Entre Costuras - Estudo de ocupação e integração entre lotes vazios

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Introdução

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O modelo de cidade decorrente do processo de urbanização pautada pelo urbanismo moderno gerou mudanças significativas na estrutura urbana, de parcelamento que há priorização da malha viária e a privatização das áreas da cidade. Fez com que os espaços livres de uso público multifuncionais perdessem lugar para os sistemas viários, priorizando os carros e afastando os pedestres da vivência na cidade. criando espaços monofuncionais. Este processo favoreceu o surgimento de fragmentos subutilizados e abandonados do tecido urbano que geram segregação social e espacial. Dessa forma as edificações assumem características de reclusão ao oferecer espaço de convívio e lazer privativo, onde apenas parte da sociedade tem acesso, e aqueles excluídos ficam vulneráveis à utilização de ambientes sem qualidade ambiental espacial, além de serem inseguros por falta de diversidade de classes e usos. Neste cenário, a cidade, como reflexo da sociedade, resulta em problematização em aspectos ambientais, sociais e econômicos. Realidade que vem demandando propostas que restitua, a vitalidade e segurança aos espaços públicos através da integração dos referidos fragmentos residuais urbanos ao desenho das cidades. por meio do desenvolvimento sustentável. Neste sentido, o presente estudo, ao refletir sobre o processo que gerou os fragmentos urbanos da cidade contemporânea e sua influência no esvaziamento dos espaços públicos. Defende a cidade compacta para ativação do urbanismo sustentável tratada pelo autor Rogers (2001). Busca o embasamento necessário por meio de soluções e estratégicas que visam a qualidade espacial, integrando os espaços fragmentados e residuais existentes juntamente com a cidade, criando dinâmica urbana, garantindo diversidade de usos e funções e interação social. Concebendo cidades mais humanizadas e atraentes para permanência de pedestres, garantindo um urbanismo sustentável autores como Gehl (2013), Lerner (2011) e Jacobs (1961). Identificou-se neste contexto que o tradicional bairro Vila Tibério da cidade de Ribeirão Preto apresenta características de rápida expansão urbana, possuindo espaços ociosos. A área mencionada constitui-se objeto de estudo e intervenção deste trabalho, pois é uma área que possui característica de um bairro acolhedor, onde os moradores têm como habito de socializar pelas ruas. Mas devido a expansão urbana os moradores estão perdendo o hábito de socializar. Esses espaços fragmentados (lotes vazios) possuem um potencial para fortalecer essa característica e ativação do espaço público. Com isso o presente estudo propôs uma intervenção urbana pautada em conhecimentos teóricos, considerando as reflexões sobre a cidade compacta o qual promove o urbanismo sustentável, que por meio do desenho urbano favorece a qualidade espacial e integra os espaços fragmentados e residuais. Requalificando o ambiente para cidades mais humanizadas e atraentes para permanência de pedestres, além de garantir uma mobilidade sustentável. A intervenção tem como objetivo de propagar o convívio coletivo entre a população local, por meio de atividades que desenvolva práticas ecológicas juntamente com atividades culturais e de lazer. Criando um sistema de áreas verdes ligado com a malha viária para que assim possam estar conectados de modo a instigar a ocupação destes espaços públicos promovendo vínculo maior entre população e cidade.

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Para isto o trabalho foi estruturado em cinco capítulos. O Capítulo 1 engloba toda fundamentação teórica deste trabalho. O primeiro item aborda sobre o processo pelo qual as cidades passaram dando origem aos espaços fragmentados . Já no segundo item apresenta as consequências a partir de tal processo, em contrapartida defende a cidade compacta dentro e um urbanismo sustentável como solução. O terceiro item relata estudos realizados por autores e pesquisadores, estratégias para melhora dos espaços fragmentados. O quarto item apresenta a importância das áreas verdes e lazer como proposta de reintegração. O capítulo dois são referências projetuais importantes para concepção do projeto do espaço público. São apresentados três projetos que abordam questões essenciais para elaboração do projeto proposto. O capítulo três traz a análise da área de estudo, apresentando breve histórico, sua localização junto com as características gerais, localização dos edifícios com valor histórico e de identidade, análise da morfologia urbana da região selecionada, buscando identificar os lotes fragmentados, para poder fazer uma análise minuciosa da área de intervenção, por meio de mapeamento sensorial, análise comportamental perante a área de intervenção. Para intervir de modo coeso. O capítulo quatro apresenta os estudos preliminares, que contém conceito e partido junto com o fluxograma de forma a explicar o projeto proposto O capítulo cinco é apresentado o anteprojeto, com as especificações necessárias e desenhos esquemáticos, além de textos explicativos e imagens ilustrativas para que haja o entendimento da intervenção.

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1.1 - Desenvolvimento urbano rumo a segregação

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Segundo documentário urbanized (2011) “as cidades são organismos que a cada momento se transforma, são flexíveis tem sido fluxo de dinheiro, comércio e pessoas.” Identifica-se a partir do advento da revolução industrial, ocorreu no século XVII, as cidades começaram a se transformaram grande potencial ao qual se refere na frase acima, devido a mudança no processo de produção, do artesanal para o mecanizado. Tendo assim a valorização das máquinas e a desvalorização dos trabalhos camponeses. Sucedendo-se grande crescimento urbano, devido a necessidade de mão de obra, que inicialmente estava no campo, mas transferiu para os centros urbanos, locais onde se encontravam as indústrias e o maior número de empregos. Modificando não somente a paisagem como também toda a estrutura da cidade.

juntamente com a ideologia da fragmentação da cidade pregada pelo arquiteto Le Corbusier que designou como as quatro funções da cidade moderna determinada pela funcionalidade: habitar, trabalhar, recrear e circular. As propostas das cidades modernistas com o urbanismo setorizado e hierarquizado obteve um processo de fragmentação, por dar prioridade ao automóvel. Desconsidera topografia e as áreas naturais, o que resulta na paisagem artificial da cidade.(TRANCIK,2001) “ As ideologias dominantes de planejamento- em especial, o modernismo, deu baixa prioridade ao espaço público, às áreas de pedestres e ao papel do espaço urbano como local de encontro dos moradores da cidade.” (GHEL-2013,P.30) Desta forma as inter-relações e espaços comuns da cidade perderam o seu foco para edifícios que se tornavam cada vez mais isolados, introspectivos e indiferentes às necessidades de interação com a cidade, obtendo uma estruturação por zonas criando espaço urbano monofuncional. Isso fez com que houvesse a redução das oportunidades para os pedestres se locomoverem e bloqueou as funções culturais

O texto “O urbanismo sustentável” reforça que a consequência desses espaços é a eliminação de um valor simbólico como referência para edificações, o que neutraliza o entorno, diminuindo o sentido de vizinhança. Assim o espaço em que as pessoas estão inseridas se tornam abandonados pois as mesmas não reconhecem por falta de qualificação que o torne um lugar simbólico para memória dos usuários da cidade. a rua só é vista como espaço de tráfego de veículos, deslocando o espaço público para dentro dos edifícios, e a rua perde seu sentido de sociabilidade urbana tornando um “espaço perdido”. (TRANCIK,2001) Assim meio físico urbano moderno se configura como uma problemática sobre impacto que ocorre na cidade dita contemporânea. A cidade tornou configurada pela dispersão e fragmentação do território em zonas, ocorrendo maior ocupação e espalhamento do tecido e grandes distanciamentos entre as áreas, dada pela hierarquização de vias, não havendo relação entre o edifício e vias. Ou seja, com o crescimento populacional houve ainda mais a diminuição da escala do pedestre em detrimento a escala do automóvel juntamente com capital mobiliário. grande distância foram ampliadas não apenas geográficas como sociais. O mercado imobiliário exerce a segregação social e espacial é imposta por meio de investimento públicos e privados que ofertam projetos em áreas de populações mais favorecidas, onde há forte presença de avenidas importantes em prejuízo de quem ficam para trás sofrendo a deteorização. (TRANCIK,2001)

Imagem 1: Exemplo de cidade modernista. Destacando as zonas funcionais trazidas por Le Cobusier. Fonte: aprender.ead.unb.br

“ o capital financeiro monopolista integrado ao setor imobiliário tende a conectar a produção do espaço nos eixos de maior valorização ao passo que há dificuldade de integração para a produção de moradia para os mais pobres, direcionados assim às áreas de menos valorização” (botelho,2007)

(ROGERS 2004) caracteriza como sendo ritmo de crescimento superior a capacidade de previsão das autoridades de assimilar os problemas. Ocorrendo situações agravada pelo crescimento demográfico e sua estruturação pensada para produção e transporte de mercadorias sem nenhuma ordenação dentro do espaço da cidade, ocorrendo de ter canalização de esgoto a céu aberto, espalhando cólera e febre. (CHUECA,2008) A fim de estabelecer uma visão estratégica e constituir uma imagem de modernização ligada a industrialização e também solucionar os problemas da cidade industrial criada de forma “espontânea” a qual se tornou insalubre e acarretou grandes problemas na estrutura da cidade. Os congressos internacionais de arquitetura moderna (ciam), trazia como proposta um zoneamento industrial da cidade dita moderna. Tendo uma organização espacial que prioriza a valorização das vias de circulação de veículos automotores

e socias dos espaços da cidade, que foram cada vez mais reduzidos e progressivamente descartados, dando fim ao espaço urbano. (GEHL,2013)

A partir deste exposto verifica que a trajetória da cidade a partir da revolução industrial aliado ao pensamento dos urbanistas modernos e ao capital imobiliário transformou a cidade dita contemporânea em um cenário de uma cidade segregada fisicamente e socialmente, onde espaços públicos foram abandonados, pois tornaram as vias vinculadas somente aos veículos automotores. Mediante a esses fatores resultou em configuração dos espaços fragmentados, no próximo tópico será relatado a influência desses espaços sobre a cidade.

Imagem 2: Exemplo de cidade modernista. Destacando as zonas funcionais trazidas por Le Cobusier. Fonte: aprender.ead.unb.br

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1.2 Perda do espaço multifuncional na cidade contemporânea e o surgimento de espaços fragmentados

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Como apresentado anteriormente, o resultado do processo que a cidade passou, ocasionou em um urbanismo contemporâneo, caracterizado pelo espraiamento da cidade sobre o solo natural e imposição social dos espaços monofuncionais. A partir do momento em que o adensamento e o caos urbano começam a dominar as regiões centrais, por esses locais terem sido absorvidos pelo crescimento das cidades, as classes mais elevadas passam a abandonar estes espaços em busca de tranquilidade e segurança, indo cada vez mais longe dos centros urbanos. ( TRANCIK,2001). “[...] onde estão menos sujeitadas aos incômodos de uma urbe agitada e socialmente misturada” (CHUECA,2008,p.191). Configura-se assim os bairros residenciais em regiões distantes configurados com seus muros altos como forma de proteção para classes altas, tendo tipologia de não se integra a malha urbana, não possuindo uma relação com seu entorno, de forma a isolar vida urbana do entorno. Seus muros são objetos de inibição e obstrução da continuidade das vias públicas, concebendo a privatização das ruas, não havendo relação com o próprio usuário. Não há como ter integração de pessoas em um local que possuem muros, então não se considera mais público. Dessa maneira os espaços públicos e de livre acesso tornam-se fechados, sendo encontrado em shopping centers e edifícios comerciais. Reforçando urbanismo por zoneamento monofuncional pregado pelos urbanistas, favorecendo o processo de exclusão e fragmentação que se confirma na medida em que a cidade cresce. As edificações ocupam cada vez mais o tecido urbano e se transformando em construções introspectivas, isoladas de seu entorno que é por sua vez ocupado pelas vias destinadas à circulação de veículo (ROGERS,2001) Esse modelo urbano ocorre a perda dos espaços multifuncionais, perdendo espaços convidativos a vida coletiva, como praças, ruas e calçadas para vias ou o abandono e falta de integração com o lugar. Criando espaços fragmentados e segregação social. A medida que a vitalidade dos espaços públicos diminui, perde o hábito de participar da vida urbana na rua e o sentido de socializar. Portanto as ruas tornam mais perigosas sem presença das pessoas, tonando a cidade menos hospitaleira e mais alienante tendo a busca de segurança em lugares privados e fechados. (ROGERS,2001). Esse processo da perda de identidade dos espaços públicos ou espaços multifuncionais, com o senso

de insegurança dos usuários, perdem o sentindo da importância do lugar, como história, cultura e socialização. Perdendo assim a vitalidade social em confinamento a vida urbana em espaços restritos. Os quais restringem a vida coletiva e favorecem a segregação.

de núcleos policêntricos compactos. As cidades devem ser formadas por várias unidades de vizinhança. Cada unidade deve crescer em torno de um núcleo de atividades sociais e comerciais, desse

A diminuição do espaço público em desvantagem dos espaços privatizados e homogêneos, que visam conforto e segurança de classes econômicas elevadas, ocorrendo a fragmentação socialização, onde público torna privado tendo assim desvalorização do espaço público e a perda de áreas verdes. Sendo assim, as questões para vitalidade e segurança nos espaços públicos na cidade está relacionada com fatores social, econômico e ambiental. Dessa forma há necessidade de pensar primeiramente em parâmetros para ter desenvolvimento sustentável da cidade, abordando urbanismo sustentável para que assim interfiram na recuperação dos espaços fragmentados. O urbanismo sustentável segundo o texto “ O urbanismo sustentável no Brasil”, tem como foco abranger temas sociais, tendo em vista que os problemas urbanos apresentados foram gerados nas relações humana. Como já relatado anteriormente a urbanização para áreas distantes do centro da cidade, nos limites urbanos, gera segregação socioespacial, determinando dependência do automóvel individual, prejudicando assim a mobilidade urbana e toda infraestrutura, além de gerar impactos ambientais, quanto a produção de resíduos e no aumento de emissão de gases poluentes. O caminho para se pensar na cidade sustentável seria na cidade compacta proposta por Richard Rogers em seu livro Cidades para um pequeno

Imagem 3: Representação da distribuição de atividades nas cidades dispersas e compactas. Fonte: Adaptado de Rogers (2001)

planeta. Esse modelo propõe uma cidade deve ser densa e socialmente diversificada, onde as atividades econômicas e socias se sobreponham e onde as comunidades sejam concentradas em torno

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Imagem 4- Representação do núcleos multifuncionais, interligados, interligado por uma rede se transporte público Fonte: Adaptado Rogers (2001)

núcleo, deve partir uma rede de transporte público que se interligue as outras unidades de vizinhança, diminuindo os veículos automotores, gerando menos poluição atmosférica e tendo aumento de área livres e verdes. Cada unidade deve possuir espaço para moradia, trabalho e lazer, próximos uns aos outros. Isso possibilita uma redução do deslocamento, como consequência, aumento de áreas para circulação de pessoas. Obtendo assim núcleos multifuncionais, permite um aumento da vitalidade urbana. O urbanismo sustentável apresenta nova maneiras de apropriação do espaço solucionando a necessidade da sociedade de forma que envolva as esferas, ambientais, sociais e econômica. A cidade compacta deve ser adotada como configuração espacial e legal, eliminando -se os espaços fragmentados, encurtando distância usando a escala do pedestre, minimizando o uso do automóvel, aumentando a harmonia social, porem sempre respeitando as condicionantes do local. Por meio destes pontos trazidos pela proposta da cidade compacta pensando em um urbanismo sustentável, há necessidade de trazer propostas que pensem na reconstrução dos espaços fragmentados para espaços públicos livres, tendo como papel para desenvolvimento da sociedade sustentável e saudável. Com esse objetivo no próximo capítulo apresentará métodos que propõe estratégicas para recuperação dos espaços fragmentados, aliando as esferas do urbanismo sustentável (social, ambiental e econômico).


1.3 Teorias para recuperação dos espaços fragmentados

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Para que haja a reintegração dos espaços públicos abandonados causados pelo modelo de urbanismo adotado pelos modernistas, é preciso buscar por cidades mais vivas, seguras, sustentáveis e saudáveis, que haja assim o aumento da apropriação desses espaços para que ocorra vitalidade. O urbanista Jaime Lerner (2011) trata os espaços da cidade como necessitados de cura, vistos que estão “doentes, quase em estado terminal”, sendo necessário fazer os espaços da cidade reagirem, através do despertar da vida urbana. Este processo de transformação, Lerner caracteriza de acupuntura urbana, que tem objetivo promover a manutenção ou o resgate da identidade cultural de um local ou comunidade. Solucionando esses problemas urbanos por meio de pequena intervenção, que podem mudar progressivamente a vida na cidade. Jaime Lerner (2011) ressalta que para ativação desses espaços é preciso aumentar a sensação de segurança nas cidades. Uma forma para de aumentar essa sensação seria de pensar pelo simples fator que pessoas atraem pessoas, aliando esse pensamento a uma boa acupuntura urbana pode contribuir para que tenha mais pessoas na rua, criando pontos de encontro. Para valorização dos espaços públicos e a reintegração dos espaços fragmentados, tem como objetivo de reforçar a vitalidade, segurança, sustentabilidade e saúde nas intervenções política, tendo como preocupação o pedestre e ciclistas, onde a população sinta-se convidado a caminhas e pedalar em suas atividades cotidianas, restituindo a qualidade de vida e a sensação de segurança aos

moradores. (GUEL 2009) Jane Jacobs (2000) relata de forma precisa em seu livro Morte e vida nas grandes cidades as críticas sobre o modelo adotado pelos urbanistas moderno, em contrapartida defende a rua e a calçada como local público de usos diversificados, qualificando a importância de espaços de pluralidade. Para autora, a diversidade de usos e a garantia de “olhos na rua” são fundamentais para reverter o processo de degradação urbana do racionalismo funcional modernista que resultou em uma cidade sem vida. A vigilância natural, remete ao um ambiente dinâmico, promovendo atividades diversificadas em diferentes horários do dia, como cultura, arte, lazer, entretenimento, gastronomia. Esses elementos permitem a melhora no cotidiano da população. Estimulando e promovendo vitalidade desses espaços pela intensidade de pessoas que o frequentam, gerando a sensação de compartilhamento, além de fortalecer a base econômica desse ambiente. A diversidades de usos é fundamental para o bom desenvolvimento das cidades. Agregar no espaço público diversidade de serviços dispostos a população, gera-se identidade, garantindo uma interação social entre diferentes etnias, rendas e crenças. Aumentando a sensação de segurança. “A parte da rua que cabe ao pedestre, deve garantir que existam transeuntes de perfis variados, em diferentes horários do dia, realizando diferentes atividades, garantindo uma interação social” (JACOBS 2000)

O urbanista Jaime Lerner (2011) salienta a importância de propor atividades em terrenos vazios, para que traga animação ao espaço, podendo partir por uma simples acupuntura, por estruturas temporárias ou permanentes até que haja outra função. Mas tudo de maneira rápida quase instantânea. Pois a mistura de funções é importante. Quando age rapidamente há continuidade, e a continuidade do processo é fundamental. Como Lerner (2001) ressalta “continuidade é vida”. A qualidade visual do espaço faz com que o usuário crie relações de pertencimento ao local. Para isso Gehl (2009) traz em seu livro Cidade para pessoas, princípios de conceitos urbanísticos para criar espaços na cidade pensando para as pessoas, utilizando a dimensão humana. Gehl (2009,) destaca cinco princípios cruciais para planejamento das cidades visando integração urbana. Os quais relata: * “Distribuir, cuidadosamente, as funções da cidade para garantir menores distâncias entre elas, além de uma massa crítica de pessoas e eventos” * “Integrar várias funções nas cidades para garantir versatilidade, riquezas de experiências, sustentabilidade social e uma sensação de segurança nos diversos bairros” * “Projetar o espaço urbano de forma a torna-lo convidativo tanto para pedestre quanto para ciclista” * “Abrir o espaço de transição entre cidade e os edifícios, para que a vida nos espaços urbanos funcione conjuntamente”.

Imagem 6: Diagrama de estudo de formas urbanas que integram e segregam. Fonte: Gehl/2011, p.233.

