Projecto V - Anuaria 2014 - FAUP - Porto

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Um Projecto de Regeneração Urbana

habitaçoes - comercio

habitaçoes

A eficácia e o sucesso do projecto estão estreitamente ligados à própria capacidade de interagir com o contexto em que ocorrem, neste caso sujeito aos fenómenos de marginalização social e ambiental. Um projecto de regeneração urbana é, em primeiro lugar, um projecto de conexão e de remendação entre varias partes constituintes da realidade urbana, e em particular entre factores físicos, materiais, ambientais e sociais, económicos, imateriais, da cidade. Como tal, o projecto de regeneração urbana apresenta-se como um programa de intervenção que funciona em vários níveis, perseguindo objectivos múltiplos e activando estratégias diferentes. A regeneração urbana se deve compreender como uma pratica de construção de novas conexões de desenvolvimento entre os recursos os elementos disponíveis (espaços e não só) que suportam novas formas de viver e habitar a cidade. Não se trata simplesmente de aproveitar de áreas desactivadas (dismesse) como superfícies disponíveis para introduzir adentro o território novas funcionalidades, mas de estabelecer relações com potencial para o desenvolvimento social, entre aqueles espaços e o contexto urbano. Parece-me que, por varias razões, os espaços vazios (abandonados, desactivados, dismesso, não consigo encontrar uma tradução apropriada) se prestam a acolher reais laboratórios urbanos para a formação de novas competências sociais, nomeadamente domínios dentro dos quais avançar a relaborar o interesse colectivo e portanto a apoiar o processo de reinvenção da esfera publica. A experiencia de re-uso resulta ser importante porque facilita a imaginação e permite de poupar tempo e recursos. O objectivo é que a regeneração urbana contribui a criar novas atitudes urbanas, a introduzir novas formas de viver na cidade e de utilizo do espaço urbano, que permitem a socialização.

edificios

edificios da riqualificare

edificios

Área Urbana 1 / Rua da Azevedo ruas alta

ruas connexoes malha

edificios frente rua

lotes jardins

edificios frente de tras

caminhos ruas principais espaços lotes as relações e o encontro. possível agriculas hortasReurbanizar os tecidos difusos e dispersos, ou seja re-coser a malha urbana.

velocidade

Objectivo

Favorecer acções conjugadas capazes de reforçar contiguidades. ruas

.e

.c

.m

.l

.k

.d

.p

.f .n

.z .t

. a reposição da ecosistemas e o . o critério da cêdencia ao dominio publico e o . a recuparação dos edificios em nascimento da micro empresas e actividades ruina para actividades publicas preservar a biodiversidade edificios

