E D O I R Ó T I TERR AGEM APRENDIZ CARTOGRAFIA:
M U M O C O D IA M O N O C E O PODER DA
Dentro do programa TERRITÓRIO DE APRENDIZAGEM, a NEXO CULTURAL promove uma série de percursos que propõem reflexões, ideias e ações para uma outra economia, mais adaptada aos nossos tempos e realidade. O princípio “pensar globalmente e agir localmente” passa a ser elemento importante das dinâmicas de transição nas cidades, bairros, comunidades e organizações atentas às necessidades de um redesenho social integrado a uma outra economia. A economia aqui é tratada como elemento relacional fundante de um novo paradigma de se viver em sociedade, com suas necessidades e criatividade, sobre valores que nutrem o florescimento de relações verdadeiramente exitosas, porque promovem o bem estar comum.
CASA NEXO CULTURAL www.casanexocultural.com.br Surge com a visão de criar um lugar de convergência de uma diversidade de pessoas e conhecimentos voltados à Arte, Cultura Colaborativa e Sustentabilidade em todas as suas dimensões, gerando então um território de influências a partir do contato direto com o contexto local e vizinhança, as redes sociais e profissionais de outros lugares, saberes e culturas. CASA NEXO é sede e está gerida pela Nexo Cultural Agência que é uma consultoria em design de projetos, programas e processos socioculturais-ambientais.
CARTOGRAFIA
M O C O D IA M O N O C E A D R E D O PO
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mundo hoje com sua economia vigente passa por diversos desafios, ainda pautados sobre a lógica da produção industrial e do extrativismo; da escala macro e serial; da
raridade como mais valioso e proprietário; da competitividade como natural; da relação lucro e competência como êxito; do desejo como necessidade; do consumo como pertencimento; e, junto com esses exemplos, uma série de pensamentos e práticas que geram desigualdades brutais e violência, impactos ambientais irreversíveis e distorções nos modos como estamos nos organizando e nos relacionando socialmente.
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ECONOMIA, IA G O L O C E E E D A D IE C SO
Percurso 1
Com Georges Kharlakian
Economia, tal como a conhecemos, ocupa-se de objetivos e metas para a sociedade por meio das políticas de Estado e negócios das empresas. Mas, e quando a realização desses objetivos e metas coloca obstáculos para indivíduos ou grupos moldarem efetivamente o seu destino e o seu convívio? Existe um consenso real sobre a função da economia para a sociedade? Além de tentar responder a essas e outras questões, o percurso promove um espaço de diálogo sobre questões econômicas e de sustentabilidade no cotidiano, a fim de que os participantes compartilhem pensamentos e idéias, contemplando a situação presente da sociedade global, bem como novas possibilidades de ações e rumos para o futuro.
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1. O Paradigma Ecológico
2. O Surgimento da Economia Nova
Uma reflexão sobre como a compreensão a respeito de sustentabilidade está evoluindo. A partir do Relatório Bruntland para uma economia de resiliência baseada na vida, surge um diálogo entre o modelo de Gaia, do Caos e da Teoria da Complexidade, para introduzir conceitos importantes sobre sistemas sócio-econômicos. Durante o módulo, os alunos desenvolvem práticas de inquérito pessoais (e também de grupo de sensibilização) para a relação de interdependência entre o indivíduo, a sociedade e a natureza, entre a teoria, a experiência e a prática.
O módulo desenvolve os princípios teóricos da economia. Para conhecer o significado da palavra oikos (casa, em grego), é feito um passeio pela teoria econômica e uma abordagem sobre como crises econômicas, sociais, ecológicas e espirituais contemporâneas estão sistêmica e dinamicamente ligadas às forças motrizes da economia global. O predomínio da economia de crescimento industrial com suas bases teóricas em economia neoclássica está sendo fortemente criticado por escolas alternativas do pensamento econômico.