* “Reforçar os convites para permanências mais longas no espaço público, porque algumas pessoas por muito tempo em um local proporcionam a mesma sensação de vitalidade do que muitas pessoas por pouco tempo”

Uma colocação que Gehl (2009) destaca também é da composição destes espaços através de dimensionamentos (comprimentos, larguras e alturas) que são aferidos pela visão humana. Para tanto, o arquiteto realizou estudos que comprova, que o ser humano se sente acolhido em ambientes com distâncias de até 100 metros ( e não maiores

Imagem 5- Viatlidade no espaço público livre Fonte: www.archdaily.com.br

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que isso) Para além, descobriu que para percorrer caminhos movendo-se a 5km/h, estes não podem ter ,aos do que 800 metros de distância para que tais percursos não se tornem cansativos e não gerem prejuízos de ordem ergonômica aos seres humanos. Ao planejamento de tráfego Ghel (2009) apresenta ruas de tráfego inteligente chamados de woonerfs. Ruas de tráfego integrado que possuem características de tráfego mais lento de automóveis, tornando mais seguras e agradáveis para todos os tipos de tráfego

necessidade pensar em estratégias para utilização de elementos urbanos, de modo a potencializar o espaço público e tornar também convidativo ao usuário. Esses elementos urbanos entendem-se como: Mobiliário, paginação, arborização e iluminação. Mobiliário Para inserção do mobiliário é necessário primeiramente pensar no usuário e suas necessidades, atividades e também no seu

elementos urbanos. Pavimentação Por meio da pavimentação pode definir áreas de lazer contemplativo (estar e convívio), atividades recreativas, circulação e acessos, quando são implantadas de forma criativa potencializa o local público, de modo a convidar as pessoas utilizarem e se tornarem parte. Por meio de tratamento de cores, texturas e formas, criando entidade visual. Unificando o espaço público e o viário de modo a se tornar acessível. Arborização A implementação de arborização e vegetação na paisagem urbana’, produz contraste ritmos, texturas e cores, atenuando as massas de concreto e pavimento, diversificando a paisagem urbana, de modo a proporcionar identidade a cada espaço da cidade. Já no desenho urbano, por meio das vegetações, ocorre a identificação dos lugares e hierarquização dos espaços permitindo a ter percepção espacial e criar sentido de pertencimento e conforto ambiental. (CALDAS 2006) Iluminação A iluminação no espaço urbano possui impacto na qualidade de visualização, orientação e segurança. Ela garante que ocorra dinâmica urbana, quando a iluminação opera de forma funcional e estética, destacando os espaços públicos, despertará atratividade do espaço para com usuário, para Jacobs (2000) a qualidade da vida urbana é vinculada à quantidade de luzes acesas. Quando a iluminação é apropriada ela gera segurança de modo a trazer movimentação e dinâmica tanto no período noturno quanto diurno. Ao retratar esses estudos chega-se à conclusão que é necessário a produção de espaços humanizados, onde possa haver socialização, integração e segurança nos espaços tendo o pedestre como prioridade. E a importância dos elementos que compõe esse espaço para estimular o pertencimento e apropriação dos espaços.

Imagem 7 Permeabilidade por meio da via compartilhada. Fonte: www.Pinterest.com

“A parte da rua que cabe ao pedestre, deve garantir que existam transeuntes de perfis variados, em diferentes horários do dia, realizando diferentes atividades, garantindo uma interação social” (JACOBS 1961)

Assim entende-se que para população estimular pertencimento e apropriação do espaço público, deve considerar esses fatores, para que proporcione espaços com curtas distâncias para caminhada, baixa ou nenhuma velocidade de tráfego, com diferentes atividades, arborização constantes como proteção do sol, garantindo uma boa escala humana e ao nível dos olhos, concedendo experiências estéticas e visuais agradáveis, para que a cidade se torne convidativa ao uso de seus espaços públicos (GEHL,2013) Quando promove a melhora do espaço, há

espaço, nas características físico-espacial, naturais e locais, evidenciando as peculiaridades do local por meio do desenho urbano. Para que seja um ambiente qualitativamente satisfatório e que possa suceder reações positivas pelos usuários. (John-2010) A instalação para adotar os mobiliários está atrelada com a complexidade do ambiente e da sociedade, onde a qualidade estética visual, o aspecto modular e multifuncional desses gerem estímulos para a atenção das pessoas, por meio da riqueza visual, forma e coerência entre os elementos. Conforme Amanda Burden ex-diretora departamento de Planejamento Urbano de Nova Iorque, quando analisa comportamento humano nos espaços capta que o primordial é o conforto, mobilidade e flexibilidade dos

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Submetido a esses aspectos, há necessidade também de retratar melhor a importância das áreas verdes e das atividades de lazer, que possuem influencia tanto para melhora do espaço urbano quanto para a vida da população. E também proposta aplicadas que visam a requalificação dos espaços fragmentados da cidade por meio de espaços livres de uso público que se baseiam na efetivação da cidade sustentável. Tendo como caracterização da acupuntura urbana, que concilia ao conceito de ecologia urbana para o desenvolvimento sustentável, possui objetivo de promover manutenção ou resgate da identidade cultural de um local ou comunidade. Esses temas serão tratados nas próximas seções. Apresentados como tópicos 1.4 Importância das áreas verdes e atividades de lazer e 1.5 Propostas para integração de espaços fragmentados.


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1.4 Importância das åreas verdes e atividades de lazer no meio urbano

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Um atributo muito importante no desenvolvimento das cidades, são as áreas verdes, as quais são muitas vezes negligenciadas ou vão perdendo seu espaço cada vez mais na malha urbana seu espaço nas cidades por causa do dinâmico processo de crescimento da cidade e sua intensa urbanização.

e com resultados diversos. As áreas verdes urbanas têm um papel importante em relação à qualidade de vida de seus habitantes e são essenciais na formação da identidade da comunidade, porque dão forma, pregam o caráter e a imagem de um bairro ou de uma cidade.

Mas ao longo dos anos cidades da Europa perceberam, que o processo de urbanização precisa ser adaptado, ofertando programas de desenvolvimento que buscam a melhoria da qualidade de vida no meio urbano. Isso seria a melhoria do meio ambiente, pois as áreas verdes exercem uma importante influência na qualidade da população urbana. Os elementos naturais no meio urbano são importantes para recompor o equilíbrio natural dos habitantes, promovendo a biodiversidade e trazendo benefícios estéticos, espirituais e psicológicos, muito além do simples crescimento de plantas. Assumindo papel primordial nos esforços para melhorar a qualidade de vida e no desenvolvimento sustentável.

“Áreas verdes urbanas são arenas onde a vida coletiva acontece – onde somos todos iguais e onde estamos todos “em casa”. Elas nos ajudam a definirmo-nos como sociedade e têm um papel importante para o bem-estar e a saúde pública.” (COSTA 2010)

As áreas verdes podem ter tipologias variadas e com características diferentes, podendo ser encontradas como formas de praças, parques, jardins, florestas. Denominada como espaço público não edificado, com característica de serem cobertos por vegetação, incorporados no tecido urbano, podendo ser realizados atividade de recreação ou passiva. Pelo fato das áreas verdes serem consideradas como espaço público, a administração pública é considerada responsável, de certo modo isso seria incorreto de se pensar, pois se é público e são todos que usufruem teriam que todos ser responsáveis para que assim haja constante cuidado sobre essas áreas. Porque as áreas verdes são consideradas um fator de custo alto, sendo muitas vezes desprezado pelo poder público. Para que não ocorra isso precisa haver participação da população, de sempre preservar a manutenção. (COSTA 2010) De acordo com artigo de Carlo Manzini (2008), no início deste século, há uma consciência de que se pode viver melhor e cabe a todos buscar novas realidades sustentáveis, por mais triviais que pareçam. Ações que demandam mudança comportamental são realizadas de baixo para cima (bottom up) porque dependem de uma série de iniciativas colaborativas que não podem ser impostas, mas precisam ser conquistadas. No entanto, podem ser planejadas, criadas e facilitadas por governos e instituições e assim envolver a comunidade local. Muitos estudos como os projetos Greenkeys e Jardins de Sheffield no Reino Unido, evidenciou que as áreas verdes sendo organizadas pela própria população ou pela gestão pública, promovem os mais variados benefícios de maneiras diversas, a usuários diferentes

A implantação dos projetos citados acima que são:

zelo de cuidar dos jardins, se importando com esses espaços e ocorrendo maior interação com os vizinhos. Nesse estudo (DUNNETT e QASIM, 2000) notou que a população atribuiu grande importância dos jardins, praças e parques paras crianças e jovens porque esses teriam maior contato com a natureza, um ambiente mais salubre, com menores índices de poluição e poderiam aprender a respeitá-la e valorizála desde crianças. Os benefícios que trazem são percebidos pelos moradores, turistas e visitantes independentemente do tamanho do espaço verde. Como também sob o aspecto ecológico, em quase todas as cidades do projeto Green Keys, o principal alvo é a preservação ou melhoria da vegetação natural, impactando na mudança climática apontada como uma das razões para a construção e preservação das áreas verdes (COSTA2010). Outro item apontado foi a promoção da saúde pública, pois as áreas verdes estimulam o lazer em forma de atividades físicas, melhorando a saúde física e psíquica a medida que produzem a sensação de bem estar e qualidade de vida. (COSTA, 2010).

Imagem 8: Qualidade do espaço verde em meio a um bairro da cidade da Alemanha empregado pelo projeto Greenkeys. Fonte: www.vitruvius.com.br

Greenkeys e Jardins de Sheffield resultou me cinco aspectos os quais foram analisados por Dunnet e Qasim (2000). Primeiramente foi notado que houve aumento da criatividade da população referente a faixa de 35 a 55 anos. Isso ocorre devido à redução do estresse diário, o efeito relaxante que árvores e flores exercem sobre o ser humano, reduzindo o estresse e deixando a pessoa mais feliz. O contato com a natureza trouxe conforto, os jardins eram vistos como um alívio e contraste necessário para os elementos rígidos do ambiente construído da cidade. A implementação dessas áreas trouxe aos usuários o

A partir destes fatos cabe destacar a importância também do lazer, não somente nas áreas verdes, mas também no meio urbano. De acordo com o artigo seis da Constituição e a Declaração Universal dos Direitos Humano, o lazer é um dos direitos sociais do homem, como também o direito à saúde, moradia, transporte, segurança e educação. Assim nota-se a relevância do lazer na sociedade. Porém, muitos fatores como o stress, falta de tempo e a instabilidade emocional, fazem com que o lazer passe de ser direito e sim necessidade. Pois a saúde da população está cada vez mais precária. E como o lazer trabalha com psicológico, o que terá rebatimento na saúde psíquica do organismo faz com que nossa saúde melhore, e diminua o stress ocasionado pelas pressões do cotidiano. Percebe-se que então a importância do lazer, pois envolve a questão do bem-estar físico e mental como ocorre também com a inserção das áreas verdes citada por Costa (2010). Então entende-se que o lazer é uma pausa na rotina do cotidiano comum para que se recupere forças para voltar a essa rotina. Para o estudioso Dumazedier (1980) o lazer pode ser definido em três funções: ativo, contemplativo e cultural.

Imagem 9: Participação da comunidade para melhora do espaço verde no bairro Fonte: www.vitruvius.com.br

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“O lazer, é um conjunto de ocupações às quais o indivíduo pode entrega-se de livre vontade, seja para repousar, seja para diverte-se, recrear-se e entreter-se.” (DUMAZEDIER – 1980)


proporciona prodigiosos insights que podem ajudar a resolver os problemas. Assim a contemplação é relacionado com composições do espaço , como visuais da paisagem, cores, texturas. Como o projeto highline, o qual há uma área para observar a cidade, o qual as pessoas vão sem nenhum propósito, mas acabam lendo livro, desenhando. Assim entende-se o conceito do lazer contemplativo de realizar atividade sem objetivo de produção final, ocorre espontaneamente. Já o lazer cultural está relacionado a absorção de cultura pelas pessoas, com aprendizado das pessoas com constituição de experiência, mas sem ser um ensino padronizado. Sendo caracterizado por intervenções culturais, ocorrendo em forma de exposições, oficinas, palestras. Ampliando o repertório na área de conhecimento da população, trazendo a educação de formas inusitadas e de fácil compreendimento.

Imagem 10: Estudo sobre o stress gerado pela população. Fonte: www.folhadesp.com.br

Imagem12: Espaço contemplativo no High Line. Fonte: www.pinterest.com

Percebe-se que então a importância do lazer, pois envolve a questão do bem-estar físico e mental como ocorre também com a inserção das áreas verdes citada por Costa (2010). Então entende-se que o lazer é uma pausa na rotina do cotidiano comum para que se recupere forças para voltar a essa rotina. Para o estudioso Dumazedier (1980) o lazer pode ser definido em três funções: ativo, contemplativo e cultural.

Imagem 11: População praticando atividade física, torna praça Ibirapuera em academia ao ar livre. Fonte: www.catracalivre.com.br

Já o lazer contemplativo, pouco se é conhecido, o qual trabalha com o conceito o ósseo pelo ósseo, para “desanuviar” a cabeça e evitar o stress, podendo ocorrer atividades que não são planejadas. Algo que ocorre espontaneamente, não possui um objetivo. À priori não possui algum objetivo, mas podendo ocorrer O lazer contemplativo não possui importância na região ocidental, tendo em vista que poucas pessoas possuem entendimento do que seria esse lazer, isso ocorre pelo fato da cultura estar relacionado ao modelo de produção que sempre visa um produto final, de que ao fazer algo se destina à obter algo. Só que para o modelo de sociedade que se vive nos tempos de hoje, é primordial em estar introduzindo essa atividade no cotidiano. Para os orientais essa atividade do lazer contemplativo está enraizada em sua cultura, como por exemplo a meditação (a qual vem sendo divulgada aos poucos) que possui rebatimento incrível na saúde mental, sua prática ajuda a limpar a mente reduzindo o stress, amplia a capacidade de lembrança, e acima de tudo,

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Agregando experiências novas adquiridas podendo de alguma forma pode utilizar esse conhecimento em algum momento da vida das pessoas. “ Lazer para desenvolver sua informação ou formação desinteressada, sua participação social voluntária ou sua livre capacidade criadora após livrar-se ou desembaraçar-se das obrigações profissionais, familiares e sociais”. (DUMAZEIDRE, Jofre 2001)

Assim fundamenta-se a importância das áreas verdes e do lazer podendo ocorrer unidos ou não. O lazer permitindo uma participação social maior e mais livre, a prática de uma cultura desinteressada do corpo, da sensibilidade e da razão, além da formação prática e técnica; oferece novas possibilidades de integração voluntária à vida de agrupamentos recreativos, culturais e sociais. As áreas verdes complementam essas atividades amenizando o ambiente urbano, ocorrendo a integração da natureza com a população de modo a sensibilizar sobre sustentabilidade. Aliando esses dois fatores


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1.5 Integração de espaços fragmentados para cidades mais sustentáveis

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Como já destacado no texto, os espaços fragmentados são consequência do desenvolvimento urbano pautado por um modelo urbano que valorizava o automóvel, dando a importância a estrutura viária, tirando o pedestre do meio urbano, perdendo assim sua identidade. Mas para solucionar essas defasagens. Intervenções estão sendo realizadas para reverter esse processo, criando dinâmica urbana. A seguir será apresentado modelo de intervenção em busca de cidade humanizadas e pensadas mais para as pessoas, mas também trazendo ambientes que envolva a cidade mais saudável e sustentável. Tendo caráter de acupuntura urbana como compromisso de solidariedade. Integrando moradores com práticas socias e ambientais. Pocket Parck A efetivação da cidade sustentável perpassa por atitudes contemporâneas de correção das distorções do crescimento urbano e de melhoria da urbanidade dos espaços abertos. O empoderamento de comunidades locais em prol de uma modificação de uma condição urbana que pode afetar para trazer a melhora da qualidade de vida das pessoas

é um hábito a ser criado e explorado como solução complementar as políticas públicas. E uma das alternativas seria o conceito de pocket parks para aumentar a quantidade de espaços abertos de uso público para todas os cidadãos e podem ser configurados para promover atividades sustentáveis, envolvendo lazer e cultura em espaços fragmentados. Os pocket parks ou miniparks aparecem como solução para os espaços residuais funcionando como pequenos espaços de lazer e descanso, onde sua função irá depender de seu entorno e seu design deve compreender complexidades sociais do bairro. Com isso, a escolha do local de implantação deve se analisada. Essa intervenção retrata como Jaime Lerner (2011) defende de a acupuntura das novas estruturas, através das instalações portáteis, que possam ser colocadas no local até revitalizar áreas que estão fragmentadas, garantindo vida urbana. A questão do imediatismo para recuperação das áreas. De acordo com o Instituto Mobilidade Verde (acesso 20/04/2018) o conceito de pocket park surgiu em Nova York por Thomas Hoving o qual implantou

em 1967 o Paley Park. Este projeto inspirou a criação de novos parques na cidade, tendo como proposta pequenos oásis urbanos no meio do ritmo frenético e acelerado da cidade, essa estrutura tem como objetivo ser implantada em terrenos vazios que poderiam serem ocupados por edifícios, mas acabaram tornando em um ambiente de descanso para usuários da cidade melhorando a qualidade de vida de quem os frequentam pois esses espaços sempre buscam transformar espaços públicos em espaços humanizados de forma a promover a interação social estimulando as pessoas a terem contato com estes locais. “A localização de um pequeno parque é crucial porque o que acontece ao seu redor determina seu uso, o tipo dos usuários e o tempo que será utilizado assim como suas atividades. Um parque pode servir a uma boa variedade de pessoas somente se estiver localizados onde os usuários em potencial estão concentrados.” (MARCOS, FRANCES 1998)

Agricultura Urbana Defendo a cidade humanizada, há necessidade

Imagem 13: Criação do Pocket Parck próximo da faculdade Newcastele,para aumentar o envolvimento dos moradores. Fonte: www.ncl.ac.uk

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Imagem 14: Agricultura Urbana na cidade de Detroit. Fonte: www.detroit.curbed.com

de relatar intervenções não convencionais, mas que trazem resultados importantes para meio urbano. Criando cidades não somente humanizadas, mas fortificam a relação entre os moradores a cidade e o meio ambiente. A agricultura urbana, integra os habitantes, ajuda o meio ambiente, e a economia. É uma intervenção ligada ao tripé do urbanismo sustentável. As fazendas e pomares são caracterizados em estar inseridos em zonas rurais, mas meados do século XX as cidade possuíam-nas em seu perímetro urbano, só que com o aumento da população a qual levou há um grande adensamento, aumentando o valor da terra nas metrópoles e também gerando aumento da produção de alimento, se tornou difícil de estabilizar no perímetro urbano e assim se encontra nas zonas rurais. (Mollisson – 1998) Nos dias atuais as fazendas vêm sendo introduzidas nas cidades tendo diversas dominações como; horta urbana, permacultura urbana e agricultura urbana, cada um possuindo técnicas diferentes para produção de alimento. Muitos dos casos são implantadas em lotes, edificação e áreas não utilizáveis sem uso social, o qual não possui nenhuma atividade. Como terrenos baldios, áreas industriais, canteiros de estradas, telhados de balcões e entre outros. A realização dessa atividade é muitas vezes implantadas por moradores, agentes sociais ou comunidade, há um impasse na aplicação dessas atividades por causa da burocracia e falta de interesse das autoridades públicas. As práticas são benéficas tanto para o meio ambiente quanto para população, trazendo conceitos

sustentáveis, pois quando incorpora a horta ao meio urbano a população tem aproximação com a natureza reconectando os moradores com a cidade e ao meio ambiente. A presença e o convívio com a natureza no cotidiano proporcionam o equilíbrio mental. Ao instituir um sistema de agricultura urbana, será possível observar mudanças tanto na qualidade dos alimentos quanto na saúde dos produtores e consumidores. A produção da agricultura urbana traz vantagem no clima no aumento na parcela de zona verde das cidades, melhorando a qualidade do ar, sendo ele mais puro e reduzem as ilhas de calor, pois com o cultivo da terra faz com que absorva o calor reduzindo as flutuações de temperatura. Outro fator que trazem benefícios são a utilização dos resíduos orgânicos como adubos, diminuindo o número de lixo nos aterros e a locomoção e de caminhões de lixo na cidade, consequentemente diminuindo também a emissão de gás carbônico.

esvaziada por causa da queda econômica a maioria dos habitantes perderam seus empregos. Tornando a cidade abandonada, configurada por lotes vazios e casas degradadas, lixos por todos os lados. Os moradores tinham medo de continuar Detroit pois não tinha vitalidade, a cidade se tornou terra de ninguém. A solução para recuperar a vitalidade do bairro foi implementado agricultura urbana nos terrenos abandonados por iniciativa da ONG Michigan Urban Farming Initiative (MUFI). Desde que a atividade da agricultura urbana começou nos terrenos abandonados a população abraçou a causa e assim a relação da vizinhança mudou, agora possui vitalidade nos espaços públicos tendo segurança e possuindo valorização dos imóveis, sem contar que o cultivo já produz o suficiente para beneficiar gratuitamente mais de duas mil famílias que moram na região.

