Revista Com Classe

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COM

CLASSE Ano I Edição I - Junho 2015

POR RENATO FILHO

A ARTE DE EXECUTAR

MERCADO

Profissionais da moda C CRÔNICA

ARTESANATO

RIQUEZA PERNAMBUCANA

INDEPENDÊNCIA OU MODA, EIS A QUESTÃO!

LADY LIKE

O ROMANTISMO ESTÁ NO AR!


Na capa Artesanato RIQUEZA PERNAMBUCANA

Entrevista: Renato Filho A Arte de executar!

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Mercado 12

PROFISSIONAIS DA MODA

C Crônica

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Lady Like

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INDEPENDÊNCIA OU MODA, eis a questão!?

O ROMANTISMO ESTÁ NO AR!

Nossa capa Arthuro Cavali, fotógrafo Renato Filho usa acessório Walério Araújo. Edição de moda: Endora Ritz

MODA Editorial Universo da moda Pernambucana

3 Franjas 5 Peça-chave

Coluna Boho Chic, por Raiane Maria

4 Flare 10 Calça Ela é a cara!

Macacão

O clássico

Diretora de Redação Fabiana Edízio Nicoly Acioly

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Diretor de arte Dihego Feliciano

Perfis dos consumidores 15 na moda

Redatora Chefe Deyse Lemos

Artigo 18

Compras: planejamento e consciência

EXPEDIENTE

Fotógrafo Thus Lino


Editorial

UNIVERSO DA MODA PERNAMBUCANA! Escrever uma revista de moda não é uma tarefa muito fácil, mais com esforço conseguimos alcançar esse sonho. Porém, para nós que fizemos a “Com Classe”, mesmo com todas as dificuldades foi uma alegria, uma de nossas melhores experiências. Cada matéria trouxe-nos mais expectativas e curiosidades sobre a moda. Trazendo uma abordagem diferenciada e um perfil inovador para o nordeste, a “Com Classe” tem o objetivo de valorizar os profissionais e a moda em Pernambuco. Enfatizando que nós podemos estar inseridos nela, independente da classe social. Além disso, em relação às revistas de moda em Pernambuco, a “Com Classe” tem seu diferencial, que é mostrar que todas as mulheres podem estar na moda, independente do seu tipo físico. Não enfatizando os padrões de beleza atuais. Propondo como a moda pode ser acessível a todos e ser a maior aliada das mulheres no Século XXI. Mostrando que é possível sim, elas serem poderosas e elegantes independente da ditadura midiática. Para as mulheres cheias de curvas e as sem curvas, elas podem se arriscar e se amar. Lembre-se sempre: O espelho é a descoberta de quem é você na sociedade, se você se mostra simpática e confiante, isso vai fazer toda a diferença. Até porque como diz o ditado “o espelho é o reflexo da alma”. A edição começou cheia de novidades e expectativas para as mulheres independentes. A colunista Raiane Maria falou do seu estilo predileto, o “Boho Chic”. O folk

com suas franjas e exageros, cheios de estilo. Entrevistamos artesãos que bombam no mercado da moda em Pernambuco. Uma entrevista com um dos melhores fotógrafos de moda de Recife, Renato Filho. De volta aos anos 70, a calça flare, a famosa boca de sino, volta com tudo, valorizando cada vez mais a silhueta das mulheres. O macacão com seu toque de conforto e sofisticação. A variedade dos profissionais que atuam no mercado da moda. Uma crônica interessantíssima com a formadora de opinião Érika Cysneiros sobre os independentes da ditadura fashionista. Um infográfico sobre os perfis dos profissionais na moda. Uma reportagem especial sobre a história do estilo Lady Like, inspirado nas estrelas de Hollywood, reforçando essa moda na região nordeste. Um artigo sobre Compras: Planejamento e consciência, que difere o consumidor compulsivo do precavido. Contando sempre com o apoio da nossa orientadora Deyse Lemos e dos parceiros queridos, da cidade do Recife!

Tenha uma boa Leitura! Fabiana Edízio e Nicoly Acioly

Trabalho de conclusão de curso pelas alunas, Fabiana Edízio e Nicoly Acioly, do curso de jornalismo, da faculdade Joaquim Nabuco, sob orientação de Deyse Lemos.

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Coluna

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BOHO CHIC Por Raiane Maria

Sou blogueira, vitrinista, empresária e gosto de estar sempre antenada no mundo da moda. Mercadóloga por formação, trabalho com Visual Merchandising em uma grande rede de departamento, a C&A. Também sou empreendedora, de uma marca de acessórios chamada Botão de Flor, que é minha maior paixão! Ela foi o meu maior incentivo para iniciar outra graduação. Cursando moda no Senac, consegui adquirir mais conhecimento e experiência para me profissionalizar na área, divulgando assim meus trabalhos nos websites consigo mais visibilidade e abertura.