espaços parque urbano

espaços

.i .j

edificios

.a .b

.o

publico

. o cultivo da hortas privadas e publicas

.q .c

.h

.r

.s

.u

.g

Incentivar

rio douro

lazer

.o

agricula

parque

lazer habitaçoes

habitaçoes - comercio

biodiversidade

agricula

lazer

edificios

edificios

ruas principais

0

10

50m

espaços

actividades publico - sociais

edificios

1

espaços

edificios da riqualificare

espaços

desporto rio Douro

edificios

espaços

rios tinto e torto

desporto terrenos agriculas

caminhos do

secondarias parque Programa Restruturação dos percursos, das ruas e do espaço publico: incentivar critério de cedências ao domínio publico [a - b -lazer c - d - k - l - m - o - n - s - t -u]; ruas a trafego caminho limitado incentivar o transporte publico na Rua de Azevedo [.z] (numero de Transporte por dia); projectar soluções de desvio de tráfego, estacionamento entre a Rua de Azevedo e a Nova Rua para nos proposta [n]. pontos de cruzamento Analise, estudo e recupero das frentes urbana: paragem dos autocarros incentivar e premiar o nascimento de micro-empresas; [f - i - q] incentivar e premiar o cultivo das hortas privadas ou/e publicas ao longo da frente urbana [o]; incentivar e premiar o re-uso de edifícios habitacionais degradados segundo uma lista de ganhos de diminuição de impacte urbanístico/ambiental [g - h - j - p]; restritivo – regulamentar (desincentivar novas cargas funcionais polarizadoras acessibilidade aos lotes na Rua de Azevedo [.z], adentro da nossa área); restritivo – regulamentar ( não permitir a construção de edifícios com mais de três pisos; lazer caminho area com o lote tem que ser face à via paracaminho dar continuidade à frentelazer existente) [e]; possivel edificação expropriar e projectar dois edifícios e as próprias áreas para tornar – os centros de actividades sociais ([a] centro de dia, [b] centro de saúde), com o desenho dos respectivos estacionamento no lote ou na proximidade; projectar as áreas por a agregação social, espaços de lazer (jardim, jogos, percursos, sentadas, ecc.) agricula rios adentro do projecto do projecto do espaço publico [c - d - k - l - m - n - s - t - u]; projectar a nova rua [r].

2

colocar funçoes

edificios

espaços

espaços

edificios

espaços

colocar funçoes

edificios

espaços

centro de dia centro de saude centro de ação social

mercado - edificio polifuncional nova rua

Dialogar com o residuo Preservar e dialogar com o existente , adicionando novas funcionalidades publicas . Manter e requalificar o edificio e o seu jardim .

Não terminar Requalificar o edificio; manter o perimetro das paredes e criar uma nova cobertura , sem definir e ocupar o seu espaço interior . Dexiar a costrução inacabada para dar lugar a partecipação e a mudança .

3

4

lazer

edificios

espaços

percursos

novos caminhos pedestres

bar praças

0 clorofilla | potencial

50

200

clorofila - edificado | problematico vegetação rasteira omogenea

terrenos agricolos

espaço vazio no tecido edificado

vegetação rasteira fragmentada

edificado | problematico

Cerzidura Por em relação as varias novas funçoes entre elas e o contexto . Ampliar a capacidade de relaçoes entre as varias partes .

5

6

areas agricolas

edificios

rios tinto e torto

massas arboreas

. o cultivo da hortas privadas e publicas

mobilidade

terrenos

Partilhar Trasformar os terrenos em hortas publicas , onde o trabalho e a produção vem partilhada por toda a popolação .

terrenos agriculas edificio em ruina

rua

bairro do lagarteiro

7 . a continuidade do frente urbano

rio douro

Incrementar Limitar o trafego aos moradores ao longo das ruas mais intimas . Eliminar a diferencia de cota entre o passeios e a calçada em todas as ruas com velocidade controlada , de forma a ressaltar a importancia pedestre.

Conectar Por em uma melhor comunicação as varias partes constituentes da realidade urbana. Diregir uma parte do trafego carravel a fora do contexto urbano mais densificado .

ruas principais

rio Douro

edificação

ruas existentes

novas ruas

lotes frente rua edificios frente rua edificios frente de tras

mobilidade

carros

to

ca

rro

rios tinto e torto

requalificação

Regulamentar . a reposição da ecosistemas e o preservar a biodiversidade

massa arborea

Contaminar Introdução de germes de uma nova realidade no espaço identificado . Pequenas parcelas de terreno são ocupadas por estruturas temporarias publicas ; a sua função anterior vem faltar . O fim é criar espaços de socialização .

