Sumário
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APERITIVO
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DECOR
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ADEGA SAVEUR
Para comer ou para usar?
Praticidade na cozinha sem armários
Mas será mesmo que vinho e sushi combinam?
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CHÁ DAS 5
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PRATO PRINCIPAL
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JULLIENE
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COZINHA FIT
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MASCAVO
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PITADA
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MENU
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SABORES DE CURITIBA
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SAIBA +
com Paola Carosella
O poder dos temperos
Mulheres e cerveja: uma relação histórica
A moda da dieta sem glutén e sem lactose
A vez dos cupcakes
Dicas para cozinhar como um chef
receitas especiais para jantar à dois
Nossos lugares favoritos na Cidade
Desvendando mitos
Expediente
Editorial
TENDÊNCIA Gastronômica Edição 01 | Novembro 2016 Editoras Andressa Ribas Franciele Ramos Nicoli Paque Direção de Arte Andressa Ribas Franciele Ramos Nicoli Paque Redação Andressa Ribas Franciele Ramos Nicoli Paque Arte Final Franciele Ramos Projeto Gráfico e Diagramação Andressa Ribas Franciele Ramos Nicoli Paque CAPA Nicoli Paque Foto: Colunistas ? Impressão Ótima Gr áfica SAVEUR GASTRONOMIA Konrad Adenauer, 442 – Tarumã Curitiba – PR CEP: 82820-540 A Revista SAVEUR é uma publicação acadêmica, de tiragem única. A SAVEUR não se responsabiliza pelas ideias e conceitos expressos nos artigos assinados, que trazem somente o pensamento dos autores e não representam necessariamente a opinião da revista. É proibida a reprodução total ou parcial de suas publicações, para qualquer finalidade, sem prévia autorização.
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N
ão há como negar: a gastronomia tornou-se nicho importante no mercado editorial brasileiro nos últimos anos. Seja circulando por livrarias ou navegando pelos sites de comércio eletrônico, impressiona a variedade de títulos, a maioria editados no país. De finas edições de bolso a livrões para a mesa de centro, há de tudo um pouco, incluindo produções especificamente pensadas para o público infantil. E algumas das principais editoras que atuam nesse segmento confirmam: esse bom momento continua e ainda há muito o que ser explorado. Entre suas estratégias para conquistar o mercado, está a venda não só em livrarias, mas também supermercados, lojas de conveniência e até porta a porta, contemplando desde títulos de apelo comercial a novos autores. Cardápio bastante eclético A segmentação nas estantes de gastronomia das livrarias (e nas barras de navegação dos sites, aliás) já é uma realidade e, para André Boccato, proprietário da editora que leva seu sobrenome (outra especializada no tema), a variedade de perfis de leitores acompanha, de certa maneira, a oferta de títulos. “Existem públicos definidos: o profissional , o gourmand avançado e o iniciante que quer se divertir, além de outros nichos como saúde, turistas e gifts, sendo que esse último está em expansão. Se compararmos nossas livrarias às do exterior, ainda temos uma seção de gastronomia pequena. Falta editar livros históricos em fac-símile, mais livros sobre Brasil e tantos outros. Estamos trabalhando para suprir isso”, diz ele. Precaução A ordem é não fechar o foco e tentar atrair o máximo possível de perfis diferentes. “Buscamos publicar títulos de assuntos variados, que atendam a diversos públicos. Dos vegetarianos aos que adoram carne, dos que sofrem de restrição alimentar aos que podem comer de tudo, dos que gostam de pratos tradicionais aos que procuram sabores exóticos”, resume Luciana Maia, diretora da Publifolha. Títulos cujos temas são considerados específicos demais, continua ela, carecem de maior precaução: “Tendências vistas na Europa, por exemplo, demoram um tempo para chegar ao país porque é necessário aguardar o momento certo para apresentá-las ao mercado brasileiro”.
APERITIVO
PARA COMER
OU PARA USAR? POR HELOÍSA RIGHETTO
INGREDIENTES TORNAM-SE MATERIAIS QUE AGUÇAM A CRIATIVIDADE DE DESIGNERS MUNDO AFORA Como consequência da procura pelo mais leve, mais rústico e mais resistente, alguns designers começaram a observar e perceber melhor o seu entorno, transformando o que é simples, básico e rotineiro em algo surpreendente e inovador. Foi a partir desse princípio que os alimentos passaram a servir como material. Em pouco tempo, o leque de objetos - tanto funcionais como conceituais - feitos a partir dos mais variados itens que habitam as prateleiras dos supermercados cresceu bastante, tornando essa experimentação em forte tendência entre os profissionais, especialmente estudantes e recém formados. Aliás, a expressão “food design” está ganhando cada vez mais contemporainedade. Não é à toa que os designers também estão envolvendo-se mais e mais com a preparação das refeições e a experiência de comer, assim como chefs de cozinha buscam referências na insdústria criativa para afinar a apresentação de seus pratos e de seus restaurantes.
Foto: Manel Armengol
Enoc Armengol elegeu o pão como material para seus experimentos: a coleção de móveis Panpaati tem veia mais conceitual.
Até mesmo Oscar Niemeyer viu potencial no alimento, transformando para a Aquim Gastronomia uma barra de chocolate em uma forma escultural. O produto, vendido em edição limitada, é uma interpretação em miniatura dos traços modernistas e sinuosos do arquiteto. Esse projeto recente, apesar de ser um bom exemplo da transformação do ingrediente em material, visa evidenciar a função óbvia e principal do alimento, sem fazer com que o design anule essa característica.
PÃO, PÃO, PÃO A questão da biodegralidade foi o que levou o designer espanhol Enoc Armengol, em parceria com Arnau Miquel, a fazer unisitadas experimentações com pão. A coleção Panpaati, um conjunto de mesa e cadeiras, é um exemplo, e vem com uma explicação um tanto quanto poética: “São estruturas vivas, orgânicas, efêmeras e biodegradáveis, que vão sofrendo alterações como resultado de sua interação com o mundo. Não é isso que acontece com a comida? É um ciclo, e o melhor é que sim, as peças são comestíveis, completando esse ciclo perfeitamente!” Enoc ficou tão satisfeito com o resultado que decidiu aplicar a ideia do pão para um produto mais funcional e comercial. O resultado é o Pico Pan, um alimentador de passáros feito com resíduos de pão e farinha. Lançado recentemente, o produto pode ser usado em qualquer lugar e bate forte na tecla sustentabilidade . O pão parece mesmo ser um material com boas propriedades, já que nas mãos dos irmãos e designers R&E Praspaliauskas ele se transforma em chinelos! Eles afirmam que os Bread Shoes não são apenas usáveis, mas também confortáveis. “Mas o que queremos é que as pessoas deem risada quando vejam o produto. Até porque não há garantias de que os chinelos ficarão intactos po muito tempo!” Usáveis ou não, fato é que essa criação fez o nome dos designers aparecer e hoje as peças são vendidas por algo em torno de R$ 150,00.