É como você se produzisse para ficar em casa, fazendo bem o tipo cigano com franjas e babados, assim como tecidos fluídos e modelagens compostas por tecidos leves. Se quiser adquirir esse estilo no guardaroupa, é bem simples. Acrescente calças com inspirações etílicas, túnicas, saias floratiu, tops, acessórios (pulseiras e anéis prateados com pedras coloridas), botas de cowboy, sandálias rasteiras e cintos de medalhas com tons chocolate, ferrugem, vinho e azul. Geralmente tons mais terrosos.

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Julia Salgueiro

Assumo sempre meu cabelo cacheado e tenho o maior orgulho de ser pernambucana. Amo ser moderna e mesclar os estilos: costumo dizer que moda é um estado de espírito e que através dela, ouso mais na escolha de um look. Sem esquecer das minhas melhores escolhas, que tanto tenho admiração, inspirado no estilo hippie, étnico, boêmio, folk, punk, vintage. O boho”, que é a abreviação de “Bohemian”+ “Soho”, bairro descolado de Nova York. Mais conhecido como boêmio, que foi fonte de inspiração em vários movimentos culturais da época. Surgiu na década de 60, com mistura de novas peças e peças de brechós. Apresentada incialmente pela Vogue, esse estilo se tornou livre e descolado.

Qualquer coisa, vá no armário da sua mãe e com certeza você vai encontrar uma peça bem interessante para montar um look nesse estilo. Não esqueça daquele velho jeans surrado, que é ótimo na composição de looks. Que combina com esse calorzão de Recife. A vestimenta cigana está sempre presente no Boho, nas sobreposições de peças, contraste de cores, mistura de estampas e texturas. Com suas saias longas, vestidos soltos, calças largas e batas de seda ou cetim. Ele deixa o estilo mais confortável e formidável. Como dizia Coco Chanel: “Antes de sair de casa olhe-se no espelho e tire um acessório”, dando um toque e deixando o look mais atraente.

Instagram: @raianemaria Site: www.botaodeflor.com.br contato@botaodeflor.com.br

Youtube: Raiane Maria Snapchat: @raianemaria07 Twitter: @raianemaria07


Franjas

PEÇA-CHAVE Roberto Chacur

Com sua leveza, extravagância e descontração, as franjas se tornaram mais democráticas e versáteis. Inspirado no estilo hippie e no boho chic, chamam a atenção por onde passam, com seus recortes volumosos. O surgimento das franjas na década de 20, embalados pelo jazz e a dança Chaleston nos Estados Unidos, se tornaram peça fundamental no requebrar. As pernas se apresentavam mais livres com flexibilidade e elegância. Logo depois da dança, o Shimmy foi quem introduziu os vestidos com camadas de franjas, que tremiam no balançar. Trazendo uma pegada mais melindrosa, as dançarinas divavam nos palcos. As franjas tornam qualquer produção glamourosa, com uma pegada mais dramática e aventureira. Marcando presença nas passarelas, as franjas do século XXI mostram mais sofisticação e elegância aos looks. Protagonista da produção com tons terrosos e modelagens neutras, elas deixam os looks mais clássicos, transformando-as em estrelas de looks vivos, que se destacam com seu balanço.

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Como afirma a design de moda Cacau Batista, pessoas com diferentes estilos poderão utilizá-la sem medo, até como detalhe, numa peça de roupa ou acessório. No geral, quem usa quer chamar atenção, é segura e independente (até da opinião dos outros). O caimento vertical poderá alongar a silhueta, trazendo um estilo mais ousado, sendo aplicado por materiais e produtos inéditos. As franjas nos inspiram a termos mais contato com a natureza. Nelas podemos verificar formatos verticais em palmeiras, formações de cipós em elementos geométricos, com linhas ... O uso em couro, camurça, afinal a moda está em tudo e somos livres, podendo adaptá-la.

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Artesanato

RIQUEZA PERNAMBUCANA O artesanato no estado tem gerado cada vez mais talentos no mundo fashionista, trazendo à tona a identidade cultural do povo pernambucano.

