretário-geral da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), Marcos Arzua. O profissional está no Sistema Fecomércio desde 1996, tendo passado pelo Sesc e pelo Senac em Santa Catarina. Ele atuava como diretor-executivo da FecomércioSC desde 2008. Ao tomar posse, agradeceu a confiança nele depositada para o atual desafio. “Os resultados que a diretoria deseja serão alcançados. Aproveito o momento para agradecer e dizer que quero dar continuidade ao bom trabalho que o Eraldo Alves da Cruz realizou na secretaria-geral. Desejo a ele sucesso em seu novo papel como secretário-executivo do Conselho Empresarial de Turismo e Hospitalidade da Confederação”, declarou. Em entrevista exclusiva, Arzua fala sobre a CNC, a parceria da Entidade com a FCCE e as tendências do setor de comércio e serviços.
— The new general secretary of the National Commerce Confederation for Goods, Services and Tourism (CNC), Marcos Arzua, took up his post in December 2014. The secretary has been in the Fecomércio System since 1996, having spent time at Sesc and Senac in Santa Catarina. He had been working as the executive director of Fecomércio-SC since 2008. On taking up the post, he expressed his thanks for the trust placed in him for the current challenge. “The results the board desires will be attained. I take this opportunity to express my thanks and say that I want to continue the good work that Eraldo Alves da Cruz carried out in the general secretariat. I wish him every success in his new role as the executive secretary of the Confederation’s Business Council for Tourism and Hospitality,” he said. In this exclusive interview, Arzua discusses the CNC, the entity’s partnership with the FCCE and trends in the trade and services sector.
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- ENTREVISTA - INTERVIEW Qual é o papel e qual é a contribuição da CNC para a economia brasileira?
What is the CNC’s role and contribution to the Brazilian economy?
O papel histórico da CNC é o de exercer uma liderança que propicie o fortalecimento das empresas do comércio e, por meio desse fortalecimento, contribuir para o desenvolvimento do Brasil. Conseguimos alcançar esse objetivo oferecendo as condições necessárias para que isso se realize, seja na atuação com os parlamentares, seja na defesa das posições do setor no Judiciário, na elaboração e na divulgação de informações que auxiliem os empresários em suas tomadas de decisão. São inúmeros os exemplos de como nossas ações se revertem em benefícios não apenas para os empresários, mas também para o imenso contingente de trabalhadores que ajudam a impulsionar o setor, como é o caso do excelente trabalho realizado pelo Senac no campo da educação profissional e pelo Sesc nos serviços que presta na área de lazer, cultura, educação, saúde e qualidade de vida.
The CNC’s historic role is to exert leadership that enables companies in the commercial sector to be strengthened and, through this reinforcement, contribute to the development of Brazil. We are able to attain this objective by offering the conditions necessary for this to take place, whether in working with lawmakers, defending opinions in the legal sector, or preparing and distributing information that assists businessmen with decision-making. There are numerous examples of how our actions are beneficial, not only for businessmen but also for the immense contingent of workers who help drive the sector forward, as is the case of the excellent work that Senac is doing in the field of vocational education and Sesc’s services in the areas of leisure, culture, education, health and quality of life.
Quais são as principais bandeiras defendidas pela CNC?
The CNC is an entity committed to the right of ownership, free initiative, market economy and a democratic constitutional state. They are the bases on which the entity works to defend the interests of commerce and the country. Fair competition, ethics, a Brazil which is more open to international trade, strengthening the formation of associations and the search for harmony between capital and labor also forms a part of this base. In the economic context, the CNC defends a less bureaucratic country, with a more rational tax system which provides a business environment suitable for investments, guaranteeing the sustained development of Brazil. There is also a great emphasis by CNC on questions related to education and professional qualification, which are the basics for a more prosperous and balanced society.
A CNC é uma entidade comprometida com o direito de propriedade, a livre iniciativa, a economia de mercado e o Estado democrático de direito. Essas são as bases sobre as quais a entidade trabalha na defesa dos interesses do comércio e do País. Lealdade na concorrência, ética, um Brasil mais aberto ao comércio internacional, o fortalecimento do associativismo e a busca da harmonia entre capital e trabalho também compõem essa base. No contexto econômico, a CNC defende um país com menos burocracia, com um sistema tributário mais racional, que propicie um ambiente de negócios adequado aos investimentos, garantindo um desenvolvimento sustentado do Brasil. Há também uma grande ênfase, por parte da CNC, nas questões relacionadas à educação e à qualificação profissional, que são básicas para uma sociedade mais próspera e equilibrada. Na área de representações, como é a atuação da CNC em defesa dos interesses do comércio? É uma prerrogativa fundamental da CNC. A Confederação atua em 1.400 fóruns representando o comércio em todo o País. As instâncias de representação incluem órgãos públicos e privados, no Brasil e no exterior, com uma atuação atenta e proativa, manifestando os posicionamentos e preocupações dos empresários e contribuindo para a busca de soluções em questões relevantes para o setor e o País. Você participou recentemente da maior feira de varejo do mundo, nos Estados Unidos. O que você pode destacar do evento? Quais as tendências do momento? É muito importante que os empresários se mantenham informados e atualizados sobre as melhores práticas, os recursos e as facilidades que a tecnologia pode fornecer para otimizar um negócio. A Retail’s Big Show é uma oportunidade para isso. O que ficou muito claro no evento
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What are the main principles upheld by the CNC?
“THE CNC IS AN ENTITY COMMITTED TO THE RIGHT OF OWNERSHIP, FREE INITIATIVE, MARKET ECONOMY AND A DEMOCRATIC CONSTITUTIONAL STATE. THEY ARE THE BASES ON WHICH THE ENTITY WORKS TO DEFEND THE INTERESTS OF COMMERCE AND THE COUNTRY.” In the area of representation, what does CNC do to defend the interests of the commercial sector? It is a fundamental prerogative of the CNC. The Confederation takes part in 1,400 forums, representing the commercial sector around the country. The representative bodies include public and private authorities in Brazil and abroad, with an attentive and proactive posture, expressing businessmen’s opinions and concerns and contributing to the search for solutions to questions relevant to the sector and country. You recently took part at the largest retail fair in the world, held in the United States. What were the highlights of the event? What are the current trends?
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- ENTREVISTA - INTERVIEW -
RETAI L’S B IG SH OW Retail’s Big Show
deste ano é que o grande desafio do varejo é a adaptação à mudança no comportamento dos consumidores, com novos canais de venda e novos tipos de comercialização de produtos, o que será a chave para um negócio de sucesso. A CNC divulgou que o setor de serviços teve o pior semestre em três anos. Como reverter esse quadro? O comércio de bens e serviços atravessou muito bem aquele período crítico logo após a crise global de 2008 e 2009, em alguns momentos mantendo índices chineses de crescimento. Mas a política de desonerações e de incentivo ao consumo do governo chegou ao seu limite, e a fatura começou a chegar mais forte ao longo do ano passado, quando esses setores finalmente começaram a perder fôlego. Apesar das boas intenções da equipe conduzida pelo Ministro Levy, a sociedade e a economia estão sofrendo pelos inúmeros erros de condução do governo. A confiança dos consumidores, que atingiu recentemente os níveis históricos mais baixos, precisa de sinais e atitudes do governo que sejam capazes de reequilibrar a economia e, além das reformas básicas já tão faladas, é necessário reduzir o tamanho da máquina estatal, que sofre com a burocracia, o peso da ineficiência e o alto custo, que consome as verbas orçamentárias do País, impedindo a implementação e a expansão dos investimentos. Qual a importância da parceria entre a CNC e a Federação das Câmaras de Comércio Exterior em prol do comércio exterior?
It is extremely important that businessmen remain informed and up-to-date with best practices, resources and the facilities that technology can provide to optimize a business. Retail’s BIG Show is an opportunity for that. What became very clear at the event this year is that the great challenge in the retail sector is adapting to changes in consumer behavior, with new sales channels and new ways of selling products, which will be the key to doing successful business. The CNC announced that the services sector had the worst six months in three years. How can this situation be reverted? The trade in goods and services successfully got through the critical period right after the global crisis in 2008 and 2009, maintaining Chinese levels of growth at several points. But the government policy of exemptions and encouraging consumption reached its limit, and invoicing started to become steadier last year, when these sectors finally started to run out of steam. Despite the good intentions of the team led by Minister Levy, society and the economy are suffering on account of the numerous errors committed by the government. Consumer confidence, which reached the lowest historical levels recently, needs signs and attitudes from the government that they are able to rebalance the economy and, apart from the frequently discussed basic reforms, we need to reduce the size of the state machinery, which suffers from bureaucracy, the weight of inefficiency and high costs that consume the country’s budget, preventing the implementation and expansion of investments.
É uma relação de parceria em nome do fortalecimento do comércio exterior brasileiro. O trabalho realizado
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- ENTREVISTA - INTERVIEW pela Federação, no apoio ao trabalho das câmaras de comércio bilateral, é muito importante, principalmente se considerarmos que o Brasil precisa somar forças para dar ao comércio exterior a dimensão que ele precisa ter em um país como o nosso. O Brasil tem urgência de incrementar o seu fluxo de comércio externo, e o trabalho conjunto da CNC e da FCCE beneficia as empresas que buscam participar desse setor de forma estruturada, obtendo informações sobre possibilidades de negócio e regulamentos vigentes nos diversos países.
“O TRABALHO REALIZADO PELA FCCE, NO APOIO AO TRABALHO DAS CÂMARAS DE COMÉRCIO BILATERAL, É MUITO IMPORTANTE, PRINCIPALMENTE CONSIDERANDO QUE O BRASIL PRECISA SOMAR FORÇAS PARA DAR AO COMÉRCIO EXTERIOR A DIMENSÃO QUE ELE PRECISA TER EM UM PAÍS COMO O NOSSO” Como a CNC pode ajudar o Brasil a ter uma participação mais expressiva no fluxo internacional do comércio? A CNC acompanha de perto a evolução do cenário internacional, tanto na área de comércio como na financeira, pela relevante importância para os empresários e para a economia brasileira. Além da estreita relação com a FCCE, estão associadas à Confederação entidades vinculadas ao comércio internacional, como a AEB e a Funcex. O Brasil precisa se tornar um país mais aberto ao fluxo internacional do comércio, ter uma participação mais expressiva. E a CNC vai continuar trabalhando para isso, atuando nos ambientes de representação e promovendo o diálogo e o debate com os empresários para a construção dos posicionamentos estratégicos, para que tenhamos políticas públicas cada vez mais adequadas ao crescimento da balança comercial brasileira. Para finalizar, na sua opinião, quais são os desafios da economia brasileira para os próximos anos? O grande desafio é alcançar as condições que permitam ao País crescer de forma sustentada; encerrar o ciclo de baixo crescimento e dos famosos “voos de galinha”, em que o Brasil crescia aos soluços, com alternância de anos bons e ruins. Isso passa por um conjunto de medidas que precisam ser adotadas para tornar o ambiente de negócios mais seguro, previsível e favorável aos investimentos. O Brasil precisa ampliar o seu nível de investimento, que é muito baixo, para garantir um crescimento compatível com as necessidades do País. Mas para isso precisa garantir o equilíbrio das contas públicas, desburocratizar e simplificar a relação com as empresas, dar mais eficiência à máquina do Estado, racionalizar o sistema tributário, flexibilizar e modernizar a legislação trabalhista, para que proporcione ambiente de produtividade e competitividade para as empresas brasileiras. //
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What is the importance of a partnership between the CNC and the Foreign Trade Chamber Federation on behalf of foreign trade? It is a partnership to strengthen Brazil’s foreign trade. The work carried out by the Federation to support the bilateral trade chambers is extremely important, especially if we consider that Brazil needs to join forces to give foreign trade the importance that it needs to have in a country like ours. Brazil urgently needs to increase its flow of foreign trade, and the joint work of the CNC and FCCE benefits companies seeking to take part in this sector in a structured way, obtaining information on business opportunities and regulations in force in a range of countries.
“THE WORK CARRIED OUT BY THE FCCE TO SUPPORT THE BILATERAL TRADE CHAMBERS IS EXTREMELY IMPORTANT, ESPECIALLY IF WE CONSIDER THAT BRAZIL NEEDS TO JOIN FORCES TO GIVE FOREIGN TRADE THE IMPORTANCE THAT IT NEEDS TO HAVE IN A COUNTRY LIKE OURS.” How can the CNC help Brazil become more active in the international flow of trade? The CNC closely follows developments in the world scene, both in the commercial and financial areas, due to its vital importance to businessmen and the Brazilian economy. In addition to having a close relationship with the FCCE, institutions linked to international trade, such as the Brazilian Foreign Trade Association (AEB) and Funcex (Foreign Trade Study Center Foundation) are associated with the Confederation. Brazil needs to become a country that is more open to the international flow of trade and participate more actively. And the CNC will keep working to achieve this, acting in representative environments and promoting dialogue and debate with businessmen to construct strategic placement so that we have public policies that are increasingly appropriate for the growth of the Brazilian balance of trade. Finally, in your opinion, what are the challenges for the Brazilian economy in the coming years? The biggest challenge is attaining the conditions that will allow the country to grow in a sustained manner; closing the cycle of low growth and the famous palliative measures in which Brazil grew in fits and starts, alternating between good and bad years. A set of measures needs to be adopted to make the business environment more secure, predictable and favorable to investments. Brazil needs to increase its level of investments, which is extremely low, in order to guarantee growth compatible with the country’s needs. But for that to happen, it needs to guarantee the balance of general government accounts, to cut the red tape and simplify its relationship with companies, make the state machinery more efficient, rationalize the tax system and make labor legislation more flexible and up to date so that it provides a productive and competitive environment for Brazilian businesses. // J UL H O / AG O ST O 2 0 1 5
- EVENTOS - EVENTS -
VEM AÍ O ENAEX 2015 —
COUNTDOWN TO EXAEX 2015 “Financiamento e garantia, chaves da competitividade no comércio exterior”; “A facilitação do comércio exterior: caminho para ampliar a competitividade”; e “O presente e o futuro das barreiras não tarifárias” são alguns dos temas que serão abordados durante o Encontro Nacional de Comércio Exterior (ENAEX 2015), promovido pela Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB). O evento acontece dias 19 e 20 de agosto, no Centro de Convenções Sul América, no Rio de Janeiro, e terá como tema central “AEB 45 anos em prol da competitividade no comércio exterior”. As inscrições, gratuitas, estão abertas no site www.enaex.com.br. Entre os nomes já confirmados para participar do encontro está o de Armando Monteiro, ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, que irá falar sobre o Plano Nacional de Exportações. Também participarão, entre outros, o presidente da Apex-Brasil, David Barioni; e os secretários, Anamélia Soccal Seyffarth (CAMEX); Daniel Godinho (SECEX), e Marcelo Maia (MDIC/SCS). O Enaex, que está na sua 34ª edição, é o mais importante fórum de diálogo entre empresários e governo e, mais uma vez, reunirá representantes de toda a cadeia de negócios do comércio internacional para discutir as principais questões que envolvem o setor, com vistas a melhorar a competitividade dos produtos brasileiros.
“Financing and Guarantees: The Keys to Competitiveness in Foreign Trade”; “Facilitating International Trade: Ways to Boost Competitiveness,” and “The Present and Future of Non-Tariff Barriers” are among the topics to be discussed at the National Foreign Trade Conference (ENAEX 2015), sponsored by the Brazilian Foreign Trade Association (AEB). The event will take place from June 19 and August 20 at the South America Convention Center in Rio de Janeiro, and will focus on “AEB: 45 Years for Competitiveness in Foreign Trade.” Registration is free, and can be done online at www.enaex.com.br The speakers already confirmed to participate in the conference include Development, Industry and Foreign Trade Minister Armando Monteiro, who will discuss the National Export Plan. Other participants will include the president of ApexBrazil, David Barioni, and secretaries Anamélia Soccal Seyffarth (CAMEX), Daniel Godinho (SECEX), and Marcelo Maia (MDIC/ SCS). The ENAEX, which is in its 34th edition, is the most important forum for dialogue between business and government. Once again, it will bring together representatives from the entire business chain of international trade to discuss the main issues for the sector with a view to making Brazilian products more competitive.
EV ENTO D E L A NÇ A M ENTO D O ENAEX 2 0 1 5 Event to launch ENAEX 2015
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SEMINÁRIO DE DESENVOLVIMENTO DO PROGRAMA NACIONAL DE AVIAÇÃO REGIONAL -
Development Seminar Held on the National Program for Regional Aviation Foi realizado na sede da CNC, no Rio de Janeiro (RJ), no dia 18 de maio, o Seminário de Desenvolvimento do Programa Nacional de Aviação Regional. O evento foi promovido pelo Ministério de Comércio dos EUA em parceria com a Federação das Câmaras de Comércio Exterior (FCCE). O evento contou com diversas palestras e painéis sobre aviação regional, contando com palestrantes brasileiros e norte-americanos.