au

O espaço publico é a coluna vertebral ao longo da qual se articulam e se distribuem as funções inscritas no território dado; ao mesmo tempo o espaço publico passa a ser tema do projecto. A dimensão intima da maioria das ruas e a reduzida altura dos edifícios levou ao desejo de controlar e redistribuir o tráfego de veículos e reduzir a velocidade para permitir uma maior segurança dos peões. Optamos por limitar o tráfego aos moradores ao longo das ruas mais intimas, e para eliminar a diferencia entre os passeios e a calçada em todas as ruas com velocidade controlada, de forma a ressaltar a importância pedestre. Projectamos diferentes largos com acesso livre de forma a estabelecer pontos de encontro e espaços de lazer. A fim de uma melhor gestão do território e dos serviços introduzidos nele, decidiu-se restringir o acesso do publico, em horário fixos, para todos os espaços com funções bem definidas, como o mercado, o centro de dia, centro de saúde, centro de ação social, hortas, apoio as hortas. A concepção do espaço publico esta directamente relacionada ao estudo e à seguida regolamentação de todo o território privado. Os elementos determinantes resultam ser todos os limites, ou seja os pontos de transição entre o domínio publico e privado, como as frentes edificadas, os muros, as cercas, os portões, as redes, a vedação... No nosso caso, este estudo levou-nos para a vontade de incentivar o transporte publico na Rua de Azevedo; incentivar o nascimento de micro-empresas; incentivar o cultivo das hortas privadas ao longo da frente urbana; incentivar o re-uso de edifícios habitacionais degradados segundo uma lista de ganhos de diminuição de impacte ambiental; não permitir a construção de edifícios com mais de três pisos; incentivar a continuidade da frente edificada existente.

espaços

mobilidade

outros edificios

Disparar dinâmicas de respeito, apropriação e do bem comum. Precisamente nesta perspectiva, devemos enfrentar a concepção dos espaços que não só procura melhorar a qualidade desses, dos equipamentos e do mobiliário urbano, mas que também estica (tenda a) para facilitar as oportunidades de contacto e socialização, de connhecimento recíproco, de compreensão das exigências dos outros e de esclarecimento entre os diferentes sujeitos usuários do espaço. È necessário favorecer a formação de uma identidade local entre os moradores, onde serão os mesmos cidadãos a tomar conta dos espaços. A regeneração urbana deve contribuir para criar novos planejamentos urbanos, para introduzir novas modalidades de habitar a cidade e empregar o espaço urbano que permitem a socialização. A estratégia foi de operar por meio de ações espalhadas sobre o território. Ações mínimas. Ações de reapropriação de áreas vazias para oferecerem à colectividade, distribuindo a seu interno funções capazes de interagir entre eles e com o contexto urbano; funções que tornam-se os pontos de referencia, por qual desenvolver uma identidade local. Uma coesão espacial e social que seja a base para uma vida melhor. Ações mínimas o d acupuntcura. Foram identificados, e subsequentemente analisados, dez espaços residuais, ou seja, todos esses espaços desprovidos de um uso aparente, tais como edifícios demitidos, abandonados e áreas vazias, incultas, geralmente de pequenas dimensões; espaços residuais que se encontravam em posições estratégicas e não na extremidade do tecido urbano, designadamente na proximidade de cruzamentos e ao longo da rua principal, para a facilidade a ser alcançados confortavelmente e influenciar um desenvolvimento futuro do território, de forma a remendar a malha urbana. Paralelamente, essencial é o estudo e a gerarquização do espaço publico, então as ruas, os caminos, os largos, para tornar o espaço publico coeso e acessível por todos. A vontade é aquela de construir novos espaços públicos onde os residentes participam activamente na gestão dos mesmos. Planejar pontos de encontro, “escuta” e ajuda por a comunidade, áreas por reuniões e actividades para o publico. Estas funções são colocadas naqueles espaços residuais identificados, elas devem interagir uns com as outras e com o contexto e, por conseguinte, elas estão ligadas entre si através caminhos públicos e pedestres ramificados, capazem de por em comunicação directa os vários pontos de referencia. Todas as actividades são distribuídas ao longo da rua principal, como se estivessem penduradas em cima dela; mas, se pelo bar e pelas instalações para o lazer, com as relativas áreas, a única rua principal serve como elemento de ligação, para todas as outras funções, tais como o mercado, o centro de saúde, o centro de dia, os apoios as hortas, as hortas, o centro de ação social, fornece-se um caminho pedonal autónomo, mais ou menos circular, para constituir uma segunda ligação de forma a fortalecer o tecido urbano e ampliar o espaço urbano.

espaços

ruas principais com passeios

ruas velocidade reducida coexistencia carros e pessoas

ruas acesso limitado coexistencia carros e pessoas

ruas acesso limitado coexistencia carros e pessoas

largos acesso livre

largos e caminhos de entrada ao lagarteiro

largos acesso livre

ampliamento centro de saude

centro de dia

bar e lazer

centro de ação social

centro de saude existente

estacionamento

terrenos agricolos de partecipação publica

i.

mobilidade pessoas

ruas velocidade reducida coexistencia carros e pessoas

l.