Nos últimos anos, os trabalhos manuais têm conquistado cada vez mais destaque na moda. Um trabalho cada vez mais primoroso e sofisticado, com característica regional. Mesclam o tradicionalismo do artesanato com o moderno mundo da moda, um celeiro de profissionais incríveis. Herdado pelos índios, os trabalhos artesanais vêm crescendo de geração em geração, tornando-se uma fonte de renda para os Nordestinos. Segundo o artesão Leopoldo Nóbrega, a arte termina influenciando a moda, como um fenômeno de desejo, que vai além do tecido,

pois, a arte é uma referência muito forte. “O artesanato, ele é de dentro para fora e a moda, ela é de fora para dentro. Como uma saída de personalização, a bola da vez, muitas vezes com tecnologias de baixo impacto para o meio ambiente”, afirma o artesão Leopoldo Nóbrega. O artesanato surgiu de uma forma mais complexa por ser um fenômeno econômico e estético. Com sua identificação social é um produto singular, pois a junção entre a tendência e a tradição valoriza o produto.

Thus Lino

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Renato Filho

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O artesão é um artista que coloca em seu produto sua cultura e experiência, procura valorizar os objetos através da arte manual, exclusiva e única. “Nesse cenário, o artesanato se destaca pela originalidade, porque expressa a cultura de um lugar” (FAJARDO et al, 2002, p 07).

Confira a seguir, alguns profissionais pernambucanos que trabalham de forma artesanal e fazem o maior sucesso:

Gilmara Veras Produz um acessório que está fazendo a cabeça das mulheres, um adereço delicado, que traz um charme para os looks românticos. A famosa “coroa de flores” que passa a ser usada bastante nas praias. “Essa inspiração eu trouxe da Turquia e adaptei para o calor do Nordeste, com um toque mais regional. Eu utilizo palha, flores artificiais e arames. E a partir daí não parei mais, pois tive um retorno positivo. Trabalho esse que é defino com amor e dedicação”.

A artesã tem uma barraca na feira do Recife Antigo, todos os domingos. As peças custam a partir de R$10. Nicca Fanpage: www.facebook.com/niccatiaras Instagram: @niccastore

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Quem compra artesanato, está comprando também um pouco de história. Nem que seja a sua própria história de viagens e descobertas. (Barroso, 2002, p. 10).

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Pri Câmara

Maria Ribeiro Está há oito anos no mercado, com um produto muito versátil, que traz descontração “única” para os looks. “Busco inspiração em formas orgânicas, de diferentes culturas e na natureza. Utilizando arames, linhas, retalhos e corda. Fico feliz, em saber que tenho lançado um estilo próprio, que pode ser reconhecido por pessoas daqui e de fora, como algo com a cara de Pernambuco”. Instagram: @sigamariaribeiro Fanpage: facebook.com/ateliermariaribeiro Whatsapp: 8196693943 Nosso atelier fica na rua José de Sá carneiro, N° 60, Encruzilhada Recife PE Thus Lino

Leandro Barros

Trabalha com bijuterias exclusivas.

“Meu trabalho é único, a matéria prima vem bruta e eu acabo lapidando para fazer manualmente o produto. Minhas peças são vendidas porta a porta, no centro do Recife”. Os valores variam de 20 a 60 reais. Os produtos estão expostos todos os domingos na feira do Bom Jesus. Instagram: @Leandrobarros.contato Email: Leobarros06@hotmail.com Whats: 81 98415425 Alyne Pinheiro

Biam Dhifá Desenvolve acessórios como brincos, colares, pulseiras, anéis e chapéus com papelão, resíduos de malhas, lycras e garrafas petts. “ Na cultura dos meus acessórios eu busco inspiração nas tribos africanas e nas cores. Tento inserir produtos reaproveitáveis nos meus acessórios, com a pretensão de ousar no padrão comercial dos produtos”. Fone: 9573.8709 e 9771.6128 Facebook: https://www.facebook.com/biam.dhifa Instagram: @biam_dhfa

Ela é design de sandálias e está “bombando” com suas seleções de cores. Amante da moda, elabora um trabalho bastante conceitual, com excelentes acabamentos.

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A vida é feita de alternativa muitas vezes a gente não enxerga, quando o ser humano enxerga a alternativa, ele consegue sair de qualquer problema. Artesão: Biam Dhifá

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Gabi Fonseca

“Trabalhar com sapatos é uma herança familiar que considero apaixonante. São sapatos feitos a mão com muito cuidado. Pesquisas que façam do nosso produto o diferencial. Criar sonhos que possam ser calçados e que enfeitem os dias, as ruas, as vidas” Bernardo Dantas

Site: www.gabifonseca.com.br Fanpage: www.facebook.com/gabifonsecasapatos Pentirest: www.pinterest.com/gabifonseca Instagram: @gabifonseca_shoesSeguir End. Galeria: Rua Visconde de Ouro Preto, 156 Casa 2 | Casa Forte - Recife Números: (81) 3314.7315 e zap (81) 9202.1326

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Entrevista: Renato Filho

A arte de executar! Ele é fotógrafo, autodidata e se diz um eterno aprendiz. Começou a despontar na sua carreira no início dos anos 90, fotografando uma amiga modelo. Desde então não parou, e com 20 anos de carreira, tornou-se o maior nome do cenário pernambucano, quando o assunto é fotografia de moda e publicitária. Já clicou vários artistas, ganhou diversos prêmios, além de um disputadíssimo calendário de parede que foi o maior sucesso.