A agricultura urbana é uma das formas de trazer economia, pois a sua produção faz os moradores comprar alimentos locais, os quais são de qualidade ajudando assim estabilidade financeira da comunidade. Todos esses detalhes configuram os conceitos da sustentabilidade, envolvendo questões social, ambiental e econômico tornando assim um ambiente saudável. Detroit Um dos principais exemplos dessa atividade é a cidade de Detroit nos EUA, para recuperar bairro abandonado. A cidade começou a ser a ser

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Imagem 15: Moradores cuidando da horta cidade de Detroit. Fonte: www.detroit.curbed.com


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1.6 ConclusĂŁo

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Os fragmentos urbanos estão cada vez mais presentes nas cidades contemporâneas devido ao processo de urbanização pautado no modelo de urbanismo que tinha como proposta a setorização e hierarquização priorizando o automóvel em detrimento dos pedestres. Dando fim ao espaço urbano e a vida na cidade, resultando em cidades sem vida e vazias de pessoas. Criando uma cidade segregada socialmente e espacialmente, devido ao espraiamento da malha viária da reclusão para edificações devido não possuírem relação com espaço urbano. Portanto a cidade contemporânea sofre problemas de ordem econômica, social e ambiental. Evidenciando a perda. Há necessidade de trazer o modelo de cidades compactas, densas e diversificadas que pregam áreas multifuncionais de forma que reconstitua os espaços fragmentados. Onde atividades sociais e econômicas se sobreponha, não havendo necessidade do uso do automóvel. Criando uma cidade sustentável. Pois além de tratar questões sociais e econômica, o modelo de cidade compacta pode trazer benefício ecológicos maiores devido a integração de atividades, havendo níveis menos de poluição e utilização de recursos. Portanto a cidade de Ribeirão Preto sofreu pelo processo de cidade espraiada, envolvendo dicotomia geográfica e social. Tornando uma cidade dispersa e pouco humanizada, criando fragmento na área central e ao seu redor. Desta maneira deve ser criado espaços públicos livres dignos e com qualidade para população, envolvendo valores socias e ambientais. Concebendo espaços humanizados, para pedestres e ciclistas possa circular livremente havendo fácil socialização, despertando a sensação de pertencimento. Juntamente com práticas para que haja práticas ecológicas, para que assim haja verdadeiramente a formação de uma cidade sustentável. Garantindo a vitalidade nas áreas urbanas e a perda dos fragmentos. O propósito é intervir em áreas fragmentadas (lotes vazios) que sofreu com o avanço da cidade. Implantar espaços públicos na ordem da escala humana. Tendo caráter de acupuntura urbana, para sarar esses espaços doentes. Como se essa pequena intervenção fosse uma pequena agulha que quando fixada na pele pode ser capaz de repercutir todo um sistema para um organismo. Trabalhando com lotes vazios, que possam absorver programas que desenvolva práticas ecológicas e atividades de culturais e lazer. Tendo a intensão de criação de um sistema de áreas verdes que conecte pela malha viária. Toda essa forma de ser trabalhada as práticas ecológicas juntamente com atividade de lazer entre os lotes criase um elo da comunidade transformando uma rede de solidariedade. Amenizando atitudes anti-ambientais da cidade contemporânea e perda dos fragmentos urbanos. Os ideais do projeto se concretizam com afirmação a seguir: “A crise ambiental e social de nossas cidades está ocupando mentes. O apelo por sustentabilidade revive a necessidade de um planejamento urbano bem elaborado e demanda um repensar de seus princípios e objetivos básicos. A crise da civilização moderna exige [...] à criação de cidades sustentáveis”. ( ROGERS – 2001 p.168)

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2 Das referências projetuais

A seguir será apresentado referências projetuais, que possuem importância para concepção do projeto. Os projetos abordam diferentes atividades em escalas diferentes. Mas tendo o princípio da reativação do espaço público pensando em uma cidade sustentável e saudável.

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2.1 O sistema R-Urban

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FICHA TÉCNICA Projeto Voluntário realizado pelo estúdio de arquitetura auto gerenciado (AAA) Parceria: Programa LIFE mais da UE de governação ambiental Cidade: Colombes- França/ subúrbio noroeste de Paris. ESTRATÉGIA Promover táticas urbana em espaços que caíram em desuso, propondo em

nesses espaços três projetos pilotos: AgroCité, RecycLab e EcoHab. Os quais serão implementados na escala da vizinhança, conectados em pequena distância tornando de fácil acesso para os moradores do local. Cria-se um sistema de rede entre eles, tornando infra estrutura da região empregada. São construídos como nós de um sistema metabólico ecológico que é visível e circular. Podendo ser aplicado em qualquer cidade. Primeiro protótipo foi realizado no centro da cidade de Colombes, contendo 80.000 habitantes.

RecyLab EcoHab

AgroCité

Imagem 16 - Perspectiva localizando os projetos estão inseridos. Colombes. Fonte: Google Earth

OBJETIVO Melhorar a capacidade de resiliência urbana por meio de princípios ecológicos sustentáveis e reativar a cultura de colaboração e compartilhamento que empregarão atividades econômica, habitação, agricultura urbana e reciclagem, administrado pelos próprios habitantes, mudando o estilo de vida para viver de forma ecológica. De modo possa superar as crises atuais seja ela ambiental, econômica e social.

pelos usuários seria a pé ou de bicicleta. Então foi analisado o percurso (caminhada e bicicleta) entre os projetos como mostra a imagem ao lado. Notase juntamente com a imagem 3 que os percursos são fáceis de realizar mas são um pouco longo, sendo que caminhando é de 1.2 km e bicicleta 1.5 km. Conforme Guel (2009) o passeio ideal para qualquer pessoa seria de 800m. A imagem 1 apresenta o funcionamento da estratégia do projeto em um desenho esquematizado. Já na imagem 2 implementação dos projetos em seus referidos lotes.

Conclui-se pelas imagens 1,2 e 3 que quando o projeto é implementado pode ocorrer variações. O projeto estava proposto para escala da vizinhança mas ao ver a disponibilidade de lotes vazios o projeto acabou se tornando para escala do bairro. Tendo uma maior distancia entre eles, dificultando o acesso e sua conectividade. O que era para ser uma concentração acabou dispersando. É importante ter esse olhar para quando propor o projeto ter zelo para que não ocorra o mesmo. Pois precisa envolver o público alvo pela malha urbana de tal modo a fazer parte do seu cotidiano.

Imagem 17 - Croqui do modelo projeto. Fonte: Site R-urban

MOBILIDADE Por a estratégia do R-URBEN propor projeto de vizinhança e com isso propõe fácil acesso, com isso pode-se entender que a mobilidade realizada

Imagem 18 - Implantação do projeto na cidade Colombes. Fonte: Google Earth.

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Imagem 19 - Implantação do projeto na cidade Colombes. Fonte: Google Earth.


R-URBAN para desenvolver seu objetivo criou centros urbanos individuais que fornecem ferramentas e espaços para atores e ativadores, ao mesmo tempo em que fornecem infraestrutura, treinamento e capacidade para construir práticas resilientes. imagem ao lado. Os centros foram divididos em três sistemas ecológicos que darão suporte ao bairro sendo eles: AgroCité (agricultura urbana) RecycLab (plataforma de reciclagem) EcoLab (habitação ecológica). Como mostra a imagem ao lado.

Imagem 20 - Localização dos projetos no mapa Fonte: Google earth

RECYLAB RecyLab é uma unidade de reciclagem, que trabalha com materiais que podem ser reciclados, criando novo uso á eles. O objetivo desse centro é pensar por meio desses materiais novos métodos ecológico de construção. Disseminando novas práticas por atividades educacionais e oficinas. Composto por espaços separados que incluem; pontos de coleta de materiais, oficinas de reciclagem e reutilização, análise de construção ecológica, espaços para reuniões, laboratório para reparação de objetos. Nota-se pelas imagens acima que o projeto foi implantado em um lote bem próximo á rua, sendo de fácil acesso para o usuário, de modo a se tornar presente no cotidiano dos moradores que passam pela área. Associando esse fator com a vasta vegetação do local, o ambiente se torna acolhedor propício para encontros e realizações de atividades.

Imagem 21 localização do projeto Recyclab Fonte: Google Earth.

Imagem 22 - Perspectivas de pontos diversificado do Recyclab. Fonte: Site R-Urban

Imagem 23 Esquematização do projeto em 3D. Fonte:Site R- Urban

ECOHAB A Ecohab trata-se de uma unidade ecológica, por se tratar de assunto delicado o projeto ainda não foi concluído. Sua proposta seria experimentar padrões de vida ecológicos compartilhar serviços e espaços, reciclagem de água, jardins intensivos, energias renováveis, etc. entre habitação social, estudantil residencial e instalações comunitárias. Nota-se pela imagem ao lado que o projeto foi pensado na incidência solar para melhor captação de energia por meio das placas fotovoltaicas.

Imagem 25 localização do local onde será implementado o ECOHAB Fonte: Google Earth Imagem 24: 3D projeto Ecohab Fonte: Site R Urban

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AGRO CITÉ AgroCite é uma unidade agricultura urbana, que apoia atividades culturais e educacionais. Essa estrutura híbrida é administrada por empresas sociais e organizações locais. O projeto é composto por: hortas comunitárias, uma micro-fazenda experimental (laboratório de agricultura), jardim educativo (espaço pedagógico). Uma estufa compartilhada para plantas e mudas equipamento feitos para coleta de água da chuva. Como pode ser analisado na imagem abaixo. Na equipamento é empregada dinâmicas sociais coletivas como: - Mercado de vegetais e produtos agrícolas da própria horta. - Forno de pão coletivo - Café associativo - Biblioteca de sementes

Imagem 26 Vista aérea da unidade Agrocite Imagem: Google earth.

Imagem 27 Lote implantado o Agrocite. Fonte: Google earth

Imagem 28 Palestras e atividade no equipamento Fonte: Site R-Urban

Imagem 29 - Habitante envolvidos com a horta. Fonte: Site R-urban

É importante destacar que a inserção do projeto desde 2010 os habitantes estão interessados pela política urbana sustentável. Além da comunidade estar mais unida. As crianças estão presentes, relatam que agora eles sabem a energia que gasta para produzir um tomate, ou qualquer legumes. AgroCite tornou algo tão importante para sociedade que atualmente funciona como escola de compostagem. O produtos orgânicos receberam certificado regional por causa da qualidade do produto produzido.

Ambiente para atividades diversificada, como café associativo, mercado vegetais, oficinas de aprendizado para o cotidiano. Imagem 31 Ilustração em 3D do Agro Cite, legumes e verduras da horta para vender e crianças aprendendo a costurar . Fonte: Site R-urban

Imagem 30 - Setorização da horta do AgroCite. Fonte: Site collectifetc.

IDENTIDADE VISUAL O grupo de arquitetura (AAA) emprega para os projetos do R-URBAN a importância do identidade visual, pois como se trata do sistema de redes que dialogam entre si e estão implantados em lotes distintos e distantes, é necessário trazer esse fator para que ocorra a fácil identificação e entendimento para população.

Por tratar de projeto para comunidade o partido foi pensar o meio mais comum, que seria a casa. Cortou a representação da casa e a usou como blocos para configurar cada equipamento. A construção desses são feitas de materiais reutilizáveis, a madeira é principal elemento da identidade do R URBAN

A identidade é algo muito relevante a se tratar para um projeto pois a visão é a primeiro contato que o público irá ter e é por meio dele, que ele vai apreciar ou não.

Madeira reutilizada Container Imagem 32 e 33 – Fachada AgroCite e RecycLab. Fonte: Site rurban

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2.2 A versatilidade da pracinha Oscar Freire

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FICHA TÉCNICA

ESTRATÉGIA

Localização: Rua Oscar Freire, 974 São Paulo – SP Autor: zoom urbanismo arquitetura e design Medida: 300m² Inaugurado: maio 2014

A Pracinha Oscar Freire foi construída dentro do conceito de Pocket Park ou “espaço livre” cujo objetivo é transformar espaços públicos ou privados em lugares mais humanos, alterando o seu uso e a sua função. Mesmo o conceito do Pocket Park sendo antigo é uma estratégia eficaz para promover vitalidade na cidade contemporânea, adequando o espaço à escala humana possibilitando refúgios para o descanso, contemplação e integração.

OBJETIVO A Pracinha Oscar Freire está localiza em uma das ruas mais conhecida de São Paulo, pelo grande comércio e lojas de grife ao longo de toda rua. O nome do projeto deriva-se do próprio nome da rua. Segundo o Instituto de Mobilidade Verde o projeto teve como objetivo melhorar a qualidade de vida do bairro, levando novos tipos de espaços abertos ao público, potencializando a vida nas ruas. Por estar em uma área central o projeto incentiva o trabalhador a sair do cotidiano e levar o escritório para uma área livre e também realizar diversas atividades culturais, eventos e worshops. O projeto teve iniciativa da Reud, uma empresa de desenvolvimento imobiliário cujo projeto foi desenvolvido em parceria com o Instituto Mobilidade Verde uma ONG sem fins lucrativos.

No lugar de uma simples rampa de acesso de estacionamento, nasce uma pracinha em meio a um dos pontos econômicos mais importante da cidade com acesso público e gratuito. É um ponto de “respiro em meio as lojas comerciais. Como pode ser analisado nas imagens abaixo. Estacionamento Rampa/Pracinha Pracinha Oscar Freire

PROJETO

Imagem 35 Perspectiva aérea da área do local onde projeto está inserido Fonte: Google earth

não possui elemento arbóreos suficiente para sombrear e amenizar o clima no espaço possui poucas vegetações, apenas algumas nos vasos e no muro como muro vertical. Como pode ser analisado nas imagens abaixo.

Para integrar o espaço livre com a cidade de forma convidativa, trazendo fluxo de pedestre para praça e sem bloquear o acesso do estacionamento. A rampa principal à praça foi pintada com efeitos tridimensionais, integrando a calçada pública á pracinha, destacando a área das lojas ao redor caracterizando a identidade da praça, possui como finalidade de chamar atenção dos motoristas de que a circulação de pessoas do local é prioridade. Comparando o antes e o depois nas imagens acima,

Imagem 34 Vista aérea do local onde a pracinha está inserida pracinha da Oscar Fonte: Google earth

Imagem 37 e 38 Antes e depois da inserção do projeto Fonte: google street view

percebe-se que área possui vitalidade, transformou em um ambiente acolhedor e convidativo. Atraindo os olhares de quem passa pela calçada.

Imagem 39 e 40 - Vegetações da pracinha e vista aérea da Pracinha. Fonte: Pinterest

A praça foi construída em 2 patamares de forma que pudesse ser mais acessível para cadeirantes e pessoas com mobilidade, por meio do deck, o uso da madeira tornou o espaço mais orgânico e convidativo, sendo espaço de permanência enquanto a parte da rampa com seus desenho tridimensional é a parte de transição. Imagem 36 Fachada do projeto pracinha Oscar Freire Fonte: Pinterest

As áreas sombreadas são proporcionadas pelos edifícios existente no entorno, sendo que o espaço

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Imagem 41 e 42 - Patamar deck e a rampa com pintura diversificada e patamares em deck. Fonte: Pinterest


FLEXIBILIDADE DO MOBILIÁRIO A pracinha Oscar Freire proposto como instalação urbana temporária, uma arquitetura efêmera para que pudesse analisar como a população reagiria e se adaptaria ao espaço. Mas pelo seu grande sucesso com os usuários a pracinha se tornou permanente, pessoas vão para Oscar Freire para conhecer a Pracinha. Isso se concretizou devido a pracinha ter como partido a versatilidade isso seria, tratar o ambiente pensando na dinâmica da cidade contemporânea se vincula a vida nas grandes metrópoles, que a todo momento está em mudança, adequado assim necessidades da população ao espaço. Então percebe-se que foi importante a análise do contexto para inserção do projeto. Essa flexibilidade é empregada por intermédio de tratar a área pela escala do mobiliário. Pode se dizer que o modo em como a pracinha foi projetada em dois níveis o deck se transformou em um grande mobiliário multifuncional com a inclusão do conceito de escadas “bancos” de forma que todos os pontos de acesso são bancos para sentar, além de oferecer bancos e cadeiras moveis, podendo movimentar para qualquer canto. Por meio desses dois níveis aplica-se atividade flexíveis dependendo do que o entorno precisa e também atividade lúdica para as criança. A cada atividade a ser exercida o mobiliário vai mudando e consequentemente a pracinha também, despertando o interesse das pessoas até mesmo as que já frequentam. Esses mobiliários são trazidos por quem está promovendo atividade, por exemplo, quando há atividade gastronômica foodtruck fornecem bascos e cadeiras bistrot, ou também pelas lojas que estão próximas. Compreende-se que o projeto é caracterizado pelo mobiliário urbano, ele determina o funcionamento das atividades na pracinha. É com esse olhar de pensar na escala diminuta do mobiliário para atender a demanda da dinâmica da cidade, tornando-o flexível que pretende a levar em consideração para o projeto proposto. No período noturno ou quando a pracinha não possui nenhuma atividade , o espaço é todo iluminado, de forma a se destacar entre os edifícios ao seu redor, chamando atenção por quem passa pela rua. Em épocas festivas também há decoração com luzes para, cativando a população a entrar. Como pode ser observado pelas imagens. Esse modo de tratar a iluminação como objeto para valorização do ambiente, faz com que não ocorra marginalização e depredação.

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Imagem 43 Escadaria do mobiliário Fonte: ArchDaly

Imagem 44 Área de integração do mobiliário Fonte: ArchDaly

Imagem 45 Iluminação do projeto destacando o interesse do´pedestre. Fonte: ArchDaly

Imagem 46 Mobiliário e seus enfeites. Fonte: ArchDaly


ARTE COMO CULTURA A pracinha está inserida entre dois edifícios, sendo um de pórtico bem alto e outro um pouco mais baixo. Em umas paredes desses edifícios funcionam como quadro branco, de tempos em tempos artistas urbanos são convidados a exporem seus trabalhos, já o outro lado a parede é toda pintada de verde imitando quadro de negro, onde as pessoas podem desenhar, citar poemas e escrever coisas que mais gosta de fazer com giz. Em um workshop as crianças puderam deixar também sua arte no muro, despertando assim o lado criativo. Como pode perceber nas imagens ao lado. Ocorrendo assim aproximação das pessoas com a arte e também de expressarem por meio dela. Essa ação faz com que a população adquira senso crítico, pois a arte urbana envolve questões polêmicas. Note que essa manifestação artística pública que interage com o ser humano, é encontrada onde o cidadão comum poderá se deparar com a diversidade cultural que abrigam os centros urbanos, sem necessariamente ter se dirigido a um centro cultural. Como é efeito, a Arte Urbana representa o encontro da vida com a arte, ou melhor, a fusão de ambas. Por promover a arte como cultura torna um dos espaços preferidos a ser frequentados na Oscar Freire.

ATIVIDADE A TODO MOMENTO... A pracinha é conhecida pelas suas programações diversificadas, sendo elas recreativas, relaxantes, contemplativas, workshop, eventos, shows, food truck. Percebe-se então que a pracinha atinge todas atividades, seja ela ativa com realização de esportes, contemplativa apenas parado sem fazer nada conhecido como ósseo, e atividade culturais, como shows. E a cada atividade estabelece um olhar diferente á pracinha, pois vai gerando vinculo das pessoas com a pracinha. No principio a pracinha

Imagem3 - Desenho em 3D da pracinha Fonte: Arquivo Pessoal

Imagem 47 - Jovens interagindo com mural instalado no lado esquerdo da praça Fonte: Instagram.

Imagem 48 - Projeto de intervenção na pracinha com as crianças Fonte: Pinterest.