A Development Seminar on the National Program for Regional Aviation was held at the National Confederation of Trade and Tourism’s (CNC) head offices in Rio de Janeiro (RJ) on May 18. The event was promoted by the United States Department of Commerce in partnership with the Foreign Trade Chamber Federation (FCCE). The event included a wide range of talks and panels on regional aviation, involving Brazilian and North American speakers.
LEONARDO CRUZ (SECRETÁRIO DE AEROPORTOS DA
EDUARDO HENN BERNARDI - DIRETOR DO DEP. DE GESTÃO DO PROGRAMA
SECRETARIA DE AVIAÇÃO CIVIL DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA)
FEDERAL DE AEROPORTOS
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O PRESIDENTE DA FCCE, PAULO FERNANDO MARCONDES FERRAZ, ENTRE MARK RUSSELL E JOEL REYNOSO, DO CONSULADO AMERICANO
K AT E B I S H O P - EX IM BAN K
NATHAN YOUNG - DIRETOR P/ O BRASIL DA AGÊNCIA DE COMÉRCIO E DES. DOS EUA
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S Í MB O LO DO S JO GO S O L Í MPIC O S RIO 2016 Emblem for the Rio 2016 Olympic Games
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- MATÉRIA DE CAPA - COVER STORY -
DESAFIOS OLÍMPICOS OLYMPIC CHALLENGES Preparação do Brasil para Rio 2016 mantém altas expectativas mesmo em um ambiente de incertezas Brazil’s preparations for the Rio Olympics in 2016 keep expectations high in uncertain times JONAS GONÇALVES Citius, altius, fortius. A tradução do latim para o lema olímpico (“mais rápido, mais alto, mais forte”) poderia ser adotada como princípio por todo país que se compromete a organizar um evento esportivo da magnitude das Olimpíadas. Pelo menos no que se refere à altura das expectativas, o Brasil, que sediará a 31ª edição no Rio de Janeiro, no período de 5 a 21 de agosto de 2016, não decepciona no quesito “negócios”: entre contratos de bens e serviços, a previsão é de R$ 3 bilhões serão movimentados até a época das competições, que reunirão ao todo 10.500 atletas de 205 países. De acordo com o Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016, as prioridades serão as compras de equipamentos e produtos médicos – de kits de atendimento de emergência ao serviço de ambulância – e produtos gráficos. Outros setores que estarão envolvidos são o químico, o de telecomunicações e o metalmecânico, entre outros. Das companhias já contratadas, 90% são indústrias brasileiras. Com apoio da Confederação Nacional da Indústria (CNI), o comitê tem divulgado diversas oportunidades junto ao setor produtivo, incentivando micro, pequenas e médias empresas a se tornarem fornecedoras. Para o gerente executivo de Política Industrial da CNI, João Emílio Gonçalves, além de lucrar com a venda de produtos
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Citius, altius, fortius. The Latin translation of the Olympic motto (“faster, higher, stronger”) could be adopted as a principle by any country that undertakes to organize an Olympic-size sporting event. At least when it comes to expectations, Brazil, which will host the 31st Games in Rio de Janeiro from August 5 to 21, 2016, will not disappoint when it comes to the “business” category: for contracts for goods and services alone, the forecast is that BRL 3 billion in business will be transacted by the time the Olympics are held, bringing together a total of 10,500 athletes from 205 countries. According to the Organizing Committee for the Rio 2016 Olympic and Paralympic Games, the priorities will be purchases of equipment and medical supplies – from first-aid kits to ambulance services – and print publications. Other sectors that will be involved include the chemicals, telecommunications and machinery & metalworking industries, among others. Ninety percent of the companies already contracted are Brazilian manufacturers. With the help of the National Confederation of Industry (CNI), the committee has announced several opportunities for the productive sector, encouraging small and medium-sized businesses to become suppliers. According to the CNI’s executive manager for Industrial Policy, Emílio João Gonçalves, in addition to profiting from the sale of products to a major buyer, suppliers for the Games can
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PR E F E I TO EDUARDO PAES TESTA S UAS H ABILIDADES NO ARCO E F L EX A Mayor, Eduardo Paes, tests his talent for archery
para um grande comprador, ser fornecedor dos Jogos pode abrir portas para outros mercados. “É uma oportunidade de longo prazo, pois como o comitê tem requisitos muito altos de qualidade e de sustentabilidade, a empresa que se torna fornecedora acaba se qualificando para esse padrão e isso favorece não só as vendas no Brasil, para o mercado que ela já tem, mas também para que ela seja fornecedora de outros eventos no mundo”. O Governo Federal cuida para que o “momento olímpico” seja aproveitado de todas as formas possíveis. O ministro do Esporte, George Hilton, sustentou no último dia 28 de maio, em pronunciamento na Câmara dos Deputados, a tese de que os Jogos “trarão um legado para o País”, a exemplo do que foi defendido ao longo do período de preparação para a Copa do Mundo de 2014. A sessão fez parte de uma série de encontros que a Câmara promoverá com os 39 chefes de ministérios. O objetivo é fazer com que os ministros apresentem suas propostas e prioridades aos parlamentares. Hilton disse que, desde 2007, o Brasil passou a sediar grandes eventos esportivos (em referência aos Jogos Pan-americanos daquele ano, também realizados no Rio) e que a meta do Ministério do Esporte é manter o País nesse patamar com as Olímpiadas.
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open doors to foreign markets. “It’s a long-term opportunity, because the committee has very high standards for quality and sustainability, so any company that becomes a supplier will end up meeting that standard, which not only boosts sales in Brazil, in its current market, but also enables it to be a supplier for other events around the world.” The Brazilian government is making the most of this “Olympic moment” in every possible way. Sports Minister George Hilton posited last May 28, in a speech before the House of Representatives, that the Games “will bring a legacy for the country,” which had also been argued throughout the run-up to the FIFA World Cup in 2014. That session of the House was one of a number of meetings that the Chamber will be organizing with 39 heads of ministries. The goal is to get the ministers to present their proposals and priorities to lawmakers. Hilton said that, since 2007, Brazil has hosted major sporting events (a reference to the Pan American Games that year, also held in Rio) and the Sports Ministry’s goal is to keep the country at that level with the Olympics. “The Olympic Games will be a success and leave a material legacy of sports facilities throughout the country, as well
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- MATÉRIA DE CAPA - COVER STORY “Os Jogos Olímpicos serão um sucesso e deixarão um legado material, de equipamentos esportivos em todo o País, e um legado imaterial, que é o estímulo para o jovem brasileiro praticar esportes”, afirmou. De acordo com o titular da pasta, foram investidos cerca de R$ 1 bilhão em estruturas para a prática esportiva, que deverão ser entregues até o final de 2015. Contudo, ainda no mês de maio, a presidente Dilma Rousseff já havia admitido a existência de algumas dificuldades na preparação do País. Depois de se reunir com membros do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e do Comitê Organizador dos Jogos com o propósito de avaliar o calendário de obras, Dilma concedeu entrevista coletiva e declarou que problemas são inevitáveis na preparação de eventos de dimensão global, mas a experiência acumulada nos últimos anos é a chave para obter êxito, segundo ela. “Para fazer um evento desta magnitude, a primeira coisa é perceber a necessidade de resolver problema todo santo dia, em todas as horas. Foi assim na Copa do Mundo, na Rio+ 20 e é assim em qualquer atividade”, comentou a presidente. Performance Se os atletas têm o sucesso medido pelos índices que obtêm, o mesmo se pode aplicar quando se avalia a execução das obras planejadas para a realização dos Jogos: dos 27 projetos que compõem o plano de legados, somente 11% já estão concluídos, enquanto os 89% restantes ainda se encontram em fase de execução. O plano de obras foi apresentado em abril de 2014 e atualizado um ano depois. No total, são 14 projetos executados pela Prefeitura do Rio, dez pelo governo estadual e três pelo governo federal. O orçamento das obras teve variação de 2%. No período, passou de R$ 24,1 bilhões para R$ 24,6 bilhões. De acordo com Paes, metade dessa diferença e 43% do total vêm de financiamentos privados. “Estamos provando que no Brasil dá para fazer as obras no custo e no prazo. Aditivos de até 25% são aceitáveis, está no contrato. Mas nas obras da Prefeitura, a diferença é de 0,024%”, ressalta o prefeito Eduardo Paes. Ele destaca ainda que o plano de legados se refere às obras que não são fundamentais para que as Olimpíadas ocorram, mas que foram aceleradas pela oportunidade proporcionada pelos Jogos. “É o que torna a cidade menos desigual, integrando-a. São as obras de BRT, de metrô, que conectam a zona norte com a zona oeste, com a baixada de Jacarepaguá. São obras que vão ajudar na mobilidade nas Olimpíadas e que mexem com a vida do carioca”, enfatiza. Entre as obras em execução pelo município estão: o controle de enchentes da Grande Tijuca; a duplicação do Elevado do Joá, que liga a zona sul à Barra da Tijuca; o veículo leve sobre trilhos (VLT) na região central; o BRT Transolímpica, corredor exclusivo de ônibus especiais que vai ligar os parques olímpicos da Barra e de Deodoro. Também estão
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as an intangible heritage, which is encouraging young Brazilians to play sports,” he said. According to the minister, the government has invested approximately BRL 1 billion in sports infrastructure, to be delivered by the end of 2015. However, that same month, President Dilma Rousseff admitted that preparations in this country are encountering some hurdles. After meeting with members of the Brazilian Olympic Committee (COB) and the Organizing Committee of the Games to assess the schedule for the works, Rousseff held a news conference and declared that problems are inevitable when preparing for global-scale events, but, in her view, the experience built up in recent years is the key to success. “To organize an event of this magnitude, the first thing is to realize that you need to solve problems every single day, all the time. That is how it was with the World Cup, with Rio+ 20, and it is like that for any activity,” said the president. Performance If an athlete’s success is measured by their scores, the same standard can be applied when evaluating the performance of the works planned for the Games: of the 27 projects that make up the legacy plan, only 11% have been completed, while the remaining 89% are still in progress. The plan for the works was presented in April 2014 and updated a year later. All told, fourteen projects are being executed by the City of Rio de Janeiro, ten by the state government, and three by the federal government. The budget for the works has gone up 2%. During that period, it has risen from BRL 24.1 billion to BRL 24.6 billion. According to Paes, half of that difference and 43% of the total comes from private funding. “We are proving that in Brazil you can do the work within budget and on time. Addenda of up to 25% are acceptable, that’s in the contract. But for the works for the city government, the difference is 0.024%,” says Mayor Eduardo Paes. He also observes that the legacy plan includes projects that are not essential for the Olympics but have received a boost from the opportunity provided by the Games. “This is what makes the city less unequal, unifying it. They include works like the BRT, the metro, which connects the north and west zones, and the Baixada de Jacarepaguá area. These works will improve urban mobility during the Olympics and change the lives of Rio’s residents,” he emphasizes. The city government projects now underway include flood control in Greater Tijuca, widening the Joá Elevated Route, which connects the south zone with Barra da Tijuca; the light rail transit (LRT) system in the central region, and the Trans-Olympic BRT, a special exclusive bus corridor that will connect the Olympic parks in Barra and Deodoro. Urban renewal projects are also underway in the vicinity of the Olympic parks and Nilton Santos Olympic Stadium, in Engenho de Dentro.
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- MATÉRIA DE CAPA - COVER STORY sendo feitas as requalificações urbanas do entorno dos parques olímpicos e do Estádio Olímpico Nilton Santos, no Engenho de Dentro. Cabe ao governo estadual a construção da Linha 4 do metrô, que ligará Ipanema à Barra da Tijuca, e a revitalização do sistema de trens e reforma de seis estações, além de projetos ambientais relacionados à despoluição da Baía de Guanabara e restauração das lagoas da Barra da Tijuca e de Jacarepaguá. Sobre a Baía de Guanabara, o secretário da Casa Civil estadual, Leonardo Espíndola, admitiu ser improvável alcançar os 80% de tratamento de esgoto, conforme prometido inicialmente, mas destacou que o esgoto tratado aumentou de 11%, em 2007, para 49% atualmente. “Tem diversos projetos para chegar aos 80%, mas não há garantia que isso ocorra até os Jogos. As Olimpíadas passam e os projetos continuam. O objetivo era tratar 80% do esgoto que migra para a baía. Nós temos diversos projetos de troncos coletores e estações de tratamento. Com todos eles concluídos, talvez chegue aos 80%, mas não sei se vamos ter esses projetos prontos e acabados para as Olimpíadas”, explica o secretário.
The state government is responsible for construction of Line 4 of the Rio Metro, which will link Ipanema and Barra da Tijuca, and the revitalization of the railway system and renovation of six stations, as well as environmental projects to clean up Guanabara Bay and lagoons in Barra da Tijuca and Jacarepagua. For the Guanabara Bay project, the state chief of staff, Leonardo Espíndola, has admitted that it is unlikely that the 80% sewage treatment initially promised will be achieved, but he stresses that the amount of treated sewage has increased from 11% in 2007 to 49% today. “There are several plans to reach 80%, but there is no guarantee that this will happen in time for the Games. The Olympics will come and go, and the projects will continue. The goal was to treat 80% of the sewage that flows into the bay. We have several plans for collector trunk sewers and treatment plants. Once all of them are completed, we may reach 80%, but we do not know if those projects will be up and running in time for the Olympics,” the secretary explained. Seventeen new eco-barriers will be installed at the mouths of the main rivers that flow into Guanabara Bay. According to Espíndola, water conditions in the areas where the Olympic Games will be held meet international quality standards. He
I N STALAÇ Õ ES O LÍMPIC AS NA BAR R A DA TIJUCA Olympic installations in Barra da Tijuca
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- MATÉRIA DE CAPA - COVER STORY Também serão colocadas 17 novas ecobarreiras na foz dos principais rios que deságuam na Baía de Guanabara. De acordo com Espíndola, as condições das águas nos locais onde haverá competição estão de acordo com padrões internacionais de qualidade. Ele também falou sobre os ecobarcos para a retirada do lixo flutuante da Baía de Guanabara, um projeto do governo estadual. Eles entraram em operação no ano passado, mas, segundo o secretário, o trabalho foi suspenso e está sendo reestruturado. “Tivemos um evento-teste no ano passado, onde a Baía de Guanabara funcionou muito bem. [O evento] foi elogiado pelos atletas. E nos pontos onde há competição, que são aqueles mais próximos à boca da barra, onde há maior troca de oxigênio, os níveis de balneabilidade e de coliformes fecais são de padrão internacional. Em 2016, nós vamos ter condições ainda melhores”, garante. O prédio onde funcionará o Laboratório Brasileiro de Controle de Dopagem está pronto e seus equipamentos adquiridos. A responsabilidade da obra é do governo federal, que também é responsável pela construção, reforma e compra de aparelhos de quatro locais de treinamento oficial para 12 modalidades dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos. Após o evento, as estruturas vão integrar a Rede Nacional de Treinamento do Ministério do Esporte. Seminário De 1 a 3 de junho, a Receita Federal promoveu em Brasília o seminário “Aduanas em Grandes Eventos Esportivos Internacionais”, que abordou a metodologia a ser adotada por oficiais da Receita e da Aduana, além da experiência estrangeira em eventos esportivos recentes. O primeiro contato dos turistas estrangeiros com os moradores de um país se dá no desembarque, quando os oficiais da imigração e da aduana os recebem e eles são, após o cumprimento dos trâmites legais, liberados para entrar no País. A aduana é uma área da Receita Federal cujo objetivo principal, segundo a instituição, é “prover segurança, confiança e facilitação para o comércio internacional”. Entre os convidados, esteve o canadense Mark Bond, adido da Aduana do Canadá no Brasil, que veio compartilhar a experiência de seu país no setor durante os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Inverno de 2010, disputados em Vancouver. O russo Maxim Nikitin, adido da Embaixada da Rússia no Brasil, também esteve presente e falou sobre como seu país atuou nessas questões durante os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Inverno de 2014, disputados em Sochi. Já Lynne Goodwin, oficial da aduana do Reino Unido, tratou dos trabalhos desenvolvidos antes e durante os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Verão de 2012, promovidos em Londres. Durante o seminário, foi discutida a logística envolvendo a entrada de um grande volume de equipamentos esportivos nos países em questão durante esses eventos, com especial atenção para as armas usadas pelos atletas do tiro esportivo
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also mentioned the eco-boats that will be used to remove floating garbage from Guanabara Bay, which is a state government project. They went into operation last year, but, according to the secretary, their work has been temporarily suspended and is being reorganized. “We conducted a trial event last year, where Guanabara Bay worked very well. The athletes praised [the event]. And in the areas where the competitions will be held, which are those closest to the bay entrance where there is greater exchange of oxygen, levels of suitability for swimming and fecal bacteria comply with international standards. By 2016, the conditions will be even better,” he warrants. The building where the Brazilian Doping Control Laboratory will operate is ready for use and its equipment has been purchased. That project is the responsibility of the federal government, which is also in charge of the construction, renovation and purchase of equipment for four official training venues for 12 modalities of the Olympic and Paralympic Games. After the event, the facilities will become part of Sports Ministry’s National Training Network. Seminar From June 1 to 3, the Brazilian IRS held a seminar entitled “Customs in Major International Sporting Events” in Brasilia, which addressed the method to be adopted by Tax and Customs officials, as well as other countries’ experiences in recent sporting events. The first contact foreign tourists have with the inhabitants of a country occurs on arrival, when immigration officials and customs see them and they are, after compliance with legal procedures, allowed to enter the country. Customs is an area of the IRS whose main purpose, according to the institution, is “providing security, confidence and facilitation for international trade.” Among the guests was Mark Bond, the Canadian Customs Attaché in Brazil, who shared his country’s experience in that area during the 2010 Olympic and Paralympic Winter Games in Vancouver. Maxim Nikitin, the Russian Embassy’s attaché in Brazil, was also present and spoke about how his country dealt with these issues during the 2014 Olympic and Paralympic Winter Games in Sochi. Lynne Goodwin, a customs official from the UK, discussed the work done before and during the 2012 Olympic and Paralympic Summer Games in London. The seminar’s participants discussed the logistics involved in bringing large quantities of sports equipment into the countries in question during those events, with special attention to the weapons used by athletes in shooting sports and archery. They also dealt with issues regarding equipment used by the media, especially TV and radio. Around 20,000 members of the press are expected to cover the Olympics in Rio de Janeiro.