Qual é a sua formação? Minha formação foi muito intuitiva, baseada na vivência e na busca da melhor forma de construção da minha imagem. Tudo foi absolutamente natural. O que posso te falar é que, talvez, o amor, dedicação e responsabilidade tenham sido os elementos para a construção positiva da minha imagem.

Como a fotografia entrou na sua vida? Eu tinha acabado de comprar a minha primeira máquina com a pretensão só de registro de viagem e do dia ao dia. Foi quando uma grande amiga, Flor Andrade, que era modelo, me convidou para fotografar um desfile. Aí foi amor à primeira vista! No mesmo momento conheci o maquiador Henrique Mello e montamos o primeiro grupo de moda de Recife. O resto é história!

Qual a maior dificuldade que você enfrentou por ser fotógrafo de moda?

Renato Filho

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SS

Pelo fato de eu ter sido o primeiro fotógrafo de moda, isso trouxe um grau maior de dificuldade, pois tive que desbravar o mercado, criar um espaço para o entendimento do que seria e qual importância da fotografia de moda. Tive que mostrar para os empresários a importância de comunicar a sua marca de forma apropriada. Isso leva muito tempo, esforço e dedicação para profissionalizar o mercado de moda. Mas valeu muito e hoje temos alguns bons fotógrafos que transitam por essa estrada, construída por mim e minha equipe.


Quem foi sua maior inspiração?

Renato Filho

Sem dúvida o cinema. Agora existem alguns fotógrafos que são eternas fontes de inspirações, como Irving Penn, Helmut Newton, Richard Avedon, Herb Rittis.

Qual o trabalho que mais marcou? O primeiro catálogo do estilista Eduardo Ferreira, assim como a participação da construção da linguagem do Movimento Mangue Fashion e o meu projeto de Calendário de parede. Renato Filho

Como é para você ser reconhecido como o melhor fotógrafo de moda em Pernambuco? Como você se vê na fotografia?

Difícil responder isso (risos). Eu percebo e entendo o meu valor, mas não penso sobre isso. Estou sempre me sentido a prova, com a sensação de que... Será que consigo fazer essa foto? Mas, fico muito agradecido por grande parte das pessoas digam isso. Mas, me mantenho com Pernambuco em baixo dos pés e minha mente na imensidão! O que você acha do mercado da fotografia publicitária? Renato Filho

Já foi melhor, mas estamos sempre dispostos a pontuar de forma positiva no desenvolvimento da imagem das marcas que trabalhamos, mesmo com as dificuldades da área, junto com os publicitários, somos insistentes nessa busca. A fotografia publicitária não é fácil, é uma tarefa difícil de executar, tem vários códigos e necessidades para serem atendidas, mas é um fabuloso desafio. Para mim foi difícil entender que na publicidade o fotógrafo tem que realizar a ideia do outro e atender as grandes expectativas das empresas.

Como um eterno aprendiz, deslumbrado com todas as possibilidades que essa arte traz para minha vida. Antes de tudo me sinto agradecido. A fotografia me salvou, pois nunca me senti estimulado pelo colégio e pelas profissões disponíveis, eu não me encaixava em nada, então a fotografia foi minha salvação profissional e existencial, sou um homem da imagem! Busco contar histórias, reinventar a realidade, criar personagens, isso me interessa!

Quais são seus sonhos e planos futuros? Com certeza realizar minha exposição Erotik que tem como finalidade discutir através da fotografia um pouco da sexualidade humana. Sempre buscando quebrar o estabelecido, meu desejo é cada vez mais, criar projetos que me satisfaça e me possibilitem viajar para fotografar pessoas e lugares diferentes. Sem dúvida o meu maior estímulo é a figura humana!

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Calça Flare

ELA É A CARA! Ela é moderna, democrática, confortável e versátil. Tudo que a mulher Pernambucana mais precisa

Para ocasiões diferenciadas, os acessórios e as camisetas fazem toda a diferença na hora de um look mais chique e moderno. Para as mulheres mais baixas é importante tomar cuidado com o modelo. Usar salto alto é o ideal. Já para as plus sizes elas equilibram as coxas grossas e os quadris largos. Como afirma a design de moda Bruna Malta “A calça flare é ideal para todos os tipos de corpos, por ter uma modelagem equilibrada em termos de volume. É sempre bom usar um cinto para valorizar o design da calça e blusas mais ajustadas no corpo”.