MATÉRIA PRIMA OU INGREDIENTE? Em outros casos, a presença do alimento em um produto não é assim tão óbvia: apenas certos componentes são usados para dar forma a peça, como no caso do container criado pelo Haoshi Design Studio. Para os menos atentos, o produto parece uma latinha de alumínio. E qual a sacada? A Tin Can tem em sua composição extrato de milho sem perder a praticidade e a qualidade dos descartáveis, já que é facil de abrir tem isolante térmico e aguenta temperaturas elevadas. E depois de utilizada, ela se decompõe facilmente e não provoca danos ao meio ambiente. Há muito para se descobrir nessa relação entre design e alimentos e não há dúvida de que esse laços tendem a ser ainda mais estreitados. Fica a cargo dos designers tirarem o que há de melhor dessa união. Afinal, há poucas coisas no mundo que amamos tanto e que nos dá tanto prazer quanto a comida!
Foto: Dadada Studio
Foto: Haoshi Design
No caso da Tin Can, o uso do alimento não é óbvio, mas é extremamente importante: o extrato de milho torna o produto biodegradável.
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DECOR
Cozinha sem Armários
Será que é possível manter uma cozinha sem armários organizada, bonita e funcional?
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ar um toque diferente à sua cozinha pode ser mais fácil do que você imagina. Que tal tirar todos os tradicionais armários e gabinetes e trocar todos eles por opções que valorizem o ambiente e que dão uma sensação de amplitude? Confira no post de hoje como decorar uma cozinha sem armários. A cozinha, por vezes, acaba sendo o cômodo mais tradicional da casa. Os acessórios e as cores podem mudar o seu ar, mas os móveis são sempre os armários, gabinetes, fruteiras… Cansou da mesmice? Então renove o seu décor e deixa a sua cozinha sem armários! Mas isso não significa que ela irá ficar desorganizada ou perder sua funcionalidade. Se você é fã da máxima de que “cada coisa tem seu lugar”, uma opção para reorganizar mantimentos, louças, co-
Por Pamela Almeida
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pos e outros utensílios é a utilização de estantes. Elas cabem em qualquer cantinho e se adequam ao estilo de decoração muito facilmente, bastando optar pelo material adequado (metal para uma cozinha moderna e madeira para estilos de decoração mais românticos e rústicos, por exemplo). Pendurar panelas na cozinha entra como opção para quem deseja uma cozinha sem armários. Além de charmoso, torna o acesso aos utensílios muito fácil. Nichos e caixas organizadoras também podem ser usados para tornar a cozinha prática e dar um toque de leveza ao cômodo. Aposte em cores e materiais diferentes (como corda, vime ou mesmo madeira) para criar um ambiente descontraído. As prateleiras são eternos curingas na decoração. Servem para organizar, delimitar espaços e até mesmo para decorar. Na cozinha, são extremamente úteis para aparar louças, copos, mantimentos e até mesmo livros e objetos decorativos, como
coleções de garrafas ou latas, por exemplo. Elas dão amplitude ao ambiente, já que assumem muito bem a função dos armários sem ocupar tanto espaço. Se você não tem muito espaço e quer ter uma cozinha sem armários, aposte em prateleiras, otimizando o espaço e deixando tudo organizado. Deixar a sua cozinha sem armários é um grande incentivo para caprichar nos pratos, copos, xícaras e outros utensílios de copa e cozinha. Pendure xícaras coloridas ou temáticas em ganchos e você terá todas organizadas e ainda enfeitará o ambiente! Invista em potes de mantimentos bonitos e diferentes e organize-os por tamanho ou por tipo de grão, por exemplo. O visual da sua cozinha já ficará bem diferente! Se você sente falta de algo “cobrindo” os objetos, mas não quer abrir mão de uma cozinha sem armários, opte por lindas cortininhas próprias para cozinha. Elas são charmosas e deixam o ambiente caseiro e aconchegante. Invista em cortininhas coloridas ou estampas.
DECOR
A sutileza desta composição: Prateleira executada na mesa largura da coifa + iluminação sob a prateleira para a bancada + acabamentos na parede definindo os limites + diferença de nível na bancada para funcionar como um apoio para temperos e utensílios. Resultado? Um belíssimo projeto! Isso sem deixar de mencionar a parede em tijolo aparente presente em ambas imagens, perfeitas para fazer um belo fundo para louças e outros objetos interessantes. Funciona perfeitamente compondo com marcenaria branca ou com um toque ousado de cores! Uma boa organização pode permitir que apenas os armários inferiores sejam suficientes para despensa e para as utilidades como panelas, talheres e demais recipientes. As bancadas
podem abrigar parte dos equipamentos e prateleiras superiores expor os equipamentos e louças menos usadas.Nas imagens ao lado direito mostra uma quantidade maior de prateleiras com acabamento em madeira contrastando com o branco da parede e/ou da bancada. Praticamente um convite! Uma cozinha assim, cheia de preteleiras e panelas penduradas, além da bancada em mesa de madeira de demolição têm um clima rústico que é puro aconchego (parece cozinha de vó, adoro!) Prateleiras em madeira podem ser substituídas por aramados em aço inox. Uma cozinha cuja ousadia fica por conta ao uso de papel de parede com a devida proteção para a área da pia (vidro) e sobre o fogão. O piso em madeira “aquece” a composição em preto e branco predominante nos acabamentos.
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Vinho e Sushi Combinam? 07
ADEGA SAVEUR Por Angélica Sanchez
I
maginemos uma situação: você vai a bom restaurante japonês, faz o seu pedido e quando olha para a carta de bebidas para acompanhá-lo você se depara com várias opções de vinhos. E então o espanto inicial: “vinho para acompanhar sushi?” Tradicionalmente, a culinária japonesa nunca foi associada a harmonizações com vinhos. O saquê é sempre a bebida mais pedida quando o assunto é comida oriental. Quando não apenas um suco ou água. Mas como em diversas gastronomias a combinação entre bebida e comida nunca apresenta uma resposta precisa que estabeleça uma regra definitiva, a relação entre o vinho e a culinária nipônica, se conduzida com um pouquinho de imaginação, pode revelar muitas boas surpresas. Culinaria japonesa A diversidade da culinária japonesa e seus temperos podem assustar na hora de harmonizar com vinho. O tema certamente causa polêmica. É sabido que a diversidade dos temperos e molhos utilizados pelos japoneses pode dificultar na harmonização com o vinho: shoyu, vinagre de arroz, wasabi, gengibre, saquê, missô, etc, são ingredientes que têm de fato sabores característicos que causam medo na hora da combinação. Na maior parte das vezes, a utilização de elementos muito leves como peixes e vegetais, também pode acrescentar uma dúvida a mais no momento de decidir qual vinho tomar. De modo geral, os vinhos brancos, rosés e espumantes são os mais indicados para acompanhar a comida japonesa, normalmente de preparo detalhista e sabores delicados. A dica principal é: quanto mais leve for a comida, mais leve deve ser o vinho, pois os sabores da comida devem ser acentuados, e não sobrepostos pela bebida; fazer esta adequação é essencial para a harmonização. Quem disse que vinho tinto e culinária japonesa não combinam? Basta seguir a intensidade da comida.