Imagem49 - Desenho em caricatura. Fonte: Pinterest.

seria um ambiente de trazer o trabalho pra fora do edifício pois está localizada em uma área comercial, mas se tornou algo muito mais, hoje é considerada como ponto de encontro para socializar, relaxar, um “refugio’ no meio da metrópole o que de certo modo é o conceito do pocket park. 1

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Img50: Atividade contemplativa. Pausa para descanso no expediente do expediente - Img51: Show de música clássica. Img52: Desenho em caricatura. Img53: Cinema ao ar livre. Img54: Aula de Ioga. Img55: Atividade física. Img56: Food Truck. Img57: Show de Jazz Fonte: Pinterest.

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2.3 A priorização do pedestre no Largo do Paissandu

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FICHA TÉCNICA LOCALIZAÇÃO: Centro de São Paulo AUTOR: Prefeitura de São Paulo EXECUÇÃO: Metro Arquitetos PARCERIA: Banco Itaú OBJETIVO Segundo a Secretaria de São Paulo, a região central da cidade sofreu, ao longo da segunda metade do século XX, um processo de desvalorização simbólica e degradação de suas condições ambientais, paralelo à expansão da mancha urbana e o surgimento de novas regiões com funções de centralidade. O Centro passou a ser um lugar de passagem e não um espaço de estar, que convide à convivência e ao desfrute de seus potenciais e qualidades históricas. Tal configuração espacial não apenas produz uma sensação de insegurança aos usuários, como não atende suas demandas e necessidades cotidianas. Com isso o objetivo é requalificar a área central, de modo que haja o envolvimento da comunidade na área, convidando os usuários a participar de forma envolvente, e que atenda a dinâmica metrópole. Para que assim haja ativação do espaço público

Lago Paissandu encontra-se na área central de São Paulo, localizado entre a rua Largo Paissandu e Av. São João. A praça é constituída pela Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Homens Preto, a qual foi construída em 1955. No século 19 a praça ficou conhecida pelo circo que era instalado. Para implementação do projeto , foi necessário a analise do entorno da relação da população com a área , partindo do conceito do design participativo, por meio de pesquisa e enquetes.

Imagem 58 – População espera no ponto de ônibus . Fonte: Gestão Urbana de São Paulo

Por tratar de um área histórica notou-se que a ocupação do solo é misto, tendo ocupação comercial e moradia, com isso pensa em abordar nessa área o projeto a escala vizinhança, para transformar o espaço intimista, tendo oportunidade de sentar e descansar e realizar atividades. Cada “ambiente” criado foi em consideração ao entorno e dos pontos que a praça encontra a AV. São João e rua Largo Paissandu para atrair a população para ter permanência. Assim se define duas áreas, nos extremos da praça: sendo área de permanência e área e de atividades.

Imagem 59 – População a espera no ponto de ônibus . Fonte: Transporte Público de São Pauo

ESTRATÉGIA. As estratégicas para ativação do espaço público teve como partido a proteção e priorização de pedestres e ciclistas pela reestruturação da malha viária. Transformando as estruturas existentes e renovar as formas de uso, por meio de atividades diversificadas e instrumentos para que haja o fortalecendo do domínio e gere identificação do público com o local. A vida urbana depende das pessoas ativando o espaço público. Pedestres são uma parte fluida da cidade, dando vida aos espaços por um tempo determinado. Quanto mais tempo cada pessoa fica no espaço público, mais vida urbana é acumulada nestas áreas. Por isso, ofertar oportunidades para estar e conviver com outras pessoas torna-se muito importante para criar uma cidade mais acolhedora. O projeto teve como orientação o grupo do arquiteto Jan Guel.

Imagem 61 – Localização do Largo e seu entorno. Fonte: Google Earth. https://earth.google.com

Imagem 60 - Mapa do centro de São Paulo Fonte: Centro Aberto São Paulo.

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MOBILIDADE

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Ampliação do canteiro em frente à Morada São João – abrigo municipal para a terceira idade – ganhou caráter de praça com a instalação de bancos, equipamentos de ginástica e mobiliário portátil. Para ativação dessa área foram criadas áreas de priorização de pedestres ao longo da Av. São João para que haja fácil acesso até o Largo. Por meio de extensões de faixas de pedestres existentes e criação de novas faixas em cruzamentos e pontos estratégicos.

R. Barão de Campinas

Av. São João Largo Paissandu

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Tendo destaque por cores para que proporcione impacto visual , despertando a sensação de conectividade, garantindo o acesso confortável, e fácil para o Largo. Reduzindo o tempo de travessia dos pedestres e garantindo mais segurança em um local de intenso fluxo. Melhorando a experiência de mobilidade ao longo da rua.

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Implantação da faixa em diagonal no cruzamento das Avenidas São João e Ipiranga reduz o tempo de travessia dos pedestres e garante mais segurança em um local com fluxo intenso de pedestres. Redução de 49,5% de travessia fora da faixa . Ao analisar a imagem área do Largo Paissandu pode-se perceber que houve melhoras na vias, havendo uma reestruturação. A Calçada foi aumentada para melhor circulação dos pedestres. Houver a implementação de ciclovias e os restante a via foi dividida para uso exclusivo de ônibus e carros. A Hierarquia física ligada aos modais Melhorando assim tanto a transição dos pedestres quanto dos veículos e ofertando novas formas de mobilidade para chegar ao Largo do Paissandu, evitando a mais comum, o automóvel. Img1: Ampliação do canteiro. Img2: Ampliação faixa de pedestre em diagonal. Img3: Vista aerea. Img44: Vista aérea. Img5: Ampliação faixa de pedestrel. Img6: A condição de espera do transporte público nos pontos de ônibus foi aprimorada com a instalação de bancos nos pontos. Img7: Criação de nova ciclo faixa na Rua Antônio Godói. Img69: Diferenciação dos diferentes modais Fonte: Centro Aberto São Paulo e Google StreetView

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PERMANÊNCIA NO ESPAÇO PÚBLICO O local que encontra a rua Largo Paissandu, situa os edifícios residências, determinando assim área de contemplação, descanso e lazer sendo implantando no canteiro ao lado da igreja e próximos aos edifícios residenciais. O ambiente foi dividido em três partes: deque, parquinho e base de apoio. A área também apoia atividades e oficinas para criança, como jogos e teatros. A outra área foi planejada para realização de atividades culturais e comerciais disponibilizando redes wifi.

Imagem 68 – Área comercial na Av. São João. Desatacando galeria do Rock. Fonte: Pinterest Imagem 69 - Mapa do centro de São Paulo Fonte: Gestão Urbana São Paulo

As atividades culturais sucede em um tablado circular recebe apresentações artísticas como shows, batalha de break e oficinas de dança, e as comercias são feiras e comida de rua. Pois há fluxo de pessoas devido estar próximo a av. São João, onde estão localizados os pontos de ônibus e os prédios comerciais. Assim tanto as pessoas que passam pela rua quanto as que estão nos edifícios podem observar de qualquer ângulo e ver o que esta ocorrendo, despertando o interesse de participar, podendo assim vivenciar um espaço público vibrante e ativo.

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Essas duas áreas proporcionam e promove o convívio e intercâmbio entre os usuários locais e recémchegados, estudantes, residentes, trabalhadores de escritórios, comerciantes, entre outros. com ações que apoiam o uso e a permanência na praça e incentivam atividades ao ar livre. 6

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Img 1: Parquinho Img 2 e 3: Deck e assistência ao fundo Img 4: Feira Img 5: Batalha de break em consonância com Galeria do Rock e a Vitrine da Dança, ambos em frente. Em destaque em vermelho as pessoas do edifício observando o show.

Imagem 70 – Demarcação da área residencial e comercial. Fonte: Google Earth. Área comercial Área residencial

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PERMANÊNCIA NO ESPAÇO PÚBLICO Para dar suporte, manutenção e conservação para garantir que o projeto não fuja de seus ideais. Há uma base de apoio ao lado deck.

dar condições de lazer às diversas crianças do entorno do Largo Paissandu. Essas crianças fazem uso contínuo do parquinho, inclusive à noite, e sua presença contribui muito para aumentar a sensação de segurança nesse local.

A base de apoio garante que os espaços e equipamentos estejam limpos e bem cuidados ao longo do dia e da noite. Os monitores garantem a disponibilização do mobiliário portátil e orientação de seu empréstimo. Também contribui com informações sobre o projeto, podendo sanar dúvidas dos usuários, receber críticas e sugestões e orientar a utilização do espaço. A presença dessa pessoa no espaço é um convite ao diálogo e ao engajamento dos usuários ao projeto.

Imagem 71 Descanso Fonte: Centro Aberto São Paulo

Para implementação do projeto , foi necessário a analise do entorno da relação da população com a área , partindo do conceito do design participativo, por meio de pesquisa e enquetes. Imagem 72 -Usuários utilizando Wi-fi Fonte: Google Street View

Por intermédio da análise do entorno, consolidou que o Paissandu, é composto por pouco mobiliário de descanso e também pouca vegetação arbórea, de modo a ser caracterizada como área de circulação. Para dar suporte a permanência no espaço trouxe como oferta mobiliários que trazem oportunidades de sentar adequadamente, potencializando duas áreas citadas anteriormente e também caracterizase esse ambiente comercial e residencial. melhorando as condições do Largo. Os mobiliários portáteis inseridos no deck, como cadeiras de praia, mesa e cadeiras dobráveis e ombrelones, oferecem condições de conforto físico e visual para permanecer na praça, descansar após o almoço e conversar. Para utilização desses mobiliários é preciso fazer locação na base de apoio.

Imagem 73 População a espera do ônibus Fonte: Centro Aberto São Paulo

Imagem 74 –Base de apoio. Fonte: Centro Aberto São Paulo

Os bancos de praça de mureta ficam depostos pelo Largo, para espera do transporte público, também aproveitando para utilização da rede Wi-fi. Ao analisar o mapa acima percebe-se que há escassez desse mobiliário para a demanda de pessoas que frequentam a área. É necessário pensar em outros designers de mobiliário que aproveitem melhor o espaço A instalação de um playground teve como objetivo

Imagem 76 -Crianças brincado no parque e jovens brincando de pingue pongue Fonte: Google Street View

Imagem 75 Atividade de lazer Fonte: Centro Aberto São Paulo

Imagem 77 - Crianças brincado no parque e jovens brincando de pingue pongue Fonte: Google Street View

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ANÁLISE COMPORTAMENTAL A imagem acima representa um esquema do Largo Paissandu e o espaço de cada área criada para permanência. Ao analisarmos as imagens e os gráficos Nota–se, que no geral, as principais atividades exercidas na área do projeto são individuais, como o descanso e o uso do celular, com exceção do parquinho (área 1), cuja principal atividade é o brincar e do deque (área 2 e 3), que se mostra como o único local propício a atividades sociais, como a conversa. Essas duas áreas são as menos ocupadas durante os dias da semana, sendo que aos sábados, o parquinho é o local de maior número de atividades. Por ser uma solução paliativa o projeto conseguiu trazer a melhora para área. A área do Paissandu é uma área deliciada em se lidar pois há numerosos moradores de ruas, dificultando a presença de mulheres e crianças por se sentir insegura por não possuir força para se defender. Já os homens conseguem frequentar normalmente pois não se sentem ameaçados. Havendo assim uma grande diferença na comparação de uso por gênero. Há uma predominância masculina em todos os locais avaliados, com exceção do parquinho (local 1), que aos sábados, é frequentado por uma maioria de mulheres, sendo esse o único local de presença feminina significativa.

Observação: Imagens retiradas do caderno Centro Aberto 46


Em que em cada projeto analisado trará influência para a realização do projeto que será implantado. O R-URBAN pela sua rede de trabalhar a sustentabilidade, em lotes que se dialogam pela identidade visual. E pela sua agricultura urbana que fortaleceu o vinculo da comunidade e o interesse de pensar no meio ambiente. A partir de um experimento, a pracinha Oscar Freire se tornou algo concreto, pela criação do mobiliário versátil e pela suas atividades de modo a ser dinâmico para sociedade metropolitana ocorrendo a população a sair da rotina monótona. E por fim o programa Centro Aberto no Largo Paissandu, que trabalha com a mobilidade e seu mobiliário para convidar as pessoas a permanecer no espaço. Nota-se que quando o projeto são tratados para escala da vizinhança é fácil de solucionar as demandas e necessidades, pois trata-se de uma escala menor. Como se sucede nos projetos R-URBAN e Pracinha Oscar Freire. Já no Largo Paissandu as demandas foram atingidas parcialmente pois trata-se de em uma área localizada na área central, onde há multiplicidade de pessoas e culturas. De modo a não conseguir agradar a todos, mas mesmo assim conseguiu resolver parcialmente a questão do envolvimento da população com a área. O aspecto comum entres os projetos analisados é que partem primeiramente da análise da área ao qual o projeto está sendo proposto. A seguir serão apresentados três analises projetuais as quais trazem relevância para o projeto, tratando os lotes em que estão inseridos como soluções de pequenos parques que interagem com a vida dinâmica da população. Será abordado nesse capitulo analises de três projetos, os quais trazem

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3 Apresentação da área

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A IMPORTÂNCIA DA ÁREA DE INTERVENÇÃO

Imagem 78 Localização da Vila Tibério e quadrilátero central no mapa do município de Ribeirão Preto Fonte: Secretaria de Planejamento de Ribeirão Preto

A Vila Tibério foi definida como área para implantação do projeto, por ser uma área situada próxima a centralidade e também ao terminal de ônibus e a rodoviária, defendendo assim a cidade compacta e consequentemente a cidade sustentável. O centro da cidade possui uma rede de infra estrutura consolidada, de maneira que necessidades dos moradores da Vila Tibério pode ser resolvida a poucos metros, tendo fácil acesso, não precisando haver grande deslocamento e caso precise, há tanto a rodoviária e o terminal, e evitando o uso do automóvel individual. Outro ponto por intervir no bairro seria seu valor histórico para cidade, e que infelizmente está sendo esquecida pela sociedade. Assim com a implementação do projeto, fazer com que a população volte o olhar para Vila Tibério, esse bairro tão precioso para história de Ribeirão Preto.

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A HISTÓRIA DO BAIRRO O tradicional bairro Vila Tibério estava ganhando forma enquanto o núcleo colonial Antônio Prado começava a se organizar, o agrimensor Tibério Augusto Garcia de Senna se antecipou e loteou as terras que fora herdadas de sua esposa. essas terras eram a faziam parte da fazenda Monte Alegre que a qual ganhou do dono João Franco de Morais Otávio, por não saber o que fazer com as terras depois da abolição escravatura. (SILVA 2006)

Imagem 79 Mapa do bairro Vila Tibério identificando área de estudo. Fonte: Prefeitura secretaria de planejamento (modificado pela autora).

Vale destacar que o núcleo colonial Antônio Prado é um dos quatorze núcleos que foram criados no período cafeeiro do estado de São Paulo. os núcleos foram planejados para o assentamento de imigrantes europeus (tendo em maior número os italianos), que estavam vindo para cidade de ribeirão preto para trabalhar nas lavouras de café depois da abolição da escravatura. as terras dos fazendeiros foram loteadas para que servissem como viveiro de mão de obra como proposta aos imigrantes, onde teriam que realizar as atividades que os proprietários dos cafezais pedissem tendo em troca a posse de terra.

Imagem 81 Localização do bairro Vila Tibério juntamente com a área central e os loteamentos do núcleo colonial no mapa do município de Ribeirão Preto Fonte: SILVA (2006) Modificado pela autora 2018.

Imagem 80 Fazenda Monte Alegre FONTE: Jornal da Vila

O núcleo colonial Antônio Prado foi organizado em cinco grandes partes (como mostra o mapa acima), e a área do loteamento da Vila Tibério confrontava com algumas dessas partes do núcleo colonial, que hoje são conhecidos como bairro Campos Elíseos, Vila Virgínia, Sumarezinho e Ipiranga. localizada na zona oeste da cidade, a Vila Tibério foi inaugurada em 1894, constituindo o primeiro loteamento urbano de ribeirão preto.

Os lotes foram vendidos por preços muito mais acessíveis a classe trabalhadora, do/ que os do núcleo, e por isso foram rapidamente ocupados. Além disso a área se encontrava praticamente junto ao centro urbano, (ligados pela rua Luiz da Cunha, a qual antes situava a porteira da estação da Mogiana). O bairro localizava atrás da estação, o que fez com que sua maior parte abrigasse, no início funcionários da estação e os imigrantes italianos que vieram trabalhar na lavoura de café. (SILVA 2006)

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Imagem 82 Estação Mogiana. Fonte: Arquivo público e histórico de ribeirão preto


Um marco importantíssimo para o bairro e para cidade foi em 1911, a inauguração da Fábrica Cervejaria Antártica e em 1913 a Fábrica Cervejaria Paulista, as quais se localizavam no começo do bairro. As duas fábricas contribuíram muito para a modernização da cidade, gerando muitos empregos e melhorando a economia da cidade que estava passando pela crise do café, depois da década de 20. A economia de Ribeirão passou do café para industrialização e plantação de cana de açúcar.

Imagem 84: Ao fundo o bairro Vila Tibério Fonte: Arquivo histórico de Ribeirão Preto

A economia de Ribeirão passou do café para industrialização e plantação de cana de açúcar.

Imagem 83 Cervejaria Paulista Fonte: arquivo público e histórico de ribeirão preto

Com isso a Vila Tibério e seus bairros ao redor localizados na área norte da cidade ganhava cada vez mais habitantes operários, por estar situado próximo as cervejarias e a outras industrias como Cerâmica São Luiz. Enquanto na área central partindo para área sul houve impulso de grandes construções, promovida por empreendedores e donos da cervejaria, como o quarteirão Paulista que é formado em frente a praça XV de novembro pelos edifícios Teatro Pedro II, Hotel Palace e Cervejaria, promovendo urbanização de Ribeirão Preto e entretenimento da elite. E a construção de grande casarões. Percebe-se então que a criação da Vila Tibério e do núcleo Colonial, criou essa dicotomia de que o norte é para os trabalhadores e operários, e o sul para classe alta de Ribeirão, que fazem parte os empreendedores, donos das cervejaria.

Imagem 85 Cervejaria Antártica Fonte: arquivo público e histórico de ribeirão preto

O bairro Vila Tibério possui características peculiares, devido á ocupação de operários e também aos imigrantes italianos, ocorrendo do bairro possuir 52

identidade marcante na cidade de Ribeirão Preto. Como sua forma espacial, a qual possui uma relação muito grande com seus primeiros habitantes. Os lotes possuem testadas pequenas e a maioria são retangulares e longilíneos, isso é devido ao fato dos próprios moradores irem subdividindo os lotes de forma subsequente ocasionando essa caracterização. Esses parcelamentos ocorreu por conta da população operária não dispunham de recursos financeiros. Assim dividiam seus lotes para acomodar familiares ou pessoas de fora para obter renda extra. Possuindo assim casas geminadas e vielas que conectam pelo miolo de quadra, constituindo certo tipo de vila. Mas também há construções de casas que estão sendo e foram renovadas, tendo caráter mais contemporâneo e também os edifícios unifamiliares, como pode ser observado nas imagens ao lado . Isso ocorre pois a área localiza perto do centro, o que tem um grau de a proximidade, e o deslocamento urbano ser mais efetivo


O bairro Vila Tibério possui características peculiares, devido á ocupação de operários e também aos imigrantes italianos, ocorrendo do bairro possuir identidade marcante na cidade de Ribeirão Preto. Como sua forma espacial, a qual possui uma relação muito grande com seus primeiros habitantes. Os lotes possuem testadas pequenas e a maioria são retangulares e longilíneos, isso é devido ao fato dos próprios moradores irem subdividindo os lotes de forma subsequente ocasionando essa caracterização. Esses parcelamentos ocorreu por conta da população operária não dispunham

de recursos financeiros. Assim dividiam seus lotes para acomodar familiares ou pessoas de fora para obter renda extra. Possuindo assim casas geminadas e vielas que conectam pelo miolo de quadra, constituindo certo tipo de vila. Mas também há construções de casas que estão sendo e foram renovadas, tendo caráter mais contemporâneo e também os edifícios unifamiliares, como pode ser observado nas imagens ao lado . Isso ocorre pois a área localiza perto do centro, o que tem um grau de a proximidade, e o deslocamento urbano ser mais efetivo. Casas enfileiradas

Imagem 86: Exemplo de casa geminada Fonte: Google Maps

Imagem 87: Exemplo casas contemporâneas. Fonte: Google Maps

Imagem 88: Exemplo casas formando vila. Fonte: Google Maps

Por ainda residirem as antigas famílias de operário, a faixa etária é prioritariamente de idosos, mantendo a constituição simbólica muito forte. Mantendo os costumes antigos trazidos pelos italianos presentes até os dias atuais, tendo como herança o valor da “boa vizinhança”. A harmonia entre os moradores com o bairro e entre em eles é muito forte, obtendo um ambiente acolhedor e familiar.