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Com tanta modernidade assim, não tem como não ficar de fora, não é verdade? A famosinha calça flare, mais conhecida para íntimos como “boca de sino”, invade o mundo da moda em trajes mais clássicos e esportivos. Com seu estilo despojado, ele equilibra a silhueta e deixa o visual mais alongado. Cria um look mais chique, elegante e atual. É uma garantia de acrescentar muita qualidade e bom gosto ao visual. Como relata o produtor de moda Leandro Barros, a calça flare é ideal para ir ao trabalho, ao shopping, a um evento executivo, depende com quem você vai usar a sobreposição. Para as mulheres “triângulo”, que têm ombros mais largos e as pernas mais fina é perfeito! Usem e abusem da calça flare.


Macacão

O CLÁSSICO Sofisticados, decotados, lisos, estampados, tantos modelos assim, difícil é ficar de fora! Divulgação

O macacão traz um estilo fun e chique à produção. Com tênis fica chic e com salto, melhor ainda. O modelo tomara que caia e as alças fininhas são as melhores pedidas. Os de algodão, serão uma boa escolha para os dias mais quentes. Combine-os com bolsas a tiracolo e maxicolares. Os macacões estão mais atualizados e cheios de glamour, isso já é visto no Red Carpet e dominou as ruas. Transformou-se em um item democrático, dos mais formais aos casuais, influenciando diretamente no conforto para um look mais despojado. Exibe toda sua personalidade e chama atenção por onde passa! Divulgação

Modelagens impecáveis, tecidos nobres e detalhes preciosos que injetam frescor, proporcionando mais beleza, estilo e modernidade ao visual. No início da primeira guerra mundial, foi criado um uniforme para os operários bem simples e barato, o famoso macacão; a peça foi reformulada, pela Chanel e caiu no gosto da mulherada, tornando-se uma peça coringa no guarda-roupa. Seu topo da fama foi nos anos 70, com várias versões, estampas e modelos. Assim como relata a modelista Luciene Xavier, “o tecido e a modelagem são sem sombra de dúvida o que mais chama atenção nos macacões. A inovação nos decotes, a calça mais solta e os recortes”. Sinônimo de conforto, o macacão é estiloso e prático. É considerado uma peça única e forte, a combinação perfeita para um mulherão independente, cheia de estilo e personalidade. O look fica perfeito com acessórios em tons terrosos ou preto e branco. Como afirma a design de moda Carolina Mororó: “Em mulheres mais altas ficam perfeitos. As mais baixas precisam ter um certo cuidado, pois se usar de maneira errada pode achatar. A melhor dica é usar o macacão com a boca de sino, para esconder o salto. Mesclar com acessórios e casaquinhos ou blazer, é ideal para dá uma quebrada”.

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Mercado

PROFISSIONAIS DA MODA

Procuramos os fashionistas pernambucanos que vem se destacando no mundo da moda com sua identidade cultural e seu design diferenciado. Apesar do mercado tão concorrido eles exaltam o empreendedorismo e a criatividade para obter espaço no mundo fashion.

PRODUTOR DE MODA

Juelayne Gondim

A função desse profissional é elaborar campanhas publicitárias, editoriais de revistas, desfiles e eventos. Ele também é responsável pelas roupas, acessórios, locações, fotógrafos, maquiadores e modelos.

Para Jacque Tamboo foi essencial o Amor, suor e inspiração. ‘‘Trabalhar como produtora é uma honra’’.

ESTILISMO Desenha roupas e acessórios, seguindo o conceito da coleção. Ser profissional nessa área requer certos cuidados, assim como relata a estilista Thaís Rufino: ‘‘Meu trabalho está sempre baseado no conjunto das minhas criações, atrelado aos desejos dos meus clientes, desenvolvendo sempre um produto que o agrade, mas que leve a minha originalidade nos meus traços artísticos’’. ''Eu crio assim como eu respiro. Você não pede para respirar. Isso simplesmente acontece''. Karl Lagerfeld. ‘‘Estilistas são como aves migratórias, que aspiram o que flutua no ar com todos os sentidos em alerta”. (Françoise Vincent-Richard)

FIGURINO Seu foco principal é elaborar o figurino utilizado por personagens de uma produção artística, seja ela no formato cinematográfico, televisivo ou teatral. Assim como relata o figurinista Toninho Miranda, que ‘‘conseguir um espaço nessa área exige paciência e dedicação. Ser criativo é fundamental e ampliar seus conhecimentos técnicos é essencial nessa jornada. Busco sempre desenvolver novas técnicas para elaboração dos meus figurinos.’’