O vinho tinto também pode ser uma boa pedida, com algumas restrições apenas. Sabemos que a diversidade da comida japonesa é uma de suas características marcantes, e nem sempre o peixe cru será o prato principal. A intensidade do vinho, assim como sua cor e sabor pode ir aumentando de acordo com a intensidade de sabor do prato. Deve-se evitar, contudo, vinhos tintos que passam por barrica de carvalho, pois estes costumam pesar mais que o prato que o acompanha. Para ajudar você a ter um resultado melhor na harmonização da bebida do deus Baco com a comida da terra do sol nascente, separamos algumas orientações bastante úteis.
Dicas: – Por ser de sabor marcante, picante, com leve acidez e aroma bastante forte, o gengibre é um ingrediente que dificulta bastante a combinação com vinhos. Se o prato tiver forte presença de gengibre, fuja dos tintos. Experimente um espumante brut, ou vinhos com as variedades brancas Gewürztraminer e Sauvignon Blanc que proporcionam um equilíbrio bom de aroma e sabor. – Se o prato for preparado ou servido à base de shoyo, que tem forte teor de sal, prefira vinhos com alto nível de acidez, para quebrar o salgado do molho. O wasabi, por sua vez, eleva a sensação alcoólica do vinho, portanto equilibrar com um vinho com baixa graduação de álcool é uma boa dica. Nessa situação, escolha um vinho branco leve, adocicado e com baixo teor de álcool para acompanhar pratos com muito shoyo e o wasabi. O importante é não ter preconceito e se divertir experimentando novas combinações e descobrindo novos sabores. Você verá que o vinho tem muito a ver com a comida japonesa, e harmonizá-los pode se tornar uma experiência maravilhosa!
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ADEGA SAVEUR
Experimente com
Tipo Espumante Tipo Espumante Com notas de mel, pão e fermento no aroma, o Champagne Montaudon Brut preenche o paladar com sua cremosidade, frescor e delicada perlage. Elaborado pela Maison Montaudon, uma tradicional casa de Champagne fundada em 1891, este vinho conquistou 92 pontos Wine Spectator.
Branco da uva Friulano, apresenta aromas florais e frutados, com toque de mineralidade e frescor agradável. Esta uva é a principal cultivada na região de Friuli, que é o celeiro da produção de excelentes vinhos brancos na Itália.
Tipo Branco Intenso e com equilibrado frescor, apresenta notas frutadas e leves nuances vegetais. Este sauvignon blanc, elaborado pela prestigiada vinícola Fantinel, provém das videiras mais altas da região de Friuli, canto fascinante do nordeste da Itália. Contemplado com 90 pontos do crítico James Suckling.
Tipo Branco Tipo Branco Com uma arquitetura encantadora, e equipamentos modernos, a Lagarde produz vinhos elegantes desde 1897. Fresco, frutado e equilibrado, este viognier amadurece 3 meses em garrafa em um ambiente climatizado na própria vinícola.
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O Miolo Reserva Pinot Grigio é leve, fresco e equilibrado, perfeito para acompanhar peixes grelhados. A vinícola Miolo começou a produzir vinhos a partir de 1989 e hoje é a maior vinícola do Brasil.
Tipo Espumante De cor levemente dourada e finas borbulhas oferece suave efervescência. No olfato apresenta deliciosas notas florais, aromas a pêssegos e pêra e toque amendoado. Em boca alcança o equilíbrio notável entre frescor e suavidade.
MODERNIDADE COM O TOQUE DE DESIGN QUE SEU LAR MERECE
Av. Com. Franco, 2549,Jardim das Americas Curitiba - PR (41) 3365-8580
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CHÁ DAS 5h
PAOLA
CAROSSELA A DAMA DE FERRO DO MASTERCHEF
Por Natacha Cortêz
C
ozinha foi a redenção de Paola Carosella. Quem vê a jurada mais sensível do MasterChef na TV ou quem conhece a culinária sem frescura de seus restaurantes não imagina como a escolha do seu ofício foi, na verdade, uma saída para um tremendo vazio emocional. MEssa história começa na Argentina dos anos 80. Paola se dividia entre a escola e as tardes solitárias em um apartamento pequeno na zona norte de Buenos Aires. Enquanto aguardava a mãe, que tinha dois empregos e fazia faculdade de Direito, a menina começou a imitar receitas que via, veja só, em um programa de televisão. Com a mesa posta, imersa em sentimento profundo de medo e abandono, apenas esperava. “A cada minuto de atraso da minha mãe, me faltava o ar”, conta, emocionada. “Eu ficava sentada no chão, com um olho na mesa posta e outro na porta.” Nunca mais saiu da cozinha. Trabalhou na sua Buenos Aires natal e também em Paris, Nova York e São Paulo, onde está há 14 anos. Ao longo da trajetória como cozinheira (ela gosta de ser chamada exatamente assim), encarou encoxada, faca no pescoço, jornadas insanas e o ego inflado de mestres como Francis Mallmann, o chef argentino que a levou para comandar a cozinha do restaurante paulistano Figueira Rubaiyat. Paola gosta de chamar o MasterChef de “talent show”, e não de reality show. Para ela, o programa é muito mais que entretenimento. “O MasterChef fala em respeitar a comida até o último pedacinho e da importância dos ingredientes frescos”, destaca. Paola acredita que refletir sobre isso pode mudar a percepção que os brasileiros têm sobre alimentação.
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CHÁ DAS 5h
Você enfrentou preconceitos na gastronomia por ser mulher?
A cozinha era um ambiente de intolerâncias. E não as vivi apenas por ser mulher. Aos 20, fiz um estágio na França, em um restaurante de hotel. O meu francês era precário e meus companheiros de cozinha tinham zero intenção de me entender. Eram perversos. Certa vez, um deles não gostou de uma correção que fiz, colocou uma faca na minha garganta e disse: “Sua filha da mãe, se você continuar dizendo o que devo fazer, te corto a jugular”.
Quais são suas origens, onde você nasceu e cresceu?
Nasci em 1972, em Buenos Aires. Sou filha de um italiano com uma argentina. Meus avós foram para a Argentina após a Segunda Guerra. Cresci em uma casa simples, mas enorme. Havia um porão, onde se guardava vinho, azeite e vinagre feitos ali. No quintal, tinha um pomar e uma horta. Nos fundos, coelhos, galinhas e uma cadela de caça.
Quem você mais admira na cozinha hoje?
Ignacio Mattos, um uruguaio chef em Nova York. Não conheço ninguém que cozinhe como ele.
Por que você decidiu ficar no Brasil?
Quando meu contrato terminou com o Rubaiyat, a Argentina passava por uma crise econômica muito séria. Meus pais já eram falecidos [a mãe faleceu em um acidente em 1999]. Queria abrir o meu próprio restaurante e achei que São Paulo podia ser um bom lugar. Vendi a casa da minha mãe, o carro e investi todo o dinheiro para conseguir o visto de investidora estrangeira: US$ 160 mil. Com isso, abri o Julia Cocina, que deu errado por divergências entre os sócios. Passei oito meses chorando. Viajei pela América Latina e, na volta, abri o Arturito.