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- MATÉRIA DE CAPA - COVER STORY ou do tiro com arco. Também foram abordadas questões sobre os equipamentos de imprensa, principalmente de televisão e rádio. Cerca de 20 mil profissionais do setor são esperados no Rio de Janeiro para a cobertura dos Jogos Olímpicos. Obstáculos Uma das modalidades mais difíceis do atletismo é a corrida com obstáculos, que exigem um condicionamento privilegiado para serem superados. O Brasil (especialmente o Rio de Janeiro) enfrenta uma prova desse tipo ao se preparar para as Olimpíadas. Uma série de estatísticas comprova o panorama das dificuldades enfrentadas em três setores fundamentais: infraestrutura, energia e segurança pública. De acordo com matéria publicada pela Câmara de Comércio Americana do Rio de Janeiro (AmCham Rio) no último mês de maio, dados do Ministério do Trabalho apontam que entre dezembro de 2014 e janeiro de 2015, o Brasil perdeu 81.774 empregos com carteira assinada. Cerca de 50% dessas demissões (40.658) ocorreu no Rio de Janeiro. Grande parte desse impacto está associada à crise internacional do setor de óleo e gás e aos problemas domésticos enfrentados pela Petrobras. As maiores obras de infraestrutura, que geram muitos postos de trabalho, têm a execução atrelada aos grandes eventos. Ainda não foi anunciada uma agenda pós-2016. E, por fim, a grande estrela da política pública de segurança, as Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), enfrenta questionamentos severos. Mesmo antes dos Jogos de 2016 começarem, já há lamentações oficiais quanto às oportunidades perdidas. No dia 23 de março – quando faltavam 500 dias para a Olimpíada –, o prefeito Eduardo Paes afirmou que a Baía de Guanabara não será despoluída, uma atribuição do Governo do Estado: “É uma pena, uma oportunidade perdida. Embora as competições ocorram próximas à boca da baía, onde o controle é mais fácil, o serviço não será completo”, disse Paes. Apesar das críticas, o prefeito ainda defende o legado que a competição deixará para a cidade. De acordo com ele, o benefício local será maior do que as melhorias em Barcelona, consideradas um caso de sucesso de realização. Contudo, faz um alerta. “É preciso pensar em uma agenda pós-Jogos Olímpicos, com outros desafios pela frente. E esse planejamento deve incluir, necessariamente, a participação do setor privado. Cabe ao poder público continuar criando incentivos – seja por meio de concessões, da atração de novos negócios ou da retirada de entraves – para que a presença de empresas nacionais e estrangeiras na economia carioca seja cada vez maior”, afirmou Paes à revista Brazilian Business. O presidente da Rio Negócios, Marcelo Haddad, afirma que nenhuma cidade passará por tantas transformações após a Olimpíada como o Rio de Janeiro. Ele cita investimentos em segurança, mobilidade e infraestrutura como os principais legados. “A cidade vem preparando a infraestrutura lógica
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Obstacles One of the toughest competitions is the obstacle races, which require top conditioning. Brazil (especially Rio de Janeiro) is facing a similar test in the run-up to the Olympics. Several figures give an overview of the difficulties faced in three key sectors: infrastructure, energy and public safety. According to an article published by the American Chamber of Commerce in Rio de Janeiro (Rio AmCham) last May, Labor Ministry data show that between December 2014 and January 2015, Brazil lost 81,774 formal jobs (with signed work papers). About 50% of those layoffs (40,658) occurred in Rio de Janeiro. Much of this impact is associated with the international crisis in the oil and gas sector and the domestic problems faced by Petrobras. The largest infrastructure projects, which generate many jobs, are linked to major events. The post-2016 agenda has not been announced. And finally, the big stars of public security policy, the Pacifying Police Units (UPPs), are facing harsh criticism. Even before the 2016 Games begin, officials are already lamenting the lost opportunities. On March 23 – 500 days before the Olympics – Mayor Eduardo Paes said that Guanabara Bay would not be cleaned up, which is the task of the state government: “It’s a shame, a missed opportunity. Although the competitions will take place near the bay entrance, where [water quality] control is easier, the work will not be completed,” said Paes. Despite that criticism, the mayor argues that that the Games will leave a legacy for the city. According to him, the local benefits will be greater than the improvements made in Barcelona, which are considered a success story. However, he warns, “You have to keep in mind a post-Olympic Games schedule, including the other challenges ahead. And this plan must necessarily include the participation of the private sector. The public sector can continue creating incentives – whether through privatization, attracting new businesses or removing barriers – so the presence of national and foreign companies in Rio de Janeiro’s economy will keep on growing,” said Paes to Brazilian Business magazine. The CEO of Rio Negócios, Marcelo Haddad, says that no city will undergo as many changes after the Olympics as Rio de Janeiro. He cites security, urban mobility and infrastructure investments as the main legacy. “The city has been preparing the logical infrastructure to meet the huge demands of connectivity for the Olympic Games in 2016, such as the installation of a backbone of more than 10,000 kilometers of high-speed fiber optic cable networks. Initiatives like these will have a major impact on development and attractiveness for businesses through technology.” The agency’s business strategy is to make the most of the opportunity to promote Rio de Janeiro. “During the city’s 450th anniversary celebrations and the Olympic Games in
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PR E S I D EN TE DILMA RO US SEFF E AUTOR IDADES COM EM OR A RAM O D I A O L ÍM P IC O President Dilma Rousseff and authorities commemorate Olympic Day
para atender às gigantescas demandas de conectividade dos Jogos Olímpicos de 2016, como a instalação de um backbone de mais de 10 mil quilômetros de fibra óptica de alta velocidade. Iniciativas como essas têm um grande efeito para o desenvolvimento e a atratividade de negócios em tecnologia”.
2016, we will hold the country’s largest business program, ‘Casa Rio – Brazilian Business Embassy,’ a comprehensive and extensive program of activities that will take advantage of the presence of investors in the city. Most of the events will be held at Casa Rio, a 1,000-square-meter area in the docklands,” he says.
A estratégia da agência de negócios é aproveitar ao máximo a oportunidade para promover o Rio. “Com o aniversário de 450 anos da cidade e os Jogos Olímpicos de 2016, vamos realizar o maior programa de negócios do País, a Casa Rio – Embaixada Brasileira de Negócios – um abrangente e extenso programa de ações para aproveitar a presença de investidores na cidade. A maior parte da programação acontecerá na Casa Rio, um espaço de mil metros quadrados na zona portuária”, diz.
One of the highlights of the program, according to Haddad, will be the annual meeting of the World Energy Cities Partnership (WECP). It will bring together 22 cities whose economies are partly based on oil. The mayors and delegations will go to Rio to attend the Offshore Technology Conferences (OTC), making the city the world oil capital in October.
Um dos destaques da programação, segundo Haddad, será o encontro anual da associação de cidades de energia, o World Energy Cities Partnership (WECP). São 22 cidades que têm o petróleo como uma das bases da economia. Os prefeitos e as delegações estarão reunidos na cidade com a Offshore Technology Conferences (OTC), transformando o Rio, no próximo mês de outubro, na capital mundial do petróleo.
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In the energy sector, the drop in oil prices from USD 115 to USD 45 and the Petrobras crisis are resulting in contract revisions, lower investments and layoffs. This affects the entire production chain, generating a cascade of unemployment and decreased revenues from royalties. Rio de Janeiro State municipalities have lost a total of BRL 289 million in royalties compared the first quarter of 2015 and the same period in 2014. The only city among the 88 recipients of those funds that has not been negatively affected is Itaguaí.
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No setor energético, a queda do valor do petróleo de US$ 115 para US$ 45 e a crise da Petrobras estão provocando revisões de contratos, diminuição de investimentos e corte de pessoal. Isso afeta toda a cadeia produtiva do setor, gerando desemprego em cascata e diminuição da arrecadação com royalties. As prefeituras fluminenses perderam, juntas, R$ 289 milhões em repasses na comparação entre o primeiro trimestre de 2015 e o mesmo período de 2014. Apenas Itaguaí, entre as 88 cidades que recebem essa verba, não teve prejuízo.
Insecurity is the biggest drawback of Rio de Janeiro, according to the 8th Business Survey, entitled “The Strength of Rio de Janeiro,” for 2014, according to 57% of responses. The second-biggest drawback is the higher costs in that state (49%). More than one answer was allowed, so the total exceeds 100%. Conducted by PwC among 50 companies in Rio de Janeiro State, the survey also shows that the main steps the government should prioritize to boost the economy are investments in security (78%) and infrastructure (55%).
A insegurança é a maior desvantagem do Rio de Janeiro, de acordo com a 8ª Sondagem Empresarial “A força do Rio de Janeiro”, referente a 2014, com 57% das respostas. Em seguida, aparecem os custos maiores no Estado (49%). Era possível votar em mais de uma resposta, por isso o total ultrapassa os 100%. A pesquisa, feita pela PwC com 50
According to Alexandre Rangel, an associate consultant and specialist in mega events at Ernst & Young, the city needs a new strategic plan targeting the post-2016 cycle. “The World Cup and Olympics were not the work of chance, they were the result of planning. The lesson is not to leave the future to chance. There is another round of major events such as the
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empresas fluminenses, também mostra que as principais ações que o governo deveria priorizar na economia são os investimentos em segurança (78% das respostas) e infraestrutura (55%). Para Alexandre Rangel, sócio de consultoria e especialista em megaeventos da Ernst & Young, é necessário fazer um novo planejamento estratégico para a cidade visando o ciclo pós-2016. “Copa e Olimpíada não foram feitas ao acaso, foram fruto de planejamento. A lição é não deixar isso ao acaso no futuro. Existe outro ciclo de grandes eventos, como a Exposição Universal e feiras. É importante a cidade ter isso em seu plano estratégico”, afirma Rangel. Também no mês de maio, a AmCham Rio publicou artigo assinado por Jerônimo de Moraes, presidente do Conselho
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Universal Exhibition and trade fairs. It is important for the city to take that into account in its strategic planning,” says Rangel. Also in May, AmCham Rio published an article by Jerome de Moraes, the chairman of the Architecture and Urbanism Board (CAU) of Rio de Janeiro. In his view, although many doubted the country’s ability to host an event of that size, the climate of apprehension before the 2014 World Cup eased when foreign tourists returned home with a positive impression of the event. Moraes believes that Brazilian cities reflect a “culture of improvisation.” “A lack of planning has serious results, such as the current water and energy crises. This problem is not linked to one administration’s management in particular. The weakness of investments in high-performance transport
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- MATÉRIA DE CAPA - COVER STORY de Arquitetura e Urbanismo (CAU) do Rio de Janeiro. Para ele, o clima de apreensão antes da Copa do Mundo de 2014, quando se duvidava da capacidade do País de sediar um evento daquele porte, dissipou-se quando os turistas estrangeiros voltaram para casa com uma impressão positiva do evento. Moraes acredita que uma “cultura do improviso” está refletida nas cidades brasileiras. “A falta de planejamento tem resultados graves, como as atuais crises hídrica e energética. Esse problema não está ligado a uma gestão governamental em particular. A fragilidade dos investimentos em transportes de alto rendimento no Rio se arrasta há, pelo menos, 50 anos e extrapola os limites do município”, analisou. O presidente do Conselho acredita que o cenário ideal seria a integração da capital com a região metropolitana, que só começou a ganhar forma com a aprovação do Estatuto da Metrópole. No entanto, alerta que enquanto são feitos grandes investimentos em BRTs (transporte rápido por ônibus), projetos de expansão de linhas de metrô correm o risco de nem se concretizarem, como a Linha 3, que atenderia Niterói, São Gonçalo e Itaboraí. “Mesmo com os benefícios trazidos para a população pelos BRTs, como mais agilidade nos trajetos, observa-se que a implantação desse modal não está inserida em um projeto maior, formulado após debate com a sociedade”, criticou. A expectativa de Moraes é a de que, para além das intervenções pontuais, os Jogos Olímpicos deverão ser o ponto de partida para uma cidade planejada, que leva em conta a opinião dos habitantes e atenda suas necessidades.
in Rio has been going on for at least 50 years and goes beyond the city limits,” he wrote. The chairman of the CAU believes that the ideal scenario would be interconnecting the state capital with the metropolitan area, which only began to take shape with the adoption of the Statute of the Metropolis. However, he warns that while major investments are being made in BRT (bus rapid transport), plans to expand subway lines run the risk of not being carried out, such as Line 3, which would connect Niterói, São Gonçalo and Itaboraí. “Despite the public benefits of the BRT, which will make [bus] travel faster, it is clear that the implementation of this mode of transport is not part of a larger plan formulated after public debate,” he noted. Moraes’s expectation is that, going beyond sporadic interventions, the Olympics should be the starting point for a planned city, which should take the public’s views into account and meet their needs. “By becoming a better place to live and invest in, Rio de Janeiro will attract resources that are not just associated with transitory events,” he predicted. Overseas Olympic opportunities are motivating other countries to establish closer ties with Brazil. Veronique Collage, Executive Manager of Belgalux (the Belgium, Brazil and Luxembourg Chamber of Commerce and Industry) of Rio de Janeiro and Liaison Officer of the Olympic Committee of Belgium, expects her country’s businesses to match or even improve on their past performance during the World Cup. “All told, ten Belgian companies [such as Art & Facto in the events sector and Skylane Optics in telecommunications] participated in the organization of the World Cup, which produced a very positive result in terms of foreign trade to a destination outside the European Union. The exported technology served as an excellent showcase for Belgian companies, and the high quality of products, services, innovation and technology they can offer,” she says. According to Veronique, initial contact with Belgian companies targeting the Olympic Games took place in 2009 between the then- President of Brazil, Luiz Inacio Lula da Silva, and Belgian Prime Minister Herman Van Rompuy. In 2010, during an economic mission of Belgian companies to Rio de Janeiro, a cooperation agreement was signed between the Sports Technology Club of Belgium and the President of the Brazilian Olympic Committee, Carlos Arthur Nuzman. A Brazilian delegation visited tech companies in Belgium and a Belgian mission took place in 2013. In June 2014, during the World Cup, other meetings involving representatives of the two countries were held. The main topics of those meetings were the environment, social outreach projects and technology.