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Divulgaçã

“A criação não se realiza se não for estimulada. Para isso trabalhamos todos os dias, para descobrir verdades em um minuto.” (GABRIEL GARCIA MÁRQUEZ, 1997)]

Amora

“A moda não é algo presente apenas nas roupas. A moda está no céu, nas ruas, a moda tem a ver com idéias, a forma como vivemos, o que está acontecendo.” (Coco Chanel)


O modelista interpreta a criação do estilista, transformando o papel em molde. Como explica a modelista Luciene Xavier que ‘‘A modelagem é como uma engenharia tem que ter cálculo. Para ela, modelar exige muita atenção, principalmente na finalização do molde.’’ “Sinto prazer em fazer modelagem, dando vida as roupas, a cada modelo que sai do papel”

Divulga marcas, faz resenhas de modelos e produtos e comparece a eventos em combinação com as marcas. Como exemplifica Rebeka Guerra, trabalhar com o que gosta é sempre muito prazeroso, porém tem menos glamour do que parece. É um emprego como qualquer outro, tem que ter foco e disciplina. “Para ser insubstituível, você precisa ser diferente”. (Coco Chanel)

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C. Crônica

INDEPENDÊNCIA OU MODA

eis a questão!? É tão difícil seguir à risca o que as tendências exigem, tudo isso cansa a minha beleza! Trocar figurinhas, ouvir dicas e olhar vitrines fazem de nós seres dependentes da mídia. A cobrança das passarelas deixa o meu cérebro a mil por hora. O estilo que quero seguir nem sempre determina aquilo que sou. Chega disso tudo! Vamos parar com essa alienação fashionista e fazer da moda algo mais humano. Será que só posso estar bem vestida se seguir a tendência da estação? Nem sempre, mas é bom estar antenada, pois posso extrair da moda o que combina com meu biótipo e personalidade. Uma outra questão que sempre me faz refletir: é possível ter uma boa imagem mesmo tendo baixo poder aquisitivo? Claro que sim!! Como diria nossa querida Glória Kalil: “Moda é oferta, estilo é escolha!” Traduzindo: Nem sempre seguir a moda significa vestir-se bem, ter estilo ou ser elegante. Essas qualidades têm a ver a com o estilo e o perfil de cada um, não com classe social. Como alguém que está de t-shirt e jeans pode ficar poderosa? Atitude e personalidade, simples assim, é preciso estar seguro e feliz consigo mesmo para valorizar o seu look. Por isso vamos parar com a ditadura das grifes e ver o que pode ser acessível a todas as classes e gostos. A moda muitas vezes não é algo muito democrático. Mas lembre-se mais uma vez de que moda tem a ver com individualidade acima de tudo. Não é porque aquele vestido ficou lindo naquela modelo esquálida que vai ficar em

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você, não é mesmo? Também não adianta andar pelas ruas do Recife e querer usar uma Jaqueta de couro ou uma blusa de cashmere, porque o chique acaba se tornando brega. Vamos lembrar do nosso clima “nada quente” e maravilhoso! E por isso as estampas florais e os tecidos leves são as melhores pedidas. Busque sempre algo que possa valorizá-la, não faça da moda um ditame de regras e estereótipos, o importante é ser você. Uma consultora de imagem pode ajudála a conhecer melhor seu corpo e seu perfil, encontrar um estilo adequado e assim aumentar significativamente sua autoestima. Moda e autoestima andam juntas, assim como moda e cultura. Mas como assim? Vamos para os conceitos técnicos! Cultura tem a ver com visão de mundo, legado, etnia, a bagagem e repertório de cada um, os costumes de um povo ou de um grupo, assim como também de uma época. E é por isso que a moda sempre esteve ligada a este conceito de identidade cultural para ser acessível a todos. Desse jeito, o ambiente em que você vive, os seus gostos e sua história influenciam e muito na hora de acertar no look. Então, nada de buscar aquela blusa de 500 reais paga em 16 prestações para ir aquele jantar que o seu chefe te convidou, você pode ficar muito chique sem precisar gastar tanto!!! Além de achar que roupa bonita tem que ser cara, usar roupas mais apertadas do que o seu tamanho, para parecer mais magra, também pode ser considerado um erro.