Padrão do movimento Humano na Terra 3
Percurso 1
3. A co-criação de cenários futuros, Indicadores de Felicidade (HPI e FIB e outros) Módulo sobre como a Estrutura da Economia pode ser um catalisador para a sustentabilidade, se olharmos os reais indicadores que dialogam com o bem-estar social.(complementa uma aula prática) GEORGES FOUAD KHARLAKIAN JR. é socioeconomista e educador, membro do Instituto de Antropologia e Meio Ambiente 4. Olhando para a (IAMA),USP, professor pesquisador da UniversiEcossocioeconomia em Rede dade Estadual do Ceará – UECE, na disciplina Neste módulo são desenvolvidos vários temas, Economia e Sustentabilidade no programa de como a ideia da Sociologia Econômica, o conceito pós-graduação ProPgpq para unidades de conde Capital Social, as construções sociais das reservação. Coordenador do Gaia Educação SP, lações em rede, o fenômeno das ferramentas Brasil e facilitador no Módulo Econômico, de socioeconômicas (como moedas e Bancos), ins2006 a 2012. Coordenou de 2009 a 2013 o protituições sociais e de consumo, e o comportagrama 'Economia Nova' na Universidade Livre mento de compra de agentes econômicos. do Meio Ambiente e Cultura de Paz, na Secretaria do Verde e Meio Ambiente de São Paulo, e participou nesta mesma época do Fundo Especial para o Meio Ambiente Fema, no conselho de Avaliação de projetos.
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S IA R Á ID L O S S A C TRO E MOEDA SOCIAL
Percurso 2
Com Paola Arbiser avera DIÁLOGO com Heloisa Prim
s Feiras ou Clubes de Trocas Solidárias são espaços que promovem e tornam permanente a troca de produtos, serviços e saberes estimulando a cooperação entre os participantes, no lugar da competição do mercado. Os grupos se organizam seguindo os princípios da autogestão e solidariedade, sempre na intenção de se alinhar com o paradigma da abundância. O objetivo deste percurso é capacitar pessoas para a implementação de feiras de trocas com moeda social, com uma breve abordagem teórica para situar a prática das trocas dentro das finanças solidárias e orientando a vivência de diferentes modelos de trocas, com suas metodologias específicas. A proposta final é que o grupo organize uma Feira de Trocas Solidárias aberta à comunidade.
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Percurso 2
1. Introdução
4. Circulação da Moeda
Neste encontro é feita uma introdução sobre trocas solidárias, seus princípios e diferentes modelos. Uma reflexão sobre os paradigmas da escassez e da abundância, ou suficiência. Prática: Organização de uma feira de troca direta para o seguinte encontro.
O encontro é sobre as estratégias para colocar uma moeda social em circulação, para fazer a moeda circular e para retirá-la de circulação. Considera-se as vantagens e desvantagens do lastro e do empréstimo. Apresentação de outras alternativas para a troca de serviços: Bancos de Tempo, Economia Criativa. Prática: Planejamento da feira e da moeda.
2. Trocas com ou sem Moeda Social
Apresentação de diversas experiências de trocas 5. Diálogo com Heloisa Primavera : solidárias com moeda social, seguida de um deMoedas Sociais e o futuro das bate sobre sua contribuição ou não para a gerapróximas gerações: o que tem a ção de renda. Conversa sobre o uso da moeda, a ver? resistência que ela pode causar e as diferenças Geralmente, as moedas sociais e a maior parte entre a moeda social e o dinheiro oficial. das inovações monetárias estão focadas Prática: Feira de Troca Direta com os partina escassez da moeda oficial, como paliativo para cipantes do percurso. os setores de maior exclusão social. O que pretendemos aqui é valorizar outra dimen3. Experiência na Feira de Trocas são - quase sempre oculta - da responsabilidade individual, responsabilidade cidadã, com o futuro do Centro de SP (Glicério) Visita à Feira de Trocas do Centro de São Paulo, das próximas gerações. uma oportunidade de assumir algumas das fun- Gostaríamos também de dialogar com os partições necessárias para o funcionamento da feira. cipantes sobre as facilidades e dificuldades de manter em funcionamento feiras, clubes de troca e bancos comunitários.
6. Parte 1: Ampliando o contexto. Parte 2: Gestão da feira Neste encontro, uma ampliação do contexto das finanças solidárias, em que as trocas estão inseridas, como Bancos Comunitários, Fundos Rotativos Solidários e Microcrédito. Prática: Funções e ferramentas necessárias
de São Paulo (Assoc. Feira de Trocas do Centro duto do Glicério) Minha Rua Minha Casa, Via 6
para uma Feira de Trocas. Reinventar o Mercado e classificados. Tomada de decisões.
Paola Arbiser é produtora de eventos culturais e de Economia Solidária, tradutora de espanhol e treinadora de Dragon Dreaming. Coordena feiras de trocas desde 2006. Foi fundadora da Feira de Trocas ‘O Escambal’ e ‘Mercado de Trocas Solidárias’ (Salvador), e em 2011, fez acompanhamento da Feira de Trocas do Jd. Ângela e foi responsável pela gestão da Feira de Trocas Solidárias do Centro de SP (Glicério), em parceria com a ITCP-FGV.