Qual é a importância do MasterChef?
Em um mundo onde tudo é rotulado como gourmet, existe um programa no Brasil em que três chefs reconhecidos dizem: “Gourmet não me interessa”. Isso é forte! São três chefs dizendo que seria ótimo se plantássemos nosso próprio alimento. Se tem algo hoje que está em um nível de alerta, é o que estamos comendo e como isso afeta a nós e ao mundo.
Por que ainda há mais chefs homens conhecidos, apesar de a cozinha ter sido por muito tempo um espaço feminino?
Nossa saída para o mundo profissional ocorreu há um espaço de tempo curto, e a mulher se aventurou na cozinha profissional há não muito tempo. Por isso, a cozinha ainda continua sendo um trabalho onde os homens têm mais espaço. Acho que tem a ver com o fato de que é um trabalho muito duro fisicamente. As mulheres podem estar e fazer o que elas quiserem, mas o trabalho em restaurante é pesado e muito ingrato para o corpo de uma mulher. Os horários também. Isso faz com que a quantidade de mulheres que se aventuram a isso seja menor. Temos grandes chefs mulheres, mas são menos. ◆
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O poder dos
O
uso de temperos e condimentos é importante em uma alimentação saudável porque realça o sabor do alimento, ajuda na digestão, melhora a aparência da comida, além de terem poder terapêutico.
temperos
PRATO PRINCIPAL
Por Canal Minerva Foods
O
ato de comer é um dos que trazem maior satisfação para todos nós. A gastronomia e seus pratos e sabores podem tirar qualquer um do sério e do seu autocontrole. MExistem muitos fatores que fazem com que um alimento seja atraente para nós, o que inclui aparência, paladar, cheiro. É por isso que o homem aprendeu a utilizar alguns artifícios para melhorar ainda mais essas qualidades nos alimentos. Algumas delas são ricas em vários nutrientes e vitaminas. Mas, como são consumidas em pouca quantidade, essas substâncias quase não são levadas em conta no que se refere ao total do consumo diário. MUm dos artifícios são as especiarias e as ervas aromáticas. Elas são utilizadas por nós há séculos. A maioria vem das Índias e países orientais, mas foram adotadas sem qualquer problema. O uso de temperos e condimentos tem raízes na antiguidade, quando os árabes eram os intermediadores no comércio de especiarias das caravanas. Através da grande rota da seda, levavam especiarias da Índia para o mediterrâneo e para a Europa. As valiosas especiarias eram uma forma de demonstrar riqueza e os Europeus pagavam até quarenta vezes o valor do seu custo na fonte, o que impulsionou o desenvolvimento das grandes cruzadas, que culminou no descobrimento da América do Sul, séculos atrás. M Na utilização de temperos podemos ir além, transformando pratos comuns com novos sabores, aromas e cores usando ervas e especiarias baratas e fáceis de encontrar. As propriedades aromáticas e de sabor são conhecidas por quase todo mundo. Entretanto, os temperos nos guar-
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dam muito mais do que sabores, eles possuem inúmeras propriedades terapêuticas pouco exploradas pela cultura ocidental, mas muito conhecida na cultura oriental, especialmente pela medicina ayurvédica. Hoje em dia fala-se muito no uso dos alimentos, das ervas e das especiarias como forma terapêutica na prevenção de doenças, para ter mais qualidade de vida, uma alimentação mais saudável ou, ainda, buscar a cura de doenças. MOs termos “ervas” e “especiarias” são comumente trocados, no entanto eles carregam algumas diferenças distintas. As ervas são folhas de plantas não lenhosas, como manjericão, sálvia, salsa, enquanto especiarias vêm de todas as outras partes da planta: raízes, flores, frutos, sementes e casca, como por exemplo a páprica, coentro, açafrão. As especiarias são normalmente utilizadas para agregar sabor mais marcante a um prato do que as ervas. MEspeciarias secas são produtos aromáticos produzidos especialmente com a casca e a semente das plantas, podendo serem encontradas inteiras, moídas ou misturadas umas com as outras. As especiarias inteiras geralmente se conservam por mais tempo que as moídas. As secas devem ser armazenadas em recipientes fechados, em ambiente frio e seco, longe do calor forte e da luz direta, para que os óleos essências e os compostos bioativos se mantenham por mais tempo. Para que as ervas e condimentos apresentem os resultados esperados, é importante consumir frequentemente, pois se o uso for interrompido, também haverá uma interrupção dos benefícios. Por isso é muito importante adquirir o habito de incorporar os temperos na rotina diária, para obtenção dos benefícios que cada um oferece. MListaremos as ervas e especiarias mais conhecidas e suas aplicações no uso culinário. DICA: É importante salientar que para conservar os seus aromas e sabores, deve-se guardar todos os temperos em potes bem fechados em lugares secos e frescos - se comprar em pacotinho, passe para o pote. Caso tenha comprado ervas frescas, guarde-as na parte baixa da geladeira em saco plástico para que durem mais.
PRATO PRINCIPAL
Pimenta do Reino
Noz Moscada
Canela
Cravo da India
MSabor suave, e de leve picância, a pimenta do reino se tornou a rainha dos temperos, onde pode ser utilizada em tudo. empre andando juntas com o sal na hora de temperar. Seus grãos são secos ao sol igual o café, é quando usados, devem ser moídos sempre na hora, pois assim o seu aroma e sabor ficam conservados.
MSemente da árvore Myristica fragrans, nativa da região da Indonésia, cultivada mundialmente em locais de clima tropical e úmido. De amplo uso pela indústria alimentícia, tem características particulares que acentuam o aroma, sabor das preparações, e possui elevada concentração de antioxidantes.
MObtida na retirada da casca de uma árvore de origem chinesa. Pode ser encontrada em pau ou em pó. Tem aroma adocicado e forte. Muito usada em doces, combinando com frutas e sobremesas, bebidas como chocolates e café. É muito usada na confeitaria. Também dá um toque especial a pratos salgados.
MAromático, pode ser encontrado inteiro ou em pó. É muito usado em doces e conservas de todos os tipos, mas também combina com salgados. MPor seu sabor e aroma serem muito fortes deve ser utilizado com parcimônia.
Manjericão
Louro
Sálvia
Orégano
Possui muitas variedades de manjericão, com diferentes tamanhos, cores e aroma, sendo todas usadas para fins culinários. Muito usado na maioria das receitas que utilizam tomate, na preparação de recheios, quase todos os tipos de carnes, legumes, sopas, ovos, queijos e pizzas. Combina com outras ervas na elaboração de vários pratos.
Sua folhalibera seu sabor aos poucos, por isso é utilizada em preparações de cozimento lento como sopas, ensopados, caldos, cozidos e também em marinadas e picles. MNão deve ser usada em demasia, pois seu sabor é muito forte. Também encontrado em pó. É usada com frango, carneiro, carne de boi, peixes e frutos do mar, arroz.