Acabam nem podendo respirar! Querendo esconder suas saliências (Ou gordurinhas mesmo!) mas da forma errada. Por isso que a regra é sempre respeitar seu corpo. Vamos valorizar o que as mulheres brasileiras e as pernambucanas mais tem de bonito, as formas! Volto a dizer, não somos iguais às modelos magrinhas que vemos nas passarelas, elas não são a realidade da maior parte das mulheres brazucas. Por outro lado, a moda pode valorizar e despertar belezas escondidas, com a ajuda de bons profissionais, mas ao mesmo tempo pode excluir e incentivar o consumismo. As vitrines e araras repletas de novos modelos da estação podem despertar o desejo desenfreado de comprar e se endividar naquela parcela de deeeez vezes no cartão ou a perder de vista. Pessoas que deixam suas necessidades básicas para vestir aquela grife que está em alta e que preferem muitas vezes “passar fome” a andarem “mal-vestidas”. Ledo engano! Você pode achar no seu guarda-roupa peças esquecidas e customizá-las. Vai continuar com estilo mesmo tendo pouco dinheiro. Érika Cysneiros, 36 anos, formada em rádio e TV.


Infográfico

PERFIS DOS CONSUMIDORES NA MODA: 63% Das mulheres entre 18 a 35 anos fazem compras a cada dois meses.

TIPOS DE CONSUMIDORES: 21% 79% CONSCIENTES X COMPULSIVOS

COMPORTAMENTOS ESCRAVOS DA MODA

VICIADOS EM PROMOÇÃO

65%

34% CONSOMEM MODA ARTESANAL

33%

67% CONSOMEM ROUPAS DE MARCA INTERNACIONAL

Essa pesquisa foi feita no início de março até o final de abril, por consumidoras pernambucanas, mulheres dentre 18 a 35 anos. Visando enfatizar o descontrole das consumidoras. Foi aplicado um método quantitativo através do Facebook. A tabulação foi feita em mídia eletrônica: Microsoft Office Excel. Foram entrevistadas ao total 200 mulheres.

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Lady Like

O ROMANTISMO ESTÁ NO AR! Desde os anos dourados a cintura bem marcada, tornou-se sua marca registrada. Matheus Ramos

Propagado principalmente pelas estrelas Audrey Hepburn e Grace Kelly com um ar mais vintage, ressalta a delicadeza e a leveza da mulher brasileira, com seus tons pastéis e suas saias rodadas, que trazem mais conforto para as pernambucanas.

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O Belle Époque era uma moda para pessoas de alto poder aquisitivo e de privilégios. A renda era o elemento que mais se destacava, com penas, plumas, pérolas, babados, plinssados, bordados, lantejoulas, rufos, tudo om muito volume e exagero. Roupas com o corte mais masculino. Em 1910, as saias ganharam drapeados suaves. Na primeira Guerra Mundial, em 1914, as vestimentas mudaram, abafando a era da elegância. Em 1947, na segunda Guerra Mundial surge o “New Look” por Christhian Dior, que foi influenciada pelo estilo militar, na década de 50, com o enfoque no ideal feminino. Resgatando o estilo Vitoriano, A cintura bem marcada, fina e a saia rodada. A silhueta era sempre valorizada, para as pessoas bem-sucedidas. Tecidos luxuosos da época eram usados, o cetim, o tafetá e as lãs finas com estampas de flores, xadrez e listras Na mesma época da coroação da Rainha Elizabeth II, a era romântica levou o estilo da princesa ao cinema. As luvas eram usadas em todos os lugares, geralmente nas cores cremes e brancas. Nessa época com todo revival medieval de luxo e toda nova construção do conceito de feminilidade e romantismo, o rosa passa a ser visto como um sinônimo do feminino.

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O lady like inicialmente foi inspirado em uma peça de Alexandre Dumas, chamada “Henrique III e sua corte”. A peça se tornou uma febre, fazendo com que as mulheres desejassem ser ladies e donzelas medievais e os homens, cavaleiros. Remetia a um universo imaginário e encantado, cheio de fantasias. A cintura bem marcada, as mangas bufantes, saias volumosas, decoradas com babados e laços. Os tecidos em cores claras e vibrantes e as estampas florais e listradas. O estilo “ballet” romântico se popularizou com sapatos em modelo bailarina, sapatilha do século XIX. As pérolas, broches, camafeus e pedrarias se destacaram nos acessórios. Tudo em um estilo muito delicado. O movimento acabou em 1830, iniciando logo depois a era “Vitoriana”, formando o estilo mais moderno com características diferentes. O camafeu ao lado de pérolas e pedras, as cores claras, especialmente o branco e estampas florais, que se destacaram na tendência. A cintura mais marcada com saias volumosas. Sapatilhas bailarina. Muitos babados de renda e tule. Logo depois em 1890 surgiu o estilo “Bele Époque” na França e a “Eduardina” na Inglaterra com as mesmas características.