7. Desafios Como se sustenta uma Feira de Trocas? Como fazer com que ela tenha continuidade? O trabalho deve ser voluntário? Como atrair público? Com quem fazer parcerias? Um trabalho com exemplos concretos de problemas enfrentados por algumas feiras de trocas. Prática: Divulgação da feira.
8. Complementos No último encontro antes da feira, uma consideração sobre ideias, atividades e parcerias que podem transformar uma Feira de Trocas num evento festivo, assim como atrair mais variedade de produtos e serviços. Prática: Inspirar e incentivar talentos. Preparação de uma Feira de Trocas Solidárias aberta à comunidade.
Heloisa Primavera é Bióloga, Mestra em Ciências Sociais pela USP e candidata ao Doutorado em Ciências Econômicas na Universidade de Buenos Aires. Foi coordenadora, responsável por estágios e docente de Epistemologia e Gerência Social no Mestrado em Administração Pública desta unidade acadêmica. Foi docente pesquisadora e diretora do Curso de Trabalho Social da Faculdade de Ciências Humanas da Universidad Nacional del Centro da Província de Buenos Aires. Atualmente é docente das Faculdades de Ciências Econômicas, Ciências Sociais e Psicologia da Universidade de Buenos Aires e professora convidada em diversas universidades estrangeiras. Foi criadora da Rede Latinoamericana de Socioeconomia Solidária (www.redlases.org.ar) e membro da Equipe Internacional de Animação do Polo de Socioeconomia Solidária (www.pses.org) da Aliança para um Mundo Responsável, Plural e Solidário (www.alliance21.org), onde criou o Grupo de Trabalho sobre Moeda Social (http://pses.org/money) a partir da promoção das redes de trocas na Argentina e outros países da América Latina. Em 2011, foi coordenadora de um projeto dos governos argentino e canadense sobre "Promoção de emprego para jovens em situação de risco na era digital" (www.1a1sarmiento.com.ar, www.1a1economia.blogspot.com). Desde abril de 2012, é assessora do Laboratório do Futuro, do Programa Conectar Igualdad/ANSES, do governo argentino (www.conectarlab.com.ar).
9. Realização: Feira de Trocas aberta à comunidade Das nove às onze da manhã é a montagem da feira, que acontece das 11h às 14h. O grupo de percursores dessa cartografia e participantes desse percurso, estão convocados à montagem das 9h às 11h, realização da Feira das 11h às 14h e permanecem no local para o fechamento e desmontagem da feira até as 15h.
10. Encontro para acompanhamento de projetos Um encontro para avaliação da feira e para que participantes tirem dúvidas que eventualmente surgiram durante a experiência. Também é um espaço para acompanhamento de outras feiras de trocas solidárias que os participantes possam ter iniciado fora do curso. 7
DESIGN DE MOEDAS E NAÇÕES
Percurso 3
i Com Guilherme Kujawskos Gomes DIÁLOGO com Carl
onversas sobre o papel do design na criação de papel-moeda e na concepção de países sem soberania reconhecida, as chamadas micro-nações. O percurso também mostra as diferenças entre notas oficiais e não oficiais, tais como estilos de gravação e impressão, aplicação de cores e seleção de éfigides. O objetivo é revelar o contato entre as duas práticas: o desenho do tabuleiro cartográfico e o design gráfico da principal representação de uma nação: o seu papel-moeda.
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1. Design de nações
3. Palestra com Carlos Gomes
Uma abordagem sobre a relação entre demarcações geográficas e entidades políticas e jurisdicionais; breve reflexão sobre a Paz de Vestfália, conjunto de tratados que inaugurou o conceito de Estado-nação e demarcação física de territórios. Apresentação de pesquisas de projetos de concepção e construção de símbolos monetários de micro-nações (países em miniatura ou países-modelo), tais como Principado de Sealand e Reino de Kamberra.
O designer da ITCP-FGV (Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares da Fundação Getúlio Vargas) apresenta uma série projetos relacionados à idealização e desenho de moedas solidárias, como o Galo, nota complementar que circula no Morro do Cantagalo, favela do Rio de Janeiro. Técnicas anti-cópias (marcas d’água, selos holográficos, etc.) e a exibição de uma coleção de moedas solidárias são alguns dos assuntos abordados.