MErva de folha grande e sedosa e aroma refrescante. Combina bem com carnes gordurosas como de porco, pato e ganso, com aves em geral, vitela e embutidos. MTem sabor forte, por isso deve ser usada com parcimônia e também pode ser encontrada desidratada. Uma vantagem é que seu sabor não se perde durante o cozimento.
MMuito utilizada na cozinha do Mediterrâneo. São utilizadas as suas folhas, frescas ou secas, pelo sabor e aroma que dão aos pratos. É um tempero natural para pizzas, molhos, sopa de legumes, recheios e vários tipos de carnes. Combina perfeitamente com azeite de oliva no preparo de queijos e azeitonas para aperitivos. ◆
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JULIENNE
Mulheres e Cerveja
uma relação histórica Por Ana Paula Komar
V
ocê acha que cerveja não é coisa de mulher? Está muito enganado! Tanto o consumo, quanto a procura por especializações nessa área, tem aumentado muito. Mas essa combinação, entre mulher e cerveja, é coisa antiga e vai muito mais além. A relação da mulher com a cerveja é muito mais antiga do que podemos imaginar. Na Babilônia e na Suméria, por volta de 4000 a.C., as mulheres cervejeiras eram conhecidas como Sabtiem e eram consideradas pessoas especiais, quase deusas. Em outras culturas, a presença feminina nesse meio também marcou história. Entre os vikings, por exemplo, existia uma lei que somente as mulheres podiam produzir a bebida. M Por muitos anos, a produção da cerveja era de responsabilidade das mulheres, pois era considerada uma atividade caseira, assim como cozinhar. Era comum que o pão e a cerveja fossem preparados simultaneamente, por possuírem praticamente os mesmos ingredientes. Na Europa e América, as mulheres produziam cervejas artesanais para acompanhar os alimentos e também para vender, complementando assim a renda familiar. M Esse domínio da mulher só diminui no final do século XVIII, quando a produção da cerveja em larga escala se tornou um negócio rentável e foi assumido pelos homens. Isso aconteceu por dois motivos: acreditava-se que a habilidade comercial era uma característica masculina e
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que as mulheres não tinham capacidade para se adaptar às novas tecnologias para a produção da cerveja.
A atual relação da mulher e o mercado cervejeiro O domínio feminino da produção da cerveja diminuiu quando a bebida passou a ser um negócio comercial com a produção em grande escala, despertando assim a presença masculina dentro das fábricas. Mas isso novamente já mudou, e muito. Do final do século XX até os dias atuais, a mulher vem ganhando mais espaço, seja como profissional do ramo ou como exigente consumidora. Hoje já existe um grande número de mulheres dominando a criação e produção nas cervejarias, e também muitas delas dentro do mercado cervejeiro, como sommelières, professoras, cervejeiras, juízas de concursos de cerveja, administradoras, entre tantas outras atividades totalmente ligadas a prática e cultura cervejeira. Houve um aumento significativo de mulheres na busca por cursos e especializações na área, principalmente com a intenção de empreender no seguimento. Além do mais, está cada vez mais natural e comum vermos nos os bares e pubs as mulheres bebendo cerveja, escolhendo seus rótulos e crescendo no meio cervejeiro. ◆
JULIENNE
GRANDES NOMES FEMININOS NO MERCADO CERVEJEIRO
Khatia Zannata É beer sommelière e engenheira de alimentos. Trabalhou desenvolvendo pesquisa de novas fórmulas para a Schincariol e Baden Baden e hoje faz parte do júri de concursos internacionais de produção, como o European Beer Star e o World Beer Cup.
Bia Amorim É sommlière de cervejas e atua com produção de conteúdo para sites, produz jantares de harmonização e também é professora em cursos.
Carolina Oda Trabalha no mercado cervejeiro como consultora, professora e colunista de cerveja e outras bebidas no caderno “Paladar” do jornal “O Estado de São Paulo”. Também participa de projetos diversos, mostrando que cerveja é gastronomia.
Suelen Presser É cervejeira, beer sommelière e uma das proprietárias e responsável pela produção da Klein Bier. Atua na Klein no controle de qualidade e desenvolvimento de novos produtos.
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COZINHA FIT
, n é t u l G SEM e s o t c a L SEM
J
á nem é novidade que as die tas sem glúten e sem lactose estejam na moda atualmente, não é mesmo? E de acordo com o relatório da New Nutrition Businnes sobre as 10 Principais Tendência s em Alimentos, Nutrição e Saúde par a esse ano, – o mercado sem glúten teve grande atenção nos últimos anos e segue em crescimento, ainda que os holofotes est ejam mudando para produtos sem lactose ou sem lácteos.
Por Claudia Marcelino Só pra você ter uma ideia, acredita-se que 75% da população mundial tenha intolerância à lactose, 1% da população seja celíaco e 6% da população tenha alergia ou intolerância ao consumo de glúten. Mas, tem um detalhe: o consumo desses alimentos não está limitado à pessoas que possuem restrições alimentares. Muitos investem nesse tipo de dieta não por motivos de saúde, mas para emagrecer ou porque consideram mais saudáveis. Dietas sem glutén Na contramão dessa ideia, um recente estudo científico, publicado em maio na revista Clinical Nutrition, mostrou que dietas sem glúten são mais pobres em fibras, vitamina B12 e ácido fólico, vitamina D, ferro, zinco, magnésio e cálcio. Segundo a nutricionista Carolina Godoy da consultoria Equilibrium “a deficiência prolongada desses nutrientes pode resultar em alterações no funcionamento do intestino, anemia e osteoporose”. Fica aí o alerta para quem segue esse tipo de alimentação apenas pela moda, sem a real necessidade! Para os celíacos, seguir uma dieta sem
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glúten não é uma opção e sim o tratamento da doença. Como diversos alimentos ficam restritos, a falta de nutrientes pode vir à tona. “Celíacos ou pessoas que optaram seguir uma dieta sem glúten devem ficar atentas e consumir outros alimentos ricos nesses nutrientes”, diz Carolina. Dietas sem lactose Para os intolerantes à lactose existe a preocupação em atingir a recomendação diária de cálcio, já que muitos produtos lácteos (principal fonte desse nutriente) são cortados do cardápio. O desafio é encontrar outros alimentos fontes de cálcio. Uma das opções para suprir essas carências de nutrientes são bebidas funcionais, que geralmente são à base de frutas, naturalmente sem glúten, sem lactose e também não contém proteínas ou traços de leite e com nutrientes como ômega 3
COZINHA FIT
ras opções mercado já oferece inúme sem lactode alimentos sem glúten e er rodízio de se já em sua composição, Faz ares é uma idéia alimentos e fontes aliment ulados como bem saudável. Produtos rot e” tornaram-se “sem glúten” e “sem lactos só por quem altamente procurados, não ento médico, depende destes para tratam que desejam mas para pessoas saudáveis perder peso.