Imagem 89 Desenho esquemático da situação de sociabilidade na vizinhança Fonte: Autora.

Assim sua identidade é tão forte, de que ao adentrar no bairro, a sensação de sentir-se em uma cidade pequena e não mais em uma metrópole. Isso é devido as antigas construções que estão dispostas rente ao limite da calçada, intensificando contato com as pessoas, fortificando a utilização do espaços públicos para conversar, se exercitar, brincar, ocorrendo feiras, carnavais e tanta outras atividades. Mantendo assim forte o forte a feto pelo bairro.

Imagem 90 Feira semanal na rua Epitácio Pessoa Fonte: Autora. 53


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3.1 Anรกlise da รกrea de levantamento

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DADOS OFICIAIS

TAXA DE OCUPAÇÃO-75% COEFICIENTE DE APROVIETAMENTO

A análise dos mapas de dados oficiais do município permitem levantar características fundamentais para caracterização da área de intervenção. Já o mapa de Macrozoneamento caracteriza a região como Zona de Urbanização Preferencial, composta por áreas dotadas de infraestrutura e condições geomorfológicas propícias para urbanização, onde são permitidas densidades demográficas médias e altas. A área também é caracterizada como Zona de Proteção Máxima, composta pelas várzeas nas larguras mínimas previstas pelo código Florestal ( Lei Federal N°4771) e pelo Código do Meio Ambiente. O mapa de Áreas Especiais qualifica a área de estudo como áreas onde estão situados loteamentos residenciais de média e baixa renda ou assentamentos informais, parcialmente destituídos de condições urbanísticas adequadas; destinadas à recuperação urbanística e provisão de equipamentos sociais e culturais e à regularização fundiária, atendendo legislações específicas. E possui Áreas Especial Para Parque Urbano.

Na ZUP será de até cinco vezes a área do terreno TAXA DE PERMEABILIDADE 5% (cinco por cento) para lotes com área de até 400 (quatro por centos) metros quadrados 10% (dez por cento) para lotes com área acima de 400 (quatrocentos) até 1000 (mil) metros quadrados. 15% (quinze por cento) para lotes com área maior que 1000(mil) metros quadrados.

Imagem 91: Mapa de áreas especiais de Ribeirão Preto Fonte: Secretaria de Planejamento

RECUOS I- Recuo frontal igual ou superior a 4,00m (quatro metros), não se aplicando esta restrição quando as edificações foram destinadas a garagens cobertas; II- Recuos laterais: igual ou superior a altura do edifício dividido por seis, representado pela fórmula H/6, não se aplicando restrições quando as edificações sobre os recuos forem destinadas à garagens cobertas; Imagem 92: Mapa de macro drenagem Fonte: Secretaria de Planejamento

O mapa de Zoneamento industrial á instalação de estabelecimentos de menor potencial poluidor, à localização daqueles cujo processos, submetidos a métodos adequados de controle e tratamento de efluentes, ainda contenham fatores incômodos, em relação às demais atividades urbanas, classificadas com índice de risco ambiental até 1,5 (um e meio);

III- Recuos de fundo; igual ou superior a altura do edifício dividido por seis, representado pela fórmula H/6, não se aplicando restrições quando as edificações sobre os recuos forem destinadas a garagens cobertas. DESNSIDADE LÍQUIDA Na ZUP, é permitia Densidade Populacional Líquida máxima até 2.000 hab/ha (um mil e setecentos habitantes por hectare). GABARITO

Imagem 93: Mapa de zoneamento industrial de Ribeirão Preto Fonte: Secretaria de Planejamento

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O gabarito básico poderá ser ultrapassado na Zona de Urbanização Preferencial – ZUP desde que atendidas as disposições pertinentes desta lei, tais como: recuos, taxa de ocupação, coeficiente de aproveitamento, etc.


A Vila Tibério é situado sobre uma pequena colina, seu ponto mais alto atinge 554 metros acima do nível do mar e o seu ponto mais baixo tem altitude de 520 metros no encontro do córrego Antártica com o Ribeirão Preto, sob a Via norte. Tendo um desnível de apenas 34 metros. Essa inclinação favorece a iluminação natural e drenagem de águas pluviais para os córregos. Os ventos predominantes sopram no sentido sudeste-noreste.

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Nota-se pelo mapa maior da Vila Tibério delimitado por vias arteriais, as quais são Av.Jerônimo Gonsalves, Av. Fábio Barreto e Antônio e Helena Zerener. Essas avenidas fazem conexão com as ruas Coronel Luiz da Cunha e Martinico Prado, as quais são utilizadas como atalho para motoristas que se deslocam do centro da cidade, ou que vão em direção a este. Essas ruas são consideradas coletoras, pois recebem e distribuem o tráfego para as outras vias locais do bairro, mas possuindo o caráter de via local. Assim sua largura não comporta com a passagem de ônibus, quando é necessário sua parada para os passageiros, impede o acesso de outros veículos. Analisa-se os esquemas de hierarquia física, nota-se que as medida das vias e calçadas são relativamente boas, mas não chega a ser ideal, há conflitos entre pedestres por calçadas estreitas, por haver postes de energia, emáforos e placas de sinalização em distância muito pequena uma das outras gerando problemas de tráfego de pedestre, principalmente para os idosos e portadores de necessidades.

Imagem 93: Desenho representando a hierarquia viária física das avenidas arteriais. Como Jerônimo Gonsalves e Fábio Barreto

Imagem 94 Desenho representando a hierarquia viária física das vias coletoras quanto vias locais. Pois todas possuem quase o mesmo dimensionamento.

Imagem 95: Desenho representando a hierarquia viária física das travessas, as quais estão situadas próxima a Av. Antônio e Helena Zerrener.

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A vila Tibério é muito bem servida por transportes públicos, os fluxos de ônibus são bem distribuídos, atingindo toda a área do bairro, com isso usar o transporte público como um meio de locomoção se torna mais acessível aos moradores e visitantes. Além de ser estar localizada próxima ao terminal rodoviário e terminal de ônibus. Sendo uma maneira de evitar o transporte individual. As condições do local de espera muitas vezes são inexistentes ou precárias tendo apenas um marco em alguns locais, não havendo também árvores gerando sombras e bancos para espera.

O mapa acima representa o fluxo típico de veículos durante a semana. Nota-se acima que o fluxo da área se mostra muito intenso em suas vias nos períodos durante semana. Contudo no fim de semana o fluxo se reduz, tornando-se moderado. Devido a presença de instalações como a rodoviária e o posto de saúde, o tráfego na Av. Jerônimo Gonçalves é muito intenso, movimentando automóveis, pedestres, ciclistas, ônibus, ambulâncias, motocicletas e etc. Outros polos geradores de tráfego são os bancos e as escolas, que movimentam a região durante o horário comercial e nas entradas e saídas dos alunos. Há grande diversidade em fluxos por toda a área, ocasionando em ruas estreitas congestionamentos, enquanto em outras, com um menor fluxo poderiam amenizar o congestionamento.

Muitas vezes, o ponto de espera da condução é marcado apenas por um marco em alumínio, deixando a população exposta pela falta de cobertura, além da comodidade de assentos para a espera, como pode ser observado na imagem abaixo.

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FIGURA FUNDO

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A área ao qual está sendo analisada possui alto índice de densidade, sendo mais encontrados nas quadra que possuem lotes pequenos, como as quadras perto da avenida Antônio e Helena Zerener. Ao deparar-se com o mapa de influência de figura fundo, o qual indica a projeção de cada edificação no lote, tendo assim maior precisão de análise. chegará a conclusão que isso ocorre devido os lotes serem longilíneos com testadas pequenas. Ocorrendo assim a ocupação total ou quase total do lote, não possuindo nenhum tipo de recuo. As construções são no limite das calçadas. Possuem poucos lotes vazios. Sendo mais encontrado na Rua Cel. Luis da Cunha.

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GABARITO

LEGENDA

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55m 110m

220m

O mapa de gabarito por de estudo da Vila Tibério. Ao analisa-lo identifica-se que a predominância é de edifícios baixos de 1 á 2 pavimentos, isso é devido pelo bairro ser antigo e que ainda mantem as mesmas residências dos operários.

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USO DO SOLO A característica da área é marcada por uso residencial, e nas ruas Coronel Luis da Cunha e Martinico Prado prevalecem o uso comercial, prestação de serviço e também institucional havendo assim movimento constante nas ruas.

Imagem 96: Exemplo casas contemporâneas. Fonte: Google Maps

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Imagem 97: Comércio intenso na rua Martinico Prado Fonte: Google Street view

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LEGENDA


EQUIPAMENTO URBANO O mapa da área de estudo acima identifica os principais pontos de área verde, as quais são constituídas por praças.

Nota-se há uma grande variedade de igreja, a qual cada uma é de uma denominação diferente, sendo católica, evangélica, cristã e espirita, atendendo os moradores do bairro. Algo muito importante a destacar é que o bairro é precário em equipamento cultural.

A praça Coração de maria é o ponto de referência do bairro, concentra grande variedades ao seu redor seja ela arquitetônica , econômica e cultural É sempre bem utilizada por moradores e visitantes, nela sempre ocorre atividades entre os moradores. A praça do Pronto Socorro e Praça Antártica encontra-se próximo a rodoviária. A praça pronto socorro é conhecida por estar instalado a UBDS Central. Atualmente o local está em condições ruins precisando de limpeza, iluminação, são frequentadas por usuários de drogas. Essas duas praças caracterizadas como área verde são potenciais para promover diretriz da extensão do eixo de intervenção, interligando as áreas para promovendo vitalidade das praças.

O mapa de estudo ao lado indica os equipamentos urbanos presentes na Vila Tibério. Identifica-se que na área há variedade de equipamentos, suprindo as necessidades dos moradores do bairro. Na parte de transporte a área é muito bem equipada pois possui tanto o termina rodoviário quanto terminal de ônibus, facilitando a mobilidade, e sendo um incentivo aos moradores utilizarem transporte público. Equipada pelo equipamento de saúde UBDS Central, localizada na praça pronto socorro, atendendo a escala bairro e município. O bairro também possui um posto policial. E abrangendo o equipamento de administração pública encontra a secretaria dá saúde Sendo bem equipado com escolas, as quais oferecem para todos os tipos d faixa etária, indo desde de o berçário até o ensino médio. A maioria são da esfera de governo particular apenas a escola Estadual Sinhá Junqueira que não.

Imagem 99 Praça do Pronto Socorro Fonte: Google Street View

Imagem 100 Praça Atártica Fonte: Google Street View

Imagem 98 Praça Coração de Maria Fonte: Google Street View

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Como já citado no tópico anterior, o bairro Vila Tibério, teve rápido desenvolvimento, devido alguns fatores como: pelos bons preços dos lotes, proximidade da área central, da fábricas e da linha férrea. Ocasionou um bom volume de bens patrimoniais que contam a história do bairro como também um pouco da cidade de Ribeirão Preto. A seguir serão apresentados os patrimônios históricos da bairro Vila Tibério, que possuem tanto o valor da arquitetura quanto valor de simbólico, o qual possui uma identidade para os moradores. 5

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Inaugurada em 1919.A escola Sinhá Junqueira foi a segunda escola da cidade de Ribeirão Preto. Faz parte do conjunto de escolas públicas construídas pelo Estado de São Paulo entre 1890 e 1930, com a intenção da promoção do ensino básico e a formação de professores pelo interior e capital do Estado de São Paulo

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Imagem:56 Escola E. Dona Sinha Juqueira Fonte: www.olhares.sapo.pt

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A Paróquia de Nossa Senhora do Rosário foi criada em 1914 por decreto do primeiro bispo da Diocese de Ribeirão Preto, pois havia grande numero de fieis no bairro e não possuía nenhuma igreja. Foi a terceira igreja Católica da cidade. Igreja em estilo Neogótico, com riqueza de detalhes. Imagem:102 Paróquia de Nossa Senhora do Rosário Fonte: www.amareloouro.com

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O cinema Cine Vitória é conhecido como marco de caráter de lazer da área. Construído na década de 1960, por um político candidato na época, que colocou o nome de vitória, pois achava que iria ganhar as eleições, porém isso não ocorreu. O cinema encontra-se em frente à praça Coração de Maria, qual caracterizava uma grande área de lazer, um espaço público importante para o bairro, nas décadas de 60 e 70. Atualmente a parte do cinema está fechada, mas aparentemente os apartamentos estão em uso Imagem:104 Antigo cinema Cine Vitória Fonte: Google street view.

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Atualmente conhecida como praça Schmidt, era conhecida em 1884 e 1900 como Praça da Estação, em função da estação ferroviária da Companhia Mogiana no trecho onde hoje se encontram as ruas General Osório e Martinico Prado. A praça foi construída em 1900, por um vereador para sua candidatura em homenagem ao Cel. Francisco Schmidt. A qual era uma pessoa muito importante na história de Ribeirão Preto, possuía 69 fazendas espalhadas no município, com o cultivo do café. Sendo uma delas a fazenda Monte Alegre. Imagem:101 Praça da Estação Fonte: www.revide.com.br

O albergue conhecido atualmente por Associação Amiga dos pobres, foi construída em 1905, por iniciativa de Antônio Ribeiro Resende e um grupo de funcionários da Cia Mogiana de Estradas de Ferro e líderes comunitários, com intuito de alojar os imigrantes que pretendiam seguir viagem, mas devido ao horário de três precisavam posar na estação por um dia ou mais. Para evitar que as famílias inteiras posassem na estação, também atendiam pessoas carentes, oferecendo refeição e abrigo, criaram assim o Albergue. Atualmente, segue caráter educacional, tendo parceria com a prefeitura municipal, realiza diversos cursos profissionalizantes e oficinas aberto à comunidade. Possui grande valor para o bairro, reforçando alto índice de assistência social, e para toda cidade, fazendo parte da história de Ribeirão até os dias atuais. Imagem:103 Associação Amiga dos Pobres Fonte: Google street view

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Construída no final do século XIX a é um ponto referencial do bairro. Ao seu redor concentra grande parte da diversidade arquitetônica, comercial e cultural da Vila Tibério, fazendo essa região ser muito representativa para compor um panorama do bairro em geral a partir das suas características locais. Ao redor da praça localiza-se a igreja Nossa Senhora do Rosário, a E.E Sinhá Junqueira e antigo cinema Cine Vitória. Na praça sempre desenvolve atividades, como no carnaval que concentra o bloco da Vila. Imagem:105 Praça Coração de Maria Fonte: Google street view


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Em 1921 foi comprado um terreno para construção do Estádio do Botafogo, clube fundado na década de 10 pelos funcionários da Cervejaria Antarctica e da Companhia Mogiana de Estrada de Ferro, tendo a predominância dos imigrantes italiano. Em 1924 teve sua inauguração teve sua inauguração, localizado no centro da Vila Tibério, foi nomeado como estádio Luiz Pereira (RAMOS,2008). Abrigou jogos até 1967, quando passou para o novo estádio. O terreno e uma das arquibancadas foi preservado, mas o campo deu lugar a um conjunto poliesportivo. Porém, atualmente, este encontra-se abandonado. O estádio possui importante identidade para o bairro e também para cidade. Imagem:106 Clube Botafogo nos tempos antigos

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Em 1911 foi a Cervejaria foi instalada na Av Jerônimo Gonsalves, no começo da Vila Tibério. A Cervejaria foi marco inicial da industrialização da cidade. Considera uma das fábricas mais importante do pais. Foi essencial para modernização da cidade, gerando empre e especializando mão-de-obra, impulsionando melhorias para sua localidade e seu crescimento, além de puxar investimentos da crise do café depois da década de 20. Imagem 108: Associação Amiga dos Pobres Fonte:www.brandanidecore.com.br

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Em 1932 o Lar Santana era conhecido como Colégio Santana, colégio mantido por religiosas austríacas, foi construído em um terreno doado por um membro importante família de cafeicultores. Em 1948 foi inaugurado como orfanato Lar Santana, pois a escola teve que fechar por concorrência de outros colégios. O orfanato era mantido pelas irmãs Franciscanas da Imaculada Conceição (FIC). O edifício possui potencial arquitetônico e histórico, que faz parte da comunidade, além de fazer parte da história da resistência à ditadura militar no pais. Atualmente encontra-se desativado. Imagem:107 Santa Casa de Ribeirão Preto 1930 Fonte: www.irmaclarafietz.com.br

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O botafogo clube foi criado em 1918, mesmo com a desativação do estágio no bairro em 1968, o bairro ficou com muitos torcedores do time, o botafogo faz parte da identidade do bairro e vice e versa, por isso, quando a torcida fiel força tricolor foi criada, a sua sede foi localizada na região. A sede é uma das maiores e mais bem equipadas do Brasil, utilizando todos os espaços do prédio, contando com esportes e lazer para toda comunidade botafoguense. Promove eventos ao longo do ano. Nesse mesmo edifício foi abrigado o Colégio Coração de Maria em 1927. Imagem 109: Clube Botafogo Fonte: Google street view

Antiga Fábrica de garrafas de vidro funcionou por 50 anos. Empregava 130-150 funcionários, era um das empresar importantes a cidade. Um dos principais clientes era a Cervejaria Paulista e a água Palmital. Imagem 110: Fábrica de Vidros Santo Antônio 1948 Fonte: www.jornaldavilatiberio.com.br

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ESCOLHA PARA ÁREA DE INTERVENÇÃO Ao longo da análise do bairro Vila Tibério nota-se a importância da sua história para cidade de Ribeirão Preto. e consequentemente do seus patrimônio histórico não só apenas como valor da edificação mas sim do valor simbólico. Dessa forma o valor histórico é um ponto crucial para escolha da área de intervenção. O mapa a seguir apresenta a junção de dados dos levantamentos dos lotes vazios com o os pontos históricos. O qual a partir disso há escolha do eixo de intervenção pela rua Cel luis da cunha.

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Eixo da intervenção A quantidade de lotes vazios e os pontos históricos na área estudada ganha destaque na rua Cel Luis da Cunha. Torna-se muito promissor para receber o projeto de intervenção. Pois essa área presente desde da criação do bairro. De modo a incentivar a população a ter contato com os edifícios históricos.

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Sendo assim o projeto terá inicio nessa via, e a partir desse eixo poderá haver expansão para outras área verdes do bairro e podendo conectar com outros da cidade. Os vazios presentes na via e com grande proximidade uma da outra, será possível promover uma ligação entre elas através de uma linguagem comum.

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ANÁLISE DO ENTORNO IMEDIATO FIGURA FUNDO Catalogou-se três tipos de vazios, o primeiro tendo uso para estacionamento, o segundo são lotes que não cumprem atividade, sendo apenas vazios, já o terceiro seria os vazios edificados, as quais estão precários e deteriorados, tendo apenas como intervir por meio de demolição. A partir dessa análise irá ser utilizado os lotes 2,3,4 5 e 6. Pois possuem menores dimensões, defendendo o estudo de Gehl (2014) em que os espaços públicos devem ser humanizados. Requalificado na escala humana, para que a população se sinta acolhida e haja interação.

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Imagem 1 4 5 6 Estacionamentos - Fonte: google street view Imagem 3 vazio sem atividade - Fonte: google street view Imagem 2 Edifícios abandonados - Fonte: google street view

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ANÁLISE DO ENTORNO IMEDIATO GABARITO A partir da análise do gabarito, nota-se então que há presença de dois prédios altos. Um sendo hotel de 13 pavimentos situado na avenida Coronel Luís da Cunha e outro seria apartamento de 15 pavimentos situado na Martinico Prado. A predominância de edificações baixa faz com que o bairro mantenha essa característica de aconchego de uma cidade antiga.

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Imagem 111 Hotel Dann Inn na rua Coronel Luís da Cunha Fonte: Arquivo pessoal

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Imagem 112 Prédio residencial na rua Martinico Prado. Fonte: Arquivo pessoal

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Imagem 113 Perspectiva digital da área de influencia do eixo de intervenção Fonte: Arquivo Pessoal

Imagem 114: Skyline da área de influencia pela rua Joaquim Nabuco Fonte: Arquivo Pessoal

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MAPA SENSORIAL A seguir fotos da área de intervenção de acordo com um percurso perimetral, analisando percepções ao caminhar por cada espaço, como sons, cheiros e sensações.