VE RO N I QUE C O LLAGE, GER ENTE EXECUTIVA DA BELGALUX
“It will take some time to get an accurate estimate of how many Belgian companies will participate actively in the
DO R I O DE J AN EIRO Veronique Collage, Executive Manager of Belgalux of Rio e Janeiro
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- MATÉRIA DE CAPA - COVER STORY “Tornando-se um lugar melhor para se viver e investir, o Rio de Janeiro atrairá recursos não atrelados somente a eventos passageiros”, previu. Exterior As oportunidades geradas pelas Olimpíadas motivam outros países a estreitarem as relações com o Brasil. Veronique Collage, Gerente Executiva da Belgalux (Câmara de Comércio e Indústria Bélgica, Brasil e Luxemburgo) do Rio de Janeiro e Liasion Officer do Comitê Olímpico da Bélgica, espera que as empresas belgas possam igualar ou até melhorar o desempenho que tiveram durante a Copa do Mundo. “Ao todo, dez empresas belgas [tais como Art & Facto no setor de eventos e Skylane Optics em telecomunicações] participaram da organização da Copa, o que significou um resultado muito positivo em termos de comércio exterior para um destino fora da Comunidade Europeia. A tecnologia exportada serviu como excelente showcase para as empresas belgas e a alta qualidade dos produtos, serviços, inovação e tecnologia que podem oferecer”, relata. De acordo com Veronique, o contato inicial com empresas belgas visando os Jogos Olímpicos aconteceu em 2009 entre o então presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e o primeiro ministro da Bélgica, Herman Van Rompuy. Em 2010, durante uma missão econômica de empresas belgas no Rio de Janeiro, quando um acordo de cooperação foi assinado entre o Sports Technology Club da Bélgica e o presidente do Comitê Olímpico Brasileiro, Carlos Arthur Nuzman. Uma delegação brasileira visitou empresas de tecnologia na Bélgica e uma missão belga aconteceu em 2013. Em junho de 2014, durante a Copa do Mundo, outros encontros envolvendo representantes dos dois países ocorreram. Os principais temas das reuniões foram meio ambiente, projetos sociais e tecnologia. “Precisamos aguardar para termos uma estimativa precisa de quantas empresas belgas participarão de forma ativa da organização dos Jogos, mas as previsões são muito boas. O objetivo é fortalecer cada vez mais os laços econômicos entre os dois países para dar continuidade a uma parceria econômica de longa data”, resume Veronique. O diretor da Holland Brazil Chamber of Commerce (HBCC), Maarten De Haan, também chama a atenção para as perspectivas oferecidas pelos Jogos em termos econômicos e sociais. Como parâmetro, cita a Copa de 2014, durante a qual empresas holandesas fecharam contratos para investimentos nos estádios, a exemplo de Philips (iluminação) e Akzo Nobel (pintura). “As expectativas para os Jogos Olímpicos são boas também. Acredito que o evento irá gerar interesse de muitos empresários holandeses. A HBCC tem vários contatos e a experiência necessária para ajudar no desenvolvimento de negócios de empresas da Holanda que querem se estabelecer no Rio de Janeiro”, conclui. //
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M A ARTEN D E H AA N, D IRETO R DA H B C C Maarten De Hann, director of HBCC
organization of the Games, but the forecasts are very good. The goal is to strengthen the economic ties between the two countries more and more to continue our longstanding economic partnership,” says Veronique. The director of the Holland Brazil Chamber of Commerce (HBCC), Maarten De Haan, also draws attention to the prospects offered by the Games in economic and social terms. As a parameter, he cites the 2014 World Cup, during which Dutch companies signed contracts for investments in stadiums, including Philips (lighting) and Akzo Nobel (paint). “Expectations for the Olympics are good too. I believe that the event will generate interest among many Dutch entrepreneurs. The HBCC has numerous contacts and the requisite experience to help develop business for Dutch companies that want to establish themselves in Rio de Janeiro,” he concludes. //
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opORTUNIDADE NA LAGOA LAGOA RODRIGO DE FREITAS OPPORTUNITY On the shores of Rodrigo de Freitas Lake, in the toniest area of Rio de Janeiro’s South Zone, surrounded by districts such as Copacabana, Ipanema and Leblon, the Espaço Gourmet Lagoa, launched by businessman Fernando Augusto Alves, from Fine Foods, will be a combination of a gathering place and a venue for hospitality and haute cuisine for delegations from the 205 countries expected to be present during the 2016 Olympic Games. This is an exclusive project by Fine Foods, the company that won the City of Rio de Janeiro’s public tender to build gourmet spaces in Parque do Cantagalo, and run and manage them for 14 years, with renewal envisaged for an equal period. Volleyball, basketball and tennis courts, soccer pitches and Rio’s only permanent baseball and softball field form part of the total area of 102,500 m² in the Parque do Cantagalo sports complex. Close to Corte do Cantagalo and the road that connects Rodrigo de Freitas Lake to Copacabana, a parking facility and metro station, the park also has grassy and wooded areas where visitors can go for walks and enjoy the view, as well as decks for paddle boats. Às margens da Lagoa Rodrigo de Freitas, na área mais nobre da Zona Sul do Rio de Janeiro, cercada por bairros como Copacabana, Ipanema e Leblon, o Espaço Gourmet Lagoa, lançado pelo empresário Fernando Augusto Alves, da Fine Foods, será um misto de ponto de encontro, hospitality center e centro gastronômico para as delegações dos 205 países que deverão estar presentes durante os Jogos Olímpicos de 2016. O projeto é uma exclusividade da Fine Foods, empresa vencedora da licitação da Prefeitura do Rio de Janeiro para construção dos espaços gastronômicos no Parque do Cantagalo e da sua administração e gerenciamento por 14 anos, com renovação prevista para igual período. Do complexo esportivo do Parque do Cantagalo, que possui uma área total de 102.500 m² fazem parte quadras de vôlei, basquete e tênis, campos
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Located in a 2,250-m² area with nine sectors available, the Espaço Gourmet Lagoa has all the infrastructure required for companies from countries interested in selling products and services in the gastronomy sector, presenting their local cuisines to patrons from extremely diverse backgrounds. PR consultants can use this facility to welcome journalists, and it will also provide hospitality for visitors who will be attending the competitions for the 42 different Olympic sports involving 10,500 athletes. Fernando Augusto Alves’s experience in this type of venture dates back to 1996, when he obtained a license to construct 25 gastronomic spaces at Rodrigo de Freitas Lake. “We started from scratch. It gradually became a reality and ended up being a great
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success in the city. It is very typical of Rio de Janeiro, in line with the South Zone and its residents from all walks of life. It is a very democratic space,” he observes. The Espaço Gourmet Lagoa houses gastronomic spaces with areas of up to 250 m², including restrooms, self-produced electricity, rainwater recycling systems, bicycle stands and an area set aside for cultural events. Although all the spaces have a common construction standard based on metal structures and pre-molded glass panels, the architecture and interior decoration can be customized.
de futebol society e o único campo para a prática permanente de beisebol e softbol no Rio. Próximo ao Corte do Cantagalo e à via que liga a Lagoa Rodrigo de Freitas à Copacabana, a um estacionamento e à estação do metrô, o parque possui ainda espaços gramados e arborizados para passear e apreciar a vista, além de decks para pedalinhos.
The acquisition of spaces can be requested by emailing finefoods@globo.com or calling +55 21 2259-5356, 21 99114-4164 or 21 983204848. //
Localizado em uma área de 2.250 m² com nove setores disponíveis, o Espaço Gourmet Lagoa possui toda a estrutura necessária para as empresas de países interessados em comercializar produtos e serviços do setor de gastronomia, apresentando as respectivas culinárias locais a um público amplamente diversificado. O local também poderá ser utilizado para recepção de jornalistas pelas assessorias de comunicação das delegações e também de turistas que vierem acompanhar as provas das 42 modalidades esportivas que serão disputadas, envolvendo 10.500 atletas. A experiência de Fernando Augusto Alves nesse tipo de empreendimento iniciou-se em 1996, quando obteve uma licença para construção de 25 espaços gastronômicos na Lagoa Rodrigo de Freitas. “Começamos do zero e foi algo que, aos poucos, foi se tornando uma realidade e acabou sendo um grande sucesso na cidade. Uma coisa bem carioca, com a cara da Zona Sul e de todas as tribos. É um espaço muito democrático”, ressalta. O Espaço Gourmet Lagoa possui espaços gastronômicos com até 250 m², incluindo banheiros, sistemas de autogeração de energia e de reutilização de água das chuvas, bicicletários e área destinada a eventos culturais. Apesar dos espaços terem um padrão comum de construção, com base em estruturas metálicas e painéis de vidro pré-moldados, a arquitetura e a decoração de interiores podem ser customizadas. A aquisição de espaços pode ser solicitada pelo e-mail finefoods@globo.com e também pelos telefones (21) 2259-5356, (21) 99114-4164 e (21) 98320-4848. //
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- CÂMARA EM DESTAQUE - FEATURE CHAMBER -
CCFB FORTALECE RELAÇÕES ENTRE FRANÇA E BRASIL CCFB STRENGTHENS RELATIONS BETWEEN FRANCE AND BRAZIL Founded more than 100 years ago and bringing together more than 900 associated French and Brazilian companies representing the most diverse sectors of activity, the France-Brazil Chamber of Commerce (CCFB) promotes the development of economic, financial, commercial, industrial, scientific and cultural relations between France and Brazil. Present in Rio de Janeiro and other major Brazilian cities (with regional offices in São Paulo, Belo Horizonte and Curitiba and representation in Porto Alegre), the CCFB has a calendar of events with a wide-ranging focus, highlighting French Week. The event was held for the fourth year in 2015, from June 12 to 21. French Week aims to project and disseminate France’s culture and expertise through various areas of knowledge, such as cuisine, art, language, beauty and technology, among others.
E MMA N U ELLE B O UDIER, DIR ETOR A EXECUTIVA DA CCFB NO R IO Emmanuelle Boudier, Executive Director of the CCFB in Rio
Fundada há mais de 100 anos e reunindo mais de 900 empresas associadas, entre francesas e brasileiras, representando os mais diversos setores de atuação, a Câmara de Comércio FrançaBrasil (CCFB) promove o desenvolvimento das relações econômicas, financeiras, comerciais, industriais, científicas e culturais entre a França e o Brasil. Presente no Rio de Janeiro e em outras capitais brasileiras (com regionais em São Paulo, Belo
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For the first time the event had a base in Rio, at the Aliança Francesa, which was a venue for lectures, activities and exhibitions. In other parts of the city, such as the Center and South Zone, restaurants and hotels offered special menus and packages. The talks covered subjects connected to themes such as cuisine, luxury goods, entrepreneurialism and health, and the audience obtained discounts on products and services offered by companies associated to the CCFB-RJ. In addition, French Week held the Varilux French Film Festival from June 12 and 17, including 16 films that had never been shown before in Brazil, followed by conversations with the actors and directors.
- CÂMARA EM DESTAQUE - FEATURE CHAMBER -
Horizonte e Curitiba, além de uma representação em Porto Alegre), a CCFB possui um calendário de eventos com diversos enfoques, com destaque para a Semana Francesa.
According to Emmanuelle Boudier, Executive Director of the CCFB in Rio, “The aim of French Week was to take French ‘savoir-faire’ into the participants’ daily lives, offering an unforgettable experience.”
Em 2015, foi promovida a quarta edição, no período de 12 a 21 de junho. A Semana visa projetar e difundir a cultura e a expertise francesas por meio de diversas áreas de conhecimento, como a culinária, a arte, o idioma, a beleza, a tecnologia, entre outros.
Gastronomy On May 13, the France-Brazil Chamber launched its Gastronomy Commission at Brasserie Rosário, made up of some of the foremost chefs and business executives in Rio de Janeiro. Organized by Roland Villard – the chef at the Le Pré Catelan restaurant and a representative of the Cordon Bleu school, the commission also includes other respected members, including David Mansaud (executive chef at the Estácio de Sá School of Gastronomy), Flavia Quaresma (president of the Sirha confectionery school) and Frédéric Monnier (chef and partner at the Brasserie Rosário restaurant and a Senac representative). //
Pela primeira vez, o evento teve uma sede fixa no Rio, na Aliança Francesa, onde aconteceram palestras, ações e exposições. Em outras regiões da cidade, como Centro e Zona Sul, restaurantes e hotéis ofereceram cardápios e pacotes especiais. As palestras abordaram assuntos ligados a temas como gastronomia, luxo, empreendedorismo e saúde e o público obteve descontos em produtos e serviços oferecidos por empresas associadas da CCFB-RJ. Além disso, a Semana Francesa teve o Festival Varilux de Cinema Francês, com 16 filmes inéditos no Brasil, seguidos de bate-papos com os artistas e diretores, entre 12 e 17 de junho. Segundo Emmanuelle Boudier, Diretora Executiva da CCFB no Rio, “a Semana Francesa teve como objetivo levar o ‘savoir-faire’ francês ao cotidiano dos participantes, oferecendo uma experiência imperdível”, ressalta. Gastronomia No dia 13 de maio, a Câmara França-Brasil lançou, na Brasserie Rosário, a sua Comissão de Gastronomia, integrada por alguns dos mais estrelados chefs e executivos do Rio de Janeiro. Coordenada por Roland Villard – chef do restaurante LePré Catelan e representante da escola Le Cordon Bleu –, a comissão conta ainda com outros membros conceituados, incluindo David Mansaud (Chef Executivo da Escola de Gastronomia da Estácio de Sá), Flavia Quaresma (presidente do concurso de confeitaria do Sirha) e Frédéric Monnier (Chef e sócio do restaurante Brasserie Rosário e representante do Senac). //
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CHINA: AS BOAS NOTÍCIAS ECONÔMICAS CHINA: THE GOOD ECONOMIC NEWS —
CARLOS TAVARES Sim, porque as más notícias, muitas vezes inverídicas, já são fartamente divulgadas pela mídia em geral. Esse persistente e preconceituoso noticiário sobre a China, particularmente o econômico, acaba por afetar o setor empresarial exportador, com projetos de expandir ou criar negócios.
Yes, because the bad news, often untrue, is already widely publicized by the mainstream media. The persistent and biased news about China, particularly when it comes to the economy, ends up affecting the export sector and its plans to expand or create new businesses.
Preliminarmente, vale esclarecer que, em 2014, o mercado chinês continuou como o principal destino das exportações brasileiras, com o total de US$ 40,6 bilhões. A propósito, bem diferente do que pensam alguns dirigentes empresariais, a China, economicamente, independe do Brasil: o contrário talvez ficasse mais perto da realidade. O gigante asiático tornou-se o maior parceiro comercial do Brasil, que figura apenas em 17º lugar na escala chinesa, atrás dos Estados Unidos, Rússia, Japão, Coréia do Sul, Taiwan e outros. Além do mais, os produtos brasileiros que lideram as exportações para lá – minério, soja e petróleo – são abundantes e bem oferecidos no mercado internacional. Particularmente a soja, com excedentes de produção nos concorrentes e “muy amigos” Argentina e EUA.
To start with, I should explain that in 2014 the Chinese market was still the main destination for Brazilian exports, valued at a total of USD 40.6 billion. In fact, contrary to the ideas held by some business leaders, China is economically independent from Brazil: the opposite is actually closer to the truth.
Em 2014, apesar do recesso quase que geral da economia do planeta, a China apresentou crescimento acelerado ao alto índice de 7,4%, o melhor do ranking. Durante 60 anos (entre 1953/2013) manteve crescimento médio/anual de 8,2%, passando a participar com 12,3% da economia mundial. Ainda ano passado, a China, pela primeira vez, tornou-se exportadora líquida de capitais, com investimentos no exterior da ordem de US$ 140 bilhões. Correspondendo a US$ 20 bilhões acima do total dos investimentos recebidos no país. Somente na Europa, com destaque para a Inglaterra, os chineses investiram US$18 bilhões. Com US$ 653 bilhões para investir, particularmente nos EUA e na Europa, o China Investment Corp. já comprou até parte do aeroporto londrino de Heathrow.
In 2014, despite the nearly generalized global recession, China reported accelerated growth at a high rate of 7.4%, the best in the world. For 60 years (between 1953 and 2013), it maintained average annual growth of 8.2%, attaining a 12.3% share of the global economy.
Por outro lado, pelo quarto ano consecutivo a China firmouse como o país com maior número de pedidos de patentes de inventos, 928 mil unidades. Foram registrados mais de
Furthermore, for the fourth consecutive year, China has established itself as the country with the largest number of patents pending for inventions – 928,000 in all. Over 233,000
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The Asian giant has become Brazil’s main trade partner, while we are just number 17 on China’s list, behind the United States, Russia, Japan, South Korea, Taiwan and several others. What’s more, the international market has an abundant supply of the Brazilian products that top the list of exports to that country – iron ore, soybeans and crude oil. Particularly soybeans, of which its rivals and “close friends” Argentina and the USA both have a surplus.
Last year, China became a net capital exporter for the first time, with overseas investments of approximately USD 140 billion. It added up to USD 20 billion more than the total investments received in that country. The Chinese invested USD 18 billion in Europe alone, particularly the UK. With USD 653 billion to invest, particularly in the US and Europe, China Investment Corp. has already purchased a stake in London’s Heathrow Airport.