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(DHA), fibras, vitamina D, C e ácido fólico. Para o nutrólogo Mauro Fisberg, professor da Escola Paulista de Medicina, todo modismo é uma situação transitória baseada ou não em evidências científicas. “E eles são muito comuns quando o assunto é alimentação. “Muita gente segue, muita gente tem resultado e muita gente sofre os efeitos colaterais só depois”, alerta. Com o leite, que algumas pessoas retiram da alimentação sem orientação de um especialista, a questão é diferente. Segundo o gastroenterologista pediátrico Luciano Amedee Peret Filho, professor do Departamento de Fisiologia da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), enquanto a alergia à proteína do leite de vaca é rara em adultos, embora ocorra em crianças de até 2 anos de idade, a intolerância à lactose, o açúcar do leite, pode atingir de 30% a 40% da população adulta em geral, e de 60% a 70% dos negros. O designer gráfico Rick Cavalcante, de 42, que consumia mais de um litro de leite por dia, descobriu, tardiamente, a intolerância e trocou a bebida por sucos. Rick sempre tomou muito leite. “Era o dia inteiro. Se tinha um intervalo no trabalho ou dava fome, abria a geladeira para tomar leite, e não água”, conta. Dois anos atrás,
a mãe, por orientação médica, passou a tomar leite sem lactose. Ele provou e gostou, principalmente porque se sentia mais leve.De forma geral, a Dieta sem glúten e a Dieta sem lactose propõe a eliminação ou redução drástica de produtos que contenham estas duas substâncias levando, com isso, à perda de peso desejada. Um mito com relação a estas dietas se refere à necessidade, para emagrecer, de eliminar completamente da alimentação opções com glúten ou lactose, pois os mesmos podem ser somente reduzidos para que os resultados sejam alcançados
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de forma efetiva.
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MASCAVO
A VEZ DOS
O
s adjetivos são os mais variados possíveis, mas o resultado é sempre o mesmo: todo mundo se derrete diante de um cupcake. Esse bolinho superfofo vem roubando a cena em casamentos, festas de aniversário, encontros gastronômicos ou qualquer outro evento que envolva comidinhas que conquistam à primeira vista. E ainda viraram uma alternativa perfeita para presentear. É claro que você pode soltar a imaginação e criar as mais diferentes decorações, mas é superfácil preparar os tais minibolos em casa. Basicamente, você escolhe a massa básica – pode ser a do bolo de chocolate que você mais gosta ou de cenoura ou de laranja – que, depois de preparada, é assada em formas especiais (muito parecidas com as de empadinhas), de silicone ou de alumínio – neste caso, não esqueça
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Cupcakes de colocar uma forminha de papel dentro da de alumínio. Aí é só levar para o forno e esperar a delícia assar. Quando o bolinho estiver pronto, a brincadeira continua com a decoração. Um recurso muito adotado é a pasta americana, feita basicamente com açúcar impalpável, gelatina incolor, glicose e glicerina. A pasta americana também pode ser encontrada pronta em lojas que vendem artigos para festa ou até em supermercados. Mas as opções de decoração de cupcake vão além: merengue, confeitos e chocolatinhos também são muito bem-vindos. Muitas pessoas são apaixonadas por cupcake e adoram experimentar os mais diversos sabores, desde os mais tradicionais até mesmo aqueles feitos com combinações bem diferentes. Mas, uma pergunta que muita gente pensa é: como este deli-
cioso doce surgiu, sua história? Bem, por ele estar muito em alta nos dias de hoje, é comum que as pessoas pensem que o cupcake surgiu há pouco tempo. Mas, muito ao contrário disso, este delicioso bolinho já existe a 200 anos. Ele nasceu no Reino Unido e vem da língua inglesa e significa “bolo de xícara”, e a receita original deste bolo continha leveduras de cerveja, água de rosas, noz, canela e também as frutas secas. Desde a sua criação, este bolinho já fez muito sucesso e isso se deve ao rápido modo de preparo e ainda por ficar pronto em um curto tempo de espaço. Além disso, também existem no mercado muitas lojas que são especializas nestes doces. Com isso, muitos chefes de cozinha, aderiram ao mini bolinho e nos dias de hoje fazem muito sucesso com os seus clientes.
MASCAVO
Cupcake de
FLORESTA NEGRA INGREDIENTES
PREPARO
PARA A MASSA
COBERTURA
PARA A COBERTURA
> 200g de cream cheese > 200g de manteiga sem sal > 500g de açucar de confeiteiro > 20ml de calda de cereka > sementes de uma fava de baunilha
Coloque a manteiga e o açucar em uma batedeira e bata até que fique bem clarinho. Junte o cream cheese aos poucos nessa mistura. Após colocar o cream cheese, acrescente as sementes de baunilha e a calda de cereja. Deixe esfriar e coloque em um saco de confeitar com um bico pitanga.
Pré-aqueça o forno a 180 graus. Em uma batedeira, bata o açucar e a manteiga até clarear bem. Depois acrescente os ovos um a um e bata por dois minutos. Em uma tigela, junte a farinha, o fermento, o sal e o chocolate em pó, misture bem e vá acrescentando essa mistura de ingredientes secos na batedeira. Intercalando com a mistura de ingredientes secos vá acrescentando leite. Por último coloque o chocolate picado e as cerejas na batedeira e misture devagar. Coloque a massa nas forminhas e leve ao forno por 15-20 minutos. Para finalizar, corte o miolo do bolinho com uma faca e recheie com a ganashe de chocolate com cerejas. Depois com o saco de confeitar, cubra os cupcakes fazendo movimento espiral.
RECHEIO > 250g de chocolate ao leite > 200g de creme de leite > 180g de cereja em calda picadas
MASSA > 125g de chocolate amargo picado > 165ml de leite > 285g de açucar mascavo > 105g de manteiga sem sal > 2 ovos >180g de farinha > 1/2 colher fermento em pó > 8g de chocolate em pó
PARA O RECHEIO Coloque o chocolate e o creme de leite em uma tigela de vidro e leve ao micro-ondas. Mexa de 30 em 30 segundos até que o creme de chocolate esteja homogêneo. Depois acrescente as cerejas e deixe esfriar. Coloque então a mistura em um saco de confeitar para rechear os bolinhos.
ESSA RECEITA RENDE 20 CUPCAKES
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Tendências vem e vão... O clássico sempre fica!
Ristorant
MontBlanc Av. Sete de Setembro, 3098 - Água Verde - Curitiba - PR
DICAS PARA COZINHAR
Imagens: Unsplash
PITADA
como um Chef
Por Patricia Cochoni
SABE AQUELES CHEFES DE COZINHA QUE FAZEM PRATOS INCRÍVEIS DE DAR ÁGUA NA BOCA? DESCUBRA SEUS SEGREDOS!