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Por meio dessa analise percebeu-se que na rua Martinico Prado, a qual onde inicia a analise, é dotada de boa vegetação, oferecendo conforto térmico, tornando o espaço agradável, havendo assim interação social pelos morados. Devido ao fluxo intenso há um desconforto sonoro.

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Continuando o trajeto na rua Conselheiro Saraiva a vegetação densa continua pelas calçadas, mas por não haver movimento de carro, o espaço tras a sensação de tranquilidade. A mobilidade para os pedestres está um pouco em defasagem, devido as raízes das árvores estarem obstruindo a circulação na calçada. Adentrando na rua Cel. Luis da Cunha depara com calçadas sem cuidado algum, trazendo a sensação de abandono. O desconforto sonoro torna-se mais intenso devido a falta de arborização, ocorrendo também a piora da sensação térmica. Por tratar de uma rua comercial há cores intensas que chamam atenção do olhar. Seguindo em direção a praça observa o aumento de lixo na rua , como consequência um desagradável odor. Além de pichações e vias totalmente danificada. Sendo difícil acesso para os idosos, tendo em vista que o bairro possui grande porcentagem de moradores idosos. Na praça tanto as vegetações quanto mobiliários estão com aspecto de abandono, despertando a sensação de insegurança. Mas os moradores continuam a utilizar. É caracterizada Rodrigues Alves pelo bar, que atraia os moradores a conversarem na calçada. o O único lugar que há lixeira é na frente da igreja. Na rua Conselheiro Dantas onde acaba o percurso possui a mesma característica da Rua Conselheiro Saraiva, de tranquilidade sossego, despertando a vontade de sentar e contemplar a paisagem. Nota-se que por meio dessa analise conclui que em menos de duas quadras, a área de intervenção trás variadas sensações. As divergências é devido a área estar sofrendo pela fragmentação, por isso há necessidade de requalificar essa área, para que as características de um bairro humanista seja perdida de vez.

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ANÁLISE COMPORTAMENTAL

Há uma boa quantidade de bares por todo bairro, dependendo do horário há lotação. Nos finais de semana ganham movimento por mais tempo. Os frequentadores sentam na calçada e as vezes nas ruas ocasionando impedindo na transitação das pessoas pela calçada.

No decorrer da semana, a presença de um transito caótico e um aglomerado de pessoas em frente a escola nos horários de entrada e saída de alunos. Devido a essa perturbação, o ambiente se torna vulnerável causando insegurança á todos os presentes, desde pais e alunos, até pedestres passando pelo local. .

Por ser um bairro preferencialmente de idosos. Os netos visitam os avós, e sentam na frente da casa com eles para conversar.

Nos dias de semana os moradores sentam na frente da suas casas para conversar, ler ou jogar.

Com a diminuição de carros nos finais de semana, as crianças brincam sem preocupação pelas ruas.

É comum na saída do trabalho, formarem pontos de “encontro”, conversa entre os moradores, interação entre eles, ocasionando um ambiente agradável e amigável.

No final de semana, como o pessoal tem mais tempo livre, a praça ganha visita dos próprios moradores descansando, apreciando o ambiente, ou usando o local para passeio, gerando uma harmonia de vizinhança na área

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No período da tarde é comum encontrar grupos de pessoas interagindo um com os outro, seja no ponto de ônibus, na frente das residências e bares.

Durante o dia, e principalmente na saída da escola, as crianças podem brincar na praça e na caixa de areia. Já para os adultos há a opção de academia ao ar livre junto as crianças, unindo o útil ao agradável , criando uma relação maior entres os usuários de lugar.

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Em frente a igreja e a escola, diariamente inclusive aos finais de semana, no final da tarde à venda de churros, agradando tanto os que estão saindo da igreja e os alunos.

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A praça, por ser uma área de convivência, acaba tendo a função de descanso tanto para trabalhadores e pedestres, quanto para moradores de rua, o que gera um desvio de caminho por “medo” de quem por ali passa.


CARTOGRAFIA SENSORIAL

Vultoso edifício abandonado promove a sensação de abandono e insegurança no local inserido.

Edifício abandonado em rua de grande concentração de comércio e movimento de pedestre.

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Destaque do edifício antigo entre as casas contemporâneas. Os ornamentos da casa se sobressai das outras que possuem ângulos retos.

Os fios de eletricidade apresentam uma certa desarmonia com o linda capela Nossa Senhora do Rosário.

Contraste do edifício mais alto do bairro com as casas de menor porte havendo uma certa “brincadeira” entre as volumetrias.

Diferenciação de textura e cores, caracterizando o comércio do bairro. Possuindo característica harmoniosa.

OBS: A cartografia sensorial ela é realiza a partir da sensação que desperta do observador ao deparar com o que encontra em seu percurso.

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POTENCIALIDADES E VULNERABILIDA A partir das análises feita na área de intervenção. É possível destacar as potencialidades e vulnerabilidade. A síntese apresentada considerou os pontos fortes e fracos observados no diagnóstico e servirão como condicionantes para intervenção. As potencialidades são pontos a serem explorado e melhorados de forma a trazer ativação do espaço público. Os lotes vazios situados na rua Cel. Luís da Cunha possuem potencialidade para receber a proposta de intervenção.

As ruas Conselheiro saraiva e Conselheiro Dantas possuem potencialidade para ruas compartilhada, tornando área de transição e descanso devido arborização presente na área, melhorando a mobilidade de pais e alunos, devido a vasta. As edificações patrimoniais são potencialidade para intervenção que geram fluxo de pessoas, pois possuem fator de identidade muito grande para os moradores. As vulnerabilidades da área de intervenção seriam o alto fluxo de automóveis nas ruas Martinico Prado e Luís da Cunha, dificultando a passagem e poluição sonora. Na Rua Cel. Luís da Cunha possui faixa de calor, devido a pouquíssima ou nenhuma arborização. Na praça Coração de Maria há muito lixo jogado e plantas sem cuidado. Obtendo a sensação de abandono.

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3.2 Caracterização física da área de intervenção

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O mapa acima evidência os lotes que foram selecionados para implantação do projeto e ao seu lado encontra desenhos em perspectiva localizando os lotes inserido em cada quadra. Cada terreno haverá atividade que envolva a conscientização ambiental e também atividades ligadas ao lazer e cultura, como horta urbana, laboratório de reciclagem e áreas envolvendo atividades lúdicas e culturais.

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No lote 1 são a junção de três terrenos de edificações abandonas, nos lotes de 2 a 4 localizase um estacionamento de carros. Ambos os lotes deverão passar pelo processo de desapropriação, uma vez que o projeto vem em busca de melhoria para população do bairro, tornando-se um local comunitário, de uso público.

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LOTE 1

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LOTE 2

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LOTE 3 E 4

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LOTE 1 O lote 1 está situado na rua Conselheiro Saraiva, em frente a escola Sinhá Junqueira, possui uma área de 949,52m². O lote possui duas entradas sendo uma na rua Cel Luis da Cunha e Conselheiro Saraiva. Observando-se o mapa de orientação solar, nota-se que o lote receberá incidência solar, tanto no período da manha quanto a tarde .

Possibilitando o dinamismo de ter acesso à rua por meio da ligação do meio da quadra.

Imagem 115 Fachada do lote pela rua Conselheiro Saraiva Fonte: Google Street View Imagem 115 Fachada do lote pela rua Cel. Luis da Cunha. Fonte: Google Street View

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LOCALIZAÇÃO DO TERRENO ESCALA 1:1000

CORTE TRANSVERSAL ESCALA 1:250

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LOTE 2 O lote 2 está situado na rua Cel. Luis da Cunha, em frente ao lote 1, a qual se encotra próximo a escola Sinhá Junqueira, possui uma área de949,52m². O lote possui duas entradas sendo uma na rua Cel Luis da Cunha e Conselheiro Saraiva. Nota-se pelo mapa de incidência solar que a parede do lado direito receberá a todo momento sol da tarde.

Imagem 116 Fachada do lote, rua Cel Luis da Cunha Fonte: Google Street View 79


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LOTE 3 E 4 O lote 3 e 4 está situado na rua Cel. Luis da Cunha, ao lado do antigo cinema Cine Vitória e em frente a praça Coração de Maria. O Lote 3 possui área de 426,00 m²,já o lote 4 possui metragem menor sendo de 333,00m². Pelo fato dos lotes estarem situados ao lado de edifícios altos, ocorrendo pouca incidência solar em ambos.

Imagem 56 Fachada do lote 3, rua Cel Luis da Cunha Fonte: Google Street View Imagem 56 Fachada do lote 4, rua Cel Luis da Cunha Fonte: Google Street View

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5 CARACTERIZAÇÃODAFÍSICA ÁREA DE INTERVENÇÃO

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4 Estudos preliminares

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A ORIGEM DO CONCEITO PARTIDO A Vila Tibério possui uma importância histórica muito profunda, em termo de composição econômica a partir da economia cafeeira de Ribeirão Preto é uma bairro de constituição antiga, que faz parte da memória da cidades de também dos moradores que são mais antigos. Por ser um bairro constituído por trabalhadores das fazendas de café e posteriormente de operários das industrias, possui uma constituição de classe média baixa. A vila Tibério possui tipologia de casas com testadas pequenas e longilíneas, teve assim uma desfuncionalização do bairro devido ao espraiamento da cidade. Dada essa importância histórica e esses processos de desfuncionalização do local, identifica-se como oportunidade de intervenção. Ao mapear o mapa de Patrimônio histórico apontou que a Vila Tibério possui a memória do local muito forte. Identificou-se que nas ruas Martinico Prado e Cel. Luís da Cunha, encontra área mais forte de identidade simbólica tendo a escola Dona Sinhá Junqueira, Capela Nossa Senhora do Rosário praça coração de Maria o Cinema Cine Vitória e a organização da população em volta desses espaços. Possuindo costumes de socialização, de interferir de maneira positiva a criar uma escala de vizinhança de ocupar as ruas. Também identificou junto a essas edificações quatro lotes vazios de escala reduzida. Desse modo teve iniciativa em intervir nesse local, tendo em vista que possui uma memória marcante para os moradores e possuir lotes vazios que poderiam ter um potencial agregado na melhoria da paisagem urbana dialogando com a temática de redução de impactos ambientais. Pensa-se assim em amarrar esses lotes vazios com intervenções na escala da paisagem junto a esses equipamentos pré-existentes (escola, praça, cinema e igreja). A partir desse conceito de amarração nasce o conceito do projeto. De realizar uma costura entres os quatro vazios e os quatro edificações pré-existentes que possuem uma importância simbólica e de identidade. Tratando de costura e amarração é quase de imediato que a forma arquitetônica seja uma linha. No sentido dessa linha ir constituindo amarrações entre os vazios e os quatro equipamentos. Amarrações entre o passado e o futuro, o uso existentes e usos renovados, entre cheios e vazios. Havendo assim oito pontos de interesse, quatro existentes e quatro vazios que podem ser praças potencias na escala do usuário. Tendo em vista da linguagem da linha, ela se torna o partido do projeto. Materializando isso em forma arquitetônica como elemento escultórico, mantendo a identidade visual entre a conexão dos quatro lotes.

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Cada vazio ou fragmento selecionado foram devidamente estudado para atividade ao qual será implantado. Assim surge três tipos de utilização desses fragmentos,: educação, lazer e conhecimento, os quais irão trabalhar consequentemente questões sociais, culturais, ambientais e econômicas. A primeira setorização ocorreu nos dois lotes perto da escola Sinhá Junqueira, tendo como propósito de ser uma extensão de aprendizado para os estudantes. Envolvendo-os questões importantes para diminuição do impacto ambiental, de modo a começarem a ficar familiarizados para que haja a compreensão da importância de melhorar dos hábitos.

O primeiro lote localizado atrás da escola na foi estabelecido a implantação de agricultura urbana, para dar continuidade de práticas ecológicas, o lote situado á frente na rua Cel. Luis da Cunha determinou o uso de reciclagem. A Praça Coração de Maria, é o ponto de encontro de pessoas. A partir desse pensamento há intensão de reativar o antigo Cinema Cine Vitória, e os dois lotes ao lado proporcionar tanto atividades envolvendo a praça quanto o cinema, tendo assim características de atividade culturais, ativa e contemplativa. Para que haja melhor ativação do espaço público. Tendo atividades distintas em horários todos os horários.

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A partir do fluxograma setorização há uma setorização a qual está vinculada com o entorno, para que a intervenção ocorra de modo eficiente.

será a descarte do lixo, e estará também em frente a rua movimentada e de grande comercio Luis da cunha.

O lote que envolverá atividade de horta urbana, possuirá duas entradas, sendo uma na rua Conselheiro Saraiva e outra na Cel.Luis da Cunha. A entrada para horta será a da rua Conselheiro, pelo da rua não ser tão movimentada, podendo os moradores circular facilmente e também por situar próxima a escola e sendo de fácil acesso para os alunos.

Após o descarte o material irá para armazenagem ao qual localiza ao fundo do lote para não atrapalhar a circulação e também estará próximo a oficina, para criar outro tipos de objetos com os materiais descartado.

Ao entrar haverá uma área para ensinar as pessoas para a saber como lidar com a horta e todos os processos delas. Sendo equipada com laboratório de compostagem e a primeira programação será o ensinamento, está situado na entrada em frente a escola .A qual situará oficina contendo minhocário, compostagem, e entre outras coisas. O outro programa será o plantar, cultivar e colher que consequentemente estão no mesmo espaço, foi apenas delimitado para que haja compreensão da lógica. Por final seria a parte de venda das verduras e legumes, ocorrendo um certo tipo de feira. A qual foi colocada propositalmente em frente a rua com maior comércio. No lote que empregará atividade de reciclagem o primeiro programa definido

Os lote situados ao lado do cinema que será ativado irá, ser propor de atividade lúdica e cultural, tendo assim tendo ligação com a praça e o cinema. Ocorrendo assim ter possuir mobiliários flexíveis. Assim surge o conceito, o qual provem da necessidade da costura entre os lotes por meio da malha viária . O pensamento da costura, pode ser definido pela frase “ a menor distância entre dois pontos é uma reta.” A costura não seria nada mais que linhas, seja ela horizontal ,vertical, essas irão interligando cada lote, podendo hora se transformar em planos criando cobertura e mobiliário. Ocorrendo assim a criação de um elemento escultórico, o qual irá percorrer toda extensão da rua interligando cada lote.

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Programa de necessidade

SETOR

AMBIENTES

CARACTERIZAÇÃO

ÁREA DE CULTIVO HORTA

MOBILIÁRIO

ESPAÇO PARA PLANTAÇÃO DE CONVÍVIO

ÁREA DE ARMAZENAGEM

ÁREA DE APRENDIZAGEM

ÁREA DE ESTOCAGEM

ARMAZENAGEM

ÁREA DE CONFRATERNIZAÇÃO

COZINHA DIDÁTICA

COLETORA DE RESÍDUOS

APRENDIZAGEM CRIATIVO FLEXÍVEL

ESTAÇÃO DE RECICLAGEM ARMAZENAGEM

DESCONTRAÇÃO ARMAZENAGEM

LABORATÓRIO

CONVÍVIO

DISTRAÇÃO DIVERSÃO

PRÁTICA DE VARIAS ATIVIDADES DE ACORDO COM A CRIATIVIDADE DO USUARIO

CONVÍVIO

FLEXÍVEL

DIVERTIMENTO

MULTICULTURAL

SOCIALIZAR APRENDER DESCANSAR

ÁREA DE DESCANSO ÁREA VERDE

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FLEXÍVEL


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5 Ante projeto

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A intervenção no Bairro Vila Tibério ocorre por meio da costura entre as quatro áreas livres que trazem atividades envolvendo práticas ecológicas, culturais e de lazer. Costurando os quatro lugares ( Escola Dona Sinhá Junqueira, Capela da Nossa Senhora do Rosário, Praça Coração de Maria e Cinema) que possui valor de identidade e memória para o bairro, costurando entre o cheio e vazio. Essa costura ocorre por meio da linha, que vai rasgando o piso, quando se espraia cria áreas de permanência e quando afunila cria eixos de circulação. Em seu caminho ora cria coberturas para constituir áreas de permanência sombreadas ora cria bancos, cadeiras, lixeiras e iluminação. No sentindo de ir desenhando na escala do pedestre, tanto o que é piso, tanto o que é assento e cobertura. Criando a identidade visual, pela volumetria e pela cor. O uso da cor vermelha seria por se destacar no meio urbano. Aliando esses dois itens para que instigue o olhar população. O mobiliário tem como objetivo de haja

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LOTE 1

MAPA DE SITUAÇÃO No lote 1º o programa destinado seria um equipamento ligado a uma pequena cooperativa de reciclagem. O espaço possui um espaço amplo, possui uma grande arquibancada que se Área de palestras e oficinas‘ volta ao muro, podendo ter palestras a céu aberto, utilizando o muro como grande telão.. Oficinas ensinando em como pode ser reutilizado os materiais ou Parede recebe uso de telão para de como funciona a reciclagem. Ao fundo encontra a área coberta, formada projeção de imagem pelo elemento escultórico. Constituindo uma espécie de edifício, nele ocorre uma espécie de oficina de criação de objetos com materiais recicláveis. Na fachada possui mobiliário para coleta, para que os moradores ao passar pela rua e fazer de forma simples o descarte. O equipamento possui uma relção proxima ao equipamento da horta, por envolver práticas ecológicas.w

Empena cega recebe grafit com a temática. identificando o uso do equipamento. Passarela conectando os dois mobiliá1ios. Moliário de coleta proximo a calçada para fácil descarte.

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LOTE 2

MAPA DE SITUAÇÃO Passarela conectando Piso convida adentrar o lote pelo seu espraimentona Jardim vertical. os dois mobiliá1ios. fennte do lote. Quando atravessa do lote um para o lote dois, continua abordando a redução de impacto ambiental, tendo como atividade a horta urbana. A horta urbana traz a importância de se pensar no alimento. No uso da terra mais equilibrado, pensando no pequeno produtor o que seria a policultura. Abordando como um fundo educacional trazendo a discussão da alimentação mais saudável, nutrição e ecologia que aliados ao trato com a terra e plantas. Por estar situados perto da escola. Lidando com crianças adolescente que por viverem em uma cidade de porte médio para grande. Não tendo muito contato com a produção dos alimentos, o maior contanto seriam com nos mercados. Assim o equipamento tem o comprometimento de que a população tenha a noção do tempo de produtividade, como cuidar. Para melhorar esse aprendizwado, possui a cozinha didática e a feira para venda dos produtos e interação.

O jardim vertical servirá tanto para o fator de melhorar a sensação térmica,como estético. Caracterizando um ambiente acolhedor e mais vida ao projeto. A imagem do bloco do jardim foi obtida pelo site do fornecedorNoroex.

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Os desenhos dos canteiros da horta são minimamente relacionados com o desenho equipamentos da horta. Cada canteiro possui alturas diferentes, entre 0,90cm, 0,60cm e 30 cm, criando uma volumetria dinâmica. Visando que todos possam participar do cultivo da horta desde idosos a crianças pequenas. Os canteriros tem materialidade de concreto

canteiro da horta para produção de alimentos.

Os legumes, verduras e fruta plantados na horta , serão de plantio nãp convensionais, que incluindo contribuindo para a biodiversidade e ao mesmo tempo tendo menos trabalho, pois muitas pancs crescem espontaneamente sem precisarem de muitos cuidados. Nos canteiros da horta é posuem árvores futiferas. Como laranja, limão.

Porta pivotante. Possui a caracteristicas de fechamento que define o espaço da área quando fecha. e aberto como se fosse praça livre.