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- ARTIGO - ARTICLE 233 mil de patentes desses novos produtos, sendo que 163 mil no exterior. Ainda bem que os criativos chineses não registraram (para cobrança de royalties) as patentes de muitas invenções que nortearam a civilização, ainda usadas, como o papel, tecido/seda, impressão, zero, estribo, carrinho de mão, hélice, macarrão, bicicleta, louça/porcelana, bola, futebol, vinho, cerveja, etc., etc. Criadas séculos antes das descobertas do Brasil e dos EUA.
patents have been filed for new products, including 163,000 abroad. It is a good thing that the creative Chinese have not filed patents (to charge royalties) for the many inventions that have been the mainstay of civilization and are still in use, such as paper, cloth/silk, printing, zero, stirrups, the wheelbarrow, the propeller, pasta, bicycles, china/porcelain, balls, footballs, wine, beer, etc., etc. They were created centuries before the discoveries of Brazil and America.
No turismo também a China manteve a liderança mundial, nos dois sentidos. Sem a menor restrição, mais de 100 milhões de chineses viajaram ao exterior, gastando US$ 173 bilhões. Os principais destinos foram os EUA e a Europa, sendo que, em Paris, os turistas chineses, p/capita, encabeçaram a lista dos que mais consumiram, acima dos americanos e alemães. Em contrapartida, os turistas estrangeiros deixaram na China cerca de US$ 400 bilhões. Somente a bela cidade de Macau, com seus 34 cassinos – maior centro mundial de jogo e faturamento de US$ 35 bilhões, três vezes superior a Las Vegas – recebeu mais de 30 milhões de turistas.
China is also maintaining its global leadership in tourism in both directions. Without the slightest restrictions, over 100 million Chinese traveled abroad that year, spending USD 173 billion. Their main destinations are the US and Europe.
No primeiro trimestre do corrente exercício, embora em níveis um pouco inferiores, a economia chinesa manteve bom índice de crescimento, com o Produto Interno Bruto (PIB) subindo 7%, contra queda de 0,7% no dos EUA e alta de apenas 1,5%, no da União Europeia. A balança comercial girou em torno de US$ 900 bilhões, com as exportações, crescendo 5%, totalizando cerca de US$ 500 bilhões. Até abril, a produção industrial aumentou 5,9%, as vendas no varejo 10% e os investimentos no setor imobiliário 6%. Os investimentos no exterior, crescendo 35%, chegaram a US$ 35 bilhões.
In the first quarter of this fiscal year, although at slightly lower rates, the Chinese economy maintained a good rate of growth, with its Gross Domestic Product (GDP) up 7% compared with a 0.7% drop in the US, and just 1.5% growth in the European Union.
Não só na área comercial – onde já é parceiro de 176 países, contra 74 dos EUA – a China avança também na esfera financeira. Recente número da revista americana “Forbes” indica que os quatro principais bancos mundiais são: Industrial and Comercial Bank of China (pela terceira vez), China Construction Bank, Agricultural Bank of China e o Bank of China. Com surpreendente adesão internacional, Pequim acaba de fundar o Banco Asiático de Investimento em Infraestrutura (AIIB), que irá competir com o Banco Mundial e o FMI. Singularmente, invertendo as posições, a China passou a investir e adquirir mais empresas nos EUA, ao contrário do que sempre ocorreu. As enormes reservas de US$ 4,2 trilhões (1/3 em bônus do Tesouro e o restante em dólares dos EUA) dão respaldo para essas operações financeiras.
China is also advancing in the financial sphere, not just in foreign trade – in which it is already a partner of 176 countries, compared with 74 for the US. A recent issue of Forbes magazine indicates that the four major global banks are the Industrial and Commercial Bank of China (for the third time), the China Construction Bank, the Agricultural Bank of China and the Bank of China.
Na linha do reconhecimento, já considerável na área internacional, dessa notável expansão, em recente reportagem o prestigiado Financial Times referiu-se à China como “aquela que é hoje a maior economia do mundo” (jornal Valor, 16/04/15). Em maio, o primeiro ministro Li Keqiang, em Brasília, assinou com a presidenta Dilma acordos para investimentos em variados projetos de infraestrutura da ordem de US$
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In Paris, the Chinese are at the top of the list of the highest consumers per person, ahead of the Americans and Germans. On the other hand, foreign tourists spent nearly USD 400 billion in China. The beautiful city of Macau alone, with its 34 casinos, the largest gambling hub in the world, and earnings of USD 35 billion, three times more than Las Vegas, welcomed over 30 million tourists.
The balance of trade was approximately USD 900 billion, with exports up 5%, totaling nearly USD 500 billion. By April, industrial production had grown by 5.9%, retail sales, 10%, and real estate investments, 6%. Overseas investments rose by 35%, totaling USD 35 billion.
With surprising international participation, Beijing has just founded the Asian Investment Infrastructure Bank (AIIB), which will rival the World Bank and the IMF. Uniquely, reversing their traditional positions, China has begun to invest in and acquire more companies in the US. Those financial transactions are backed by huge reserves of USD 4.2 trillion (1/3 in Treasury bonds and the rest in US dollars). When it comes to recognition of this remarkable growth, already considerable in the international arena, a recent article in the prestigious Financial Times referred to China as “the one that is now the largest economy in the world” (Valor, 16.04.15). In May, Prime Minister Li Keqiang and President Dilma Rousseff signed agreements in Brasilia for investments in
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- ARTIGO - ARTICLE -
O AU TO R C O M SO N G YAN G , CÔNS UL-GER AL NO R IO, NO LANÇAM ENTO D E D O I S TEM A S PARA D I L M A – C H INA E P O RTO S The author with Song Yang, Consul General in Rio, at the launch of Dois Temas para Dilma – China e Portos (Two Themes for Dilma: China and Ports)
53,3 bilhões. Além disso, ficou acertado financiamento de US$ 50 bilhões do banco estatal ICBC – a ser conduzido pela Caixa Econômica – para áreas prioritárias de infraestrutura (rodovias, ferrovias, portos, aeroportos, energia e habitação). Terminada a visita, o embaixador Li Jinzhang disse-me que os resultados alcançados tinham sido plenamente satisfatórios. Registre-se que, da parte da China, nesses projetos inexiste qualquer interesse em trazer trabalhadores nem equipamentos produzidos no Brasil.
several infrastructure projects worth roughly USD 53.3 billion. They also agreed on USD 50 billion in funding from the state bank ICBC - to be managed by Brazil’s Caixa Econômica savings bank - for priority infrastructure areas (roads, railways, ports, airports, energy and housing). After his visit, Ambassador Li Jinzhang told me that the results achieved were fully satisfactory. It should be noted that, on China’s part, there is no interest in bringing in workers or using equipment made in Brazil.
Funcionou bem a estratégia de anunciar o corte no orçamento (R$ 69,9 bilhões) logo após a visita da missão chinesa, que deixou o setor empresarial (e o País, de modo geral) confortado com o alto valor dos créditos aprovados. Equivalente em dólares a quatro vezes o corte orçamentário, esses financiamentos destinam-se, basicamente, às áreas prioritárias afetadas.
The strategy of announcing the budget cut (BRL 69.9 billion) after the Chinese mission’s visit worked well, since the high value of the approved loans eased the minds of the corporate sector (and the country in general). Equivalent in US dollars to four times the budget cuts, these funds are targeted primarily to the priority areas affected by those cuts.
Com esse quadro de fato favorável ao Brasil – ainda mais na fase difícil para a economia – sinto-me particularmente gratificado pelo persistente trabalho realizado em prol das relações com a China. O início foi com a reportagem sob o título “Comércio Exterior da China Popular”, publicada na revista Comércio & Mercados, da CNC, em outubro de 1971, antes do restabelecimento das relações diplomáticas, três anos depois. A partir daí, nesses 44 anos, foram cinco visitas oficiais à China, mais de 500 artigos e reportagens, além de 10 livros publicados. Pelo menos da parte chinesa sempre houve pleno reconhecimento por esse trabalho, incluindo o recebimento da medalha de ouro de Amigo da China e a honrosa menção do presidente Xi Jinping, a meu respeito, em discurso no Congresso Nacional (Brasília, 16/07/2014). //
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Thanks to this positive situation for Brazil - even in hard times for the economy - I am particularly gratified by the ongoing work being done on behalf of trade relations with China. The first step was the report titled “China’s Foreign Trade,” published in the CNC’s Comércio & Mercados (Trade & Markets) magazine in October 1971, before the resumption of diplomatic relations three years later. Since then, during the last 44 years, there have been five official visits to China, more than 500 articles and reports, and 10 books published. At least on the Chinese side, those efforts have always received full recognition, including the award of the Friend of China gold medal and an honorable mention from President Xi Jinping about me when he spoke before Congress (Brasilia, July 16, 2014). //
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PERSPECTIVAS TRÁGICAS —
DIRE PROSPECTS
SÍNTESE DA CONJUNTURA SYNOPSIS OF THE SITUATION ERNANE GALVÊAS E X IM B R
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- ARTIGO - ARTICLE A situação econômico-financeira do Governo é insustentável, com um déficit fiscal permanente e uma dívida pública impagável, correspondente a 62,7% do PIB. É possível afirmar que o maior responsável por essa situação é a exótica política de juros altos.
The Brazilian government’s financial position is unsustainable, with a permanent fiscal deficit and unpayable debt corresponding to 62.7% of GDP. It can be argued that the biggest culprit is the exotic policy of maintaining high interest rates.
Nessa situação, o Governo não pode continuar gastando mais do que arrecada, malgrado a sufocante carga tributária de quase 38% do PIB, que alimenta o Estado obeso e burocrata. É preciso diminuir o tamanho do Estado, digamos para 30% do PIB. Se, no momento, não for possível reduzir o número de Ministérios (39), é imperioso promover um corte correspondente nas verbas orçamentárias que os sustentam. É óbvio que vários vão morrer de inanição. O efeito é o mesmo.
Under these circumstances, the government cannot continue spending more than it collects in taxes, despite the suffocating tax burden of almost 38% of GDP that feeds the obese and bureaucratic state. It is essential to shrink the size of the state, say, to 30% of GDP. Even if it is not possible to reduce the number of ministries (39) at this time, it is imperative to make corresponding cuts in their budgets. Obviously, many will die of starvation. The effect is the same.
O descalabro vigora em todos os setores, como parte da irresponsável cultura do desperdício. Do fundo do poço em que nos encontramos, surge o STF com a proposta de aumentar os salários do Judiciário nacional em até 78%. Na Câmara dos Deputados vem a debochada proposta de criação de um anexo imobiliário para abrigar o “ParlaShopping”. Nas Câmaras Municipais, a criação de cargos de assistentes dos vereadores chega ao absurdo de mais de 20 por 1, como é o caso de São Paulo. Os Municípios do Rio de Janeiro gastam um bilhão de reais por ano para sustentar esses assistentes dos vereadores. No Congresso Nacional passa o Projeto de Lei que acaba com o fator previdenciário, ameaçando arruinar o Sistema da Previdência Social. Ainda do STF vem a ameaça da implantação da Convenção 158 da OIT, que poderá abrir mais um rombo na economia nacional, desestimulando os já minguados investimentos privados e ameaçando uma trágica elevação dos níveis de desemprego. Não dá para acreditar. É imperioso que o Congresso, o Judiciário, as classes produtoras e trabalhadores formem uma frente de apoio às propostas do Ministro da Fazenda, Joaquim Levy, para reduzir o tamanho do Estado e “tirar o Brasil do buraco”. Desde a crise financeira mundial de 2007/2008, a situação fiscal da Grécia piorou muito, face à manutenção dos deficitários programas sociais, obrigando o Governo a recorrer à negociação da dívida externa junto ao FMI, ao Banco Europeu e ao Mercado Comum Europeu, trocando a dívida com bancos por créditos oficiais. Por duas vezes, em 2009 e 2010, a Grécia recebeu ajuda no montante total de US$200 bilhões (!) e, em 2011, uma reestruturação da dívida, com alongamento do prazo e substancial desconto, contra a promessa de forte reajuste interno, que jamais ocorreu. Agora, na iminência de default, volta a Grécia a novas negociações, com pedido de crédito adicional de US$ 53,5 bilhões – que pode chegar a € 82 bilhões – e o compromisso de realizar um superávit primário de 1% do PIB neste ano, subindo até 3,5% em 2018. Na reunião de cúpula de 13 de julho, chegou-se a um acordo unânime e a Grécia terá o prazo de três anos para realizar os ajustes aprovados, sem sair da Zona do Euro. Falta, agora, a aprovação do Parlamento Grego.
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This debacle is going on in all sectors as part and parcel of the irresponsible culture of waste. Now that we have hit rock bottom, the Supreme Court has come up with a proposal to increase salaries in the nation’s judiciary by up to 78%. The House of Representatives has presented the outrageous proposal of building an annex to house a “Parla-Shopping” mall. City councils are creating the position of assistant councilor, reaching the absurd number of more than 20 to 1, in the case of São Paulo. The municipalities of Rio de Janeiro State spend a billion per year to pay for these city councilors’ assistants. Congress has passed the bill that put an end to the retirement pension factor, threatening to ruin the Social Security system. And the Supreme Court is also endangering the implementation of Convention 158 of the ILO, which could leave a hole in the national economy, discouraging already meager private investment and posing the risk of a tragic increase in unemployment levels. Unbelievable. It is imperative that Congress, the judiciary, the producing classes and workers come together to support the proposals of Finance Minister Joaquim Levy to reduce the size of the state and “pull Brazil out of the hole.” Since the global financial crisis of 2007-2008, the fiscal situation in Greece has deteriorated considerably due to the maintenance of deficit-making social programs, forcing the government to resort to negotiating its foreign debt with the IMF, the European Bank and the European Union, swapping what it owes to banks for government loans. Twice, in 2009 and 2010, Greece received aid totaling USD 200 billion (!), and, in 2011, its debt was restructured with an extended repayment deadline and a substantial discount against the promise of stringent domestic austerity, which never happened. Now, on the verge of default, Greece has returned to the negotiating table with a request for an additional loan of USD 53.5 billion - which could reach € 82 billion - and the commitment to achieve a primary surplus of 1% of GDP this year, reaching 3.5% in 2018. The summit meeting of July 13 reached a unanimous agreement, and Greece will have three years to carry out the approved adjustments without leaving the Eurozone. All that is required now is the Greek Parliament’s approval.
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- ARTIGO - ARTICLE O SUSTO DA CHINA
A SHOCK FROM CHINA
Os meios econômicos já se acomodaram à ideia de que a China não vai continuar crescendo 10% ao ano, mas apenas 7%. O que ninguém esperava é que após um longo período de alta, de 150%, a Bolsa de Xangai desabasse 30%, no mês de junho. Usando rigorosas medidas heterodoxas de regulação, o Governo conseguiu estancar a fuga de investidores e as cotações voltaram a ter altas espetaculares.
The economic world was already used to the idea that China will not continue growing 10% annually, but just 7%. What no one expected was that after a long period of high trading volume, at 150%, the Shanghai Stock Exchange plunged 30% in June. Using strict and unorthodox regulatory measures, the government managed to stem the flight of investors, and share prices have once again reached a spectacular high.
No fundo, não é tranquila a situação da China que, ao que tudo indica, chegou ao limite dos investimentos em transportes rodoviários, ferrovias e aeroportos, assim como em programas institucionais. Essa retração trouxe uma queda na demanda do aço e outros produtos siderúrgicos, acarretando a queda de preços das commodities metálicas, assim como de outras matérias primas. A cotação do minério de ferro que chegou a US$ 150 por tonelada, fechou na última semana a US$ 42.
Basically, the situation in China is not at all rosy. The country seems to have maxed out its investments in roads, railways and airports as well as in institutional programs.