C
hefs, que até pouco tempo ficavam restritos às cozinhas fechadas dos restaurantes, hoje são admirados e todos querem saber o segredo por trás dos pratos deliciosos e visualmente atraentes que eles preparam. Mas o que muitos não sabem é que o segredo são horas de muito suor, sacrifício e treino. A boa notícia é que você como cozinheiro amador não precisa abdicar de horas da sua vida pra produzir pratos impressionantes. A seguir você pode conferir uma lista com 6 dicas que vão te ajudar a cozinhar como um chef e arrasar nos jantares com seus amigos e familiares. PROVE Uma das lições mais importantes ensinadas nas escolas de gastronomia é que se deve provar o prato que está preparando constantemente durante todo o cozimento. Além de educar seu paladar, experimentar com frequência evita surpresas desagradáveis e possibilita que você vá ajustando o prato para o seu gosto enquanto ele é preparado. ORGANIZAÇÃO Organização é fundamental na cozinha de um chef! Ela começa desde a escolha dos ingredientes, em especial na preparação e até na hora de servir. Durante o mise en place, organizam-se todos os ingredientes nas quantidades exigidas nas receitas e cortam-se legumes no tamanho indicado. é limpar enquanto cozinha. Nada de bancada suja, pilha de panelas e bagunça
espalhada pela cozinha. INGREDIENTES DE QUALIDADE Utilizar bons ingredientes é um dos pilares da cozinha dos chefs mais admirados do mundo. Por isso, se você quer cozinhar como um chef, dê prioridade para ingredientes da estação, produzidos localmente, orgânicos e de produção sustentável. UTENSÍLIOS CERTOS Ninguém precisa ter um batalhão de utensílios para cozinhar como um chef. Mas algo essencial é uma boa faca, que deve ser mantida sempre afiada. Outro fator importante é praticar suas habilidades com a faca. Tem vários tutoriais no Youtube, que dão dicas sobre como segurar a faca e os principais cortes da gastronomia francesa. HARMONIZAÇÃO Uma das coisas que mais me impressiona no trabalho de alguns chefs é a mistura de diferentes elementos que se combinam para tornar um prato impressionante. Dois elementos que são essenciais para conseguir transformar seu prato em uma preparação de chef é balancear textura e acidez APRESENTAÇÃO A apresentação é o toque final de um chef. A forma como a comida é apresentada é um dos fatores mais valiosos, pois as pessoas começam a comer com os olhos. Pesquise referências do prato que você quer preparar e pense antecipadamente na forma que deseja servir.
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Bruschetta de presunto de parma, ricota e rúcula INGREDIENTES:
80g de ricota 40g de creme de leite fresco 4 fatias de presunto de Parma 1 punhado de rúcula 50ml de azeite 4 fatias de pão italiano ½ dente de alho Pimenta do reino
TEMPO DE PREPARO
RENDIMENTO
MODO DE PREPARO: Misture delicadamente a ricota com o creme de leite e tempere com sal e pimenta. Asse as fatias de pão italiano em um forno bem alto, com grill de preferência, até que fique crocante por fora, mas ainda macio por dentro. Coloque um pouco de azeite de oliva sobre as fatias de pão e espalhe ½ colher de sopa de ricota com o creme de leite sobre elas. Cubra com as fatias de presunto de Parma e decore com a rúcula. Se preferir regue com um pouco mais de azeite e ervas finas.
Fagottini ao molho cremoso com ervas TEMPO DE PREPARO
INGREDIENTES:
1 dente de alho 1/4 xic vinho branco 1/4 xic creme de leite 150g cream cheese 1 colher sopa de ervas frescas picadas noz moscada à gosto azeite, sal e pimenta do reino a gosto 2 porções de fagottini
RENDIMENTO
MODO DE PREPARO: Coloque o fagottini para cozinhar de acordo com as instruções da embalagem. Enquanto isso, aqueça um fio de azeite em uma panela e refogue o alho, sem deixar que doure. Acrescente o vinho e o cream cheese, mexendo sempre ára que fique bem homogêneo, adicione o creme de leite, as ervas e a noz moscada e continue misturando. Tempere com sal e pimenta. Escorra a massa e envolva ao molho. Salpique com queijo ralado e ervas. Se quiser, pode substituir o fagottini por outra massa de seu preferência.
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Salada de camarão com quinoa e molho de iogurte INGREDIENTES:
Para a salada: Rúcula 80g quino 200g camarão 1 Limão 1 Tomate Azeite de oliva Sal e pimenta a gosto.
Para o molho: 1 dente de alho amassado 1/3 de xícara de iogurte natural 3 colheres de sopa de azeite de oliva Sal e pimenta a gosto Manjericão e salsinha picada a gosto.
TEMPO DE PREPARO
RENDIMENTO
MODO DE PREPARO: Para o molho, coloque todos os ingredientes em uma vasilha e misture com a ajuda de uma colher. Reserve. Lave a quinoa e coloque em 250 ml de salmoura e ferver por 10/15 minutos, deixe esfriar. Leve os aspargos para cozinhar em água e sal por mais ou menos três minutos. Em uma frigideira, coloque o azeite e refogue o camarão. Tempere com sal e pimenta. Espalhe as folhas de rúcula em uma saladeira. Jogue os aspargos, o tomate, a quinoa e regue com limão. Arrume com cuidado os camarões sobre todos os outros ingredientes. Finalize com o molho.
Merengue com Frutas Vermelhas INGREDIENTES:
3/4 xic creme de leite fresco gelado 125g amora fresca 125g framboesa fresca 50g suspiro
TEMPO DE PREPARO
RENDIMENTO
MODO DE PREPARO: Coloque o creme de leite em um batedeira e bata em velocidade alta até obter picos. Reserve em geladeira. Lave bem as frutas e escorra em papel toalha. Em taças monte: uma camada de chantilly, uma camada de suspiro e uma de frutas e vá repetindo as camadas o tanto quanto desejar. Se preferir, varie as frutas. Adicione morangos, cereja, mirtilo e outras frutas vermelhas.
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Sabores de
Curitiba
NOSSOS LUGARES FAVORITOS NA CIDADE Por Andressa Ribas
A
presentamos nossa lista de restaurantes fantásticos que são destaques gastronômicos na capital paranaense. Fugimos um pouco do tradicional dos guias de gastronomia e listamos alguns lugares especiais, para quem procura um lugar diferente, seja para fugir da rotina ou apenas viver novas sensações. Com estilos ousados eles propõe uma experiência gastronômica especial para seus clientes. Os pratos do cardápio vão do tradicional, como carnes e massas até comida molecular. Destaque para os ambientes e decorações criativas e características de cada local que dão um charme a parte. Confira a nossa lista e veja o que nossa cidade tem a oferecer.
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Terazza 40
SABORES DE CURITIBA
Forneria Copacabana O cardápio do Forneria Copacabana mescla sabores italianos, franceses, brasileiros e de outras regiões da América do Sul. O local conta com um ambiente moderno, sofisticado, mas que consegue ser informal. O espaço é dividido em vários ambientes: bar, três salões e um espaço semelhante a uma cantina, com um forno à lenha bem à mostra, onde são preparados pizzas e calzones. O maior destaque do projeto arquitetônico é o belo jardim, com deque de madeira, sofás e um espelho d’água ao centro.