Na outra entrarda da horta, possui um espaço ideal a armazenagem e para utilização do minhocário. 98


Da visão da horta percebe-e o ligamento dos dois equipamente. Tendo uma relação bem próxima com o pedestre. De forma que há o convite para que entrem dos dois lados. A cobertura do equipamento situada bem na testada. Próopio para pontos de encontros e socialização. Quano posui feiras , torna-se dinâmico, como pode perceber pela imagem a baixo. Não o correndo a feira só na área espulada, mas sim em toada área do piso vermelho. ‘

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Rua Conselheiro Dantas e Martinico Prado A rua Conselheiro Dantas possui um diálogo reduzido com a escola e a horta. A escola possui um portão para saída nessa rua, com o isso visa o diálogo entre a escola e a horta. Pelos fluxos serem menores cria-se uma rua compartilhada, a qual defende Gehl (2013) pelas suas diretrizes no livro cidade para pessoas. Sendo assim constituído pequenas áreas de permanência por meio de bancos e passeios, coberturas e vegetação. Para que os pais que buscam as crianças na escola pudessem esperar de forma proveitosa. Que as crianças também pudessem brincar nessa rua que se assemelha ao calçadão. Virando na Martinico Prado, há alargamento da calçada para dar a continuidade a esse espaço de interação de pedestre. O alargamento é pego da escola, para trazer essa proximidade da população com a escola, havendo percursos de com bancos e vegetações, atravessando a rua por meio de passarela até chegar na igreja como ponto de ônibus e depois volta para praça. De forma que ocorra esse direcionamento haja diálogo entre a igreja. E haja essa costura abraçando os patrimônios de identidade e memória. MAPA DE SITUAÇÃO

Área de permanência

Para escola ter maoir aproximação, foi proposto a troca de muros por gradis. Permitindo a fluides, não havendo a barragm do olhar.

Mobiliário configura como cheio e vazios. Por mei do modelo escultórico, 100

Fácil conectividade com a rua


Continuação do mobiliário da Conselheiro Dantas para Martinico Prado. O mobiliárrio em si possui identidade visual marcante

lixo orgânico e reciclavel.

Passarela evidenciando a travessia para chegar ao ponto de ônibus em frnete a igreja.

Gradis com coneão com a Mobiliário aproxima os usurários para que haja vintegração. As arborizações traz o acolheimento e tmabém a melhora t

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Praça Coração de Maria

MAPA DE SITUAÇÃO

As novas faixas para circulção entre camihos diferentes. Deperta o a ppopulção o sentimento de querer utiliza-la. O espaço que já era conhecido se torna atraente.

A intervenção da praça seria uma sobreposição do mobiliário escultórico, devido ao fator da praça ser tombada. Não podendo intervir dirimente no traçado ou em qualquer coisa que possa descaracterizar seu traçado. A intervenção nessa área ocorreu direcionar a população afazer os caminhos diferentes entre a praça. Perante isso analisou a posição das árvores para crias esses caminhos novos e diferentes e para parada descks Trazendo o mobiliário para recreação infantil e de idosos, tendo caráter de atividades físicas. O que envolve o tema da cidade sustentável sustentabilidade, pessoas trabalham o corpo e a mente.

Escorregador Área de leitura

Balanço

Na parte do deck recebe mobiliárioque o contorna. Uma espécie de uma fita que sobe e desce, virando escorregador, balanço, área para ler, sentar. 102


Para praça e a escola possuir uma ligação, há criação do mobiliário escultórico e de bancos e mobiliários para jogos, na frente da escola.

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LOTE 3

MAPA DE SITUAÇÃO

Vista da praça voltada para o lote lúdico ao lado o cinema ativado como uma possivel diretriz. Do mobiliário forma ponto de ônibus.

O lote3 implementa atividade lúdica a qual está relacionada com praça. O lote é caracterizado com mobiliário todo em recorte, possuindo uma forma impactante. O mobiliário brinca com a cobertura vazadas e sólidas. Criando um tipo de arte quando projetada no corpo do usuário. O equipamento possui uma rede que começa no chão e vai subindo até uma altura de 2.30m de modo que assim possa ocorrer qualquer atividade na parte de baixo. As redes são presas por cabos de aços. Grafit que remete ao partido do projeto, são linhas que originam a forma o rosto de uma pessoa saindo dela uma criança . A idéia de se pertir de liberar a criança que está dentro das pessoas Aberturas que brincam com sobra e luz.

Rede segurada por cabos de aço presos no próprio equipamento

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LOTE 4

MAPA DE SITUAÇÃO

O garfite no muro trás como proposta o multiculturalismo. Cada um deve respeitar a cultura do outro.

O lote 4 ele possui atividade cultural por estar próximo ao cinema. O lote é uma área de permanência havendo exposição, tudo relacionado coma cultura. Caso o cinema não seja ativado por questões de órgãos públicos ou privados. Os muros receberão forma de projeção, tornando uma área de permanência, como cinemas antigos, repassando filmes antigos, documentários. Mas o muro também pode ser utilizado como forma de expressar arte. O lote tem presença de variadas vegetações, tornando um local agradável socialiazar. O mobiliário proposto para esse lote seria um banco inclinado, aparte de baico funciona como assento e no meio possui árvores frutiferas, como jabuticaba, amora, pitanga. Sendo frutas de temporadas diferentes, tendo assim sempre alguma fruta.

Mobiliário pode utilizar tanto aparte do assento como a grama..

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Perspectiva mostrando os dois loets em relação ao cienema e apraça.

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MATERIALIDADE O elemento escultórico ele é composto por fibra de vidro juntamente com uma resina. Ocorrendo de ser autoportante, conseguindo se auto estruturar. Podendo criar grandes vãos, sendo muito utilizado para modelos escultóricos. Devido ao artigo publicado: Utilização de perfis pultrudidos de fibra de vidro (GFRP) na construção descobriu que o material é mais resistente a atrações que o aço e concreto. Como mostra a tabela a seguir.

Fonte: http://wwwo.metalica.com.br Por ser feito com resina que possui vários tipos de polímeros misturado a fibra de vidro. O material não sofre por fácil deteorização, sendo assim sustentável por não ter que haver manutenção. A consturção do material é realizada como se fosse um pré moldado. Assim o material é adaptado por cada tipo de proejto devido a força que nele é atuado. Assim juntamente com o professor mestre e coordenador de engenharia Anderson Mezolini da Faculdade Estácio. Decidiu que pela capacidade da resistência do material em todos os tipos de força. De que a espessura do material poderia ser de 10cm, conseguindo assim o mobiliário ter leveza.

Fibra de Vidro.

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Referências Bibliográficas

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REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICAS GEHL, Jan. Cidades para pessoas. São Paulo, SP: Perspectiva,2013. LENER, Jaime. Acupuntura urbana. Rio de Janeiro. Record, 5° ed. 2011 JACOBS, Jane. Morte e vida na grandes cidade. SãO Paulo: Martins fontes,2000. (Coleção a) ROGERS. Richard. Cidades para um pequeno planeta. Barcelona: Gustavo Gili. 2001 JESSÉ ALEXANDRE DA SILVA, Geovany; BUSTOS ROMERO, Marta Adriana. O urbanismo sustentável no Brasil. A revisão de conceitos urbanos para o século XXI (parte1). Arquitextos, São Paulo, ano11, n.12803. Vitruvius,jan2011. Disponível http://www.vitruvius. com.br/revistas/read/arquitextos/11.128/3724. Acesso em 29/02/2018 JESSÉ ALEXANDRE DA SILVA, Geovany; BUSTOS ROMERO, Marta Adriana. O urbanismo sustentável no Brasil. A revisão de conceitos urbanos para o século XXI (parte2). Arquitextos, São Paulo, ano11, n.12803. Vitruvius,jan2011. Disponível http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/11.129/3499. Acesso em 10/03/2018. CHUECA GOITIA, Fernando. Breve história do urbanismo. 7 ed. Lisboa, PO:Editorial Presença,2008.209p. COSTA SAMANIOTTO,Carlos, Áreas Verdes: um elemento chave para sustentabilidade urabana. Arquitexto, São Paulo ano11, nov.2010. Disponível http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/11.126/3672. Acesso 23/03/2018. BOTELHO, Adriano. O urbano em fragmentos: a produção do espaço e da moradia pelas práticas do setor imobiliário. São Paulo: Annablume; Fabesp,2007. Acesso 15/08/2018. SILVA, A.C.B.Expansão Urbana e formação dos Territórios de Pobreza em Ribeirão Preto: Os Bairros Surgidos a Partir do Núcleo Colonial Antônio Prado (1887). São Carlos: UFSCar,2008.270p DUMAZED, J. (1973). Lazer e cultura popular (M. L. S. Machado, Trad.). São Paulo: Perspectiva. DUMAZED, J. (1980. ). Valores e conteúdos culturais do lazer (R. M. Vieira, Trad.). São Paulo: Sesc. AQUINOL BRAZ ,Cássio Adriano,MARTINS OLIVEIRA, José Clerton.Ócio, lazer e tempo livre na sociedade do consumo e do trabalho.Revista Mal estar e subjetividade.Disponível: http://www. pepsic.bvsalud.or g/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1518-61482007000200013.Acesso 28/04/2018 Jornal da Vila n°20. Diponivel: https://issuu.com/jornaldavilatiberio/docs/jvila20_maio2007. Acesso 29/05/2018 Gestão Urbana. Diponível: <http://gestaourbana.prefeitura.sp.gov.br/wp-content/uploads/2015/07/150512-Caderno-Centro-aberto-tela-72.pdf>. Acesso 05/05/2018 Instituto Mobilidade Verde. Pocket Park. São Paulo. Disponível: <https://institutomobilidadeverde.wordpress.com/pocket-park> Acesso 08/05/2018 R-Urban. Disponível: http://r-urban.net/. Acesso 14/05/2018 Patrimônio Ribeirão. Diponível: http://patrimonioribeirao.blogspot.com.br/2013/03/patimonio-tomabdo-bens-imoveis.html. Acesso 10/09/2018 v 110


111


112


2.30

N

SENTINDO DOS VENTOS

ENTRE COSTURAS: ESTUDO DE OCUPAÇÃO E INTEGRAÇÃO DE LOTES VAZIOS

QUADRO

DE

N

ÁREAS

( m2 )

SITUAÇÃO SEM ESCALA

IMPLANTAÇÃO

IMPLANTAÇÃO ESCALA 1/500

POENTE NASCENTE

TFG ARQUITETURA E URABNISMO ANA ESTHER DE FIGUEIREDO MATHEUS ORIENTADORA TÂNIA MARIA BULHÕES FIGUEIRA NOVEMBRO/2018


2.30

N

SENTINDO DOS VENTOS

ENTRE COSTURAS: ESTUDO DE OCUPAÇÃO E INTEGRAÇÃO DE LOTES VAZIOS

QUADRO

DE

N

ÁREAS

( m2 )

SITUAÇÃO SEM ESCALA

IMPLANTAÇÃO

IMPLANTAÇÃO ESCALA 1/500

POENTE NASCENTE

TFG ARQUITETURA E URABNISMO ANA ESTHER DE FIGUEIREDO MATHEUS ORIENTADORA TÂNIA MARIA BULHÕES FIGUEIRA NOVEMBRO/2018


B

CORTE

RUA CEL. LUIS DA CUNHA

139.31

MURO

LOTE OCUPADO

A CORTE

PLANTA COBERTURA LEGENDA TRAJETO FIBRA DE VIDRO COM POLÍMEROS

LOTE: 2 LOCAL: R. Luis da Cunha com R. Conselheiro Saraiva TIPOLOGIA: Práticas ecológicas

N POENTE

B

ESCALA 1/100

NASCENTE

CORTE

PLANTA COBERTURA

MURO

ÁREAS

PISO INTERTRAVADO

N

QUADRO DE

HORTA

ATIVIDADE: Horta Urbana

( m2 )

SITUAÇÃO SEM ESCALA

RUA COMPARTILHADA CONSELHEIRO SARAIVA

A CORTE

SENTINDO DOS VENTOS LOTE SELECIONADO

TERRENO

998,60 m²

ÁREA CONSTRUÍDA

273,00 m²

ÁREA PERMEÁVEL

TFG ARQUITETURA E URABNISMO ANA ESTHER DE FIGUEIREDO MATHEUS ORIENTADORA TÂNIA MARIA BULHÕES FIGUEIRA NOVEMBRO/2018


ANÁLISE: VESTILAÇÃO E INSOLAÇÃO

B

CORTE

RUA CEL. LUIS DA CUNHA

139.31

PROJEÇÃO COBERTURA

-0,80

4.00

-0,80 PROJEÇÃO VIGA

MURO 0.70 0.70 0.70

PRO JEÇÃ

0.85

O CO

BERT

URA

0.85

10.25

MURO

0.70 0.70 0.70

LOTE OCUPADO

10.25

RA

ERT URA COB

RAMPA i=8,33% DESCE

12.02

0,00

LOTE OCUPADO

0,00

JEÇÃ O

FEIRA

96 0.

COZINHA DIDÁTICA

PRO

2

COB ERTU

PROJEÇÃO VIGA

0 .9

JEÇÃ O

RAMPA i=8,33% DESCE

FEIRA

PRO

A TUR

CAIXA D'ÁGUA

CAIXA D'ÁGUA

1.90

COMPOSTEIRA 8.20

CORTE

ARMAZENAGEM

6.35

0.60

A

3.15

PRO 1.16

0,00

JEÇÃ O CO

BERT

URA

1.88

1.04

1.22

0.6 9

0.50

1.88

SEM ESCALA

CANTEIRO HORTA H=30CM

A

PLANTA BAIXA ANÁLISE VENTI. E INSOLA. LOTE: 2

CANTEIRO HORTA H=90CM

LOCAL: R. Luis da Cunha com R. Conselheiro Saraiva TIPOLOGIA: Práticas ecológicas

BANCO H=45CM

5.47

0.80

0.67 CORTE

B

ESCALA 1/100

MURO

CANTEIRO HORTA H=60CM

GRAMA H= 0 CM

OS CANTEIROS DA HORTA POSSRUEM ALTURAS DIFERENCIADAS. TRATANADO A QUESTÃO DA A HORTA SER PARA TODOS. EM TODOS PODEREM DE UTILIZAR. A INSOLAÇÃO OCORRE NO PERÍODO DA MANHÃ NA ÁREA ONDE HÁ A HORTA SENDO BENÉFICO PARA OS ALIEMENTOS QUE SERÃO CULTIVADOS

A DISPOSIÇÃO DO EQUIPAMENTO NO LOTE, OCORRE PARA QUE NÃO HAJA BARRAMENTO DO VENTO. PARA QUE CHEGUE O VENTO CHEGUE NO LOTE A FRENTE A INSOLAÇÃO OCORRE NO PERÍODO DA MANHÃ NA ÁREA ONDE HÁ A HORTA SENDO BENÉFICO PARA OS ALIEMENTOS QUE SERÃO CULTIVADOS

CORTE

0,90

PLANTA BAIXA

URA

5.47

PLANTA BAIXA

LEGENDA

0.5

1.80

0,30

BERT

NASCENTE

0

0,60

O CO

N

N

MURO

ATIVIDADE: Horta Urbana

( m2 )

8.15

JEÇÃ

ÁREAS

1.80

PRO

0,00

QUADRO DE

8.46

ARMAZENAGEM

SITUAÇÃO SEM ESCALA

6.05

2.12

COMPOSTEIRA

POENTE COZINHA DIDÁTICA

RUA COMPARTILHADA CONSELHEIRO SARAIVA

0,00

PRO JEÇÃ O CO BER

5

1.0

0.67

19.05

1 1.1

0,00

POENTE NASCENTE

SENTINDO DOS VENTOS LOTE SELECIONADO

TERRENO

998,60 m²

ÁREA CONSTRUÍDA

273,00 m²

ÁREA PERMEÁVEL

TFG ARQUITETURA E URABNISMO ANA ESTHER DE FIGUEIREDO MATHEUS ORIENTADORA TÂNIA MARIA BULHÕES FIGUEIRA NOVEMBRO/2018


MOBILIÁRIO

139.31

OS MOBILIÁRIOS POSSUEM UM DIÁLOGO PROFUNDO COM AS LINHAS FLETIDAS QUE FAZ A ALUSÃO DA IDEIA DE COSTURA POSSUEM CARACTERISTICA FUNCIONAL. O MOBILIÁRIO MUDA CONFORME O USUÁRIO QUEIRA

CORTE

FEIRA

COZINHA DIDÁTICA

251 39

101

121

80

139

67

104

90

218

tampo aço inox

97

PLANTA BAIXA

ESCALA 1:50

295

1.95

0.10

MADEIRA OSB

PLANTA BAIXA

90

porta pivotante

4.33

4.89

4.96

4.99

composteria

1.30

madeira OSB

94

2.10

VISTA POSTERIOR

VISTA FRONTAL ESCALA 1:50

246

ESCALA 1:50

97 ÁREA DE ARMAZENAGEM

CORRE

CORRE CORRE

CORRE CORRE

CORRE

90

0,00

3

0.90

0,00

0.90

0.90

0.60

0.45

0.90

CAIXA D´ÁGUA

37

217

90

3.00

3.12

1.73

1.67

VISTA POSTERIOR ESCALA 1:50

CORTE AA

29

O EQUIPAMENTO POSSUI PÉ DIREITO ALTO, TENDO UMA BOA CIRCULÇÃO DE VENTO .

ESCALA 1/100

135

135

16

156

88

VISTA FRONTAL 75

ESCALA 1:50

VISTA LATERAL

..\..\..\OneDrive\Área de Trabalho\mesa1.PNG

PERSPECTIVA

MESAS MODULARES. PODENDO SER UTILIZADAS JUNTO OU SEPARADO

refrigerado para as hortaliças, legumes e frutas

PERSPECTIVA

jardim vertical canterio horta

COZINHA DIDÁTICA

0,00

COMPOSTAGEM

0,00

0.45

0,00

0.30

FEIRA

0.60

0.90

3.28

porta pivotante

3.45

1026

0.10 4.65

4.50

0.10

madeira OSB

ESCALA 1:50

..\..\..\OneDrive\Área de Trabalho\COZINHA.PNG

HORTA

0,00

P.N.T

CORTE AA/ BB

-0,80

CORTE BB

DETALHE MOBILIÁRIO

degraus acompanhando a declividade

LOTE: 2

ESCALA 1/100

LOCAL: R. Luis da Cunha com R. Conselheiro Saraiva TIPOLOGIA: Práticas ecológicas

ATIVIDADE: Horta Urbana

QUADRO DE

N

ÁREAS

( m2 )

SITUAÇÃO SEM ESCALA

banco

canterio horta

54

3

jardim vertical

75

3,10

POENTE NASCENTE

LOTE SELECIONADO

TERRENO

998,60 m²

ÁREA CONSTRUÍDA

273,00 m²

ÁREA PERMEÁVEL

TFG ARQUITETURA E URABNISMO ANA ESTHER DE FIGUEIREDO MATHEUS ORIENTADORA TÂNIA MARIA BULHÕES FIGUEIRA NOVEMBRO/2018


2.30

B

CORTE

MURO

MURO CORTES

MURO A CORTE

MURO PARA PROJETAR IMAGENS EM CURSOS/ LABORATÓRIOS

1.89

A CORTE

porta pivotante 5.99

5.32

5.33

3,10

OFICINA DE REICLAGEM

0,00

45

0,00

2.12

0.55

COPA

2.20

3.01 0.85

2.10 0.85

W.C

0,00

MOBILIÁRIO COLETOR DE LIXO

3.70

139.31

1.89

A DISPOSIÇÃO DO EQUIPAMENTO MAIS AO FUNDO DO LOTE OCORRE DE NÃO SOFRER TANTO COM A INSOLAÇÃO JÁ QUE O LOTE ESTÁ NA FACE SOL. POR NÃO HAVER BARRAGEM DO VENTO DEVIDO AO LOTE DA HORTA. HAVERÁ BOA CIRCULAÇÃO DE AR. JÁ QUE O O EQUIPAMENTO POSSUI PÉ DIREITO ALTO.