2. Design de moedas GUILHERME KUJAWSKI é jornalista, autor e produtor cultural. Desde 1993, colabora em diversos veículos com artigos e ensaios sobre novas mídias. Entre 2000 e 2002, foi editor de tecnologia da revista Carta Capital. E, entre 2002 e 2012, concebeu e organizou diversos eventos na área de arte tecnológica para o Instituto Itaú Cultural. Tem mestrado em História da Artemídia pela Universidade de Donau, Áustria.
Apresentação de estilos de design de moedas de países oficiais e moedas complementares, tais como as que circulam de forma hiperlocal (Chiemgauer, BerkShares, etc.) e economias virtuais (Linden, Diablo, Bitcoins, etc.). Pequena mostra sobre um aspecto da arte contemporânea, ou artistas que usam cédulas em suas expressões monetário-estéticas; breve introdução ao trabalho do estúdio de design holandês Metahaven, que criou a identidade visual de Sealand.
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TECNOLOGIA E ECONOMIA
Percurso 4
do Com Alexandre Hannud Ab
ncontros sobre tecnologia e colaboração e como essa interação influencia o tabuleiro das práticas econômicas. De um ponto de vista técnico, a questão fundamental é saber reconhecer se uma determinada tecnologia é distribuída ou centralizada. Por exemplo, as tecnologias centralizadoras também podem ter um papel importante e de muitas formas benéfico para a sociedade.
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Por que a bitcoin não é uma moeda social nem O primeiro encontro é sobre o papel positivo e anônima? Sementes estéreis ou alimentos transmuitas vezes necessário da centralização em vá- gênicos, e o que isso tem a ver com a diferença rias tecnologias dominantes: do sistema finan- entre o Facebook e o Gmail? ceiro à investigação jornalística, liderança de movimentos, organização do Estado. Em relação ALEXANDRE ABDO é pesquià rede, explicação do sistema de nomes, protosador na Faculdade de colos de segurança, mecanismos de busca, gesMedicina da USP, onde tão do conhecimento, serviços de rede social, estuda o uso de tecnologias mecanismos de troca e reputação, canais de dispara mobilização social na tribuição de conteúdo, e a própria estrutura física saúde. Há mais de dez anos participa e docudas redes de comunicação. O objetivo é entender menta ações de produção colaborativa e como os modelos de centralização são necessários e favoráveis à uma economia justa e susten- aberta, do software livre à wikipédia, de hackerspaces a hortas comunitárias, organitável. zando cursos sobre as possibilidades de organização social introduzidas pelo progresso 2. Tecnologia distribuída nas tecnologias de informação. O segundo encontro analisa as tecnologias descentralizadas existentes e emergentes, quando e de que forma elas promovem justiça ou sustentabilidade econômicas e quando há prejuízos. Por que o problema iminente do facebook não é a vigilância nem a comercialização dos dados?
1. Tecnologias centralizadoras
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ECONOMIA CRIATIVA
Percurso 5
Com Marina Alonso
manha Painting Reality - Ale
urante o percurso, o potencial transformador da economia criativa se torna foco dos debates, apoiados pelo conhecimento do processo histórico e por conceitos que permeiam o tema. Os encontros promovem a reflexão sobre alternativas de sistemas econômicos mais justos e inclusivos, e sua interferência na construção de novos modos de vida nas cidades e outros territórios.
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com Sistemas Justos de Produção e Comércio, Empreendimentos Criativos nas Periferias das grandes cidades.
1. Economia Criativa: uma visão da economia, além do sistema financeiro
Palestra e roda de conversa sobre o que é Economia Criativa; breve histórico e contexto, a sua MARINA ALONSO é Designer de Moda, inquieta relação com o Desenvolvimento Sustentável, Emcom as questões relacionadas preendimentos Criativos, a relação com a Cultura, com o consumo, é uma das Diversidade Cultural, a visão da economia além idealizadoras do e-commerce do financeiro, o papel da cultura da participação. Feira Criativa. Tem uma atuaA importância da criação de políticas públicas. A ção orientada para a busca de relação com o terceiro setor, empreendedorismo conhecimento e prática que permitam trabasocial, desafios na implementação. lhar com a visão mais ampla possível das áreas relacionadas com a Moda e Design, tendo como 2. Economia Criativa, Cidades e eixo a cultura, direcionada e relacionada com a sustentabilidade. (http://feiracriativa.com.br/) Novos Modos de Vida Palestra e Roda de conversa sobre a importância e relevância das iniciativas da economia criativa no território urbano, a influência das grandes cidades no modo de pensar das pessoas, e as suas relações com o território; Negócios Criativos, Cidades Criativas; as cidades e suas relações
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