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O New look se tornou um sucesso com as estrelas de Hollywood. As roupas eram confeccionadas em Maisons de alta costura, como Christhian Dior e Chanel os mais conhecidos, entre outros. Foram alvo de muito sucesso. O surgimento do Girlie é uma versão mais atual e contemporânea, composto de elementos das eras Bele e Vitoriana, com o conceito luxuoso do New Look, tornando a inspiração de Christhian Dior mais glamurosa e moderna. estampas gráficas, tecidos tecnológicos e modelagens trabalhadas. Para que as peças pareçam atuais com a essência do ladylike. A atriz e perfomer Dita Von Teese é uma das maiores inspirações atuais do estilo ladylike. O estilo também é muito usado por diversas celebridades nacionais e internacionais como Marina Rui Barbosa e Taylor Swift. Divulgação

Como explica a design de moda Jacque Tamboo, esse estilo consegue ser clássico e atual ao mesmo tempo, por ser muito feminino é preciso ter cuidado para o look não ficar muito fantasioso. Uma ótima ideia é mesclar as saias rodadas com t-shirts com estampas atuais, ou mesmo com uma camisa ou jaqueta. Itens do guarda-roupa masculino também casam muito bem com o ladylike, como os sapatos oxfords, blazers... É muito democrático. Ele veste desde as mulheres magras e altas, até às mais volumosas e baixinhas. Com Matheus Ramos

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Artigo

COMPRAS: Planejamento e consciência Consumir, consumir, consumir! Essa paranoia toda me deixa muitas vezes exausta, com tanta dependência de possuir. Sabe aquela típica consumidora, se está feliz compra, se está triste compra, um descontrole emocional que pesa no fim do mês. O prazer no começo e logo depois o mal estar, o sentimento de culpa, estraga meu consumo. Reveja seus conceitos e não permita que esse desejo te engula! Você quando entra numa loja procura comprar o essencial? Ou extrapola, comprometendo o orçamento? Grande parte da população sofre com esse mal, já que alguns meios de comunicação incentivam o consumo desenfreado de produtos e serviços. Quando o assunto é moda nem se fala, logo nos remete a gastos exorbitantes com o desnecessário. A vaidade muitas vezes atrapalha. Mas não é bem por ai, poderíamos usar a moda ao nosso favor e encaixá-la no nosso orçamento, basta apenas evitar o que é supérfluo e aproveitar peças que estavam esquecidas.

seu estilo também irar fazer toda a diferença, como dizia Coco Chanel “A moda passa. O estilo é eterno”. É interessante sempre analisar se aquela peça combina com seu estilo. Não é porque a blogger fashion Camila Coutinho usa aquela saia de couro com fenda que combinará com seu estilo. E principalmente a pergunta básica que devemos fazer a nós mesmos! Será que posso adaptar essa peça, fazendo com que ela combine com meu o meu estilo? Será que essa peça me deixará confortável? Essa resposta fará toda a diferença na hora adquirir um visual com personalidade.

Se planejar antes de ir comprar, isso com certeza faz toda diferença para evitar consumos compulsivos e desperdícios financeiros. Conhecer

Faça a limpeza no armário, esvazie as gavetas reveja as roupas que você não usa mais e reformule peças lindas que estavam esqueci-

Se você não consegue equilibrar seu consumo, vamos conferir algumas dicas de Valdeci Monteiro:

Garimpe sempre, deixando o preconceito de lado. Descubra o fabuloso mundo dos brechós. Ali podem estar alguns tesouros escondidos, acessíveis e sustentáveis, evitando que novas peças sejam produzidas.

“Cuidado com as compras pela internet com preços e ofertas mirabolantes”; “Evitar o consumo por impulso”;

“Antes de ir as compras é importante ter mente quanto você pode gastar”;

“Controlar a convulsividade por compras”;

“Não se precipitar e comprar na primeira loja que aparecer”;

“Evitar andar com cartão de crédito”;

“Fazer uma pesquisa de preço”;

“Evitar entra nas lojas quando estiver desanimada”;

“Proceder a barganha na hora da consulta das condições”.

“Buscar outras atividades”;

“O controle das despesas com o cartão de crédito e o pagamento integral da fatura”;

“Procurar não fazer das compras um lazer”;

“Avalie a qualidade e as condições de garantia associada”;

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das. Use a criatividade e redescubra novas formas de usar sempre o que já tem em vista. Quando for as compras, primeiro termine aquele compromisso. Tira um pouco da ansiedade, na hora da compra. Priorize sempre a qualidade e não a quantidade. Não se iluda com as promoções e as possibilidades de parcelar em quinze vezes no cartão. Crie sempre um hábito de comprar à vista, isso te deixará mais consciente, criando certos limites na hora da compra.

“Assumir uma dívida de longo prazo, com alto valor agregado é um risco que pode ser ponderado”.




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