A repercussão maior no Brasil da evolução econômica da China pode ser vista na queda de 28% das exportações brasileiras, no período janeiro/maio. COMÉRCIO INTERNACIONAL A conjuntura mundial de baixo crescimento tem tido forte reflexo negativo na balança comercial do Brasil. De janeiro a maio deste ano, em comparação com o mesmo período de 2014, as exportações brasileiras caíram 17,1% e as importações 18,9%. A queda nas exportações foi mais acentuada para a China (-28%), Estados Unidos (-7,6%), Argentina (-16,0%) e Holanda (-29,7%). Respondem pela queda os menores valores nas exportações de soja (-30,4%), minério de ferro (-49,3%), petróleo (-8,2%) e outros. O ritmo de crescimento econômico da China, nos últimos três anos, caiu de 10% para 7%, com forte repercussão no Brasil, principalmente sobre nossas exportações e, particularmente, sobre a Vale. A China é, hoje, o maior parceiro comercial do Brasil, com exportações nossas, de janeiro a maio, de US$ 13,7 bilhões e importações de US$ 14,4 bilhões. Em segundo lugar vêm os Estados Unidos, com US$9,7 bilhões de exportações e US$ 11,8 bilhões de importações. //
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This has resulted in a lower demand for steel and other steel products, leading to a drop in prices of metal commodities and other raw materials. The price of iron ore, which peaked at USD 150 per metric ton, closed last week at USD 42. The biggest impact of China’s economic downturn on Brazil can be seen in the 28% drop in Brazilian exports in the period between January and May. FOREIGN TRADE The global situation of low growth has had a strong negative impact on Brazil’s balance of trade. From January to May of this year, compared with the same period in 2014, Brazilian exports fell by 17.1% and imports by 18.9%. The decline in exports was more pronounced in trade with China (-28%), the United States (-7.6%), Argentina (-16.0%) and the Netherlands (-29.7%). The decline in export values was mainly due to exports of soybeans (-30.4%), iron ore (-49.3%) and oil (-8.2%), among others. The pace of economic growth in China over the past three years has fallen from 10% to 7%. That drop has had strong repercussions in Brazil, mainly affecting our exports, and Vale’s in particular. China is now Brazil’s largest trading partner - between January and May, we exported USD 13.7 billion to that country and imported USD 14.4 billion. The United States is in second place, with USD 9.7 billion in exports and USD 11.8 billion in imports. //
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RICARDO CRAVO ALBIN O GUARDIテグ DA MPB
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RICARDO CRAVO ALBIN, GUARDIAN OF MPB Ricardo Cravo Albin sempre lutou pela divulgação e preservação da memória da Música Popular Brasileira. Através do Instituto Cultural Cravo Albin, fundado em 2001, conta com um precioso acervo e faz um excepcional trabalho cultural e social Ricardo Cravo Albin has fought to disseminate and preserve the memory of Brazilian Popular Music. Through the Cravo Albin Cultural Institute, founded in 2001, he has built up a precious archive and is doing outstanding work in the field of arts & culture and social outreach THELL DE CASTRO
Apesar de ter nascido em Salvador, Ricardo Cravo Albin pode ser considerado um carioca da gema. Considerado um dos maiores pesquisadores da Música Popular Brasileira, já deu inúmeras contribuições à cultura nacional. Ele, por exemplo, fundou e dirigiu o Museu da Imagem e do Som do Rio de Janeiro (MIS) entre 1965 e 1971, foi presidente do Conselho Estadual de Cultura, presidente do Conselho Empresarial de Cultura da ACRJ, vice-presidente da União Brasileira de Escritores (UBE), presidente da Academia Carioca de Letras, entre muitos outros títulos. Historiador de MPB, produtor musical, produtor de rádio e televisão, crítico e comentarista, ainda foi diretor da Embrafilme e presidente do Instituto Nacional de Cinema (INC). É autor de vários livros e já gravou, desde 1973, aproximadamente 2.500 produtores para a Rádio MEC. Ufa! Uma de suas grandes conquistas é o Instituto Cultural Cravo Albin (ICCA), fundado em 2001 com as obras de seu acervo pessoal e que está abrigado em um charmoso imóvel sediado na Urca, aos pés do antigo Cassino da Urca e do Pão de Açúcar, e também doado por ele. Sua maior obra é o Dicionário Cravo Albin de Música Popular Brasileira, disponível em meio digital (www. dicionariompb.com.br), com cerca de 12 mil verbetes e diariamente atualizado. “O principal projeto permanente do Instituto Cultural Cravo Albin é preservar a memória daquilo que entendemos como essência da alma brasileira, que é a música, especialmente a música popular, embora tenhamos muito cuidado também com a música erudita. Desenvolvemos aqui uma série de atividades, incluindo o site do Instituto, o Dicionário e a rádio digital”, explica. Além de inúmeras e raras peças, o Instituto Cultural Cravo Albin conta com uma sala, chamada Era do Rádio, que é um verdadeiro túnel do tempo. Lá estão 200 itens, como equipamentos originais da época de ouro do rádio brasileiro, das rádios Nacional e Mayrink Veiga, discos e fotos. Tudo em perfeito estado, funcionando e deixando um clima mágico no ar – parece que estamos em algum lugar dos anos 1930.
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Although he was born in Salvador, Bahia, Ricardo Cravo Albin can be considered a full-fledged Carioca (native of the city of Rio de Janeiro). Viewed as one of the foremost scholars of Brazilian Popular Music, he has made invaluable contributions to this country’s cultural heritage. For example, he founded and ran the Rio de Janeiro Museum of Image and Sound (MIS) from 1965 to 1971, has chaired the State Cultural Board, and is also a former chairman of the Business Council on Culture (ACRJ), vice-president of the Brazilian Writers’ Union (UBE), and president of the Carioca Academy of Arts, among many other titles. A historian of MPB, music producer, radio producer and television critic and commentator, he has also been a director of Embrafilme and president of the National Film Institute (INC). He is the author of several books and has recorded about 2,500 producers for Radio MEC since 1973. Phew! One of his greatest achievements is the Cravo Albin Cultural Institute (ICCA), founded in 2001 with works from his personal collection and housed in a charming property in the Urca area, which he also donated, right at the foot of the former Urca Casino and Sugar Loaf Mountain. His greatest work is the Dicionário Cravo Albin de Música Popular Brasileira (Cravo Albin Dictionary of Brazilian Popular Music), which is available in digital format (www. dicionariompb.com.br). Updated daily, it contains nearly 12,000 entries. “The main ongoing project at the Cravo Albin Cultural Institute is preserving the memory of what we understand to be the essence of the Brazilian soul, which is music, especially popular music, although we are also very interested in classical music. We are working on a number of activities here, including the Institute’s website, the Dictionary and the digital radio station,” he explains. In addition to its vast collection of rare items, the Cravo Albin Cultural Institute has a room called The Age of Radio, which is a real time warp. It contains 200 items, like original equipment from the golden age of Brazilian radio, the National and Mayrink Veiga radio stations, records and photos. All of them are in perfect condition, fully operational, and create a magical atmosphere – it seems like we are somewhere in the 1930s.
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Raridades não faltam. “Temos muitas, como um chocalho de prata pura com o Carinhoso do Pixinguinha, doado pelo próprio para o Correio da Manhã, que era o maior jornal do Brasil nos anos 1950; temos sapatos da Carmen Miranda, uma sanfona original do Luiz Gonzaga, enfim, muitos objetos e materiais de grandes nomes. Mas a grande preciosidade está no conjunto de 16 mil discos. Não existe outro igual”, enumera.
Rarities abound. “We have lots of them, like a pure silver rattle with Pixinguinha’s song “Carinhoso” (“Affectionate”) that he personally donated to Correio da Manhã, which was the largest newspaper in Brazil in the 1950s; we have shoes that belonged to Carmen Miranda, and an original accordion owned by Luiz Gonzaga, in short, lots of objects and materials from big names. But the greatest treasure is the total of 16,000 discs. There is nothing like it,” he says.
O ICCA também recebe ilustres doações. A escritora Nélida Piñon, por exemplo, cedeu sua coleção de cerca de 100 álbuns de MPB. “Renunciei aos meus discos, preciosos para mim, obedecendo à urgência histórica de incorporá-los à coleção do Instituto Cultural Cravo Albin. Sabia que, à sombra do estudioso, estaria contribuindo para enriquecer o repertório brasileiro e preservar a nossa memória cultural”, explica a imortal da Academia Brasileira de Letras (ABL).
The ICCA also receives distinguished donations. The writer Nelida Piñon, for example, donated her collection of about 100 MPB albums. “I gave up my records, which are precious to me, impelled by the historical urgency of including them in the collection of the Cravo Albin Cultural Institute. I knew that, under the aegis of that scholar, I would be helping enrich the Brazilian repertoire and preserve our cultural heritage,” explains the member of the Brazilian Academy of Letters (ABL).
As empresas podem colaborar com o ICCA e também fazer parte de seus projetos culturais e sociais. “Ao falar para uma revista do porte da EXIMBR, que tem a intenção de ser útil ao comércio exterior, temos uma possibilidade muito forte e definida de atender eventuais pedidos que possam vir de dentro do Brasil ou de fora, inclusive fornecendo projetos através de leis de incentivo, seja federal, estadual ou municipal. Temos o projeto MPB nas Escolas, a produção de livros e DVDs, inclusive em inglês, entre muitos outros”, explica Cravo Albin. //
Businesses can also work with the ICCA and take part in its cultural and social projects. “Speaking to an important magazine like EXIMBR, which is intended to be useful to foreign trade, we have a very strong and definite possibility to fulfill any requests from within or from outside of Brazil, which includes providing proposals for grants through federal, state or municipal cultural incentive laws. We have the MPB in Schools project, and publish books and DVDs, even in English, among many other activities,” explains Cravo Albin. //
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LEGÍTIMA BEBIDA NACIONAL THE LEGITIMATE NATIONAL DRINK A cachaça é o terceiro destilado mais consumido no mundo, sendo produzido em várias destilarias espalhadas pelo Brasil. São quase 2.000 produtores registrados e nada menos que 4.000 marcas Cachaça is the third most consumed distilled spirit in the world, produced in various distilleries throughout Brazil. There are almost 2,000 registered producers and no less than 4,000 brands ELLEN VISITÁRIO
Com quase 500 anos de história, a cachaça é a denominação típica e exclusiva da aguardente de cana produzida no Brasil, tendo como matéria-prima exclusiva o mosto fermentado do caldo da cana-deaçúcar, com teor alcoólico de 38% a 48%. Atualmente, é o terceiro destilado mais consumido no mundo, sendo produzido em várias destilarias espalhadas pelo Brasil.
With almost 500 years of history, cachaça is the typical and exclusive name for the sugarcane spirit produced in Brazil, with the fermented must of sugarcane juice as its only raw material and an alcohol content of between 38% and 48%. It is currently the most consumed distilled spirit in the world, being produced in various distilleries found throughout Brazil.
São quase 2.000 produtores registrados e nada menos que 4.000 marcas distribuídas pelo País. A cachaça é a principal bebida que representa o Brasil pelo mundo afora.
There are almost 2,000 registered producers and no less than 4,000 brands in the entire country. Cachaça is the main drink that represents Brazil around the world.
O primeiro país a reconhecer a cachaça como uma bebida legitimamente brasileira foi a Colômbia, em 2012; em seguida, foi a vez dos Estados Unidos, após anos de negociações.
The first country to recognize cachaça as a legitimately Brazilian drink was Colombia in 2012; this was followed by the United States, after years of negotiations.
Em recente visita ao México, a presidente Dilma Rousseff expressou, durante coletiva de imprensa, a importância e o reconhecimento das bebidas nacionais dos dois países – a cachaça e a tequila. Fazendo um severo regime, ela até brincou: “Como eu poderia, sendo originária do nosso País, defender que não se pode tomar uma caipirinha? Faz parte da saúde também, a alegria”. Dilma assinou, junto com o presidente do México, Enrique Peña Nieto, uma declaração para o reconhecimento da cachaça e da tequila como produtos distintos
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In a recent visit to Mexico, President Dilma Rousseff expressed the importance and recognition of the two countries’ national drinks – cachaça and tequila, during a press conference. On a strict diet, she even joked: “Originating from our country, how could I defend not having a caipirinha? It’s also part of our health and happiness.” Along with the president of Mexico, Enrique Peña Nieto, Dilma signed a declaration recognizing cachaça and tequila as distinctive products from Brazil and Mexico. This means that imports and sales should comply with
- ESTILO DE VIDA - LIFESTYLE do Brasil e do México. Isso significa que a importação e comercialização deverá obedecer às regras estabelecidas pelos dois países para suas respectivas bebidas. Mesmo com os acordos em andamento durante anos entre os dois países, somente em junho de 2014 que, graças a reestruturação de um convênio, o IBRAC (Instituto Brasileiro da Cachaça) e o CRT (Conselho Regulador de Tequila), selaram essa harmonia recebendo a plena dedicação do Governo. Conforme declarou o presidente do conselho deliberativo do IBRAC, Cristiano Lamêgo, a assinatura da declaração de reconhecimento é um momento histórico para a cachaça e é o resultado dos esforços conjuntos entre o governo brasileiro e o setor privado, já que a intenção dessa parceria é focar na melhoria do desenvolvimento sob os mercados internacionais. Já a renovação do contrato com a Apex-Brasil foi estendida por mais dois anos. O novo convênio prevê investimentos de R$ 1,3 milhão e conta hoje com a participação de 38 empresas, entre micro, pequenas, médias e grandes. Ao longo dos dois anos, esse recurso será utilizado em ações de promoção da cachaça no mercado internacional, especialmente em países prioritários do projeto: Alemanha, Estados Unidos e Reino Unido. Ricardo da Cunha Cavalcanti Júnior, coordenador de inspeção vegetal do Ministério da Agricultura, informa que o Brasil produz, por ano, 1,3 bilhão de litros de cachaça. Desse total, menos de 2% são exportados a determinados países, como, por exemplo, Alemanha, França, Portugal, Japão e EUA. Ele também ressalta que o país de origem não quer estimular o uso de bebida alcoólica, mas, sim, ocupar um nicho de mercado para um produto eminentemente nacional. Depois de São Paulo, a segunda maior cidade que exporta a cachaça, com US$ 2,5 milhões anuais, é o Rio de Janeiro, com estimativa de 65 empresas que produzem a bebida. Segundo a presidente da Associação dos Produtores de Cachaça do Rio de Janeiro, Kátia Alves Espírito Santo, todos têm um protagonismo no mercado internacional da cachaça, com premiações e resultados expressivos no mercado externo. Ela também destaca que a receita com exportações de cachaça do Brasil somou, nos últimos tempos, US$ 16,59 milhões, com um total de 15% destinado à cachaça fluminense. Kátia conclui que o ponto alto dessa receita é a elevada qualidade e o maior valor agregado. Origem da cachaça Essa bebida exclusiva do Brasil tem sua a história ligada à do próprio País e pode ser considerado o primeiro destilado
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the regulations established by the two countries for their respective drinks. With the process for the agreements ongoing between the two countries for several years, it was only in June 2014 that, thanks to the restructuring of an agreement, that the Brazilian Institute of Cachaça (IBRAC) and Tequila Regulatory Council (CRT) sealed this accord, receiving unlimited dedication from the Government. As announced by the president of the IBRAC deliberative council, Cristiano Lamêgo, signing this declaration of recognition is a historic moment for cachaça and is the result of joint efforts between the Brazilian government and the private sector, as the purpose of this partnership is focusing on improving the development of international markets. Renewal of the contract with Apex-Brazil (the Brazilian Export and Investment Agency) was extended for a further two years. The new agreement envisages investments of BRL 1.3 million and currently includes 38 small, medium and large-scale companies. Over those two years, these funds will be used for activities that promote cachaça in the international market, especially in the project’s priority countries: Germany, the United States and the United Kingdom. Ricardo da Cunha Cavalcanti Júnior, the plant inspection coordinator at the Ministry of Agriculture, observes that Brazil produces 1.3 billion liters of cachaça per year. Of this total, less than 2% is exported to specific countries, such as Germany, France, Portugal, Japan and the United States. He also stresses that the country of origin does not want to encourage the use of alcoholic beverages, but, instead, to occupy a market niche for an eminently national product. After São Paulo, the second-largest city which exports cachaça, with USD 2.5 million per year, is Rio de Janeiro, where an estimated 65 companies produce the spirit. According to the president of the Rio de Janeiro Association of Cachaça Producers, Kátia Alves Espírito Santo, they all play a leading role in the international cachaça market, gaining awards and significant results in the overseas market. She also highlights that the revenue from cachaça exports from Brazil added up to USD 16.59 million recently, with a total of 15% allocated to cachaça from the state of Rio de Janeiro. Kátia concludes that the high point of this income is the top quality and higher added value. Origins of cachaça This exclusive beverage from Brazil has its history connected to that of the country and can be considered the first distilled spirit from the Americas, having been produced intentionally for the first time in a sugar mill on the Brazilian coast,
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das Américas, tendo sido produzida, pela primeira vez, de forma intencional, em algum engenho de açúcar do litoral brasileiro, entre os anos de 1516 e 1532, antes mesmo do aparecimento do Pisco, da Tequila e do Rum. Em 1630, os portugueses repararam que o desenvolvimento do produto crescia de vento em popa. Embora o rei de Portugal tenha proibido a distribuição da cachaça em 1635, os portugueses, ainda sim, burlavam as ordens do superior e, na clandestinidade, usavam a bebida como “moeda de troca” nas colônias da África. Mas foi graças à Revolta da Cachaça, com produtores fluminenses liderando o movimento e tomando as providências governamentais, que, finalmente, a comercialização da cachaça foi liberada no dia 13 de setembro de 1661.