A vontade é aquela de criar projecto com o resíduo.

caminhos acesso limitado b.

Area: Distrito do Porto - Freguesia de Campanhã a.

c. g. h.

espaços projecto

f.

o arr

toc

au

Projectar

e. espaços

parque urbano parque agricula

edificios

actividades complementares

rio Douro

paragem dos autocarros

ruas principais

caminhos agriculas

ruas secondarias

caminhos do parque

ruas a trafego limitado

caminho lazer

ruas principais

entradas

publico - sociais lazer

d.

publico

pontos de acesso espaços

ruas alta velocidade

b.

a.

publico - sociais

edificios

c.

edificios

existentes

lazer

conexões malha

0

10

50m

centro de saude existente

projecto b.

a. lazer - b. bar - c. lazer - d. mercado - e. apoio terrenos agricolos - f. centro de saude -

a. Extensão Centro de Saude

g. apoio terrenos agricolos - h. centro de dia - i. bar - l. centro de acção social

b. Centro de Ação Social c. Jardim de Azevedo - Bar - Espaço publico de lazer

lin au ha d toc o m arr et ro o

d.

a.

limites visivo e fisico

fisico

deferencia de cota maior o igual1m

frente edificado

traseira edificada

acessos espaços

deferencia de cota 1 degrao max 20 cm

espaços publicos carraveis linha marginal electrico autocarro

acesso livre

acesso livre coexistencia carros e pessoas

c.

acesso limitado

espaços publicos pedonais

bar cos

acesso livre coexistencia carros e pessoas

acesso limitado coexistencia carros e pessoas

acesso livre

acesso limitado

acesso limitado hortas

acesso limitado

serviços acesso livre estacionamento arg am linh lovia cic l

ina

Rio

Clorofilla

Rios Tinto e Torto

Parque urbano | fim de preservar e incrementar a biodiversidade existente

Edificado

50

0

200

0m

500

1000

1500

2000

Linha de cheia

FAUP - Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto

Rio douro

Polaridade com Núcleos habitacionais Módulos de actividades desportivas permanentes Ligações internas Ligações internas Módulos de actividades locais provisórias Ligações esternas Módulos de actividade locais provisorios e espaço publico

Projecto V - 2013/2014

Actividades à nivel metropolitano permanentes Pontos de acesso e estacionamento

Polaridade com

Actividades locais permanentes

Ligações internas Ligações esternas

Pontos de accesso e estacionamento

Rodovia Via de cruzamento interna de nova edificação

Linha do limite não permeavel

200

acesso livre

Via de cruzamento da área com zonas contíguas

Via de ligação entre os dois polos

espaços

edificios

actividades complementares

ruas alta velocidade

conexões malha

ruas principais

Via de cruzamento interna reaproveitada

ruas secondarias

Professor Luis Pedro Silva - Turma A Estudante Nicolò Zingoni

50

acesso limitado

Prioridades

Mobilidade

espaços Conexão fragmentos | consolidar os terrenos agricolos e ligar a rede dos caminhos existente

62

edificios 0

edificios

superficies prevalencia impermeaveis

habitacional-comercial habitacional

espaços publicos carravel

habitacional - Lagarteiro publico - sociais lazer lotes frente rua edificios frente rua

ruas principais

espaços publicos pedonal carravel

espaços publicos pedonal

serviços

ruas a trafego limitado rio Douro

espaços publicos pedonal carravel

0

10

50m

superficie prevalencia

permeavel

espaços publicos pedonal

serviços

d. Centro de Dia

serviços d.


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