5.90

3,10

3.01

MOBILIÁRIO FLEXIVEL

COPA

0,00

0.85

2.10

3.22

4.16

ENTANTE FLEXIVEL

CORTE AA ESCALA 1/100

PLANTA COBERTURA CORTE AA/BB LOTE: 1 LOCAL: R. Luis da Cunha

TERRENO

744,30 m²

ÁREA CONSTRUÍDA

341,00 m²

DE

ÁREAS

( m2 )

ATIVIDADE: Estação de Reciclagem

N

ÁREA PERMEÁVEL

B

CORTE

ESCALA 1/100

TRAJETO FIBRA DE VIDRO COM POLÍMEROS

N

QUADRO

LEGENDA

RUA CEL. LUIS DA CUNHA

PLANTA COBERTURA

SITUAÇÃO SEM ESCALA

TIPOLOGIA: Práticas ecológicas

POENTE NASCENTE

PISO INTERTRAVADO

SENTINDO DOS VENTOS LOTE SELECIONADO

TFG ARQUITETURA E URABNISMO ANA ESTHER DE FIGUEIREDO MATHEUS ORIENTADORA TÂNIA MARIA BULHÕES FIGUEIRA NOVEMBRO/2018


2.30

B

MURO 3.08

13.79

13.79

MURO

W.C

4.54

3.91

PROJEÇÃO VIGA

4.54 3.91

PROJEÇÃO VIGA

ANÁLISE: VESTILAÇÃO E INSOLAÇÃO MURO

W.C

MURO

MURO

3.08

CORTE

MURO

COPA

5.59 OFICINA

A

5.59

CORTE

COPA

A CORTE

8.13

PR

OJ

EÇ ÃO

139.31

CO B

CO BE

RT

ÇÃ

OC

OB ERT UR

RA

PR OJE

ÃO

UR

A

OB ERT OC ÇÃ OJE PR

PROJEÇÃO VIGA

UR

A

JE Ç

8.13

PR O

PROJEÇÃO VIGA

A

ER TU

POENTE

NASCENTE

RUA CEL. LUIS DA CUNHA

A DISPOSIÇÃO DO EQUIPAMENTO MAIS AO FUNDO DO LOTE OCORRE DE NÃO SOFRER TANTO COM A INSOLAÇÃO JÁ QUE O LOTE ESTÁ NA FACE SOL. POR NÃO HAVER BARRAGEM DO VENTO DEVIDO AO LOTE DA HORTA. HAVERÁ BOA CIRCULAÇÃO DE AR. JÁ QUE O O EQUIPAMENTO POSSUI PÉ DIREITO ALTO.

PLANTA TERREO ESCALA 1/100

PLANTA BAIXA ANÁLISE VENTI. E INSOLA. LOTE: 1 LOCAL: R. Luis da Cunha

ÁREAS

744,30 m²

ÁREA CONSTRUÍDA

341,00 m²

DE

N POENTE NASCENTE

ESCALA 1/100

TERRENO

ÁREA PERMEÁVEL

B

CORTE

PLANTA TERREO

N

QUADRO

RUA CEL. LUIS DA CUNHA

ATIVIDADE: Estação de Reciclagem

( m2 )

SITUAÇÃO SEM ESCALA

TIPOLOGIA: Práticas ecológicas

SENTINDO DOS VENTOS LOTE SELECIONADO

TFG ARQUITETURA E URABNISMO ANA ESTHER DE FIGUEIREDO MATHEUS ORIENTADORA TÂNIA MARIA BULHÕES FIGUEIRA NOVEMBRO/2018


RUA CEL. LUIS DA CUNHA

139.31

JUSTIFICATIVA DA ESCOLHA DE PISO PISO HORTA - PISO DRANTE

MURO

PARA ÁREA DA HORTA FOI ESCOLHIDO O PISO DRENANTE DEVIDO DE DRENAR RÁPIDAMENTE A ÁGUA SENDO UM MATERIAL ECOLÓGICO, JÁ QUE A ÁGUA CAI NO SOLO RETORNANDO AS CAMADAS SUBTERRÂNEAS DA TERRA, DANDO CONTINUIDADE AO CICLO NATURAL DA ÁGUA TAMBÉ OCORRE DE NÃO HAVER SUJEIRA DE ÁGUA JUNTO COM TERRA. ASSIM NÃO OCASIONANDO TOMBOS. DEVIDO JÁ QUE É UMA ÁREA QUE HAVERÁ POPULAÇÃO DE FAIXA ETÁRIA DIFERENTES.

FEIRA

ASSENTAMENTO DO PISO DRENANTE FONTE: www.casanovah.com.br

LOTE OCUPADO

EXEMPLO COMO FUNCIONA PISO DRENANTE

ÁREA DE CIRCULÇÃO- PISO INTERTRAVADO PARA ÁREA DE CIRCULÇÃO FOI ESCOLHIDO O PISO INTERTRAVADO DEVIDO ELA TAMBÉM SER ECOLÓGICA. NÃO TÃO EFICIENTE QUANTO O PISO DRENANTE,MAS POSSUI TAMBÉM CONSEGUE DRENAR A ÁGUA. O USO DESSE PISO PARA ÁREA DE CIRCULÃO, SERIA QUE HOUVE INTEGRASSÃO DA RUA COMPATILHADA NA CONSELHEIRO SARAIVA, DE MODO QUE NÃO HOUVESSE UMA DELIMITAÇÃO.

COZINHA DIDÁTICA

NA ÁREA DE ARMAZENAGEM, COZINHA DIDÁTICA E NAFEIRA FOI PROPOSTO O USO DO PISO CIMENTO QUEIMADO. POIS É UM PISO VERSATIL DE FÁCIL MANUTENÇÃO. PARA INTALAÇÃO DAS PORTAS PIVOTANTES É NECESSÁRIO DE QUE O PISO SEJA TODO NIVELADO. NÃO PODENDO UTILIZAR NENHUM DOS PISOS PROPOSTOS CIMA.

LEGENDA PISO CIMENTO QUEIMADO

LOTE: 2

PLANTA BAIXA ESCALA 1/100

LOCAL: R. Luis da Cunha com R. Conselheiro Saraiva

PISO DRENANTE

TIPOLOGIA: Práticas ecológicas

ATIVIDADE: Horta Urbana

( m2 )

PISO INTERTRAVADO

TRAJETO FIBRA DE VIDRO COM POLÍMEROS

MURO

PLANTA BAIXA PAGINAÇÃO DE PISO

N

ÁREAS

PISO DRENANTE

ARMAZENAGEM/ COZINHA DIDÁTICA/ FEIRA

QUADRO DE

ARMAZENAGEM

ASSENTAMENTO DO PISO DRENANTE FONTE:www.rhinopisos.com.br

SITUAÇÃO SEM ESCALA

RUA COMPARTILHADA CONSELHEIRO SARAIVA

CAIXA D'ÁGUA

EXEMPLO DE PISO INTERTRAVADO

POENTE NASCENTE

GRAMA LOTE SELECIONADO

TERRENO

998,60 m²

ÁREA CONSTRUÍDA

273,00 m²

ÁREA PERMEÁVEL

TFG ARQUITETURA E URABNISMO ANA ESTHER DE FIGUEIREDO MATHEUS ORIENTADORA TÂNIA MARIA BULHÕES FIGUEIRA NOVEMBRO/2018


2.30

MURO JUSTIFICATIVA DA ESCOLHA DE PISO

MURO W.C

PISO HORTA - PISO DRANTE

MURO

PROJEÇÃO VIGA PARA ÁREA DA HORTA FOI ESCOLHIDO O PISO DRENANTE DEVIDO DE DRENAR RÁPIDAMENTE A ÁGUA

OFICINA

SENDO UM MATERIAL ECOLÓGICO, JÁ QUE A ÁGUA CAI NO SOLO RETORNANDO AS CAMADAS

COPA

SUBTERRÂNEAS DA TERRA, DANDO CONTINUIDADE AO CICLO NATURAL DA ÁGUA TAMBÉ OCORRE DE NÃO HAVER SUJEIRA DE ÁGUA JUNTO COM TERRA. ASSIM NÃO OCASIONANDO TOMBOS. DEVIDO JÁ QUE É UMA ÁREA QUE HAVERÁ POPULAÇÃO DE FAIXA ETÁRIA DIFERENTES.

ASSENTAMENTO DO PISO DRENANTE FONTE: www.casanovah.com.br

EXEMPLO COMO FUNCIONA PISO DRENANTE

139.31

ÁREA DE CIRCULÇÃO- PISO INTERTRAVADO 8.13

PR

OJ EÇ

ÃO

PARA ÁREA DE CIRCULÇÃO FOI ESCOLHIDO O PISO INTERTRAVADO DEVIDO ELA TAMBÉM SER ECOLÓGICA.

CO

NÃO TÃO EFICIENTE QUANTO O PISO DRENANTE,MAS POSSUI TAMBÉM CONSEGUE DRENAR A ÁGUA.

BE R

O USO DESSE PISO PARA ÁREA DE CIRCULÃO, SERIA QUE HOUVE INTEGRASSÃO DA RUA COMPATILHADA

A

NA CONSELHEIRO SARAIVA, DE MODO QUE NÃO HOUVESSE UMA DELIMITAÇÃO.

OC

OB

ERT

UR A

TU R

PR OJE

ÇÃ

EXEMPLO DE PISO INTERTRAVADO

ASSENTAMENTO DO PISO DRENANTE FONTE:www.rhinopisos.com.br

ARMAZENAGEM/ COZINHA DIDÁTICA/ FEIRA NA ÁREA DE OFICINA FOI PROPOSTO O USO DO PISO CIMENTO QUEIMADO. POIS É UM PISO VERSATIL DE FÁCIL MANUTENÇÃO. PARA INTALAÇÃO DAS PORTAS PIVOTANTES É NECESSÁRIO DE QUE O PISO SEJA TODO NIVELADO. NÃO PODENDO UTILIZAR NENHUM DOS PISOS PROPOSTOS A CIMA.

PLANTA BAIXA PAGINAÇÃO DE PISO LOTE: 1 LOCAL: R. Luis da Cunha

PISO INTERTRAVADO

N

PLANTA TERREO ESCALA 1/100

QUADRO

RUA CEL. LUIS DA CUNHA

N

POENTE NASCENTE

CIMENTO QUEIMADO

ÁREAS

TRAJETO FIBRA DE VIDRO COM POLÍMEROS

TERRENO

744,30 m²

ÁREA CONSTRUÍDA

341,00 m²

DE

LEGENDA

ATIVIDADE: Estação de Reciclagem

( m2 )

SITUAÇÃO SEM ESCALA

TIPOLOGIA: Práticas ecológicas

SENTINDO DOS VENTOS LOTE SELECIONADO

ÁREA PERMEÁVEL

TFG ARQUITETURA E URABNISMO ANA ESTHER DE FIGUEIREDO MATHEUS ORIENTADORA TÂNIA MARIA BULHÕES FIGUEIRA NOVEMBRO/2018


2.30

MOBILIÁRIO OS MOBILIÁRIOS POSSUEM UM DIÁLOGO PROFUNDO COM AS LINHAS FLETIDAS QUE FAZ A ALUSÃO DA IDEIA DE COSTURA POSSUEM CARACTERISTICA FUNCIONAL. O MOBILIÁRIO MUDA CONFORME O USUÁRIO QUEIRA

MESA PARA LABORATÓRIO

PRATELEIRAS COLETA

109 588

155

705

128

VISTA LATERAL DIREITA

ESCALA 1:50

ESCALA 1:50

MESAS MODULARES. PODENDO SER UTILIZADAS JUNTO OU SEPARADO

62

PLANTA BAIXA ESCALA 1:50

700

VISTA LATERAL DIREITA

588

ESCALA 1:50

5

50

ESCALA 1:50

PLANTA BAIXA

139.31

212

PLANTA BAIXA

53

2

206

8

PERSPECTIVA

45

2

10

79

445

ESTANTE MODULAR. ESTANTE QUE SEPARA EM TRÊS PARTES. LOCOMOVE POR DOLNAS NO PÉ.

50

101

56

10

8

88

10

62

..\..\..\OneDrive\Área de Trabalho\ESTANTE.PNG

50 5

30

48

VISTA LATERAL ESQUERDA

VISTA FRONTAL

ESCALA 1:50

COLETA DE RECICÁVEL

700

CADA COR REPRSENTE A MATERIALIDADE, ONDE DEVE JOGAR CADA COR REPRSENTE A MATERIALIDADE, ONDE DEVE JOGAR CADA ITEM.

VISTA LATERAL ESQUERDA ESCALA 1:50

VISTA FRONTAL

PERSPECTIVA

ESCALA 1:50

212

31

37

153

VISTA FRONTAL 10

72

50

5

50

90

180

37

50

37

155

ESCALA 1:50

ESCALA 1:50

VISTA POSTERIOR

212

206

PERSPECTIVA

SOFÁ PARA DESCANSO VISTA LATERAL ESCALA 1:50

45

ARMAZENAGEM DOS RECICLAVEIS 70

477 89

89

694

171

VISTA LATERAL ESCALA 1:50

90

249

694

..\..\..\OneDrive\Área de Trabalho\BANCO.PNG VISTA FRONTAL

344

ESCALA 1:50

PLANTA BAIXA ESCALA 1:50 344

60 45

64

PERSPECTIVA

VISTA FRONTAL

266

ESCALA 1:50

..\..\..\OneDrive\Área de Trabalho\caixa.PNG

478

45

PLANTA BAIXA

VISTA POSTERIOR ESCALA 1:50

110

MOBILIÁRIO ESTAÇÃO DE RECICLAGEM LOTE: 1

VISTA LATERAL

LOCAL: R. Luis da Cunha TIPOLOGIA: Práticas ecológicas

ATIVIDADE: Estação de Reciclagem

TERRENO

744,30 m²

ÁREA CONSTRUÍDA

341,00 m²

QUADRO

DE

N

ÁREAS

( m2 )

SITUAÇÃO SEM ESCALA

ARMAZENAGEM DE RECICLÁVEL MODULAR PERSPECTIVA CADA SEPARAÇÃO ELA DESLOCA PODENDO ANDAR PELO EQUIPAMENTO INTEIRO SENDO PRÁTICO E FLEXIVEL

50

45

57

POENTE NASCENTE

LOTE SELECIONADO

ÁREA PERMEÁVEL

TFG ARQUITETURA E URABNISMO ANA ESTHER DE FIGUEIREDO MATHEUS ORIENTADORA TÂNIA MARIA BULHÕES FIGUEIRA NOVEMBRO/2018


2.30

13.98

MURO

MURO MURO

MURO

2.06

2.70

2.78

MURO

B

B

CORTE

MURO

CORTE

13.98

3.37 0.65

1.65

1.83

2.88

3.53

139.31

CORTE AA ESCALA 1/100

A CORTE

30.41

1.60

2.48

4.59 2.30

3.92 2.32

3.41

4.33

5.62

4.95

235

A CORTE

30.41

A CORTE

0.65

1.40

1.45

CORTE BB ESCALA 1/100

PLANTA COBERTURA PLANTA TERREO CORTE AA/BB LOTE: 3

TIPOLOGIA: Atividade física

ATIVIDADE: LÚDICO

LEGENDA TRAJETO FIBRA DE VIDRO COM POLÍMEROS

( m2 )

ESCALA 1/100

N

N POENTE

PISO PNEU RECICLADO

ÁREAS

ESCALA 1/100

TERRENO

424.28 m²

ÁREA CONSTRUÍDA

0 m²

DE

PLANTA TERREO

QUADRO

PLANTA TERREO

SERÁ UTILIZADO O PISO DE PNEU RECICLVEL. POIS POR SER UMA ÁREA DE VARIADAS ATIVIDADES. O PISO AGUENTA ALTOS IMPACTOS E TBM POSSUI CAPACIDADE DE DRENAR IDEAL PARA SENTAR, BRINCAR, POIS ELE NÃO MACHUCA

SITUAÇÃO SEM ESCALA

B

CORTE

RUA CEL. LUIS DA CUNHA

B

CORTE

RUA CEL. LUIS DA CUNHA

LOCAL: R. Luis da Cunha

NASCENTE

SENTINDO DOS VENTOS LOTE SELECIONADO

ÁREA PERMEÁVEL

TFG ARQUITETURA E URABNISMO ANA ESTHER DE FIGUEIREDO MATHEUS ORIENTADORA TÂNIA MARIA BULHÕES FIGUEIRA NOVEMBRO/2018


2.30

2.88

A

CORTE

Jabuticaba - Myciaria Culiflora 0.35 0.77

Nome Científico: Tradescantia pallida purpurea

4.00

Trapoeraba Roxa

Família: Commelinaceae Categoria: Folhagens, Forrações ao Sol Pleno Clima: Equatoria, Subtropical, Tropical Origem: América do Norte, México

Nome Científico: Myciaria Culiflora Família: Myrtaceae

Altura: 0.3 a 0.4 metros

Categoria: Árvores, Ávores Frutíferas, Ávores Ornamentais Clima: Equatoria, Subtropical, Tropical

Luminosidade: Meia Sombra, Sol Pleno

Origem: América do Sul, Brasil

Ciclo de Vida: Perene

Altura: 4.7 a 6.0 metros,6.0 a 9.0 metros, 9.0 a 12 metros, acima de 12 metros

CORTE AA ESCALA 1/50

Luminosidade: Sol Pleno Grama Amendoin

139.31

Ciclo de Vida: Perene

Nome Científico: Arachis repens Categoria: Forrações à meia sombra,forrações ao Sol Pleno Clima: Equatorial, Subtropical, Tropical

Amoeira-negra - Morus nigra

4.02

Família: Fabaceae

Origem: América do Sul, Brasil

Ciclo de Vida: Perene Daniela- Daniella tasmanica Nome Científico: Daniella tasmanica Família: Xanthorrhoeaceae Categoria: Folhagens, Forrações ao Sol Pleno, Gramados e Forrações

Nome Científico: Morus nigra Família: Moraceae

0.37

Luminosidade: Meia Sombra, Sol Pleno

1.02

Altura: 0.1 a 0.3 metros

Categoria: Árvores, Ávores Frutíferas, Medicinal Clima: Continental, Mediterrâneo, Subtropical, Tropical Origem:Ásia Altura: 3.6 a 4.7 metros,4.7 a 6.0 metros, 6.0 a 9.0 metros, 9.0 a 12 metros Luminosidade: Sol Pleno

CORTE BB ESCALA 1/50

Ciclo de Vida: Perene

MOBILIÁRIO

Clima: Equatoria,Mediterraneo, Subtropical, Tropical Origem: Austália, Oceania, Tasmania Altura: 0.3 a 0.4 metros Luminosidade: Meia Sombra, Sol Pleno B CORTE

Ciclo de Vida: Perene Nome Científico: Malpighia emarginata Família: Malpighiaceae

22 4

B CORTE

Acerola - Malpighia emarginata

659

Categoria: Arbustos, Arbustos Tropicais, Árvores, Ávores Frutíferas, Bonsai, Cervas vivas, Medicinal

..\..\..\OneDrive\Área de Trabalho\JARDIM.PNG

Clima: Equatorial, Mediterrâneo, Oceânico, Semiárido Subtropical, Tropical Origem: América Central, América do Norte, América do Sul, Antilhas, México, Peru OBS: As árvores frutíferas ficarão no mobiliário proposto

VISTA FRONTAL

Altura: 2.4 a 3.0 metros,3.0 a 3.6 metros, 3.6 a 4.7 metros, 4.7 a 6.0 metros Luminosidade: Sol Pleno VISTA LATERAL

Ciclo de Vida: Perene 521

64

1

VISTA POSTERIOR

Pitanga - Eugenia uniflora

PLANTA BAIXA

Nome Científico: Eugenia uniflora Família: Myrtaceae Categoria: Arbustos, Arbustos Tropicais, Árvores, Ávores Frutíferas, Árvore Ornamentais, Cervas vivas Clima: Equatorial, Mediterrâneo, Oceânico, Semiárido Subtropical, Tropical Origem: América do Sul, Argentina, Brasil, Uruguai Altura: 1.8 a 2.4 metros,2.4 a 3.0 metros, 3.0 a 3.6 metros, 3.6 a 4.7 metros, Luminosidade: Sol Pleno Ciclo de Vida: Perene

LEGENDA TRAJETO FIBRA DE VIDRO COM POLÍMEROS

PLANTA TERREO CORTE AA / CORTE BB LOTE: 4 LOCAL: R. Luis da Cunha

A

ESCALA 1/100

( m2 )

N

QUADRO

CORTE

PLANTA TERREO

N

ÁREAS

RUA CEL. LUIS DA CUNHA

SENTINDO DOS VENTOS

ATIVIDADE: LÚDICO

TERRENO

542.00 m²

ÁREA CONSTRUÍDA

0 m²

DE

PISO EINTERTRAVADO

SITUAÇÃO SEM ESCALA

TIPOLOGIA: Atividade física

POENTE NASCENTE

LOTE SELECIONADO

ÁREA PERMEÁVEL

TFG ARQUITETURA E URABNISMO ANA ESTHER DE FIGUEIREDO MATHEUS ORIENTADORA TÂNIA MARIA BULHÕES FIGUEIRA NOVEMBRO/2018


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