between 1516 and 1532, even before the appearance of pisco, tequila and rum. In 1630, the Portuguese noted that consumption of the product was growing rapidly. Although the king of Portugal had banned the distribution of cachaça in 1635, the Portuguese bypassed orders from above and used the drink illegally as a “currency for barter” in their African colonies. But it was thanks to the Cachaça Revolt, with producers from Rio de Janeiro leading the movement and taking government measures, which finally allowed the sale of cachaça on September 13, 1661. The date was marked and gave rise to National Cachaça Day, an IBRAC initiative during Expocachaça 2009 in Belo Horizonte, Minas Gerais, later becoming a bill proposed by Congressman Valdir Colatto. //
A data ficou marcada e deu origem ao Dia Nacional da Cachaça, iniciativa do IBRAC durante a Expocachaça 2009, em Belo Horizonte (MG), posteriormente tornando-se um projeto de lei por iniciativa do deputado federal Valdir Colatto. //
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Fonte: AEB (Associação de Comércio Exterior do Brasil) Reference: AEB (Brazilian Foreign Trade Association)
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- CÂMARAS AFILIADAS - AFFILIATED CHAMBERS -
CÂMERAS AFILIADAS À FCCE —
FCCE AFFILIATED CHAMBERS Câmara de Comércio e Indústria do Estado do Rio de Janeiro Ilmo. Sr. Presidente Vicente Guilhermelli Rua da Assembléia, 77, 3 e 8 andares, Centro Rio de Janeiro - RJ Cep: 20011-001 Fone: 55 (21) 2242-3131 Fax: 55 (21) 2242-5535 E-mails: secretaria@caerj.org.br comercioexterior@caerj.org.br falecom@caerj.org.br Site: www.caerj.org.br ÁFRICA Câmara de Comércio Afro-Brasileira Ilmo. Sr. Presidente Rui Mucaje Rua XV de Novembro, 200, 11 andar, Conj. C São Paulo - SP Cep: 01013-000 Fone: 55 (11) 3101-8162 / 3104-3449 Fax: 55 (11) 3106-6156 E-mails: afrochamber@uol.com.br afrochamber@afrochamber.org Site: www.afrochamber.org
Câmara de Comércio, Indústria e Agropecuária Brasil-Moçambique Ilmo. Sr. Presidente Honorário Murade Isaac Murargy Gerente Geral: Srta. Liz de Abreu Lacerda Avenida Alameda da Serra, 119, sl 1202, Vila da Serra Belo Horizonte - MG Cep: 34.000-000 Fone: 55 (31) 3243-3012 E-mail: contato@cciabm.com Site: www.cciabm.co Câmara de Comércio, Indústria, Agricultura e Turismo Brasil Marrocos Ilmo Sr. Presidente José Francisco Gouvea Vieira Fone: 55 (21) 3594-8639 E-mail: contact@camarabrasilmarrocos.org Site: http://camarabrasilmarrocos.org AMÉRICAS Estados Unidos
Câmara de Comércio do Brasil e República Democrática do Congo Ilmo. Sr. Presidente Patrick Kitelo Fone: 55 (21) 4107-6588 E-mail: contato@brasilrdc.com.br Site: www.brasilrdc.com.br
Câmara de Comércio Americana Ilmo. Sr. Presidente Rafael Sampaio da Motta Diretor Executivo: Rafael Lourenço Praça Pio X, 15, 5 andar, Centro Rio de Janeiro - RJ Cep: 20040-020 Fone: 55 (21) 3213-9207 / 3213-9200 Fax: 55 (21) 3213-9201 E-mail: amchamrio@amchamrio.com Site: www.amchamrio.com
Câmara Empresarial de Comércio da Indústria e Agricultura do Congo Ilmo. Sr. Presidente Vilton Juarez Garça Lima Estrada do Galeão, 1035 / 217, Jd. Guanabara Rio de Janeiro - RJ Cep: 21931-383 Fone: 55 (21) 3367-4494 E-mail: contato@ccbrasilcongo.org.br Site: www.ccbrasilcongo.org.br
Brazilian-American Chamber of Commerce of the Southeast, Inc. Ilma. Sra. Presidente Lucia M. Jennings Diretora Executiva: Fabiana Di Pietro Xavier P.O. Box: 93411 Atlanta, GA, 30377 Fone: (404) 790-8932 / 880-1551 E-mail: president@bacc-ga.com Site: www.bacc-se.org
Consulado da República de Moçambique no Rio de Janeiro Ilmo. Sr. Presidente Augusto Tasso Fragoso Pires Rua da Assembleia, 98, 16 andar, Centro Rio de Janeiro - RJ Cep: 20011-000 Fone: 55 (21) 2122-3860 E-mail: mccuel@pamar.com.br
Câmara Texana de Comércio no Brasil Ilmo. Sr. Presidente Max Paul Praia de Botafogo, 300, 5 andar, ala A, Botafogo Rio de Janeiro - RJ Cep: 22250-040 Fone: 55 (21) 2158-1118 E-mails: contato@betchamber.org max@betchamber.org Site: www.betchamber.org
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Argentina Câmara Brasil-Argentina de Comércio, Indústria e Turismo do Rio de Janeiro Ilmo. Sr. Presidente Pedro Alberto Moreira Leite Diretor Executivo: Luiz M. Quintella Ed. Argentina, Praia de Botafogo, 228, sl 303, Botafogo Rio de Janeiro - RJ Cep: 22350-145 Fone: 55 (21) 3497-5990 Fax: 55 (21) 3497-5591 E-mails: presidente@camrio.org peter@gtcaconsult.com silvana@gtcaconsult.com Site: www.camrio.org Aruba Câmara de Comércio e Turismo Brasil-Aruba Ilmo. Sr. Presidente Oswaldo Trigueiros Júnior Av. General Justo, 307, sl 600, Centro Rio de Janeiro - RJ Cep: 20021-130 Fone: 55 (21) 3804-9289 Fax: 55 (21) 2524-1624 E-mail: oswaldo.trigueiros@hotmail.com Bolívia Câmara de Comércio Brasil-Bolívia Ilmo. Sr. Presidente Jorge Vaca Pereira Velasco Av. Nossa Senhora de Copacabana, 583, sl 602, Copacabana Rio de Janeiro - RJ Cep: 22050-001 Fone: 55 (21) 2255-1134 Fax: 55 (21) 2255-1287 E-mail: jorge.sandel@gmail.com Site: http://www.acrj.org.br/camaras/camara-decomercio-brasil-boliviaChile Câmara de Comércio Brasil-Chile Ilmo. Sr. Presidente Carlos Morales Rua da Candelária, 9, 11 andar, Centro Rio de Janeiro - RJ Fone: 55 (21) 2259-8414 Fax: 55 (21) 2514-1246 E-mail: camaras@acrj.org.br Site: www.bras-chile.com.br
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Colômbia
Peru
Hong Kong
Câmara de Comércio Brasil-Colômbia Ilmo. Sr. Presidente Carlos Alberto de Andrade Pinto Rua da Candelária, 9, 11 andar, Centro Rio de Janeiro - RJ Cep: 20091-020 Fone: 55 (21) 2547-1276 / 75 Fax: 55 (21) 2549-4032 E-mails: camaras@acrj.org.br caapinto@hotmail.com Site: http://www.acrj.org.br/camaras/camara-decomercio-brasil-colombia
Câmara de Comércio Brasil-Peru Ilmo. Sr. Presidente Cesar Augusto Maia Rua da Candelária, 9, sl 803, Centro Rio de Janeiro - RJ Cep: 20091-020 Fones: 55 (21) 2263-2585 / 2253-2261 / 2263-6004 E-mail: cesar.maia@polotech.org.br Site: www.acrj.org.br/camaras/camara-de-comerciobrasil-peru
Invest Hong Kong Consultora Executiva: Marina Barros Rua Cel. Xavier de Toledo, 316, 1 andar, cj 10A São Paulo – SP Cep: 01048-000 Fone: 55 (11) 3159-0765 Fax: 55 (11) 3159-0778 Site: www.investhk.gov.hk
Equador
Câmara Oficial de Comércio Brasil-República Dominicana Ilmo. Sr. Presidente José Manoel Dias Avelino Rua Figueiredo Magalhães, 286, sl 314, Copacabana Rio de Janeiro - RJ Cep: 22031-010 Fone: 55 (21) 2332-8392 E-mails: jmanuel@desenvolvimento.rj.gov.br lucialima@desenvolvimento.rj.gov.br
Câmara de Comércio Brasil-Equador Ilmo. Sr. Presidente Rubens Botteri Rua da Candelária, 9, 11 andar, Centro Rio de Janeiro - RJ Cep: 20010-120 Fone: 55 (21) 3559-990 E-mail: botteri@botteri.com.br Site: http://www.acrj.org.br/camaras/camara-decomercio-brasil-equador Honduras
Indonésia República Dominicana
Venezuela
Câmara de Comércio, Indústria e Turismo Brasil-Honduras Ilmo. Sr. Presidente Luiz Oswaldo Aranha Rua da Alfândega, 81-A, sl 502, Centro Rio de Janeiro - RJ Cep: 20070-001 Fone: 55 (21) 2242-8063 / 2242-8451 E-mail: loa@veloxmail.com.br
Câmara de Comércio Brasil-Venezuela Ilmo. Sr. Presidente Darc Antonio Costa Largo do Machado, 54, sl 606, Catete Rio de Janeiro - RJ Cep: 22221-020 Fone: 55 (21) 3235-6802 Fax: 55 (21) 2265-8643 E-mails: secretaria@camarabv.org darc@federasur.org.br / secretaria@federasur.org.br Site: www.camarabv.org
Panamá
ÁSIA
Câmara de Comércio Brasil-Panamá Ilma. Sra. Presidente Maria Cristina Novaes Rodrigues Sede social: Rua Teixeira da Silva, 560, Paraíso São Paulo - SP Cep: 04002-032 Sede administrativa: Av. Queiroz Filho, 1700, sl 908, torre E, Vila Hamburguesa São Paulo - SP Fone: 55 (11) 3527-5026 E-mail: cristinanovaes@camarabrasilpanama.com.br Site: www.camarabrasilpanama.com.br
China
Paraguai Câmara de Comércio Brasil-Paraguai Ilmo. Sr. Presidente Luiz Fernando Marchese Rua da Candelária, 9, 11 andar, Centro Rio de Janeiro - RJ Cep: 20091-020 Fone: 55 (21) 2514-1276 E-mails: camara.brasilparaguai@gmail.com lfmarchese2@gmail.com Site: www.federasur.org.br
Câmara de Comércio e Indústria Brasil-China Ilmo. Sr. Presidente Charles Andrew T’ang Rua Senador Dantas, 71, 12 andar, Centro Rio de Janeiro - RJ Cep: 20031-202 Fone: 55 (21) 2532-5877 Fax: 55 (21) 2240-8648 E-mails: catang1@gmail.com / uta@ccibc.com Site: www.camarabrasilchina.com.br Câmara Chinesa de Comércio do Brasil Ilmo. Sr. Presidente Daniel Manucci Diretor: Fernando Mourad Rua Felipe dos Santos, 521, 8 andar, Lourdes Belo Horizonte - MG Cep: 30180-160 Fone: (31) 2552-7414 E-mail: camarachinesa@camarachinesa.com Site: www.camarachinesa.com.br Arábia Saudita Câmara de Investimento, Comércio e Indústria Brasil-Arábia Saudita Ilmo. Sr. Salman Mohammed Abdullatif Alnaaim SIA QD 5C AE 19 sl 204 Fone: 55 (61) 3026-2264 E-mail: info@cicibas.org Site: www.cicibas.org E X IM B R
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Câmara de Comércio, Indústria e Turismo Brasil-Indonésia Ilmo. Sr. Presidente Ricardo Stern Av. Ataulfo de Paiva, 1240/203, Leblon Rio de Janeiro - RJ Cep: 22440-035 Fone: 55 (21) 2259-8756 E-mails: consulado.indonesia@indonesia.org.br charlaine@viasete.com.br Câmara de Comércio e Indústria Islâmica Brasileira Ilmo. Sr. Presidente Nawfal Alssabak Vice-Presidente: Jalal Jamel Dawwod Chaya Alameda Santos, 771, cj 31, 3 andar, Cerqueira César São Paulo - SP Cep: 01419-001 Fones: 55 (11) 3253-2620 / 3253-2075 Fax: 55 (11) 3253-9812 E-mail: brasiliraq@brasiliraq.com.br Site: www.brasiliraq.com.br Índia Câmara de Comércio, Indústria e Agropecuária Índia-Brasil Ilmo. Sr. Presidente Elson de Barros Gomes Coordenadora Geral: Nathália Gomide Rua Paraíba, 523, Funcionários Belo Horizonte – MG Cep: 30130-140 Fones: 55 (31) 3264-5444 / 3055-3836 E-mails: inteligencia@indiabrazilchamber.org india@indiabrazilchamber.org Site: www.indiabrazilchamber.org Câmara de Comércio, Indústria e Turismo Brasil-Índia no Rio de Janeiro Ilmo. Sr. Carlos Henrique de Souza Jund Rua Alcindo Guanabara, 25, 11 andar, Centro Rio de Janeiro - RJ Fone: 55 (21) 2262-7033 Site: www.brazilindia.com.br Iraque Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Iraque Ilmo. Sr. Presidente Nawfal Alssabak Vice-Presidente: Jalal Jamel Dawwod Chaya Alameda Santos, 771, cj 31, 3 andar, Cerqueira César São Paulo - SP Cep: 01419-001 Fones: 55 (11) 3253-2620 / 3253-2075 Fax: 55 (11) 3253-9812 E-mail: brasiliraq@brasiliraq.com.br Site: www.brasiliraq.com.br
- CÂMARAS AFILIADAS - AFFILIATED CHAMBERS -
Israel
Sri Lanka
Câmara Brasil-Israel de Comércio e Indústria Ilmo. Sr. Presidente Jayme Blay Av. Brigadeiro Faria Lima, 1713, cj 61 São Paulo - SP Cep: 01452-001 Fone: 55 (11) 3060-9333 Fax: 55 (11) 3063-4424 E-mails: cambici@cambici.org.br trade@cambici.org.br Site: www.cambici.org.br
Consulado-Geral Honorário da República Democrática Socialista do Sri Lanka no Rio de Janeiro Ilmo. Sr. Sohaku R. C. Bastos Av. N. S. de Copacabana, 817, 12 andar, Copacabana Rio de Janeiro - RJ Cep: 22050-002 Fone: 55 (21) 2205-8116 Fax: 55 (21) 2240-5381 E-mail: sohaku@consulanka.org.br Site: www.consulanka.org.br
Japão
Taipei
Câmara de Comércio e Indústria Japonesa do Rio de Janeiro Ilmo. Sr. Presidente Naoki Kobayashi Rua Senador Dantas 80, sl 1401, Centro Rio de Janeiro - RJ Cep: 20031-201 Fone: 55 (21) 2524-7361 Fax: 55 (21) 2524-7366 E-mail: secretaria@ccijr.org.br Site: www.ccijr.org.br
Escritório Econômico e Cultural de Taipei no Brasil Ilmo. Sr. Ricardo Hsu SHIS QI 9, cj 16, casa 23, Lago Sul Brasília - DF Cep: 71625-160 Fones: 55 (61) 3364-0231 / 3364-4125 Fax: 55 (61) 3364-0239 E-mail: divisaoeconomica@uol.com.br Site: www.taiwanembassy.org/BR/mp.asp?mp=347
Líbano
Turquia
Câmara de Comércio, Indústria e Agricultura Líbano-Brasileira do Estado do Rio de Janeiro Ilmo. Sr. Presidente Paulo Cezar Assed Av. Franklin Roosevelt, 39, sls 702/706 Rio de Janeiro – RJ Cep: 20021-120 Fone: 55 (21) 2210-1419 Fax: 55 (21) 2210-1420 E-mails: presidencia@cclbrj.com arquivisual@uol.com.br Site: www.cclbrj.com
Câmara de Comércio e Indústria Turco Brasileira Ilmo. Sr. Presidente Güray Sírkecioglu Av. Brigadeiro Luis Antonio, 2729, cj 709, Jardim Paulista São Paulo - SP Cep: 01401-000 Fone: 55 (11) 4305-1453 Cel: 55 (11) 97955-2586 E-mail: ismet@ccitb.org.br Site: www.ccitb.org.br