Endereço: Rua Itupava, 1155 – Hugo Lange Horário de atendimento: Seg – Sáb 19h – 00h Preço: Mais de R$ 100,00
La Varenne Liderado pelo chef paulistano Ivo Lopes, o incrível restaurante é baseado na culinária francesa com toques italianos de maneira um pouco mais simples, mas sem deixar de lado o requinte típico do país de Louis XVI. A proposta do La Varenne é, de certa forma, democratizar o acesso à comida francesa com preços honestos na comparação com outros bistrôs, e em porções mais bem servidas. Conquistou o título de restaurante revelação e assume a dianteira entre os representantes das cozinhas variada e contemporânea. Com uma decoração refinada, elegante e ampla você até se esquece que está em uma praça de alimentação de shopping.
Endereço: Av. do Batel, 1868 - Batel Horário atendimento: Seg – Dom 12h - 23h Preço: Mais de R$ 100,00
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SABORES DE CURITIBA
Terazza 40 Primeiro restaurante panorâmico de Curitiba, o Terrazza 40, fica em um dos pontos mais altos da cidade. A composição do cardápio é composto por receitas das gastronomias italiana e uruguaia, utilizando diversos ingredientes de origem paranaense.
Calabouço
Endereço: Rua Pe. Anchieta, 1287, Bigorrilho Horário atendimento: Seg – Dom 12h - 00:30h Preço: Mais de R$ 100,00 Endereço: Mateus Leme, 1000 Centro Cívico Horário atendimento: Ter – Sáb 19 – 00h Preço: Até 100,00
Decorado no estilo medieval com armaduras, espadas e escudos da Idade Média, o Calabouço oferece pratos à la carte de culinária variada. São diversas opções de pizzas, calzones, massas, carnes, frutos do mar, sopas e sobremesas. Música clássica do século XVIII, incluindo composições de Bach e Vivaldi, compõe a trilha sonora da casa.
Ile de France Inaugurado em 1953, é um dos restaurantes mais tradicionais e elegantes de Curitiba. No cardápio, pratos clássicos da culinária francesa, como escargots, steak au poivre e crepe suzette. A decoração impecável do estabelecimento, fiel às origens francesas, é adornada com mesas de madeira maciça e cadeiras com estofamento de couro vermelho.
Lé Rechaud Restaurante com cozinha franco-suiça que serve fondues, crepes e pratos à la carte. Uma boa forma de conhecer as variadas fondues preparadas pela casa é optar pelo festival. O local possui um projeto arquitetônico único, ambiente despojado, boa música e um ótimo atendimento. Com um clima acolhedor e destaque para a lareira central.
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Endereço: 19 de Dezembro, 538 - Centro Horário atendimento: Seg a Sáb 19h – 00h Preço: Mais de R$ 100,00 Endereço: Rua Júlia Wanderley, 1050 - Mercês Horário atendimento: Seg – Sáb 19h – 23h Preço: Mais de R$ 100,00
SABORES DE CURITIBA
Lagundri Hoje é a principal referência na cidade quando o assunto é a culinária do Sudeste Asiático. Com um cardápio leve e saudável. O cardápio do restaurante, localizado em um charmoso casarão no centro de Curitiba, é enorme, e separa as comidas pelas regiões asiáticas nas quais foram inspiradas. O ambiente é decorado com plantas, objetos típicos asiáticos.
Old West
Endereço: R. Saldanha Marinho, 1061 - Centro Horário atendimento: Seg - Sáb – 19h – 00h Preço: Mais de 100,00
Endereço: R. São Januário, 248, Jardim Botânico Horário atendimento: Seg - Sáb 18:45h – 00h Preço: Até R$ 100,00
O ambiente kitsch de faroeste é super aconchegante, com um estilo rústico com elementos em madeira de lei e couro, baixa iluminação, retratos realísticos de cowboys e índios e luz de velas. No cardápio peixes, sopas, carnes e vários pratos da culinária mexicana, como os burritos. A carta de bebidas conta com coquetéis, vinhos, além de cervejas especiais.
Bistrô do David Todo iluminado por fora e a decoração interna despojada é algo que chama a atenção, valorizando as milhares de sombrinhas penduradas no teto, marca registrada do local. O cardápio inclui carnes, frutos do mar. Nos pratos com carne, uma curiosidade, o chef explica que o corte usado é o supreme, onde em vez dos mignons altos, a carne é fatiada.
Poco Tapas
Endereço: Rua Fagundes Varela, 812, Jd. Social Horário atendimento: Seg – Sab 19h – 23h Preço: Mais R$ 100,00 Endereço: Av. Vicente Machado, 2786 - Batel Horário atendimento: Seg – Sex – 19h – 00h Preço: Mais R$ 100,00
O Poco Tapas funde a ideia original com a gastronomia molecular e contemporânea, oferecendo diversas opções de menu degustação com tapas da culinária de mais de 25 países. Destaque para as divertidas sobremesas feitas com nitrogênio liquido. O Poco Tapas é viver uma experiência diferente, multisensorial e inesquecível.
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Desvendando Mitos O que ouvimos desde pequenos será mesmo verídico?
1. Comer cenouras dá às pessoas visão noturna.
MITO! Não, comer cenouras, inde-
pendentemente da quantidade, não vai te dar super poderes. Esse mito nasceu durante a Segunda Guerra Mundial, quando surgiram rumores de que os pilotos britânicos de avião tinham desenvolvido visão noturna em conseqüência de sua dieta rica em cenouras.
3. Você precisa ingerir 8 copos de água por dia MITO! Assim como o último mito, essa é uma afirmação que provavelmente você ouve sempre e que não tem qualquer tipo de evidência científica. Sem surpresa alguma, companhias que engarrafam água foram as primeiras a espalhar essa “recomendação”, inclusive afirmando que uma desidratação leve poderia levar a doenças e as pessoas acabaram acreditando. Na verdade, o quanto de água que cada um deve ingerir por dia varia de acordo com a idade, sexo e atividades.diárias. Não há um número exato.
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2. Açúcar deixa crianças superativas MITO! Não há qualquer evidência de que o açúcar deixe o ser humano hiperativo, muito menos crianças. Obviamente, existem várias razões para você não deixar o seu filho se entupir de doces, mas esse, você pode descartar da sua lista.
4. Carboidratos são inimigos da sua dieta MITO! Nem todo carboidrato vai sabotar o seu regime. Ao contrário, um estudo realizado com 10.000 americanos, em 2002, mostrou que aqueles que ingeriam uma maior quantidade de carboidratos eram aqueles que tinham uma dieta de menor calorias. Os carboidratos fazem bem para sua saúde e ajudam a perder peso. Prefira legumes e grãos integrais pois eles possuem carboidratos complexos. Eles irão te ajudar a se sentir satisfeito com menos comida e por mais tempo, fazendo com que você coma menos durante o dia.
Máximo prazer, mínima culpa.
CONTRA CAPA