Câmara de Comércio Brasil-Líbano – CCBL Ilmo. Sr. Presidente Alfredo Cotait Neto Av. Paulista, 688, 16 andar, São Paulo – SP Cep: 01310-909 Fone: 55 (11) 3262-1610 Fax: 55 (11) 3262-4548 E-mail: info@ccbl.com.br Site: www.ccbl.com.br
Câmara de Comércio, Turismo e Cultura Brasil Turquia Presidente: Beatriz Fonseca Av. das Américas, 8445, sl 1017, Barra da Tijuca Rio de Janeiro – RJ Cep: 22793-081 E-mail: contato@camarabrasilturquia.org Site: www.camarabrasilturquia.org
Federação das Entidades Líbano-Brasileira do Estado do Rio de Janeiro Ilmo. Sr. Presidente Nelson Mufarrej Filho Rua Sete de Setembro, 55, grupo 2603, Centro Rio de Janeiro - RJ Cep: 20050-004 Fone: 55 (21) 2509-8211 E-mail: mufarrej@mls.com.br
EUROPA
Câmara de Comércio Líbano-Brasileira de Minas Gerais Ilmo. Sr. Presidente Charles Lofti Rua Tomás Gonzaga, 802, 9 andar, Lourdes Belo Horizonte - MG Cep: 30180-140 Fone: 55 (31) 3071-3900 Fax: 55 (31) 3071-3922 E-mails: cclbmg@yahoo.com.br cclbmg@cclbmg.com.br Site: www.cclbmg.com.br
Alemanha Câmara de Comércio e Indústria BrasilAlemanha Ilmo. Sr. Presidente Sergio Boanada Diretor Executivo: Hanno Erwes Av. Graça Aranha, 1, 6 andar, Castelo Rio de Janeiro - RJ - Cep: 20030-002 Fone: 55 (21) 2224-2123 Fax: 55 (21) 2252-7758 E-mail: info@ahk.com.br www.ahkbusiness.com.br
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Câmara de Comércio e Indústria BrasilAlemanha Ilmo. Sr. Presidente Everson Oppermann Rua Castro Alves, 600 Porto Alegre, RS - Cep: 90430-130 Fone: 55 (51) 3222-5766 Fax: 55 (51) 3222-5556 E-mails: ahkpoa@ahkpoa.com.br associativo@ahkpoa.com.br Site: www.ahkpoa.com.br Belarus Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Belarus Ilmo. Sr. Presidente Aluísio de Souza Sobreira Av. General Justo, 307, sl 600, Castelo Rio de Janeiro - RJ - Cep: 20021-130 Fone: 55 (21) 3804-9289 Fax: 55 (21) 2524-1624 E-mail: diretoria@brasil-belarus.org.br Sites: www.belarus.com.br www.brasil-belarus.org.br Bélgica / Luxemburgo Câmara de Comércio e Indústria BelgoLuxemburguesa-Brasileira no Brasil Ilmo Sr. Presidente Daniel Kedzierski Av. Paulista 2.073, Conjunto Nacional, Horsa I, Sls 1113/1114 São Paulo - SP Cep: 01311-300 Fone: 55 (11) 3284-9557 Fax: 55 (11) 3283-3601 E-mail: belgalux@belgalux.com.br Site: www.belgalux.com.br Facebook: facebook.com/belgalux Representante no Rio de Janeiro: Veronique Collage Av. Gilberto Amado,246 Fone: (21) 3561-6970 / (21) 99621-0010 Dinamarca Câmara de Comércio Dinamarquês-Brasileira Ilmo. Sr. Presidente Jan Lomholdt Rua Professor Álvaro Rodrigues, 352, 13 andar, Botafogo Rio de Janeiro - RJ Cep: 22280-040 Fone: 55 (21) 99249-5249 Site: www.danchamb.com.br Reino Unido Câmara Britânica de Comércio no Brasil Ilmo. Sr. Presidente Fabio Caldas Av. Graça Aranha, 1, 6 andar, Centro Rio de Janeiro - RJ Cep: 20030-002 Fones: 55 (21) 2240-1058 / 2262-5926 Fax: 55 (21) 2240-1058 E-mails: akanhan@britcham.com.br rj@britcham.com.br riodejaneiro@britcham.com.br Site: www.britcham.com.br
- CÂMARAS AFILIADAS - AFFILIATED CHAMBERS -
Eslováquia
Holanda
Portugal
Câmara de Comércio e Indústria BrasilEslováquia Ilmo. Sr. Presidente Joaquim Ferreira Mangia Av. Rio Branco, 123, sl 1701, Centro Rio de Janeiro - RJ Cep: 20040-005 Fone: 55 (21) 2532-7404 Fax: 55 (21) 2532-7412 E-mail: aviabras@aviabras.com.br
Câmara de comércio Holando-Brasileira Ilmo. Sr. Presidente Ronald Eikelenboom Diretor Executivo: Hans Mulder Rua Marquês de Itu, 503, cj 62, Vila Buarque São Paulo - SP Cep: 01223-001 Fone: 55 (11) 3221-5899 Fax: 55 (11) 3221-9242 E-mail: info@dutcham.com.br Site: www.dutcham.com.br
Federação das Câmaras Portuguesas de Comércio no Brasil Ilmo. Sr. Presidente: Fernando Meira Ribeiro Dias Avenida do Contorno, 4520, 7 andar, Funcionários Belo Horizonte - MG Fone: 55 (31) 3213 1557 E-mail: secretaria@camarabrasilportugal.com.br Site: www.brasilportugal.org.br
Espanha Escritório Comercial da Espanha Sr. Cônsul Ángel Funes Rivas Conselheira Econômica: Ana Raquel Garcia Rubio Praça Gen. Gentil Falcão, 108, cj 82 São Paulo - SP Cep: 04571-150 Fone: 55 (11) 5105-4378 Fax: 55 (11) 5105-4382 E-mail: saopaulo@comercio.mityc.es Sites: www.icex.es / www.spainbusiness.com.br França Câmara de Comércio França-Brasil Ilmo. Sr. Presidente Benoit d’Iribane Alameda Itu, 852, 19 andar, Jardim Paulista São Paulo - SP Cep: 01421-001 Fone: 55 (11) 3088-2290 Fax: 55 (11) 3061-1553 E-mail: secretaria-sp@ccfb.com.br Sites: www.ccfb.com.br http://saopaulo.ccfb.com.br Câmara de Comércio França-Brasil Ilma. Sra. Presidente Claudine Bichara de Oliveira Av. Presidente Antonio Carlos, 58, 10 andar, Centro Rio de Janeiro - RJ Cep: 20020-010 Fone: 55 (21) 2220-1015 Fax: 55 (21) 2533-3925 E-mails: diretoriarj@ccfb.com.br secretariarj@ccfb.com.br Sites: www.ccfb.com.br http://rio.ccfb.com.br
Câmara de Comércio Brasil-Holanda Ilmo. Sr. Maarten de Haan Rua da Candelária, 9, sl 1101, Centro Rio de Janeiro - RJ Cep: 20091-904 Fone: 55 (21) 99154-5071 E-mail: info@hbcc.com.br Site: www.hbcc.com.br Hungria Câmara de Comércio e Indústria BrasilHungria Ilmo. Sr. Presidente Joaquim Ferreira Mangia Av. Rio Branco, 123, sl 1701, Centro Rio de Janeiro - RJ Cep: 20040-005 Fone: 55 (21) 2532-7404 Fax: 55 (21) 2532-7412 E-mail: aviabras@aviabras.com.br Itália Câmara Ítalo-Brasileira de Comércio e Indústria Ilmo. Sr. Presidente Pietro Petraglia Secretário Geral: Giorgio Luigi Rossi Av. Graça Aranha, 1, 6 andar, Centro Rio de Janeiro - RJ Cep: 20030-002 Fone: 55 (21) 2262-9141 Fax: 55 (21) 2262-2998 E-mail: info@camaraitaliana.com.br Sites: www.portalitalia.com.br www.camaraitaliana.com.br Noruega
Grécia Câmara de Comércio Brasil-Grécia Ilmo Sr. Presidente Fabiano Niederauer Av. General Guedes da Fontoura, 674, Barra da Tijuca Rio de Janeiro - RJ Cep: 22621-242 Fone: 55 (21) 2246-9055 E-mails: fabiano@ccbg.com.br contato@ccbg.com.br Site: www.ccbg.com.br
Câmara de Comércio Noruega-Brasil Ilmo. Sr. Presidente Halvard Idland Gerente Executiva: Glorisabel Garrido Thompson Flôres Rua Lauro Müller 116, sl 2401, Botafogo Rio de Janeiro - RJ Cep: 22290-160 Fone: 55 (21) 3544-0047 Fax: 55 (21) 3544-0044 E-mail: info@nbcc.com.br Site: www.nbcc.com.br
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Câmara Portuguesa de Comércio no Brasil–Bahia Ilmo. Sr. Presidente: Antônio Coradinho Rua Fonte do Boi, 216, loja F. Hotel Pestana, Rio Vermelho Salvador - BA Cep: 41940-360 Fone: 55 (71) 2103-8073 E-mail: diretoriaba@brasilportugal.org.br Câmara Brasil-Portugal – Ceará Ilmo. Sr. Presidente: Jorge Duarte Chaskelmann Av. Barão de Studart, 1980, 2 andar, Ed. Casa da Indústria (FIEC), Aldeota Fortaleza - CE Cep: 60120-901 Fone: 55 (85) 3261-7423 E-mail: jorge.chaskelmann@aquiraz.com Câmara Brasil-Portugal – Distrito Federal (Comércio / Indústria / Turismo) Ilmo. Sr. Presidente: Fernando Pedro de Brites SCLS 302, bloco B, lj 22 Brasília - DF Cep: 70338-520 Fone: 55 (61) 3225-6630 E-mails: diretoria@futuramoveis.com.br futura@futuramoveis.com.br Câmara Portuguesa de Comércio no Brasil – Minas Gerais Ilmo. Sr. Presidente: Fernando M. Ribeiro Dias Av. do Contorno, 4520, 7 andar, Funcionários Belo Horizonte - MG Cep: 30110-916 Fone: 55 (31) 3213-1557 E-mail: presidente@camarabrasilportugal.com.br secretaria@camarabrasilportugal.com.br Câmara Portuguesa de Comércio no Brasil – Pará Ilmo. Sr. Presidente: Reginaldo Ferreira Trav. Quintino Bocaiúva, 1588, Ed. FIEPA, bloco A, 2 andar Belém - PA Cep: 66035-190 Fone: 55 (91) 3250-1085 E-mails: camaraportuguesa-pa@acp.com.br reginaldoferreira@veloxmail.com.br Câmara Brasil-Portugal – Paraíba (Comércio / Indústria / Turismo) Ilmo. Sr. Presidente: Antônio Manoel Soares de Almeida Av. João Machado, 310, sl 102, Ed. Empresarial Monte Carlo, Jaguaribe João Pessoa - PB Cep: 58013-520 E-mails: almeida-almeida@bol.com.br camarabrptdoestadodaparaiba@gmail.com
- CÂMARAS AFILIADAS - AFFILIATED CHAMBERS -
Câmara de Comércio Brasil-Portugal – Paraná Ilmo. Sr. Presidente: Antônio Francisco Corrêa Athayde Presidente Honorário: José Martins Brandão Coelho Rua Dr. Faivre, 123, Centro Curitiba - PR Cep: 80060-140 Fone: 55 (41) 3027-3303 E-mails: camarabrptparana@gmail.com sec.cpcpr@gmail.com Câmara Brasil-Portugal – Pernambuco (Comércio / Indústria / Turismo) Ilmo. Sr. Presidente: Armênio Ferreira Diogo Rua da Aurora, 1225, 1 andar, Santo Amaro Recife - PE Cep: 50040-090 Fones: 55 (81) 3221-8571/ 3223-8802 E-mail: faleconosco.pe@brasilportugal.org.br Câmara Portuguesa de Comércio e Indústria do Rio de Janeiro Ilmo. Sr. Presidente: Ricardo Coelho Av. Graça Aranha, 1, 6 andar, Centro Rio de Janeiro - RJ Cep: 20030-002 Fone: 55 (21) 2533-4189 E-mail: atendimento@camaraportuguesa-rj.com.br Câmara Brasil-Portugal – Rio Grande do Norte (Comércio / Indústria / Turismo) Ilmo. Sr. Presidente: Sílvio de Araújo Bezerra Rua Raimundo Chaves, 2182, sl 101, Empresarial Candelária, Candelária Natal – RN Cep: 59064-390 Fone: 55 (84) 3206-5362 E-mail: silvio@ecocil.com.br
República Tcheca
Suécia
Câmara de Comércio e Indústria Brasil – República Tcheca Ilmo. Sr. Presidente Joaquim Ferreira Mangia Av. Rio Branco, 123, sl 1701, Centro Rio de Janeiro - RJ Cep: 20040-005 Fone: 55 (21) 2532-7404 Fax: 55 (21) 2532-7412 E-mail: aviabras@aviabras.com.br
Câmara de Comércio Sueco-Brasileira Ilmo. Sr. Presidente Nils Erik Gunnarsson Grafström Diretor Executivo: Jonas Lindström Rua Oscar Freire, 379, 12 andar, cj 121, Cerqueira César São Paulo – SP Cep: 01426-001 Fone: 55 (11) 3066-2550 Fax: 55 (11) 3066-2598 E-mail: brazil@swedcham.com.br Site: www.swedcham.com.br
Romênia Ucrânia Câmara de Comércio Brasil-Romênia Ilmo. Sr. Presidente Roberto Burgos Gonçalves Rua Zamenhof 62, sl 402, Estácio Rio de Janeiro - RJ Cep: 20250-070 Fone: 55 (21) 3150-5550 E-mail: burgos@ccbrpa.com Site: www.acrj.org.br/camaras/camara-de-comerciobrasil-romenia Rússia OCEANIA Câmara de Comércio, Indústria e Turismo Brasil-Rússia Ilmo. Sr. Presidente Gilberto Ferreira Ramos Rua Álvaro Alvim, 24/704, Centro Rio de Janeiro - RJ Cep: 20031-010 Fone: 55 (21) 3255-5090 Fax: 55 (21) 3255-5090 E-mail: camara@Brasil-russia.org.br Site: www.brasil-russia.org.br San Marino
Câmara Brasil-Portugal – Rio Grande do Sul (Comércio / Indústria / Turismo) Ilmo. Sr. Presidente: Joaquim Firmino Rua Andrade Neves, 155, cj 134 Porto Alegre - RS Cep: 90010-210 Fone: 55 (51) 3221-1274 E-mails: presidencia@ccbp-rs.org.br secretaria@ccbp-rs.org.br Câmara Brasil-Portugal – Santa Catarina (Comércio / Indústria / Turismo) Ilmo. Sr. Presidente: Cristiano Braga Presidente Honorário: Maurício Aristóteles Freitas Rod. SC 401, 8600, Sto. Ant° de Lisboa, Corporate Park, bl 2, sl 1 Florianópolis - SC Cep: 88.050-000 Fones: 55 (48) 3365 8600 / 55 (51) 3279-3568 E-mails: cristianopbraga@gmail.com mauricio@ponto-brasil.com Câmara Portuguesa de Comércio no Brasil – São Paulo Ilmo. Sr. Presidente: Manuel R.T. de Almeida Filho Av. Liberdade, 602, 2 andar São Paulo - SP Cep: 01502-001 Fone: 55 (11) 3340-3333 E-mail: mfilho@camaraportuguesa.com.br
Câmara Brasil-Ucrânia de Comércio, Indústria e Turismo Ilmo. Sr. Presidente Orlando Pereira de Lima Arruda Rua Japeri, 62, Rio Comprido Rio de Janeiro – RJ Cep: 02261-080 Fone: 55 (21) 2502-1897 Fax: 55 (21) 2502-2081 E-mail: interciex@interciex.com.br
Câmara de Comércio, Indústria, Turismo e Cultura Brasil-San Marino Ilmo. Sr. Presidente João Pedro de Sabóia Bandeira de Melo Filho Vice Presidente: Mauro Pereira de Lima Câmara Av. General Justo, 307, sl 600, Centro Rio de Janeiro - RJ Fone: 55 (21) 3804-9289 Fax: 55 (21) 2524-1624 Site: www.brasil-sanmarino.org.br Suíça Câmara de Comércio Suíço-Brasileira Ilmo. Sr. Presidente Emanuel Baltis Av. das Nações Unidas, 18.001 São Paulo – SP Cep: 04795-900 Fones: 55 (11) 5683-7447 / 41 (44) 586-3741 Fax: 55 (11) 5641 3306 E-mail: swisscam@swisscam.com.br Site: www.swisscam.com.br
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Austrália Câmara de Comércio e Indústria BrasilAustrália Diretor-Presidente Ezequiel de Melo Campos Neto Rua Espírito Santo, 2.727, 8 andar, Lourdes Belo Horizonte - MG Cep: 30160-032 Fone: 55 (31) 2532-9645 E-mail: belohorizonte@australia.org.br Site: www.australia.org.br
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